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MARIO CURTIS GIORDANI i BN Sie = ‘Titular de Direito ee aa ears eee (Candido Mendes Histéria da Antiguidade Oriental Biblioteca y EDITORA VOzES_ Petropolis CAPITULO 1 ‘A IDADE DA PEDRA E A IDADE DOS METAIS A ADE DA PEDRA 1. Origem da Humanidade (© grande problema que surge diante do estudioso da Pré-histéria 6a origem da Humanidade. De todos os seres que,.desde milhies, po- Yoam a Terra, 85 0 homem teve # curiosidade de levantar a dupla ques- Gao sobre a sua origem e seu destino. ' @ os Piteean- tropideos (eujos fésseis foram encontrados em trés diferentes e distan- tes regides: Java, Pequim e Niassa) que seriam os homens-macacos. Saber, entretanto, qual o papel exato que os supracitados fésseis teriam Gesempenhado na linha aseendente do atual ser humano é algo que fo- ge &s possibilidades da ciéneia, «Contudo, subsistem ainda certas dife- rengas de interpretagio que dizem respeito ao ponto de separagio dos ramos humano € antropéide e sobre o lugar real que é preciso dar a08 Pitecantropideos © aos Australopiteeideoss.* Na realidade, 0 problema & 25 Cap. 4: A Tande da Pedra. 0 dade dos: Metais bem mais complexo do que fazem parscer as séries genealdgicas deso- Dhadas, as vezes, com tanta facilidade para logo apés sorem eorrigidas fem face das noves contribuigdes da Paleontologia e das novas teorias dos cientistas -A solugio do problema da Antropogénese, & tur das ciéa- cias bioldgiens, «é muito simples para quem consente em supor o proble- ‘ma resolvido ¢ em contentar-se com hipéteses, elegantes talves, mas que hndo possuem como base senio assimilagées, com poucos ou mesmo sem Gocamentos -cientificos; a soluglo terrivelmente complexa ¢ talvez _ Avrespasta da filosolia. Para os filésofos espivitualistas, o homem nao é um mero animal, mas um animal racional dotado de alma es piritual essenciatmente superior & matéria. Entre o ser humano total © os restantes animais existe, portato, um histo ontolégico. A hipéte- ‘se evolucionista 26 seria admissivel com relagio ao corpo humano © Jamais com relasio & alma, diretamente produzida pelo Criador. Quam fo & evolugio do corpo, teria a mesma obedecido a um fim determi nado ¢ somente poderia terse realizado yragas A intervengio deuma jnteligincia que, no eas0,-seria.aInteligéncia Divina. ‘A resposta da:teologia: A. teologia cristi, baseada-na Biblia, ensi- cna, como ponto fundamental da doutrina, a descendéncia do Género Hu- “juino, que habita atualmente nosso planeta, de um timico casa! (mono- genismo): Adio ¢ Eva, Qual’s -afitude do cristo diante da hipitese evolucionista? A Eneielica-«cHomani Generis» do paps Pio. XII sintetiza ‘0 pensamento da moderna exegese catélica dos textos ‘iblicos referentes A eriagto do homem. Levando em consideracio os ensinamentos conti- ‘dos _nesse documento pontificio.e mas’ obras dos exegetas .catélicos, _po- ‘demos resumir nos “seguintes items a~posicio da -teologia .catdliea pe- rante o problema da Antropogénese Primeiro: Os textos da Sagrada Escritura, que se referem & erlacio do primero easal, possuem, & luz dos ensinamentos do Magistério Ecle- ‘Sistico, um valor histérico no sentido de que atestam a intervencio especial de Deus na formacio de Adio e Eva. ‘Segunde: Esta intervengSo divina ee estende: '2) & formagio do corpo humano por mefo de matéria preexistente; 1b) B eriagio da alma humana espiritual essencialmente superior & matéria; a alma espiritval marea um abismo entre o homem, animal racional, e os demais seres componentes do reino animal e vegetal. Terceiro: De Adio e Eva descendem todos os seres humanos que, desde entio, povoam 0 mundo e, portanto, todo o Género Humano atual. ‘As Sagradas Eserituras ensinam o mais estrito monogenismo, Quarto: O corpo da primeira muther foi formado da mesma subs- taneia do corpo do primeiro homem; as expressGes «costelas de Adio» ‘A dade da Pedra a ‘e osso de meus 05508, came da minha carne, indicam afinidade Sion entre Adio e va, motivada pela posse da mesma naturers, ‘Quinto: De acordo com os ensinamentos, aa Enelelicg .* ‘Onde teriam aparecido os ‘primeiros homens? As opinides dos ps- leoutéiogos variam sobre o lugar que teria sido 0 bergo da Humsnida- ‘de. Dos continentes estiio em questio, segundo os cientistas, apenas tris: sia, Europa e Afries. Howels considera como provivel berco da Hu- manidade a regiao situada a0 norte da India e do Himalsia.* Na rea- Yidade, devemos ‘confessar que -fattam osdados para ‘uma solucio -desse problema. Se, ainda. aqui, quiaéssemos Jevar-em consideragio 0 aspecto religioso da questio, deveriamos registrar que, ma opinilio. dos. modernos ‘exegetas, as indieagies geogrificas sobre o paraiso terrestre tim valor ‘meramente simbélico, indicando,. apenas de-modo vago, um hogar -ex- ‘cepeional da Terra em-gue Dens:teria crindo oprimeiro casa, 3. A Era Quaterniria a) Gronologia da era quaterniria, — Ja vimos que os cientistas estio longe da unanimidade ao pretenderem estabelecer a cronologia ‘absolute (fixagio do mimero mais ou menos exata de anos de sna due ragio) da era quaternéria. Para a determinagio da eronologia relativa (que procura apenas indiear a ordem de sucesso dos fates no tempo, sem preocupacio de fixar 0 niimero de anos decorridos) existem trés' métod © método estratigritico que adota como eritério os dados forne- cidos pela geologia. © método paleontolégico que se basela no estudo de fésses. © método arqueolégico que nos di uma cronologia ealeada na in- Giistria do homem, Bsse iltimo método 6, evidentemente, o que mais eo can estar um etude da ech pam al ino ww ses nw linens an Prbiln — snateattvet aoe sree Argueolrie Hamas te ew a terior 0° = ‘desempena_ um no estudo do psiquisme qbe Yfracionais. ." surat na Wade da Pedra. — AS cheer cultural Tre confirmadas por sigumas cones mn expan tee Arguogs Pre ee gue "Bn. pimeiro TORRE, OF Or eanin amiravel, <0 TODS oe sejnm, denatam a existncl ff [ibre a terra #2 fev oe aa an ae an ybede vem regra, & finalidade 2 que de ays enfea ede, 3 sais con ap gue determina as formas a ri Bom nomen. a Ydade 6 PelTa HE 3 fom indieio seguro da preocupacao ad i "A habilidade pritica reas an 38 ©) A evolu san expostas serio ple simetria que ajuntar uma scar 0 belo. fentativa de expres naa revelan © tative de Oreton tela e belos (que Atravess Tida para a execusio 2 ‘Cap. 2: A Tdade da Peden e a dade dos Metais ‘tenas de millénios © hoje ainda nos causam admiragio) denote, a ii ‘omens remoting den natn ervououtctements csenvalvido, apo instrumento para a relisigio do concepties abate tas (Enaidade'e belera) de sma Integéncia viva‘e alive ‘Acreseete ‘mor a devcoberta da. manera de prodasir o fogo'e'0' domino do mes. 20; 0 progrso artistico assnaladn nav graesiee, Qsemhon ot cet ras que remouiam a dpocas bem datates; oo vestipon de prticas mis ices 2 fim de captar a forges de um mundo uperor para azocgurat tim resultado futur; on rilos sepulerse ‘obeervades a, partir do paleo itico médio, etc... , ou melhor, .” Chama-se essa fndistria primitiva porque seus produtos foram encontra- ‘dos nos arredores ‘de Abbeville. "Tal designagio foi sugerida por. Bresil ‘pera. sulstituir os antigos termos de Pri-chellense ou Chellense (esta ‘Genominagio provém da. localidade de Chelles, em Seine-ct-3arne). “A indistria chamada Acheulense (o nome provém de Saint-Acheul) apresenta pecas mais finamente talhadas, Encontram-se bifaces “peque- ‘nos e elegantes, de forma lamceolada -e trabalhados .com cuidado. ‘Mencionemos ainda a indiistria clactonense (do nome ia localidade de Clacton, na Inglaterra) que se compde de lascas de arestas cortan- {es que se prestam & obtencio de variada utensilagem. «Em cada um ‘esses tipos de utensilagem exprimiu-se uma idéia que se propagou ‘través dos continentes, com uma técnica propria de realizagio na materia, Uma descoberta industrial permitia melhorar as pecas, nas THusls os artesios marcavam mala perfeitamente seu senso do belo por WMio Ga simetria dos contornos, Verdadelras oficinas existiam entio, como @ que Commont descobriu em Saint-Acheul. Nessas idades bem fecuadas, a Humanidade ja esti presente com suas caracteristicas ssenciais, suas téenieas completadas, e seus progressos, ainda bastan- te Ientos, © periodo que segue nos seri melhor conhecido. ..»* cap 4: A Inde da Pedra e a dade dos afetals 2. © Paleolitico mé 8) Dados da Paleontologia Wumana. — 0 Paleolitico Médio & ; | | ‘So fabricados objetos para. diversos sos. *° Qatra indiatrin do Paleolitico Médio é a mousterense (0 nome pro- -vém de. Moustier, Dordogne, “Franga). Encomtramos, dessa épors, pon as de formas ‘triangulares “© ruspadores. Mas a: grande-invencio do Mousteriense pareee ter sido o burl, jnstrumento ainda ‘hoje emprege- te, das grutas naturais seu ehabitats. Sua vida muito rade de ra . Sea vida muit ceacado- res fem eurta duracio; segundo uma estatisties de H. Vallois, mais da Imetade dos individuos exumados néo havia passado dos vinte anos, nenhum deles havia atravessado os cinglenta. Mas os neandertalenses parevem tar entrevisto uma sobrevivincia além de sua existénela pre- Césla: ignoramos, aliés, quais os temores que pesavam sobre os mes- ‘mos ou quais aS esperancas que os animavam, quando evocavam 0 mundo em que haviam entrado seus mortos». 3. 0 Paleoltco Superior. — Segundo efleulos aproximados, o Pax leolitico Inferior ocupatia as trés quartas partes dos tempos pré-his- téricos; a duragio do Paleolitico Médio corresponderia quase a uma quarta parte. A duragio do Paleolitico Superior seria entio relativay mente pequens: trinta a quarenta mil anos. Nessa época o clima et ropeu sofre profunda transformacéo, Desencadeia-se uma forte vaga de A Haade an Pedra * rio que transforma 0 quadro geogrifieo em sua flora © fame. De frio GN gas zonas mortanhosat deseem para as, planicls, 06 Sf) note os argon mediterrineas grande quantidade 0° ."” Quon a Gite gnatho de Tomo sapiens nota-se que a mesma ¢ nsada cm ODS, oS Homo laber que ae aplien no Homem de Neanderthal, Note? sereapéaitor «Falarse. ainda em nossos dias de um Homo faber prin ei" Npresentado pela velha raga de Neanderthal, que se opts o0 Sion ions mela evoluido que #6. teria ‘aparecido :no Paledlitin Sir Serior e que eeria noqso antepassado direto, A: inteligéncia omens, & Derr sr ne injelo, apenas mais desenvolvida que a dos grandes macs: Gimentas cn aplieado unicamente & solugio de problemas de ordem pré- Ra Suis como a Tabricagho de alguns rudes utensils ou a eonserss: Ser atime lareira; a6 lentamente & que ela se teria desembaragado 408 ee citos limites dos sentidos que a aprisionavam para elevar-se a0 6” serinento daa cauens © prapor-se questoes da mais elevada espiritis- sae ox de nossas descobertas, quanto a realidade nos parece di tanita. ja Préshistéria mio fomece argumentos sérios em favor da exis- sree a fase proto-pré-histdrica e é dificil solar a téenica do pen téncin Ge Unceituals antes de fabricar um utensilio, 6 necessirio 1819 sameido, O homem pré-histérico no se mostrou nem exclusivaments Soper, nem exclusivamente sapiens, mas simultaneamente um € outro fom modalidades varldveis segundo as épocas.”* b) Os Dados da Arqueologia Histérica. — Uma das caracteris= cas Mittria’ desse periodo 6 0 aparecimento de instrumentos Py Cap.1: A Idade da Pedra ea Idade dos Metais ticos A base de Iiminas finas ¢ eves, 0 acentuado desenvolvimento a fabrieagio de objetos de osso e, finalmente, o nascimenty de crit. goes artisticas que se vio aperfelgoando, No estudo das indtistrias do Paleolitico Superior podemos distinguir trés grandes periodos: Aur. shacense, Solutrense © Madalenense. sees yeriodos admitem subivi- bes que nfo levaremos em conta. Aurinhacense (gruta de Aurignae, alto Garona). Enumeremos su cintamente alguns exemplos dos principais produtos da indistrie aurinha- ‘eense: pontas de limina de dorso cortado, raspadores, buris, pontas de ehifre de rena, costelas ormadas com entalhes, pontas de azagaia em sso polido com uma fenda na base para fixi-les & extremidade de uma ‘haste, ete. Nota-se jé 0 desenvolvimento da arte mobilidria e parietal. Solutrense (Solutré, perto de Micon, Sabne-Loire). Entre outros Produtos da indistria ‘itiea solutrense, encontramos pontas de silex regulares sendo que as mais Targas sio ehmadas «folhas de loureiro», pontas de fechas, buris, raspadores, etc. Progride a indisiria de 0ss0 tom novas formas de azagaias e agulhas com fundo. ‘Madalenense (La Madeleine, Dordogne). Ao lado de numerosos © variegatos instrumentos de sllex (raspadares, bigornas, buris em bico de papagaio e bieo de flauta)'e de uma indistria de micrdlitos (Iascas de pequenas dimensies ‘com retoques) desenvolve-se uma notével indis- ‘ria de objetos Zeitos de oso e de chifre de rena; zagaias, agulhas pro- ‘Vidas de orificio, Lasties perfurndas, diversas -pontas de armas, anzbis © sobretudo arpoes -com auma on duas fileiras de. dentes “encurvados vem sentido contrério ao da’ ponts, destinados & pesca eA caca. Eo periodo do desenvolvimento artistico, LO MESOLITICO Ao periodo de transicio entre o Madalenense © 0 Neolitico foi dado © nome de Mesolitico por J. de Morgan. Bntre as caracteristicas gerais ésse periodo intermediério, podemos anotar: a indéstria microlitica, © Inicio da agricultura (Palestina), a domestieagio do cdo e a cons: ‘truco de choupanas, 4) Dados da Paleontologia Humana, — © perfodo mesolitico importante sob o ponto de vista da expansio do Género Humano pelo planeta, «Parece que durante esse periodo de 9.000 anos, que vai de 12,000 a 3,000 aC, 0 povoamento do Antigo Mundo, compreendendo a Asie, a Africa e a Europa, progrediu de um modo relativamente répido. Os homens haviam fieado muito espalhados durante os nume- rosos milénios anteriores. Antes do inicio dos tempos propriamente histéricos, isto é no decurso do Mesolitico e do Neolitico, eles e po. dem ter decuplicado ou mesmo centuplicado. Os tipos humanos se di A uate aa Pedra 1" ‘yecstcam, Vise aparecerem os cabecas eurtam» ot braqlcfalon, tio meres em nos ia.” ona enemplo de restos humanos do Mesoiieo europe podemos eontel esqueletos achados na gruta de Ofnet Baviers) onde. ae Coe, Choon ee duas fossa dates apena tr reo, wnt e steer sic‘e mundane a, pet exo em oir. «io oenipalner- Hoe Sone mulheres © de changas; mareas de. olges de machtdo elo Ulvele ‘saree caso; ce eadiverer havian ado decaptadoa, come TENET, presence Ge vértcbran cervieair; on crim estavam volladoe Metis dunes! dou culo soar on de tina orentagio ars 8 Pervada Yon morlos; abjelos de enfeite, caninos de_cervo ou cones TRaravanran aos Feo éaseos,robre on quale Uham sido espalhadox com Sindincia gore vermelho. Bodeae pensar em tofeus de UCT. 5) Dados da Argueclogia Pré-hntéren. — A insta, ment tin ara ao ard com trio. Aas por exemple, Ro edn 3 Tacotreme poquenon remadoterirtn, redondos ou qoadrado, ee cas Tien en mrt tnnganves Na mama reo BSirenntade andar, Goon com. poldore,coradores ee. Os Shute Ge weno servnm perm a fubrcagho oo arp chats; dese fur alpha ov elmer pntadon on graradoa, “i. D-NEOLITICO 1A pedta_polida 6 0 elemento earacterstcg do Neolitic. Seria em trtanta, erréneo supor que, neste iitimo ‘periodo da. Idade da. Podre “iio ar eveontrasse igwahmente atenitagem tice lnseads. Ontras cara Tevetcar dame pvofo so: grande desenalviseato dn semi, org Minto gece, domesieasio do. animain e construgio de Toias lncusees ou teresirea, Notese no #1 fist etabelecer 0 in far entre 0 Mesoltico eo Neola, 2) Dados da Paleontologia Humana. — 0 estudo dos documen- ton tumor referentes a0, Necitico yertencem mata % Protohstoris tue propramente i Paleontologia. humana. No Peleolitico a Europe fol nabtada exclusivamente por dalicocéfalos (erinio alongado); 10 Mesolitico aparecem o grupos de Braquetfnlos (erinio euro): 10 Neviticn, de um modo gefalpodemos elstingulr na Turopa os wezvlt- tes tipoe Bhimanos: ° Dolcectalos da raga nérdicn (Homo sapiens nordicus). Dollccedfalos da raga meditersinea (Homo sapiens mediterrancus), Braguletalos da raga alpina (Homo saplens epinus). A ests tr rapes podemos apresentar tm quarto: of mesoefalos, produto natural Go crusnmento’ doe grupos anteriores 28 Cap. 4: A Made da Pedra ea tdade dos 3¢etais b) Dados da Arqueologia. Pré-histérica. — © Neolitico sssinala © apogeu do trabalho em silex. As minas em que esse material era explorado estendem-se deste a Bélgica até o Rgito. Em Grand-Pres- signy (Franca) bavia uma verdadeira oficina de trabalho om silex que ‘media dez quilémetros de comprimento. ‘Sem entrar em detalhes de classificacio dos objetos segundo o ti- po © 0 lugar em que foram encontrados, vamos enumerar alguns exem- plos dos prineipais produtos da indistria neolitica: laminas que serviam ide ponta de lance, machados polidos feitos de silex ou de pedra dura {de forma variada, pontas de mortiferas flechas contendo um corte trans- versal (uma dessas pontas foi encontrada fixada em uma vértebra), pi- ccaretas, pereussores, més, martelos, ete. Além da pedra, empregava-se, ‘também, para a fabrieagio de uteusilios, o osso, 0 chifre e a madeira. Lembremos ainda os mumerosos objetos de cerimica cuja forma, técnica estilo variam indefinidamente de-acordo com a regio em que se encontrar. IV. A VIDA.NA IDADE DA PEDRA Observacio.praliminar. — 0: estudo resumido dos-tipos: humanos ‘dos produtos, ‘especialmente da indistria Jitiea, que caracterizam as grandes elapas da Idade da Pedra, deo-nos uma idéia da marcha do ‘homem pré-histérico ‘pela senda de iento porém continuo progresso. Va- aos agora completar ‘nosso~estudo da Idade da. Pedra. encarando, em ‘uma visio de’ conjunio, alguns dos principals. aspects da vida do ho- mem durante esse longo periodo. .quais as:fontes.para. esse .estudo? Em primeiro Iugar, os dados da arqueologia pré-historiea. Em se- sgundo lugar, 0s dados:que nos fornece-a..ctnologia. comparada. ‘Entre os que, ‘pela. primeirs vez, tilizaram o-método da sinologia comparada figura o jesuita Lafitau’(sée. XVII). Publicou uma obra sobre os costumes dos selvagens americanos, comparados com os costu- ‘mes dos primeiros tempos da Humanidade. Tal método permite uma Interpretacio viva e stual dos documentos que a Arqueologia Pré-his- ‘t6rica nos pie a disposicio: assim, por exemplo, of povos que ainda em- pregam Instrumentos de pedra ensinam-nos como se corta a pedra; ou- ‘ros, como of esquimés, sam ainda o arpao eo propulaor, armae seme Ihantes as usadas pelo homem da Idade da Rena. Claro’ esté que tal método exige cautela para que se evitem divagacées fantasticas. Po- ‘vos separados por milhares de anos, ainda que culturalmente em con- digdes semelhantes, bem podem ter adquirido eostumes diversos. 1. Os alimentos. — Os homens do Paleolitico foram, em primeiro lugar, colhedores de alimentos que deviam consistir em folhas, raizes, frutas, ete. De colhedores passaram a cacadores ¢, em limites mais es treitos, a pescadores. Os instrumentos mals remotos indieam, antes de ‘A Ydade ds Pedra 3 tudo, a preoeupagio de defesa contra feras e, posteriormente, 0 de- Senvolwimento de atividade einegétieas. A partir do Musteriense, nota- ge 0 emprego de fossas, armadilhas que visavam A caga grossa (ele fante, rinocerante, hipopdtamo, ete...) No Aurinhacense inventou-se um novo tipo de armadilha com pe 50s, pois 0 solo gelado dificultava a escavacio de fossas. No Madalenense a rena representa 60/90% da caca © constitui a base de toda a economia: pele era empregada para tendas ¢ vesti- ‘menta, 03 oss0¢ e as armacies serviam para a fabricacio de propul- alimentagio na pesca e na coleta de moluscos. "As bases econdmicas ampliam-se no Neolitico com 2 domesticacio Ge animais e com a agricultura. Na Europa Ocidental foram domesti- eados © eo (que servia como precioso auxiliar na caca), 0 boi, 0 por co, a ovelha, a cabra eo eavalo. Os.ncoliticos praticaram a agricultu- ra em larga escala: cultivaram o solo primeiramente com um bastio ¢, mais tarde, com a enxada; entre os produtos.agricolas de entio, po- ‘demos.citar o trigo, a cevada, a aveia, a fava, a lentilha, a ervitha, ete. De um modo geral, .” 2. A Wabitagio, —°E' erréneo-imaginar- que os homens da Tas ‘de Ga Pedra tenbam -vivido sempre ou. habitualmente em. caverns. © studo das habitagdce préhistérleas deve levar em consideracao fas infiuéneias de -ordem elimstiea .e geogrifiea que..determinaram ‘a eacolha -da-morada. «A loealizagio dessas -moradas esta -em=funcio Ge umn certo nimero de condigGes essenciais, mas de graus diversos: proximidade das jazidas de matérias-primas necessirias ao fabrico Ge suas armas, de seu instrumental, proximidade com os territérios @e-eaga, protecio contra as intempéries, feras e grupos hostis, en- fim e, prineipalmente, a Aguay.* © trogloditismo, isto é, a vida em cavernas, foi, em geral, o efeito de uma necessidade’ pastageira ou, as mais das’ vezes, «uma fase wows ‘séria do modo de vida habitual nas moradas feltas pela mio do bo- mem». O rigor do clima ou as exigéncias da caga é que determinaram a escolha de cavernas como residéncia. Assim, por exemplo, os homens de Neanderthal procuravam reftigio contra os rigores do inverno em ea vernas profundas que eram transformadas em lugares habitaveis: as en- tradas eram defendidas contra as feras com grandes pedras ¢ plantas epinhosas; 0 solo era calgado com lajes planas de ealedreo. A larei- ra, cavada ou formada de blocos de pedra, tinha nfo s6 a finalidade de = Gap. 1: A Taade da Pedra e © Wade don Jtetaie aquecer os habitantes mas também a de afugentar og animais ferozes e coser os alimentos. Ao voltar overdo, os habitantes das cavernas abondonavam-nas, as vezes para nio mais voltar, deixando-as repletas de restos de cozinha, instrumentos de silex e de ossos de animais. A Tdade da Pedra polida oferece-nos, pola primeira vez, os vest ios incontestiveis” de uma casa construida de acordo com um pla- hho definido. A casa aparece, pois, quando os homens so dedicam & agri- cultura e 4 criagio de animals O modo de construgio varia com o meio geogrifico © os materiais disponiveis As grandes Hlorestas do norte da Europe facilitam 0 emprego da madeira; na regio mediterrines ele @ substituida pela pedra. Os neoliticos constroem aldelas terrestres © lacustres. Sao eélebres as aldeias lacustres construidas sobre pilotis ou palafitas (do italiano: palafitta: estaeas fineadas na terra); as estacas, feitas de enormes troncos de arvore, eram fineadas no fundo dos lagos: ‘a8 casas estavam ligadas 4 margem por uma passarela longa e estrel- ta Encontramse vestigios de palafitas ua Suica, Lombardia, Veneza, Savdia, Jura, Wurtemberg, Austria, Hungria e Poldnia. Uma ‘das mais famoses:palafitas é a de Robenhausen sobre o lago Pfactfikon, na Sui- a. A aldela, construida no meio do lago, oeupava. uma superficie de qua- 4tro hectares. Foram encontradas, nesse loeal, objetos de cerimica, pedras coriadas polidas, -ossamento de animais doméstieos, engenhos de pea- eae, finalmente, grios.de cereais conservados gragas A carbonizacic 2.0 vestuirio. —.A pele de animais. deve ter comstituido desde Spocas_bem remotas no 36mm troféu de eaga mas também um meio de abrigar-se contra o rigor do frio. Laminas de silex e facas especiais -eram ‘usadas para raspar_e dividir as peles; da crine ou da cauda de ‘eavalo ‘ou ainda dos tonddes da-rena eram Iabricados fios que, por meio de boris ou agulhas. com fundo de osso, demarfim-e de chifre de rena, serviam para ligar as diferentes pecas do vestuirio primitive, Desde 0 Paleolitico médio, conchas © dentes so usados como adorns. * Nos lugares de clima temperado, 25 vestes de pole eram substit das por cintos e tangas feitas, as vezes, de pelos © conchas. Os habi- tantes das palafitas conheciam e praticavam largamente a indistria ‘thxtil, conforme esti bundantements provada pelos vestigios encon- trades em Robenhausen, 4. A arte, — A arte é bem um sinal do poder criador da inteligén- cia humana, Enquanto a indistria indiea o esforco do homem para fa- cilitar a existéncia, superando as dificuldades amblentes, a arte revela, sobre as paredes dos abrigos e das cavernas, sobre os utensilios de pe- dra ou de osso, a maneira de o pré-histérico encarar a vida, suas as- piragoes, suas creneas, seu amor a beleza, ‘Mauduit, em sua interessante obra .* Com esses rituais misteriosos e estranhos, os Pré-histéricos procuravam coneiliar o auxilio de forgas sobre-humanas. ‘A Wade da Pedra s Muitos santuérios do Paleolitico Superior sio guarnecidos por feras ‘monstros tais como felinos, semibovideos, ete. Conchuindo este ripido estudo sobre as crengas do homem da Idade da Pedra, podemos salientar que a indistria, a arte, as ." A constatagio da influéneis do calor sobre o metal, a relativa facllidade com que este adquiria varia- das formas abriram novas perspectivas para a técnica industrial. A pos- ibitidade de fusio do eobre com o estanho, produzindo.o. bronze, assi- -nalou um ‘progresso na primitivametalurgia. cA metalurgia Ievow 0 ho- ‘mem 2 descobriz, depois de milénios de uso do fogo, o emprego de uma nova fonte de energia para sua economia: o calor. Até entio o fogo mio the havia servido a nfo ser para eozer seus alimentos © para aquecer-se; ‘agora era utilizado para transformar fisica e quimicamente as substén- clas. Sem divida, o homem nfo se deu conta claramente das leis fisi- cas que eram aplicadas; mas isto era secundirio. Sabia-se doravante fundir os metais, endurecé-los por amalgamas, vazii-los em moldes e, em seguida, polir, afiar e ornar 0 objeto fundido. Hssas operagdes perma~ neceram a base da metalurgia até nossos dias; e eis por que é legitimo opor & totalidade da velha Idade da Pedra a nova Idade dos Metais».” © Neolities, a época da pedra polida ¢ das cidades Incustres, da cria go de gado e da agricultura, é como que uma introducio suave & Ida- de doz Metais. O uso do cobre nfo substitui o emprego do silex. Am- bos continuam como matéria-prima para a fabricacio de inémeros uten- silios. Nota-se até um aperfeigoamento na indistria da pedra polida. Somente com a propagacdo do uso do bronze & que paulatinamente © silex sera posto de lado. 1 isso apenas nas regides em que se di- fundiu o emprego do metal. “a Gap. 1: A Idade da Pedra e 2 dade dos Metais 1. Fontes Podemos discernir duas categorias de fontes para o estudo da Pro- toHistéria: dados da Arqueologia e Documentos escritos. a) Arqueologia. A partir do século passado tem crescido, cada vex ‘mais, 0 interesse pelas eivilizagées outrora desconhecidas do Oriente, gra- ‘gas 20 trabalho iniciado por amadores coutinuado posteriormente por homens que, sempre mais, s¢ especializam nas disciplinas indispensiveis e nas téenicas mais modernas para poderem penetrar o segredo milenar, que 0 correr dos séculos sepultou sob as arcias dos desertos ou sob a ‘eamada de aluvilio. O resultado dessas escavagies varia desde os hu- mildes untensilios de cozinha até os restos de soberbos.edificios. b) Documentos escrites. Ox restos culturais revelados pelas esca- varGes arqueolégieas so, muitas veses, deficientes. Como os povos do nfeio da Tdade dos Metais mio estavam de poste de um sistema evo- Inido. de eserita, torna-se necessirio recorrer as fontes escritas de po- ‘vos vizinhos que se encontravam ja em plena iz da Historia propris- mente dita. Recordemos que 0 inicio da Idade-dos Metais no foi 0 mesmo “nem simultineo. pars: todos os povos. 2. Cronologia ProtoMistérica ‘Como $60 Fizemos-‘com “Telacio a: Pré-histéria; -podemos falar de ‘uma cronologia proto-histériea relativa e de uma cronologia proto-his- a a) Cronologia-télativa. 0 inivio“da Tdade dos Metais perde-se-numa relativamente remota antiguidade. Entre o primeiro uso do metal e 0 de- senvolvimento de uma verdadeira indiistria organizada dovem ter decor- rido muitos séculos. Levando-se em consideracio a ordem de sucessio no tempo, do emprego de diversos tipos de metais, podemos estabelecer uma vaga eronologia relativa da proto-histéria que nfo pode ser apli- cada evidentemente a todos os povos. Teriamos, entio, em 1° lugar, o Caleolitico (epoca em que predominou o uso do cobre), chamado tam- ‘uém, por alguns antores, Eneolitice. Este periodo inicial da Idade dos Metais seria, pois, o intermedirio entre a Idade da Pedra e a do Bron- ze, A Tdade do Bronze costuma ser dividida, de acordo com a evolucio geral da indistria, em Bronze Antigo, Bronze Médio e... Bronze Final, A idade do Bronze sucede, finalmente, a Idade do Ferro, Impée-se aqui uma observagio a fim de que se evite um equivoco: no decurso da Tdade dos Metais, os tempos proto-histérieos transformam-se em his téricos A medida que progride o sistema de escrita ou & medida tam- bém que os especialistas conseguem decifrar definitivamente as escritas anteriormente incompreensiveis. A Made dos atetais 45 b) Cronologia absoluta. Fixar a cronologia absoluta dos eventos da Proto-Histéria no tem sido fall tarefa para os estudiosos que nos fltimos vinte e cinco anos, apés pesquisas ¢ céloulos em que entra @ados da Arqueologia, da Epigrafia, da Astronomia e da propria His- téria, tém dedicado aten¢io ao assunto. Os problemas cronolégicos da Proto-Histéria e da Historia estio intimamente ligados. De um modo tum tanto vago, ‘podemos assinalar como 0 periodo dos primeiros pas- ‘08 da Idade dos Metais (contemporineo durante muito tempo do Neo- {itico), 0 V milénio antes de nossa era. 3. Visio Geral da Difusio do Uso dos Metals a) Cobre. — Um dos mais antigos empregos do cobre de que se ‘tem noticia remonta” ao V milénio antes de nossa era. Encontramos, ‘entio, 0 cobre usado pelo povo da civilizacio da regiio de Badari, no vale do Nilo, no Alto Egite, Em E-Amrah, também no vale do Nilo, ‘sinda no V milénio a.C. observa-se, ao Iado do cobre, 0 uso da prata ¢ 4o-ouro. No quarto milénio 0 cobre ji era conhecido na Mesopotamia, ‘no Ir. ¢ nas Indias Pelo ano de 3000 a.C. se: difundira pelo Mar Egeu ¢ pela China * Pelo terceiro milénio o eobre propaga-se do leste pa- rao ocste, atinginds © Mediterrfneo ocidental, o sul da Ttilia, a Sici Wa ea Espanha Descoberto o cobre nesta regio, passa a ser expor- tado para-a Europa Central.“ 0 grande acontecimento . da: indistria -dos:metais no IIT milénio o-aparecimento do. bronze. 'b) Bronze. — Desconhecemos o lugar em que se produziu 0 bronze pela primeira’ vez.‘ Considerando-se' que.o Ocidente.vonkecen 0 “primeiro ‘bronze através da importacio do Oriente © que esse metal deveria ter faparecido em uma regiio em que houvesse tanto cobre como estanho, pode-se assinalar como provaveis ebergos» do bronze a Arménla e 0 sudeste da Asia, * No Bgito encontramos 0 uso corrente do bronze nos primelros sé- culos do TI milénio aC. Na mesma época o bronze esti sendo em- pregado na Suméria, no Irie na India; um pouco mals tarde, no Mar Higeu; poucos séculos depois, ja 6 conhecido na Europa Central e na China. ) Ferro, — 0 iiltimo milénio antes de nossa era ¢ a chamada Tda- de do Ferro. Na realidade tal periodo nfo marca 0 aparecimento do ferro, mas sua difusio. Os mais antigos objetos de ferro conhecidos remontam 0 IV milénio e foram encontrados em um timulo pré-di- nistico do Egito, Trata-se de ferro mete6rico.* Outros objetos que in- icam ser rarissimo o emprego do ferro foram encontrados em Ur (QT milénio) e em Biblos (II milénio). Os primeiros encontros de ferro fundido deram-se na ‘Turquia, na Siria e na Mesopotimia. Hssas descobertas provam # pritica de fundi- “ Cap. 4: A Idade da Pedra © a Idade dos Metaia fsbuinha de ZoghazKeui, cépia de uma carta do rei hitita Hattusl, explicando a Ramsés IIo atraso de uma entregan No fim do segundo milénio, o ferro & couhecido ma Grécia e na Rélia. Na Enropa Central amsinsiase 0 ferro a partir de 900 aC De 900 500 floresce a chamada civilizagio de Hallstatt (nn Iliria), dee. de Hungria ocidental até a Espanha No ano de 1846 foi encentrada em Hallstatt uma grande neerSpole contendo abundante material pore estado. De 500 s.C., até o inicio da era cristi desenvolvese a chamada civilizagio de La ‘Tene (margens do lago. Neuchitel, ‘Suiga) onde fo, ram feitas escavacées desde 1874. ‘A fpoca de La ‘Téne, ligada & civilizagio céltica, & chamada se gunda Idede do Ferro na Europa. 4. Dolmens © Menhires mesa, e' men = pedra). A -idéia megalitica (a-designacio €.de TH. ‘Breull) fol adotada-por Giferentes. povos num .extenso. quadro-geogrifiec. Os momumentos ime, galiticos io eneontrados em numerosas regiées do globo como, vie, Japio, India, Bgite © Europa. 2 diseutivel a origem da cultura megalitiea bem como 0 povo que & propagou na Europa Ocidental. Nesta regiio, os dolmens mais antigos se encontram na Peninsula Tbérica, mas a cultura propagowse atmece Go literal atlintico atingindo a Franca, ax Thea Britdnicas ea reglae banheda pelo Mar do Norte. Na Franca os ‘monumentos megalities se contam aos milhares. Com que finalidade teriam sido erigidos tais monumentos? Quanto 05 menhires (que, agrupados, recebem o nome de cromlech, do bretio crom = redondo, lech = pedra), observa Furon, ceram evidentementa ‘monumentos piblicos, a0 que indicam 0 tamanho de alguns eo grande aimero de homens que tiveram de participar em seu transporte ¢ om sua erecio, Nada indiea que fossem timulos. Kram talvez pedras cone, morativas de homens, de aconteclmentos; eram mais provayelmente Monumentos culturais. Suas relagdes com os cultos solares foram oc, Dlinbadas e comentadas pelo Dr. Marcel Baudouins. A Taade dos Metats a Quanto aoe dolmens, no hé divide sobre sua finalidade: eram mo- ‘mumentos funeririos. Tais sepulturas megaliticas adquiriam as mais ve. Fiadas formas desde o délmen simples situado ao ar livre, até os dol. ‘mens que se prolongam em galerias sob um montio de terra. Notese que somente na Franca so encontrados cérea de 4.500 dolmens. cultura megalitica ainda encerra mumerosos enigmas que deaa- sam w sctldnde pecan dor etadease de Pretinn ¢ he Foote ee Beppo ah. Lee rami toa a Seen pa eth foe Len trite nm So ab, "eaotaloexeito indiad ve SU genera. ds Ey erage, om CCarpidetras egipcins

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