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Hiperbook ­ Ebook hipertextual

Hiperbook ­ Ebook hipertextual

Site: Universidade Federal da Bahia
Curso: Especialização em Produção de Mídias para Educação Online
Livro: Hiperbook ­ Ebook hipertextual
Impresso por: Robson Leite dos Santos
Data: sexta, 24 Nov 2017, 08:29
Sumário
1 Apresentação

2 UNIDADE 1 ­ SOCIEDADE AUDIOVISUAL
2.1 1.1 RECURSO AUDIOVISUAL luz, câmera... ação
2.2 Meios de comunicação audiovisuais
2.3 Recursos audiovisuais educativos
2.4 Dimensões visuais
2.5 Cinema Educativo
2.6 Televisão
2.7 Computador/internet
2.8 Educação e linguagem audiovisual
2.9 Referências
1 Apresentação
Prezados Estudantes,
Sejam bem vindos à disciplina: Educação e Audiovisual do Curso de Especialização em Produção
de Mídias para a Educação Online, que tem como propósito introduzir e discutir a linguagem e
produção audiovisual na educação. Vocês sabem que vivemos imersos em um mundo de
imagens, por isso mesmo, cada um de nós tem sua própria experiência com a linguagem
audiovisual para relatar.
Em algum momento da nossa vida, a linguagem audiovisual nos toca, nos sensibiliza, nos educa.
Essa disciplina possui uma intercomunicação com todas as demais disciplinas e será fundamental
em sua formação profissional, pois, além de prepará­lo para melhor aproveitar o estudos das
mídias para EaD, fornecerá bases imagéticas para desenvolvimento dos trabalhos que deverá
realizar ao longo do curso e o Trabalho final de Conclusão de Curso ­ TCC.
Nosso objetivo proporcionar uma reflexão sobre a linguagem audiovisual, fazendo uma
retrospectiva histórica de experiências que se utilizaram dessa modalidade de comunicação para a
prática educativa e instigando o grupo a pensar novas formas e estratégias para pensar a
educação a distância, especificamente a produção de audiovisual em tempos de mobilidade. Além
disso, queremos que vocês possam construir uma visão mais aprofundada e crítica dos
audiovisuais dentro e fora da escola. Discutiremos sobre a importância da imagens na TV, vídeo e computadores no processo
civilizatório, bem como teorias e práticas sobre produção, consumo e uso educativo do audiovisual.
Lembre­se que na Matriz Curricular desta Especialização vocês terão uma disciplina de natureza prática exclusivamente para
produzirem vídeos, ok?!
Para tanto o Ebook completo deste componente de natureza mais teórica está assim organizado:
UNIDADE 1­ SOCIEDADE AUDIOVISUAL
UNIDADE 2 – AUDIOVISUAL E EDUCAÇÃO
UNIDADE 3 – O AUDIOVISUAL NA CIBERCULTURA
Neste primeiro momento estamos disponibilizando apenas a UNIDADE 1 no formato hipertextual para a experimentação
de vocês!!
Espero que tenham compreendido de que trata a disciplina e aqui não temos a pretensão de esgotar os assuntos, mas sim
contribuir para sua formação acadêmica e profissional.
Desejamos a todas e a todos um ótimo Estudo!
Profª.Drª.Mary Valda Souza Sales
Profª.Drª. Antonete Araújo Silva Xavier
Prof. Msc. Valnice Paiva
2 UNIDADE 1 ­ SOCIEDADE AUDIOVISUAL

Vamos começar com os clássicos? 
Embora o ebook seja importante, num curso de Especialização é fundamental a leitura de clássicos da literatura sobre o tema para embasar
as discussões e produção individuais e coletivas, especialmente em disciplinas como esta de natureza mais teórica.

Recomendamos que em sua agenda de aluno(a) virtual separe um tempo ao longo desta disciplina para conhecer esses dois autores:

Dos Meios As Mediações

Autor: Jesus Martin Barbero

O autor examina as noções de povo e classe, como se complexificam estas categorias na sociedade de massa
e as alterações que isto gera nos Estados modernos. Sua explicação de como o rádio e o cinema contribuíram
para unificar as sociedades latino­americanas e conformaram a ideia moderna de nação mostra o quanto
necessitamos dos estudos culturais para entender a política e a economia.

Passem pelo menos pelo capítulo 3 ­ Das massas à massa.

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.
A imagem­ tempo

Autor: Gilles Deleuze

Este livro tem como ponto de partida uma das conclusões do estudo precedente de Gilles Deleuze, 'A imagem­
movimento' ­ a necessidade de arrancar dos clichês cinematográficos algo mais que sua verdade aparente. Nesta
obra, Deleuze propõe uma autêntica reeducação do olhar, à luz dos conceitos filosóficos formulados por Bergson a
propósito do movimento, do tempo, da duração e da imagem. A profundidade da abordagem deleuziana não diminui
em nada, porém, o prazer da leitura. Imagens que mostram que o cinema é o espaço por excelência para a análise
das complexas relações entre passado e presente, memória e acontecimento.

Passem pelo menos pelo capítulo 1 ­ `Para além da imagem­movimento

CLIQUE AQUI!
 
2.1 1.1 RECURSO AUDIOVISUAL luz, câmera... ação
Considerando a linguagem audiovisual como um conjunto de códigos compartilhados baseados no som e
nas imagens em movimento, atualmente vemos sua ampliação em um processo de convergência de
tecnologias, que culminam na tecnologia digital, enveredando por diversos caminhos – virtuais,
simulatórios, interativos, hipertextuais, etc

A linguagem audiovisual, como expressa a própria palavra, é uma forma de comunicar que articula
elementos de duas naturezas: os visuais e os sonoros; cujos artefatos culturais afetam a visão e a
audição, dois dos sentidos inerentes à capacidade humana. São inúmeras as linguagens que o homem
utiliza para se expressar, uma vez que todo e qualquer meio sistematizado que usamos para transmitir
informações, comunicar ideias, receber e enviar mensagens, difundir conhecimentos, são formas de
linguagem.
VOCÊ SABIA?
É por meio dela que completamos o sentido daquilo vemos e/ou ouvimos; e mais que isso, que
O ser humano, desde os períodos mais remotos, procurou
construímos o nosso próprio entendimento do mundo e das coisas e do que chamamos realidade.
registrar imagens que sugerissem movimento. A
Assim, a linguagem audiovisual, como todas as demais linguagens, requer uma forte dose de imaginação e
“invenção” de projeção de sombras, na verdade, é atribuída
capacidade criativa.
a países do Oriente como China e Índia onde esta arte
Observemos que o sentido, o significado das coisas não está só nelas, mas principalmente na relação que milenar do teatro de sombras é considerado como um
estabelecemos com elas. Ou seja, o que cada expressão quer dizer pelo seu autor, importa menos do que, protótipo do cinema.
aquilo que cada um de nós, ao nos depararmos com a expressão, quer dizer sobre ela. Essa relação
A técnica consiste em projetar imagens por meio da luz
estético­cognitiva do homem com as coisas pode se constituir em uma forma de se conhecer o
em um anteparo. Podem ser usadas, além das mãos, para
próprio homem e a sua humanidade, para além das imagens, filmes, programas de TV, músicas e etc.
formar as figuras, bonecos de couro ou outro material,
manipulados por varinhas ou fios.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:OFB­
Qianlongsatz03­Krieger.JPG

Vídeo do primeiro capítulo do livro­DVD: "O Mundo mágico do cinema" de José Nelson, que aborda a
projeção de sombras. Nesta parte é falado sobre o interesse do homem em captar o registro de movimento,
desde a pré­história.

                                                                                                                                        

 
2.2 Meios de comunicação audiovisuais

É relevante o papel educacional da televisão, do vídeo, e dos meios de comunicação audiovisuais no processo ensino aprendizagem. Sabe­
se que a TV pode e deve ser um instrumento pedagógico a ser usado com critérios e com objetivos claros para que não se torne apenas uma
aula diferente. Neste sentido Moran (1995) diz que “o vídeo ajuda a um bom professor a atrair os alunos, mas não modifica substancialmente
a relação pedagógica”. Aproxima a sala de aula do cotidiano, das linguagens e aprendizagem e comunicação da sociedade urbana, mas
também introduz novas questões no processo educacional.

Audiovisual pode ser abordado de muitas maneiras. Sua articulação com o processo de ensino e aprendizagem é apenas uma delas, afinal,
somos uma civilização que já nasceu percebendo o mundo audiovisualmente e, para o processo formativo educativo, as implicações disso
são enormes. O uso de linguagens, recursos e mídias audiovisuais na educação contribui, entre outras coisas, para que o professor
possa agrupar funções de apresentar informações de um determinado conteúdo motivando, ilustrando ou até como puro meio de
expressão. O professor nunca foi a única fonte do saber, e hoje mais do que nunca os alunos contam com o auxílio de vários recursos
tecnológicos, como a própria televisão, o rádio e o computador ligado à internet para acessar informações, realizar pesquisa, produzir e
divulgar conhecimento.
2.3 Recursos audiovisuais educativos
A linguagem audiovisual especialmente do cinema e da televisão são linguagens impactantes e encantadoras, sugerem muito mais do que
afirmam e, em sons e silêncios, tons e sobretons, cores e formas, criam um universo de sedução, mesmo quando quer ser assertiva,
objetiva, como em alguns programas educativos. A narrativa audiovisual é carregada, com maior ou menor intensidade, de fascínio e ilusão.

Para Deleuze (2007), “a narração implica uma investigação ou testemunhos que a referem ao verdadeiro” (DELEUZE, G. 2007: 163), uma
verdade que segundo ele, se transforma em uma ‘nova verdade’ ou uma ‘nova realidade’, pois, diferente do que muitos imaginam, o cinema
apesar de ser uma ‘representação da realidade’, não tem com ela nenhum comprometimento, a não ser com sua diégese, apresentando ao
espectador, aquilo que é determinado pelo autor da produção, ditando o ritmo e o tempo narrativo, com começo, meio e fim da história,
resgatando então uma questão ancestral da narrativa: a verossimilhança em oposição à mimese da realidade.

O grande desafio vivido hoje pela educação pode ser resumido como sendo a busca de metodologia que possibilitem uma orientação
individualizante articulando este real representado e ancestral. A orientação é uma exigência da própria sociedade democrática, onde todos
devem ter acesso à educação; a individualização é uma exigência técnica, pois já sabe que as pessoas aprendem diferentemente umas
das outras e têm velocidades próprias de aprendizagem do real.

Uma maneira peculiar de se contar histórias; este pode ser um entendimento para os audiovisuais uma vez que as histórias se revelam e se
escondem nas narrativas que cada vídeo e de cada programa de televisão.Quando surgiram os chamados recursos audiovisuais educativos e
se fizeram grandes esforços tentando levá­los até as salas de aula, o que talvez tenha conseguido foi dar um colorido ao tradicional
(FERREIRA, 1986). Segundo o autor antes mesmo de aprender a ler, a criança já registrou imagens e sons no seu cérebro. Todo homem
passa um bom tempo de sua vida a olhar e escutar. O cérebro não foi feito unicamente para registrar as palavras impressas. Existe
toda uma atividade cerebral no olhar e na escuta.

Vamos saber mais um pouco assistindo a este vídeo de 7 minutos: Programa TVE Escola Viva O Audiovisual na Educação BL1

Programa TVE Escola Viva O Audiovisual na Educa…


2.4 Dimensões visuais
Estamos mergulhados em imagens e sons: cartazes, revistas,
cinema, TV, vídeo e rádio. Mas esses meios de comunicação, na
maioria das vezes, são concebidos para serem recebidos de maneira Dos Cartazes e transparências para retroprojeção, aos dispositivos de
passiva. É urgente que surjam proposta de atitudes ativas e críticas cinema educativo, televisão, e computador, e atualmente as produções com
diante desses meios. A tecnologia digital de comunicação,em suas o uso dos dispositivos digitais, e sua ampla divulgação em rede podemos
mais diversas manifestações e interferências sociais, é uma das observar alguns dos seus aspectos particulares:
expressões culturais e imagéticas mais presentes, e que
A linguagem audiovisual precisa ser compreendida para além dos produtos
cotidianamente muda nossas percepções e altera os sentidos, a partir
audiovisuais construídos a partir da justaposição de imagens e sons. Há um
da construção de uma outra visão artificial da realidade.
grande número de recursos audiovisuais, que pelo fato de envolverem
As imagens que vemos aqui neste ebook estão em um plano só, equipamentos, design e interfaces inovadoras provocam algumas vezes,
o papel, porém a grande maioria das expressões audiovisuais em reação de resistência e distanciamento nos professores. 
nosso cotidiano, seja a tela de cinema ou a de TV, percebemos
Podemos dizer que o cinema é composto por três linguagens: a visual, a
em terceira dimensão: altura, largura e profundidade. Essas três
sonora e a verba. Para “lermos”, deciframos e compreendermos esta
dimensões aliada ao movimento fazem de um audiovisual potencial
linguagem é preciso conhecimento dos elementos que a compõe, seus
caminho aberto para o crescimento. Desde que se comece a realizar
códigos. Dentre estes elementos estão os enquadramentos, os planos, os
uma trilha sonora, uma sequência de slides, a misturar o som com
ângulos de filmagem e os movimentos de câmera. Vamos conhecer
imagens, perceber­se que é necessário empregar uma intensa
alguns?
atividade cerebral: imaginação, criatividade, mas também rigor e
lógica, habilidade técnica manual.
Tipos de Enquadramento Cinematográ韛�cos
Vivemos em um tempo no qual, praticamente, todas as pessoas são
“alfabetizadas” audiovisualmente. As imagens e os sons medidos e
organizados pela inteligência transformam­se em instrumentos, muito
fortes, de comunicação e crescimento para o grupo realizador. Por
isso que o conceito de audiovisual é bastante amplo e abrange toda
produção que associe som e imagem: cinema, televisão, montagem
de slides acompanhada de gravação. 

A linguagem audiovisual precisa ser compreendida para além dos
produtos audiovisuais construídos a partir da justaposição de
imagens e sons. Há um grande número de recursos audiovisuais, que
pelo fato de envolverem equipamentos, design e interfaces inovadoras
provoca algumas vezes, reação de resistência e distanciamento nos
professores.

                                                                                                       

                                                                                        
2.5 Cinema Educativo

PARA REFLETIR?

Os filmes (documentário ou ficção) são resultados de um processo de manipulação de
Alain Bergala,
imagens estáticas, fotografadas do real, que reproduzem o movimento da vida. Esse
cineasta francês,
movimento cinematográfico contínuo, parecido com o da realidade é devido ao fenômeno
professor de
de ilusão de ótica, que ocorre da seguinte forma: “fotografa­se” uma figura em movimento
Cinema na
com intervalos de tempo muito curtos entre cada “fotografia”, os chamados fotogramas.
Universidade
Paris III publicou,
Esses fotogramas, num total de vinte e quatro por segundo são projetados, posteriormente, na França, o que ele chamou
neste mesmo ritmo. A impressão do movimento se dá porque o nosso olho guarda uma de “pequeno tratado sobre a
imagem na retina por um tempo maior que 1/24 de segundo, de maneira que ao captarmos transmissão do
uma imagem, a anterior ainda está na retina, por isso não percebemos a interrupção entre
as imagens fotografadas. Mas essa impressão é logo desfeita quando interferimos na
cinema na
velocidade da filmagem.
escola”, um livro
muito
interessante no
Tudo isso faz dessa linguagem cinematográfica uma sucessão de seleções e escolhas, a qual propõe,
partir de um ponto de vista: decide­se por filmar o objeto de perto ou de longe, em ainda, a adoção,
movimento ou não, por este ou por aquele ângulo. Na montagem escolhem­se em
determinados planos em detrimento de outros e a sequencia em que as cenas serão
exibidas e, finalmente, escolhem­se os efeitos sonoros.
sala de aula, do que ele chama
de “pedagogia dos fragmentos”
Portanto, é fundamental que o leitor seja despertado para essas percepções e conceitos ou “FMR” – fragmentes mis en
para que se aproprie desses modos de produção e, a partir da reflexão sobre a construção rapport –, ou seja, a exibição
dessas realidades na tela, esse sujeito seja capaz de interferir na sociedade em de fragmentos extraídos de
transformação, colaborando na formação de outro ser “menos consumista, mais ético longas­metragens articulados
consigo mesmo, solidário com o próximo e integrado com a natureza que o circunda”. segun
Da tela da TV à tela do tablet, as narrativas audiovisuais ocupam espaço significativo no do critérios
dia a dia das pessoas. Para isso, é imprescindível o desenvolvimento de diferentes preestabelecidos
atividades em sala de aula que explorem a questão do olhar e do ponto de vista, tanto do pelo professor:
produtor de mensagens quanto do receptor, por meio da desconstrução do objeto em diferentes formas
estudo, destacando vários elementos, tais como: o objetivo da mensagem; o de abordar um
enquadramento do objeto (plano médio, plano geral, primeiro plano); a interferência da luz mesmo
sobre esse objeto; a posição do objeto; os efeitos sonoros (fala, música ou ruídos); as problema,
cores utilizadas, o figurino, o tempo de exposição de cada cena, a sua organização, ritmo diferentes
etc. Essas atividades permitirão ao estudante transformar as informações recebidas em maneiras de tratar uma
conhecimento, por meio da interação com o outro. temática em narrativas fílmicas,
semelhanças, aproximações,
                                                    
contrastes entre técnicas e
estéticas distintas utilizadas ao
longo da história do cinema, e
assim por diante.
2.6 Televisão
Tendo surgido há aproximadamente noventa anos, a televisão já se incorporou definitivamente à vida das pessoas. A TV  possui um caráter
de audiência mais autônoma, propagando as imagens de forma local, permitindo que o espectador interrompa a recepção transmitida em
tempo real de acordo com a sua vontade, zappiando os canais causando uma ruptura no discurso que não o interessa.

Em função disso, os hábitos e costumes já não são os mesmos, causando uma adaptação ao novo ambiente residencial. Isso ocorre devido
ao grande avanço tecnológico dos últimos anos, que tornou mais fácil o acesso por parte da população ao aparelho televisivo, em termos de
preço e qualidade, e fazendo com que o nível dos programas produzidos nas emissoras de televisão se tornasse geralmente bom. Por outro
lado, o avanço tecnológico fez com que a televisão se transformasse num meio de comunicação ágil, fazendo chegar notícias do
mundo inteiro com uma velocidade espantosa e com alta definição.

Como a televisão é um conjunto de imagem e som ela se torna um elemento motivador e que prende a atenção dos telespectadores,
acionando os seus principais sentidos da aprendizagem; visão e audição. Assim, a televisão tornou­se um poderoso recurso audiovisual parar
o processo de ensino­aprendizagem, causando, inclusive, mudanças na escola no momento em que ela precisou se atualizar e se tornar
mais dinâmica.

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO!

Sitio do Picapau Amarelo 1978 Emilia espeta…


2.7 Computador/internet

O computador é o grande instrumento de socialização e aprendizagem colaborativa. Ele permite que, dentre PARA SABER
uma grande massa de dados, se identifique com rapidez e confiabilidade a informação necessária.No MAIS!!
processo ensino­aprendizagem o computador deve, portanto, ser utilizado no sentido de se tirar o máximo
As tecnologias
proveito dessa sua característica. Convém lembrar, entretanto, que o computador somente conseguirá atingir
digitais foram
resultados satisfatórios no papel de recurso auxiliar no processo ensino­aprendizagem quando, efetivamente,
evoluindo cada vez
contar com softwares de autoria e produção do conhecimento, analisando­se, inclusive, os aspectos sócio
mais, até que em
afetivos.
1995 foi criado o
Até aqui você, caro aluno, já deve ter observado que a ideia de audiovisual se confunde, muitas vezes, primeiro filme feito
com a ideia de mídia que os inclui. O mundo contemporâneo é também um mundo midiático e midiatizado, totalmente via
cada vez mais distanciado da natureza real e fazendo surgir uma natureza transformada pela tecnologia. Com computador: Toy
o advento das mídias sociais e popularização dos dispositivos móveis nós elaboramos e divulgamos posts, Story que, com
filmes, fotos, em vários suportes. Esse é o princípio do conceito de mídia. Toda mídia pressupõe informação certeza,
e um suporte, ou seja, aquilo que suporta a informação e que é, ao mesmo tempo, um difusor desta. Segundo acompanhou a
o dicionário Houaiss eletrônico (2001) o significado para o termo mídia é: (...) todo suporte de difusão da vida de muita
informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de transmitir mensagens; meios de gente.
comunicação social de massas não diretamente interpessoais (como por exemplo, as conversas, diálogos
públicos ou privados).

Os recursos audiovisuais suportados em diferentes mídias formam, portanto, a combinação complexa
que oferece uma das melhores condições para aprendizagem.

É importante levar em conta a participação da pessoa que aprende, quando se trata de um processo mediado
pelo audiovisual. Ela não deve ter uma atitude passiva, mas sim, ativa, fazendo com que os sentidos
estejam resignificando as informações e produzindo conhecimento.           
2.8 Educação e linguagem audiovisual
Na sociedade contemporânea não há como dissociar mediação pedagógica das tecnologias digitais de informação e comunicação ­ TDIC.
Atividades como TV, Vídeo, chat, bate papo, teleconferências, objetos de aprendizagem, fóruns e simuladores são recursos que podem e
devem ser aplicados pela escola. Mas para que isso aconteça faz­se necessário que o professor conduza sua prática de forma participativa
para que a aprendizagem ativa aconteça.

Partindo do pressuposto de que a educação deve habilitar o aluno para leitura e entendimento do seu mundo, (FREIRE, 1999) considera que
os meios de comunicação TV e Vídeo alteram as práticas sociais de alunos e professores requerendo, portanto da escola, a análise e a
reflexão sobre as mensagens que veiculam, para formar cidadãos emancipados, críticos e conscientes e acima de tudo autônomos
reconhecendo a importância da compreensão que deve possuir em relação aos elementos da realidade de que é parte, sem deixar alienar
diante dos recursos audiovisuais, que veicula mensagens tão atraentes e envolventes daí a necessidade do indivíduo torna­se emancipado e
autônomo para que diante dos veículos possam manter sua capacidade de compreensão para realizar o exercício da recepção consciente e
crítica o que ocorre somente pela reflexão.

A linguagem audiovisual abre diferentes possibilidades e oportunidades educacionais. O mais importante, seguramente, não é descobrir as
especificidades das técnicas, mas sim conhecê­las para utilizá­las pedagogicamente, fazendo delas instrumentos de criação, expressão e
comunicação. Portanto a rápida evolução da tecnologia vem exigindo que todos ao longo da vida vivam em constante aprendizagem
individual e coletiva, pois além de um direito tornou­se uma necessidade.

VAMOS DISCUTIR NO FÓRUM?

E nós, educadores e espectadores, o que devemos fazer diante do mundo audiovisual? 
2.9 Referências

BERGALA, Alain. A hipótese­cinema. Pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Tradução Mônica Costa Netto,
Silvia Pimenta. Rio de Janeiro: Booklink – CINEAD­LISE­FE/UFRJ, 2008.

DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: 34, 1992.

DUARTE, Rosália. Cinema & educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

MULTIRIO. A Escola Entre Mídias. Rio de Janeiro, 2011.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2007.

________________. Matrizes da linguagem e pensamento – sonora, visual e verbal. São Paulo: Iluminuras, 2009.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

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