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ATO I

Composto por dois quadros: o primeiro tem por


moldura o mundo real e o segundo é uma viagem
ao reino da fantasia, que acaba se prolongando
sobre o segundo ato.
O primeiro quadro compreende sete episódios,
antecedidos por uma Ouverture orquestral:
1. A árvore de natal . A cortina se abre e nos
deparamos com uma a da residência do presidente
do Conselho Municipal de Nuremberg, uma noite
de Natal que acontece no início do século XIX. Os
pais de Clara e Fritz (as crianças) concluem a
decoração da árvore que se ilumina com uma
multidão de luzes e enfeites. As crianças fazem sua
entrada com seus amigos e recebem seus
presentes.
2. Marcha. As crianças colocam suas vestimentas e
desfilam por toda a sala.
3. Brincadeiras das crianças e a chegada dos
convivas. As crianças participam de uma dança
cheia de vivacidade, que se transforma em uma
polonaise majestosa no momento da chegada dos
convidados, retomando uma melodia infantil bon
voyage, cher Dumouller. Esta canção interrompe-se
brutalmente para dar lugar à próxima cena.
4. Cena de dança e a chegada de Drosselmeyer. A
música assume um caráter inquietante e a entrada
do conselheiro Drosselmeyer. Sua atitude estranha
cria um alvoroço entre as crianças. Mas seus
familiares pegam as crianças e explicam quem é a
pessoa que acaba de entrar, que ele é gentil e que
veio lhes trazer alguns presentes. As crianças
decepcionam-se ao ver que ele não traz nada do
que eles esperavam, mas descobrem que ele traz
um soldado de pano, mostrando-lhes que ele pode
dançar.
5. Cena e dança dos avós. Clara e Fritz estão
contentes pela diversão e desejam que todos
participem, mas seus pais decidem que vão divertir
não só as crianças, mas também os convidados.
Clara decepciona-se e Fritz fica bravo. Drosselmeyer
restabelece a situação dando-lhes um presente, um
boneco quebra nozes, após mostrar às crianças
como funciona, Drosselmeyer o dá a Clara. Fritz
tenta tirá-lo de sua irmã e seu pai exige que ele
deixe que ela brinque com o boneco. Fritz quebra o
quebra nozes, jogando-o ao chão. Clara fica triste e
Fritz chama seus amigos para uma nova dança ao
som de trompetes e tambores. O pai termina com a
festa, anunciando a Grossvatertanz – dança
vigorosa com sentido folclórico alemão do XVII
século que tradicionalmente é tocada nos finais de
bailes.
6. Cena: início do encantamento. Os convidados
retiram-se. Logo que tudo se acalma, Clara retorna
para o salão para ver seu quebra nozes. à meia
noite soa o relógio, e quando Clara observa o
relógio, vê o velho Drosselmeyer. Assustada corre
para todos os cantos. Neste momento a árvore de
Natal aumenta de tamanho misteriosamente e o
soldado de pano surge na sala em tamanho natural,
se reanimando, desfila pela sala.
7. Cena: a batalha entre o quebra-nozes e o rei dos
ratos. Pequenos ratos aparecem sobre a forma de
um exército para se digladiarem com os soldados de
pano, Clara surpresa e assustada, pula em cima de
uma cadeira da onde assiste uma verdadeira
batalha entre os ratos liderados pelo seu rei e os
soldadinhos de chumbo de Fritz liderados pelo
Quebra-Nozes. Os ratos, mais numerosos, estavam
ganhando a luta e quando o rei, aproveitando uma
queda do boneco aproxima-se para matá-lo, Clara
sai de onde está e atira sua sapatilha de ballet em
cima dele. Surpreendidos por este ataque, os
animais ficam confusos e começam a se retirar,
dando a vitória aos soldados.
O segundo quadro compreende duas partes que se
apresentam sem interrupção:
8. Cena: na floresta de Pinus (viagem pela neve).
Clara e seu Príncipe viajam para Konfitürenburg, o
reino das guloseimas, guiado a través da floresta de
Pinus, coberta de neve, e por Gnomos empunhando
tochas que os cercam constantemente.
9. Valsa dos flocos. O Rei e a Rainha dos Flocos de
Neve recebem Clara e o Príncipe com uma dança –
com diversos motivos – sobre uma passagem de
valsa, a mais simples mas também muito bem
elaborada, Tchaikowsky adiciona um coro feminino
que vocaliza reforçando o suntuoso
acompanhamento orquestral.
ATO II
Tem por cenário o reino de guloseimas sendo um
longo quadro. A grandiosidade honra a Clara no
Castelo Mágico. É composto por seis cenas, sendo
que o divertimento também é dividido em outras
seis partes.
10. O catelo mágico. Clara e seu Príncipe vem ao
castelo mágico situado sobre o Mont Bonbon no
Royaume des Friandises. Abrem-se as portas e são
acolhidos por Fee Bonbon em sua suíte.
11. Clara e o Príncipe. Na grande sala do Castelo
Mágico, iluminado por lanternas, o Príncipe conta a
aventura que o levou a salvar Clara. Todos
participam de um banquete e o espetáculo
oferecido a Clara. O som magnífico das flautas
contribuem para propiciar á orquestração desta
cena um colorido extraordinário.
12. Divertimento. Inicia-se por uma seqüência de
danças de caráter, executadas principalmente em
diversos estilos nacionalistas que são
representadas.
*Chocolate: dança espanhola. Um bolero estilizado
destacando-se um solo de trompete e castanholas.
* Café: dança árabe. Aqui foi incorporada uma
canção folclórica da Geórgia pontuada de acentos
originais no tamborim, propiciando ao trecho um
aspecto misterioso.
* Chá: dança chinesa. É uma das passagens mais
curtas, mas também uma das mais belas por seu
colorido, graças ao metal da flauta e ao
acompanhamento galopante.
* Trepak. O tema desta dança russa, interpretada
por três bastões de açúcar de cevada e tocada por
toda a orquestra.
* Dança das flautas. Dança pastoral executada por
três pastorinhas de patê de amêndoas,
representada cada uma por uma flauta.
* Mãe Gigogne e os palhaços. Um episódio cômico
colocando em cena uma “vieille femme qui habitait
dans un soulier” (uma velha senhora que morava
num sapato) foi colocado ao final do divertimento.
No início Mère Gigogne é rodeada de palhaços
dando cambalhotas. Na sessão central, a melodia é
tirada de uma canção infantil francesa – Cadet
Rousselle – as crianças saem de quatro debaixo do
grande vestido e interpretam sua própria dança,
voltando a se esconder, e os palhaços encerram a
seqüência numa grande alegria.
13. Valsa das flores. É uma das mais magníficas
valsas escritas por Tchaikowsky. É executada por
membros da suíte de Fée Bonbon em homenagem a
Clara.
14. PAS DE DEUX. No estilo do ballet clássico, este
episódio divide-se em quatro partes:
* Dança do Príncipe e da Fada confeitada.
* Variation I: Tarantelle. Dança solo do Príncipe.
* Variation II: Dança da Fada confeitada) Aqui se
ouve o famoso solo de Celesta, trecho escrito
também para instrumentos de sopro, onde se ouve
o Clarinete baixo de forma original.
* Coda. Dançada pelos dois partenaires.
15. Última valsa e apoteose. O adeus afetuoso a
Clara por parte de toda a companhia. Quando a
valsa chega ao seu ápice, ouve-se a música do
Castelo Mágico do início do segundo ato. A Fée
Bonbon convida a todos para um último gesto de
homenagens e de adeus.

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