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Sólidos de Revolução

E.T.E. Visconde de Mauá


Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2010
Profº: Eduardo
Aluno: Marcos Felipe
Turma: 1222 Nº:31

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Marcos Felipe 09/08/10
Sólidos de Revolução

Definição:
O sólido de revolução é formado pela rotação de 360º presente numa área lisa S em volta de
uma reta r.

Classificação:
Os Sólidos de Revolução são classificados em:

 Cilindro de Revolução;
 Cone de Revolução;
 Esfera de Revolução.

Cilindro de Revolução:

Uma lata de spray, um tubo de cola, uma lata de ervilhas, são exemplos de objectos de forma
cilíndrica.

   O cilindro de revolução é limitado por:

 duas faces planas, que são círculos e que representam as bases do cilindro;
 uma superfície curva, à qual se chama superfície lateral.

    As bases do cilindro estão situadas em planos paralelos.

    Têm grande interesse os cilindros gerados pela revolução completa de um rectângulo, em


torno de um dos seus lados. O cilindro de revolução que podemos ver na figura foi gerado pelo
rectângulo [ABCD] , quando este roda uma volta completa em torno do lado [AB] .

    Ao lado [AB] chamamos eixo do cilindro de revolução, e ao seu comprimento


chamamos altura  do cilindro de revolução. A geratriz do cilindro é o lado [CD] , pois este gera
a superfície lateral do cilindro. Os lados [AD] e [BC] que geram as bases do cilindro são raios.

   

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Marcos Felipe 09/08/10
Sólidos de Revolução

A altura dum cilindro de revolução é igual ao comprimento das geratrizes.

    A área lateral do cilindro de revolução será a área da superfície lateral, que é a área dum
rectângulo em que um dos lados é a geratriz do cilindro e o outro é o perímetro da base (P b) do
cilindro. Portanto, a área lateral é dada por

Al = Pb . h = 2p  r h . 

  A área total é a soma das áreas das bases (Ab) com a área lateral:

At  = Al + 2Ab.

    Uma vez que Ab = p r2 , vem que: At  = 2p  r h + 2p r2  .

    A fórmula do volume do cilindro de revolução pode ser obtida usando o Princípio de
Cavalieri.

    Consideremos um cilindro de revolução de altura h e raio da base r, e um prisma recto com a
mesma altura h e cuja área da base é igual à área da base do cilindro, B = p r2. Como B1 = B e
B2 = B, temos que B1 = B2 , isto é, as secções determinadas no cilindro e no prisma pelo
plano b paralelo ao plano a , têm a mesma área. Então, pelo princípio de Cavalieri, o cilindro e
o prisma têm o mesmo volume. Sendo assim temos que o volume do cilindro de revolução é
dado pela fórmula:

V = B . h =  p  r2 .

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Sólidos de Revolução

Cone de Revolução:
O cone de revolução é gerado pela revolução de um triângulo rectângulo, em torno de um dos
seus catetos (eixo de revolução), dando uma volta completa.

    O cone de revolução é limitado por:

 uma face plana, que é um círculo, à qual chamamos base do cone;


 uma superfície curva, a superfície lateral, que tem um ponto notável ao qual se dá o
nome de vértice do cone.

    O vértice do cone está a igual distância de todos os pontos da circunferência da base.

    O cone representado na figura acima foi gerado pelo triângulo [VOA] , rectângulo em O, ao
rodar em torno do cateto [VO] . Este cateto chama-se eixo do cone e o seu comprimento é
a altura do cone. O cateto [OA] gera a base  do cone, que é um círculo de centro O.
A geratriz  do cone é a hipotenusa [VA] que gera a superfície lateral do cone.

    Para o cálculo da área do cone de revolução, podemos fazer uma analogia com a pirâmide
regular, uma vez que podemos considerar que um cone é uma pirâmide com infinitas faces.
Para tal, consideremos uma pirâmide regular inscrita no cone de revolução. A base da pirâmide
está inscrita na base do cone e as arestas laterais da pirâmide são geratrizes do cone.

    Duplicando sucessivamente o número de faces laterais da pirâmide, verifica-se que quando
este número é suficientemente grande:

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Sólidos de Revolução

 as arestas da base da pirâmide vão-se aproximando cada vez mais da


circunferência que limita a base do cone;
 o apótema da pirâmide vai-se aproximando da geratriz do cone.

    Por tudo isto, podemos dizer que a área da superfície lateral da pirâmide aproxima-se da
área da superfície lateral do cone.

    Sendo assim, temos que a área lateral é dada por Al = (P . g) / 2 , onde P é o perímetro da
base e g a geratriz do cone. Como P = 2 p r vem  que Al  =  p  rg. A área da superfície total do
cone de revolução vem então traduzida pela seguinte fórmula:

At  = Al  + Ab « At  =  p rg +  p r2

    Através do princípio de Cavalieri é possível calcular o volume de um cone de revolução de


altura h e raio da base r. Para isso, temos que construir uma pirâmide regular da mesma
altura h e cuja área da base seja igual à área da base do cone, ou seja, igual a B. Temos ainda
que considerar um plano a paralelo ao plano das bases e que diste d do vértice. As secções
B1 e B2 são, respectivamente, as secções feitas no cone e na pirâmide pelo plano a.

    Através de homotetias e do princípio de Cavalieri, conclui-se que o volume do cone e da


pirâmide são iguais. Logo, o volume do cone é obtido pela fórmula:

V = (Ab  . h) / 3.

Esfera de Revolução:
São inúmeros os objectos de forma esférica que conhecemos, tais como bolas e berlindes.

    A esfera pode ser gerada por um semicírculo (C, r) que faz uma revolução completa em
torno do seu diâmetro [AB] .

    O eixo da esfera é o diâmetro [AB] e a geratriz da esfera é a semicircunferência. O centro


da esfera é o ponto C, que é o centro da semicircunferência de raio r.

   A esfera não pode ser planificada, e para ajudar os alunos a compreenderem este facto,
pode-se sugerir como actividade, que eles tentem planificar uma bola de borracha já inutilizada.

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Sólidos de Revolução

    Contudo, é possível calcular a área da superfície de uma esfera através da expressão:

A = 4  p r2

em que r é o raio de um círculo máximo (secção obtida na esfera por um plano que passa pelo
centro).

    Para calcular o volume da esfera, podemos utilizar o princípio de Cavalieri.

Consideremos uma esfera de centro O e raio r. Construindo um cilindro, apoiado num plano a
tangente à superfície esférica, cujo raio da base é r e a altura é h = 2r, e construindo também
dois cone cujas bases são as do cilindro e o vértice comum V situa-se no centro de simetria do
cilindro. Prova-se então que o volume da esfera é a diferença dos volumes do cilindro e dos
volumes dos dois cones, uma vez que as áreas das secções determinadas pelo
plano b paralelo ao plano a são ambas iguais a p  (r2 - h2). Portanto,

V(esfera) = V(cilindro) - 2V(cone)  «

«  V = 2p  r3  - (2pr3) / 3  «

«  V = 4p r3 .

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