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19 PROCESSO ADMINISTRATIVO 19.1 Processo administrativo na CF/88 O principio do devido processo legal esta enunciado no art. 5°, LIV, da Constituigéo Federal: “ninguém serd privado da liberdade ou de seus bens sem 0 devido processo legal’, A obrigatoriedade do devido processo nao s6 € aplicavel inicialmente 8 seara jurisdicional mas também vincula a Administragao Publica e o Poder Legislativo. A exigéncia de observar-se um processo previsto na legislacao relaciona-se com a nocao de legitimidade pelo procedimento, segundo a qual, no moderna Fstado de Direito, a validade das deciséies praticadas pelos drgios e agentes governamentais, esta condicionada ao cumprimento de um rito procedimental preestabelecido. Interessante o observar que sio apliciveis ao processo administrativo os dois aspectos modernos do: a) devido proceso legal formal: consistente na obrigatoriedade de observancia do rito para a tomada de decisio; b) devido processo legal material ou substantivo: a decisio final do proceso deve ser razoavel e proporcional. Além do devido processo legal, o art. 5°, LV, da Constituicao Federal prescreve que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, sao assegurados o contraditério e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 19.2 Lei do Processo Admi str 0 -n. 9.784199 Com © objetivo de regulamentar a disciplina constitucional do processo administrativo, foi promulgada a Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, estabelecendo “normas basicas sobre o proceso administrativo no ambito da Administragao Federal direta ¢ indireta, visando, em especial, & protecao dos direitos dos administrados ¢ ao melhor cumprimento dos fins da Administragio” A prova da Magistratura Federal da 3* Regido considerou INCORRETA a assertiva: “A Lei n. 9,784/99 estabelece normas basicas sobre o processo administrative no ambito da administragio pablica federal, aplicando- se subsidiariamente & administragao estadual e municipal, em face da competéncia privativa da Unido para legislar sobre direito processual’” A Lei n, 9.784/99 contém normas de direito administrativo processual e material. ‘Trata-se de uma lei aplicavel exclusivamente ao ambito da Unido, possuindo natureza juridica de lei federal na medida em que, como regra, nao vincula Estados, Distrito Federal e Municipios. A Lei n. 9.784/99 também é aplicavel a0 Legislativo e a0 Judicidrio quando atuarem no exercicio de funcao atipica. A prova da Magistratura Federal da 3 Regido considerou CORRETA a assertiva: “A Lei n. 9.784/99 aplica-se, sem restrigao, & administragao piiblica federal, incluidos os drgios dos Poderes Legislativo e Judictério da Unido, quando no desempenho de fungao administrativa, nao se destinando & administragao publica estadual e municipal’, Portanto, ficam a Unido ¢ as demais entidades federais proibidas de tomar decisdes que afetem interesses de terceiros sem instauragio de processo administrativo prévio que garanta oportunidade de exercicio do contraditorio e da ampla defesa por parte dos interessados. Nos itens seguintes, serdo apresentadas as regras mais importantes da Lei n. 9.784/99, com uma reorganizagao para facilitar seu entendimento. 19.2.1 Incidéncia da Lei n. 9.784/99 sobre outras entidades federativas Embora a propria Lei n. 9.784/99 se autodeclare aplicavel somente aos processos administrativos federais (art. 1°), o Superior Tribunal de Justica consolidou 0 entendimento no sentido de consideré-la aplicavel subsidiariamente as demais entidades federativas que nao possuam lei propria de processo administrativo (AgRg no Ag 935624/R}), especialmente quanto ao prazo de 5 anos que a Administracao tem para anular seus atos defeituosos, Sob pena de violagao ao principio da seguranga juridica, “a auséncia de regra expressa na legislagao local para 0 exercicio da autotutela nio pode autorizar 0 entendimento da inexisténcia de prazo decadencial para anulagio de ato administrativo que produza efeitos favoriveis a beneficidrios de boa- fe, 19.3 Proceso ou procedimento administrativo? F possivel constatar que muitos doutrinadores utilizam as expressdes “processo administrative” e “procedimento administrativo” como sindnimas. Porém, tecnicamente as duas locugées possuem significados diferentes. Processo é uma relagio juridica, razao pela qual “processo administrativo” significa o vinculo juridico entre a Administragao eo usuario, estabelecido para a tomada de uma decisio. Ao passo que procedimento administrativo ¢ a sequéncia ordenada de atos tendentes 4 tomada da decisio. Para 0 contexto de provas ¢ concurs s pliblicos, é recomendavel utilizar a nomenclatura “processo administrativo” por se tratar da terminologia empregada pela Lei n. 9.784/99. 19.4 Espécies de processo administrative De acordo com Celso Anténio Bandeira de Mello, os processos administrativos podem ser clasificados em diversas categorias2®; 1) internos ou externos: processos internos so aqueles instaurados dentro do ambiente estatal2Z, Exemplo: sindicancia. Os externos so aqueles que envolvem particulares28, Exemplo: concurso ptiblico; 2) restritivos ou ampliativos: processos restritivas ou ablatérios s40 aqueles que impdem limitagdes Aesfera privada de interesse22, Exemplo: interdigio de estabelecimento. Os processos restritivos dividem- se em meramente restritivos, como as revogagdes, e sancionadores, como a sindicancia, Ji os processos ampliativos sao voltados a expansio da esfera privada de interesses. Exemplo: outorga de permissio de uso. Os processos ampliativos podem ser divididos em: a) de iniciativa do préprio interessado, como no como 0 concurso pedido de licenga; b) de iniciativa da Administragio, como a licitagao; ¢) concorrenci publico; d) simples ou nao concorrenciais, como 0 pedido de autorizagio de uso, 19.5 Pri \cipios do processo administrativo art. 2°, pardgrafo tinico, da Lei n. 9.784/99 enumera os “critérios” ou principios informadores do do eles: processo administrativo. a) legalidade b) finalidade: atendimento a fins de interesse geral, vedada a renincia total ou parcial de poderes efinida como o dever de atuacio conforme a lei e 0 direito; ou competéncias, salvo autorizagio em leis ©) impessoalidade: objetividade no atendimento do interesse piiblico, vedada a promocao pessoal de agentes ou autoridades; 4d) moralidade: atuagio segundo padré s éticos de probidade, decoro e boa-fé; ©) publicidade: divulgacao oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipéteses de sigilo previstas na Constituicao; f) razoabilidade ou proporcionalidade: adequacao entre mei ao de vedada a impo obrigacdes, restrigdes e sangdes em medida superior Aquelas estritamente necessérias ao atendimento do interesse piblico; 8) ob: atéria motivagao: indicagio dos pressupostos de fato ¢ de direito que determinarem a decisio; h) seguranga juridica: observancia das formalidades essenciais & garantia dos direitos dos administrados, bem como interpretago da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim piiblico a que se dirige, vedada a aplicacao retroativa de nova interpretagai i) informalismo: adocao de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, seguranga e respeito aos direitos dos administrados; j) gratuidade: proibicio de cobranca de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; k) oficialidade ou impulso oficial: impulsao, de oficio, do processo administrativo, sem prejuizo da atuagao dos interessados; } contraditério ¢ ampla defesa: garantia dos direitos a comunicagao, 3 apresentagio de alegagdes finais, & produgao de provas e 3 interposicao de recursos, nos processos de que possam resultar sangdes e nas situagdes de litigio. 19.6 Conceitos de érgao, entidade e autoridade Para os fins da Lei n, 9.784/99, 0 art, 1°, § 2%, estabelece trés definigdes importantes: a) érgao: a unidade de atuacao integrante da estrutura da Administragao direta e da estrutura da Administragao indireta; b) entidade: a unidade de atuacao dotada de personalidade juridica; Invertendo os conceitos de érgio ¢ entidade, a prova da OAB Nacional 2009.1 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: Jonsidera-se entidade administrativa a unidade de atuacio da estrutura da administragao direta’, ©) autoridade: o servidor ou agente publico dotado de poder de decisao. 19.7 Direitos do administrado O termo “administrado” é utilizado em diversos dispositivos da Lei do Processo Administrativo. Porém, o emprego de tal nomenclatura vem caindo em desuso, isso porque transmite uma impressio de que o particular ¢ objeto da atuacao da Administracao, é simplesmente “administrado” pelo Estado, e nao ‘um sujeito titular de direitos e deveres. Por isso, teria sido mais apropriado falar em usudrio ou cidadao, terminologias mais condizentes com 0 papel, que os particulares exercem, de participes do proceso decisério da Administragao Publica moderna. Sem prejuizo de outros que Ihes sejam assegurados, os usuarios possuem os seguintes direitos (art. 39) a) ser trataclo com respeito pelas antoridades e servidares, que deverio facilitar 0 exercicio de seus direitos e o cumprimento de suas obrigagdes; ) ter ciéncia da tramitagao dos processos administrativos em que tenha a condigao de interessado, ter vista dos autos, obter cépias de documentos neles contidos ¢ conhecer as decis6es proferid: ©) formular alegagies e apresentar documentos antes da decisio, os quais serio objeto de consideragao pelo érgio competente; d) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatéria a representacio, por forca de lel. 19.8 Deveres do administrado Nos termos do art. 4° da Lei n. 9.784/99, sao deveres do administrado, perante o Poder Publico, sem prejuizo de outros previstos em ato normativo: a) expor 0s fatos conforme a verdade; b) proceder com lealdade, urbanidade e boa-fés ©) nay agit de modo temersiv; 4) prestar as informagdes que Ihe forem solicitadas e colaborar para o esclareci 19.9 Instauracao do processo A Administracio Publica, ao contrario do Poder Judicidrio, constitui um organismo estatal dinamico, podendo sempre agir de oficio, isto 6, sem necessidade de provoca Por isso, o art. 5° da Lei n, 9.784/99 afirma que o processo administrativo pode iniciar-se de oficio oa pedido do interessado. A prova da OAB Nacional 2008.2 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “O processo administrativo pode iniciar-se de oficio ou a pedido do interessado”. Como regra, o requerimento do interessado deve ser formulado por escrito, sendo obrigatéria a indicagao dos seguintes elementos: a) érgio ou autoridade administrativa a que se dirige; b) identificacao do interessada ou de quem o represen ; ¢) domicilio do requerente ou local para recebimento de comunicagdes; d) formulacio do pedido, com exposi¢ao dos fatos e de seus fundamentos; e) data e assinatura do requerente ou de seu representante. A Administracao est proibida de recusar sem motivo 0 recebimento de documentos (art. 6°, pardgrafo tinico, da Lei n, 9.784/99). 19.10 Legitimados para 0 process administrativo O art, 9 da Lei n. 9.784/99 define como legitimados no processo administrativo: a) titulares dos direitos e interesses que iniciem o proceso, podendo ser pessoas fisicas ou juridicas; b) terceiros interessados que, sem terem iniciado 0 processo, possuem direitos ou interess s que possam ser afetados pela decisao a ser adotadas ©) organizagées e associagées representativas, no tocante a direitos ¢ interesses coletivos; ‘A prova da Magistratura/TO elaborada pelo Cespe considerou CORREI a assertiva: “O processo administrativo em geral. no ambito da Unio, pode ser instaurado de oficio ou por iniciativa dos interessados, entre os quais se incluem as pessoas associagdes legalmente constituidas quanto a direitos ou interesses difusos" d) pessoas ou associagdes legalmente constituidas quanto a direitos ou interesses difusos. ‘A prova da Magistratura/PI elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “No Ambito do processo administrative, nao ha previsio de defesa de interesses difusos ou coleti Importante destacar que a capacidade, para fins de processo administrativo, ¢ conferida aos maiores de dezoito anos, ressalvada previsao especial em ato normativo proprio (art. 10 da Lei n. 9.784/99). A prova da OAB Nacional 2009.1 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA @ assertiva: “Sio capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezesseis anos, ressalvada previsio especial em ato normativo prépric’, 19.11 Da competéncia Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.784/99, a competéncia administrativa é irrenuncidvel e deve ser exercida pelo drgio legalmente habilitado para seu cumprimento, exceto nos casos de delegacao € avocacao. Na delegagdo, um érgio administrativo ou seu titular transferem temporariamente parte da sua competéncia a outros érgios ou titulares, ainda que estes nao Ihe sejam hicrarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razao de circunstancias de indole técnica, social, econémica, juridica ou territorial. A prova da OAB Nacional 2008.2 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Um érgio administrativo e seu titular poderao, se nao houver impediment legal, delegar parte da sua competéncia a outros érgios ou titulares, ainda que estes nao lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razio de circunstincias de indole técnica, social, econémica, juridica ou territorial”, Em nenhuma hipétese, podem scr objeto de delegagao: a) a edigdo de atos de carter normativo; b) a decisao de recursos adm rativos; ¢) as matérias de competéncia exclusiva do érgio ou autoridade. A prova da Procuradoria/DF considerou CORRETA a assertiva: pode ser objeto de delegacio a decisio de recursos administrativos’ A delegagao é revogivel a qualquer tempo por vontade unilateral da autoridade delegante. Em sentido contrario, na avocagio o érgio ou seu titular chamam para si, em carter excepcional ¢ temporario, competéncia atribuida a érgao hierarquicamente inferior. A im, pode-se concluir que delegagio e avocacio constituem excegdes a regra geral da indelegabilidade de competéncias administrativas. Por fim, cabe ressaltar que o processo administrative devera ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierérquico para decidir (art. 17 da Lei n. 9.784/99). 19.12 Impedimentos e suspeicao no processo administrativo Para garantir a imparcialidade na tomada das decisdes administrativas, a Lei n. 9.784/99 define regras de impedimento e de suspeigdo aplicaveis aos agentes puiblicos que aluardo nos processos administrativos. Fica impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: a) tenha interesse direto ou indireto na matéria; b) tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situagdes ocorrem quanto ao cénjuge, companheiro ou parente ¢ afins até o terceira geal al an adm} ) esteja litiganda jn trativamente com a interessada an respective cénjuge ‘ou companheiro, A prova da OAB Nacional 2009.2 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “O servidor que atue como perito em um proceso administrative pode exercer outras fungdes no mesmo processo, exceto a de julgar”, ‘A prova da OAB Nacional 2008.2 elaborada pelo Cespe considerou a assertiva: “O servidor ou autoridade que esteja litigando, na esfera judicial, com o interessado em um processo administrativo que envolva as mesmas partes esti impedido de atuar nesse processo’, JA os casos de suspeicao relacionam-se com a condi¢ao da autoridade ow servidor que tenha amizade intima ou inimizade notéria com algum dos interessados ou com os respectivos conjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Nos termos do art. 21 da Lei n. 9.784/99, o indeferimento de alegagao de suspei¢io poderd ser objeto de recurso, sem efeito suspensiv: 19.13 Forma, tempo e lugar dos atos do processo A regra geral é que os atos do processo administrative nao dependem de forma determinada, exceto quando a lei expressamente a exigir, devendo ser produzidos por escrito, em vernaculo, com a data e 0 local de sua realizagao e a assinatura da autoridade responsével. Salvo imposigao legal, o reconhecimento de firma somente sera exigido quando houver chivida de autenticidade. Os atos do processo administrativo devem ser realizados em dias uteis, no horario normal de funcionamento da reparti¢ao na qual tramitar o proceso. Salvo disposigio legal em contririo, os atos das autoridades © dos administrados participantes do processo devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de forga maior. Quanto ao lugar, os atos do proceso devem ser realizados de preferéncia na sede do érgio competente, cientificando-se o interessado se outro for o local de realizacio. 19.14 Comunicacao dos atos 0 6rgio competente promovers a intimacao do interessado para ciéncia de decisio ou a efetivacio de diligéncias. A intimagao deveré conter: a) identificagdo do intimado e nome do érgio ou entidade administrativa; b) finalidade da intimagao; c) data, hora ¢ local em que deve comparccer; d) se 0 intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; e) informagao da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; f) indicagao dos fatos ¢ fundamentos legais pertinentes. A intimagao pode ser efetuada mediante ciéncia no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciéncia do interessado, Ja no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicilio indefinido, a intimagao deve ser efetuada por meio de publicagio ofici A prova da OAB Nacional 2010.1 elaborada pelo Cespe considerou. CORRETA @ assertiva: “Nos processos administrativos & admitida a intimagio ficticia’ Importantissimo destacar que o desatendimento da intimagio nao importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a reniincia a direito pelo administrado. Portanto, nos processos administrativos, nao ha os efeitos tipicos da revelia. A prova de Procurador de Aracaju elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “O desatendimento de intimago para apresentagaio de defesa em proceso administrativo nao importa no reconhecimento da verdade dos fatos”. 19.15 Instrugao do processo A instrugio do proceso, realizada para comprovar os fatos alegados, é promovida de oficio, sem prejuizo do direito dos interessados de propor atuacdes probatorias Sao inadmissiveis no proceso administrativo as provas obtidas por meios ilicitos. is, cabe ao interessado o 6nus de Aplicando a mesma regra geral valida para os processos judi provar os fatos que tenha alegado. Somente poderdo ser recusadas, mediante decisio fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilicitas, impertinentes, desnecessarias ou protelat6rias. Na hipétese em que deva ser obrigatoriamente ouvido um 6rgio consultivo, o parecer devera ser emitido no prazo maximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. so nao tera Se um parecer obrigatério e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o proce seguimento até a respectiva apresentagao, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. Ja no caso de uum parecer obrigatério e nao vinculante deixar de ser emitide no prazo fixada, o proceso poderé ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuizo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. Apés 0 encerramento da instrucao, o interessado terd 0 direito de manifestar-se no prazo maximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Se 0 drgio de instrugéo nao for competente para emitir a decisio final, dever elaborar relatério indicando o pedido inicial ¢ o conteiido das fases do procedimento e formularé proposta de decisao, objetivamente justificada, encaminhando © proceso & autoridade competente. Portanto, 0 ato final do proceso administrativo normalmente nao é a decisao, mas o relatério a ser encaminhado para a autoridade competente para decidir. 19.16 Dever de decidir Obviamente, a Administrago Péblica tem o dever de emitir decisio expressa nos processos administrativos e sobre solicitagdes ou reclamagées, em matéria de sua competéncia, Nao teria sentido io. ans ad ordenamento juridico patria garantir 0 direita de pet radas sem que honvesse, a cargo da Administragao, o correlato dever de decidir. ‘A prova da OAB Nacional 2009.2 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “Caso a matéria discutida no processo administrative se apresente bastante controversa e inquietante, a autoridade responsivel poderd deixar de decidir e submeter 0 tema & apreciagio do Poder Judiciario” Encerrada a instrucio de processo administrativo, a Administragao tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogacao por igual periodo expressamente motivada. A prova de Procurador de Aracaju elaborada pelo Cespe considerou. CORRETA a asserti “Concluida a instrugio de processo admini rativo, a administragio tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogacao por igual periodo expressamente motivada’, 19.17 Desisténcia Oart. 51 da Lei n. 9.784/99 afirma que o interessado poder, mediante manifestacao escrita, desi total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponiveis. 19.18 Recursos administrativos ‘Todas as decisées adotadas em processos administrativos podem ser objeto de recurso quanto a questées de legalidade e de mérito, devendo o recurso ser dirigido a autoridade que proferiu a decisio, a qual, se no a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminharé a autoridade superior. O recurso administrativo tramitaré no maximo por trés instincias administrativas, salvo disposi¢ao legal diversa (art. 57 da Lei n. 9.784/99). A13* prova do Ministério Publico do Trabalho considerou INCORRETA, a assertiva: “O recurso administrativo, salvo disposicao legal em contréio, tramitard no maximo por duas instancias administrativas’, Os recursos administrativos podem ser interpostos pelos seguintes legitimados: a) os titulares de direitos ¢ interesses que forem parte no processo; b) aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisao recorrida; c) as organizagdes e associagées representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; d) os cidadios ou associagies, quanto a direitos ou interesses difusos. Como regra geral, 0 prazo para interposigio de recurso administrativo é de dez dias, contado a partir da ciéncia ou divulgagio oficial da decisao recorrida, devendo ser decidido, exceto se a lei nao fixar prazo diferente, no prazo maximo de trinta dias. Salvo disposigao legal em contrério, o recurso nao tem efeito suspensivo. A prova da Magistratura/DF considerou CORRETA a assertiva: “ geral, 0 recurso nao teré efeito suspensivo, salvo disposicao legal em contririo, admitindo-se, todavia, que a autoridade recorrida, observados (8 requisitos legais, venha a conferir efeito suspensivo ao recurs O recurso nao sera conhecido quando interposto: a) fora do prazo; b) perante érgao incompetente; ©) por quem nao seja legitimado; d) apés exaurida a esfera administrativa. Processos administrativos de que resultem sangdes poderao ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de oficio, quando surgirem fatos novos ou circunstancias relevantes suscetiveis de justificar a inadequagao da sangio aplicada (art. 65 da Lei n. 9.784/99). 19.18.1 Permissao da reformatio in pejus O art. 64 da Lei n. 9,784/99 assevera que “o érgao competente para decidir 0 recurso poderd confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisio recorrida, se a materia for de sua competéncia’, Desse modo, pode-se constatar que 0 dispositivo no proibe a reformatio in pejus nos processos administrativos, isto é, ndo ha impedimento a que a decisao do recurso agrave a situacao do recorrente, exigindo-se apenas que ele seja cientificado para que formule suas alegagdes antes da decisao. A ptova da OAB Nacional 2010.1 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Nos processos administrativos admite-se a reformatio in pejus’ ‘A prova da Magistratura/DF considerou INCORRETA a assertiva: “A decisio do recurso mio poderd acarretar gravame & situagio do 19.19 Dos prazos Os arts, 66 € 67 da Lei n, 9.784/99 disciplinam a contagem de prazos nos processos administrativos. ‘A regra geral do art. 66 assegura que os prazos comecam a correr a partir da data da cientificagao mento. oficial, excluindo-se da contagem o dia do comego e incluindo-se o do ven Considera-se prorrogado 0 prazo até o primeiro dia ttil seguinte se 0 vencimento cair em dia em que nao houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal, Os prazos expressos em dias contam-se de modo continuo, Ja os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data, Se no més do vencimento nao houver o dia equivalente aquele do inicio do prazo, tem-se como termo 0 iiltimo dia do més. Salvo motivo de forca maior devidamente comprovado, os prazos processuais nao se suspendem. 19.20 Questdes 1. (Juiz do trabalho TRT8 = 2015 - TRT8) Com relacao ao ato administrativo, marque a alternativa INCORRETA: A) Nos termos da Lei n. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, a administracao tem o dever de mot Fo ato administrative, com a indicagdo dos fatos ¢ dos fundamentos juridicos, quando, dentre outros, neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses, devendo a motivagao ser explicta, clara e congruente, B) Diante do principio da eficiéncia que norteia a atuagao da administragao pblica, os atos que apresentarem defeitos sanaveis devem ser convalidados. C) Em regra, a competéncia para a pritica do ato administrativo é irrenunciavel, devendo ser exercida pelo 6rgio administrative cuja atribuigdo Ihe seja propria, exceto nos casos de delegacdo e de avocagio, desde que previstos em lei. D) A Administragio Pablica pode revogar os atos administrativos, mesmo que validos ¢ eficazes, por motivo de conveniéncia ou oportunidade, observados os direitos adquiridos, todavia, em todo 0 caso, 0 ato, nio estd imune a apreciagao judicial, E) Um 6rgio administrativo e seu titular poderao, se nao houver impedimento legal, delegar parte da sua competéncia a outros drgios ou titulares, ainda que estes nao Ihe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razdo de circunstancias de indole técnica, social, econdmica, juridica ou territorial 2. (Delegado de Policia/DF - 2015 - FUNIVERSA) Com base na Lei n. 9.784/1999, que trata do proce administrativo no ambito da Unido, assinale a alternativa correta. A) O principio da vedacao da reformatio in pejus nao se aplica ao recurso administrativo previsto na Lei n. 9.784/1999. B) Diante do principio do dispositive e da imparcialidade, 0 dnus da prova incumbe a quem alega, sendo permitido 4 administragio juntar, de oficio, aos autos do processo documentos indicados pelo interessado. ) Diante do principio da assergao, o proceso administrativo somente pode ser iniciado pela parte interessada, no podendo o servidor orientar 0 interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas, sob pena de infracao disciplinar. D) Sio legitimados como interessados no proceso administrative as pessoas juridicas ou associagbes, legalmente constituidas hé pelo menos um ano, na defesa de interesses difusos. E) Suponha-se que a lei determine que certa autoridade tem competéncia para regulamentar uma norma legal com carter normativo. Nesse caso, essa competéncia poder ser delegada, 3. (Procurador da Alesp/GO ~ 2015 - UFG) Sobre o direito ao regime de tramitacao prioritaria contido na Lei n. 9.784/1999, terio prioridade na tramitago, em qualquer drgio ou instancia, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: A) o doente grave, salvo se a doenga tenha sido contraida apés o inicio do processo. B) o portador de moléstia profissional, ©) avitima de acidente de trabalho. D) a pessoa portadora de deficiéncia, fisica ou mental. 4. (Procurador da Alesp/GO ~ 2015 - UFG) No tocante a delegagao de competéncias, considerando 0 arcabouco doutrindrio ¢ legislativo referente & mesma, A) ade 10 de recursos administrativos é delegavel. B) a delegagao depende de lei que expressamente a autorize. ©) aedigdo de alos de carter normativo ¢ indelegivel. D) a delegagao esté vinculada a subordinacao hierarquica. inado na Lei 5. (Juiz de direito/PE ~ 2015 ~ FCC) Acerca do processo administrativo, tal como disciy Federal n, 9.784/99, € correto afirmar que A) a auséncia de parecer obrigatério nem sempre impediré 0 prosseguimento do processo administrative até final decisao. B) se aplica ao processo administrativo o principio que veda a reformatio in pejus, 0 que se justifica em razio da observancia do principio do devido processo legal. C) 0 processo administrativo deve ser formalista, o que se impde, em observancia ao principio da seguranca juridica. D) em virtude da indisponibilidade do interesse pablico, é vedado ao particular interessado no processo formular desisténcia ou rentincia. E) se aplica no processo administrativo o principio da identidade fisica do juiz, pelo qual o 6rgio que promoveu a instrugdo deve ser 0 mesmo a decidir a questao controversa, 6. (Procurador do Estado/PR - 2015 ~ PUC/PR) Em vista da Lei 9.784/1999 (Lei Federal de Proceso Administrativo), é CORRETO afirmar que: A) A Lei 9.784/1999 abriga nao s6 temas de Direito Administrative processual, mas também trata de assuntos telativos a0 Direito Administrative material. B) Nos termos da Lei 9.784/1999, a atividade probatéria depende da iniciativa do particular interessado. C) Nos termos da Lei 9.784/1999, as defesas diretas ¢ indiretas devem ser apreciadas simultaneamente, quando do julgamento final do processo. D) A Lei 9.784/1999 i simultaneamente, mas em momento anterior & decisao final. stalou 0 principio da concentragio dos recursos, que deverdo ser julgados E) Os legitimados a instalar e/ou participar do processo administrativo da Lei 9.784/1999 so apenas aqueles que vierem a ser diretamente afetados pela decisio a ser proferida. 7. (Procurador do Estado/PR - 2015 ~ PUC/PR) Sobre a estruturagao da competéncia dos drgios ¢ entidades da Administracao Publica brasileira, é CORRETO afirmar que: A) A delegacio de competéncia é forma de descentralizagio por meio da qual um drgio administrativo, superior ou equivalente na escala hierérquica, transfere a outro drgio (subordinado ou nao) parcela de sua competéncia, B) Nao podem ser objeto de delegacao 0s atos normativas, a decisdo em recursos administrativos e as matérias de competéncia exclusiva. ) A avocagao de competéncia pode ser compreendida como a possibilidade de o superior hierdrquico trazer para sia apreciagdo de determinada matéria, originalmente atribuida & competéncia privativa do érgio (ou agente) a si subordinado, mas que este abdicou do exercicio, D) A avocagio de competéncia ¢ ato discricionario da administracdo, a0 passo que a delegagio ¢ ato vinculado. E) O ato de delegacio nio é revogavel, mas pode ser anulado pela autoridade superior (desde que obedecido 0 devido processo legal) 8. (Delegado de Policia - PC/P1 - 2014 - UESPI) A Lei n. 9.784/99 estabelece normas sobre 0 Processo Administrativo no ambito da Administragao Federal direta e indireta. Pode-se afirmar que o principio que a Administragao Publica deve obedecer a fim de que todo provesso administrative chegue a seu final, ou seja, tenha uma decisio conclusiva, que solucione a controvérsia, é 0 A) da legalidade, B) da eficiéncia. C) da ampla defesa. D) da finalidade. E) do interesse piiblico. 9. (Analista - CMR] - 2014 - FJGRIO) Sao efeitos especificos da hicrarquia, entre outros: A) aedigdo de atos gerais para complementar as leis permitir a sua efetiva aplicagao. B) a delegacao a avocacio e 0 poder de editar decretos auténomos. C) aautoexecutoriedade e a coercibilidade. D) o poder de comando dos agentes superiores sobre outros hierarquicamente inferiores 10. (Auditor - CEFET/RJ - 2014 - Cesgranrio) Nos termos da Lei n 9.784/1999, quando 0 processo administrativo diz respeito a interesse individual, considera-se interessado: A) 0 Ministério Piblico. B)o sindicato de servidores. ©) quem é menor de dezoito anos, ‘D) quem exerceu direito de representagao. E) quem participa de associaghes de funcionarios. 11, (Analista - CBTU-Metrorec - 2014 - Consulplan) Considerando as disposigoes constantes da Lei n. 9.784/99, que trata dos processos administrativos, assinale a alternativa INCORRETA. A) Todos os atos do processo administrativo sao passiveis de delegacao, desde que por motivos relevantes devidamente justficados pelo érgio ou autoridade delegante. B) A competéncia é irrenuncidvel e se exerce pelos drgiios administrativos a que foi atribuida como prépria, salvo 0s casos de delegagao e avocagao legalmente admitidos. ©) Sera permitida, em caréter excepcional ¢ por motives relevantes devidamente justificados, a avocagao temporaria de competéncia atribufda a érgdo hierarquicamente inferior. D) Um érgio administrativo e seu titular poderdo, se ndo houver impedimento legal, delegar parte da sua competéncia a outros drgios ou titulares, ainda que estes nao Ihe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razio de citcunstancias de indole técnica, social, econdmica, juridica ou territorial, Fundacentro ~ 2014 ~ Vunesp) Sobre a forma, tempo ¢ lugar dos atos do proceso, nos termos da Lei n. 9.784/99, é correto afirmar que a autenticaco de documentos exigidos em cépi A) deve ser feita pelo Cartério de Notas. B) pode ser feita pelo érgao administrativo. ) deve ser feta, exclusivamente, pelo chefe da repartigao. D) pode ser feita por meio de declaragao assinada pelo proprio requerente. E) € considerada como exigéncia ilegal. 13, (Assistente - Fundacentro ~ 2014 - Vunesp) Segundo o que dispée a Lei n. 9.784/99, se um recurso administrativo for interposto fora do prazo, A) o interessado ser intimado a pagar taxa extra para que o recurso venha a ser julgado. B) ele nao sera conhecido. ©) ele sera devidamente julgado, mas sera indeferido. D) ele sera julgado normalmente, uma vez que é direito do interessado ter um segundo julgamento do seu caso. E) o recorrente sera punido com multa equivalente a um salirio minimo. 14. (Analista ~ Prodest/ES ~ 2014 ~ Vunesp) Assinale a alternativa correta. A) E possivel reconhecer a coisa julgada material no ambito do procedimento administrativo. B) A procedimentalizacao da atividade administrativa alcanga nao apenas a producao de atos administrativos, mas também o seu desfazimento, C) Uma vez encerrado 0 procedimento administrativo, as questdes nele decididas nao se sujeitam a revisio judicial, D) Nao é nula motivago de decisio no procedimento administrativo fundamentada apenas na alegagdo genérica de interesse publico, F) No procedimento administrativo & valida decisio discricionéria nao fundamentada no principio da proporcionalidade. 15. (Analista Judicidrio ~ TJ/CE - 2014 — Cespe) A respeito da Lei n. 9.784/1999, que regula 0 proce: administrativo no ambito da administragao publica federal, assinale a opgao correta. A) No processo administrativo, o desatendimento da intimagao pelo administrado nao importa a reniincia do direito, mas implica o reconhecimento da verdade dos fatos. B) Os preceitos da Lei n. 9.784/1999 aplicam-se aos orgdos do Poder Legislative da Unido, quando no desempenho de fungao administrativa, porém nao sao aplicados aos érgios do Poder Judicidrio da Unido, mesmo quando no desempenho de tal fungao, em razao da existéncia de lei federal propria para reger a matéria, ©) Deacordo com a Lei n. 9.784/1999, os interessados devem necessariamente ser assistidos por advogado para interpor recurso administrativo. D) Eadmissivel realizagao deaudiéncias piblicas para debate sobrea matéria objeto de processo administrative antes da tomada da decisio, a juizo da autoridade, diante da relevanc da questao. E) O processo administrativo, tal como o judicial, deve ini se, em regra, a pedido de interessado. 16. (Titular de Servigos de Notas e de Registros ~ T]/DF - 2014 ~ Cespe) No que diz. respeito ao proceso administrativo no ambito da administragao piiblica federal e & licitagao, assinale a opgao correta. A) Os processos administrativos sancionat6rios podem ser revistos a qualquer tempo, inclusive para reform: in pejus, desde que tenham surgido fatos novos que justifiquem a inadequagio da sancio aplicada, B) O desatendimento da intimagdo em processo administrativo torna revel 0 administrado interessado, importando no reconhecimento da verdade dos fatos ¢, se for 0 caso, na reniincia do direito em discussao. C)E inexigivel alicitagao para a contratagao de empresa com notéria especializagdo em pericia ¢ avaliagdes em geral, desde que o servigo a ser realizado se caracterize como singular e a empresa seja a tinica do mercado a realizé-lo, D) Consoante o principio da isonomia, ¢ vedado aos agentes piiblicos estabelecer quaisquer tipos de margem de preferén ‘nos processos licitatérios, E) O servidor que tenha participado ou venha a participar como perito em um processo administrative encontra-se impedido de atuar nesse proceso. 17. Juiz/SC ~ 2013 - TJ/SC) Assinale a alternativa correta: 1. O art. 2° da Lei n. 9.784/99 prevé, expressamente, os seguintes principios apliciveis ao proceso administrativo: legalidade, finalidade, motivacao, razoabilidade, publicidade, moralidade, ampla defesa, contraditério, seguranga juridica, interesse piiblico e eficiénci UL Processo administrativo ¢ toda e qualquer autuagao efetivada pela Administragdo Publica no interesse e seguranga da funcio administrativa. Procedimento é 0 conjunto de formalidades que devem ser observadas para a pritica de certos atos administrativos, IIL. Enguanto o processo administrativo disciplinar ¢ 0 meio formal, solene, de apuragao das infragdes cometidas pelos servidores e consequente aplicagio de pena administrativa, a sindicincia é processo sumirio de elucidagoes de irregularidades no servigo pablico, praticadas por servidores, nao servindo, portanto, de base para a aplicagéo de qualquer pena. IV. Invalidada por sentenca judicial a demissao do servidor estivel, sera ele reconduzido, e o eventual ocupante da vaga, se estavel, reintegrado ao cargo de origem, sem direito a indenizagao, aproveitado em outro cargo ou post ‘0 em disponibilidade com remuneracao proporcional ao tempo de servico. A) Todas as proposigdes estio corretas. 'B) Somente as proposicGes 1, LI II] esto corretas. C) Somente as proposigdes I, II e IV estao corretas, D) Somente as proposigdes Ile III esto corretas. F) Somente as proposigdes I, I1 e IV estio corretas. 18. (Advogado Cetesb ~ 2013 ~ Vunesp) Considerando 0 regime juridico do processo administrativo, bem como o entendimento do Supremo ‘Iribunal Federal acerca da matéria, classifique as seguintes afirmativas quanto a sua veracidade (V) ou falsidade (F). () A sindicincia € procedimento preparatorio ao proceso administrativo disciplinar, ndo sendo instrumento apto a impor penalidade. () A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar viola a Constituicao Federal () O suposto vicio na sindicincia ndo contamina o processo administrativo disciplinar, desde que seja garantida oportunidade de apresentacdo de defesa com relacao aos fatos descritos no relatério final da comissao. () A absolvigdo criminal que negue a existéncia do fato ou sua autoria nao afasta a responsabilidade administrativa do servidor pelo mesmo fato. Assinale a alternativa que contempla corretamente a classificacio das afirmativas na ordem em que aparecem, AMER BVEVE 9 D)V.RVV E)REWY. AVR ame de Ordem Unificado ~ 2013 - FGV) Um servidor ptiblico foi acusado de corrupgio passiva 19. (XB ¢ peculato. Respondeu a processo criminal ¢ foi absolvido por auséncia de provas. Diante dessa situacdo, assinale a afirmativa correta. A) A Administragdo Piblica, no caso, permanece livre para punir 0 funcionario, desde que verifique haver desvios na conduta funcional do servidor, B) A decisao de absolvigao do servidor sempre vincula a Administragao Publica, que no poder punir o seu funcionario. C) A autotutela administrativa permite desconsiderar decisdes judiciais contrarias & lei ou as provas dos autos, sendo possivel a aplicagio de sangdes administrativas com c6pias extraidas do processo criminal. D) As decisoes da justica, que punem o servidor por qualquer crime, vinculam 0 Poder Piiblico, embora as decisoes de absolvigdo nunca impegam 0 poder punitivo da Administragao. 20. (Delegado de Policia/GO - 2013 - UEG) Quanto ao recurso administrativo previsto na Lei do Proceso Administrativo do Estado de Goias, n. 13.800/2001: A) recurso nao ser conhecido quando oposto apés exaurida a esfera administrativa. B) o autor da decisto administrativa recorrida poder reconsiderar no prazo de dez dias. C) alegitimidade para recorrer da decisio administrativa cabe somente as partes. D) as razées do recurso devem limitar-se a legalidade, excluidos aspectos do mérito. 21. (Analista Judicidrio TRT/RJ - 2013 - FCC) No curso de processo administrativo, a autoridade responsivel pela condugio do mesmo deixou de dar-lhe regular andamento. O interessado, com o objetivo de entender as razbes da paralisacao, solicitou cépia dos principais documentos integrantes dos autos. De acordo com as disposigdes da Lei n, 9.784/99, A) 0 impulso do processo deve se dar de oficio, nao cabendo ao interessado provocar seu andamento, B) os atos do processo sto sigilosos, cabendo ao interessado comprovar o efetivo interesse para obler os documentos solicitados, C) 0 interessado deve constituir advogado para obter vista dos autos ¢ tomar conhecimento de todos 0s atos praticado: D) 0 interessado pode formular alegagdes ¢ apresentar documentos, os quais sero objeto de consideragao pelo

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