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WML Tg! ) Para dar vida as exposigées, criei um persona : gem fictfcio, Ponte Pequena a quem procure, de todo = © modo, ajudar, tirando-o das diticuldades superveni- entes (qualquer semelhanca com alguém do conheci- mento dos leitores sera mera coincidéncia). Nao posso encerrar este prefécio sem fazer al- kaa guns agradecimentos. Primeiramente, ao meu amigo ? eae Francis Cassou, pela sua colaboracae na parte artisti- ca, a Pierre Chevillotte, pelo carinho empregado na da pelo esqueleto sélido 6 autre parte pelo liquido, e ¢ chemad= de PRESSAO NEUTRA. Loge que se permite & dus escapar, 0 esqueleto solide se comprime @ @ pressio neutrs diminui, aumentando 2 carge suportada pelo esqueleta. Finalmente, apés muito tem po, até séculos, 2 égua nao Sa portaré mais pressdo € o sala ester A velocidade de adensamen to depende da facilidade com que a agua pode escapar Gu = coar. Esta facilidade & tanto melor quanto mais permedvel for o terreno. & esta permeabilidade que 48 a velocidade de recalque das censtrucies. Solos diferentes ou solos iguais, quando submetidos 2 pressdes diferentes, nao Se comportam da mesma maneira. Quando as car- gas que as fundagdes fransmitem aos solos do a0 bem equilibradas, ape secem recalques diferen- ‘Giais que geram uma série de incenvenientes. ‘A argila se deforma len- Hamente. A detormagdo é fanto maior quanto maior ‘quantidade de dgua ela con- fiver e quanto maior for a carga sobre ela aplicada. A areia se deforma de- ressa 6 tanto mais quanto maior for a carga sobre ela aplicada Por esta razSo, a Tome! de Pisa tem esse jeito inci nado t30 nosso MEDIDAS . DAS CARACTERISTICAS DO SOLO EM LABORATORIO diferentes caracteristicas que devem ser medidas em um solo so ‘A. A GRANULOMETRIA {estudada na pagina 15) & OO TEOR DE UMIDADE © © PESO ESPECIFICO DB. OS LIMITES DE LIQUIDEZ E DE PLASTICIDADE —& A PERMEABILIDADE E A CAPILARIDADE A medida da quantidade de agua em um solo se faz simplesmente por secagem. A mostra é pesada e em’ seguida colocada fem estufa a 105° até que o peso da amos- fre permanega constante. A diferenca en- fre a primeira e ditima pesagem (quando 0 eso ja se mantém constante) é igual ‘quantidade de 4gua contida na amostra © PESO ESPECIFICO dos gros ¢ 0 peso por unidade de volume dos graos sélidos do solo. 0 peso do solo seco é determina- do pela balanga. O volume ¢ medido com © auxilio de um aparelho denominado PIC- 10. Em um frasco cheio de agua até @borda, coloca-se um sélido : a quantidade de aqua derramada é igual ao volume do Sélido. E suficiente medir a quantidade de Gus trensbordeda para que se conhega 0 volume procurado © PIGNOMETRO 6 constituido por uma garrafa dro, fechada com rolha, através da qual passa dotade de um copinho. Mede-se, inicialmente, © do frasco, enchendo-se de dgua até o nivel do Em seguida, esvazia-se 0 frasco, colocando nele tra de material seco, cujo peso especifico deve se terminado. O frasco deve, entéo, ser novamente agua é agitado, de mado que se eliminem todas de ar. A diferenca entre o primeiro © © de gua colocado no frasco fornece o volume A diferenca entre os pesos determinades na ‘segunda operagoes fornece o peso do sdlido = peso da 4gua, que ndo coube no frasco quando va com a solo dentro. Como se vé, o peso espec obtido por um calculo muito simples. © aspecto e a CONSISTENCIA dos solos, ¢ em & lar dos que contém argila, variam de maneirs conforme a quantidade de agua que retém. se em particular quatro estados - o liquide. o semi-sélido e 0 sdlido. Estes estados so separados por limites definidos por Atterberg: LIMITE DE LIMITE DE PLASTICIDADE ¢ LIMITE DE RETRAGAO, conforme esquems Pléstico ‘Semi-sdlido LIMITE DE LIQUIDEZ E determinado pelo apare- 0 de Casagrande, consti- tuide por uma manivela que move uma concha metélica, fazendo-a cair sobre uma ba- se de ebonite, um certo nix mero de vezes. Prepara-se uma certa quan: tidade de pasta com teor de umidade bem definido. Colo- ca-se esta pasta na concha por meio de uma espatula. Com 0 auxilio de um instru: mento especial, faz-se uma ranhura na pasta segundo o eixo da concha. Em seguida coloca-se esta no aparelho, submetendo-a a quedas se- guidas. Anota-se o numero de que- das necessdrias para que 1 om de ranhura se feche. O limite de liquidez 6 definido pelo teor de umidade neces- sério para que a ranhura se feche com 25 quedas. O valor determinado através de en- salos sucessivos. O teor de umidade 6 a relagéo entre 0 peso da agua e o peso do ma. terlal seco contido numa amostra de solo. RANHURA DEPOIS DAS PANCADAS, A RANHURA COMEGA A FECHAR-SE LIMITE DE PLASTICIDADE Inicla-se como se faria com uma massa de pao para moldar uma bolinha. Em seguida rolase a bolinha, feita com o material da amostra em uma placa de mérmo- re ou de vidra, de modo a formar um pequeno bastio de 3 mm de didmetro e 12 a {5 cm de comprimento. © limite de plasticidade ¢ defi- nido como © teor de umidade do material do bastonete, quando, com aquelas dimensdes, ele comeca a se fissurar, enquanto submeti- do a0 rolamento. Mede-se esse teor de umidade por secagem. — DE PLASTICIDADE E a diferenca entre 0 limite de liquidez e o limite de plasticidade. ip = LL — LP DE RETRAGAO E 0 teor de umidade abaixo do qual o volu me da amostra cessa de diminuir. Para se de- terminar o limite de retrago procede-se a secagem em estufe. Pesase ¢ mede-se o volume da amostra em um frasco cheio de mercurio. Ao contrério, quando se umedece o solo seco, ele incha logo que o teor de umidade ultrapassa 0 limite de retragao. Esse aumento de volume pode ser sufici- ente para erguer uma obra, especialmente nos paises naturalmente secos, quando aci- dentalmente ocorre o umedecimento do solo ou quando as fundagdes se opuserem a eva- poragéo da dgua. Quando a pressdo causada pela fundagao for suficiente para se opor ao inchamento, es- te néo chega a ocorrer. E preferivel neste caso projetarem-se fun- dacdes profundas bastante carregadas @ que nao se oponham & evaporacéo. LIMITES DE ATTERBERG mitem. nao apenas caracterizar 0 ma- mento do solo, mas também fornecer as corregdes a serem procedidas so 0 teor de umidade seja inferior ao li- e de plasticidade, o material pode ser con- rado compactado & oferecer resisténcia escorregamentos. Quando o teor de umi- je natural for superior ao limite de liqui- . 9 solo se escoa e pode ser considerado como um liquide viscose. (lodo] é um exemplo deste caso. Em ida estao ilustrados alguns exemplos de Jimites para diferentes argilas e limos (agua em % de matéria seca). lite de liquidez (LL) = limite de plasticidade (LP) = in@lce de plasticidade (IP) (ambouitet) a il gis vutcanca | Terra ‘araia de Taga go Borech|argia de Geninics | datomscoss | Nowscour, | Mas ronan) ones | it | | le See as | se 19) 907 7" = ee arwia por | timo gory | time ages (Besancon) Tomemos um frasco cilindrico suficientemente gran- de € que disponha, em sua parte interior, de comunice- gdo com um reservatério. Enchamos este frasco com o material em estudo e deixemos corer égua dé maneira que seu nivel aflore na parte superior do frasco, No caso do material em absoreao ser permedvel a gua se infiltra através do mesmo. © COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE ¢ igual a0 quo- ciente entre o produto da altura do solo h pela quan tidade de 4gua Q que atravessa o solo na unidade de tempo @ o produto da diferenga do nivel d’égua H pela segao S. COEFICIENTE Qxh DE =Kk= PERMEABILIDADE HERE: € ainda possivel a determinagéo da permeabilidade de um terreno por meio de um pogo ou senda. Cravam- ‘se tubos furados até que seja atingida a camada imper- medavel com uma altura H. Bombela-se em seguida a agua de um dos tubos e mede-se a quantidade de dgua bombeada, por unidade de tempo, bem como o rebaixa- mento do nivel de agua dos demais tubos. Bombeamento © movimento da agua no so- Jo permeével produz uma pres: séo como se cada grio fosse impelido no sentido da corren- Em um tubo de ensaio, esta pressao pro- porcional a “perda de carga’. isto 6, & altura de 4gua H. A presséo tende a compactar 0 solo quando ela encontra um obstéculo, No caso desta pressio agir de baixo para cima ou leteralmente sem obstaculo, pode deslo- car o solo diminuindo sua compacidade lareias soltas € areias: méveis). Hé uma turbuléncia no meio imergente. quando 0 gradiente hidréulico subindo ay , se torna igual ou superior a densidade do 80- lo imerso (a densidade saturada menos o em- puxo de Archimedes igual a 1,d = D — 1). Neste momenta um peso colocado na super- ficie do solo desce violentamente. Pode en- tho medir o gradiente critico igual 2 Quando no curso da secagem de uma esca- vagéo em um terreno arenoso, o gradiente atingir este valor critico, a areia se torna sol- ta e 0 fundo da escavagao pode ser elevado. Este fenémeno pode ser impedido pelo carre- gamento da areia por meio de materiais per- medveis. ‘A gua pode, assim, arrastar particulas do solo. Formam-se galerias que ag afundarem, formam crateras. Os franceses dao a este fe- némeno 2 nome de “raposa™. _ - No sentido de indicar a ordem de grandeza da PERMEABILIDADE, apontamos a seguir a velocidade com que a agua atravessa alguns tipos de terreno, quando submetides @ uma diferenga de pressdo de 1 g por cm, ou seja 100 g por metro. MISTURA. PEDREGULHO- AREA DE AREIA E ARGILA © solo quando carregado se deforma mais ‘ou menos lentamente. Os vazios diminuem de volume @ so cheios de agua. E, pois, im- portante canhecer o volume de vazios carac- terizados pelo INDICE DE VAZIOS, que é a relagao entre volume de vazios ¢ 0 volume de sélidos. A PORQSIDADE ¢ a relacdo entre volume de vazios e o volume total aparente. Para determinar o indice de vazios. determina-se o volume da amostra intacta, em sequida quebra-se e seca-se a.amostra. Determina-se entéo o volume dos finos por meio do picndmetro. A di- ferenga entre og dois volumes ¢ igual 20 volume de vazios. werificer come um solo pode se sob 2 ay3o de uma carga. de- ‘Ser procedidos ensaios de COM- PRESSIBILIDADE. tanto, usa-se um aparelho com 0 de EDOMETRO. O esquema deste é ilustrado na figura ao lado. O € dotado de pequenos tubos que ‘@ comunicacdo entre a agua, na parte superior e a amostra ‘mostra a ser submetida ao ensaio cortada & mao. cuidadosamente. para colocada na camara cilindrica, Nesta ‘camara, é colocada entre duas placas po- rosas denominadas “pedras porosas”. A pedra porosa inferior fica em comu- nicacio com um tubo pelo qual a dgue pode escoar Aplicase, em seguida, sobre o pistao a pressdo P e mede-se a deformagao progressiva cam o tempo. A primeira operagdo 6 constituida pela saturagio da amostra o que é obtido através do enchimento da cimara de sai- da e dos tubos do pistao, com agua. Deste modo, 0 solo é saturado ¢ tendo a expandir-se. A oposigae a expansao ou inchamento é feita comprimindo-se 0 pistdo. Aumenta-se em seguida a com- pressdo a cada 24 horas e anotam-se as deformacdes medidas pelos relégios comparadores. Apés © dltimo cairegamente procede- se 0 descarregamento. O solo novamen- te incha lentemente seguindo uma certa velocidade que é registrada pelos reld- . s comparadores. Pedras porosas a Para interpretar estes resultados fraga- mos 0 diagrama das deformagdes em co- ordenadas logaritmicas da carga. Para aqueles que esqueceram, eu vou a relembrar 0 que é um logaritmo. Suponha- mos que queirames fazer um presente & nossa esposa de uma pedra preciosa, O vendedor nes mostra uma pequena pedra que vale 500 cruzeiros LoG. 10 Uma pedra duas vezes maior, vale 5.000 cruzeiros, quer dizer, dez vezes mais, uma pedra trés vezes maior, 50.000 cruzeiros, quer dizer, dez vezes mais que a preceden- te, uma pedra 4 vezes maior, 500.000 cru- zeiros etc. Nés diremos agora que 0 peso varia com © logaritme de prego na base 10, quer dizer. que cada zero suplementar sobre o preco aumenta o peso de uma unidade. E possivel calcular 0 logaritme de ume cifre qualquer com uma simples négué de eileie. os Em um disgrams, ancte-se na ordenada 0 indice de varios obtide durante 24 horas, €. ma abeissa_ 0 logaritmo da pressdo correspondente. 0.8 oF 0,6 Indice do vazios 05 0,05 TEMPO: a EM MINUTOS A variagéo obtida, se compde de duas linhas retas uma curva, Obtém'se deste curva a PRESSAQ DE CONSOLIDA- 0,10 aso 74 5 igadas por CAO. Ela indica que o terreno, durante séculos, foi submetida a uma certa préssio maxima igual & pressdo de consolidagao por um tempo conside- ravelmente longo. Este presséo pode ter sido causada por uma so- brecarga desaparecida apds alguns anos, talvez pela rémogao de terras ou pela erasio ou por qual- quer outro motivo, Quando se submete um solo a uma carga menor do que a de consolidago 0 solo se deforma pouco. Além deste ponto ele se defor- ma bastante. Para uma camada de espessura original H com- preendida entre duas camadas permedveis o tem- po de consolidacao é de: Para uma camada que faceia acima au abaixo de uma camada permeavel o tempo de conso- lidagdo @ quatro vezes maior do que 0 precedente. Por meio do edémetro pode-se medir a defor- mage ao longo do tempo sob uma determinada carga. Tendo sido o logaritmo do tempo registrado na abcissa 6 as deformagées na ordenada, a varia- Gao destes, é caracterizada por duas retas liga- das por uma curva. O coeficiente de consolida- ¢a0 € neste caso calculado pela formula : 0,197 x h® cy = —— 4T onde T 6 © tempo necessarlo para ser obtida a metade da deformagio correspondents ao ponto A da curva. A férmula permite determinar o tempo necessario para que seja obtida a consoli- dagdo correspondente a deformagao de uma ca- mada de espessure h. Este _ensaio permite ainda calcular o (COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE dos solos adensados para os quais os méto- dos classicos so Inadequados ou mes- mo invidve Efetivamente. a contraggo expulsa a agua para o exterior da amostra e a ve- locidade de deformagao depende da per- meabilidade. O coeficiente de permeabi- lidade 6 assim : Cv (e, — 0) Ba K = ——————_ onde: (1 + ap) P Ss € 0 coeficiente de consolidagao indice de vazios inicial indice de vazios sob a pressio P peso especifico da dgua (=1) (€9 — e) = variagao de altura Geralmente, o solo se seguindo superficies de mento, ao longo das quais . gros se deslocam uns em F lagdo aos outros. Quando deslocamos um objeto pesa- do, devemos aplicar uma for¢a que ¢ tan- to maior quanto mais pesado for o obje- to. © GOEFICIENTE DE ATRITO é a rela- g&o entre a forca horizontal necesséria ao deslocamento da carga sobre uma su- perficie, que pode ser a de deslizamento. e O peso da carga. solo cisalhado possui um COE- SIENTE DE ATRITO que pode ser dido e que determina o angulo de atrito, sarelho de cisalhamento clas- de “Casagrande” é constituido uma caixa retangular dividida ‘duas por um plano horizontal. A a é colocada entre duas pe- porosas granuladas @ solidé- ‘83 duas meias caixas. A parte se move horizontalmente. © Desloca-se a parte superior da caixa apli- cando-se a ela um movimento a uma certa welocidade (1,5 mm por minuto por exemplo) © mede-se com o auxilio de um dinamdmetro aforca f correspondente Geralmente, esta forga passa por um mé ximo Fe diminui em seguida, Relacionando- Se a carga P a0 valor do cisalhamento corres pondente fF, determina-se geralmente uma reta mais ou menos inclinada. Para as areias esta reta passa pelo ponto 0, isto quer dizer que para carga nula nao hé resisténcia ao cisalhamento. Diz-se que as areias nao possuem coesdo: so soles pulverulentos, Seu Engulo de atrito corresponde aproximadamente ao do talude natural. Os solos mais ou menos argilosos tém uma coesao (ou resisténcia ao cisalha- mento sob carga nula). Eles se mantém inde- formados quando sio cortados. Tém ainda uma pequena resisténcia & compresséo. 2 sogut sigms veleves do corals © de ings de atte do dimmmtes - solos intactos_ 5 =m 5 3] = S = 5 3 2 =e Dato ; a " 1 ib s sz 5 ie Areia (€ngulo de atrito va- Limo de Orly Marga Vi ria com o indice de vazios e) (Paris) 5 : E Ee ——s =| S 3 es g e g 8 8 iz u " u " S a 3 2 8 E z 3 e 8 3 8 Marga branca Argila Lime argiloso de infragipsifera Besancon As indicagées precetientes foram de- duzidas de ensaios de materiais com teores de umidade naturals. Secando-se uma argila, pode-se aimentar o seu 4n- gulo de atrito 6 sua coesdo. O mesmo ocorre em se mantendo uma certa car- ga durante um tempo relativamente grande em um solo relativamente per- medvel de modo a ser retirada parte da figua intersticial. Pode-se ainda obter aproximadamente a coeséo de um solo gracgas a um ensaio de compressae sim- ples de. uma amostra cortada do bloco do material em questéo. Observa-se que a ruptura ocorre por deslizamento (sobre um plano inclinado que ferma um Angulo A com o plano da seg&o comprimida). ‘Quando o angulo de atrito é nulo o angu- lo A é fgual a 45°. Este dngulo A aumen- ta quando o Angulo de atrito aumenta. COESAO DO SOLO A coesdo do solo é devida ao fato de que 08 gros s4o ligados entre si por delgadas particulas de agua que exercem forcas elétricas, cujo efelto € 0 de manter os grAos coesos, ou por camadas de gua que exercem tenses capilares entre os graos € ‘gue so tanta maiores quanto mais ‘proximos estiverem os gros. E a mesma forca capilar que faz subir 2 Sgua em um tubo, tanto mais alto quanto mais fino for o tubo. ‘As forgas agem ao longo das superticies que separam a agua do ar, onde se formam ténues membranas. Observam-se bem estas membranas, quando se agita a agua ou quando se asso- pram bolhas de sabio {a adigio do sabao aumenta a tenséo superficial, ou seja a re- sisténcia da membrana @ tragdo). A inter- fase dgua/ar toma a forma de uma super- ficie curva que se chama menisco. Menisco Quanto menor for o raio do menisco maior € a tragao exercida pelo menisco. Para que 2 coesdo capilar possa ocorrer, & necessario que coexistam ar @ dgua. Quando se inunda um solo. a coesdo de- aparece e ele se desagrege. Goloquemos areia num saco de borracha. Se apertarmes © saco com 4 mAO, a areia se deforma, movimenta-se,sobe, desce e sai sem dificuldade. Retirando-se com a boca o ar do saco (com cuidado para nao engulir areia) faz-se um vécuo parcial. Fechemos em segul- da a boca do saco com um barbante de ma- neira qué 0 vacuo se mantenha pelo menos em parte © saco de borracha exerce entéo uma pres- sao sobre a areia em todas as diregoes & 0 costal volume dificilmente se deformara sob a pres- sao das maos. A areia que possuia uma coe- so nula adq uma coesao artificial nova tanto quanto mais elevada for a pressdo p. Pressao de cisalhamento se catrega uma amostra retirada do solo, ela se deforma ¢ incha lateralmente numa certa quantidade que depende de sua natureza Consideramos no so- loo mesmo volume. O — _ solo que 9 rodeia se deformagao —- ‘opée a0 inchamento, vertical REAGE e provoca pres- Ore des laterais que redu- zem a deformagao lon- gitudinal assim como 10 recalque. Essas pressées pro- vocam © aumento da resisténi Prato O ENSAIO TRIAXIAL Anel de aperto —+ Consiste justamente em determinar o efeito desta pressdo lateral sobre a resisténcia. A amostra cilindri- ca tirada, 6 introduzida dentro de um tubo de borracha muito fine. Em uma das extremidades, ela 6 posta em contato com um prato e na outra com uma pedra Amostra Tubo de rosa. O fechamento absoluto é assegurado por dois borracha anéis de aperto nas extremidades: finissimo Anel de aperto Pedra porosa A amostra assim monteda ¢ colocada dentro de uma camara hermeticamente Pista fechada, cuja parede lateral, € constitui- da por um tubo transparente @ grosso. Dentro desta camara, agua sob press&o que comprime a amos- tra do solo em todas as diregées. Depais aplicamos sobre 0 pistdo longitudinal uma forga P até a ruptura da amostra, Durante © carregamento, a medida € feita pelo movimento do pistéo, que dé a deformacdo longitudinal da amostra. Durante a operagdo a agua ¢ comprimida e expulsa. Esta atravessando a pedra po- rasa pode ser liberada, ¢ a operacdo de DRENAGEM. Pode-se também, gragas a um dispositive, impedir a saida da agua, aplicando na mesma uma pressio, que é medida, a qual é a pressao neutra. Pode- ‘ se ainda manter a pressio neutra.cans- intersticial tante, retirando uma certa quantidade de agua. tivo de pressao que se opée & saida da agua. Assim 6 resumidamente o ensaio tria- xial que completa o ensaio do edémetro ‘€ g ensalo de corte com maiores possi- bilidades. Resistencia a Resisténcia a compresséo compressao simples 0b prassao lateral q A pressio hidrostatica da égua qa presséo lateral aplicada. Se P é a for: ca aplicada pelo pistao e Sa grandeza da segdo da amostra, a pressdo longl- tudinal 6 z mais a pressdo hidrostética, ou seja p = = + q, Consideramos um ensaio ende a ruptura tem lugar sob uma presséo lateral q 6 uma pres: sao longitudinal p. Marcam-se estes dois valores ao longo de uma reta ho- rizontal obtendo-se dois pontos A é B. A. meia distdncla de A e de B, se situa o ponto C distante da origem 0 pela grandeza P+ % Tomando G como centro, pade-se tragar um meio circulo, que passa par A ¢ B. Em outras condigées de ruptura, q sendo menor, por aA: cbtémse um outro circula de diametro A’ B' onde o centro é em C' © Sosim por diante, Para os solos constate-se que existe ume reta envoltorta tangente eo mesmo tempo a todos os circulos. € a reta AT (na pratica, a dis- persiio experimental faz com qué certos circulos fiquem levemente no inte- -Fior da reta © que outros podem ser um pouce cortados, mas o ajuste apro- ximative pode ser feito sem dificuldade). A reta RT, chamada RETA DE COULOMB, possui propriedades interessantes. Ela faz com a horizontal um Angulo que nde é outro sendo o ngulo de atrito, que jé vimos: Ela Sorta a vertical a zero por um valor igual ao da coesdo. O circulo passando pela origem ente reta e cujo centro se situa sobre a horizontal, possui um diametro igual & re: sisténcia & compressdo simples, sem presséo lateral resisténcia 4 compressdo sob uma pressdo lateral Q é igual a (p-q). O DIAGRAMA_DE MOHR é, antes de tudo, uma representagdo cOmoda das condigoes de ruptura. uma AREIA, sem aderéncla, a Para uma ARGILA MUITO PLASTI- envoltéria passa pela origem 0. CA a reta limite € horizontal. A re- A resisténcia A compressao simples. sisténcia & compressao independe ‘nula mas a resisténcia a compres- da pressao lateral. sob pressdo lateral aumenta ra- pidamente. e ainda desculpar-me jun- 20 senhor Ponte Pequens, por es. expasi¢ao um pouco abstrata. ‘certamente incompleta, mas que ser indispensdvel 4 compre- ensao da mecanica do solo. RECONHECIMENTO SISMICO utiliza a velo- cidade de propagagao do som nos diversos materiais. Esta veloci- dade é diferente para, cada material. Se é de 100 a 200 m/s_num solo muito solto, pode ir de 200 a 400 m/s na areia, de 400 2 800 m/s na argila,,de 500 a 1,000 m/s para as alteragdes de rochas, de 2.000 a 6.000 m/s Para os calcdrios @ até 7.000 m/s para os granitos e rochas similares, A fim de explicar melhor 9 principio da sondagem do solo polo som, mostra-se como exemplo um andarilho que esta atravessando uma floresta espessa, Esse andaritho deseja ir 2 uma clareira situada 2 2 km de seu ponto de partida e ele sabe que nesta floresta a velocidade média serd de 1 km por hora, Demorard, portanto, 2 horas para fazer 0 trajeto, mas a floresta limitada por um campo de terra trabalhada a 500 m onde a velocidade de marcha poderd chegar a 3 km por hora. Ele terd jeresse de chegar mais cedo, indo pelo campo ? Um célculo mostra que 0 percurso minimo seré feito em 1 hora e 45 minutos com a condigéo de partir com um angulo A, de 63°. Nas melhores condi¢ées, o andarilho ganha 15 minutos. Mas se a distancia até a clareira fosse inferior a 1,4 km, 9 caminho mais curto seria a linha reta. De uma maneira geral a formula do tempo minimo é 1 pi [+ aVE=] 0 Onde a ¢ a comparagao entre a distancia ao campo ea distancia a percorrere b a compara- ‘ga0 entre a velocidade V1 no campo de trabalho e 2 velocidade Vo, na floresta. Para alcancar uma ‘segunda clareira situada a 5 km demoraria 5 ho- res em linha reta e 2 horas e 54 minutos indo pela ‘estrada. Paralelamente a floresta, existe uma es- trada onde se pode andar a 5 km por hora. Pode-se ter interesse em alcangar esta estrada © 0 tempo de percurso ¢ de 1 hora e 50 minutos, ligeiramente superior ao segundo percurso. Pera alcancar a segunda clareira, pela estrada demoraria no minimo 2 horas e 10 minutos; logo © tempo, mais curto é seguindo pelo campo. ‘técnica é utilizada para o reconhecimento dos terrenos. Para executar uma sondagem sis- mica sobre um terreno que teniha um fundo rochaso, uma camada de argila e uma cema- da de areia, trocamos o andarilho por uma onda sonora provocada sobre a superficie por um equipamento especial. A (velocidade olga 250 game m/s) Argila (velocidade - 600 m/s} Rocha (velocidad 2 2 Distancia Um aparelho chamado geofone capaz de captar as vibragdes 6 instalado em um ponto fixe ¢ 0 emissor do som a distancias PANCADA mr 1 erescentes. Tene | © geofone regula o tempo percorrido entre a emissie e a ‘decorride . recepgiio do sinal dado pelo equipamento. O primeiro sinal re- . \depoisido cebido dé automaticamente 0 tempo minimo do percurso, o ca Ichoque minho mais Sobre um grafico, temos a distancia na horizontal e o tempo na vertical. Em principio, devemos, obter um conjunto de retas que se cortam em pontos determinados e um calculo permite conhecer a espessura das camadas e @ sua natureza a partir da velocidade do som. Na realidade, as coisas néo séo sempre tao simples, as ¢a- madas néo séo forcosamente paralelas e uniformes, mas os en- genheiros qualificados sabem dar uma interpretagao bastante exata da natureza dos subsolos. E também possivel conjugar estes ensaios com medidas de resisténcia elétrica do solo entre 03 pontos superficiais de distancia crascente que podem fornecer dados para camades cada vez mais profundas Um outro pracesso de reconhecimento é © ensaio com penetrador. Quando se quer ‘colocar uma barra no solo, é mais dificil fazé-lo quando o solo 6 mais duro e tam- bém € mais dificil quanto mais profunde- mente estamos penetrando a barra A sondagem feita pela barra de maneira aperfeicoada é realizada por aparelhos cha- medos PENETROMETROS. Para comecar, te- mos que saber que a resisténcia que se opde a penetragao se compée de uma re- sisténcia do solo na ponta e de um atrito lateral, Nos aparelhos de sondagem é indispen- Savel separar as duas grandezas, onde a mais importante é, as vezes, a resisténcia de ponta. Pera este efeito os penetrémetros sio formados de um tubo de sondagem no cen- tro do qual uma barra independente ¢ colo- cada soliddria com a ponta cénica. Um meio econdmico para obter uma forga ole- veda consiste em empregar uma pancada 19 cabo esta agora munido de um cabecote sobre o qual deixamos cair um peso. Um prego penetra mais facilmente na madeira que no concreto Penetrémetro dinamico fir UP? Ponta Resisténcia da ponta Mede-se entdéo o valor da penetragao sob um numero de batidas determinadas. Se encontra uma camada mais dura. a pe- netragao diminui, A interpretacio des- - te ensaio 6 dificil por- que 0 correlaciona- mento da carga dind- mica do ensaio com a carga estatica das fun- dagdes sé pode ser feito empiricamente e baseado na experién- cia acumulada de ou- tros trabalhos neste mesmo solo. MACACOS: TUBO DE ATRITO LATERAL EIXO (forca em ponta) No penetrémetro estdtico, o eixo soliddrio da ponta ¢ o tubo sao carregados separ mente polos “macacos”, de maneira que a deformacao seja a mesma, medindo-se ao mo tempo 9 atrito lateral e a carga em ponta, ém fungéo da profundidade de penetragao. Mas este processo necesita de forcas importantes para segurar a reagdo. Em geral, emprega-se um caminhéo mui carregado ¢ no caso de seu peso ainda nao corresponder aco, ancora-se este dispositive lateralmente no selo, com 2 da de estacas a vista ou sistema similares. © diagrama ao lado, mostra o resultado de um tal ensai Trata-se de um cabo de 15 cm quadrados de seco. Vé-se a passagem da primeira camada de argila para a de pedregull corresponde a um aumento de resisténcia da ponta, que dimi logo que penetra numa camada de argila, tornando-se mais menos constante. O atrita lateral torna-se mais ou menos cor tante na camada de pedregulho ¢ aumenta proporcionalmer apés a penetragéo na camada de argila. Pode-se, desta mat ra, conhecer bem a fundagdo e dos valores encontrados obter, pelo cdlculo a carga suportada por uma estaca ou tubuldo_ Com todos estes meios, o que é preciso fazer quando Se eiro lugar, deve- Pode-se. em seguida as- — til, partis @r uma ou varias son- segurar-se da constancia para 0 caso das & profundidade su das camadas ou descobrir sobre estacas, por exemplo 30 m) acidentes, mudancgas de ensaio de p @ presenca de perfil através de reconhe- er 0 corte geolégi- cimento sismico ou elétri jostras € levé. 60. forma é sempre indispensé: @ especialistas no assunto, improvisacao € perigosa. e o sub- gpresenta como uma incégnita. que oS FUNDACOES Neste livro, nao 6 possivel tratar profunda do calculo de fundagées. Gostaria apenas de suge rir algumas idéias sobre as previs6es possiveis d comportamento dos solos carregados, pols CALCU- LAR E PREVER. Em Engenharia, hd duas coisas importantes a conhecer : A deformagao e a ruptura preciso que a deformacéo seja aceitavel e que a ruptura no se produza sob as cargas @ sobrecar gas provaveis de servico. Para avaliar o recalque calculam-se por formulas classicas (férmulas d Boussinesq) as pressdes que o subsolo suporta nos diferentes nivels sob a carga. As linhas de igual Pressdo vertical (1 kg/cm2, 3/4 kg/em2 ete.) for- mam bulbos e assim pode-se saber em cada ponto da camada qual é a press&o suportada. Se 0 solo fosse constituido de um corpo eléstico, poder-se-ia, obtendo o total das deformagdes de ca- da camada, sob sua prépria elasticidade, determinar Q recalque imediato ¢ definitivamente alcancado Oe fato. 0 solo, 6 constituido por camadas lentamen- te compressiveis que se consolidam pela evacua. go da agua, como mostram os ensaios no edametro (ver pag. 31) © pode-se, levando em conta estas pro- priedades e suas medidas sobre as amostras, obter uma boa estimativa da velocidade do recalque e de seu limite. tes de falar sobre ruptura das fundagdes é essério dizer algumas palavras acerca do em- 9 ative e empuxo passive. Considere-se uma rede vertical atrés da qual se acha um monte areia. Se o talude natural do monte estiver abai- = do nivel do pé da parede, esta nao serd pres- onada pela areia, bem entendido. Mas se nés ermos © vazio ABC com uma quantidade de @ suplementar, a parede tende a se deslocar. forca necesséria para manter a parede na posi 6 vertical, 6 0 EMPUXO ATIVO (sobre um muro arrimo por exemplo). Este empuxo aumenta do o solo est4 sobrecarregado. Seu célculo em conta o coeficiente de atrito e a coesao pag. 27) que diminul em geral, quando o solo inundado. Neste caso deve-se somar ao em- 0 da terra a pressfo exercida pela dgua, que eer, ‘sua propria conta, é 0 empuxo hidrosté- r Is80 que nos muros de arrimo, ¢ indis- el colocar-se os buracos (barbacas) para a pressio da dgua que pode se acumular nas. Se 0 muro cair, as terras escorregam e se am, seguindo uma superficie AG chamada ie de escorregamento. A parte mével do limitada pela curva AG. Se entretanto rado © muro, Constata-sé que 6 necessa- ar uma forga bem mais elevada, Esta for- EMPUXO PASSIVO que pode igualmente ser do a partir dos dades experimentais, quer do cosficiente de atrito e da coesdo do solo sobre amostras O movimento do so empuxo passivo, mol de solo muito maior que o de nto, isto explica a maior da forca necessaria. O conheci est fenémeno é muito impor- se utiliza o solo como 2 forcas inclinadas ou horizon- ‘ancoragens, macicos de ponte em arco etc. er = Quando se constrél sobre -0 S0- lo uma sapata de fundagao, ela mais ou menos profunda e sua execugéo mais ou menos rdpida. Se a carga que ela suporta é mul- to elevada, o solo rompe. Ele no rompe porm como um sélido [como 0 concreta, por exempio) mas ascorrega sobre si mesmo: hd um recalque do solo nos lados, as superficies de escorregamen: to AG séo formadas e determinam es ondas de levantemento. As forcas que agem ao longo de AO fazem com que o solo fuja, ten dendo deslocar-se para o exterior Este é um fendmeno de empuxo passivo. Tudo isto se pode calcular, quande se conhe- cem as propriedades do solo e quando se consta- ta que quanto mais a sapata se aprofunda, maior 6 a carga de ruptura, e maior o volume do sola AQG posto em movimento. Quando se caminha em uma praia, a areia com- primida pelo pé sobe de cada lado e 0 pé se afun- da, Mas & uma certa profundidade © pé para: a capacidade de carga aumentou como no caso de uma sapata colocada mais profundamente. Nés consideramos aqui um salo homogéneo para sim- plificar as coisas. Na realidade, ele normalmente & formado por camadas de naturezas diferentes Quando a resisténcia das camadas aumenta com a profundidade, vai tudo bem. Mas quando uma ca- mada mais resistente repousa sobre uma camada menos resistente, a coisa é diferente. Pode-se for- mar sob a sapata um puncionamento e a rolha de areia, por exemplo, penetra verticalmente na ar- gila, empurrando-a para os lados. No caso em que @ camada inferior ¢ constituida de vasa ou argila muito mole, pode-se evitar 0 puncionamento dan- do & sapata uma dimensdo transversal, pelo me: nos igual a um quarto da espessura da camada superior. Se esta condi¢o nao pode ser preenchi: da é necessdrio entao atravessar esta camada mo: le e fazer a fundagio descer até uma camada mais resistente. Jamos de superficie de escorregamento. és podem pensar que ¢ uma inven¢ao dos. itematices. As fotografias ao lade vao |hes ostrar que elas existem realmente. Séo su- icies de uma “certa espessura,” mas bem aras e perfeitamente desenhadas que cor- spondem a diregdes bem especiais, Nao ‘verdade que elas escorregam livremente 10 paredes lubrificadas. Com efeito, supor- em cada ponto ura presséo normal @ a de cisalhamento, onde a relacdo é deter- ada por uma curva de Mohr (pég. 40), li- mite das condicgdes de deslizamento. Superficies de escorrega mento ng caso de funda: bes superficiais © de +, tacas. estaca 6 uma fundacdo profunda na 2 ponta é equivalente @ uma sapata que ‘go recalque e a esta resisténcia acres- sé 0 atrito lateral da estaca, como vi- ‘com ajuda de penetrémetro (pag. 45). © a ponta atinge a uma certa profundi- ‘@ deslocamento para cima do solo ces- 'g estaca penetra comprimindo, na sua as camadas profundas. Esta com 3 pode provocar um esmagamento dos A figura mostra a deformagdo que se produz solo homogéneo a resisténcia na ta com a profundidade, depois s. enquanto que a resisténcia ao o fuste aumenta constantemente - didade. Procurei-o, Ponte Pequena, para expor-lhe o essencial da ci- gncia das fundagdes que recebe o nome também de MEGANI- (CA DOS SOLOS. Esta exposigao, poderé Ihe parecer, por isso sinto-me aborrecido, pois a ciéneia, no é uma lista de re- s, o essencial € que tenha compreendido que esta ciéncia existe, & que ela se aperfeicoa tanto teérica quanto experimen- talmente. Ela pode prestar-lhe grandes servigos e evi- tar aborrecimento. Sempre que possivel, con- sulte especialistas e os laboratories, e entéo vocé ficard tranqullo. Se, além disso, desejar ir mais longe no conhecimento, aqui estéo al- guns livros, que voes podera consultar, Devo advertilo de que voce encontraré em todos eles calculos mateméticos mais avancados Caputo, H.P. — “Mecénica dos Solos _e suas Aplicacbes: Ao Livro Técnico — 1987 — Terzaghl, K; Peck R. — ‘Mecinica dos Solos na Pritica Engenharia” — Mello, ¥. — “MecBnica dos Solos, Fundagdes e Obras Terra” _— 5. Verdeyen — “Mécanique des Sols ot des For Eyrolles _— A. Peltier — ‘Manuel duLaboratoire Routier” Dunod, 1985 — A. Goquot et J. Kerisel — “Traité de_ Mécanique des Gauthier — Villars 1966 — S. Golombeck — “Problemas de Fundagies” S. Paulo Dispondo ja dos materiais necessérios A PEDRA A AREIA ‘0 CIMENTO EA AGUA Ponte Pequena quer construir em CONCRETO ONSTITUINTES DO CONCRETO AGREGADOS, também chamados AGLOMERADOS. OS AGREGADOS : areia e pedras no devem conter impurezas tails como. CP) ER AXA F-: carvéio escorias gesso mica INA AREIA A argila @ os materiais muito finos sdo toleréveis até 2 ou 3% do peso do agragado. Betermina-se a quantidade destes materiais. finos por lavagem ¢ decantagao. Pees 0 repouse de uma hora a camada que se deposite sobre a areia nfo deve ultrapas- sar 1/14 da camada de areia Se esta condi¢io nfo for preenchida a areia devera ser cuidadosamente lavada antes de ser usada : AS MATERIAS OR. (Bao devem ser admit es. Elas sao desco- Gertas pelo ensaio de Eoloracao. Ensaio este. de ser feito no teiro da obra. Colo- se 200 g da areia @ Se quer examinar, 9 de uma solucac ssoda caustica a 3% Agite-se bem. 28 horas. 9 liquids Geve ester sem cor ow apresentar, na maximo, uma cor marron: Claes que se compara com 2 cor de uma Solucao testemunha. Um processo de medir as materials muito finos e argi- losos, utilizado também em mecanica dos soles, é deno- minada EQUIVALENTE DE AREIA. Uma proveta cilindrica transparente contendo gradua- gées 100 mm @ 380 mm da base, deve ser fechada por uma rolha de borracha. Nesta proveta introduz-se com ajuda de um tubo (dito lavador), uma solugdo lavante até a marca inferior. Esta soluco contém 111 gramas de clo- reto de calcio, 480 gramas de glicerina e 12 gramas de formoldeide por 40 litros de égua. € facil preparar em uma farmécia sem receita médica. Introduzimos agora 120 gramas de areia a ser exami nada. A proveta fechada € agitada 80 vezes na sentido horizontal e depois recolocada verticalmente. O tubo vador 6 colocade de novo e introduz-se, por ele, a solu- cdo lavante, em seguida agita-se levemente, fazendo ro- dar 0 tubo entre os dedos, até que a solugio atinja a mar- ca superior. Retira-se o tubo (lentamente), mantendo-se 0 nivel da solugao. Deixa-se_entéo a solugdo repousar durante 20 minutos ‘exatos. Observa-se em cima da arela, um depésito. 0 ‘equivalente de areia (EA) é dado pela relagao h/h;. Para areia muito limpa encontra-se hg/hy =1 (nada de argila). Para argila, ha/hy = O. Para os concretos fracos deve-se admitir hz/hy maior que 0,70 e para os concretos bem cuidados deve-se exigir hy/hy, maior que 0,75, Para os -Concretes excepcionalmente bons deve-se encontrar hy / hy maior que 0.80. Esta operacdo que, aparentemente & ‘de cozinha é na realidade muito precisa. Seu principio ‘consisté em impedir que as particulas pequenas se de- positem muito rapidamente sob a influéncia da solugao e formem uma geléia (uma espécie de molho em maione- 8e, que Se deposita em cima da areia), AGUA CLARA FLOCULAGAO AREIA Wa dosagem de arcia, é necessdrio néo esquecer que iste um aumento de volume (inchamento) conside- el, quando ela esta umida, soba influéncia de forcas capilares kg de arela fina seca mesma quantidade 200 g de agua AREIAS DO MAR podem utilizadas para coneretos dé de pouca respensabilida- desde que elas nao conte- cascas de ostra e que es- x limpas. Eventualmente is que elas contém podem eflorescéncias que no indicam perigo. “2 ‘no se deve esquecer que a aco do sal marinho pode ‘0 tempo de pega e a velocidade do endurecimento. AGREGADOS GRAUDOS ser pravenientes de ro- inertes, sem atividades - — i Cimento, inalteraveis 20 | qua © 20 gelo. Deve-se ' ee © uso dos calcarios fra- ' y feldspatos e dos tos. Os agregados nao devem ser muito porosos, © 856 absorver mais de 10% de seu volume em agua. O agregados com formas de placas ou pontisgudes. NBD: proibir © uso de caledrios duros. Sua aderéncia 20 © ‘melhor. Por outro lado, sua porosidade faz com que ‘servem uma reserva de agua que contribui para a do cimento. quando a secagem do concrete for muito lembrar que © concreto feito com tais retragéo maior. A FORMA DOS AGREGADOS tem uma im portancia muito grande no seu uso. Ela deve ser, em principio arredondada, As formas an gulosas, as placas e as particulas pontiagu- das, sio mais dificeis de misturar e de adensar. Definimas agora © coeficiente volumétrico de um gréo como a rélagdo entre seu volume e o da esfera circunscrita com diametro igual & sua maior dimensao. Este coeficiente & muito pequeno para as placas @ para os agregados pontiagudos. Para calcular o coeficiente volumétrico médio de uma amostra de agregados, pegamos um certo ntimero de pedras, das quais medimos o volume v por des- locamente de liquidos e a maior dimenséo com um paquimetro: Calculamos agora 0 volume das esferas correspondentes. O coeficiente volumétrico 6 a comparagao entre o volume real de todos os grias e a soma dos volumes das esferas correspondentes. Este coeficiente deve ser superior a 0.15 para o pedre- guiho de 6 & 25 mm,e superior @ 0,11 para as pedras britadas. Nao se deve esquecer que os agregados devam ser lava- dos e sem pociras aderentes. A AGUA de mistura nao deve conter matérias organicas, matérias em suspenséo além de 2 gramas por litro, impure- zas; em quantidade superior a 30 gramas por litra (na condi ¢80 de que estas sejam compativeis com o cimento) e nao conter residuos industriais. A agua do mar née é recomen- dada, mas pode servir quando no houver outra disponivel para os concretos de cimento Portland nao armado * Cloretos 20g/1 ¢ sulfates 10g/L NB — 1/7$ art. 8.1.3 —N.T. ENTO deve ser de qualidade conveniente sos trabalhos a que se destina de acordo com 3 sua com posic&io quimica e caracteristicas mecSnicas. O inicio de pega pode ser determinado por um aparelho chama- do de “Vicat”, Diz-se que o cimento esta com inicio de pega quando a agulha devidamente calibrada e carre gada nao mais consegue penetrar até o fundo da pas- ta colocada no recipiente deste aparelho. Até que ha- ja 0 inicio da pega, o que ocorre algumas horas apés a mistura do cimento com a agua. o concreto pode ser transportado e utilizado na obra O fim da pega é 0 momento em que a agulha do apa- relho de “Vicat™ nao mais penetra na pasta de cimen- to. E este @ momento em que se inicia o endurecimen- to do concreto ou da pasta. © tempo de pega varia inver- samente com a temperatura. Na Franga a resistencia do cimento & determinade por meio de ensaio de flexdo de barras de 4x4x16.cm, ensaios estes procedidos aos 7, 28 ¢ eventualmente 90 dias. Por meio deste ensaio é determinada a resis téncia 4 tragdo da argamassa padrao. Este engaio ¢ 0 narmalizado na Franca (AFNOR) de acordo ‘com o métado internacional do RILEM, Apéso ensaio de flexao os meios prismas so submeti- dos & compressa, sendo as forcas aplicadas através de pla- cas metdlicas de 4 em de lado. No Brasil, as normas prevé- em o ensaio normal de cimento em cilindras de 5 cm de diame tro por 10 em de altura Vejamos agora. algumes ii ferentes tipos de cimento © Utilizagdo Designagio Obras de arte de concrete pratendido, Trabalhos especials Préfabricacso SUPER cay GIMENTO | chemo Tipo 500 (Nio ¢ fabricado fo Brasil) ‘CIMENTO DE alta resis 315 400 55. 65 see | Kalema | Ka/eme | Kgfeme | Ko/cm2 Classe 400 Seu endurecimente 6 répido CIMENTO Portland (cP) Trabalhos de alta rests. concreto arma: 210 320 40 55 | do onde resis. tegfome | Ka/ema | Kglema | Ka/em2 | sénclag elova. a3 sBo. neces: ‘shri. | ce 240 400 50 55 A ROC 22 Tipo 400 _|_kaom* | _kg/em* |_kg/em® | _ko/em? ‘CIMENTO! PORTLAND. (cP) 150 250 35, 50. cormum Kg/cm2 | Kg/cm2 | Kg/eme | kg/cm? "Tipo 250 trabalho do € alta, Ver pag. 120 EB — 1/73 CIMENTO. PORTLAND: ‘COM ESCORIAS, (CPE) ‘CIMENTO PORTLAND COM CINZAS (CPC) CIMENTO PORTLAND POZOLANA KCPP) A quantidade de escéria 6 do 10% a 20%. Ele tem 9 mesmo uso que o CP comum, mas dave-se tomar culdado com a sec gem muito répida ¢ protegelo contra a acso do vento e do sol No Brasil grande parte do cimemto Portland comum contém cerca de Ba f2% de oscdria de alto forno. continuando porém a cha manse Portland comum (N-T.} Mesmas utilizagdes que 0 Mesma sensibilidade & secagem. Ele t6m de 10% a 20% de cinzas ou de pozole- na. Deve ser tomado cuidado com a eve: poragéo rapide da daua. Existem dois tipos deste cimen: to; © 250 & o 320. Seu conteudo dé escéria varia de 25 2 65%. Sto indicados para a execucao de funda. goes. © endurecimento destes ci- lento € muito sensivel ao flo. CIMENTO. METALOAGICO MISTO (CMM), GIMENTO PORTLAND DE ALTO-FORNO: {CPAF) CIMENTO DE ESCORIA COM CUNKER (cud (clmento ainda 50% de escoria 2 50%. de clinker de Portland ate 65% de egeério e 35% de clinker de. Portiand 80% de escoria 20% de clinker de Portland Estes cimentos tém algumas qualidades, mas alguns defeitos Eles s80 mais resistentes do que ‘0 Portland 2 acao das aguas agres: sivas e de Iiquides organicos. Sua resisténeia ¢ comparével a0 Partiand dos tipos 250 © 320 Para realizar bons concretos com estes cimentos, & necessirio que os agregados gratidos © as areias sejam muito limpas e. par tieularmente, isentas de argile © endurecimenta dos _aglome: rantes &base de escéria lento. quando a temperatura se oproxi ma do 0" G. Nao deve ser usados em tempo frio. Enfim, as eactrias. sd0 mais retentores de dgua, Isto 6,Secam rapidamente Estes cimentos so mais indica dos para os trabalhos subterré eos e de fundacoes 80% de escoria 5% de clinquer de Portland 15% de sulfato de calcio hidratado {gesso) $80 fabricados nos tipos 250 e 320. Sao sensiveis 4 secagem Sua utilizagao ¢ indicada para coneretagens em meios agres- sivos CIMENTO ‘SUPER- SULFATADO. (css) CIMENTO E feito nos dois tipos 250 ¢ OZOLANICO 320. Utilizavel como CPA e da concreto muito resistente a08 meios agressivos escoria, clinquer de Portland e Cozido @ alta © endurecimento deste cimento é temperatura muito rapido (400kg/cm2 a 2 dias e CIMENTO | com bauxita e 450 2 26 dias). Sua resisténciaa cor- calcario 79880 6 muito boa. Ele € pouco sen- sivel ao frio mas nao deve ser usa- do em climas quentes. Durante 4 pega e endurecimento 0 com creto desprende calor. Q aumento de ten Peratura acima de 30°C durante o endure Cimento, pode provocar a decomposigi de seu principal constituinte 0 aluminate Icico. Esta decomposicao pode se pro: lentemente dentro do concreto. © de _colaragio cinza escura nas cor de cho: jengia_ mec 7 di umindo, pede-se afirmar que pecas de grandes iniio podem ser concretadas com cimento aluminoso. Na dosagem com cl: luminoso deve ser empregado o minima possivel de arcia © a capacidade ‘ser maior possivel. Gracas is suas caracteristicas peculiares § recomend (pera Emprego em tempo {rio & para a concretagem de pegas que devem efrotérios para a construcao de fornos. chominés etc. Convém Que este cimente ¢ incompativel com alguas tipns de agrogados, al como 08 de origem vulesnic Gimento aluminoso & incompativel com certos agrogados de ori. Eruptiva, que 50 alcalinos (como a soda ou potéssio). Os enssios Ser feltos para essa verificapdo. Da autre lado a dosagem dove ‘com 0 poise 8 eopeeidade elevada, © cimanto alu- prestar servigos na concretagem om tempo frio, eloveda podem.se ter pocas desformadas rapl- to. ele pode dar um excelente concreto re- ‘Mas antes de tudo, é necessdrio or durante os primeiros dias. J6 ‘Brasil Eles existem para as classes 130 CIMENTO PARA Séo utllizados para executar alvenaria de Mistura de_maté- ASSENTAMENTO | 25 oer (rye | tls, pedra® otc. Nao dever ser UMilze tos do 35%) € de jos, pedras ete. Nao dever 3 ee cimentos diversos: 08 para © concreto armada. (cal 80. Mesmo usa Do! mesmo tipo Sé existe o da cl: oe que 0 precedente que os precedentes, mas a resisténcia © PARA A proporcio de menor, in ALVENARIA | matéric inert Po | Empregar uma dosagem elevada. de atingir 50%. Obtld ‘call: naggo dé ealcario natural _argiloso, Dé argamassas gordas e plésticas com @n- cal 59 sual ATE Gorecimente muito lento. - mer Néo utilizd.los com temperatura abaixo de HIDRAULICA | fhorar as suas 59C. Néo resistom aos melos agressivos quslidades tals co- mo: clinguer, 65 6a PODEM-SE MISTURAR Os CIMENTOS ? £ uma questéo muito importante porque certos cimentos so compativels @ outros im- compativeis. Todos 05 cimentos @ base de clinquer contendo escéria e cinzas séo compativeis. A mistura de cimento Portland e de cimento aluminoso, meio a meio, dé uma pega muito ra pida (alguns minutos) resultando resisténcia fraca (menos do que 100 kg/em2). (© cimento supersulfatado nfo pode ser misturado com outros, porque contém sulfato de calcio. Da mesma maneira, NAO SE DEVE JAMAIS MISTURAR GESSO COM O CIMEN- TO. O concreto endureceria rapidamente. O gesso nao pode ser misturado a nde ser com a cal hidrdulica ¢ a cal a€rea. a A DOSAGEM E SUAS REGRAS PRINCIPAIS © primeiro trabalho do tecnologista é conhecer a composieao granulométrica dos agre- gados de modo a poder combiné-los da melhor maneira possivel para obter a mistura de- sejavel. Para determinagao desta granulometria empregam-se peneiras ou passadores com orifi- clos de diferentes dimensGes. Através do peneiramento determina-se a quantidade de ‘agregados que passa ou que é retido em cada penelra. Um passador 6 uma placa com furos redon- dos. (E tipo utilizado na Franca). Uma penetra é feita com arame e tecida com malhas quadra- das. (Este 6 0 tipo uti- lizado no Brasil). ee GURVA GRANULOMETRICA TOTAL E ESPECTRO GRANULOMETRIGO {em volume absoluto ou em peso) PENEIRAS: 42mm = 24mm 4.8mm 9.5mm 18mm “25mm 80mm 0.6mm Entre 2.4 Entre 4,8 Entre 9,5 Entre 19 25 mm 248mm e 9.5mm e 19mm e 25mm de pensiras é@ seguinte: 0.15mm — 0.3mm — 0,6mm — — 95mm — 18mm e 36mm, a peneira 25mm, também utili- '€ Genominada intermediaria. Conhecendo-se a composigao granulométrica dos diferentes agregados de que se dis- poem, devem-se pesquisar suas proporgdes, para sé obter concreto mais resistente © mais facil de se moldar (mais trabalhavel). Em 1898, Féret demonstrou que a resisténcia mecanica do concreto depende da compacidade dos agre- gados inertes. ComPacipapE » = & <| ‘A compacidade é a relagdo entre © volume dos agregados inertes © 0 volume ocupado pelo concreto. Fé- ret mostrou igualmente que a resis- téncia cresce com a dosagem e que © fator qualidade Q 6 para um metro cubico de concreto. ‘Volume submetido ao efeito que aqui se encontra.e que se transforma em volume para a composigao granule- métrica_ em canteiros co- muns. Em laboratério, faz- se sempre em peso. Aqua + cimento + A finalidade dos estudos granulométricos é pes- quisar a maior compacidade compativel com a do- sagem. £ preciso que se leve em conta o efeito de parede e a influéncia da quantidade ou den- sidade da armadura. Os grdos de agregados gratides que faceiam as formas, deixam entre si vazios maiores que no interior da pega, onde séo mais facilmente encai- xados. Estes vazios devem ser preenchidos com agregados menores. Assim sendo verifica-se ser necessario aumentar a proporg’o de finos quan do a pega a ser concretada tem grande desenvol- vimento de paredes. efeito de parede ocorre igualmente ao longo das global é representado por um raio io. O ralo média pode ser definido como a relagéo re a drea S da se¢ao transversal do concreto e a So- 2 do perimetro de contato com a forma e os perime- os das barras de aco. Para o caso da viga esquemati- zada ao lado teremos: & ~ ABCD +¢+¢+é+@ R do existir armaduras com varios diame- ‘9 raio médio em um certo volume ¢ a relagdo este volume € 0 desenvolvimento S de to- Ges as superficies de armaduras e de paredes. Consideramos 0 didmetro D do maior agregado da mis- tura como a dimensdo da malha da peneira suficiente mente grande para deixar passar o agregado. Na figura esquematica da pagina 65 ele estd entre 50 e 100 mme deve ser ajustado por uma peneira intermedigria. O maior diametro D do agregado é agora escolhide 6: tal modo que ele seja levemente menor do que R a fim que as pedras possam passar entre as armaduras. Enfim 0 concreto deve ser trabalhdvel,quer dizer = —— © principio da sintese granulométrica consiste em adotar uma curva de referéncia = Bolomey, Fuller, Faury, e em procurar a proporgio dos diferentes elementos. analisados, inclusive cimento, no qual a soma das granulometrias se aproxime o mais possivel desta curva. Damos aqui um exemplo. PEDREGULHO|- A escolha da granulometria de um concreto depende dos agregados dis- poniveis no canteiro de obra. Ela pads ser aed Z 220802 206 —— oe areia pedrisco pedra midda ice. gratda ou DESCONTINUA quan- do faltam um ou varios intermediérios. A granulometria descontinua 6 em- pregada em casos especiais quando 0 fator economia € resisténcias altas sao preponderantes. Adapta-se melhor a08 agregados irregulares. granulometria continua se empre- de preferéncia com os agregados rios de forma arredondada e pe- dras britadas de boa forma, pratico para dosar pelo de minima areia 6 0 de uma argamassa conten: elacdo dgua-cimento que se fungdo da resisténcia re- e 2 areia suficiente para a plasticidade necessé. esta argamassa, as- . em uM recipiente sobre a mesa vibratéria. 2 vibragéo, colocam-se a6 Ba > A matéria 6 HOMOGENEA se todas 2s " misturas tém a mesma composicso a a - ae -e A primeira operacao para © USO do concreto na obra é a mistura dos materials primérios destina- dos a fazer uma matéria homogé- nea. Se um concreto néo € homogé- neo perde sua resisténcia. ‘A mistura do concreto se faz por deslocamento dos constituintes em uma maquina chamada betoneira As melhores betondiras| sao as MISTURA- DORAS DE EIXO VERTIGAL. A velocidade de rotagdo N deve ser pequena para evitar © efeito da forca centrifuga. Se D é 0 dia- metro da cuba em metro = DN? = 200 a 250 ou seja N 25 As betoneiras de EIXO HORIZONTAL séo também boas. A velocidade de rotagéo N deve ser tal que D sendo o diémetro : As betoneiras de EIXQ INCLINADO sao as menos indicadas e a inclinagéo nao de- ‘ve ultrapassar os 20°. A velocidade de ro: tagio deve ser tal que D sendo o diametro : DN? = 350 a 450 ou soja N= Re N.T. Séo a8 menos indicadas em virtude de a mistura que fazem ser pouco homogénea e demorada. Em uma betoneira a introdugao dos agregados deve ser feita em ordem de- terminada : 2° 0 cimento, 0 res- tante de dgua, a areia e fazer girar @ betoneira.. a 1" operagio de Broom os agregados agregados graidos ... dos e dgua, os outros cimento pstituintes devem vir areia .... Sta ordem, na cacambe, edra midda indo @ betoneira é provi- Bs i Bide carragador. agregados. gratidos . 3° 08 agregados graidos na ordem crescente de diame: tro. 17 uma parte dos agregados graides ¢ uma parte de dgua, depois fazer rodar para lavé-la da mis- tura anterior. duragio da mistura néo deve ser muito curta nem muito longa uma _betonei- funcionando em as condigdes @ um concreto . 9 tempo 0 apés ocar- regamento 8 voltas 2 a dimenséo das cubas aumenta, o tempo de mistura ou o nimero de voltas cresce com a raiz quadrada do diémetro. acdo exagerada da mistura 6 inconveniente a0 concreto, porque pode provocar a saida egregados graudos, em particular para a betoneira inclinada, Para agregados fracos pode ‘ccorrer um desgaste, produzindo muito material fino (nda é 0 caso comum no Brasil) amos com freqiiéncia o concreto pre- antes em uma usina central, e depois do em uma betoneira colocada sobre ci o. O tempo de transporte deve ser /curto, para que o lancamento seja feito an- ——— i . —— TRANSPORTE Depois de misturado, 0 concreto & colo- ado sobre um local ou dentro de um car- rinho transportador. Na hora do langamen- to os agregados maiores tém a tendéncia de rolar para a borda. Este acidente, que destréi a homogeneidade, 6 mais comum quando a dosagem for feita com uma gra- nulometria descontinua ou um concreto po- bre em cimento, ou ainda um concreto mui- to seco e frac. Para evitar esse inconveniente devemos empregar concrete onde os agregados graddos ficam mergulhados na argamasse Durante o transporte no carrinho, o concrete é sacudido e sub metido a vibragdes diversas. ‘As pedras maiores descem enquanto a argamassa sobe. A isso chamamos SEGREGAGAO PELO TRANSPORTE. Nao colocar muita agua} pois se transforma em | sopa. Em um concreto bem estudado esta segregacao ne a peat Fazendo uma mistura wtaremos © | 4° compacta e bem rodea- risco de um concreto que venha saldersimento: a ser heterogéneo da seguinte maneira | Evitando uma mistura 3B? muito seca e quebradi- $a. Veremos na quarta parte deste capitulo, como podemos de- terminar experimentalmente, estas qualidades © concreto estudado para uma boa coloca- 0, deve encher perfeitamente a forma e pe- netrar bem na armadura, A granulometria deve ser tal que os agre- gados gratidos néo corram o risco de ficarem presos Contra a armacdo e venham a produ- zir vazios. ‘este fendmeno em mecanica dos (4g. 35). O conereto fresco é uma es- de solo um pouco especial, porém suas propriedades so analogas. As ferragens da armacdo tém que ser bem protegidas da atmosfera, porque o contato- com 0 exterior pode provocar a corrosiio do ago. E necessério sincla ia © trabalho de en- chimento e colocagdo seja perfeito e facil, com © equipamento apropriade. Assim sendo podemos dizer que o concreto é trabalhavel @ a qualidade correspondente chama-se TRA- BALHABILIDADE, TRABALHABILIDADE ‘A colocagdo do concreto tem lugar por des- locamento sobre si mesmo. O operdrio que enche as formas agita-o com um instrumento que faz com que os agregados se desloquem rolando uns sobre os outros. A dificuldade para colocé-lo na forma é tan- to maior quanto maior for o atrito do concre- to sobre ele mesmo. O que podemos medir pelo corte ou cisalhamento do concreto. 6 0 Angulo formado por to fresco em equilibrio. © concreto fresco possui igualmente coeso ou resisténcia interna que 0 sobre ele mesmo. E 0 que 0 permite ficar ve tical apés a desforma (até uma certa all Para moldar o con- creto temos que vencer o atrito inter- no @ a coeséo : Para medir a trabalhabi concrete dispomos de dh todos.: © primeiro, chamado de “cone de Abrams”, consiste em fazer como a crianga que molda # areia em um balde, sobre uma base plana e em medir o abatimento depois da destorma, oa2em MulfoFirme ‘ : Me Muito Mole concrete vibredo ob ou liquide namero de centimetros do recalque, chamado abatimento, mede a plasticidade da mistura. Este ensaio é simples e permite verificar a regularidade da quenti- dade de agua adicionada ao concreto, bem como a quantidade de agre gado middo ou areia, adicionada. Mas néo permite controlar a cans: tancia da dosagem. © método, chamado mesa de batidas ou golpes, consiste em desmoldar uma porgao cénica de concreto sobre uma mesa e em Seguida dar a esta mesa 15 elevagies seguidas de quedas de 1,25 em em 15 segundos. Mede-se entio o espalhamento do con- rato pelo seu aumento de diémetro médio de base, comparando-o com o didmetra ini- cial, 10.9 30% Concrete deatinado a ser wibrado 30.8 60% Goncreto forte para obras macigss ou uldadosamante. acamedas. ou vlbradas. ee 6% Hee. pare. obras. macigas 90 8 100% P ‘armugurs (poueo eepopadas 100.2 190% Conereta liquide chamado 7 mals ce 100% Sem uillidade, mingau pera gatos. jos medir diretamente 0 atrite interno gracas peca mergulhada no concreto. Determinamos, ‘© esforgo necessdrio para fazé-la girar. Conste- que este ensaio é sensivel a variagéo da granu- ja mas menos sensivel & quantidade da égua. 3 medir em uma vasilha a profundidade da de uma meia esfera pesada que da uma rele- ‘com 0 atrito interno. (Ensaio com a bola de Kelly). ainda medir 0 némero de golpes ou 0 tem- vibragao necessério para que um cone de con- da dimensao do cone de Abrams encha comple- uma vasilha cilindrica que o contém [ensaio sueco VB). ‘enfim medir 0 tempo de vibragéo necessa- que o concreto situado em uma caixa A se po- caixa B logo que tiramos a tampa que fecha a parte inferior de A. _ em obrag, o cone de Abrams e em laboratério o ensaio VB além de outros (N.T.) 5 i i

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