Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OS FLAGELOS
Apocalipse 15
A terça parte do "alvo" de cada trombeta é destruído. As sete taças com os flagelos
atacam a terra, o mar, os rios e fontes de água, o sol e a humanidade. Com a
diferença que não apenas um terço de cada elemento desses é destruído, mas a
totalidade de cada um deles.
Humanamente falando, esse povo é indefeso diante desse império. Mas Deus castiga
o império opressor com flagelos, como no passado castigou o Egito com pragas. Os
paralelos não param por aí. Em Êxodo 15.1-18, encontra-se o cântico de Moisés, em
louvor ao Deus Eterno pela libertação concedida a Israel.
Especialmente o versículo 16, que fala sobre um "lugar" chamado Armagedom - esse
é um dos textos do Apocalipse que mais tem sofrido interpretações sensacionalistas e
fantasiosas, que violentam a intenção original do autor.
Alguns intérpretes entendem que o texto de 16.12-16 é uma profecia de uma futura
guerra mundial que será travada em Israel imediatamente antes do "fim do mundo". A
palavra Armagedom significa "monte de Megido". O problema é que, em Israel, a
região do Megido, lugar de importantes batalhas travadas em sua história (Jz 5.19; II
Rs 23.29,30), é uma planície.
www.semeandovida.org
Página |2
Em geral, o tema da ira de Deus não é apreciado pelas pessoas, cristãs ou não.
Prefere-se falar a respeito do amor, da bondade, da compaixão e da misericórdia de
Deus. De fato, a Bíblia ensina que Deus é amor. Mas também não esconde que Deus
se ira.
Na verdade, porque Deus é perfeito, tem que ter ira e amor, amor e ira. Se Deus
tivesse amor, mas não tivesse ira, não haveria justiça na História. Mas se Deus só
tivesse ira, não existiria amor na História, e todos teriam sido completamente
destruídos há muito tempo. Em Deus, amor e ira existem em perfeito equilíbrio.
O ensino bíblico sobre a ira de Deus deixa claro que o Senhor só manifesta seu furor
contra os que, mesmo advertidos e exortados à conversão, não se arrependem de
seus pecados. Os contemporâneos de Noé foram destruídos pelo dilúvio porque não
atenderam à pregação de justiça que ouviram (II Pe 2.5).
São os que servem ao dinheiro e aos bens materiais, ao invés de servirem a Deus.
São os que desperdiçam a oportunidade que têm de receber a salvação pela graça de
Deus.
www.semeandovida.org
Página |3
Adoração a Deus é, na verdade, um estilo de vida, uma atitude que vem do coração,
que deve ser apresentada ao Senhor com sinceridade e amor. Adoração a Deus tem a
ver com a totalidade dos nossos atos (Is 1.16,17).
Quando se entende isso, fica mais fácil entender a seriedade das expressões de
textos como Apocalipse 16.9 - que fala sobre pessoas que sofreram, mas não deram
glória a Deus - e 16.21 - que fala sobre os que, ao invés de darem glória a Deus,
blasfemaram contra Ele.
Quem não adora a Deus, vai adorar ao dinheiro, ou a si mesmo, ou a uma ideologia
política, ou a uma filosofia, ou a um estilo de vida, ou a qualquer outra coisa. Os
flagelos demonstram a ira de Deus, no decorrer da história, sobre os que não vêem
em Deus a fonte da verdadeira vida e da verdadeira paz.
Não é de se admirar que o Senhor do universo derrame sua santa ira sobre os que
amam mais a injustiça que a Ele. Pois os rebeldes, não somente recusaram-se a
prestar adoração a Deus, como reuniram-se em conjunto para lutar contra o Senhor
(16.16). Foram completamente derrotados, pois o último flagelo destruiu a cidade,
símbolo de toda oposição contra Deus (16.19; 18.21). E o Senhor Jesus venceu os
seus opositores (19.11-21).
À luz desse texto, a atitude mais sábia que uma pessoa pode ter na vida é abandonar
qualquer postura de rebeldia em relação a Jesus, e tornar-se um dos que o seguem,
amam-no e adoram-no (Ap 7.9-12).
A cena descrita por João é baseada em Êxodo 15, onde se lê que, após a travessia do
Mar Vermelho, Moisés e os filhos de Israel louvaram a Deus pela sua vitória sobre o
exército egípcio.
Pela mesma forma, os que venceram "a besta, a sua imagem, e o número do seu
nome "(15.2), louvam a Deus com gratidão no coração.
www.semeandovida.org
Página |4
Um culto de adoração a Deus - eis o que João vê. Já se disse na introdução desta
série de estudos bíblicos, sobre a importância do culto no Apocalipse de João.
Quando os redimidos compartilham com outras pessoas o que Deus lhes fez em
Cristo, estão cumprindo a missão da igreja. Portanto, não há missão sem culto, nem
culto sem missão. "A prova de um fiel compromisso missional será uma profunda
experiência de culto", afirma Costas.
Além desses pontos, é preciso destacar, mais uma vez, o que está muito claro em
Apocalipse 15.2-4: os flagelos que Deus manda acontecer na História, levam os
rebeldes à blasfêmia, mas produzem efeito contrário nos salvos pelo Cordeiro.
1. Alguns desastres podem fazer com que algumas pessoas se arrependam de seus
pecados, e se voltem para Deus. Mas os mesmos acontecimentos na vida de outras
pessoas podem torná-las mais insensíveis ao Evangelho. Por que isso acontece?
www.semeandovida.org