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Planejamento da continuidade

dos negócios
Professor André Campos

Elaborado pelo professor André Campos

Uma visão mais ampla sobre segurança da informação


poderá ser obtida no livro “Sistema de Segurança da
Informação – Controlando os riscos”, de André
Campos, Editora Visual Books.
Planejamento da continuidade
dos negócios
Este material foi produzido como apoio didático para disciplinas de
graduação e pós-graduação relacionadas com Tecnologia da Informação.

O uso é permitido a todo e qualquer docente ou discente das referidas


disciplinas, ou correlatas, desde que sejam respeitados os direitos autorais,
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ou seja, que os créditos sejam mantidos.

Este material não pode ser vendido. Seu uso é permitido sem qualquer
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Estas imagens foram utilizadas em seu estado original, com 72DPI.

Algumas imagens foram obtidas da obra "Sistema de Segurança da


Informação Controlando Riscos".

Todas as imagens são utilizadas para fins exclusivamente acadêmicos e não


visam a obtenção de lucro.

Informações específicas sobre segurança da informação podem ser obtidas


na obra Sistemas de segurança da informação Controlando Riscos;
Campos, André; Editora Visual Books, 2007.
PCN – O que é isso?

O objetivo do Planejamento da
Continuidade dos Negócios, ou PCN, é
garantir que os sistemas críticos para o
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negócio sejam retornados a sua condição


operacional normal em um prazo aceitável, nos
casos em que ocorra um incidente de
segurança da informação.

A elaboração de um plano de continuidade de


negócios envolve a preparação, teste, e
manutenção de ações específicas para proteger
os processos críticos da organização.
PCN – O que é isso?

Há uma diferença fundamental entre a Gestão


de Riscos, e o Planejamento de Continuidade
de Negócios.
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No primeiro caso há uma preocupação


específica em evitar ou minimizar o risco da
ocorrência de um incidente de segurança da
informação.

No segundo, o incidente já aconteceu. O


objetivo passa a ser minimizar os prejuízos
decorrentes deste incidente.
PCN – Um pequeno glossário

Inicialmente, é importante entender


alguns conceitos fundamentais.
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PCN – Um pequeno glossário

Serviço de informação

Sistema que permita o processamento de


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dados, incluindo o hardware, o software,


o ambiente e as pessoas essenciais a
este processamento.
PCN – Um pequeno glossário

Função crítica do negócio

São as funções, ou atividades, do


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negócio mais relevantes para que os


objetivos e metas do negócio sejam
atingidos, para que seus bens tangíveis e
intangíveis sejam preservados, e para
que a organização mantenha-se de
acordo com as leis e regulamentações
que a ela se apliquem.
PCN – Um pequeno glossário

Sistema crítico

O hardware e o software necessários


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para garantir a viabilidade de um unidade


de negócio, ou da própria organização,
durante uma interrupção dos serviços de
informação.

Um sistema crítico é um serviço de


informação considerado essencial para
uma função crítica do negócio.
PCN – Um pequeno glossário

Gestão da continuidade

A gestão da continuidade é um processo


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dentro da organização, que está


preocupado em avaliar constantemente
as funções críticas do negócio, os
sistemas essenciais a estas funções,
construindo os planos de continuidade.
Além disso, a gestão da continuidade
elabora planos de recuperação e elabora
programas de treinamento, teste e
manutenção do plano de continuidade.
PCN – Um pequeno glossário

Plano de continuidade de negócio

Um documento descrevendo como a


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organização responde a um evento para


garantir que as funções críticas de
negócio retornem a um nível operação
aceitável dentro de um prazo considerado
razoável.
PCN – Um pequeno glossário

Plano de comunicação durante crises

Um documento que demonstre os


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procedimentos para disseminação de


relatórios de situação para os colaboradores,
e eventualmente até para o público, durante
um evento de interrupção dos serviços de
informação ou de um desastre.
PCN – Um pequeno glossário

Planejamento de recuperação de
desastres
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Recuperação de desastre refere-se a uma


restauração imediata e temporária dos
serviços de informação, tipicamente
computadores e rede local, após um
desastre, natural ou não.

A organização deve documentar como


pretende responder a um eventual desastre,
restaurando as funções críticas do negócio
por um determinado tempo, minimizando a
perda enquanto os processo e ambiente
originais são restaurados a condição de
operação normal.
PCN – Um pequeno glossário

Plano de recuperação de desastres

Um documento que provê procedimentos


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detalhados para facilitar a recuperação dos


serviços de informação que suportem as
funções críticas do negócio em um local
alternativo.

Geralmente aplicado apenas em casos de


interrupções de longo prazo nos serviços.
PCN – Um pequeno glossário

Análise de impacto para o negócio (BIA)

O processo de analisar todas as funções de


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negócio da organização para determinar o


impacto que a interrupção de um serviço de
informação poderia gerar.

Este impacto deve ser medido em termos de


perda financeira acumulada por períodos, o
que possibilitará estimar quanto tempo uma
função de negócio pode suportar sem um
determinado serviço de informação.
Definindo melhor um desastre

Definir se uma interrupção de serviço de


informação, ou de um sistema crítico, é um
desastre ou não, é uma questão de entender
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quanto tempo a função crítica do negócio


pode suportar a interrupção.

Para uma empresa a interrupção do correio


por 8 horas pode ser considerado um
inconveniente, mas para outra organização
pode representar um desastre.

A perda de informação, perda de acesso,


perda de um serviço, ou mesmo perda de
pessoas, podem configurar um desastre que
precisa ser tratado pelo PCN.
Definindo melhor um desastre

Um desastre pode ser caracterizado como:


1. Interrupção não planejada de um serviço
de informação;
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2. Interrupção ampliada de serviço de


informação;
3. Interrupção que não pode ser tratada
pelos procedimentos de gestão de
problemas;
4. Eventos que causam grandes perdas ou
prejuízos.
Cada organização deve catalogar seus sistemas
críticos e definir um tempo máximo de
interrupção para cada um destes serviços.
Criando o PCN

O PCN provê uma descrição detalhada das


ações a serem tomadas em resposta a uma
interrupção inaceitável de um serviço de
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informação.

Trata-se de uma tarefa árdua e de longo


prazo. Por causa disso, muitas vezes parece
que a elaboração e manutenção de um PCN é
um grande investimento de tempo e dinheiro
sem retorno. No entanto, assim como o
seguro de um bem, o ideal é nunca precisar
do PCN, mas se um dia ele for necessário,
pode representar um retorno financeiro
incalculável.
Criando o PCN – O PDCA
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PLAN – Um projeto

É sempre importante lembrar que o processo


de elaboração do PCN guarda forte relação
com o processo de condução de um projeto.
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Por isso, antes de tudo, é fundamental definir


uma equipe de trabalho para este fim, e
principalmente um colaborador deve ser
designado como gerente pelo “projeto”.

Como em qualquer projeto, é importante o


apoio explícito da alta direção.

O escopo deve ser claramente definido, e os


recursos garantidos, tanto os internos quanto
os externos.
PLAN – Um coordenador

É importante definir claramente quem será o


coordenado do Planejamento da Continuidade
dos Negócios.
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Ele é responsável por garantir que todos os


elementos do Planejamento tenham sido
endereçados, e que os colaboradores
envolvidos no PCN tenham feito sua parte no
que se refere a planejamento, preparação, e
treinamento.

É importante lembrar que o coordenador do


PCN é diferente do gerente do projeto de
implantação de um PCN.
PLAN – Funções do
Coordenador

As principais funções do coordenador são:

1. Ser interlocutor entre a equipe do PCN e a


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alta direção;

2. Ter acesso e autoridade para contatar


qualquer colaborador da organização;

3. Conhecer o negócio da organização a fim


de desenvolver planos aderentes ao
negócio;

4. Ter acesso direto ao corpo executivo da


organização.
PLAN – Funções da Equipe de
Recuperação (Recovery
Teams)

A equipe de recuperação está pronta para


assumir o controle das operações de
recuperação caso ocorra um incidente que
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seja considerado um desastre.

As operações de recuperação podem incluir:


1. Responder ao desastre e determinar a
necessidade de ativar um PCN/PRD
(BCP/DRP);
2. Recuperar sistemas críticos em local
(site) alternativos;
3. Recuperar local (site) primário;
4. Retornar as operações ao local (site)
primário.
PLAN – Funções da Equipe de
Gestão de Crises (Crises
Management Team)

A equipe de gestão de crises tem a


responsabilidade de tomar decisões de nível
executivo após a ocorrência de um desastre,
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além da autoridade e conhecimento para


avaliar um incidente e determinar se este
incidente configura um desastre ou não.

Dependendo desta decisão, a equipe de


Recuperação de Desastre entra em ação, ou
não.
PLAN – Funções do
Departamento de Segurança
da Informação

O Escritório de Segurança da Informação é


responsável, entre outras coisas, por orientar
as ações do PCN, apoiar com seus
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conhecimentos nas decisões quanto as opções


mais adequadas de recuperação.

Além disso, o Escritório realizará auditorias de


primeira parte que envolverão os planos do
PCN, sua equipe de trabalho, e suas
metodologias.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
A Análise de Impacto nos Negócio (AIN) não é
exatamente uma técnica ou uma ferramenta
definida. Por isso, cada organização construirá
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sua própria metodologia.


O importante é lembrar o objetivo da AIN, que
vem a ser demonstrar o impacto que um
incidente de segurança da informação pode
causar para o negócio.
O AIN está mais concentrado em incidentes que
envolvam a disponibilidade dos ativos
tecnológicos.
Um AIN deve demonstrar em um nível executivo
o Maximum Tolerable Downtime (MTD) para
cada recurso que suporta as funções críticas do
negócio.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA

A partir do AIN (BIA) é possível elaborar


planos de recuperação realistas em termos de
custo e eficiência.
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O AIN não considera os tipos de incidentes


que podem causar a queda nos serviços, mas
está basicamente concentrada na avaliação
das consequências destas quedas para o
negócio, em termos de perdas financeiras, de
eventuais investimentos adicionais a serem
feitos, e de constrangimentos causados em
função da duração do tempo de downtime.
A condução de uma AIN, em geral, envolvem
pelo menos 5 etapas.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA

Os passos necessários para executar um


AIN/BIA:
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1 – Definindo técnicas de coleta de informação.


2 – Selecionar os colaboradores a serem
entrevistados.
3 – Elaborar questionários estruturados.
4 – Analisar dados e gerar estrutura de
informações.
5 – Gerar relatório de recomendações.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
1 – Definindo técnicas de coleta de
informação.
Existem diversas metodologias e técnicas para
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a coleta de informações necessárias à


realização de uma AIN. Entrevistas, oficinas,
questionários, e softwares são alguns dos
mecanismos que podem ser utilizados.
Uma ferramenta utilizada com bastante
sucesso tem sido a Checkup Tool®, da
empresa Módulo Security.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
2 – Selecionar os colaboradores a serem
entrevistados.
Cada unidade organizacional, cada processo
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de negócio, possui um grau relativo dentro


das operações da organização.
Identificar as funções críticas do negócio não é
uma tarefa trivial, e seria impossível sem
considerar as pessoas que executam o negócio
no dia a dia.
É importante identificar e documentar os
grupos de pessoas a serem entrevistas e o
que se espera de contribuição de cada um
destes grupos.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
3 – Elaborar questionários estruturados.
Não existe uma receita de questionário
pronta, aplicável a qualquer organização que
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queira realizar uma AIN. Para cada


organização deve ser elaborado um conjunto
específico de questionários.
Basicamente, dois tipos de questões serão
consideradas: as quantitativas e as
qualitativas.
As quantitativas referem-se a perdas
financeiras causadas por uma parada de
serviço de informação, ao passo que as
qualitativas referem-se a perdas intangíveis e
mais difíceis de medir, com a imagem da
empresa, por exemplo.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
Itens que podem constar do questionário:
• Nome da função de negócio
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• Número de colaboradores envolvidos


• Horas de operação
• Número de clientes
• Momentos de picos operacionais
• Interdependência com outras unidades
organizacionais
• Custo da operação por período
• Lucro da operação por período
• Prejuízo por tempo parado
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
Continuação...
• Aspectos legais de uma interrupção de
serviço;
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• Aspectos de imagem e demais prejuízos


intangíveis;
• Dependência de hardware, software,
aplicações, rede, comunicação, entre outros;
• Opções alternativas de suporte
informacional;
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA
4 – Analisar dados e gerar estrutura de
informações.
As informações obtidas nas etapas anteriores
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precisam ser estruturadas de maneira que


permitam uma análise adequada e a
consequente tomada de decisões.
Dentro desta estrutura, algumas informações
são essenciais:
• Funções críticas do negócio por processo;
• Tempo máximo de downtime, ou impacto
(MTD);
• Interdependência entre funções de negócio;
• Sistemas que suportam as funções de negócio.
PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA

Abaixo segue um possível exemplo de tabela a


ser construída:
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Processo Função MTD Setor/Contato Tecnologias Depende de


PLAN – Análise de Impacto nos
Negócios (Business Impact
Analysis) – AIN/BIA

5 – Gerar relatório de recomendações.


Após estruturados e analisados todos os
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dados, é a hora de gerar um relatório de


recomendações.
É importante lembrar que este relatório será
avaliado por pessoal executivo, e não técnico.
Portanto, o mesmo deve ser estruturado com
formato e conteúdo executivo.
Este relatório deve ser aprovado antes que a
próxima etapa comece, que é a de elaboração
das estratégias de recuperação.
Estratégias de recuperação

Compreendendo as estratégias de
recuperação envolve
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As estratégias de recuperação são as


possibilidades de contingência aplicáveis para
cada incidente de segurança da informação.
Estas estratégias estão divididas em 4 grandes
áreas:
1 – Processos;
2 – Ambientes;
3 – Pessoas;
4 – Tecnologias.
Estratégias de recuperação

Compreendendo as estratégias de
recuperação envolve
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Ao definir o conjunto aceitável de estratégias


de recuperação para a organização, três
questões devem estar presentes:
1 – O custo de cada estratégia;
2 – A janela de tempo de aplicação da
estratégia;
3 – O grau de eficácia de cada estratégia.
Estas informações ajudarão a decidir que
estratégia aplicar para cada caso.
Estratégias de recuperação
Processos

As estratégias de recuperação de processos


concentram-se nos processos críticos da
organização, e das funções críticas destes
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processos.
A definição do que é crítico e do que não é
crítico guarda uma relação direta com o
Tempo Máximo de Downtime (TMD / MTD).
A seguir são apresentados os elementos
mínimos que precisam ser definidos nas
estratégias de recuperação de processos.
Estratégias de recuperação
Processos

Recuperação de processos, elementos...


Processos críticos. Os processos críticos são
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aqueles apontados pelo AIN/BIA como os


menores TMD/MDT.
Funções críticas. Dentro dos processos
críticos, podem haver funções muito
relevantes e funções menos relevantes. As
mais importantes terão um TMD/MDT menor.
Sistemas críticos. Os sistemas críticos
referem ao hardware e ao software que
suportam as funções e processos críticos,
incluindo os sistemas de telecomunicações.
Estratégias de recuperação
Processos

Recuperação de processos, elementos...


Conectividade. Os procedimentos para
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estabelecer a conectividade da infra-estrutura


de Tecnologia da Informação, envolvendo LAN,
WAN, mainframe, entre outros.
Espaço. A identificação clara do espaço
mínimo essencial necessário para a operação
da função do processo de negócio, e o número
que colaboradores suportados.
Pessoas chave. A identificação das pessoas
essenciais para garantir a operação das
funções dos processos de negócio.
Estratégias de recuperação
Processos

Recuperação de processos, elementos...


Redirecionamentos. Os direcionamentos
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essenciais para a operação, tais como


telefonia, correio eletrônico, e dados.
Interdependências. Os outros processos e
funções que dependem ou causam
dependência.
Armazenamento off-site. Procedimentos,
mídias, e documentos armazenados fora do
site.
Fornecedores. Serviços prestados por
fornecedores.
Estratégias de recuperação
Ambientes

A recuperação de ambientes envolve definir


planos de recuperação que considerem o
espaço necessário, questões de segurança
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física, proteção contra incêndio, infra-


estrutura, utilidades tais com água, gás e
outros, e requisitos ambientais tais como
temperatura, umidade, e outras.
Espaço. Nesta dimensão o espaço mínimo
para a instalação das operações acessórias
aos processos essenciais de negócio devem
ser consideradas. Por exemplo, salas de
reunião, auditório, espaços para treinamento,
entre outros, desde que considerados
essenciais para apoio aos processos de
negócio.
Estratégias de recuperação
Ambientes

Segurança. A área onde serão restaurados os


serviços precisa contar com segurança
compatível. Isto pode envolver a contratação
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de guardas, a instalação de portões com


dispositivos de segurança, portas com
controles de acesso, câmeras de vigilância,
alarmes de invasão, controle de acesso a
andares e salas, detectores silenciosos de
presença, entre outros mercanismos.
Proteção contra incêndio. Deve haver
preocupação com incêndios, o que pode
envolver a instalação de extintores,
dispositivos supressores de fogo, detectores
de fumaça e fogo, entre outros.
Estratégias de recuperação
Ambientes

Infra-estrutura. A infra-estrutura do prédio


deve ser considerada quanto a necessidade de
reformas e reparos, linhas telefônicas, linhas
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elétricas, etc.
Utilidades gerais. As utilidades gerais
incluem o sistema de ventilação, ar
condicionado, energia, geradores de
emergência, e demais utilidades.
Estratégias de recuperação
Pessoas

Refere-se basicamente a procedimentos


registrados, registros operacionais essenciais,
e procedimentos de restauração das
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atividades.
É importante garantir que processos que
normalmente acontecem com o apoio de
sistemas computacionais possam operar com
suporte manual durante um período de tempo,
e que todos os registros gerados no período
manual possam ser transportados para o
sistema informatizado após a restauração dos
serviços.
Estratégias de recuperação
Pessoas

Algumas questões importantes são:


1. Os processos críticos podem ser operados
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manualmente?
2. Os registros poderão ser revertidos para o
sistema posteriormente, ou os dados serão
perdidos?
3. Quais são as informações vitais que não
podem deixar se ser registradas?
4. Quais serão as necessidades especiais de
logística para que os colaboradores
realizem as operações manuais?
Estratégias de recuperação
Tecnologia

Concentrando-nos em Tecnologia da
Informação, as estratégias de recuperação
devem se preocupar com as seguintes áreas:
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1. Recuperação do Data Center;


2. Recuperação da rede;
3. Recuperação das telecomunicações;
4. Recuperação dos dados.
Estratégias de recuperação
Tecnologia

Recuperação do Data Center


As áreas de concentração dos ativos
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concentradores de informação, tais como


servidores de arquivos, banco de dados,
storages, entre outros, são conhecidas como
Data Center.
Por ocasião da ocorrência de um desastre
nesta área, inicialmente é feito uma análise
dos prejuízos e da situação gerada. Em
seguida será decidido pela execução ou não
dos planos de continuidade para a área, que
envolverão procedimentos, tecnologias, e
demais ações para recuperar os serviços de
informação.
Estratégias de recuperação
Tecnologia

Recuperação da rede
A rede local de computadores (LAN) suporta
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toda a transferência de dados e muitas vezes


voz e vídeo em uma organização.
É importante definir claramente os requisitos
mínimos para manutenção deste serviço,
incluindo software e hardware, e identificar
também os mecanismos de transmissão
disponíveis na organização, que pode incluir
a rede cabeada, a utilização de wireless, o
sistema telefônico, a utilização de fibras
óticas, e tecnologias similares.
Estratégias de recuperação
Tecnologia

Recuperação das telecomunicações


Os serviços de telecomunicação são
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essenciais para manter a organização


conectada ao resto do mundo no que se
refere a dados, voz, e vídeo.
É importante haver uma preocupação
concreta com este serviço, que envolve todo
o sistema de telefonia, e os componentes de
rede externa e Internet.
Estratégias de recuperação
Tecnologia

Recuperação de dados
Os dados são um elemento central e
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fundamental para a continuidade dos


negócios em uma organização.
Por isso, os procedimentos de backup e
restore devem ser implementados e
considerados importantes. Não resta dúvida
de que o sistema de backup é um
componente essencial em qualquer plano da
continuidade dos negócios.
Falaremos mais de dados à frente.
Estratégias de recuperação
Categorias de estratégia

As estratégias de recuperação aplicados em


Tecnologia da Informação podem ser
classificadas basicamente em quatro
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categorias:

1. Sites alternativos;
2. Acordos de ajuda mútua;
3. Múltiplos centros;
4. Escritórios de serviço.
Estratégias de recuperação
Sites alternativos

Os sites alternativos são áreas disponíveis


para a ativação dos serviços de informação
que foram interrompidos por um desastre.
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Vejamos as possibilidades de sites


alternativos, que podem ser:
1. Hot site;
2. Warm site;
3. Cold site;
4. Mirror site;
5. Mobile site;
Estratégias de recuperação
Sites alternativos
Mirror Site
Um mirror site é um serviço que mantém
uma cópia exata de um determinado grupo
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de transações em um outro local, em tempo


real.
RÁPIDO
TEMPO DE RECUPERAÇÃO

MIRROR
LENTO

BARATO CARO

CUSTO
Estratégias de recuperação
Sites alternativos
Hot site
Um hot site é aquele que encontra-se
totalmente preparado e configurado para
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receber os serviços de informação que foram


interrompido, incluindo todo o software e
hardware necessário.
RÁPIDO
TEMPO DE RECUPERAÇÃO

HOT
LENTO

BARATO CARO

CUSTO
Estratégias de recuperação
Sites alternativos
Mobile Site
Um mobilie site é um serviço que mantém
uma cópia exata de um determinado grupo
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de transações em um outro local, em tempo


real.
RÁPIDO
TEMPO DE RECUPERAÇÃO

MOBILE
LENTO

BARATO CARO

CUSTO
Estratégias de recuperação
Sites alternativos
Warm site
Um warm site é similar ao hot site, mas não
inclui os equipamentos mais caros, como
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servidores específicos, ou mainframes.


RÁPIDO
TEMPO DE RECUPERAÇÃO

WARM
LENTO

BARATO CARO

CUSTO
Estratégias de recuperação
Sites alternativos
Cold Site
Um cold site não possui qualquer
equipamento técnico ou recurso, apenas o
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elementos básicos como energia, ar


condicionado, links de comunicação, e
similares.
RÁPIDO
TEMPO DE RECUPERAÇÃO

COLD
LENTO

BARATO CARO

CUSTO
BIBLIOGRAFIA

ABNT. Norma ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 – Tecnologia da


informação – Técnicas de segurança – Código de práticas para a
gestão da segurança da informação; Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), Brasil, 2005.
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Alencar, Antonio; Schmitz, Eber. Análise de Risco em Gerência de


Projetos; Editora Brasport, Brasil, 2005.

Campos, André. Sistema de Segurança da Informação – Controlando o


Risco; Editora Visual Books, Brasil, 2005.

Hansche, Susan; Berti, John; Hare, Chris. Official (ISC2) Guide to the
CISSP Exam; Estados Unidos, 2003.

NIST. An Introduction to Computer Security: The NIST handbook;


National Institute of Standards and Technology; Estados Unidos, 2003.

PMI. Project Management Book of Knowledge – PMBOK; Project


Management Institute, Estados Unidos, 2005.

Vilar, Carlos; Schmitz, Eber, Alencar, Antonio; Análise de Risco em


projetos de Tecnologia a Informação; Editora ExpertBooks, Brasil, 2005.

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