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Kant v7 linhas, nem superficies nem volumes, [i isto mesmo é am argu mento de que tais provas sin de espécie divina © que devem dur-te, leitor, um prazer divino uma vez que, em Deus ¢ a mesma conhecer © eriat. KANT (1724-1804) IsAnsin Kak naseen em Kéntshery movay A pain de ry frequentou a universidade de Kénishory, carp vestudante de teoloy, may dedicouse sobretude di tilosotia ¢ agen ‘ tim perinde, em que desempenhou © papel pm Brno sete, Ht nilias nonivers, regressou para leceionar na shy tne oF pansou finalmente a ipha iirea lovin tos que tratavam moss da meta soe ‘ ori Oetcal, anaes las ciéneias nacun A gooaratia, ec Mois as yor © eaten rica, Morreu em 189, po gs co?" As obras raise de Kant getiges voit eat mente, com problemgs@dé metaliSica © de a0 Fea Huta este rica; © nN anilise do conhegiaRn “ Ao eM Pura cra 0 conhecimento cientitico «oe® 20? gp o> ao Or cya OO, 0" 3? de Oo -.2 ee . wos fa de°uma Hist6ria Universal Em oO cat S i i a? 0! deatin Ponto de Vista Cosmopolita et¥ .08) & Seja qual for a nossa posigho metafisicg én da Mberdade da vontade, «0 certo & que as 4 ox actos humanos, bem como qualquer outro’? sto determinados por leis naturais de carécter universal. A Histéria, tas manifestagoes, por profundamente 40 ao conceity MIRO menais, Bibligteca meno da titureza, que se ocupa da narragio di ocultas que as suas causas possam estar, permite esperar que ela tendo em consideragio o jogo da liberdade da vontade humana ma yneralidade — venha a poder descobrir um curso regular dessas mani festagoes, ¢ que, desta maneira, aquilo que nos parece confuso e irre- Kasv | Ideia de uma Hidévia Universal ay gular em individuos isolados, possa ser reconheeide nn conjunto da espécie como um desenvolvimento sempre continue, embora lent, das suas capacidades originais. Assim, os casamentos, os naseimentos deles resultantes, ¢ a morte 7 aarecem 10 estar submetidos a qualquer regra segundo a qual 0 scu mimero possa ser previamente determinado, devido 4 grande influéncia que neles exerce a livre vontade do homem; €, no entanto, as estatisticas anuais dos mesmos, nos grandes paises, provam que eles se processam segundo leis naturais tio constantes como as que regem as inconstanctas do tempo. atmostérico, impos- siveis de determinar previamente em potmenor, mas nao deixando, em conjunto, de assegurar o erescimento das plantas, 0 curse dos ros € outros fendmenos da natureza, numa marcha unitorme e ininter- rupta, Os homens individualmente © até mesmo povos inteiros mal pensam que, ao sepuir MN Saas proprias intengoes — cada qual a sua maneini ec muityy vezes uns em Oposigio Hos Outros — prosseyueEM sem dar por tal um desi io da natureza, que Thes & desconhecide, aAvangam come que puiidos por am fio ce oe trbalham na rea lizagio de um proposite, ao qual, menegeane dele niygegém conect mento, pouca importineia dala 5 sod) Porque os homens, nase MO ios my «Aen menunente por instinto, Como os anim em tao ee, dachios nuggenans: do mundo segundo nan deterpRinoftio parcec ott wna historia sistemsti@ deles (come, ee plo, lay aa so «lm castores), N pode ts i) sentir ung ater neki, quando vemos os scapes % repaid ih Hepes eChrinl €, embora aparegay ye? a uns vishy fr ee Sewer? & a, CANO isolados, tugo®urge finklmente, nag@ieraabRe, coi queiBdtrerceide de Tower vaidade pueril @ttigy Os dCitlanyimaldade © sede de destruigao, ac: Sei ue cdmeeito fazer da nossa espécie, tio orgulss sty pesibticag o> eramte isto, 0 fildsoto, na impossibiligacte” de aps imyesPecitien propdsity racional nos homens ou nos see iy ser mn 10 tem outra solug: oO tentir descobrir um desi ‘de ee nesta marcha absurdied OUsAs humanas, a partir do ae a possivel uma histori um determinado plano da natureza, a proposito de sem plano proprio, — Vamos ver se nos € possive 4 idega a BibllBreca condutor para uma histéria de tal sorte © em seguida deixaremos a natureza a tarefa de produzir 6 homem capaz de a escrever em con- formidade com isto. Assim produziu ela um Kep/er que, inesperada- mente, submeteu a leis detinidas as trajectorias exeéntricas dos plane- tas; € um Nervon, que explicou essas leis a partir de uma causa natural universal 30 A Tnlerpretagio do Processo Historica PRIMEIRA PROPOSICAO Todas as disposipées naturais dama criatura estio destinadas a desen~ volver-te um dia de maneira plena e adequida aa respective fint. Isto é confirmado pela observagao, quer externa, quer interna ow Anatomica, de todos os animais, Um drgae que nio é para se usar, um dispositive que nio atinge 0 seu fim, € uma contradigio na teoria natural teleoldgica. Porque, se nos afastarmos daqucle principio, dei- para ter uma natureza tomard o lugar de fio xaremos de ter uma natureza regida por leis de; ¢ 0 desolador 4 que age sem finalida condutor da razio, IGUNDA PROPOSICAO No bomen (anica criatura racional exiscente na terra) aquelas dis posigoes naturais que se destinam ao uso da sta raxdo sb viviam a desenvalner-se plenamente na especie « nao no individna, A razio, numa criatura, € a capacidade de alargar as regras ¢ os designios do uso de todas a ees muitgefiara além do instineo natural, € nao. conhece liieds AC, seus gem Contado, ela propria ndo age, por instinto, — requer expeiencias, exercicios ¢ aprendiza- gem, para avan, Siptacunlmeny yea escalio de inyeligéncia para rosea = ee oe ida home uma vida income! lente yor, : eee om 4 x Rigo ente de todas as suay Prana Wu, se at ibe espiagu tum tempo curto de vidas ny SeMttnerite pitta’ eo série talver intermind@P de YRagoes, " iti x MAA EOPAs suas huzes, pagar finalmente, nagey cape opie @rhies, Aquele grau de desenvolvimento notes OY as Se designios. F alcangar o momento, or aos" MEX” idex@iente, o objective dos estorgos mgr Ql Tuas Ri gua {sposighes naturais teriam de ser pi: Rmnee Zomo vas € sem finalidade, o que anu ‘ordem pritica e fa sobre a natu laria tados © as ae ae reza a suspeita de R@Sndade a brincar intanulgy “om © homem, cla cuja sabedoria re servir de principies ental pare a apre UNIRIO ciagho de todas as outras coisas Biblioteca TERCEIRA PROPOSICAO AA matureza quis que o bomen tire inteiramente de si préprio tudo aquilo animal, ¢ que ido parti que wtrapassa a ordenagdo mecénica da sua existénc cipe de qualquer outra felicidade on perfeigdo alim daquelas que ele possa agenctar independentemente do instinta, através da sua prépria razdo. Wane | Leia de anni Mistoria Universal at F. que a natureza nada faz de supérfluo, nem & perdularia no uso dos meios para atingir os seus fins, O facto de ela ter dado ao homem a razao ea liberdade de vontade que na razio se funda, foi j@ um claro indicio do seu intento com vista ao apetrechament do homem. Quer dizer, ele nao seria guiado pelo instinto, nem provide ou ensinado pelo conhecimento inato; pelo contrario, devia tirar tudo de si proprio. A descoberta dos seus meios de alimentagio ¢ abrigo, da sua seguranga externa ¢ sua defesa (pai quais a natureza nao Ihe dew, nem os chifres do touro, nem as garras do lobo, nem as pre do cio, mas tio-somente miios), todo o prazer que pode tornar a vida agraddvel, mesmo a sua inteligencia e esperteza, ¢ até a boa indole da sua vontade, seriam obra inteiramente sua. A natureza parece neste caso terse comprazido em exercer a maior parciménia e em usar to escassamente di V seus recursos animals, duma forma tie tie rosamente adequada is necessidades mais primitias dima exi incipiente, que for coma se quire ened se que © homeni, ao elevar-se da extrema crueza dessa exist 14 até A habjlighide miisima, a perteigie interna da sua mancira de pensar, ¢ ot Tonto & poofbvel na terra), por este meio, 4 felicidade, 96 yn vie atibugeg vewse o merit de tal. Como se ela desse Ke HOMME a apres onal que cle tizesse de si préprio di humanas, toda w que DBem-estar, 2 Ryle, neste curso dag cevinas ' Dun de dif ti rata 0 hae” Parece nio ter sido, oe alguna arya A natureza ager 08 hem, mas antes feel ele se ates’ a wie por stag anes el vida © do bem-estar, wen wen concutyss Fy geet que as scans sgh hs: parega nye ga we Uiyyeatcactes aparent meee adie Ure ren uma ph Mforma, a pari a eerie eave KYB v edifieio que a natureza tem em awe OTR Sell asMfiMas geragoes venham a tera oes Chae cat ey © qual uma longa série dos seus an a ides gure mio fosse esse oO seu propdsito), seme “e ie de participar d Jade que eles proprios prey re os todavia, por misterios« € no entanto hrabam 8 sO sirio, se aceitarmos q mal foi dotada de razao, ¢ que, como classe consti nais, todos mortais, mas imortais na sua espécie, hie © pleno desenvolyimento das suas disposigoes QUARTA PROPOSICAO, O meio de que a naturexa se serve para levar a cabo o desenvolvimento de indas as suas disposighes naturais é 0 sex antagonismo dentro da socivdade, na medida em que este antagonisme acaba por se tornar a causa de uma arde nagéo reytlar dessa mesma sociedade az A Laterpretagdo do Proceso Histhrico Por antagonismo, entendo eu aqui a sacdabilidede insacidvel dos homens, isto ¢, a sua tendéneia para entrarem em sociedade, que todavia anda ligada a uma resistencia que a tode o momento ameaga dissolver essa mesma sociedade, Hsta propensio & manifestamente disposigio da natureza humana. O homem tem tendéneia para se associar, porque nese estado se sente mais do que um homem, isto é sente 6 desenvolvimento das suas disposigoes naturais, Mas tem tam- bem uma grande tendéneia para se separar (se Aedar), porque encontra en si, te mesmo tempo, a particularidade insoeiivel de querer ditigir tudo somente de acordo com o seu designio. Dai o esperar resisténcia de todos os lados, porque sabe por si prdprin que por seu turno tem tendéncia a oferecer resisténeia aos outros. Ora é precisamente esta resistencia que desperta todas as forgas do homem, que o leva a veacer 4 Sua propensio para a preguiga e, levado pela ambigio, instinto de dominio © cobiga, a conquistar um lugar entre os scus semelhantes, que ele nao syporta, mas sem os quais ao mesmo tempo nao pode passa. primeiros passos verdadeiros, do barbarismo Assim se dio agora os para a cultura, que consiste particularmgpte no valor social do homem; assim se desenvolvem pouco a » todos gatilentos, gosto, ¢, pot um continuo imento, s@@@inicio & fundag forma de pensar, que, eGo decorres tempo, pode vir a madar a rude disposigio aa para oadiseéraimento moralem_principios praticos dete os, trang seen um geo patoligicamente consexuida\ ira a formed gaGina sociedad eag"h todo mora Sem esi em si geet nad simiveis, cg@@eriye slegFanciabilidade da qual nas reg denicia que cast tract deMenbrir necessi riamente yOu: Efroistas Rye PFnnge kas sits ficariam cn cterm@itite ocultos nos x Y NWP Cid Widier de pastores, de ple oni GOR pose ON cone iproco: os homens, mansos como gM cago ic MPAicegyh i, pouco mais valor alean- gariam parent WENO; ePaquele que possuem os seus ani mais dom yt ange m, como naturediisgacional, 0 vazio da criagio no gsc Bea ga slidade desta, Louy4 is, a natu reza, pela inse Baal cao invejosa, pela insaciével ansia de riqueza ou de J Trodas as exce- lentes disposigoes naturais da humanidade pe Mente Iblioteca » quer cones pela vaidade « mas a natureza adormecidas ¢ atrofiadas. © home sabe melhor o que é bom para a sua espécie © quer discérdia 4 natureza quer que cle ulho eas diti- Fle quer viver cémoda c prazenteiramente, mas saia da preguiga ¢ da inactiva satisfagao, se atire ao tra culdades, para contra cles descobrir os meios € deles, por outro lido, sair com inteligéncia. Os impulsos naturais que 4 isso conduzem, as fontes da insociabilidade ¢ da continua resistencia, que sio causas de Kar | fdein de ana Mistéria Universal a tantos males, mas que por sua ver ineitam a nova tensio de forgas & por consequéneia a um maior desenvolvimento das disposigoes natu- rais, revelam portanto a ordenagio dum eriador sAbio © de maneira alguma a mio dum espirito malévolo, que se metesse a aldmbar a sua obra magnifica ou a estragasse por inveja. QUINTA PROPOSIG AO O maior problema da espécie Inmana, a cuja solncdo a naturexa forga v Iamem, & 0 estabelecinenta dima suctedade civil, que administre nniversalmente o direito. Porque sm sociedade © nomendamente naquela que tena a maior liberdade © portinte uv antagonismo geral dos seus membros, mais em que ex 1, apesar disso, a mais tigorosa determina ye garan tia dos limites dessa liherdade, part que esta possa coexistit com a libetdade dos outros — porque y never Sociedade pode atingir, part A bumanidade, 0 proposity mais elevade da aurea, isto 6, 8 desert volvimento de todas as stay dispos ie oe Nfrera seen que essa sociedad seja capaz de say por st eas tndos os tiny 4 a que esti destinada, Por e ge ea QOF hatureza destina A espécie humana & necesgSamente a «aig dun que a liberdade, submesidlg ee oad enfb= iyyaca, “3a Brrei lamente possivel one poder song 0 6 i eri woo Hinigao civil & sale eee) GOI sara og ; tei lizagio daquela tareti on ee singe qe QR, (Ors gnios em relagings foie, O lyase, este isco a uma liberd4G> Sm ane fore Pcs 1 gH nest estado; ikGEalidade, pela nece@tic at Aetely OS Saber: a que se infligem mituamente aor chi gore jas tornan impossivel viverem geek ha weep nei ag fos outros em sel liberdade. Se gon “AN Rdanbboauk, © assnciagin civil tendéncias acabin Oi yg cag niclhores efeitos. O tece com as arvores di Treat ao tentarem subtrair ut Iimente s ae om dticn as mesmas acon ube ura e arte oar eo sol, forgam-se n¥ituamente a procu em contra srindo assim um belo ¢ aprumado porte liberdade © afastadas umas das outras, expandem 4 ramos, crescem aleijadas, tortas ¢ encurvadas que adornam a humanidade, assim como a mais bela ordem social, sito frates da insociabilidade, que por si propria € obrigada a discipli- nar-se ea desenyolyer assim plenamente, por uma arte compulsiva, os germes da natureza Toda ac of A Interpretagda do Pracessa Histivien SEX'TA PROPOSICAO Este problema ¢ simultineamente o mais difteil ¢ 0 que mais tardiamente resolvida pela espécte nmana, \ dificuldade, que a simples ideia desta tarefa faz © a sequinte: o homem é um auimal que, quando vive entre outros da sua espécie, prevésu de um senbor, Porque nao hd divida de que ele fiz mau uso da sua liberdade em relagio ao seu semelhante; ¢, embora como eriatura racional ele deseje uma lei que limite a liberdade de todos, a sua tendéncia animal © egoista leva-o a constituir-se excepgio a essa lei, sempre que possivel, Precisa, portanto, de um senhor que The quebre a yontade prdpria e 0 obrigue a obedecer a uma vontade universalmente valida, gragas 4 qual todos possam ser livres. Porém, onde vai ele buscar esse senhor? A nenhum outro lado senio a espécie humana. Mas este senhor é também um animal, que por sua vez precisa de um senhor. Portanto, por onde quer que comece, impossivel se torna prever como wii-de ele arranjar um chefe que superintenda na justiga oo jue elaaiesmo justo, Quer o procure num individuo, tum grupgd©muitos individuos eleitos para esse fim, cade on cast, fara ae mau uso da sua liberdade, se nio tiver algug ut em cu to de leis estabeleci Ss, exerga pres 54 sobr@ele. Mas 0 geile “on tem depy@Phusgo para sf mesme G 10D so ser sac Esta ty GSO a mais difi cil de ‘todas ©. BAPE gy Ae , de aoe impose: de lenho to tore vain i Me de re oft neRes Tetra i se pode fabricar compo Ente: Mfeito; 96 GI aid2F nos & imposta rea logo ressaltar, ureza (’), Que oO a a Tima a ser executada, resulta, além dissey@e yeh ake, aan necessitio possuir con- ceitos correc tgs ‘beso See a Ippo? constituigio possivel, ter uma larga casting ig Mang Figs rumos do mundo, e, sobretudo, hoa voritage Ne ee sane casa conghiquigho. "Tres coisas muito ines , at » tarde © apos Bruno Biblioteca () © papel do homem € portanty muito artificial, Nao sabemos o que se com a sua natureza; mas se bem passa com os habitantes dos outros planetas nen esta tarefa da natureza, bem podemos sentir-nos lisonjeados a ponte » universe. executarm de exigirmos um lugar, ¢ nao insignificante, ‘Talvez, entre estes, cada individuo possa conseguir realizar plenamente 9 seu destino $6 9 espécie pode ter essa experanga. entre ox nossos vizinhos Entre nés, as coisas passam-se doutte mod Wann ( ddeia de wma Historia Universal Bo SETIMA PROPOSIGAO. O problema da estabelecimento de uma coustitnican civil perfeita depende dy problema das relagies levais externas entre as estadas, ¢ man pode ser resal- vido sem se encontrar a solugan deste seeimdo, Que adianta claborar uma constituigio civil regular entre indivi- duos, isto ¢ a regulamentagio de uma commidade? \ mesma insocis bilidade que a ela forgou os homens & por sua vex a causa de cada comunidade, nas suas relagoes externas, isto é de um estado em rela- gio a outro estado, se encontrar em liberdade sem peias, ¢, consequen- temente, de que cada um espere dos outros a mesma especie de males que oprimiram © forgaram os individuos a entrar numa constituigio civil, regulamentada por leis, Portanto, a natures serviuese mais uma ver da incompatibilidade entre os homens © até entre as gran, des socies lades © corpos politicos desta eypécie de eriaturay para, atta vés do seu inevitivel aafugoniina, criar uma situagio de calma seguranga. Quer dizer, através dav gucrmyy através da exaltada nune: > para A ts és las O*rules que intermamente, cla condu:los, a yw a sri Imperfeitas, mus finalmente © apés muit ne ae Yerens © ale prele preygria « completa exiustagy poi ela a Qndu-los ay ue a razio hes po, So* dito continu’ Jo tristes caso ree \yuer dizer: a saieXio estad lac soy selvajarigs Rar eit ie sociedade de — i guceeada estady pany setheijucno, pudesse esperar gsi ranga € ogee di ease fo, yom" pro prio pods 0 ea prio ing Antec sna eas wrande sociedadSde nagiies. (foedyue oP lie tia iba unida © da decisio da vontade capil ion AGEN. Por visionicla que esta ideia poysh ree ee re o St. Pierre ou mu) > (alos i gio prdxima) aot iriph Yeavel que os homens se py rod Cates misé estados (por muito = hes custe) exactamente A re; forgado, embora contra a sua vontade, o homem sel ciar a sua brutal liberdade © procurar tranquilidade hed BBL constituigio legalmente estabelecida, — Assim, todas as guerras sao apenas outras tantas tentativas (nao ma intengio dos homens, mas na da natuteza) para suscitar novas relagbes entre os estados, e, através da destruigio, ou pelo menos do desmembramento dos antigos (1), formar afrouxada pprepar devide a elas © mesmo nw nas icularizada num Lbbé de a sua realize ia em An OS Ves acreditavam jue foi TU RTRIO (!) Algumas edigdes dizem aller em vex de alter, A tradugio, neste caso, seria; «...de desmembramento eeralo. (N. T.) B60. A Tnterpretagta do Provesso Mistériea novos corpos, que por sua vez nao slo eapazes de se manter em si mesmos ou em relagio aos outros, pelo que terio de passar por novas até que, finalmente, em parte devido a io civil, internamente, em parte devide a acordos comuns © & legislagio, externamente, se conse- guird um estado de coisas que, 4 semelhanga de uma comunidade civil, sera capaz de se manter por sii mesmo como um a/émato, Seri entio de esperar que, por um econcurse epienrisia de causas actuantes, os estados, tal como as pequenas particulas de matéria, tentem, através de chogues easuais, formar toda a espéeie de estrutu- ras, que pot sua vez virdo a ser destruidas por meio de novas colisoes, até que, finalmente, ¢ por acaso, se consiga uma tal estrutura que possa subsistir na sua forma propria (um acaso feliz que muito dificilmente vird a ter lugar!) Ou, pelo contririo, sera de supor que a natureza segue aqui um curso regular, conduzindo a nossa espécie desde 0 grau inferior da animalidade, até ao grau superior da humanidade, ser vindo-se duma arte que lhe € propria, embora arrancada 4 forga ao homem, desenvolvendo assim aquelas\suas disposighes originais com toda a regularidade, embora ne@aparente ie geettons selvitiea? Ou pretender-se-d antes ao d las estas ago fe reacgdes dos homens, it de racional resultant, que no seu conjunto, lo menos, spa tudo permaneceydy see, ru por isso se fakna impossivel prever se oe cOrdia, tio, fossa espe WOnig estari_atinal © ease ne ro ta me nes 0 lizado, Snigulandat eee Pe uma bib we Uigayw esse_ mesmo estado ¢ ae SperBrESsOs cults 1 ie aqui (destino contra, geal ee ponsiyab Ot ARGH HMEryG AMS coger acaso, wagabee como este prais How Vins. @ordenada, a menos que esta se submetgy ingsg sg NMI secretamente a sabe- doria da nature lV ne cD pagdftas vem dar mais ou menos 1a ss gh iodide da organizagio da nas par sates ec finalidade no digo? Ora o que o estado do sel esfhivide de finalidade, fe/ war primeiro todas as reas doh da nossa expécie i. jor fim, devide aos males em que a langow, a tenha obriga desse estado © 4 entrar numa constituigio civil, em que tod ee podem descnvolver, isso & exactamente 0 que faz RF8Ahra dos estados jd estabelecidos: pela aplicagio de todas as forgas das comu- nidades a armarem-se umas contra as outras, pelas devastagbes que \ guerra acarreta mas mais ainda pela necessidade de se manterem das para ela, © pleno desenvolvimento das e semelhantes revolugoe: melhor ordenagio possivel da constituig S ih A esta: r constantemente prepa disposigdes naturais € em verdade entrayado no seu progresso; mas, 4, também, os males que dai resultam forgam a nossa em contraparti Kase | ddeia de wna Historia Universal espécie a descobrir uma lei de equillbrio a par deste antagonismo, no fundo salutar, entre muitos estados vizinhos, que provém da liberdade de cada um, a introduzir uma forga comum que vem dar énfase a essa lei, © com ela uma situagio cosmopolita de seguranca publica entre 05 estados. Situagio essa que nao deixa de ter o seu perigo, para que as forcas da humanidade nao adormegam — mas que nio deixa também de ser um principio de igualdade das suas muituas at reacgoes, para que essas forgas se nao destruam umas as outras. “des Antes de se dar este ultimo passo (designadamente 0 da coligagio de esta- dos) —quase, portanto, apenas a meio caminho do seu desenvolvi- Mento —a natureza humana sofre os piores dos males, sob a enga- Asa aparéncia dum bem-estar exterior; © Ronssear nao estava assim noe for di razio ae preferir o estade dos selvagens, contanto que se abstraia desta altima ctapa, que a nossa expe ainda tem que vencer, Encontrame nos caltinadas env alto rau pela atte © pel cleneta, Somos civiligadas, Mé 46 excesso, para tudo quanto dix respeito A urhanidade © as boas maneinas da seciedade, May aindgyyos falta muito para nos podermos ja considerar syeraligados ee a ideiag ade moralicade pertence ainda a cultura; max 0 te dessa def mia apenas A aparéneia de moralidade “ae Grtor da vag ja deceneia exterior, constitui apenas a cilia .* Mas crue Os sedespendep codas.pe Bras n © brutus hgetivos de expansio, impegfan ae assim of ‘ UM o lento e ph ao Ferma gio interna Wmodo de peféir Hoy Ss cilia Vagos ayssme de todo 0 apoio nesye@tnsihPhada de seth inset ale? esperar, pois para isso & Sign longa hte ae gagicomu nidade, atiagite A fornlagio dog 90h See eben) Ae o bem que niOSeja enxertade nung © Sect wale passa de mera aparéneia ¢ de miséria i giitad: eh ase exspitfy ue a raga humana permaneceri, engurdiy ngecPinseeis® shyfamente ‘iene que indiquei, a 4 Ess e encontram as istados wee eon C66 4 PROPOSIC AO, Al historia da espicie humana, no sen conjunta, a realizagdo de um plano oculte da natureza, no sentie WeiKoteela vonstituigao politica internamente perfeita —e, em ordem a esse mesmo fim, perfeita também no plano externa, pois esta é a tinica sitnagao em que a naturexa pode desenvalver plenamente na Inmanidade todas as suas disposigées. [sta proposigio é€ um corolirio da precedente. Hstamos a ver: a filosofia pode ter também o seu milénio mas esse quiliasmo sera de tal sorte que a ideia que ela faz da sua vinda, embora muito longingua, possa ser cla mesma de utilidade, quer dizer, um quiliasmo adios Contaniirent fa forma clagies entre UNIRIO 38 A Titerpretagdo do Processo Histérieo que nada tenha de quimérico, O problema esté apenas em saber se a experiencia descobre algo de tal process dos intuitos da natureza. Eu digo que sim, a/o de miso pou, porque este circuito parece levar tanto tempo a fecharse, que, da pequena parte que dele a humani dade percorreu ja, 86 muito incertimente nos & possivel determinar 4 forma desse cireuito ¢ a telaglo das partes com 0 todo; tio incer- timente como saber, pelas observagoes astrondmicas feitas até agora, om todo o exército dos seus satélites, den- estrelas fisas, Hmbora, ¢ certo, a partir © curse do nosso Sol, qu tro do grande sistema da da base geral da disposigio sistemtica da estrutura do mundo © do pouce que se tem observado, possamos concluir, com bastante segue rang, sobre a realidade dessa revolugiio, Katretanto — & proprio da natureza humana — mesmo em relagio a epoca mais distante que 1 especie possa vir a alcangar, ela nao The & indiferente, desde esperar-se com seguranga. E. essa indiferenga & tanto menos a nos que po provivel no nosso caso, quando parece que, pela nossa propria cons- 40 racional, poderiamos apressar para os nossos descendentes essa época tao feliz, Dai o tornay tao importantes para nds os fracos sinais da sua aproximag§@)° Actualmen@Oas relaghes entre os Fistados atingiram um tal ode primok/que nenhum deles poder ja descurar a sua cubMaiinterna ems eet poder, ¢ influéncia em relagio aos outre\\ Por isso, 56 ahd FOgrEsso, [y yomtenos a manu- tenga degs@\Phalidade d wail ae esti suficignt me rite assegurada pelos aA ios intuitos tibi@gsts esses ge oe i que isso: 1 liberdade civil piisbenghrnio pode P¥i agian afdetda, sem que 0 prejuizo que Si ém va rep ge OS™ todae™ profissdes, espe- cialmeggsno corkércio, enti cae ot xs Baio nas suas rel¥HCs externas. Mas 4@Q Vibetitide of ‘lugar andes gradualmente. Quando se aa st oe: oe ERED: seu hem-estar por tod as formas « ailing: ta rue sejam compativeis com a iberdadee sO a ae oi qPinietar toda a actividade em geral © simuleineystni Ms go rye comunidade, 1 verificarsse cada ese cada vex PRB es sis i Beka om um grande bem que 0 Uy LENS cgois tas propésitos expansionistas dos seus governantes,"se € que estes com- Estas luzes, porém, € com elas um vale Meson: lhe ee gio de cada um ey mais liberdade gera oi an E assim, 4 ses € caprichos, vai surginds a pouco © py énero humano deve preendem o que lhes € vantaj certo interesse sentimental que © homem esclarecido nio pode deixar de ter pelo bem que ele compreende perfeitamente, deve algar-se pro- pressivamente até aos tronos ¢ influenciar os seus préprios principios de governo. Por exemplo: embora ox governantes do mundo nio tenham presentemente dinheiro disponivel para as instituigoes de edu-

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