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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CAMPUS PRAÇA XI

ENGENHARIA ELÉTRICA

CONSUMO INTELIGENTE

ANDERSON ANTONIO DE MENDONÇA RODRIGUES

ELOI LIMA DA SILVA

LEONARDO ALEXANDRE VIEIRA

RIO DE JANEIRO

2013
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CAMPUS PRAÇA XI

ENGENHARIA ELÉTRICA

ANDERSON ANTONIO DE MENDONÇA RODRIGUES

ELOI LIMA DA SILVA

LEONARDO ALEXANDRE VIEIRA

CONSUMO INTELIGENTE

Trabalho de conclusão do curso apresentada ao


Programa de Graduação em Engenharia Elétrica da
Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial
para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.

Mestre André Sarmento – Orientador

RIO DE JANEIRO

2013
R696c Rodrigues, Anderson Antonio de Mendonça
Consumo inteligente. / Anderson Antonio de
Mendonça Rodrigues; Eloi Lima da Silva; Leonardo
Alexandre Vieira. Rio de Janeiro, 2013.
59 f. ; il.

Monografia (Curso Engenharia Elétrica) -


Universidade Estácio de Sá, 2013.

1. Engenharia Elétrica. 2. Arduino 3. Sensor de


corrente I. Silva, Eloi Lima da. II. Vieira, Leonardo
Alexandre. III. Título

CDD 621.3
CONSUMO INTELIGENTE

ANDERSON ANTONIO DE MENDONÇA RODRIGUES

ELOI LIMA DA SILVA

LEONARDO ALEXANDRE VIEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso submetido


ao Curso de Graduação em Engenharia
Elétrica da Universidade Estácio de Sá como
requisito parcial para obtenção do Bacharel
em Engenharia Elétrica.

RIO DE JANEIRO, 23 DE NOVEMBRO DE 2013.

Banca Examinadora:

___________________________________________________
MsC em Engenharia de Computação. André Sarmento – Orientador
Universidade Estácio de Sá

MsC em Tecnologia. Gilberto Rufino de Santana


Universidade Estácio de Sá

MsC em Engenharia Elétrica. Gibson Maria Diniz Navas


Universidade Estácio de Sá
Dedicamos este trabalho aos nossos pais,
irmãos, familiares e amigos, com todo
amor, pelo exemplo de vida, por nos
incentivar aos estudos, financiar, apoiar,
ouvir angústias e estar sempre presente.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos nossos familiares, que são o principal motivo pelo qual
estarmos aqui hoje apresentando este trabalho, como pelo esforço que fizeram para
realização deste sonho.

Ao nosso orientador Prof. André Sarmento pela sua contribuição direta na


elaboração e desenvolvimento deste trabalho e por todo o conhecimento que nos foi
repassado.

Ao professor Gilberto Rufino de Santana pelas observações pontuais,


paciência e compreensão aos eventuais atrasos que surgiram no percurso.

A todos os professores, com os quais nos ensinaram a aprender, que


estiveram presentes nessa grande jornada, tornando nossos caminhos mais fáceis ou
mais difíceis, porém igualmente importante para o crescimento pessoal, profissional e
de caráter.

Aos nossos amigos de Faculdade, por todos os bons momentos e experiências


de vida que tivemos e todos os maus momentos que superamos juntos também.

A Universidade Estácio de Sá (UNESA) que por tantos anos nos forneceu


estrutura de qualidade, educação de alto nível e formação profissional e pessoal,
tornando-se praticamente nosso segundo lar.

E finalmente a todos os outros que não listamos, mas que de uma forma ou de
outra, nos ajudaram a chegar até aqui. Muito obrigado.
RESUMO

Este trabalho visa dar meios para que seja possível realizar um controle de

consumo de energia elétrica, dividindo por áreas e sinalizando por meio de interface

gráfica as áreas de maior consumo, utilizando um micro controlador muito comum no

mercado o arduino, sensores de correntes e comunicação sem fio. Isto é muito útil para

indústrias que são penalizadas por ultrapassarem a demanda contratada com a

empresa fornecedora de energia elétrica.

Palavras chave: arduíno, sensor de corrente, comunicação sem fio, demanda

contratada.
ABSTRACT

This project is for help to save more energy, It will controls consumes of energy

showing in realtime how much is spend, to give you ways of reduce or cut unecessary

devices. This is usefull for industry and small business. And is easy to implement, cheap

because uses arduino.

Keywords: arduíno, current sensor, wireless communication, contracted


demand.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................12

1.1 PROBLEMAS DE PESQUISA......................................................................................13

1.2 QUESTÕES DE PESQUISA.........................................................................................13

2 SMART GRID..............................................................................................................14

2.1 FUNCIONAMENTO..................................................................................................14

2.2 IDEOLOGIA DO SMART GRID E IMPLEMENTAÇÃO NA SOCIEDADE................15

2.3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NO SISTEMA SMART GRID............................16

3 OBJETIVOS .............................................................................................................................18

3.1 GERAL .................................................................................................................... 18

3.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 18

4 JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMAR ....................................................................18

4.1 PRESSUPOSTOS ...................................................................................................................19

5 ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................................................. 20

5.1 ARDUÍNO................................................................................................................ 20

5.1.1 FONTE DE ALIMENTAÇÃO................................................................................ 22

5.1.2 NÚCLEO CPU..................................................................................................... 22

5.1.3 ENTRADAS E SAÍDAS ...................................................................................... 23

5.1.3.1 ENTRADAS DIGITAIS .................................................................................... 24

5.1.3.2 ENTRADAS ANALÓGICAS...............................................................................25

5.1.3.3 SAÍDAS DIGITAIS.............................................................................................25

5.1.4 PINOS COM FUNÇÕES ESPECIAIS .................................................................25

5.1.5 FIRMWARE..........................................................................................................27
5.2 SENSOR DE CORRENTE .....................................................................................27

5.2.1 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS ......................................................................27

5.2.2 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS......................................................................28

5.3 COMUNICAÇÃO SEM FIO.....................................................................................29

5.3.1 CARACTERÍSTICAS ..........................................................................................30

5.4 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL....................................................................31

5.5 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO.......................................................................33

5.5.1 LABVIEW.............................................................................................................35

5.5.1.1 METODOLOGIA DE PROGRAMAÇÃO............................................................36

6 PROJETO..................................................................................................................38

6.1 TRANSFORMADOR DE CORRENTE....................................................................39

6.1.2 CÁLCULOS DE ANÁLISE....................................................................................40

6.2 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL....................................................................40

6.2.1 CÁLCULOS DE ANÁLISE....................................................................................40

6.3 PLACA DE COMUNICAÇÃO DE DADOS .............................................................42

6.4 PLACA DE COMUNICAÇÃO WIRELESS...............................................................43

6.5 MONTAGEM PRÁTICA...........................................................................................45

6.6 SISTEMA SUPERVISÓRIO.....................................................................................46

6.6.1 DADOS SERIAIS..................................................................................................46

6.6.2 AMOSTRAGEM DAS GRANDEZAS ELÉTRICAS...............................................47

6.6.3 MONITORAMENTO DO CONSUMO EM REAIS.................................................48

6.6.4 QUER "PAGAR QUANTO"...................................................................................49

6.6.5 MONITORAMENTO DE CARGAS NÃO ESSENCIAIS........................................50


6.6.6 TEMPO E DATA - BANCO DE DADOS...............................................................51

6.6.7 GRÁFICO DE CONSUMO POR TEMPO.............................................................52

6.7 PROTÓTIPO EM FUNCIONAMENTO ...................................................................53

7 CUSTO DO PROJETO...............................................................................................54

8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.....................................................................55

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................56

APÊNDICES
APÊNDICE A – PROGRAMAÇÃO DO TRANSMISSOR (Arduino de Campo)..............57

APÊNDICE B – PROGRAMAÇÃO DO RECEPTOR (Arduino mestre)..........................58


12

1 INTRODUÇÃO

O surgimento da eletricidade foi uma das maiores invenções do homem. Com


ela, foi possível produzir mais, viver melhor e ainda proporcionar uma aceleração na
evolução de invenções. A internet, por exemplo, é um meio de transmissão baseada na
transmissão de energia elétrica, composta por encaminhamento via cabo,
proporcionando a comunicação de dados ao invés de transmissão de energia elétrica.

O sociólogo Manuel Castells em seu livro Galáxia da Internet, traça uma


analogia interessante entre internet e eletricidade, pois para ele “a tecnologia da
informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em razão de sua
capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade
humana”. Contudo, as formas de distribuição da Internet evoluíram muito, o que não
aconteceu com os métodos de distribuição da energia elétrica.

A maneira como a distribuição de energia é feita é arcaica na visão de muitos


especialistas, dependemos muito de uma única fonte geradora e, caso ela falhe, toda
rede fica sem abastecimento. Além disso, o formato de medição do consumo nem
sempre é justo com o consumidor final, já que com medidores defasados – analógicos –
e um batalhão de pessoas passando de casa em casa para a coleta de dados, a
probabilidade de erros é grande.

Por isso, há uma proposta mundial de criação de uma rede de energia


inteligente, também conhecida como Smart Grid, uma ideia para melhorar o consumo
de energia.

Por meio de um site ou software, você pode acompanhar diariamente o gasto


energético do seu eletrodoméstico e saber com precisão, quanto vai custar a fatura de
energia no fim do mês. Até os carros podem servir como provedores de energia, pois
em momentos em que o custo por KW for mais alto, a energia armazenada nas baterias
do veículo pode servir como fonte de eletricidade para sua casa.
13

Hoje um dos maiores desafios é o gerenciamento, quer seja na área financeira


ou no processo de alguma etapa. Qualquer controle na sua maioria visa evitar o
desperdício, acarretando em cortes de gastos desnecessários. Com controle podemos
adequar o uso, cortar excessos e gerenciar nossos processos.

Um sistema inteligente de controle de energia pode mudar fundamentalmente o


modo como às pessoas pagam e controlam a eletricidade que utilizam. Na teoria, a
tecnologia pode ajudar a reduzir a demanda, poupar dinheiro e aumentar
a confiabilidade e a eficiência.

1.1 Problemas de pesquisa

Elaborar um projeto onde obtenha-se um custo x benefício acessível para que


se possa implementar um controle de consumo, e que este forneça medidas confiáveis
ao consumidor final.

1.2 Questões de pesquisa

As questões de pesquisa que norteiam este estudo são as seguintes:

a) Qual a importância de manter um controle da energia consumida?

b) É possível saber de forma exata o quanto será pago de energia para a

empresa fornecedora de energia?


14

2 SMART GRID

Smart grid ou rede inteligente, em termos gerais é a aplicação de tecnologia da


informação para o sistema elétrico de potência (SEP), integrada aos sistemas de
comunicação e infraestrutura de rede automatizada. Especificamente, envolve a
instalação de sensores nas linhas da rede de energia elétrica, o estabelecimento de um
sistema de comunicação confiável em duas vias com ampla cobertura com os diversos
dispositivos e automação dos ativos. Esses sensores são embutidos com chips que
detectam informações sobre a operação e desempenho da rede - parâmetros, tais
como tensão e corrente. Os sensores, então, analisam essas informações para
determinar o que é significativo - por exemplo, está com tensão muito alta ou muito
baixa.
.

2.1 Funcionamento

Quando os sensores detectam informações significativas ocorre a comunicação


dos dados de volta para um sistema analítico central, que geralmente é um sistema de
software. Esse sistema irá analisar os dados e determinar o que está errado e o que
deve ser feito para melhorar o desempenho da rede. Por exemplo, num caso em que
temos tensão muito alta, o software detecta o nível de tensão e irá instruir um dos
dispositivos já instalados na rede para reduzir a tensão, economizando assim a energia
gerada e contribuindo para reduzir as emissões de carbono.
15

2.2 Ideologia do SMART GRID e implementação na sociedade

A lógica Smart Grid está ligada a palavra: INTELIGÊNCIA. As novas redes


serão por princípio automatizado, inteligente o suficiente para trocarem dados entre si
interligados ao sistema elétrico de potência, monitorando o consumo de energia em
tempo real.

Figura 2.1 – Distribuição da rede elétrica nos dias de hoje.


16

Figura 2.2 – Distribuição da rede elétrica com Smart Grid.

2.3 Implementação do projeto no sistema SMART GRID

O projeto de nome “Consumo Inteligente” vem a acrescentar no controle de


Smart Grid, visto que o mesmo possui comunicação externa (Serial), podendo transmitir
os dados colhidos de determinado local consumidor de energia elétrica ao sistema
gerenciador, tanto local quanto remoto (necessitando de hardware para comunicação
via internet ou via sinal em sistema elétrico de potência). Desta forma o sistema Smart
Grid consegue ter um controle micro ao invés de apenas macro, residências podem ser
acopladas com o protótipo apresentado no projeto, pois o mesmo é de fácil
implementação residencial e de baixo custo. Desta forma, o cliente tem consciência dos
valores que está pagando e pode se monitorar nesse aspecto contando com a forma
autônoma de controle do sistema para desligar cargas não essenciais ou mesmo
informar o cliente do valor estipulado pelo mesmo para consumo mensal.
17

Os benefícios desta implementação tem a acrescentar na consciência de


consumo excessivo de energia, interligado ao Smart Grid, pode informar a real energia
consumida pelo cliente a Concessionária (necessitando sofrer alterações de segurança
física no equipamento para não acesso ao hardware do mesmo) evitando roubo de
energia elétrica indevido e pode servir de informativo pela Concessionária para avisos
de redução do consumo de energia em virtude de baixa estocagem de água nas
represas e excesso de consumo em subestações, solicitando colaboração dos clientes
para redução de consumo.
18

3 OBJETIVOS

A seguir enunciam-se os objetivos geral e específicos de pesquisa.

3.1 Geral

a) Investigar o consumo e custo da energia elétrica

b) Estudar metodologia inteligente de gerenciamento de controle de consumo

c) Otimizar custos.

d) Precisão na medição do consumo de energia.

3.2 Específicos

a) Contestação da medição fornecida pela empresa fornecedora de energia;

b) Controle das áreas de maior consumo;

c) Identificar os desperdícios.

d) Agilidade no atendimento para interrupção de energia.


19

4 JUSTIFICATIVA PARA ESTUDO DO TEMA

Visamos nesse tema a busca de nos integramos com a implantação das


tecnologias de consumo inteligente (Smart Grid) que está em crescente estudo e
desenvolvimento no mercado brasileiro e que, dentro de alguns anos, será uma rica
fonte de empregos.

Um dos maiores gastos na industria, residências, comércios e afins é o


consumo de energia elétrca, isto pode ser fator limitante para o funcionamento ou
expansão destes estabelecimentos.

Buscamos desenvolver um sistema de análise do consumo de energia que


permita ao usuário interagir com o sistema de forma que o mesmo lhe auxiliei na gestão
de seu consumo de energia, proporcionando redução de custo.

4.1 Pressupostos

Baseado nas medições realizadas pela empresa fornecedora de energia


elétrica a conta a ser paga é composta. Pressupõem-se que as medições estão
corretas, baseado em que poderíamos contestar a conta cobrada ? Qual instrumento
possuímos para tal atividade ?
20

5 ESTRUTURA DO TRABALHO

A seguir serão evidenciados os componentes e a estrutura deste projeto.

5.1 Arduino

O Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica open-source que se


baseia em hardware e software flexíveis e fáceis de usar. É destinado a artistas,
designers, hobbistas e qualquer pessoa interessada em criar objetos ou ambientes
interativos.
O Arduino pode sentir o estado do ambiente que o cerca por meio da recepção
de sinais de sensores e pode interagir com os seus arredores, controlando luzes,
motores e outros atuadores. O microcontrolador na placa é programado com a
linguagem de programação Arduino, baseada na linguagem Wiring, e o ambiente de
desenvolvimento Arduino, baseado no ambiente Processing. Os projetos desenvolvidos
com o Arduino podem ser autônomos ou podem comunicar-se com um computador
para a realização da tarefa, com uso de software específico (ex: Flash, Processing,
MaxMSP).
As placas podem ser construídas de forma caseira (manualmente) ou
adquiridas já montadas e o software podem ser baixados gratuitamente. O projeto do
hardware (arquivos de CAD) está disponível sob licença open-source e você é livre para
adaptá-lo para as suas necessidades.
21

Figura 5.1 – Arquitetura do arduino.

Figura 5.2 – Blocos do Arduíno.


22

5.1.1 Fonte de Alimentação

Responsável por receber a energia de alimentação externa, que pode ter uma
tensão de no mínimo 7 Volts e no máximo 35 Volts e uma corrente mínima de 300mA. A
fonte filtra e depois regula a tensão de entrada para duas saídas: 5 Volts e 3,3 Volts. O
requisito deste bloco é entregar as tensões de 5 e 3,3 Volts para que a CPU e os
demais circuitos funcionem.

5.1.2 Núcleo CPU

O núcleo de processamento de uma placa Arduino é um micro controlador, uma


CPU, um computador completo, com memória RAM, memória de programa (ROM),
uma unidade de processamento de aritmética e os dispositivos de entrada e saída.
Tudo em um chip só. E é esse chip que possui todo hardware para obter dados
externos, processar esses dados e devolver para o mundo externo.
Os desenvolvedores do Arduino optaram em usar a linha de micro
controladores da empresa ATMEL. A linha utilizada é a ATMega. Existem placas
Arduino oficiais com diversos modelos desta linha, mas os mais comuns são as placas
com os chips ATMega8, ATMega162 e ATMega328p. Esses modelos diferem na
quantidade de memória de programa (ROM) e na configuração dos módulos de entrada
e saída disponíveis.
23

5.1.3 Entradas e Saídas

Comentamos acima que basicamente toda eletrônica ativa está dentro do chip
micro controlador. Para entender o que seria essa eletrônica, vamos considerar o chip
mais simples usado no Arduino: o ATMega8.

Figura 5.3 – Micro controlador ATMega 8.

O chip acima possui 28 pinos de conexões elétricas, 14 de cada lado. É através


desses pinos que podemos acessar as funções do micro controlador, enviar dados para
dentro de sua memória e acionar dispositivos externos.
No Arduino, os 28 pinos deste micro controlador são divididos da seguinte
maneira:
 14 pinos digitais de entrada ou saída (programáveis);
 Pinos de entrada analógica ou entrada/saída digital (programáveis);
 Pinos de alimentação (gnd, 5V, ref analógica);
 1 pino de reset;
 2 pinos para conectar o cristal oscilador.
24

Os dois primeiros itens da lista são os pinos úteis, disponíveis para o usuário
utilizar. Através destes pinos que o Arduino é acoplado à eletrônica externa. Entre os 14
pinos de entrada/saída digitais têm dois pinos que correspondem ao módulo de
comunicação serial USART. Esse módulo permite comunicação entre um computador
(por exemplo) e o chip.
Todos os pinos digitais e os analógicos possuem mais de uma função. Os pinos
podem ser de entrada ou de saída, alguns podem servir para leituras analógicas e
também como entrada digital. As funções são escolhidas pelo programador, quando
escreve um programa para a sua placa.
Na placa do Arduino, os pinos úteis do micro controlador são expostos ao
usuário através de conectores fêmea, onde podem ser encaixados conectores para
construir o circuito externo à placa do Arduino.

5.1.3.1 Entradas Digitais

No total temos disponíveis 20 pinos que podem ser utilizados como entradas
digitais. Os 14 pinos digitais mais os 6 pinos analógicos, podem ser programados para
serem entradas digitais. Quando um pino é programado para funcionar como entrada
digital, através do programa que escrevemos colocamos um comando que ao ser
executado efetua a "leitura" da tensão aplicada ao pino que está sendo lido. Então,
após a execução deste comando, sabemos se o pino encontra-se em um estado "alto"
ou "baixo".
Na prática, o programa pode saber se um pino está alimentado com 0 (zero) ou
5 Volts. Essa função é utilizada geralmente para identificar se um botão está
pressionado, ou um sensor está "sentindo" alguma coisa no mundo externo.
Note que a função de entrada digital apenas entrega 0 ou 1, sem tensão ou
com tensão. Não é possível saber quanta tensão está sendo aplicada no pino. Para
isso usamos as entradas analógicas.
25

5.1.3.2 Entradas Analógicas

Temos disponíveis no Arduino Uno 6 entradas analógicas. Ao contrário de uma


entrada digital, que nos informa apenas se existe ou não uma tensão aplicada em seu
pino, a entrada analógica é capaz de medir a tensão aplicada. Através da entrada
analógica, conseguimos utilizar sensores que convertem alguma grandeza física em um
valor de tensão que depois é lido pela entrada analógica.

5.1.3.3 Saídas Digitais

Com uma saída digital podemos fazer com que um pino libere 0 volts ou 5 volts.
Com um pino programado como saída digital, podemos acender um led, ligar um relé,
acionar um motor, dentre diversas outras coisas. Podemos programar o Arduino para
no máximo 20 saídas digitais, porém podemos utilizar um ou mais pinos para controlar
um bloco de pinos.

5.1.4 Pinos com funções especiais

Existem pinos do Arduino que possuem características especiais, que podem


ser usadas efetuando as configurações adequadas através da programação. São eles:

PWM: Tratado como saída analógica, na verdade é uma saída digital que gera
um sinal alternado (0 e 1) onde o tempo que o pino fica em nível 1 (ligado) é controlado.
É usado para controlar velocidade de motores, ou gerar tensões com valores
controlados pelo programa. Pinos 3, 5, 6, 9, 10 e 11.
26

Porta Serial USART: Podemos usar um pino para transmitir e um pino para
receber dados no formato serial assíncrono (USART). Podemos conectar um módulo de
transmissão de dados via bluetooth por exemplo e nos comunicarmos com o Arduino
remotamente. Pinos 0 (rx recebe dados) e pino 1 (tx envia dados).

Comparador analógico: Podemos usar dois pinos para comparar duas tensões
externas, sem precisar fazer um programa que leia essas tensões e as compare. Essa
é uma forma muito rápida de comparar tensões e é feita pelo hardware sem envolver
programação. Pinos 6 e 7.
Interrupção Externa: Podemos programar um pino para avisar o software sobre
alguma mudança em seu estado. Podemos ligar um botão a esse pino, por exemplo, e
cada vez que alguém pressiona esse botão o programa rodando dentro da placa é
desviado para um bloco que você escolheu. Usado para detectar eventos externos à
placa. Pinos 2 e 3.
Porta SPI: É um padrão de comunicação serial Síncrono, bem mais rápido que
a USART. É nessa porta que conectamos cartões de memória (SD) e muitas outras
coisas. Pinos 10 (SS), 11 (MOSI), 12 (MISO) e 13 (SCK).
27

5.1.5 Firmware

É simplesmente um software que é carregado dentro da memória do micro


controlador. Tecnicamente o firmware é a combinação de uma memória ROM, somente
para leitura, e um programa que fica gravado neste tipo de memória. E esse é o caso
do micro controlador que a placa Arduino usa.

5.2 Sensor de Corrente

Transformador de corrente não-invasivo, adequado para o monitoramento de


medição de corrente, proteção CA, equipamentos de iluminação e outros.

5.2.1 Características elétricas

• Corrente Nominal de Entrada: 60A/100A

• Força Dielétrica: 6000V AC/minute

• Variação da temperatura de operação entre -25°C e 70°C


28

5.2.2 Características mecânicas:

• Material Externo: Plástico

• Núcleo: Ferrite

• Abertura: 13x13mm

• Ligação de Saída: 3,5mm

• Comprimento do cabo: 1m/39,4"

• Tamanho Total: 5,7x3,2x2,1cm/2,2x1,3x0,8 (Comp.xLarg.xAlt.)

• Peso: 76g

Figura 5.4: Transformador de corrente não invasivo SCT-013-000


29

5.3 Comunicação sem fio

Com dois ou mais Arduinos é capaz de se comunicar sem fio a uma distância
considerável e com muitas possibilidades:

 Sensores remotos de temperatura, pressão, alarmes e muito mais;


 Controle do robô e monitoramento a partir de 50 pés até 2.000 pés de distância;
 Controle remoto e monitoramento de prédios próximos ou bairros;
 Veículos autônomos de todos os tipos;
 Capacidade de até 126 canais.

5.3.1 Características:

 Velocidade de operação de até 2Mbps, podendo ser empregados inclusive em

aplicações VoIP de alta qualidade;

 Taxas de transmissão selecionáveis entre 2Mbps, 1Mbps ou 250Kbps over the

air;

 Baixo consumo, com tensão de alimentação de 1,9 a 3,6V e corrente em modo

Power Down de apenas 1uA sendo ideal para dispositivos que operam com

baterias;

 Regulador de tensão integrado;

 Antena de 2,4GHz onboard;

 Cristal não crítico, com tolerância de +/- 60 PPM;

 Modulação GFSK de alta eficiência;


30

 Habilidade anti-interferência;

 Particularmente adequado para aplicações de controle industrial;

 125 canais, com capacidade de comunicação multiponto e frequency hopping

permitindo conexões bastante confiáveis;

 Controle de erros CRC por hardware;

 Tecnologia ShockBurst™ com acelerador de protocolo por hardware, liberando o

microcontrolador para tarefas mais importantes;

 Comunicação multiponto com controle de endereçamento;

 Software disponível para configurar os endereços, gerando interrupções apenas

para dados recebidos dentro de uma mesma rede;

 Pode ser conectado a uma grande variedade de microcontroladores com

programação muito simples;

 Alcance de até 100m em linha de visada.

Figura 5.5: Placa de comunicação Wireless Nordic nRF24L01.


31

5.4 Transformador de Potencial

É um equipamento usado principalmente para sistemas de medição de tensão


elétrica, sendo capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a
máxima suportável pelos instrumentos de medição.
Sua principal aplicação é na medição de tensões com valores elevados, ou
seja, em seu circuito primário (entrada) é conectada a tensão a ser medida, sendo que
no secundário (saída) será reproduzida uma tensão reduzida e diretamente
proporcional a do primário. Assim, com menor custo e maior segurança, pode-se
conectar o instrumento de medição (voltímetro)no secundário.
A razão (divisão) entre a tensão no primário sobre a tensão apresentada no
secundário de qualquer transformador é uma constante chamada de relação de
transformação (RT). A RT é determinada na fabricação do TP pela razão entre o
número de espiras do enrolamento primario sobre o número de espiras do enrolamento
secundário, assim conhecendo-se a RT e a tensão no circuito secundário, tem-se o
valor da tensão no circuito primário.
32

Os TPs podem ser considerados especiais, pois são fabricados de forma a


apresentar uma RT com ótima exatidão, ou seja, uma pequena variação na tensão do
primário causará uma variação proporcional também no secundário, permitindo assim
que indicação no voltímetro apresente uma incerteza de medição muito pequena. A
tensão reduzida do circuito secundário do TP também é usada para alimentar, de forma
igualmente segura, os circuitos de proteção e controle de subestações.
Transformadores ou trafos são dispositivos elétricos que têm a finalidade de
isolar um circuito, elevar ou diminuir uma tensão.
Servem também para casar impedância entre diferentes circuitos ou como parte
de filtros em circuitos de rádio frequência.

Figura 5.6 - Transformador 110/220VCA – 9VCA 400mA de saída máxima.


33

5.5 Linguagem de programação

Uma linguagem de programação é um método padronizado para comunicar


instruções para um computador. É um conjunto de regras sintáticas e semânticas
usadas para definir um programa de computador. Permite que um programador
especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes
dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas sob
várias circunstâncias. Linguagens de programação podem ser usadas para expressar
algoritmos com precisão.

O conjunto de palavras (lexemas classificados em tokens), compostos de


acordo com essas regras, constituem o código fonte de um software. Esse código fonte
é depois traduzido para código de máquina, que é executado pelo processador.

Uma das principais metas das linguagens de programação é permitir que


programadores tenham uma maior produtividade, permitindo expressar suas intenções
mais facilmente do que quando comparado com a linguagem que um computador
entende nativamente (código de máquina). Assim, linguagens de programação são
projetadas para adotar uma sintaxe de nível mais alto, que pode ser mais facilmente
entendida por programadores humanos. Linguagens de programação são ferramentas
importantes para que programadores e engenheiros de software possam escrever
programas mais organizados e com maior rapidez.
34

Linguagens de programação também tornam os programas menos


dependentes de computadores ou ambientes computacionais específicos (propriedade
chamada de portabilidade ). Isto acontece porque programas escritos em linguagens de
programação são traduzidos para o código de máquina do computador no qual será
executado em vez de ser diretamente executado. Uma meta ambiciosa do Fortran, uma
das primeiras linguagens de programação, era esta independência da máquina onde
seria executada.

Uma linguagem de programação pode ser convertida, ou traduzida, em código


de máquina por compilação ou interpretada por um processo denominado
interpretação. Em ambas ocorre a tradução do código fonte para código de máquina.

Se o método utilizado traduz todo o texto do programa (também chamado de


código), para só depois executar o programa, então diz-se que o programa foi
compilado e que o mecanismo utilizado para a tradução é um compilador (que por sua
vez nada mais é do que um programa). A versão compilada do programa tipicamente é
armazenada, de forma que o programa pode ser executado um número indefinido de
vezes sem que seja necessária nova compilação, o que compensa o tempo gasto na
compilação. Isso acontece com linguagens como Pascal e C.

Se o texto do programa é executado à medida que vai sendo traduzido, como


em JavaScript, BASIC, Python ou Perl, num processo de tradução de trechos seguidos
de sua execução imediata, então diz-se que o programa foi interpretado e que o
mecanismo utilizado para a tradução é um interpretador. Programas interpretados são
geralmente mais lentos do que os compilados, mas são também geralmente mais
flexíveis, já que podem interagir com o ambiente mais facilmente.
35

Embora haja essa distinção entre linguagens interpretadas e compiladas, as


coisas nem sempre são tão simples. Há linguagens compiladas para um código de
máquina de uma máquina virtual (sendo esta máquina virtual apenas mais um software,
que emula a máquina virtual sendo executado em uma máquina real), como Java
(compila para a plataforma Java) e C♯ (compila para a plataforma CLI). E também há
outras formas de interpretar em que os códigos fontes, ao invés de serem interpretados
linha-a-linha, têm blocos "compilados" para a memória, de acordo com as
necessidades, o que aumenta a performance dos programas quando os mesmos
módulos são chamados várias vezes, técnica esta conhecida como JIT.

Como exemplo, podemos citar a linguagem Java. Nela, um compilador traduz o


código java para o código intermediário (e portável) da JVM. As JVMs originais
interpretavam esse código, de acordo com o código de máquina do computador
hospedeiro, porém atualmente elas compilam, segundo a técnica JIT o código JVM
para código hospedeiro.

5.5.1 LABVIEW

A linguagem de programação utilizada para este projeto foi o Labview. Abaixo


algumas características do sistema.

O LabVIEW (Laboratory Virtual Instrument Engineering Workbench) é uma


linguagem de programação gráfica originária da National Instruments. A primeira versão
surgiu em 1986 para o Macintosh e atualmente existem também ambientes de
desenvolvimento integrados para os Sistemas Operacionais Windows, Linux e Solaris.
36

Os principais campos de aplicação do LabVIEW são a realização de medições


e a automação. A programação é feita de acordo com o modelo de fluxo de dados, o
que oferece a esta linguagem vantagens para a aquisição de dados e para a sua
manipulação.

Os programas em LabVIEW são chamados de instrumentos virtuais ou,


simplesmente, IVs. São compostos pelo painel frontal, que contém a interface, e pelo
diagrama de blocos, que contém o código gráfico do programa. O programa não é
processado por um interpretador, mas sim compilado. Deste modo a sua performance é
comparável à exibida pelas linguagens de programação de alto nível. A linguagem
gráfica do LabVIEW é chamada "G".

5.5.1.1 Metodologia de programação

Os blocos de funções são designados por instrumentos virtuais. Isto é assim


porque, em princípio, cada programa (Sub-IV) pode ser usado como sub-programa por
qualquer outro ou pode, simplesmente, ser executado isoladamente. Devido à utilização
do modelo do fluxo de dados, as chamadas recursivas não são possíveis, podendo-se,
no entanto, conseguir esse efeito pela aplicação de algum esforço extra.

O programador liga IVs com linhas (arames) de ligação e define, deste modo, o
fluxo de dados. Cada IV pode possuir entradas e/ou saídas. A execução de um IV
começa quando todas as entradas estão disponíveis; os resultados do processamento
são então colocados nas saídas assim que a execução do sub-programa tenha
terminado. Desta forma, a ordem pela qual as tarefas são executadas é definida em
função dos dados. Uma ordem pré-definida (por exemplo, "da esquerda para a direita")
não existe.

Uma importante consequência destas regras é a facilidade com que podem ser
criados processos paralelos no LabVIEW. Os sub-IVs sem interdependência dos
respectivos dados são processados em paralelo.
37

Os sub-IVs que não possuem entradas são executados no início do programa.


Se o sub-IV não possuir saídas, os dados resultantes são ignorados ou, então, usados
pelo exterior: são escritos para o disco rígido ou para a rede, ou enviados para
impressão. Da mesma forma, um sub-IV sem entradas pode receber dados
provenientes de aparelhos periféricos ou pode gerar os seus próprios dados (um
exemplo é um gerador de números aleatórios).

Os sub-IVs podem estar interligados com muita complexidade. Muitas das


funções próprias do LabVIEW são, por sua vez, IVs normais, que podem ser
modificados pelo programador (o que não é recomendado). Todos os IVs se baseiam
numa série de funções básicas, chamadas "primitivas", que não podem ser modificadas
pelo programador (ao invés dos IVs.)

Muitos IVs e primitivas em LabVIEW são polimorfos, ou seja, a sua


funcionalidade adapta-se ao tipos de dado que recebem. Por exemplo, a função Build-
Array pode ser usada para a criação de quaisquer variáveis, ou seja, de strings, de
inteiros e também de arrays e de clusters. Também é possível ao programador construir
os seus próprios IVs polimorfos. No fundo, consistem de uma colecção de vários IVs
com diferentes tipos de dados, entradas e saídas.

Os dados podem ser ligadas ao Painel frontal através de manipuladores. Por


exemplo, a inserção de números pode ser dependente de um manípulo e uma variável
de saída booleana pode ser realizada por um LED colocado no painel.

O painel frontal do LabVIEW é um meio confortável para construir programas


com uma boa interface gráfica. O programador não necessita de escrever qualquer
linha de código. A apresentação gráfica dos processos aumenta a facilidade de leitura e
de utilização. Uma grande vantagem em relação às linguagens baseadas em texto é a
facilidade com que se cria componentes que se executam paralelamente. Em projetos
de grande dimensão é muito importante planejar a sua estrutura desde o início (como
acontece nas outras linguagens de programação).
38

6 PROJETO

Com a união dos componentes anteriormente apresentados, podemos


monitorar o consumo de uma determinada área através de amostragem de grandezas
elétricas como tensão, corrente, potência aparente, potência ativa e fator de potência.

Podemos também monitorar a potência real acumulada e o preço a ser pago.

Através destas amostragens podemos chegar a um ponto extremamente


importante que nos trasmite a idéia deste projeto em que o usuário pode colocar uma
estimativa de preço a ser alcançado no mês para pagamento a concessionária.

Este sistema pode ser programado para desligar cargas não essencias, como
medida de segurança, afim de que seja possível alçancar o valor determinado a ser
pago.

A seguir os passos para a implantação e criação do projeto.


39

6.1 Transformador de Corrente:

O transformador de corrente SCT-013-000 (máximo 100A primário), recebe a

corrente passante no campo primário, gerando em seu secundário uma corrente

induzida de escala 100:0,05A, sua taxa de erro é de 3% para mais ou para menos.

Figura 6.1 - Montagem do circuito para inserção de dados analógicos no Arduino.

Usado resistência de 100KΩ para realizar a divisão de tensão de alimentação


adquirida pelo Arduino.
O capacitor C1 tem uma baixa reatância 10UF - algumas centenas de ohms - e
oferece um caminho alternativo para a corrente alternada para ignorar o resistor.
40

6.1.1 Cálculos de análise:

1. Tensão de pico = 9V *square(2) = 12,726V

2. Divisor de Tensão = [100k/(100k+100k)]*5V = 2,5V

3. Divisor de Tensão entrada Arduino = [10k/(10k+100K)]*12,726 = 1,1569V

4. Tensão de entrada no Arduino = 2,5V + 1,54V = 3,6569V (Valor aceitável, visto

que o Arduino suporta até 5V em sua porta).

6.2 Transformador de Potencial:

Utilizamos um transformador genérico de potencial para reduzir a tensão


primária de entrada 127/220VCA, para a tensão secundária de 9VCA. A tensão primária
deve ser trocada manualmente através da chave de seleção.

Figura 6.2 – Coleta do transformador.


41

6.2.1 Cálculos de análise:

1. Tensão de pico = 9V *square(2) = 12,726V


2. Divisor de Tensão = [100k/(100k+100k)]*5V = 2,5V
3. Divisor de Tensão entrada Arduino = [10k/(10k+100K)]*12,726 = 1,1569V
4. Tensão de entrada no Arduino = 2,5V + 1,54V = 3,6569V (Valor aceitável, visto
que o Arduino suporta até 5V em sua porta)

Figura 6.3 – Montagem na Protoboard para testes iniciais (software Fritzing).


42

6.3 Placa de comunicação de dados

Figura 6.4 – Placa de coleta de dados(circuito impresso).


43

6.4 Placa de comunicação Wireless

A placa de comunicação Nordic nRF24L01 serve apenas para recepção dos


dados colhidos em campo. O mesmo pode receber dados de até 126 receptores de
campo para transferência de dados em supervisório.

Estes são um conjunto de módulos de 2.4 GHz rádio que são todos baseados
no Semiconductor nRF24L01 + chip de Nordic. (Detalhes) O Nordic nRF24L01 + integra
um transceiver completo 2.4GHz RF, sintetizador de RF, e da lógica baseband incluindo
o acelerador de hardware protocolo que apoia uma interface SPI de alta velocidade
para o controlador de aplicação ShockBurst avançado. No projeto, estamos usando
uma placa com curto alcance, de até 100m sem barreiras.

Figura 6.5 – Montagem do sistema de transmissão de RF.


44

Figura 6.6 - Arduino Receptor de dados.


45

6.5 Montagem prática

 Arduino de campo com Shield Protoboard para facilitar nas conexões;


 Transformador com base de madeira;
 Placa de circuito com bases plásticas para proteção do arduino;
 Fonte de computador usado para comportar os circuitos.

Figura 6.7 – Montagem física do protótpo em fonte de computador.


46

6.6 Sistema Supervisório

Em seguida exibiremos as partes pertinestes ao sistema supervisório criado


para genrenciar o sistema.

6.6.1 Dados seriais

1. VISA resource name -> Escolha da porta que receberá os dados;


2. Baud rate (9600) -> Informa a velocidade de transmissão de dados da porta
Serial;
3. Dados brutos -> entrada de todos os dados que vém pela porta Serial;
4. Serial Number of Bytes Port -> Números de bytes na porta Serial;
5. Botão STOP -> Para todo o programa supervisório, cortando a comunicação
Serial.

Figura 6.8 – Implementação de dados seriais.


47

6.6.2 Amostragem das grandezas elétricas

1. Tensão -> Informa a tensão adquirida de campo;


2. Corrente -> informa a corrente adquirida de campo;
3. Potência Ativa -> Informa a Potência Ativa adquirida através de cálculo do
microcontrolador de campo;
4. Potência Aparente -> informa a Potência Aparente através de cálculos do
microcontrolador de campo.
5. Fator de potência -> Resposta dos valores adquiridos de tensão e corrente.

Figura 6.9 – Amostragem das grandezas elétricas.


48

6.6.3 Monitoramento do consumo em Reais.

1. Preço por kWh -> Deve-se inserir o valor pago por KWh consumido;
2. Potência Real Acumulada -> Acumulador de KW lido por hora;
3. Preço Acumulado -> Informativo do valor acumulado em Reais.

Figura 6.10 – Monitoramento do consumo em Reais.


49

6.6.4 Quer “pagar quanto”

1. Insira o Preço que deseja Pagar -> Deve-se inserir o valor para monitorar a
conta de Energia Elétrica;
2. LED de Aviso -> Acende em caso de ultrapassagem do valor informado para ser
monitorado.

Figura 6.11 – Dados de ultrapassagem de demanda e “quanto deseja pagar”.


50

6.6.5 Monitoramento de cargas não essenciais

1. Ex. ILUM. CAMPO > O LED informa que esta carga encontra-se energizada e o
botão serve para desligar a carga através de transmissão Serial para os
dispositivos em campo, para redução do consumo de energia elétrica pela planta
industrial ou mesmo residencial.

Figura 6.12 – Monitoramento de cargas não essenciais.


51

6.6.6 Tempo e data – Banco de dados

1. Time -> Informa o tempo do sistema supervisório atual, no caso, o relógio do PC


onde está rodando o programa supervisório;
2. Data -> Da mesma forma que o tempo, a data também adquire informações
vindas do PC para demonstração em tela;
3. Tempo de Coleta de dados em (ms) -> Valor em milissegundos a ser colocado
para coleta de dados do sistema supervisório, contemplando tensão / corrente /
potência ativa / potência reativa / fator de potência;
4. Salvar dados -> Diretório onde serão salvos os dados adquiridos, juntamente
com o Time e Data. Deve-se criar um arquivo em branco.txt antes e depois
direcioná-lo para salvamento dos dados.

Figura 6.13 – Tempo e data ( banco de dados).


52

6.6.7 Gráfico de consumo por tempo

Este gráfico mostra a potência em Watts por segundo, nos dando uma visão
gráfica dos dados adquiridos.

Figura 6.14 – Análise gráfica P(W) x T(s).


53

6.7 Protótipo em funcionamento

Testes de colheta de dados e recepção.


Análise do delay e confiabilidade de transmissão.

Figura 6.15 – Consumo inteligente em funcionamento.


54

7 CUSTO DO PROJETO
55

8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

É possível através de recursos com preços acessíveis implementar uma


solução para empresas que desejam controlar e reduzir gastos com energia elétrica.
Quando aplicamos o controle em qualquer área de trabalho podemos, adequar
necessidades eliminar “gorduras” gastos desnecessários. A opção do arduino foi em
função dessa plataforma esta difundida no mercado. Entre outros poderíamos usar o
beaglebone porem o custo seria maior.
56

BIBLIOGRÁFIA

Medição de tensão e corrente e algoritmos de dados:

http://roysoala.wordpress.com/2012/04/20/energy-monitoring-using-pachube-and-

arduino-1-0/. Acesso em: 04 jun 2013.

http://openenergymonitor.org. Acesso em: 20 ago 2013.

Transmissão Via Rádio - nRF24L01

http://futebol-uff.blogspot.com.br/2012/12/nrf24l01-testes-iniciais.html.

Acesso em: 04 set 2013.

Implantação supervisório Labview.

http://www.ni.com/gettingstarted/labviewbasics/pt. Acesso em: 10 set 2013.


57

APÊNDICE A

PROGRAMAÇÃO DO TRANSMISSOR (Arduino de Campo)

/*Universidade Estácio de Sá
** Projeto de Conclusão no curso: Engenharia Elétrica **
%%%%%%%%%%%%%%%% TEMA: CONSUMO INTELIGENTE
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Grupo composto por 3 alunos:
Anderson Antônio de Mendonça Rodrigues - Matrícula:200802204808
Elói Lima da Silva - Matricula: 200901221191
Leonardo Alexandre Vieira - Matricula:200401107399
#Essa programação tem como base, fornecer os valore:
*Tensão;
*Corrente;
*Potência Ativa e Aparente e Fator de Potência.
****** TRANSMISSOR DE DADOS *******
*/
#include "EmonLib.h" // Inclui a Livraria EmonLib.h
#include <SPI.h> // Inclui a Livraria SPI.h
#include "nRF24L01.h" // Inclui a Livraria do componente nRF24L01.h
#include "RF24.h" // Inclui a Livraria de Rádio Frequência RF24.h
EnergyMonitor emon1; // Cria uma instância
float dados[5];
RF24 radio(9,10); // Define as portas de comunicação via Rádio
const uint64_t pipe = 0xE8E8F0F0E1LL; // Constante de Frequência
void setup()
{
Serial.begin(9600); // Inicia comunicação na porta Serial
radio.begin(); // Inicia comunicação via rádio
radio.openWritingPipe(pipe);
emon1.voltage(1, 195.5, 1.7); // Voltage: input pin, calibration, phase_shift
emon1.current(0, 60.6); // Current: input pin, calibration.
}
void loop()
{
float realPower = emon1.realPower; //extract Real Power into variable
float apparentPower = emon1.apparentPower; //extract Apparent Power into variable
float powerFActor = emon1.powerFactor; //extract Power Factor into Variable
float supplyVoltage = emon1.Vrms; //extract Vrms into Variable
float Irms = emon1.Irms; //extract Irms into Variable
emon1.calcVI(20,2000); // Calculate all. No.of half wavelengths (crossings), time-out
dados[0] = realPower;
dados[1] = apparentPower;
dados[2] = supplyVoltage;
58

dados[3] = Irms;
dados[4] = powerFActor;
radio.write(dados, sizeof(dados));
emon1.serialprint(); // Print out all variables (realpower, apparent power, Vrms, Irms,
power factor)
}

APÊNDICE B

PROGRAMAÇÃO DO RECEPTOR (Arduino mestre – Conectado ao sistema


Supervisório)

/*Universidade Estácio de Sá
** Projeto de Conclusão no curso: Engenharia Elétrica **
%%%%%%%%%%%%%%%%% TEMA: CONSUMO INTELIGENTE
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Grupo composto por 3 alunos:
Anderson Antônio de Mendonça Rodrigues - Matrícula:200802204808
Leonardo Alexandre Vieira - Matricula:200401107399
Elói Lima da Silva - Matricula: 200901221191
###Essa programação tem como base, fornecer os valore:
*Tensão;
*Corrente;
Potência Ativa e Aparente;
Fator de Potência e Consumo de Energia Elétrica em Reais.
****** RECEPTOR DE DADOS *******
*/
#include <SPI.h>
#include "nRF24L01.h"
#include "RF24.h"
float dados[5];
RF24 radio(9,10);
const uint64_t pipe = 0xE8E8F0F0E1LL;
void setup(void)
{
Serial.begin(9600);
radio.begin();
radio.openReadingPipe(1,pipe);
radio.startListening();
}
void loop(void)
{
59

if ( radio.available() )
{
bool done = false;
while (!done)
{
done = radio.read( dados, sizeof(dados) );
Serial.print(dados[0]); Serial.print(" ");
Serial.print(dados[1]); Serial.print(" ");
Serial.print(dados[2]); Serial.print(" ");
Serial.print(dados[3]); Serial.print(" ");
Serial.println(dados[4]);
}
}
else
{
Serial.println("Aguardando dados");
}
delay(1100); // Delay para facilitar a visualização das informações no serial
monitor

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