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Robson de Xangô

AXEORIXA

OGUn - Segredos Revelados

Conteúdo Exclusivo
1 – Introdução
2 – Oriki e Adura de Ogun
3 – Orixá Ogun
4 – Mitos
5 – Caminhos de Ogun
Fundamentos das Qualidades
Ebós Específicos
Assentamentos
Vestimenta
6 – Orin Ogun (traduzidas)
7 – Oferendas
8 – Folhas de Ogun
9 – Comentários Sobre o Odu Etaogunda

BÔNUS
.Eshu no candomblé.
.27 Oferendas para fins materiais.
.Dicas para o povo do Santo.
.Banhos de Axé

OBS: em nenhum momento será dito neste ebook, que este ou aquele
fundamento está errado.

A compra deste ebook, não dá o direito de consultar o autor, para


esclarecer dúvidas.

Sabemos que não vamos acrescentar conhecimento à todos que


compraram este ebook. E, que, nem todos concordarão com o que
ele contém. Mas nossa realização estará naqueles que puderem,
de alguma forma, se beneficiar com este livro.
Para saber de novos lançamentos, cadastre-se no site AxeOrixa.Com, e,
receba DE GRAÇA, por email: Fundamentos de Várias Qualidades de
Orixás" no Candomblé Ketu.
http://www.axeorixa.com

1-Introdução

Esperamos poder ajudá-lo(a) com este trabalho, orientado


principalmente pela nação Ketu. Não pretendemos ser o
dono da verdade, e, sabemos das tantas polêmicas existentes no
candomblé. Sabemos, que, cada casa é uma casa e, que, não
existe uma cabeça(ori) igual a outra.
Se acrescentarmos algo ao seu conhecimento, estaremos
satisfeitos e, com a certeza de termos dado nossa contribuição,
para posteridade da religião mais bela e rica em detalhes do
planeta: o candomblé.. Neste trabalho, veremos que muitos
caminhos de Ogun, já não são mais feitos, por falta de
fundamentos. Fundamentos que Babalorixás mais antigos,
não quizeram ensinar à ninguém, negando desta forma,
sua contribuição para a continuidade da nossa cultura...
Lamentável! Mas respeitamos, sem com isto, concordar.
2- Oriki Ogun
Ogun Lakaie
Osin Inmole
Ogun Alada meji
O fi Okan Sanko
O fi Okan Yena
Ojo Ogun Nti Ori Oke Bó
Ashó Inan Ló mu Bora
Ewu Ejé Lo wo
Ogun Onile owo
Olona Ola
Ogun Onile
Kangun Kangun
Orun
Opon Omi Sile
Fi Ejé We
Ogun Awon Leyinju
Egbe Lehin Omo Kan
Ogun Meje Ni Ogum Mi
Ashé Ashé Ashé

Tradução

Homem forte do mundo. Orixá venerado


Ogun, o senhor de dois facões
Que quando usa um para cortar o mato,
Também usa o segundo para abrir o caminho.
No dia em que Ogum desceu da montanha,
Enrolou-se numa roupa de fogo,
Vestiu roupa de sangue.
Ogum dono da casa do dinheiro, e da estrada da riqueza.
Homem da honra.
Ogun, dono da casa feita no mato.
Aquele que tem água em casa,
mas se banha com sangue.
Ogun que tem olhos brilhantes,
Perigo para o filho que não o segue.
Meu Ogun são sete.
Ashé, Ashé, Ashé

OBS: é recomendável rezar o Oriki de Ogum, antes e depois de qualquer


oferenda.

2.1- Adura Ogun


Ogun da lé kó
Eni ade ran
Ogun da lé kó
Eni ade ran
Ogun to wa do
Eni ade ran
Ogun to wa do
Eni ade ran

Tradução
Ogun faz a casa sozinho
Por ordem do Rei
Ogun faz a casa sozinho
Por ordem do Rei
Somente Ogun, constroi nossa vila
Por ordem do rei
Somente Ogun, constroi nossa vila

3-Orixá Ogun
Ogun, o temperamental senhor das guerras e batalhas. Orixá que
representa o ferro, o aço, as ferrovias, as rodovias e também todos os
minerais. É talvez, dentre os Orixás, o mais conhecido e também, o mais
temido e respeitado.
Um juramento feito em seu nome com uma faca entre os dentes, é um
dos mais profundos e sérios votos que a pessoa pode fazer;
independente de ser seu filho ou não.

Tido como filho de Oduduwa e fundador da cidade de Ilê Ifé, capital


religiosa dos Yoruba. É um dos Orixás mais antigos, sendo pai de
Oshosi e Oranian. Pertencia à um grupo de Orixás que se vestiam de
Mariwo, os quais eram tão sanguinários e negativos, que em
cosequência disto, foram destruídos por Olodumare. Ficando deste
grupo, apenas o Orixá Ogun, no qual Olodumare viu características
positivas, fundamentais ao ser humano e a criação do universo.

Estando isto comprovado, no forjar do ferro, o qual foi ensinado aos


homens, pelo Orixá Ogun. Mas mesmo assim, Ogun tem muitas
semelhanças com seus irmãos que foram destruidos.
Os filhos de Ogun são pessoas de gênio forte, beirando as raias da
violência.Se envolvem facilmente em brigas e demandas,quando são
contrariados.Contudo são dinâmicos,honestos e
responsáveis,procurando sempre fazer o melhor naquilo que lhe é
confiado.Têm tendência ao alcolismmo e devem ter cuidado para não se
tornarem alcoólicos.

Quando se cobre Ogun com mariwo é para proteger a iyawo, a casa de


santo e todos que estão ali, de: bruxarias, de egum e do próprio Orixá
Ogun.
O mariyo, que é a folha de dendezeiro desfiada, tem todas estas funções,
sendo uma delas: afastar egum. Portanto, egum não gosta de dendê.
Dendê espanta egum.
Então, será positivo oferecer padê de dendê para as entidades chamadas
Exu na umbanda?

Vou deixar essa pergunta no ar, mas voltaremos a falar numa outra
oprtunidade. Voltando ao tema do nosso ebook, o Orixá Ogun,
representa, a evolução humana em luta pela sobrevivência. Tendo como
principais características: a violência, a intempestividade e a justiça.

4-Mitos de Ogun
Obs: em muitas das lendas aqui descritas, as divindades aparecem como seres
humanos e, muitas vêzes são estabelecidos laços de parentescos. Mas
sempre nas entrelinhas de uma lenda, encontramos a explicação de algum
ou alguns fundamentos de Orixá. Também observamos, várias formas de
condultas, diante das situações, as quais servem de exemplo para o ser
humano. Estando ressaltado em todas elas, a importância das oferendas e das
orações("Adura,Oriki,Ofo...)

4.1– Como Ogun se transformou num Orixá

Ogun percorria a Africa conquistando cidades. Ao chegar em Ire,


destronou o rei, apossando-se do poder. Mas não conseguia ficar
parado. Sua missão era andar pelo mundo, lutando e dominando
cidades.

No dia em que ia ser coroado, aceitou ser rei, mas negou-se a ser
coroado. Mandou que os servos fizessem uma outra coroa, de mariwo.
Essa sim, deixou que colocassem em sua cabeça. Mas não ficou muito
tempo naquela cidade. E, ao partir, deixou seu filho governando aquele
povo.

Muitos anos depois, Ogun resolveu voltar à Irê. Sabendo de sua decisão,
seus soldados correram para cidade para combinar com o povo, uma
grande festa em sua homenagem.

Ao chegar, sem saber o que lhe aguardava, cumprimentava à todos, que


para fazer-lhe uma surpresa, nada respondiam. Ogun ficou furioso com
aquele silêncio e, julgou ser uma agressão à ele. Não pensou duas vezes,
brandiu a espada e decepou a cabeça de todos que encontrava pela
frente, mesmo daqueles que tentavam detê-lo.

Chegando ao palácio real, seu filho explicou sobre a homenagem e, o


porque do silêncio. Desesperado por seu ato impensado, que tirou a vida
de muitos inocentes, Ogun, que sempre procurava ser justo e não faltar
com a verdade, mandou servir um banquete com suas iguarias
prediletas.Em seguida, despediu-se do filho e de todos, entrando terra
àdentro.
Marcando esse ato, o fim de um guerreiro e, o nascimento de um Orixá.
Aquele que venceu a si próprio e aos seus instintos.
4.2- A corrente da evolução
Ogun andava nos montes e estradas, procurando um meio para alcançar
o Orun, já que os homens haviam perdido a comunicação com
Olodumare.

Depois de pensar muito, foi para forja, onde fundiu uma imensa cadeia
de ferro, que tinha começo, mas não tinha fim. Seus elos simbolizavam
a ancestralidade, os homens que subiam por ela no caminho da
evolução.

Ao verificar o trabalho de Ogun, Olodumare, considerou aquela imensa


corrente de ferro, como o eixo do mundo, ou seja: o centro de equilibrio
da terra e, que permitia aos homens alcançarem a divindade superior.
Essa corrente está nos assentamentos do Orixá Ogum, juntamente com
suas ferramentas.

4.3- Ogun vence Oya e passa a ter acesso a sociedade


Egungun.

Os homens haviam organizado uma sociedade secreta, onde as mulheres


eram excluidas. As mulheres, reuniam-se numa encruzilhada, sob o
comando de Oya. Sendo a finalidade dessas reuniões, humilhar seus
maridos.

Ela dominou um grande macaco e, o vestiu com roupas assustadoras,


colocando-o ao pé de um tronco de uma árvore, o qual obedecia todas as
ordens das mulheres. Yansan o dominava com uma vara que trazia nas
mãos: o Isan.

Depois da cerimônia, o macaco aparecia fazendo coisas tão


aterrorizantes, que os homens fugiam apavorados.
Mas um dia, eles resolveram dar fim àquela situação. Consultaram Ifá,
que indicou à Ogun, para fazer uma oferenda de galos, uma roupa, uma
espada e um chapéu. Que seriam usados, quando as mulheres
estivessem reunidas.

Ogun fez a oferenda e vestiu a roupa. Quando as mulheres chegaram


para a reunião, encontraram aquele homem com roupas tão
assustadoras, que Yansan foi a primeira a fugir, seguida do macaco e
das outras mulheres.

Depois disto, os homens passaram à dominar as mulheres, e, a ser


senhores absolutos da sociedade secreta, que era a sociedade de
Egungun na terra.

4. 4– Orunmila cura Ogun de uma grave doença.

Por ser brigão, violento e sanguinário, Ogun foi acometido de uma


estranha doença. A doença era muito grave, era o resultado de muitas
pragas que Ogum recebera de seus inimigos.

Este feitiço foi feito com uma erva, que, só os mais terríveis feiticeiros
conheciam. Ogun não conseguia livrar-se, pois em todo lugar que
passava as ervas estavam presentes em seu caminho.

Cada dia que passava, a doença se agravava mais. Ogun, então, resolveu
consultar um Babalawo, que lhe receitou um ebó para Orunmila, além
de ter que difundir um Ijala(cântico). Este cântico, ele cantaria em todas
as cidades, para celebrar as suas vitórias. Enaltecendo desta forma, sua
força e sua magia, mantendo sua reputação diante do povo que o viu
abalado com aquele terrível feitiço.

Só assim, ele se livraria das pragas e doenças que o haviam atingido.


Ogun seguiu as determinações de Ifá, e ficou totalmente curado,
continuando a ser respeitado e admirado por todos.

4.5– Nanã não aceita o ferro trazido por Ogun


Nanã não aceitou o ferro e o aço trazidos por Ogun, seu culto era feito
todo com madeira, pois advém de uma época em que não existia o ferro.
Ogum, então lhe disse algumas palavras desagradáveis. Foi então, que
Nanã rogou uma praga que enloqueceu Ogun.

Ogun passou a mendingar, andar sujo e rasgado pelas ruas e, só foi


curado pela interferência de Orunmila.

OBS: essa lenda nos mostra duas energias diferentes, e, que podem se
chocar: a de Nanã, mais antiga, da época em que o ferro não
existia. E, a de Ogun, Orixá que trouxe uma nova era.

5 – Caminhos de Ogun
OBS: para mim, qualidades de Orixá, refere-se ao culto do Orixá
em diferentes regiões. O que leva a energia do Orixá à se juntar
com outras energias, de acordo com a região que ele está sendo
cultuado. Mas a essêcia da energia criada por Olodumare é a mesma,
independente da qualidade.

Orô do Cachorro para a Iyawo de Ogun

A iyawo do Ogun já entra com um cachorro, o qual será sua compania


até o dia do nome. No ronkó, deve ser feita uma cabana de mariwo.
Inclusive, toda roça deve estar enfeitada com esta folha, que é a
vestimenta deste Orixá. Ao usamos essa folha, estamos implorando à
Ogum, que venha brando e apaziguado. O mariwo serve para abrandar a
ira de Ogum.

Na cumieira da casa de santo, põe-se um ebô para Oxalá, com uma


bandeira branca, em sinal de respeito à Ogun.

Com todos os apetrechos que serão utilizados, já preparados e, estando a


iyawo já virada e sentada no aperê. Cortá-se um pouco do pelo do
cachorro e queima-se(defumador)(ou coloca-se um pouco do pelo
queimado num acaçá, que fica sendo passado por alguém do axé, perto
do nariz), dando para Ogum cheirar. Cobre-se o santo com ojá e
mariwo, e, o cachorro, com outro ojá branco. E neste momento,
sacrifica-se o bode e, o cachorro e retirado para outro local da casa de
santo, só voltando depois que a iyawo der o nome. Isto é, na
segunda-feira,quando sai o carrego, o cão é libertado ou, se a iyawo
desejar, pode ficar com o cachorro e tratar dele enquanto vida tiver.(esta
segunda opção é mais aconselhável. E quando o cachorro morrer ou
sumir, foi Ogun quem levou.)

5. 1-Ogun Onire

Aquele, que lutou pelo reino de Irê e saiu vitorioso.


Veste azul, branco, verde e prata. Sendo suas vestes, cobertas de mariwo
(broto do dendenzeiro), como todo Ogun.

Seu assentamento, leva além do ferro central, pedaços de ferro usados:


rolamentos, parafusos de linha de trem, bilhas, ferraduras, pedaços de
trilho, bigorna, corrente, búzios , conchas, imãs, moedas...

Antes do preparo da iyawo, deve-se dar comida à Eshu na rua, ao Eshu


da casa e, ao Eshu do próprio Orixá que está sendo preparado(somente
bichos de pena).

No axé, deve-se ter bastante ebô(canjica), acaçás e, a casa coberta com


bastante mariwo. Isto, para que Ogun venha brando, sem ira. O ebô do
axé leva uma bandeira branca. A porta da casa de santo, deve ter sempre
água de canjica e abô, para ser despachada.

Este Ogun não usa corôa. Em sua cabeça é colocada uma rodilha e um
adê de forma masculina.

OBS: não se deve pisar em mariwo, para não atrairmos a ira de Ogun e,
as pessoas para desfiar o mariwo devem ser homens, filhos de
Ogum ou Oshosi.

5. 2- Ogun Alakoro
Este Ogun, junto com Ogum Alara, sustentam as armas em defesa do
reino de Oxalá. Esses Oguns, não são comuns de serem feitos em iyawo.
São reverenciados e utilizados como guardiões da casa de candomblé,
principalmente para as casas de Oxalá.

Porém, se por qualquer circunstância tiver que raspá-lo, note bem os


seguimentos: veste branco, suas contas são azul marinho, sua
criação(bichos) é toda branca. Come no azeite doce e suas ferramentas
são cromadas em prata.

Suas comidas sáo: inhame do norte, feijão preto, fradinho, acaçás,


canjica, milho com mel...

Seu ebó principal é: 7 bolas de farinha, 7 acarajés, 7 ekurus, 7 acaçás, 7


embrulhos de canjica, 7 palmos de morim branco, inhame do norte, 1
bandeira branca, 7 velas, 7 moedas, 1 alguidar grande e pintado de
branco(pintado com pemba branca).

Ao passar tudo na pessoa e arrumar no alguidar. Põe-se o inhame


embaixo de seu pé esquerdo e a bandeira branca na mão direita. E,
depois de tudo passado e arrumado, colocá-se o inhame em cima, com a
bandeira fincada. Este ebô vai para o mato e, o morim é para fazer uma
rodilha e cobrir o ebó. Na volta, a pessoa que levou o ebó deve tomar
banho de abô.

5. 3– Ogun Alagbede

Veste muito mariwo. As contas são verde leitosa. Suas roupas: verde
claro, prata e branco. Diz uma lenda, que este Ogun é esposo de Iyemajá
Ogunté, razão pela qual as pessoas deste Ogun devem assentá-la. Assim
como, as pessoas de Iyaogunté devem assentar este Ogum. Ficando
desta forma, o Orô mais completo.

Seus bichos são: bode, konken, galos, galinhas, pombo. Suas comidas:
inhame do norte, acaçá, feijão preto, fradinho e milho vermelho.

Seu ebó Principal, sempre deverá ser feito pela manhã e, de preferência
no mar: 3 panelinhas de barro, 3 quartinhas com água, 3moedas,
3pedaços de morim branco, 3 acaçás, 3 ekurus, 3 ovos, 3 padês de mel,
3 pedaços de mariwo.

Colocá-se a Iyawo de pé de frente para o mar, com as 3 panelinhas à sua


frente, junto com as quartinhas. Põe-se o padê nas panelinhas, e 1
moeda em cada. O restante do ebó é passado, colocando-se uma unidade
de cada elemento, em 1 das panelinhas. No final, passa-se o morim, e
cada pedaço acompanha 1 das quartinhas. Bate com o mariwo e põe nas
panelinhas. A Iyawo pula por cima de tudo, entra no mar, rompe 3
ondas e sai.

Quando chegar na casa de santo, já devem estar prontos o banho de


ervas e a água de canjica. Após tudo isso, arriar uma canjica para Oxalá.

OBS: existe um instrumento especial feito para chamar Ogun, para


comer ou para invocar sua presença no axé. Este instrumento se
chama: kalakorô, e, é semelhante a um agogô de uma só câmpula,
amarrado com uma corrente curta e um ferrinho redondo de
aproximadamente 30 centímetros, com o que o Zelador(a) invoca o
grande Orixá Ogun.

5. 4– Ogunja
Este caminho de Ogun veste branco, suas contas são em azul marinho,
sendo seu delogum e kelê, fechados com firmas de Iyemanja e Oxalá.
Por ser um Ogum muito quente e vibrante, procura-se tratá-lo mais para
o lado do azeite doce, água de acaçá e ebô.

No momento da preparação, cobre-se toda a Iyawo com mariwo( broto


da folha de dendezeiro ). Sempre no sentido de apaziguar Ogun,
amenizar sua ira, visto que esta é sua energia constante.

Como foi dito anteriormente, o Orixá é um só. Sendo as qualidades


atrbuidas à ele, devido aos diferentes lugares onde o Orixá é cultuado.
Cada lugar possui seu clima, seu tipo de alimentação... E o Orixá é ali
cultuado, de acordo com os costumes daquele lugar.

A ferramenta do seu assentamento é em forma de guarda-chuva, com


correntes e pingentes das ferramentas em miniaturas das ferramentas
que usamos na lavoura, nas ferrovias, nas estradas e nas guerras.

Assim como: pás, foice, picaretas, ancinhos, facão, serrote bigorna.


Sendo o facão símbolo do Orixá Ogum,que é o dono da faca.

OBS: por isso, não se deve amolar faca dentro da casa de santo ou
mesmo, dentro das nossas casas, sem antes levar esta faca ao
assentamento de Ogun, onde colocamos água da quartinha no chão e
colocamos a faca no chão em cima da água e, jogamos mais água,
pedindo à Ogun licença para que possamos amolar aquela faca sem
trazer problemas para nossas casas.

Quando não se sabe estas coisas, somos perdoados, mas os axés antigos
preservam estes deveres e, ensinam seus filhos o que é tradição milenar
nos axés.

Quando se prepara uma Iyawo para este santo, deve-se assentar:


Iyemanjá, Oxum e Oxagyian.

Ogunja tem como comida predileta, o cachorro do mato(que é um


animal selvagem), que na África lhe é oferecido sem nenhum
acompanhamento de aves, é somente o cão, e, o modo do sacrifício é
completamente diferente do que fazemos aqui no Brasil.

Aqui no Brasil, Ogun come bode, acompanhado de bichos de pena e,


existe o Orô de fundamento que consiste da Iyawo entrar acompanhada
de um cachorrinho, como descrito no início deste capítulo.

Seu ebó principal:


1 pote de barro sem alça
3 acarajés, 3 acaçás, 3 bolas de farinha
3 pires, 3 ekurus
2 bandeiras umpouco maior que a pessoa
1 espada de madeira
2 metros de morim: branco, vermelho e preto

Põe-se a Iyawo de pé, com uma bandeira branca em cada mão, tendo à
sua frnte um pote de barro sem alça. Passa-se os morins tirando o suor,
passa-tudo e deposita-se no pote. Os pires são passados e quebrados e
também depositados no pote. Também a espada é quebrada embaixo
dos pés e colocada no pote.

A bandeira da mão esquerda, quebra e coloca no pote, que vai direto


para a mata e, a da mão direita , a Iyawo corre com ela para o quarto de
Oxalá, que já deve estar com uma canjica, onde a Iyawo enfia esta
bandeira. Este ebô(canjica) deve ser trocado de 3 em 3 dias, até a saída
do urupi.

Esse caminho de Ogun traz muita resma, por isso devemos cuidar da
segurança da casa, tomando algumas providências
para se prevenir do que pode vir pela frente. Coloca-se na cumieira da
casa um pote com água, um ebô e um inhame do norte com uma
bandeira branca, tudo coberto com mariwo, para
abrandar a ira de Ogun e apaziguá-lo, para o bem de todos os presentes
e da obrigação.

5. 6– Ogun Amenen
É um Orixá raro, porém, ainda existe cabeças desse santo. Nesta fase
está ligado à Oxum, tanto que sua origem vem do Ijexá.

Suas ferramentas, tanto as miniaturas do Iba, como as usadas na sala,


são douradas, diferenciando-se dos outros Oguns.

Suas vestes são azul e dourado e, seu kelê é azul escuro, intercalado com
firmas de Oxum. Sua criação é toda amarelada: bode, galos, (menos a
konken e o pombo que são brancos).

Como todo Ogun o mariwo predomina. E quando vem para a sala tomar
Rum, o seu toque é Ijexá e faz Orô de Oxum.
Somente após este Orô é que vai dançar suas danças de guerra em ketu
com toques em akidawis.

5. 7– Ogun Meje

Aqui, Ogum caminha com Eshu, é um santo muito quente. A segurança


da casa tem que ser muito bem preparada, adequando-se para receber
Ogun nesta fase.
Como segurança, colocamos ebô nos 4 cantos do terreno e, na cumieira
por uma bacia de ebô, um pote de água e uma travessa com 21 acaçás,
21 acarajés, 7 ekurus e um inhame cozido, tendo fincado um abebe de
Iyemanjá e uma bandeira branca.

Suas vestes são mais para o verde e seu kelê é verde escuro leitoso
.Assenta-se também Osain, Iyemanjá e Eshu. Come bodes, galos,
konken e pombo.
OBR: Levar um Eran Patere cru para Eshu na encruzilhada. Feito com
bofe, fígado, coração, dendê e sal. Entregar acompanhado de
cachaça, charutos, fósforo e velas. Cobrir a oferenda com uma
franja de mariwo.

7. 8– Ogun Warin

Este caminho está ligado à Oya. Sua roupa é azul marinho, branco e
bodeau. Suas ferramentas de assento e das mãos são douradas.

Este santo come com : Oya, Oxum. Iyemanjá e Iyewa. Seus bichos são
brancos, menos a konken que é pintada.

Seu ebó principal:

1 alguidar grande
9 acarajés
16 acaçás
3 inhames cozidos
2 metros de morim branco.
1 defumador de mirra e elecrim
7 velas.
Milho cozido com amendoim e bastante azeite doce.
3 ovos
3 maçãs, uva, 3peras, 3 goiabas

Por o alguidar na frente da Iyawo, e cobri-la com o morim. Acender o


defumador, passar o milho com o amendoim por sobre a pessoa, ir
colocando e arrumando no alguidar.Quando terminar de passar, tirar o
morim e cobrir o alguidar, que sairá para a mata. A Iyawo segue para
tomar banho de abô, tapete de Oxalá, saião, manjericão, macaçá, folha
de goiabeira e abre caminho.

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6 – Orin Ogun
Ogun ajo é mariwo
Alakoro ajo e mariwo
Ogun pa le pa lonã
Ogun ajo e mariwo
Elé ki fi éjé wé

Ogun viaja coberto de mariwo


O senhor do Akorô viaja coberto de mariwo
Ogun mata e pode matar no caminho
Ogun viaja coberto de mariwo
É o senhor que toma banho de sangue
Awa xirê Ogun ô
Eru jojo
Awa Xirê Ogun ô
Éru jojo éru jéjé

Nós estamos bricando para Ogun,


com muito medo.
Nós estamos brincando para Ogun
Nos comportamos calmamente, mas com medo.

Ogun nita euê ré


Ogun nita euê ré
Ba Oshossi okô ri na lôdê
Ogun nita euê ré

Ogun tem que vender as suas ervas


Ogun tem que vender as suas ervas
Econtra-se com Oxossi, nos arredores da fazenda.
Ogum tem que vender suas ervas

Alakorô elenum
Alakorô elenum ô
reuê reuê reuê
Alakorô elenum

O senhor do Akoro, vangloria-se.


O senhor do Akoro, vangloria-se.
O senhor do Akoro
é aquele que conta vitórias.
Meji meji Ogun mejê
A logun mejê irê

O senhor das duas espadas


Nós temos sete Ogun em Irê

Xa Xa Xa Ogun ô
Ogun ajô e ku balé

Ogun cortou, cortou, cortou,


E foi bem recebido na terra.

Ogun onirê
Onirê Ogun
Alakorô Onirê
Oba de Orun

Ogun, senhor de Irê.


O senhor de Irê é Ogum.
Proprietário do akoro é senhor de Irê.
Rei que chega do céu.

Ogun ni alabedê
Mariwo odé
Odé mariwo

Ogun é o senhor da forja e caçador,


Que se veste de folhas novas de palmeiras,
De folhas novas de palmeiras ele se veste

Ogun dê a rerê
Irê Irê Ogun já
Akorô wa de a rerê
Irê ilê Ogun já ô

Ogun de lutas que chegue à nós,


Bem feliz de Irê
Ogun de lutas, que nos protege.
Chegue à nós e faça nossa casa feliz.

Ogun xekorê undê


Xekorê

Ogun chegou para fazer a colheita.


Ele recolheu.

E onã korô
Unxerê idã

Ele caminha apressado pelos caminhos,


Brincando com a espada.
Awa la si tupã
Si tupã
Meji meji Ogun
Si tupã

Nós sonhamos em acalmar de uma vez.


Em acalmar de uma vez.
Dois a dois Ogum.
Em acalmar de uma vez.

E Ogun kó murele ô
Aiê oba nixa
Ogun dele wa
aiê oba nixa

Ogun não bebe em casa.


O rei da terra, quem escolheu.
Ogun que chegou a nossa casa.
O rei da terra, quem escolheu.

Ogun obé kó ia kó ia
Ogun obé ko ia ko ia
Ijô ijô firi lãia
Ogun obé ko ia ko ia

Ogun o senhor da espada não castiga.


Ogun o senhor da espeda não castiga.
Quem tem a dança livremente no peito.
Ogum o senhor da espada não castiga.

Ogun wa olori
Ogun a lanu a kê unjô

Ogun é nosso comandande.


É para Ogum que abrimos a boca, gritando e cantando.

Eru já olonã dê
Eru já olonã dê
Ogun akorô ki ija
Eru já olonã dê

Temos medo da briga do senhor dos caminhos que chega.


Temos medo do briga do senhor dos caminhos que chega.
Ogum usa akoro para lutar.
Temos medo da brigs do senhor dos caminhos que chega.

Were ko mu a wa ru weré
Awô Awô

O bom chegou, não se perdeu na multidão.


Conduza-nos bom /Vamos cultuá-lo.

Ogun é po si da ka ya
Ogun é po si da dô
Ayê Ogun é po si da dô

Ogun conduz, transformando, ceifando, dilacerando.


Ogum lhe conduz completamente isolado.
Na terra, Ogum conduz completamente vivendo isolado.

7 – Oferendas
7. 1– Paliteiro de Ogum
Um inhame do norte assado na brasa,de preferência com dendê. Fazer
um padê de waji e arrumar numa travessa de barro, com o inhame por
cima. Enfeitar o inhame com 21 taliscas de mariwo. Acender 1 vela e
arriar nos pés do Orixá ou numa estrada.

7. 2– Lingua de boi para Ogum


Cozinhar a língua com dendê, temperando com cebola ralada e pimenta
da costa. Arrumar numa travessa untada com dendê e forrada com
folhas de abre-caminho. Arriar nos pés do Orixá, ou na mata, ou na
estrada.

7. 3– Cupim assado no dendê


Fazer o mesmo procedimento da oferenda anterior, só trocando a língua
por 2 Kg de cupim.

7. 4– Adalu

Cozinhar separadamente: milho e feijão fradinho. Refogar com camarão


moído, cebola ralada e dendê. Arrumar numa travessa ou alguidar,
acender uma vela e oferecer para Ogum.

7. 5– Para obter o que deseja

Amassar um inhame do norte cozido e, misturar com ori africano e meio


Kg de arroz cru, moldando 7 bolas.
Colocar milho torrado num alguidar com as bolas por cima, por um grão
de pimenta da costa em cada bola.Temperar com dendê, mel e melado
de cana. Colocar aos pés do Orixá ou numa estrada, com uma garrafa de
gim ao lado e 7 velas acesas.
7. 6– As 7 chaves de Ogum
Preparar uma farofa de mel e distribuir em 7 panelinhas de barro, por
em cada panelinha: um acaçá, 1 chave de cera, 1 moeda e 1 vela de cera
acesa ao lado de cada panela. Numa estrada de movimento.

7. 7– Para acalmar Ogum

Abrir uma melancia ao meio, no sentido horizontal. Acender uma vela e


regar com melado de cana, fazendo os pedidos.

7. 8– Equilíbrio na vida material


Torrar milho com dendê. Cozinhar um inhame do norte e amassar com
as mãos, fazendo várias bolas. Untar um alguidar com dendê, por o
milho, as bolas por cima. Acender uma vela e regar com um pouco de
mel. Oferecer à Ogun.

7. 9– Para Vitória
Cozinhar feijão fradinho com sal. Cozinhar um músculo inteiro e
refogar no tempero de camarão moido, cebola ralada, dendê e uma
pitada de sal. Untar o alguidar com vinho branco. Por o feijão, e por
cima o músculo. Arriar nos pés de Ogum, com 1 vela zul marinho do
lado esquerdo da comida(significando Ogum na paz) e, do lado direito 1
vela verde(representando Ogum na vitórias).

10– Abrir Caminhos

Preparar um eran paterê com: bofe, fígado, coração. Refogar no dendê,


camarão e cebola.
No primeiro canto da encruzilhada: arriar uma cachaça, 1charuto e 1
caixa de fósforo.
No segundo canto da encruzilhada: arriar uma cerveja, 1 charuto e 1
caixa de fósforo.
Passar pelo terceiro canto sem arriar nada.
No quarto canto: arriar o eran patere, acender uma vela e ofereceer à
Ogum. Com uma colher de pau grande, pega-se um pouco do eran e
joga na direção do primeiro canto, dizendo: já dei comida aos
encruzilhadas.
Jogar uma colherada na direção do segundo canto, dizendo: já dei
comida aos cxaminhos.
Também na direção do terceiro, dizendo: já dei comida as estradas.
8 – Folhas de Ogum
.mariwo
.Espada de Ogum
.abre-caminho
.akoko
.mangueira
.peregum
.bredo sem espinho
.aroeira
.boldo
.eucalipto
.são gonçalinho
.goiabeira
.oficial de sala
.cajazeira

9 – Comentários sobre o Odu Etaogunda.


Etaogunda é o Odu onde nasceu a faca e todos os objetos de ferro. Daí,
Ogun está muito ligado a este caminho. Mas não só Ogun, qualquer
outro Orixá pode passar por este caminho.
Os filhos deste Odu, deverão sempre agir em conformidade com a
justiça, caso contrário terão dentro de si o seu maior inimigo. Portanto,
todo cuidado é pouco, já que seus filhos têm tendências à mentira, e
chegam facilmente a reações violentas.

Etaogunda é o Odu da justiça, é o grande desafio do comportamento.


Não tolera mentira, sendo implacável nestes casos. Portanto, para a
pessoa que está sendo vítima de alguma injustiça, é recomendável que
invoque este caminho para suas oferendas. E verá que Etaogunda, não
falha nesses casos.
Este Odu ensina que a energia dinâmica é tão fundamental para o
equilíbrio da sociedade, quanto à doçura, a caridade e a paciência. E,
que essas qualidades em exagero, pode ser loucura ou sinal de covardia.
E bom estar atento à esses “extremos”, para não sermos penalizados por
isso.

Um exemplo prático do que ensina o Odu Etaogunda, foi a atitude de


Bin Laden, ao atacar as torres gêmeas dos americanos. Que, como
sabemos, se colocam como os donos do mundo. Sendo os responsáveis
pela ignorância, miséria e morte de inocentes e crianças na África e, em
vários países do mundo. Não havia outra forma de combatê-los,
fazendo-se neste caso, nescessária a violência.

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Robson de Xangô

BÔNUS

Conteúdo:
.Eshu no candomblé..
.27 Oferendas para fins materiais.
.Dicas para o povo do Santo.
.Banhos de Axé

ESHU NO CANDOMBLÉ
Não se pode negar, a importância de Eshu no candomblé, como
mensageiro entre os homens e as divindades. Apesar, de ter ganho a
fama de mal, Eshu é na verdade, a energia que avisa a pessoa que
alguma coisa está errada, para que a pessoa possa buscar equilibrar-se.
Por isso, ganhou a fama de mal. Sendo, inclusive, associado ao diabo
por outras religiões. Eshu, mostra o mal. E, não faz o mal, como muitos
afirmam.

Também é símbolo do elemento criado. Criado da mesma matéria, que


Oloodumarê criou o ser humano: a lama.

Um tema que traz muita polêmica e confusão, é o fato de, Eshu no


candomblé ser uma energia bem diferente das entidades chamadas, Exu,
que vêm nos terreiros de Umbanda. Muita confusão ha sobre este tema,
e, mesmo os mais velhos, divergem em seus pontos de vista.
Na minha opinião, as entidades Exu dos terreiros de Umbanda, estão
ligadas a ancestralidade feminina, ou seja: são ligados à Iyami
Oshoronga.

Como entidades que já tiveram vida na terra, são eguns, e, continuando


na minha opinião, os Exus de Umbanda(por serem eguns) não gostam
de receber azeite dendê como oferenda, já que, como sabemos: dendê
espanta Egum.
Então, quem receberia esta parte da oferenda que não lhes
agrada?
Para mim, o Eshu Bara da pessoa, fica com esta parte da oferenda (Padê
de dendê). Ficando o Exu de Umbanda, com o que é de seu agrado: a
cachaça, o charuto... Assim, é como eu entendo esse fato.

Eshu no candomblé está diretamente ligado à Orunmilá e ao sistema de


Ifá de divinação sagrada. E deve ser tratado com muito respeito e muitas
oferendas propicatórias.
E é com todo respeito, que entro nos contos que falam dos dezesseis
atributos que ligam Eshu à Orunmilá:

Eshu Yangi
Eshu da laterita. Primeira forma da existência individualizada. O qual
Oloodumarê insuflou seu hálito dando-lhe vida.

Eshu Agba
Sendo Yangi símbolo do elemento criado, pode ser chamado de
Eshu Agba(Eshu Ancestral), que tinha como assento uma
simples laterita vermelha, que ficava diretamente no solo de
uma encruzilhada de 3 caminhos (ikorita meta).
Eshu Igba Keta
Neste atributo, Eshu participa literalmente de tudo que existe.

Eshu Okoto(caracol)
Assim, os Orixirixi Eshu nos conta que logo Eshu se descontrola e
começa à devorar toda a existência. Sendo obrigado por Orunmila a
vomitar tudo de volta: sendo que tudo voltou melhor, em maior
quantidade e mais perfeito do que era antes. E tendo sido picado por
Orunmila, transformou-se no “mais um”; um multiplicado ao infinito. O
qual está ligado ao crescimento e a multiplicação.

Eshu Oba Baba


Pai de todas as manifestações de Eshu. Tendo-se Yangi transformado-se
na restituição e recomposição.

Eshu Odara
Aquele para o qual Oxetura(filho de Oxum, que salvou a terra
de uma seca interminável. O único dentre os Orixás, que
conseguiu levar as oferendas até o Orun) deu todos os
presentes que recebeu, por trazer a felicidade de volta à terra.

Eshu Ojise
O mensageiro, tem opoder de recusar, ou aceitar uma oferenda.
Eshu Eleru
Senhor do carrego ritual.

Eshu Enugbarijo
A boca coletiva. Tendo em sua boca um pedaço da boca de
todos os Orixás.

Eshu Elegbara
O senhor do poder mágico.

Eshu Bara
Eshu do corpo. Assim como toda criação é regida pelos
Orixás, todo ser criado na terra tem o seu Orixá, que é o
senhor, ou senhora do seu Ori((cabeça)). Também tem que ter o
seu Bara((senhor do seu corpo)).

Eshu Lonan

Senhor dos caminhos(que podem ser bons, ou maus


caminhos).
Eshu Olobé
O senhor da faca, aquele que tem o poder sobre a vida e a morte.

Eshu Elebo
O senhor das oferendas. Tornando-as aceitáveis. Permite a pessoa
alcançar seu objetivo.

Eshu Alafia
Senhor da satisfação pessoal.(satisfação conseguida através da
oferenda).
É sobre estas variantes de Eshu que Orunmila se utiliza, para
poder atuar como arauto dos Orixás sobre os destinos humanos.

O Odu que responde no jogo é sempre indicador de uma Oferenda, sem


a qual o Oráculo se tornaria um jogo de palavras sem eficácia. Por isso a
ligação de Eshu com Orunmilá é indiscutível.

Eshu Oduxo
O vigia dos Odus.

Vale lembrar que Eshu gosta da encruzilhada de 3 caminhos, de onde


ele aceita, carrega, transporta, premia. Mas também vigia, recusa e
adverte.
Com a casa de Eshu deve-se ter muito respeito, pois ela representa a
encruzilhada de 3 caminhos, aonde devemos ter uma visão mais clara e
sábia possível, evitando “certas atitudes” e “pre-conceitos”, que
prejudicam a relação com Eshu, logo, com a nossa própria energia vital:
o Axé.

MATERIAS USADOS PARA ASSENTAR ESHU


.Laterita
.Ferro
.Tabatinga(vermelha,amarela e branca)
.Búzios
.Folhas

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OFERENDAS PARA FINS MATERIAIS

1- Para Libertar Uma Pessoa Presa ou, Processada Injustamente.

Arriar um paliteiro para Ogum.


Depois escrever o nome da pessoa em 21 ovos. Estourar esses ovos em
volta do presídio ou fórum, chamando por Ogun, pelos caminhos de
Etaogunda, relatando a injustiça e fazendo o pedido.
2 – Para Curar Doença.

Lavar um alguidar grande com água de canjica, por em cera, a


parte do corpo que está doente, dentro do alguidar. Por também,
o nome da pessoa doente 7 vezes e cobrir tudo com folhas de
sabugueiro, colocando canjica por cima e, regando com mel. Cobrir
tudo com pipocas estouradas no azeite doce. Oferecer à Obaluaiye
na mata, ao pé de uma árvore forte, com 7 velas acesas(antes
de arriar a oferenda, limpa-se o chão com as mãos e, beija a
terra). Ao chegar em casa, reforce os pedidos, acendendo 1 vela
de sete dias para Obaluaiye.

3 – Para Trazer uma Pessoa Sumida.

Fazer um padê com folhas de peregum picadas. Colocar o


nome da pessoa dasaparecida. Oferecer à Eshu Onan, no
assentamento ou, numa encruzilhada de 3 (ikorita meta, onde
os caminhos se encontram ). Pedir a Eshu Onan, que traga a pessoa de
volta pelos caminhos de Oxeogunda.

4 – Para Levantar a Vida

Numa árvore de tronco grosso. Passar 6 punhados de canjica


cozida e, por em 6 folhas de mamona. Passar também, 6 obis, 6
uvas verdes. Por uma moeda em cada folha e fazer uma
trouxa. Colocar cada trouxa, num saco feito com morim branco
e amarrar com uma fita branca (4 metros). Amarrar num
galho ou no tronco da árvore, pedindo à Oxalá, pelos caminhos
de Obara, que traga, equilíbrio, alegrias e felicidades...

5 – Para afastar maus pensamentos

Escrever o nome da pessoa 3 vezes, por num alguidar, colocando por


cima um miolo de boi que já foi fervido e, por cima do miolo, por
canjica cozida, regar com um pouco de mel. Bater 3 claras de ovos para
cobrir toda a oferenda. Oferecer à Baba Ajalá, num lugar alto ao ar
livre, fazendo os pedidos em voz alta. Esteja de roupa branca.

6 – Pessoa Voltar

Travessa de barro com o nome da pessoa, cobrir com uma massa de


Omolokun, misturada com 14 gemas. Enfeitar com 14 fatias de banana
da terra, fritas no azeite doce,14 fatias de maçã. Oferecer na cachoeira, à
Iyewa, pelos caminhos de Ika.

7 – Acabar com Brigas

Por os nomes num prato branco, cobrir com 4 claras batidas, colocar: 4
folhas de saião, 4 peras. Oferecer à Oxalá, pedindo paz e união.

8 – Esquecer Pessoa
Enrolar o nome da pessoa num Obi, e por no travesseiro por uma noite .
No outro dia, levar para o mar. Contar 9 ondas e oferecer à Iyemanjá:
pedindo: assim, como aquele Obi está fechado, que feche o seu
pensamento para aquela pessoa.
9 – Pessoa lhe Esquecer

Escrever 7 vezes o nome da pessoa, cortar com uma tesoura virgem em


7 tirinhas de papel. Fazer uma bola grande de farinha com água gelada
e, fazer 7 furos nessa bola com o dedo indicador, empurrando cada
tirinha para dentro da bola(pedindo à Eshu). Alisar a bola, fechando os
buracos. Por num vidro de boca larga,com suco de 1 limão partido em
dois(despachar o limão num rio) e sal grosso. Fechar o vidro com
esparadrapo e colocar no congelador, pedindo à Eshu, que assim, como
aquela água vai congelar e o limão azedar, que a pessoa esqueça o
caminho da sua casa.

10 – Proteger o Carro

Levar o carro para beira de um rio. Lavar cada roda com uma cerveja e
deixar em pé perto da roda, pedindo à Ogun, que livre dos acidentes e
fatalidades. Defumar o carro, ali mesmo, com incenso de igreja. Deixar
todas as portas abertas e passando o defumador no sentido horário, em
volta de todo o carro. Depois disto, jogar água do rio por cima do carro.
Ao sair, deixe as garrafas de cerveja em pé onde estão.

11 – Para Saúde

Na mata, em uma árvore de tronco grosso e sem espinho, limpar o chão


com as mãos e beijar a terra. Arriar o alguidar com pipocas. Acender 2
velas brancas de 30 centímetros, uma para Nanã e, outra para
Obaluwaiye. Tocar 13 broas de milho( uma de cada vez ) no peito,
passar no rosto, beijar e ir arrumando em cima da pipoca.Regar com mel
e vinho moscatel. Pedindo à Nanã e Obaluwaiye.

12 – Para Boas Vendas no Comércio

Folhas de salsa e coentro maceradas. Coar e despachar o


bagaço num jardim. Salpicar este omierô por todo
estabelecimento, durante 3 dias. Depois disto, defumar
com: canela, cravo, erva doce, saco saco e estoraque.

13 – Para ter um Companheiro

Numa encruzilhada que tenha uma árvore, passar 1 ovo no


corpo e estourar no pé esquerdo(na terra), temperar com salsa
e mel. Pedindo as Grandes Senhoras ( Iyami ), que retire todas as
negatividades e, coloque um homem no seu caminho.
OBS: antes do ebó tomar um banho com omierô de saião e
oriri.
.Este Ebó é só para mulheres.
14 – Para ter Paz Dentro de Casa

Cozinhar 1 inhame do norte e fazer 8 bolas.Por num prato branco com:


8 folhas de saião, 8 folhas de louro, hortelã verde. Regar com mel,
pedindo à Oxagyian, pelos caminhos de Ejionilê: paz para sua casa.Por
uma quartinha com água ao lado da oferenda. Arriar num lugar alto,
dentro de casa.

15 – Para Livrar do Vício

Na mata, abrir uma garrafa de cachaça e tirar a metade do conteúdo.


Colocar mel e fumo de rolo desfiado dentro da garrafa. Acender 1 vela,
espalhar 7 moedas e conversar com Osain.

16 – Abrir Caminhos

Procurar um coqueiro bem bonito, que esteja dando frutos. Regar o pé


do coqueiro com vinho moscatel. O que sobrar na garrafa, por no pé do
coqueiro e, acender uma vela, dizendo: assim como, você está pantado,
firme e dando frutos, minha vida há de firmar e progredir.

17 – Para Engravidar

Oferecer uma boneca vestida de amarelo, de presente à Oxum e pedir


um filho. Ficar com essa boneca dentro de casa e, todo sábado acender
uma vela para Oxum.

18 – Tirar Pessoa do Hospital

Colocar 1 ovo, 1quiabo, 1 vela e 1 moeda, num morim branco. Fazer


uma trouxa e passar no corpo do doente, no
hospital. Despachar nas águas de um rio.

19 – Acabar com o Azar

Lavar os pés numa encruzilhada, com chá de folhas de


alfavaca. Pedindo que os inimigos tirem as mãos de cima de você
(ou da pessoa) e, que possa caminhar com sorte e ter muitas
alegrias.

20 – Para Fazer uma Viagem

Pegar um peixe vivo e por comida na boca do peixe, cuspir e por o


hálito na boca do peixe. Soltar o peixe vivo na água.

21 – Para Resolver uma Situação


Fazer uma polenta de angu.Cortar quiabos enviezados e refogar com
camarão, cebola ralada e dendê. Por o quiabo sobre a polenta. Servir
quente, com 1 vela acesa para Oya.

22 – Para Se Acalmar

Canjica cozida, numa tigela branca. Regar com mel e, por: 4 ovos e
9 folhas de saião. Molhar tudo com água de melissa e acender 3 velas
em forma de triângulo. Com a ponta na direção da lua. Pedir ao Odu
Osa, que retire toda a ansiedade e, traga calma e tranquilidade.

23 – Progresso

Canjica cozida, sem lavar, com 10 folhas de louro. Pegar uma


couve-flor bem clarinha, tirar as folhas e por a couve-flor em
cima da canjica.Cobrir tudo com algodão e oferecer à Oxalá,
num lugar bem alto.

24 – Para Obter Uma Sorte.

Pegar água de chuva(água que fertiliza a terra) e, no tempo,


com a água na boca, soprar 3 vezes a água para cima.

25 – Fortalecer o Ori (Cabeça)


Lavar a cabeça com água de 1 coco e 1 rosa branca macerada. Jogar o
banho só na cabeça e recolher numa tigela branca. Acender uma vela
branca de 30 centímetros, oferecendo à Baba Ajalá,num lugar alto
dentro de casa.

26 – Para o Amor

Por os nomes numa tigela branca e, derramar uma lata de


pêssego em calda. Colocar 5 ovos crus, sem estourar a
gema. Acender 2 velas, entregando á Oxum.

27 – Para Afastar Inimigos

Passar pelo corpo na beira de um rio: 7 punhados de feijão fradinho


aferventado, 7 ovos crus, meio kilo de canjica cozida, 7 moedas.
Pedindo á Oxum: que assim, como as águas escondem o fundo do rio,
que os inimmigos não lhe encherguem.

28 – Para Promoção

Escrever 16 vezes o seu nome e 16 vezes o nome do seu patrão. Fazer


tipo uma esteira com os nomes no fundo de um prato branco. Pegar 16
gemas cozidas e partidas ao meio e, por no prato em formato de
coração. No meio colocar bastante açúcar cristal. Acender 1 vela e
oferecer à Oxum.
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DICAS PARA O POVO DO SANTO


_ Acaçá e canjica são servidos para todos os Orixás, de Eshu à
Oxalá.

_ Não se oferece mel à oshossi.

_ Não se recolhe lixo com as mãos.

_ Não é aconselhavel fazer ebò com folhas de aroeira e ponto de fogo


em pessoas de Xangô, Oxumare e Oxalá. As folhas podem ser
substituídas por folhas de São Gonçalinho.

_ Para agradecer a Ogun, se oferece o inhame, em pé ( vertical ),


fazendo a ligação aiye/orun. Para oferendas referentes a demandas, o
inhame deve ser oferecedo no sentido horizontal.

_ O inhame de Oxagyian é cozido e descascado. Servido inteiro


com mel.

_ As bandeiras feitas com morim não são costuradas.

_ Não se faz, nem se toma café na Casa de Santo, quando Oxalá está
comendo.

_ Se o Orixá virar no meio do ebó, continua-se o ebó. Ha não ser


em casos de ponto de fogo e ebó iku, aí sim, deve-se desvirar o
Orixá.

_ O mariwo deve ser desfiado somente por homens, de preferência


filhos de Ogum e Odé.

_ Bori não se faz para Orixá. O ritual é feito para a cabeça da pessoa.
E, embora, possa ter comidas de Orixás no ritual. Mas isso, não que
dizer que o Bori é para esse ou aquele Orixá. O BORI É PARA A
CABEÇA DA PESSOA.

_ O ritual do Bori, serve para fortalecer e equilibrar a pessoa.

_ É Orunmila, quem nos mostra o que está previsto. É Orunmila, quem


pode mudar o dia da nossa morte antecipada e, prolongar a vida, até
o dia marcado em nosso destino. Esse dia, é geralmente, uma idade
bem avançada.
_ O bagaço das ervas quinadas para banho, devem ser entregues a
Osanyin, antes de se tomar o banho.

_ Eshu Bara é o Eshu do corpo, da força e da vitalidade, sem o qual não


existiríamos. Está ligado à saúde, tendo uma forte ligação com
Osain, que fornece as folhas para curar o corpo.

_ Não se deve atravessar encruzilhadas em diagonal.


_ Deve-se evitar se colocar de costas para uma janela ou porta.

_ Deve-se evitar varrer a casa e lavar louça, durante à noite.

_ Evite queimar-se ou beber algo muito quente.

_ Não se deite com os pés voltados para a rua.

_ Não dar as costas às chamas do fogão ou fósforo.

_ Não comer, nem beber restos.

_ Não terminar o que outra pessoa começou.

_ Não deixar ninguém passar o braço, a mão ou qualquer objeto sobre


sua cabeça.

_ Recolher os cabelos que ficam presos no pente, e jogá-los nas águas.

_ Não vestir roupas pelo avesso.

.
BANHOS DE AXÉ

Para Saúde
.folhas de mamona
.folhas de eucalipto
.orobô ralado
.folhas de saião

Para Prosperidade
.água de chuva
.folhas de levante

Para Tirar Negatividades


.folhas de capeba
.obi ralado

Para Emprego
.folhas de abre-caminho
.danda da costa ralado
.fava de aridan ralada

Para União Sentimental


.Folhas de saião
.folhas de algodão
(oferecer uma canjica para Oxalá)
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