27Junho 2008
OPINIÃO
Profetas das ideias fantásticas EDITORIAL
PREZADOS CONCIDADÃOS,
Nos momentos conturbados e obtusos em que vive
o mundo é difícil sobreviver, porquanto nos
encontramos rodeados por milhões de traidores,
charlatães, mentirosos, caloteiros e vira-casacas, que
com a sua astúcia sub-reptícia têm conseguido mudar
a “verdade” em mentira, de acordo com o que se
passa hodiernamente dentro da Sociedade em que
vivemos, onde a honra e a dignidade humana é
deturpada ultrapassando as fronteiras do inacreditável
indoaté ao ponto das pessoas se venderem a qualquer
preço a fim de levar avante os seus intentos
maliciosos por motivos interesseiros! Na verdade,
cada vez nos afastamos mais uns dos outros,
trespassando-nos sem nos ver, caminhando nas ruas
com a apática indiferença de nem sequer saber quem
somos, porque não estamos interessados em saber,
predominando como de costume o mais forte, o safe-
se quem puder, eu cá estou bem, o assunto não é
comigo!
Infelizmente enquanto houver entre nós este
fermento de inveja e sentimento faccioso autoritário ,
aí haverá também confusões e contendas que não
conduzem a lado nenhum, porque se não houver
coragem de desmascarar estes cobardes e hipócritas
que se têm arvorado em bons samaritanos,
pretendendo ensinar o pai nosso ao vigário, e não se
corrigem a eles próprios dando a impressão que
tresloucaram, ao ponto de se endeusarem granjeando
a simpatia dos governantes preterindo assim deste
modo os mais fracos e ignorantes! Perante tal
situação, qual vai ser o nosso posicionamento? Vamos
continuar nesta inércia e de braços cruzados deixando
PUB.
acumular cada vez mais esta monstruosidade de
falsidades em que nos encontramos enleados que por
comodismo e presunção ainda não tiveram a coragem
de se levantar em defesa da VERDADE, dizendo:
BASTA, como foi aludido neste mesmo periódico,
quando se perverte o Direito, e se profanam
Instituições Religiosas através da desculpa e do
disfarce!
Efectivamente, não se compreende como certos
altruístas e samaritanos de fachada encontraram este
campo fértil para as suas manobras e que nunca
encontraram resistência, nem tão pouco oposição,
antes, pelo contrário, fizeram dominó para os dois
lados, procurando alianças com o diabo e pactos com
o inferno! Porém, é radiante e consolador ter visto o
interesse que ainda existe em celebrar o DIA DE
PORTUGAL , DE CAMÕES E COMUNIDADES
LUSÍADAS, porquanto é a única maneira de unir as
C O M U N I D A D E S P O RT U G U E S A S , a q u é m
fronteiras se bem que o modo desta celebração já está
antiquada e já era tempo de ter dado a oportunidade ás
gerações mais jovens, assim como era tempo de ter já
aglutinado a esta celebração a COMUNIDADE DE
PA Í S E S D E L I N G U A P O RT U G U E S A , n ã o
olvidando de modo nenhum a GALIZA, por uma
questão linguística e cultural! Além disso, convém
aproximar também a nossa vizinha ESPANHA, bem
como os países de Língua Espanhola, como já
antigamente estava previsto, mas que infelizmente,
este sonho ainda não foi realizado por falta de
iniciativa e também de ousadia!
Atenciosamente,
F. Gonçalves da Silva
27
JOÃO DE
Por
NORONHA
Somos mais de 700 mil
Contrariamente àquilo que as autoridades portuguesas querem dar a
conhecer, nós somos mais de 700 mil no Reino Unido e não os 300 mil que o
cônsul geral indicou à Lusa. O facto das autoridades em Lisboa quererem
fazer-nos passar por menos, tem a ver com a necessidade de se demitirem de
responsabilidades e fugirem à obrigação de protegerem e apoiarem a nossa
comunidade. O que gostaríamos de ouvir o cônsul dizer é o que vai fazer para
reduzir o tempo de espera para sermos recebidos no consulado. Neste
momento, as marcações são já para fins de Setembro.
Aliás, números é coisa com que se joga de acordo com os interesses. Ora
vejamos: o secretário de estado das comunidades, António Braga, dizia há dois
anos, na inauguração do consulado de Manchester, que os portugueses eram
25 mil, embaraçando a responsável pela câmara local, pois, segundo ela,
seriam menos de 5 mil, contando com arredores. Aliás, há pouco tempo, o
consulado de Manchester dizia que no “norte” e Escócia os portugueses
seriam entre 5 e 7 mil. Só que, apenas na Escócia, e segundo as câmaras de
Aberdeen, Dundee, Glasgow, Edinburgo e mais umas quantas vilas piscatórias
(como Kelso , Oban e Perth) contámos quase 25 mil.
Na verdade, os 25 mil eram necessários para justificar o consulado em
Manchester e não em Norwich, como tinha sido destinado.
Num discurso, na altura do 10 de Junho, em 2007, o mesmo cônsul geral
afirmou que em cada cinco portugueses só um está inscrito no consulado.
Assim sendo, havendo cerca de 170 mil portugueses inscritos nos serviços
consulares em todo o Reino Unido, e a serem verdadeiras as declarações do
cônsul geral, o total da população rondaria os 680 mil. Por outro lado, em
papel timbrado do consulado geral, foi emitida, em 2003, uma carta para
vários bancos e casas comerciais, onde se indicava uma população portuguesa
de 580 mil. A saber, e acreditando nos números do governo, a população
portuguesa para o Reino Unido cresceu na razão de 10 mil por ano. Assim,
após 5 anos estaríamos em cerca de 630 mil. Isto é, já muito perto da realidade.
Todos os meios justificam os fins, desde que os números possam, de uma
maneira ou de outra, substanciar e justificar a incapacidade em nos apoiar.