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Operacées urbanas consorciadas Marcos Batistela Proeutader do Municipio de Sto Polo, @ Destnagso dos recursos ~7 Ca da aprvegio Jo operagle urbana corsorisda~ 9 Conelusio~ Referéneas 1 Aobrigatoriedade do plano A Constituigéo de iado Estado brasi 0 preceito se refere apenas a atividade econdmica, interpretacao compattvel ct destaque para 0 ia € seu instrumento bisica, ay téncia atribufda& Unisio 324 | svoumeronumonmncianionianorod) Ge fungGes ptiblicas comuns insttuindo agrupamentos de Municfpios aglomeracées urbanas ou regibes metropolitanas (art, 25, 108 Municipios para promover-o “adequaco ordenamento territorial, mediante planejamento € controle do uso, do pa da ocupacio mitologica da fi Romulo, o que a Constinut gio Federal tigo 174 que este évinculante sivado da economia. Deve set estabelecido, 1 expressam idéias: Para José Afonso da Si mentado para lo de objesivos previamente estabelecidos" ¢ 0 plano “é o meio pelo qual se instrumentaliza so de planejamento”.' Femando Alves Correia, que constatou igual fo de termos na linguagem juridico-administrativa em Portugal, destaca que “planificardo ou planeamento é uma aclvidade que tem como firna ema de win plano, 20 passo que este € o produto de referida atividade. O vocabulo ‘planificagén expressa, as de agao, de procese, enquanto o plano éalgo que coneretiza, que exp do do proceso de planificagéo ou (planificagSo, plancamento) e plano, portanto, se confuundem ¢ expressarn idéias distintas, para o seta 10 IV, do Estatuto da Cidade. A ico, edo, decorre de normas de carater consti sem ele nao é pos condutas tidas por necessirias ao ozdenat sveis, Esa obsigntoriedad forma extrema do plano diretor, existe em forma mais branda p: Municfpios, posto que nao é possivel sequer conceber qualquer atuacio estatal ia de urbanismo sem um plano preestabelecido, ainda que singslo. em ma 2 Planejamento e operacées urbanas consorcadas 0.267, de 10 de Urbantstico Apromul gagio do Estatuto da Gidade (Lei Feder amente o panorama do Direi pro no diretor que estabelece os parimetros para aferir o cum, ve condiciona a ¢garantia do diteito de propriedade e eyjo descumprimento pode perda pela desapropringio com pagamento mediante ttulos da di oragio dos planos dire ligdo de 1988, que extinguiu ta mais de 20 mil habitantes, para os quais impds a obr roriedade do plano 3a | st emeentin penis cemeray le, que estabelece normas gerais de suigio), mesmo que algumas de suas tinicionalidade, o espago em que os sobre 0 teor do seu plano diretor foi mente, pode-se a co, dotado de certos req por forga de Iei nacional, sem os quais néo pode validamente © Estatuto da Cidade, por stir enquanto tal, ro lado, em nada substat q inca que sejam feitas algumas concessées aos tracos mais modernos le cariter nacional trazidos pela intensa urbanizaciio do século XX. Assim & a operagio urbana consorciada. bana consorciada € uma ni sigBes conflitantes, dado o seu carfter de norma ge quanto 8 este aspecto, de Direito Urbanistico Conforme diseip consorciads & wn das do artigo 4° elo Estanuto da Cidade, wna eperacéo wrbana trumentos de politica urbana constantes da extensa lista entretanto, no é exaustiva, A prépria nogio de instrue “casa, popnes 0 wae ad, 16 eroumadineasamonn | 327 inclui, uma vez que, como dispée o proprio Estatuto em outra parte (art. 38), na operagio urbana consorciada é fundomentalmente um plano urbanistco, ermbora seja exiguo ose ambito terri 1 alcanga apenas una pequena frago do espaco municipal em que sejam desejadas transformag6es urbanas estru- turais, melhorias sociais ¢ valoriza 3 Definicdo legal de operacio urbana consorciada e classificagao entre 0 planos urbanisticos ‘Nao obstante a imprecisio caracterSstica com que os temas relacionados a0 planejamento ¢ aos planos slo tratados no Estanuto da Cidade, devids provavelmente & escassa experiéncia nacional na elaboracio ¢ execucio de planos de qualquer espécie, a yastante exata doinsti- tuto da operacéo urbana consorciada em seu ar operagiio urbana consorciada o conjunto de intervengées e medidas coorde- nadas pelo Poder Piblico Municipal, com a participacio dos propr moradores, usuarios permanentes investidores privados, com o objetivo de car em uma area transformagies urbanisticas ea valorizagio ambiental”, 0 conceito integrado pelo ca do artigo 32, que dispe que operacio urbana conisorciada deve ser aprovad por lei especifca, que inclusive deve conter 0 plano de operagdo urbana consor- ciada, ¢ pel medidas passiveis de adogac. ‘Uma operagio urbana consorciada, portanto, € um plano urbanistico Jpal por meio do qual se pretende realizar uma transformacio urbana estrutural, melboria social e valorizagio ambiental em uma trouxe urna definicae sos do seu §2°, que prevé "328 | amsoasmspnion amacans ¥cAs9 880 Ket da zona urbana me de se afastar, desde o i aga para ur legislagio excepcional, sendo iagio de operacio urbana consor- nsformagio do urbano). No Estatuto da Cidade, a operagio urbana consorciada de A revitalizagéa lo —e nfo A expansio—urkana. fio do plano de operagio urbana consoreiada (art. 83 do novo regime ju ‘0 urbanfstico para a sua drea de 10 obstante seja integral para o sew porque nao atinge todo 0 tertitério ambito espac: do Manicfpio que o ins! 4 Caracteristicas formais da operacdo urbana consorciada 4.1 Competéncia muni ‘O Estanuto da Cidade estabelece que a realizacio de operagdes urbanas consorciadas € de competéncia dos Mi < cenominacio de “Poder: foi tida por assunto de interesse local. O contetido da operagio urbana consorciada é matéria de competéncia as disposig6es do Est normas gerais de da Cidaée, que os obrigam por sua condig Imente se refere aos contratos estrutura definiéa ‘Outre conseiéncia desta oxrusvidede da competéncia municipal nesta ia 6 que nio poderio ser aprovadas operagSes urbanas consorcia pela Unio ou pelos Estados federados ainda que em wegides metropolis. on aglomeragées urbaras. \ ae 4,2 Previsio no plano diretor “Arealizagio de operagdes urtanas consorciadas tem de estar expr aoordo com o eaput do artigo 82 do ‘Arado de ser desta vincula urbana consorciada se plano com dispasiges mais espectficas e concretas voltacas 2 realizagio das exigencias € diretrizes fundamentats de ordenacéo do territrio do expressas em seu plano diretor. Nao é por outro motivo que as disposiges Jo artigo $2 do Fstatuto éa Cidade si declaradas conteido go 42, IL? requeridas ininimo obrigat6rio do plano diretor pelo seu 4.3 Conformidade com o plano diretor Nao basta que a realizagio de operacées urbanas consorciades — uma fou mais delas — estej Jano diretor municipal. © Estaruto da Cidade exige que a lei que as aprovar seja “baseada no plano a, pocie parecer que a "base" fornecida pelo torizagko genérica da realiagio de operacées urbanas ‘0 que jé foi exposto no item anterior, interna do Estatuto da Cidade exige, entretanto, é que o plano de operacio urbana consorciada seja um desenvolvimento do no diretor municipal, ¢ desta forma as disposigSes de ambos devem ser conjugadas e harmonicas. Ndo send a via descurnprida obrigatoriedade éo planejamento edo plano estabelecida no Estatuto (art 2, IY) ena pr 182, §1°), como o plano ditetor seria uma pecs sem por qualquer outra falar jonstituigéo idade, uma vez que poder iso Urbanistico.* E nio se poderia, j 30 | sououanassaun avnacouesuinensivo ands aprovagio de operagio urbana consorciada, de derrogar disposigées do plano diretor, est4 imy anterioridade ara ser valida tivesse uma exigéncia de ‘A exigéncia de coeréncia entre as disposigées do plano diretor © do plano de operacéo urbana consorciada pode ser apurada com base em dois expressa “uma obrigacio positiva de desenvolvimento de determinade tipo"? Dada condigéo constitucional de “ € de expansdo urbana” 10 bisico da politica de aque ostenta o plano le plano hier igéncin de confermidade do plano de operacéo urbana consorciada com o plano diretor (ou de Libilidade quando nao houver previséo de um certo desenvolvimento, que implicita) 4.4 Aprovacao por lei especifica [Aprevisio da realizagio de operagbes urbanas consorciadas € cantetido no abrigatério do plano diretor municipal (isto é, nos casos em que ha evesse em realizacio de operagso urbana), mas nfo esgota o ral de exigzncias izacio do instituto. £ que, nos termos do caput tuto da Cidade, a aprovacio de operagio urbana consor ciada exige a promulgagio de “lei especifica”, Lei especifica, como ensina Diogenes Gasparini, “€ a que ‘Nenluma outea matéria, ainda que relacionada com a politica urb ser tratada por essa le. Ainda que oautor use a expressio no plural, o sentido geral do texto parece ser 0, de que a exigéncia de uma aprovacio de cada operagio urbana coi fea do direito especial men FYeRAROA sot. un de slaeanet oer s&h hoes RPE idade do plansjamento, se ressente Colago Antunes,!! promovendo nao apenas a eff ‘mas principalmente a seguranga das relagbes juri do emaranhado de normas urbanisticas de interpretagio controversa a que (nfelizmente) ja nos acostamames. Ao ‘minar, ademais,o Estatuto da Cidade nada mais fez que dispor no meso sentido do que ji eorsia no artigo 7°, Te TV, da Lei Com= Jlementat Federal n® 95, de 26 de feverciro de 1998, que determina que as bes, tratario de um tinico objeto ¢ que salvo quando um mesmo assunto nfo seri dis ‘a segunda complementar a pri 4,5 Alteracio da legislagao urb teracio da legislacio urbanistica ordindria é nportantes das operagoes urbanas consorciad: jo para a consecuco dos objetivos estabelecidos. ‘Com efeito, nos termos do artigo 32, §2°, do Estatuto da Cidade, a ope ragio urbana consorciada poderd, entre outras medidas, prever “amodificagto de indices ¢ earacteristicas de parcelamento, uso ¢ ocupagio do sole ¢ subsolo, apresentando- elas decortente” (inc. 1) ¢ ainda “a regularizacio de construgoe ampliagSes executadas em desacordo com a legislagio vigente” inc. I). ‘A aprovacio de uma operagio urbana consorciada com o respective plano, como demonstra a de dos termes do Estatuto da info apenas autoriza a modificago dos caracteristicas de uso e ocupagio do solo e a regularizagio de cons além de permitir outras medidas, faz tabula rasa de toda a legisacio urbanistica ordindria, que sio substitaldas pelas suas disposig6es especiais. 4.6 Participacao de particulares Aatuagio urbanistica do Estado e o préprio Direito Urb necem marcados pela sua origem no poder de policia, cuja carac re Sco atone ns” (seri bs Sa 332 | soucnamaenun mmcmnazinéso sisi can ‘mais diretamente vincalam os partic Para as operagées urbanas consore entretanto, apesar do objetivo piiblico a que se destinam, existe previsio expressa do Estatuto icipacio dos propriecarios de iméveis, moracores, uswsr! permanentes ¢ investidores privados interessados nas freas atingidas. Ee Aespecificagio dos meios de participagio deveré constar da lel espectfica que aprovar o plano da operacio urbana consorciada, um dos quais é 0 nto obrigatério do controle da operagio, previsto no artigo 5 Contatido do plano de operaco urbana con Atendidasas exigencias formais pré; Aprimeira exigencia material do plano da operacio urbana consorciada 6a definigio da érea a seratingida, o que significa simplesmente que aoperagio urbana ocorre dentro de limites espaciais preestabelecidos ¢ inalterdv certo que o plat tica de desenvolvimento urbano, pode car ou delimitar areas para .cbes urlsanas consorciadas e inclusive estabelecer priori- dades para a sua realizagio, ima vez prevista a realizagio de operagées urbanas consorciadas no plano diretor sem austen nndicagio das fens em que se devem lidade juridica da delimitagio uma falha no sistema de planejamento adotado, porque um plano mente inferior (plano ée operacéo urbana consorciada) pode ser estabelecido sem uma Q Jo ondicbes de rp eceate disp ORY i ' voreomsincocnminn | 333 ‘vinculagdo mais estrita ao plano hierarquicamente superior (plano diretor), ‘com o qual deve ser conforme, come ja exposto. Ainda neste caso, as dispo- cia ordindria ¢ estabelecer novas caracter © ceupacio do solo € do s modificagées dos ocupaio e aproveitamento dos terrenos, alterayio da leislacia de obras e edificagies, seulsngio de ediicagies, amples ou reformas retiuadas io o controle de seu desenvolvim ,portancia do planejamento ¢ do plano ‘num certo sentido, 2 ampla capacidade de intervencio no domfnio privado des urbanisticas municipais: a alteragéo profurda das \penas ¢ se vineulada a um-novo plano « portanto, aco da fren de se for afastado qualau Nao basta, porém, um plano de oenpagio da rea. © Estatuto da Cidade exige também um “programa de atendimento econdmico e social para a A populacio diretamente afetada é aquela que sa | sorsouanm aease cera caunesuadnerrsano core snnowmiocotaeors | 335 para os limites extremos da cidade, como tem sido a tradigio nacional e da tano de operagéo urbana consorciada deve também conter um Estado qual o exemplo mais eélebre foi a renovagto urbana do centro do Rio de Prévio de Impacto de Vizinhanca, cnja regulamentagio basica foi es io do século passado, © que a lei faz é vedar esta solugio pelo Estatuto da Cidade em seus atigot 86, 87 € 28, A interpretacio des dcixando a definigéo das medidas adequadas em cada legal é bast lexa, indusive porque um estado de impacto concrete aos respectives planos de opera jana consorciada, hh mnga nao tofn carder normative. © sentido do texto legal é o de plano de operagiio urbana consorciada deve indicar expressa da implementagio jidades de toda ¢ qualquer da operagio urbana 0 code permitir um controle m: operagio urbana do Estatuto da Cidade, que so 2s transformag6es urbanas estruturais, as melhorias sociais e a valorizagio ambiental. Quanto a este aspecto, poderia | ser questionado se uma operagio urbana consorciada poderiaestabelecer como 2 legislacdo edilicia que constituem um dos elementos caract= objetivo apenas um ou dois dos fins mencionados na lei. A resposta parece ser egatva, pore a8 oes ven ne } prac urbana consorcinda nfo deve ser gratuita, mas em regra omeros. © Por ito o plano de operagio urbana consorciad deve prever umn prestagéo I pariida a ser exigida dos proprietiios, us “fs ° scot : jvados para a obrencio de ur benefici, leser page apenas do Estatuto da Cidade como do préprio instiacto da operagio urbana ie aor oun servos on outros mcios cj valor econtmico ie consorciada. & neste sentido o entendimento de Paulo José Villela Lomar, Le Sbjetived ‘que, apés ressaltar que os trés objetivos legais da operaci } so de pagimento & que a obvengio de ios especiais de uproveitamento dos iméveis permite sia sobrevalor . e ‘agio sem qualquer investimento correspondente do proprietério e, portanto, \ rizagio ambiental sem a realizagfo de transformagies estruturas mas | Gee revester para o tezouro pablico 4 menos wma parte desta valorizacio i speragio uibang oonéorciada nko estard completa se faltar a realizacio de © que foi cbtida apenas com a alteracio da legislagéo urbantstica ou edilicia £ 7 vos | ‘uma manifestaglo concreta da diretriz geral de “Justa distribuigio dos bene todas as operagées urbanas consorciadas tém os mesmos fcios e nus decorrentes do processo de usbanizagio” (art. 2°, IX, do Estatuto). transformagées urbanas estruturais, methorias sociais ‘Finalmente, o plano de operagio urbana consorciada deve conter ainda valorizagio ambiental, como campreender, entlo, a disposigfo espet previsio quanto a forma de da operacio, que devers artigo 35, 1V, do Fstatuto da Cidade, que exige a definicio da 4 tor obrigntriamente compartilhada com representagio da sociedade dvi, ‘operacio urbana consorciada em seu plano? A concl © especialmente com 0s par’ adores, usudrios permanentes ¢ investidores Este 60 contetido minim para que o plano de operagio urbana consor da Cidade ¢, portanto, vilide que se 7” gaia adequado As disposigdes do Estat sigrapam os objetivos a seem alemados por uma operagio urbana consor/4yDact ry ap Yo Pome de vista jurdico. Como os sete in tiada, Mais uma vez, testa prestigindo o planejamento do desenvalvimenth HINAL sabelecem com grande amplitude 00) sdnsoriada lei que ains ““que compativeis com aqueles mfnimos determinad 7 6 com as disposigées do plano dizetor nmanicipal 2396 | satsonammusruncuscuinsuninonsme ried) 6 Destinacdo dos recursos A destinagio dos recursos obtidos pelo Municipio com a realizagio de agSes urbanas consorciadas em razio da prestagio da contrapartida pela na area da operacio. ni observa que, nfo obstante o texto legal mencione apenas recursos financeiros, a melhor interpretagio do dispositive legal €a a aplicagio na area da opera ido pelo Municipio a tinlo de contrapartida ci pela utilizacio dos beneticios previ Ae ra esta disposi busca da sustentabilidade das operagées urbanas consorciadas, de forma a quea prestagio de contrapartidas pelos beneficisrios da valorizacio ‘ionada seja suficiente para satisfazer os custos da Te jos da urbanizacio, permitindo a ap! recursos obtidos em regiées valorizadas em melhorias a serera promovidas Coma determinagio expressa do Est stituto demonstrar as vantagens © desvantayens da opcio legalmente ado:ada. 7 Certificados de potencial adicional de construcao, O Estatuto da Gidade regulamentoua emissio ce certificados de potendial adicional de construgio, 0 que constitu’ inovagio de grande importincia Vinculada ao tema da separagao do direito de propriedade imobilidria do direito de construir, que nao foi realizada no direito nacional ¢ é assunto caja pacificagdo parece Assim, se 0 Cédigo Civil de 2002 manteve o direito do proprietirio de 7” levantar em seu terreno 3 3 , eados de potenci 1 terreno as construgbes que Ihe aprowves, resalvados os 4 y@pOl REAL \das disposicées le g direitos dos vizinhos e os “regulamentos administrativ BL! 3 C _/, Lima, instigutda pela Lei n? 11.732/95 do Mt dreas em que seja permitida a wuindo a cutorga onerosa do direito de. mentoem conteapartida, fact, 28 ¢ sequinted). 'No caso das operacGes urbanas consorciadas, ao prever 2 emissio dos certificados de potencial adicional de construcfo, o Estatuto da Cidade permitia implicitamente o estabelecimento de freas em que seja permitida a gio de uso e ocpagio do solo até um limite espec ‘urbana consorciada e, portanto, constante do seu respect jonados certificados quando do requerime: Esta é a semelhanca e a relagio dos ce de construgio com 0 i lato da outorge onerosa do dircito de construir, todos eles ia de solo ctiado. Os certificados de potencial adicionsl de co Municfpio mediante autorizagao expressa da le realizagio de operacio urbana consortiada ¢ que representam quantidade determinada de rea adi rea da operagio urbana consorciada; podem ser wzados diretamente p pagamento das obras (¢ servicos, no o diga expr necessérias & execugio do plano de operagio urbana consorciada (art. 34, ‘copid), representando uma antecipacio dos recursos a serem obtiios por meio da prestagio de contrapartidas. ‘Uma ver alienados ou utilizados como meio de pagasnento, os cados podem ser livremente negociados, mas so conversiveis em diteito de ‘rea da respectiva operagio urbana consorciada (art. 34, $1), a0 qual séo vincalados,¢ até o limite maximo de construsie permicide em seu plano. Esta € a esstncia do disposto no Estatuto da onal de construgio, qui suscitam questionamentos complex am, por exempio, anegociagio dos pre » da licenca para construi dade acerca dos certifi- gan | aoucwamvonian onan cevesitieno: sie tn Sobre esta questio, por ocasito da aprovacio da Operacio Urbana Agua fo de Sto Fuilo (EMURB) fieados de poten avo de sua aq nem alteram seu passivo financeiro porque néo representam qualquer direito 1 no se caracterizam como valores mobilidries, porque, mesmo que no se enquadrem na categoria de culos da divida piblica, nfo so cemitidos por uma sociedade privada. Concluin, ainda que nfo ex que os cettificados posstem uma natureza juridica prépri Iegislagdo urbantstica, que nfo pode ser assimilada a ce outros ttulos por pessoas jurfdicas piblicas ou privada: Parte das indefinigées relativas aos certificados foi superacla posterior- ciagio e de diste construcio, disponéo que “constituem valores mobil da Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, os Certificados de Potencial Adicional de Gonstrugio (CEPAC) (Operagées Urbanas Consorciadas,na form: 10.257, de 10 de janeiro de 2001, quando ofer' ‘Assim, quando ofertados publicamente de acorclo com as instrugies da Comissio de Valores Mobilifrios, os certificados de potencial eonstrutive adicional seguem o regime dos valores mobilidrios. Para aqueles que no forem ofertados publicamente, uma vex que niio a no Es da Cidade, permanecem muitas questées em aberto, como sua natureza jurfdiea e a forma de sua negociagéo posterior, o que parece exixir 0 exame das circanstincias coneretas de cada caso. 8 Efaitos da aprovacéo de operagio urbana consorciada © Estatuto da Cidade dispSe que a partir da aprovagio da lei especifica ,- urbana consoreiada sio mulas todas as licengas € zag ipal em desacordo com respectivo pl ag {art 88, $2°) E efetivamente aio poderia estar determinado dos atos da administragéo coms pr lusive porque a conformida: Iegais € principio constitucional. © que deve ser observado € que © nulidade das licencas e autorizacGes expedidas em desacordo « de operagio urbana consorciada deve set tomado em seu sentido maisamplo, que é 0 de preservaro plano especial de ocupagio da érea contra qusisquer medidas que venham 2 descaracterizas, dificaltar ou conformes coin programa bisico adotado. Neste sentido, a vedagio legal ‘nfo apenas as licengas eautorizayGes relaivas legislagio urban squer outros ato sngas ambientais ou as autorizagées ‘bem piiblico, que sero invilidas sempre que for const: formidade como plano aprovado. ‘Ap comentar o dispositivo legal em questi, Diogenes que, no obstante conste do texto legal o ermo “aprovaga licencas ¢ autorizagbes ocorre na realidade a partir do 1a da operagio urbana consor cesséria.! Esta parece ser uma interpretagao c ener lnc brasileiro de que asieisndo produzem efeitos senso depois de sua publicagio. ‘Nio parece, contudo, a melhor interpretagéo para o Dit cem que o tema das licencas de uso ou de construgio assume ‘mormente com 2 extensio da garantia prestada pel ional 208 atos juridicos perfeitos e aos direitos ad Com efeito, ao dispor sobre o fuxuro, um plano ceria novas po: aomesmo tempo em qu mente aénitidas como legitimas, as quais even realizagio. E éneste ponto de chances de se verificar, algumas vezesse apresentanido 0s 4A sob a forma de verdadeiros direitos subjetivos ‘aouraninensoncnras | 347 nf ameristar waned PPE DidiapOperatoes urbantictoctsostiad lickn: fUNDAGAOPRRERED FOMARLAres: Er tha guesbaasahe ate i tb iBecnda, oF ° ‘onesie bans aaéwmi iar i operagio urbana consorciada € am pointe pura: | interpretagio e ulilizagao suscizam muitas eificaldach Parte desta, dificaldndes € decorvente da novidade do insttuto, 4 ainda nao pode er texado © apeiegoado pela prétca, Outta pate tem cae A Pl a re quasiesconectaisenvoliaa, como no eso dos certieados leprae ete da Rival RSkGpRBiO da i oes en Sn ee jp _divertosequsos Ge eda cso cect para que si tuma operacio urbana consorciada, 0 instiato jurfdico: também ade ro, no obtener pk Ee deiner taro inda nfo desenvolveu mecani iridica sobre o direito: da efetvidade dos planos em claborac a redagio claramente ai no artigo 33, §2°, do fstab eats sn tarnbém pel prsorio estigio de evoll apesar de nfo estar dat age Mores tlie Siececctle peice psiisee loo mative apt piers wera: BOE SE PARTE AD ol A regulamentacio do inant de opeaci aban, consorciada pela do existe qualquer restrigio de cunho juridico para que a lei nacional de 10 Urbanistico, contudo, Direito Urbantstico estabeleca como termo final do prazo para a concessio _quearéentio era tratado com enfoque prede- aa autorizagées vides a éam de aprovagdo de um lel espe aac doutinaris eapresenava mariesagbesespases na legis pelo érgao legislative, como foi feito. E esta disposigio, além de estar em para a sistematizgho nfo apenas do préprio insizuto, perfeita consondncia com a consagrada do Direito Urbantstico, que é mas dos prinfpiose regres apliciveisaoplanelamento eos planos urbanisticos t adogdo de medidas acauteatrias da execugi do plano ftur, parece de | eae ea een, para anerpatraio de um Direito Ubanstico nacional bom senso extremo ao aéo admitir a eventual aquisicéo de direitos em face de um plano apo equ depends apts de um aperfeigoamento Referéncias formal para adquirir validade jurtdica e exequibilidade. ‘ Em suma, a melhor interpretegio do text legal parece sera mais literal, een staan nn ane sso mdm ava mcedidas em descon- lari Dit ainsi» palitnspilica, Sto Paulo: Saraiva, 2002 inda ji provado, ainda 30 Dino: BALLARI, ison Abr: FERAL, Serie 1 Arruda 28, 9002 ‘comentarios & lei federal n° 10.257/2001. Sa que nfo tenha em sentido diverso. p. 804-321, CORREIA, Fernando Alves, Menual de dit a urdonisme. Coimbra: Atmetéia, 2001, ¥ 1- CORREIA, Fernando Alves. 0 plano utbanice¢o principio da igualdade.& Alrmedina, 2001, Coimbra: [CORR Fenande As Mal et uranona, 222

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