Documento produzido no ato-debate "Como enfrentaremos a ofensiva de desmonte do ensino superior?"
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Na segunda-feira, dia 18 de dezembro de 2017, na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, aconteceu debate sobre a ofensiva de desmonte do ensino superior no Brasil. Em pauta, entram as demissões "em massa" que estão acontecendo em diversas instituições privadas, impulsionadas pela reforma trabalhista, e os efeitos do primeiro ano da PEC do Teto, que congela investimentos públicos por vinte anos.
Estiveram reunidos à mesa estudantes representantes da FENEA e de diretórios acadêmicos da Uniritter, UNISINOS e UFRGS, a professora da casa Wrana Panizzi, que já foi reitora da UFRGS, presidente do CNPq e da FEE, além de Rafael Passos, mestrando do PROPUR e integrante do IAB, e Tiago Holzmann da Silva, ex-presidente do IAB-RS (Instituto dos Arquitetos do Brasil - Departamento do RS) e conselheiro eleito do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS).
A iniciativa parte da experiência da área de Arquitetura e Urbanismo, mas não se limita a ela. A ideia é discutir conjunta e abertamente com a sociedade e, em especial, com a comunidade universitária, de forma transversal às demais disciplinas e também às instituições públicas e privadas, como a complexa situação que vem afetando drasticamente o ensino superior pode ser enfrentada.
"O momento é de solidariedade e de abertura de um espaço para criação de estratégias para garantir que a graduação e a pós-graduação não regridam e se depauperem irremediavelmente no país", afirma Eber Marzulo, professor da Faculdade de Arquitetura da UFRGS e doutor em Planejamento Urbano e Regional. Com entrada franca, o debate reuniu mais de oitenta pessoas no auditório da FA.
Documento produzido no ato-debate "Como enfrentaremos a ofensiva de desmonte do ensino superior?"
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Na segunda-feira, dia 18 de dezembro de 2017, na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, aconteceu debate sobre a ofensiva de desmonte do ensino superior no Brasil. Em pauta, entram as demissões "em massa" que estão acontecendo em diversas instituições privadas, impulsionadas pela reforma trabalhista, e os efeitos do primeiro ano da PEC do Teto, que congela investimentos públicos por vinte anos.
Estiveram reunidos à mesa estudantes representantes da FENEA e de diretórios acadêmicos da Uniritter, UNISINOS e UFRGS, a professora da casa Wrana Panizzi, que já foi reitora da UFRGS, presidente do CNPq e da FEE, além de Rafael Passos, mestrando do PROPUR e integrante do IAB, e Tiago Holzmann da Silva, ex-presidente do IAB-RS (Instituto dos Arquitetos do Brasil - Departamento do RS) e conselheiro eleito do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS).
A iniciativa parte da experiência da área de Arquitetura e Urbanismo, mas não se limita a ela. A ideia é discutir conjunta e abertamente com a sociedade e, em especial, com a comunidade universitária, de forma transversal às demais disciplinas e também às instituições públicas e privadas, como a complexa situação que vem afetando drasticamente o ensino superior pode ser enfrentada.
"O momento é de solidariedade e de abertura de um espaço para criação de estratégias para garantir que a graduação e a pós-graduação não regridam e se depauperem irremediavelmente no país", afirma Eber Marzulo, professor da Faculdade de Arquitetura da UFRGS e doutor em Planejamento Urbano e Regional. Com entrada franca, o debate reuniu mais de oitenta pessoas no auditório da FA.
Documento produzido no ato-debate "Como enfrentaremos a ofensiva de desmonte do ensino superior?"
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Na segunda-feira, dia 18 de dezembro de 2017, na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, aconteceu debate sobre a ofensiva de desmonte do ensino superior no Brasil. Em pauta, entram as demissões "em massa" que estão acontecendo em diversas instituições privadas, impulsionadas pela reforma trabalhista, e os efeitos do primeiro ano da PEC do Teto, que congela investimentos públicos por vinte anos.
Estiveram reunidos à mesa estudantes representantes da FENEA e de diretórios acadêmicos da Uniritter, UNISINOS e UFRGS, a professora da casa Wrana Panizzi, que já foi reitora da UFRGS, presidente do CNPq e da FEE, além de Rafael Passos, mestrando do PROPUR e integrante do IAB, e Tiago Holzmann da Silva, ex-presidente do IAB-RS (Instituto dos Arquitetos do Brasil - Departamento do RS) e conselheiro eleito do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS).
A iniciativa parte da experiência da área de Arquitetura e Urbanismo, mas não se limita a ela. A ideia é discutir conjunta e abertamente com a sociedade e, em especial, com a comunidade universitária, de forma transversal às demais disciplinas e também às instituições públicas e privadas, como a complexa situação que vem afetando drasticamente o ensino superior pode ser enfrentada.
"O momento é de solidariedade e de abertura de um espaço para criação de estratégias para garantir que a graduação e a pós-graduação não regridam e se depauperem irremediavelmente no país", afirma Eber Marzulo, professor da Faculdade de Arquitetura da UFRGS e doutor em Planejamento Urbano e Regional. Com entrada franca, o debate reuniu mais de oitenta pessoas no auditório da FA.
Ns, professores, tcnicos, estudantes e egressos de graduao e ps-
graduao reunidos hoje, 18/12/2018, na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, em Porto Alegre, viemos por meio desta manifestar extrema preocupao com os rumos que a universidade brasileira em seu amplo conjunto est tomando. A precarizao dos vnculos de trabalho e a perda de direitos trabalhistas de docentes e tcnicos, seja nas instituies pblicas como tambm nas privadas, tem o potencial de comprometer seriamente o ensino superior do Brasil, locus fundamental da produo do conhecimento cientfico e da inovao, assim como dos conhecimentos filosfico, artstico e social. Assistimos a um enfraquecimento sistemtico do papel do estado na rea da educao, abrindo espao para um processo de privatizao do ensino pblico e consequente mercantilizao do setor, o que agrava enormemente as desigualdades sociais.
Somam-se ao problema os profundos cortes oramentrios federais nas reas
da Educao e da Cincia e Tecnologia, como o caso do corte de 19% do oramento para o Ministrio da Cincia, Tecnologia, Inovaes e Comunicaes previsto para o ano que vem em relao ao executado em 2017, que por sua vez foi o mais baixo dos ltimos oito anos. Esse desfalque representa menos projetos de ensino, pesquisa e extenso, menos concursos, menos bolsas, menos intercmbio com outros centros produtores de conhecimento e, consequentemente, uma grande diminuio da difuso da produo acadmica brasileira que vinha crescendo e ganhando cada vez mais reconhecimento mundial, com a incluso crescente dos mais diversos setores da nossa sociedade.
Nos ltimos meses, programas de ps-graduao de diversas reas, em vrias
universidades particulares pelo pas, vm sendo desmantelados aos poucos ou drasticamente. Isso significa no apenas menos postos de trabalho para os novos mestres e doutores, que viriam a suprir nosso dficit de pessoal qualificado, mas o incio do que pode ser um grande esfacelamento da rede de pesquisa hoje existente no Brasil, que ainda no consegue se estender expressivamente a todas as regies e, portanto, ainda no consegue dar conta das demandas mais locais.
Importante salientar o quo rpido as medidas da reforma trabalhista
recentemente aprovada no pas atingiram os quadros docentes das universidades privadas. As demisses em massa respondem por um lado fragilidade das relaes de trabalho agora estabelecidas, por outro, no valorizao do processo de qualificao do pesquisador, j que daqui em diante tornar-se doutor pode significar no poder seguir a carreira acadmica como docente.
Se a Universidade brasileira sucumbir s investidas de uma poltica de
austeridade baseada em clculos economicistas, que quer apenas contar horas em aula para maximizar a quantidade de alunos diplomados, estar comprometido o verdadeiro interesse social do espao universitrio que , alm da formao de estudantes, a produo de conhecimento de ponta e pensamento crtico fundamentais formao mas tambm relao da Universidade com o conjunto da sociedade.
Por fim, h de se reconhecer os avanos que o ensino superior brasileiro vinha
apresentando na ltima dcada, em que ultrapassamos a marca de um milho de estudantes de graduao e dobramos o nmero de estudantes de mestrado e doutorado; avanos que se veem hoje seriamente ameaados pela p de cal jogada sobre o Plano Nacional da Educao (PNE), que prev investimento de 10% do PIB brasileiro em educao at 2024.
Nos opomos a quaisquer medidas contrrias ao alargamento e consolidao das
Universidades como espaos de embate democrtico e incluso radical da diversidade no exerccio da cidadania.