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Oswald de Andrade
Senhor
Que eu não fique nunca
Como esse velho inglês
Aí do lado
Que dorme numa cadeira
À espera de visitas que não vêm
Em 1901, vai para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo. Tem como colega Pedro
Rodrigues de Almeida, o “João de Barros” do”Perfeito Cozinheiro das Almas
desse mundo...”.
Em 1903, transfere-se para o Colégio São Bento. Lá tem como colega o futuro
poeta modernista Guilherme de Almeida.
No ano seguinte, com a ajuda financeira de sua mãe, funda “O Pirralho”, cujo
primeiro número é lançado em 12 de agosto, tendo como colaboradores
Amadeu Amaral, Voltolino, Alexandre Marcondes, Cornélio Pires e outros.
Conhece o poeta Emílio de Meneses, de quem se torna amigo. Lança a
campanha civilista em torno de Ruy Barbosa. Passa uma temporada em
Baependi, Minas, nas terras da família de seu avô.
No ano seguinte, participa das reuniões da Vila Kirial e conhece o artista plástico
Lasar Segall. Escreve “A recusa”, drama em três atos.
Nasce o seu filho, José Oswald Antônio de Andrade (Nonê), com Kamiá, em
1914. Torna-se Bacharel em Ciências e Letras pelo Colégio São. Bento, onde foi
aluno do abade Sentroul. Cursa Filosofia no Mosteiro de São Bento.
No ano seguinte edita “Papel e Tinta”, assinando com Menotti del Picchia o
editorial e escrevendo regularmente para o periódico. Descobre o escultor
Brecheret. Escreve em “A Raposa” artigo elogiando Brecheret com texto
ilustrado com fotos de trabalhos do artista.
Visita seu filho na Suíça, em março de 1925. Em fevereiro e março faz curso de
inglês na Berlitz School, em Paris. Assiste ao festival Satie, em Paris. Em maio,
viaja ao Brasil. Participa do jantar na Vila Fortunata (casa de René Thiollier) em
homenagem a D.Olivia Guedes Penteado. Volta à Europa, passando em Lisboa.
Em julho vai a Deauville para alguns dias de férias. Publica em Paris pela editora
Au Sans Pareil o livro de poemas “Pau Brasil”. Em agosto retorna ao Brasil.
Candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Oficializa o noivado com Tarsila
do Amaral. Faz nova viagem à Europa. Com Tarsila, passa novamente o final do
ano em Le Tremblay-sur- Mauldre, residência de campo de Cendrars.
No ano seguinte, volta ao Rio para a exposição de Tarsila, com Anita Malfatti,
Waldemar Belisário, Patricia Galvão. Está em Paris em julho. Entra em contato
com Benjamin Péret que mora no Brasil até 1931. Hospeda na sua fazenda —
Santa Tereza do Alto — o filósofo alemão Hermann Keyserling e a dançarina
Josephine Baker. É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema
República (SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo. Separa-se
de Tarsila do Amaral. Rompe com Mário de Andrade e Paulo Prado. Viaja à
Bahia com Pagú.
No dia 1º de abril de 1930 casa-se com Patricia Galvão (Pagu) numa cerimônia
pouco convencional. O acontecimento foi simbólico, realizado no Cemitério da
Consolação, em São Paulo. Mais tarde, se retrataram na igreja. Escreve "A casa
e a língua", em defesa da arquitetura de Warchavchik. Nasce seu filho Rudá
Poronominare Galvão de Andrade com a escritora Patrícia Galvão (Pagú). É
preso pela polícia do Rio de Janeiro, por ameaçar o antigo amigo, poeta
Olegário Mariano.
No ano seguinte, deixa Pagú e une-se à pianista Pilar Ferrer. Publica “A Escada
Vermelha”, terceiro romance de “A trilogia do exílio”, e “O Homem e o Cavalo”,
com capa de seu filho, Oswald de Andrade Filho. Lê cenas da peça “O Homem e
o Cavalo” no Teatro de Experiência de Flávio de Carvalho. Programada a
apresentação dessa peça, o teatro, é interditado pela polícia. No dia 24 de
dezembro, assina contrato ante-nupcial em regime de separação de bens com
Julieta Bárbara Guerrini.
Em 1935, compra uma serraria. Com sua mulher Julieta, acompanha C. Levis-
Strauss em excursão até Foz do Iguaçu. Escreve sátira política para “A Platéia”.
Faz parte do movimento artístico cultural “Quarteirão”. Está fichado na polícia
civil do Ministério da Justiça, sob o nº 70, como subversivo.
Em 1938, publica o trecho "A vocação" da série “Marco Zero: IV”, “A presença
do Mar”. Está ligado ao Sindicato de Jornalista de São Paulo, matrícula nº 179.
Redige “Análise de dois tipos de ficção”.
OBRAS
Humor:
Poesia:
Pau-Brasil (1925)
Romance:
Teatro:
A recusa (1913)
Théâtre Brésilien — Mon coeur balance e Leur Âme (1916) (com Guilherme de
Almeida)
A morta (1937);
Manifestos:
Versões e adaptações:
Publicações póstumas:
Telefonema – Globo
Dados obtidos no livro "O Salão e a Selva: uma biografia ilustrada de Oswald de
Andrade", Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris - Campinas (SP), 1995, de
Maria Eugenia Boaventura; no sítio Itaucultural e em outros sobre o biografado
http://www.e-
biografias.net/biografias/oswald_andrade.php
Oswald de Andrade
OLD
http://www.unicamp.br/~boaventu/page19.htm
OSWALD DE ANDRADE: VIDA E OBRA
1881
1890
- Nasce em São Paulo José Oswald de Souza Andrade, filho único de José
Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta de Souza Andrade, na rua
Barão de Itapetininga, esquina com a atual D. José de Barros, antiga 11 de
março.
1896
1900
1901
1903
1905
1909
1910
1911
1912
1913
1914
1915
1916
- Faz a leitura das peças em vários salões literários de São Paulo na Sociedade
Brasileira de Homens de Letras, no Rio de Janeiro e na redação A Cigarra.
- Sofre de artritismo.
1917
- Defende a pintora Anita Malfatti das críticas violentas feitas por Monteiro
Lobato ("A exposição de Anita Malfatti", no Jornal do Comércio, S.P. 11
jan.1918).
1918
- Trabalha em A Cazeta.
1919
1920
- Edita Papel e Tinta até 1921, assinando com Menotti del Picchia o editorial
e escrevendo regularmente para o periódico.
1921
1922
- Integra o grupo dos cinco com Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do
Amaral e Menotti del Picchia.
1923
1924
- Faz uma leitura do Serafim Ponte Grande, em casa de Paulo Prado para
uma platéia de amigos modernistas.
1925
- Publica em Paris pela editora Au Sans Pareil o livro de poemas Pau Brasil.
1926
- De 13 de janeiro a 18 de fevereiro viagem ao Oriente, em companhia de
Tarsila, Nonê, Dulce (filha de Tarsila), do escritor Cláudio de Souza, do
governador de São Paulo Altino Arantes, a bordo do navio Lotus da
Companhia Messagier Maritimes.
1927
1928
- Viaja à Europa, regressando no mesmo ano pelo Asturias com passagem por
Lisboa.
1929
- Entra em contato com Benjamin Péret que mora no Brasil até 1931.
1930
- Preso pela polícia do Rio de Janeiro, por ameaçar o antigo amigo, poeta
Olegário Mariano.
1931
- Engaja-se no P.C.
1932
1933
- Pronuncia conferência - O Vosso sindicato - no sindicato dos padeiros de
São Paulo.
1934
1935
1936
1937
1938
- Publica o trecho "A vocação" da série Marco Zero, vol. IV, A presença do
Mar.
1939
1940
1941
1942
- Publica Cântico dos Cânticos para Flauta e Violão, dedicado à sua mulher
Maria Antonieta.
1943
- Publica Marco Zero - lº vol. pela José Olympio, capa de Sta.Rosa.
1944
- Tem como endereço em S.Paulo, Rua Aurora, 579, aptº 23, Tel. 49296.
1945
- Publica Poesias Reunidas O.A, ed. Gaveta e Marco Zero, 2º vol. pela José
Olympio.
1946
1947
1948
1950
- Escreve O antropófago
- Candidato a deputado federal pelo PRT, tendo comitê na rua Vitória, 653, 2º
andar. Telefone 39017.
- Reside na rua Ricardo Batista, 18, 5º andar, (esquina da rua Major Diogo).
1953
- Tenta em vão vender sua coleção de quadros (1 Léger óleo, 1 aquarela com
dedicatória, 3 Chirico óleo, 1 Picasso guache, 1 Picasso aquarela, 1 Chagall
desenho, 1 Miró têmpera, 1 Delaunay litografia com dedicatória, 1 Archipenko
óleo, 1 Laurens desenho, 1 Pruna óleo, 1 Severini óleo, 1 Picabia desenho.
1954
"O que importa para o artista moderno é traduzir nossa época e a sua
personalidade. O resto é literatura" (Rubens Borba de Moraes)
No espaço de tempo que vai 1923 até a data da publicação (l933), Serafim
ganhou diferentes montagens. Estes intervalos demorados entre a primeira
versão da obra e sua data publicação são sintomáticos de uma metodologia
cuidadosa e de um exaustivo trabalho de artesão. Anunciam, an de mais
nada, a paciente e laboriosa tentativa do romancista em aperfeiçoar o seu
estilo, transformando-o no retrato das suas idéias estéticas do momento
das suas observações a respeito do desenvolvimento da narrativa moderna.
espantosa a consciência oswaldiana torno da importância e do alcance seu
trabalho. Sabia que estava subvertendo os padrões da ficção tradicional ou
pelo menos que estava fazendo ai de novo em relação ao que havia gênero.
INTRODUÇÃO
Senhor
Que eu não fique nunca
Como esse velho inglês
Aí do lado
Que dorme numa cadeira
À espera de visitas que não vêm
Em 1901, vai para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo. Tem como colega Pedro
Rodrigues de Almeida, o “João de Barros” do”Perfeito Cozinheiro das Almas
desse mundo...”.
Em 1903, transfere-se para o Colégio São Bento. Lá tem como colega o futuro
poeta modernista Guilherme de Almeida.
No ano seguinte, com a ajuda financeira de sua mãe, funda “O Pirralho”, cujo
primeiro número é lançado em 12 de agosto, tendo como colaboradores
Amadeu Amaral, Voltolino, Alexandre Marcondes, Cornélio Pires e outros.
Conhece o poeta Emílio de Meneses, de quem se torna amigo. Lança a
campanha civilista em torno de Ruy Barbosa. Passa uma temporada em
Baependi, Minas, nas terras da família de seu avô.
No ano seguinte, participa das reuniões da Vila Kirial e conhece o artista plástico
Lasar Segall. Escreve “A recusa”, drama em três atos.
Nasce o seu filho, José Oswald Antônio de Andrade (Nonê), com Kamiá, em
1914. Torna-se Bacharel em Ciências e Letras pelo Colégio São. Bento, onde foi
aluno do abade Sentroul. Cursa Filosofia no Mosteiro de São Bento.
No ano seguinte edita “Papel e Tinta”, assinando com Menotti del Picchia o
editorial e escrevendo regularmente para o periódico. Descobre o escultor
Brecheret. Escreve em “A Raposa” artigo elogiando Brecheret com texto
ilustrado com fotos de trabalhos do artista.
Visita seu filho na Suíça, em março de 1925. Em fevereiro e março faz curso de
inglês na Berlitz School, em Paris. Assiste ao festival Satie, em Paris. Em maio,
viaja ao Brasil. Participa do jantar na Vila Fortunata (casa de René Thiollier) em
homenagem a D.Olivia Guedes Penteado. Volta à Europa, passando em Lisboa.
Em julho vai a Deauville para alguns dias de férias. Publica em Paris pela editora
Au Sans Pareil o livro de poemas “Pau Brasil”. Em agosto retorna ao Brasil.
Candidata-se à Academia Brasileira de Letras. Oficializa o noivado com Tarsila
do Amaral. Faz nova viagem à Europa. Com Tarsila, passa novamente o final do
ano em Le Tremblay-sur- Mauldre, residência de campo de Cendrars.
No ano seguinte, volta ao Rio para a exposição de Tarsila, com Anita Malfatti,
Waldemar Belisário, Patricia Galvão. Está em Paris em julho. Entra em contato
com Benjamin Péret que mora no Brasil até 1931. Hospeda na sua fazenda —
Santa Tereza do Alto — o filósofo alemão Hermann Keyserling e a dançarina
Josephine Baker. É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema
República (SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo. Separa-se
de Tarsila do Amaral. Rompe com Mário de Andrade e Paulo Prado. Viaja à
Bahia com Pagú.
No dia 1º de abril de 1930 casa-se com Patricia Galvão (Pagu) numa cerimônia
pouco convencional. O acontecimento foi simbólico, realizado no Cemitério da
Consolação, em São Paulo. Mais tarde, se retrataram na igreja. Escreve "A casa
e a língua", em defesa da arquitetura de Warchavchik. Nasce seu filho Rudá
Poronominare Galvão de Andrade com a escritora Patrícia Galvão (Pagú). É
preso pela polícia do Rio de Janeiro, por ameaçar o antigo amigo, poeta
Olegário Mariano.
No ano seguinte, deixa Pagú e une-se à pianista Pilar Ferrer. Publica “A Escada
Vermelha”, terceiro romance de “A trilogia do exílio”, e “O Homem e o Cavalo”,
com capa de seu filho, Oswald de Andrade Filho. Lê cenas da peça “O Homem e
o Cavalo” no Teatro de Experiência de Flávio de Carvalho. Programada a
apresentação dessa peça, o teatro, é interditado pela polícia. No dia 24 de
dezembro, assina contrato ante-nupcial em regime de separação de bens com
Julieta Bárbara Guerrini.
Em 1935, compra uma serraria. Com sua mulher Julieta, acompanha C. Levis-
Strauss em excursão até Foz do Iguaçu. Escreve sátira política para “A Platéia”.
Faz parte do movimento artístico cultural “Quarteirão”. Está fichado na polícia
civil do Ministério da Justiça, sob o nº 70, como subversivo.
Em 1938, publica o trecho "A vocação" da série “Marco Zero: IV”, “A presença
do Mar”. Está ligado ao Sindicato de Jornalista de São Paulo, matrícula nº 179.
Redige “Análise de dois tipos de ficção”.
Humor:
Poesia:
Pau-Brasil (1925)
Romance:
Teatro:
A recusa (1913)
Théâtre Brésilien — Mon coeur balance e Leur Âme (1916) (com Guilherme de
Almeida)
A morta (1937);
Manifestos:
Versões e adaptações:
Publicações póstumas:
Dados obtidos no livro "O Salão e a Selva: uma biografia ilustrada de Oswald de
Andrade", Editora da UNICAMP: Editora Ex Libris - Campinas (SP), 1995, de
Maria Eugenia Boaventura; no sítio Itaucultural e em outros sobre o biografado
CONCLUSÃO
"O que importa para o artista moderno é traduzir nossa época e a sua
personalidade. O resto é literatura" (Rubens Borba de Moraes)
Oswald costumava ler seus trabalhos para os amigos bem antes do lançamento,
ou pelo menos antes da redação final.
No espaço de tempo que vai 1923 até a data da publicação (l933), Serafim
ganhou diferentes montagens. Estes intervalos demorados entre a primeira
versão da obra e sua data publicação são sintomáticos de uma metodologia
cuidadosa e de um exaustivo trabalho de artesão. Anunciam, an de mais nada, a
paciente e laboriosa tentativa do romancista em aperfeiçoar o seu estilo,
transformando-o no retrato das suas idéias estéticas do momento das suas
observações a respeito do desenvolvimento da narrativa moderna. espantosa a
consciência oswaldiana torno da importância e do alcance seu trabalho. Sabia
que estava subvertendo os padrões da ficção tradicional ou pelo menos que
estava fazendo ai de novo em relação ao que havia gênero.
BIBLIOGRAFIA
http://www.e-biografias.net/biografias/oswald_andrade.php
http://www.releituras.com/oandrade_bio.asp
http://www.unicamp.br/~boaventu/page19.htm