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O EXEMPLO DE JÓ
Jó 1.1-2.13; 42.10-17

Para Decorar: "Eis que temos por felizes aos que perseveraram firmes. Tendes ouvido
da paciência de Jó, e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de
terna misericórdia, e compassivo" (Tg 5.11).

Introdução
Alguns personagens foram colocados nas Escrituras para demonstrar aquilo que o
crente não deve ser. Todavia, as Escrituras contêm inúmeros exemplos de pessoas
como Paulo, que disse: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1 Co
11.1). (Veja Hb 13.7.)

Jó é um dos bons exemplos para os crentes tanto do Velho como do Novo


Testamento. Ezequiel usou Jó como um exemplo de retidão a ser considerado por
Israel (Ez 14.12-23). Tiago, o primeiro escritor de uma epístola cristã, referiu-se a Jó
como um exemplo de paciência a ser considerado pela igreja (Tg 5.7-11).

1 - A RETIDÃO DE JÓ
(Jó 1.1-22)

A retidão que as Escrituras atribuem a Deus e ao crente fiel é baseada no caráter e


nos atos de Deus. O homem não pode servir como padrão de justiça porque ele é um
pecador, e pecado é injustiça. A retidão do crente é obtida do próprio Deus. Ela
conforma-se perfeitamente à vontade de Deus em todas as áreas da vida. (1 Jo 5.17;
Rm 4.3,6; 2 Co 5.21; 1 Jo 2.28-3.12.)

A retidão de Jó foi manifestada tanto antes como no decurso de suas provações. Eleja
era reto em sua vida diária. Não foram as provações, em si, que o tornaram reto. Esta
foi, na verdade, a razão do ataque de Satanás e do prazer de Deus. Jó passaria a ser
um exemplo para os demônios e para os homens.

De acordo com Jó 1.1, as características que faziam parte da retidão de Jó eram as


seguintes: 1) integridade, 2) retidão, 3) temor de Deus, e 4) afastamento do mal.

A palavra "íntegro" significa "completo", descrevendo a perfeição da justiça de Jó.


"Reto" enfatiza a constância e a lealdade. A retidão de Jó não era intermitente.

O "temor" de Deus manifestado na vida de Jó era a motivação para a sua retidão ou


justiça. Este temor não é medo do poder e retribuição de Deus, mas um temor
reverente (um profundo respeito) por quem Ele é. O resultado é o desejo de não
desagradá-lO. A pessoa que tem esta espécie de respeito por Deus, buscará ter uma
vida de acordo com o caráter de Deus.

Jó evitava também praticar o mal. A retidão não é unicamente uma separação que faz
a pessoa aproximar-se do caráter e da pessoa de Deus, mas uma separação de tudo
que é contrário ao caráter de Deus. Esta é a essência da retidão. Jó não era
inconsistente; sua retidão era completa e constante.

Jó foi primeiramente privado de toda a sua riqueza material e de sua família (Jó 1.9-
19). Satanás pode ter descoberto que outros crentes mantinham uma vida reta,
apenas enquanto Deus os abençoava, e então aconselhou Deus: "Toca-lhe em tudo
quanto tem, e verás se não blasfema contra ti" (v. 11).

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A simplicidade das Escrituras demonstra a singularidade da vida de Jó: ele manifestou


sua tristeza e adorou a Deus (v. 20).

A marca da aprovação de Deus sobre a retidão de Jó é surpreendente e simples: "Em


tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (v. 22). Jó manteve-se
separado do pecado durante todas as suas privações.

2 - A PACIÊNCIA DE JÓ
(Jó 2.1-13; 42.10-17)
A opressão satânica tinha apenas começado para Jó. A firmeza de Jó foi tomada por
Satanás como orgulho (Jó 2.4). O ataque seguinte, portanto, foi dirigido contra a
pessoa de Jó.

Deus limitou o poder de Satanás; ele podia inflingir a Jó qualquer forma de tormento
físico, mas não podia matá-lo (v. 6).

A segunda provação iria estabelecer um aspecto diferente da santidade de Jó — a


paciência. Jó recebeu a primeira provação com louvor. Receberia a segunda com
paciência?

Os tumores que cobriam o corpo de Jó (v. 7) eram parecidos com furúnculos ou


feridas purulentas. Os efeitos desta doença na vida de Jó foram dramáticos, mas a
sua santidade não desapareceu.

A primeira evidência de sua perseverança veio numa forma prática, não dando lugar
ao pânico. Jó começou a raspar o pus da pele com um pedaço de cerâmica (v. 8). Isto
pode tê-lo aliviado temporariamente da coceira e evitado que a doença se espalhasse
através do pus.

A mulher de Jó foi a primeira a reagir à situação. Ela o aconselhou a esquecer o seu


orgulho pessoal e amaldiçoar a Deus (v. 9). A resposta de Jó mostra que ele ficou
surpreso ao ver a esposa reagir tão insensatamente: "Falas como qualquer doida" (v.
10), acusou-a.

Apesar de surpreso com o seu comportamento, tratou-a com amorosa firmeza e


bondade: "Temos recebido o bem de Deus, e não receberíamos também o mal?" (v.
10), perguntou. Jó, sem nenhum traço de egoísmo, deu à mulher o seu lugar de direito
ao lado dele nas bênçãos e no sofrimento. (Veja Gn 2.23,24.)

O comentário do Espírito Santo a respeito desta segunda provação (v. 10) é quase
idêntico ao anterior. Um importante acréscimo, porém, enfatiza a área geral do
pecado, quando falha a paciência: "Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios."
Tal ênfase não escapou evidentemente aos olhos do apóstolo Tiago, pois em Tiago
5.9, 12-16, ele coloca o exemplo de Jó em um contexto repleto de referências ao
nosso modo de falar.

Os últimos dias de Jó trouxeram-lhe o dobro de bens que anteriormente possuía (Jó


42.10-15). As grandiosas bênçãos de Deus se estenderam até mesmo aos filhos que
Ele deu a Jó e sua esposa. Contrariamente às ovelhas, camelos, bois e jumentos, Jó
poderia um dia, gozar novamente da companhia dos filhos além da sepultura; Deus
precisava conceder-lhe então apenas mais dez filhos, para dobrar o número deles. (Jó
1.2; 42.13-15.)

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O fato pouco comum de conceder herança às filhas, como se fazia com os filhos,
revela a grande riqueza de Jó e enfatiza o seu reconhecimento contínuo de que i:udo
o que possuía pertencia a Deus.

A vida de Jó prolongou-se por mais 140 anos depois de suas provações (w. 16,17).
Deus recompensou claramente a retidão e a paciência de Jó. Seu prêmio foi total, e
completa a sua justificação. A medida que observamos os atos de Deus na vida de Jó,
para o bem deste e para a Sua glória, concedamos a Deus o direito de operar em
nossa vida, sabendo que "o caminho de Deus é perfeito" (SI 18.30).

EXAMINE A SUA VIDA


1. Você está tentando evitar o pecado, pela graça de Deus?
2. Você "teme" a Deus?
3. O temor de Deus resulta no desejo de agradá-lO. Você está fazendo isso?
4. Como está a sua paciência cristã?
5. Qual a segurança que os pais cristãos têm de encontrarem seus filhos salvos na
vida futura?

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