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Bem vindo os fortes de vontade e puros de cora
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domingo, 4 de janeiro de 2015
Vegetarianismo e o Ocultismo
Novembro de 1913
Contemplação Celeste
Como o ocultismo encara o vegetarianismo? Muito favoravelmente, e por muitas razões. Estas razões podem ser divididas em
duas categorias — as que são comuns e físicas, e as que são ocultas ou invisíveis. Há muitas razões a favor do
vegetarianismo que pertencem ao plano físico, e são patentes aos olhos de qualquer um que se dê ao trabalho de analisar o
assunto; e estas, para o estudante do oculto, contarão ainda mais fortemente do que para o homem comum. Em acréscimo a
estas e além delas, o estudante do oculto conhece outras razões que advêm do estudo daquelas leis ocultas que são ainda
tão pouco compreendidas pela maioria da humanidade. Devemos portanto dividir nossa consideração destas razões em duas
partes, primeiro analisando as físicas e comuns.
Mesmo estas razões comuns podem ser subdivididas em duas classes — a primeira contendo as que são físicas e de fundo
egoísta, e em segundo as que podem ser descritas como tendo bases morais e altruístas.
Primeiro, então, tomemos as razões em favor do vegetarianismo que interessam somente o próprio homem, e pertencem
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
puramente ao plano físico. Por enquanto colocaremos de lado a consideração dos efeitos sobre os outros — o que é
infinitamente mais importante — e pensaremos somente nos resultados para o próprio homem. É necessário fazêlo, porque
uma das objeções frequentemente levantadas contra o vegetarianismo é a de que ele é uma bela teoria, mas cuja aplicação é
impossível, já que se supõe que um homem não pode viver sem devorar carne morta. Esta objeção é irracional, e é
fundamentada na ignorância ou não perversão dos fatos. Eu mesmo sou um exemplo de sua falsidade, pois tenho vivido sem
a poluição da alimentação carnívora — nem gado, peixe ou ave — pelos últimos trinta e oito anos, e não só sobrevivi, mas
tenho tido durante todo este tempo uma saúde extraordinariamente boa. Nem sou de modo algum especial nisso, pois conheço
milhares de outros que têm feito a mesma coisa. Conheço alguns jovens que têm sido felicíssimos de não serem poluídos
pelo comer carne durante todas as suas vidas; e são nitidamente mais livres de doenças do que aqueles que o fazem.
Seguramente há muitas razões em favor do vegetarianismo do ponto de vista puramente egoísta; e as apresentarei antes,
porque sei que as considerações egoístas atrairão mais fortemente a maioria das pessoas, ainda que eu espere que no caso
dos que estudam a Teosofia possamos imaginar que as considerações morais que mais tarde apresentarei terão muito maior
peso.
QUEREMOS O MELHOR Use em seu site!
1224264
Presumo que sobre a alimentação, assim como em todo o resto, todos nós queremos o melhor que estiver ao nosso alcance. Patrocínio
Gostaríamos de trazer nossas vidas, e portanto nossa alimentação diária como uma parte importante de nossas vidas, em
harmonia com nossas aspirações, em harmonia com o mais elevado que conhecemos. Ficaríamos felizes de ter o que
realmente é o melhor, e se ainda não sabemos o bastante para sermos capazes de apreciar o que é melhor, então ficaríamos
felizes de aprendêlo. Se pensarmos nisto, veríamos que este é o caso ao longo de outras linhas, como por exemplo na
música, arte ou literatura. Desde a infância fomos ensinados que se queremos desenvolver nosso gosto musical ao longo das
melhores linhas devemos selecionar somente a melhor música, e se de início não a apreciamos ou entendemos
completamente, devemos ser muito pacientes em esperar e ouvir, até que enfim algo se sua suave beleza desponte em Carta Celeste
nossas almas, e passemos a compreender que o que antes não despertava resposta alguma em nossos corações. Se
queremos apreciar o melhor na arte não devemos encher nossos olhos com as páginas policiais sensacionalistas, ou com as
horríveis abominações chamadas enganosamente de caricaturas; mas devemos permanecer olhando e aprendendo até que o
mistério da obra de Turner comece a se abrir à nossa paciente contemplação, ou o grandioso voo de Velásquez entre em
nosso poder de entendimento. O mesmo quanto à literatura. Tem sido a triste experiência de muitos que a maior parte do que é
melhor e mais belo esteja perdida para aqueles cujo alimento mental consiste exclusivamente do jornal sensacionalista ou do
romance barato, ou daquela frívola massa de material despejado como escória sobre o metal fundido da vida — novelas, Mistérios Revelados Democracia Espiritual
seriados e fragmentos de um tipo que nem ensina o ignorante, nem fortalece o fraco, nem desenvolve o imaturo. Se queremos
desenvolver a mente de nossas crianças não os devemos abandonar aos seus gostos não cultivados em nenhuma destas
Ventos de Paz
coisas, mas tentemos ajudálos a treinar o gosto, seja na arte, na música ou na literatura.
Seguramente então podemos procurar encontrar o melhor alimento tanto físico quanto mental, e seguramente devemos
encontrálos não só por mero instinto cego, mas por aprender a pensar e analisar o assunto do mais alto ponto de vista. Pode
haver aqueles no mundo que não têm desejo pelo melhor, que querem permanecer nos níveis mais baixos e consciente e
intencionalmente constroem em si o que é bruto e degradante; mas seguramente há os que desejam ascender acima disto,
que feliz e avidamente tomariam o melhor se apenas soubessem o que é, ou se sua atenção fosse dirigida a ele. Há homens e
mulheres que moralmente são da mais alta categoria, porém foram obrigados a comer junto das hienas e lobos da vida, e
foram ensinados que sua dieta necessária era o cadáver de um animal assassinado. É preciso só um pouco de pensamento
para mostrarnos que este horror não pode ser o mais elevado e o mais puro, e que se desejamos sempre nos elevar na escala
da natureza, se desejamos sempre que nossos corpos sejam puros e limpos como os templos do Mestre deveriam ser,
devemos abandonar este repugnante costume, e assumir nosso lugar entre as hostes principescas que se esforçam pela
evolução da humanidade — se esforçam pelo mais elevado e mais puro em tudo, para eles mesmos e para seus
companheiros. Vejamos em detalhe por que uma dieta vegetariana é enfaticamente a mais pura e melhor.
1. Mais Nutrição
Primeiro: Porque os vegetais contêm mais nutrientes do que uma igual quantidade de carne morta. Isto soará como uma
declaração surpreendente e incrível para muitas pessoas, porque elas foram levadas a acreditar que não podem viver a não ser
que se aviltem com carne, e esta ilusão é tão largamente disseminada que é difícil despertar o homem comum dela. Deve ser
entendido claramente que isto não é uma questão de hábito, ou de sentimento, ou de preconceito; é simplesmente uma
questão de mero fato, e contra os fatos não há e nunca houve a menor objeção. Há quatro elementos necessários na
alimentação, todos essenciais à reparação e construção do corpo: (a) Proteínas ou alimentos nitrogenados; (b) Carboidratos;
(c) Lipídios ou gorduras; (d) Sais minerais. Esta é a classificação usualmente aceita pelos fisiologistas, ainda que
investigações recentes tendam a modificála em certa extensão. Na trilha luminosa da consciência
Mas não há nenhuma dúvida de que todos estes elementos existem em quantidade maior nos vegetais do que na carne morta.
Instituto Nina Rosa
Por exemplo, leite, nata, queijo, nozes, ervilhas e feijões contêm uma grande porcentagem de proteínas ou matéria
nitrogenada. Trigo, aveia, arroz e outros grãos, frutas e a maioria dos vegetais (exceto talvez ervilhas, feijões e lentilhas)
consistem principalmente de carboidratos — isto é, amido e açúcares. Os lipídios, ou gorduras, são encontrados em quase
todos os alimentos proteicos, e podem ainda ser ingeridos sob forma de manteiga ou óleos. Os sais minerais são encontrados
praticamente em todos os alimentos em maior ou menor grau. São da maior importância na manutenção dos tecidos corporais,
e o que chamamos de depleção salina é a causa de muitas doenças.
Algumas vezes se argumenta que a carne contém alguns destes nutrientes em maior abundância do que os vegetais, e
algumas tabelas são elaboradas de modo a sugerir isto; mas uma vez mais, isto é uma questão de fatos, e deve ser encarada Informese, Transformese e Transcenda!
deste ponto de vista. As únicas fontes de energia na carne morta são a matéria proteica que contém, e a gordura; e quanto à
gordura dela, certamente não tem mais valor do que outras gorduras, sendo a proteína o único ponto a ser considerado. Mas
Jiddu Krishnamurti
deve ser lembrado que as proteínas têm todas uma só origem; são elaboradas nas plantas e em nenhum outro lugar. Nozes,
ervilhas, feijões e lentilhas são muito mais ricos deste elemento do que qualquer tipo de carne, e têm a enorme vantagem de
serem puras, e portanto contêm toda a energia originalmente armazenada nelas durante sua elaboração. No corpo animal estas
proteínas, que o animal absorveu do reino vegetal durante sua vida, estão constantemente sendo decompostas, durante a qual
a energia originalmente armazenada nelas é liberada.
Consequentemente o que já foi usado por um animal não pode ser utilizado por outro. As proteínas são avaliadas em algumas
destas tabelas pela quantidade de nitrogênio que contêm, mas na carne há muitos produtos de metabolismo tecidual como
ureia, ácido úrico e creatinina, todos contendo nitrogênio, e portanto sendo incluídos junto das proteínas, embora não possuam
nenhum valor nutritivo.
Tampouco o mal termina aqui; pois este metabolismo necessariamente é acompanhado pela formação de muitos venenos, que
sempre são encontrados em qualquer tipo de carne; e em muitos casos a virulência destes venenos é muito grande. Assim se
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
você obtém alguma nutrição pelo consumo de carne morta, o faz somente porque durante sua vida o animal consumiu matéria
vegetal. Você obtém menos nutrição do que deveria, porque o animal já a consumiu metade, e você recebe junto várias
substâncias indesejáveis, e mesmo alguns venenos ativos, que, é óbvio, são nitidamente deletérios. Eu sei que há muitos
doutores que prescreverão a desagradável dieta de carne, a fim de fortalecer as pessoas, e eles frequentemente terão alguma
medida de sucesso; embora mesmo neste ponto eles de modo algum concordem, pois o Dr. Milner Fothergill escreve: “Toda
efusão de sangue causada pela disposição belicosa de Napoleão não é nada comparada à perda de vida de miríades de
pessoas que foram ao túmulo através de uma enganosa confiança no suposto valor do bife “. De qualquer modo, os resultados
fortalecedores podem ser obtidos do reino vegetal quando a ciência da dieta for corretamente compreendida, e eles podem ser
obtidos sem a horrível poluição e sem todos os outros fatores indesejáveis concomitantes do outro sistema. Deixeme
mostrarlhe que nisto tudo não faço nenhuma afirmação infundada; deixeme citar para você as opiniões dos médicos, dos
homens cujos nomes são bem conhecidos no mundo da medicina, para que você possa ver que eu tenho ampla autoridade no
que disse.
Encontramos Sir Henry Thompson, F.K.C.S., dizendo: “É um erro vulgar considerar a carne sob qualquer forma como
necessária à vida. Tudo o que é necessário para o corpo humano pode ser suprido pelo reino vegetal... O vegetariano pode
extrair de sua alimentação todos os princípios necessários para o crescimento e manutenção do corpo, assim como para a
produção de calor e força. Deve ser admitido como um fato além de qualquer dúvida que algumas pessoas são mais fortes e
mais saudáveis quando tomam este alimento. Eu sei o quanto esta dieta de carne predominante é não só um luxo dispendioso,
mas uma fonte de sério mal ao consumidor”. Eis uma afirmação definitiva de um médico bem conhecido.
Então podemos acompanhar as palavras de um membro da Royal Society, Sir Benjamin Ward Richardson, M.D.; ele diz:
“Deve ser admitido honestamente que peso por peso, a substância vegetal, quando cuidadosamente selecionada, possui as
mais extraordinárias vantagens sobre a alimentação animal, em termos de valor nutritivo. Eu gostaria de ver um plano
vegetariano e frugívoro posto em uso geral, e acredito que será feito”. Quebrando limitações
O bem conhecido médico Dr. William S. Playfair, C.B., disse mui claramente: “A dieta animal não é essencial ao homem”; e
encontramos o Dr. F.J. Sykes, B.Sc., oficial médico para S. Pancrácio, escrevendo: “A química não é contrária ao Sociedade Vegetariana Brasileira
vegetarianismo, não mais que a biologia o é. A alimentação de carne certamente não é necessária para suprir os produtos
nitrogenados requeridos para a reparação dos tecidos; portanto uma dieta bem escolhida derivada do reino vegetal está
perfeitamente correta, do ponto de vista químico, para a nutrição dos homens”.
O Dr. Francis Vacher, F.R.C.S., F.C.S., assinala: “Não acredito que um homem fique melhor física ou mentalmente pelo
consumo de carne”.
O Dr. Alexander Haig, F.E.C.P., o médicochefe de um dos grandes hospitais de Londres, escreveu: “Que é possível sustentar
a vida com produtos do reino vegetal não precisa demonstração para os médicos, mesmo se a maioria da raça humana não
estivesse constantemente envolvida nesta demonstração; e minhas pesquisas mostram não só que é possível, mas que é Mude!
infinitamente preferível de todos os modos, e produz poderes superiores, tanto de mente como de corpo”.
Osho
O Dr. M.F.Coomes, em The American Practitioner and News, de julho de 1902, conclui um artigo científico assim: “Deixeme
dizer antes que a carne de animais de sangue quente não é essencial como dieta para o propósito de manter o corpo humano
em perfeita saúde”. Ele prossegue fazendo outras observaçöes que citaremos em nossa próxima seção.
O Deão da Faculdade do Jefferson Medical College, de Filadélfia, disse: “É um fato bem conhecido que cereais como artigos
de consumo diário têm uma alta posição na economia humana; contêm constituintes amplamente suficientes para sustentar a
vida em sua forma mais elevada. Se o valor alimentício dos cereais fosse melhor conhecido seria uma boa coisa para a raça.
Países inteiros vivem e prosperam só com eles, e tem sido plenamente demonstrado que a carne não é uma necessidade”.
Eis um número de claras afirmações, e todas foram tomadas dos escritos de homens bem conhecidos que fizeram estudos
consideráveis sobre a química dos alimentos. É impossível negar que o homem pode existir sem está horrível dieta carnívora,
e mais ainda, que há mais nutrientes em vegetais do que em uma quantidade igual de carne morta. Eu poderia citar muitas
outras declarações, mas estas acima mencionadas são suficientes, e são bons exemplos das outras.
2. Menos Doença
Segundo: Porque muitas doenças sérias advêm deste repugnante costume de devorar corpos mortos. Novamente aqui eu
poderia facilmente dar uma longa lista de citações, mas como antes ficarei satisfeito com poucas. O Dr. Josiah Oldfield,
M.E.C.S., L.R.C.P., escreve: “A carne não é um alimento natural, e portanto tende a criar perturbações funcionais. Do modo
como é consumida nas modernas civilizações, está infectada com terríveis doenças (prontamente transmissíveis ao homem)
como o câncer, consumpção, febre, verminoses, etc., em uma extensão enorme. Não admira que a ingestão de carne seja
uma das mais sérias causas das doenças desenvolvidas por 99% das pessoas que nascem”.
Vibrando o coração
Sir Edward Saunders nos diz: “Seria boa toda tentativa de ensinar a humanidade que bife e cerveja não são necessários para a
saúde e eficiência, e devem levar à economia e felicidade; e à medida que isso se desenvolver acredito que ouviremos falar
menos em gota, mal de Bright, problemas de fígado e rins quanto ao primeiro item, e menos brutalidade e espancamentos Arquivo do blog
domésticos e assassinatos quanto ao segundo. Acredito que a tendência é em direção à dieta vegetariana, que será ▼ 2015 (2)
reconhecida como boa e adequada, e que não está longe o tempo em que a ideia de alimentação animal será considerada
► Maio (1)
revoltante para o homem civilizado”.
▼ Janeiro (1)
Sir Robert Christison, M.D., afirma positivamente que “a carne e a secreção dos animais afetados com doenças carbunculares Vegetarianismo e o Ocultismo
como o antraz são tão venenosas que os que comem seus derivados estão sujeitos a sofrer severamente — a doença
assumindo a forma de inflamação do tubo digestivo ou de erupção de um ou mais carbúnculos”. ► 2014 (20)
► 2013 (36)
A Drª. A. Kingsford, da Universidade de Paris, diz: “A carne animal pode engendrar diretamente muitas doenças dolorosas e ► 2012 (20)
repulsivas. A própria escrófula, esta fecunda fonte de sofrimento e morte, não improvavelmente deve sua origem a hábitos
► 2011 (76)
carnívoros. É um fato curioso de que a palavra escrófula seja derivada de scrofa, porca. Dizer que alguém tem escrófulas é
dizer que sofre do mal suíno”. ► 2010 (35)
Em seu quinto relatório ao Conselho Privado da Inglaterra encontramos o Prof. Gamgee assinalando que “um quinto do total de
Leitura por tema
carne consumida é derivada de animais mortos em um estado de doença maligna”. Enquanto que o Prof. A. Winter Blyth,
F.R.C.S., escreve: Arcanos da Era de Aquário (19)
Astrologia Esotérica (3)
“Economicamente falando, a alimentação de carne não é necessária — e carne seriamente doente pode ser preparada de Atlântida (2)
modo a parecer muito boa. Muitos animais com doenças avançadas no pulmão ainda não apresentam qualquer sinal na carne Autoconhecimento (39)
que a olho nu difiram do normal”. Brasil oculto (4)
Canalizações (4)
O Dr. M.P. Coomes, no artigo citado antes, assinala: “Temos muitos substitutos para a carne que são livres dos efeitos
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deletérios da comida dependente da economia animal — a saber: na produção de reumatismo, gota e todos os outros tipos de Ciência e Física Quântica (4)
doenças, sem falar na congestão cerebral, que frequentemente termina em apoplexia e doenças circulatórias de um ou outro Consciência vegetariana (4)
tipo, enxaqueca e muitas outras formas de dor de cabeça, resultantes do uso excessivo de carne e frequentemente produzidas Contraparte (Alma Gêmea) (5)
mesmo quando a carne não é consumida em excesso”. O Dr. J.H. Kellogg declara: “É interessante notar que os homens de
Cá Azevedo (11)
ciência em todo o mundo estão despertando para o fato de que a carne de animais como comida não é uma nutrição pura, mas
Eckhart Tolle (1)
é misturada com substâncias venenosas, excrementícias em caráter, que são o resultado natural da vida animal. Os vegetais
Filosofia (1)
armazenam energia. É do mundo vegetal — carvão e madeira — que deriva a energia que impulsiona nossos motores, empurra
nossos trens, conduz nossos barcos e faz o trabalho da civilização. É do mundo vegetal que todos os animais, direta ou Jiddu Krishnamurti (17)
indiretamente, derivam a energia que é manifesta pela vida animal através do trabalho muscular e mental. O vegetal constrói; o José Henrique de Souza (29)
animal destrói. O vegetal acumula energia; o animal a gasta. Vários produtos de excreção e venenosos resultam da Khalil Gibran (1)
manifestação da energia, seja da locomotiva seja do animal. Os tecidos vivos do animal podem manter sua atividade só pelo KRYON (1)
fato de que são continuamente limpos pelo sangue, fluindo em uma incessante corrente através e em torno deles, levando Mahatma Gandhi (1)
embora os produtos venenosos que resultam de seu trabalho tão rapidamente quanto são formados. O sangue venoso deve Mistérios da Música (4)
suas características a estes venenos, que são removidos pelos rins, pulmões, pele e intestinos. A carne de um animal morto
Mistérios do sexo (10)
contém uma grande quantidade destes venenos, cuja eliminação cessa no instante da morte, embora sua formação continue
Mundos Internos (1)
por algum tempo depois da morte. Um eminente cirurgião francês recentemente assinalou que ‘o bife é uma verdadeira poção
Nova era (3)
venenosa’. Médicos inteligentes em toda parte estão passando a reconhecer estes fatos, e fazer aplicação prática deles”.
Orações (3)
Aqui novamente vemos que não há falta de evidência; e muitas das citações a respeito da introdução de venenos no sistema Osho (10)
através da alimentação de carne não provêm de doutores vegetarianos, mas daqueles que ainda consideram certo comer Palestras (2)
pedaços de cadáveres, mas estudaram a ciência do assunto em alguma extensão. Deve ser lembrado que a carne morta Pescador de Homens (1)
jamais pode estar em uma condição de perfeita saúde, porque a decomposição inicia no momento em que a criatura é morta. Reflexões (14)
Todos os tipos de produtos são formados neste processo de deterioração [retrograde change, no original — NT]; todos são Reino Elemental (3)
inúteis, e muitos são positivamente perigosos e venenosos. Nas antigas escrituras dos hindus encontramos uma passagem
Roso de Luna (1)
muito notável, que se refere ao fato de que mesmo na Índia algumas das castas inferiores naquele período primitivo
Sabedoria das idades (57)
começaram a se alimentar de carne. A declaração é de que em tempos antigos existiam somente três doenças, uma das quais
Sagrado feminino (2)
era a velhice; mas que agora, desde que as pessoas tinham começado a comer carne, setenta e oito novas doenças haviam
surgido. Isto nos mostra que a ideia de que a doença poderia vir do consumo de cadáveres já tem sido reconhecida há Teosofia (2)
milhares de anos. Videoteca (1)
3. Mais Natural para o Homem
"A realidade manifestada, de qualquer ordem
seja, não é senão mera unidade integradora
Terceiro: Porque o homem não foi naturalmente feito para ser carnívoro, e portanto esta comida horripilante não lhe é uma ordem superior; e assim, até o infinito, n
adequada. Aqui novamente deixeme fazer algumas citações para lhe mostrar quais autoridades se enfileiram ao nosso lado mais nem menos do que acontece com a
neste assunto. O próprio Barão Cuvier escreve: “O alimento natural do homem, a julgar pela sua estrutura, consiste de frutas, numeração, que não reconhece em si nenhu
raízes e vegetais”; e o Prof. Eay nos diz: “Certamente o homem jamais foi feito para ser um animal carnívoro”. Sir Richard limite efetivo"
Owen, F.R.C.S., escreve: “Os antropóides e todos os quadrúmanos derivam sua alimentação de frutas, grãos e outras
substâncias vegetais suculentas, e a estrita analogia que existe entre a estrutura destes animais e a do homem demonstra
Pesquisa no blog
claramente sua natureza frutívora”.
Um outro membro da Royal Society, Prof. William Lawrence, escreve: “Os dentes do homem não têm a menor semelhança
com os dos animais carnívoros; e se considerarmos os dentes, as mandíbulas ou órgãos digestivos, a estrutura humana se
Postagens populares
assemelha notavelmente à dos animais frugivoros”.
O Mistério da Libélula
Mais uma vez o Dr. Spencer Thompson assinala: “Nenhum fisiologista contestaria que o homem deveria viver de uma dieta Prólogo: Não é de hoje que
vegetariana”; e o Dr. Sylvester Graham escreve: “A anatomia comparada prova que o homem é naturalmente um animal recebo da natureza sinais co
frugívoro, formado para subsistir de frutas, sementes, e vegetais farináceos”. esse misterioso ser: A Libélu
Em momentos chave da minh
vida, sempre me ...
É claro que a desejabilidade da dieta vegetariana não precisará de nenhum argumento para alguém que acredite na inspiração
das escrituras, pois será lembrado que Deus, ao falar com Adão no Jardim do Éden, disse: “Vê, Eu te dei todas as ervas com José Henrique de Souza A
semente que existem sobre a face de toda a Terra, e toda árvore em cujo fruto houver semente; destas comerás”. Foi somente do Ocidente
depois da queda do homem, quando a morte surgiu no mundo, que uma ideia mais degradada de alimentação também surgiu EIS A LUZ DO OCIDENTE
sido há séculos? Há milênios
com ela; e se agora esperamos voltar de novo às condições edênicas devemos certamente começar por abolir assassínios
Teria sido num lugar ermo do
desnecessários executados a fim de suprirnos de comida horrível e degradante. longínquo Oriente? Não. Foi
mesmo...
4. Mais Força
Palestra: O mistério do Sexo
(Antonio Carvalho e Adhema
Quarto: Porque os homens ficam mais fortes e melhores com uma dieta vegetariana. Sei que as pessoas dizem: “Você ficará Ramos)
fraco se não comer carne”. Como fato isto não é verdade. Não sei se pode haver quaisquer pessoas que se achem mais Palestra explicando o mistéri
fracas com uma dieta de vegetais; mas eu sei sim que em muitas competições atléticas recentes os vegetarianos se sexo pela ótica teosófica e
ensinamentos de JHS
provaram os mais fortes e resistentes — como por exemplo nas recentes corridas de bicicleta na Alemanha, onde todos os
http://www.youtube.com/watch?v=kjJSdPUp
que conseguiram as melhores colocações na corrida eram vegetarianos. Têm havido muitas destas competições, e elas
mostram que, outros fatores sendo igualados, o homem que ingere comida pura se sai melhor. Temos que encarar os fatos, e Shiva Shakti
neste caso os fatos se colocam todos do nosso lado, contra os tolos preconceitos e o desejo repelente, no outro. A razão foi Shiva é a mais elevada das
claramente dada pelo Dr. J.D. Craig, que escreve: criaturas, Parvati é o mais
sublime dos ideais.
cérebro, Parvati é o coração.
“O vigor corporal é frequentemente ostentado por aqueles que comem carne, particularmente se vivem na maior parte do tempo cérebro fabri...
ao ar livre; mas há uma peculiaridade sobre eles, é a de não terem a resistência dos vegetarianos. A razão disto é que a carne
já está se degradando, e como consequência sua presença nos tecidos é de curta duração. O impulso metabólico imprimido A Estrela Algol (JHS)
nela no corpo do animal de onde é retirada é reforçado por um outro impulso no corpo do homem, e por esta razão a energia Assim como se processa a
evolução da alma – com o au
que ela contém logo se dissipa, e surge a demanda urgente por mais. O comedor de carne, então, pode fazer muito trabalho das rondas e respectivos rein
em um curto espaço de tempo, se for bem alimentado. Mas logo fica faminto, e enfraquece. Por outro lado, os produtos da Natureza – desde a ascíd
vegetais são de digestão lenta; eles contêm todo o estoque original de energia, e nenhum veneno; sua degradação é mais homem mais per...
lenta do que a da carne, tendo recém começado, e portanto sua força é liberada mais lentamente e com menos perda, e a
Os Mistérios do Sexo – Profº
pessoa que é nutrida por eles pode trabalhar por um longo período sem comer, se necessário, e sem desconforto. As pessoas
Henrique José de Souza – pá
na Europa que se abstêm de comer carne são da classe mais elevada e inteligente, e o assunto da resistência tem sido 46 à 51
abordado e integralmente investigado por elas. Na Alemanha e Inglaterra têm sido realizadas entre comedores de carne e Inicio da Humanidade – por
vegetarianos um número de notáveis competições atléticas que requerem resistência, com o resultado de que os vegetarianos Regina de Fátima Chefe
iniciar o assunto, se faz
invariavelmente acabam vitoriosos”.
necessário esclarecer ao amigo internalta,
algu...
Descobriremos, se investigarmos, que este fato é conhecido há muito tempo, pois mesmo na história antiga encontramos
traços dele. Será lembrado que dentre todas as tribos gregas as mais fortes e resistentes, por reconhecimento e reputação A Pomba do Espírito Santo (J
universais, eram os espartanos; e a simplicidade de sua dieta vegetal é assunto de conhecimento comum. Pense ainda nos A POMBA do ESPÍRITO SAN
Prof. Henrique José de Souz
atletas gregos — aqueles que se preparavam com tanto esmero para participarem nos jogos Olímpicos e Ístmicos.
"Cavalga a Ave da Vida se
queres saber. Abandona a tu
Se você ler os clássicos verá que estes homens, que em sua especialidade ultrapassavam todo o resto do mundo, viviam de Vida se quer...
figos, nozes, queijo e milho. Então vejase os gladiadores romanos — homens de cuja força dependia sua vida e fama; e
http://buscainterior.blogspot.com.br/search/label/Consci%C3%AAncia%20vegetariana 4/20
19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
descobrimos que sua dieta consistia exclusivamente de bolos de cevada e óleo; eles sabiam muito bem que esta era a comida Meditando com os Signos
mais fortalecedora. Como Áries é o primeiro signo de Zodíaco, e
o local de novos começos. Nos ciclos anuai
Todos estes exemplos nos mostram que a falácia comum e persistente de que se deve comer carne a fim de ficarmos fortes das passagens do Sol pelos doze signos, el
não tem fundamento nos fatos; na realidade o exato oposto é o verdadeiro. Charles Darwin escreveu em uma de suas cartas:
Interpretação da Letra do Ma
“Os trabalhadores mais extraordinários que jamais vi, os operários nas minas do Chile, vivem exclusivamente de alimento Búdico (JHS)
vegetal, incluindo muitas sementes de plantas leguminosas”. Sobre os mesmos mineiros Sir Francis Head escreve: “É comum Ouça: Mantra Búdico Toca
para os mineiros de cobre do Chile central carregarem cargas de minério de até 90 kg em uma subida vertical de mais de 70 por JHS Este precioso "Mantr
metros doze vezes por dia; e sua dieta é inteiramente vegetariana — um desjejum de figos e pequenos pães, um almoço de Búdico" foi oferecido ao noss
Mestre JHS, à nossa
feijões cozidos, e uma ceia de trigo tostado”. OBRA, pelo...
O Sr. F.T. Wood, em seu Discoveries at Ephesus, escreve: “Os carregadores turcos em Esmirna carregam muitas vezes O orgasmo da alma (Osho)
pesos de 180 a 270 kg em suas costas, e o capitão certo dia apontoume um de seus homens que havia carregado um enorme Há momentos, alguns mome
fardo de mercadorias pesando 360 kg lomba acima até um armazém; de modo que com esta dieta frugal sua força é bem raros, em que o ego
desaparece porque você está
desusadamente grande”. uma total embriaguez. No am
às vezes acontece; n...
Sobre estes mesmos turcos disse Sir William Fairbairn: “Os turcos podem viver e lutar onde soldados de qualquer outra
nacionalidade pereceriam. Seus hábitos simples, sua abstinência de licores intoxicantes, e sua dieta vegetariana normalmente
os habilita a sofrer as maiores privações e subsistir com a mais escassa e simples das dietas”. Total de visualizações
Eu próprio posso testemunhar a enorme força demonstrada pelos trabalhadores tamiles do sul da Índia, pois eu tenho visto 1 2 8 5 6
frequentemente eles carregarem pesos que me deixaram estupefato. Eu lembro de estar no convés de um navio, olhando para
um daqueles trabalhadores pegar uma enorme caixa, colocála sobre suas costas, e andar lenta mas firmemente descendo por
Tarot Seu arcano do dia
uma prancha até a praia e colocandoa em um galpão. O capitão, perto de mim, notou com surpresa: “Mas como! precisei de
quatro trabalhadores ingleses para embarcar aquela caixa no porto de Londres!”. Também vi outro destes trabalhadores, depois Cigano.net Pousadas Tarot Grátis
de colocar um piano de cauda em suas costas, carregálo sem ajuda por uma distância considerável; porém estes homens são
inteiramente vegetarianos, pois vivem principalmente de arroz e água, ocasionalmente com algumas tamarindos para dar
sabor.
O Tarot dá uma lu
Sobre o mesmo tema, o Dr. Alexander Haig, a quem já citamos, escreve: “O efeito de ficar livre do ácido úrico tem sido o de pra você.
fazer meus poderes corpóreos tão grandes como eram há quinze anos atrás; custo a acreditar que mesmo há quinze anos eu Clique e veja a mensagem.
pudesse me arriscar aos exercícios que agora faço com absoluta impunidade — livre de fadiga e cansaço na hora e de rigidez
no dia seguinte. De fato, frequentemente digo que agora é impossível cansarme, e relativamente acredito que seja verdade”.
Este distinguido médico se tornou vegetariano porque, de seu estudo das doenças causadas pela presença de ácido úrico no
sistema, ele descobriu que o consumo de carne era a principal fonte deste veneno mortal. Um outro ponto interessante que ele
menciona é que a mudança de dieta trouxelhe uma nítida mudança no ânimo — que onde antes ele se achava
constantemente nervoso e irritável, agora se tornou muito mais constante e calmo e menos irritado; ele compreendeu
plenamente que isso era devido à mudança em sua dieta.
Se quisermos ainda alguma evidência adicional, a temos perto, no reino animal. Observemos que os carnívoros não são os
mais fortes, mas que todo o trabalho do mundo é feito pelos herbívoros cavalos, mulas, bois, elefantes e camelos. Não
pensamos que o homem possa utilizar o leão e o tigre, ou que a força destes selvagens comedores de carne seja igual à
daqueles que se nutrem diretamente do reino vegetal. "É o Espírito que é Livre
o Eu é limitado.
5. Menos Paixão Animal É a Alma que sabe
o coração sente as dores.
Quinto: Porque comer corpos mortos conduz à indulgência na bebida, e aumenta no homem as paixões animais. O Sr. H.B. É a compreensão o Portal
Fowler, que estudou e palestrou sobre a dipsomania durante quarenta anos, declara que o uso da carne, pela excitação que do verdadeiro saber."
produz no sistema nervoso, abre caminho para os hábitos intemperantes em tudo; e quanto mais carne é consumida, mais
sério é o perigo de confirmarse o alcoolismo. Muitos médicos experientes têm feito experiências similares e sabiamente agem Veja também:
de acordo em seu tratamento dos dipsomaníacos. A parte inferior da natureza humana sem dúvida é intensificada pelo hábito
de nos alimentarmos de cadáveres. Mesmo após comer uma refeição completa de material tão horrível um homem ainda se !Passarinhos no telhado
Sobre o odiar alguém...
sente insatisfeito, pois ele permanece consciente de uma vaga sensação desconfortável de fome, e consequentemente sofre
Há 7 horas
grandemente de tensão nervosa. Esta sensação é a fome dos tecidos corporais, que não podem renovarse com a substância
pobre oferecida a eles como comida. Para satisfazer esta vaga fome, ou antes para acalmar estes nervos sem descanso de Fábio Ibrahim
modo que não sejam mais sentidos, recorrese frequentemente a estimulantes. Às vezes são ingeridas bebidas alcoólicas, às Ufologia e Espiritualidade Biografia
Professor Laércio Fonseca
vezes se tenta afastar estas sensações com café preto, e às vezes usase tabaco forte para tentarmos tranquilizar os nervos
Há 15 horas
irritados e exaustos. Aqui temos o início da intemperança, pois na maioria dos casos a intemperança começa na tentativa de
amainar com estimulantes alcoólicos a vaga e desconfortável sensação de carência que se segue a uma refeição de alimento Pensar Compulsivo
empobrecido — alimento que não alimenta. Alegria descondicionada
Há 15 horas
Não há dúvida de que a embriaguez e toda a pobreza, degradação, doença e crime associados a ela podem ser atribuídos Luz da Alma
frequentemente a erros nutricionais. Poderíamos seguir esta linha de pensamento indefinidamente. Poderíamos falar da RELAXE COM PRANAYAMA
irritabilidade, ocasionalmente culminando em insanidade, que agora todas as autoridades reconhecem como sendo o resultado Há 16 horas
frequente da alimentação errônea. Poderíamos mencionar uma centena de sintomas comuns de indigestão, e explicar que a O FEMININO E O SAGRADO
indigestão é sempre o resultado de alimentação incorreta. Seguramente, contudo, já disse o suficiente para indicar a Mulheres de Encantado: nosso corpo nos
importância e a influência de longo alcance de uma dieta pura sobre o bemestar do indivíduo e da raça. pertence!
Há 18 horas
O Sr. Brarnwell Booth, o líder do Exército da Salvação, fez um pronunciamento sobre o tema do vegetarianismo, no qual fala Sol do Everest O Blog da Espiritualidade
forte e decididamente a seu favor, dando uma lista de não menos de dezenove razões pelas quais os homens deveriam se 123º Prg. Sol do Everest: (Caso Clínico –
abster de comer carne. Regressão Terapêutica) (Caso Clínico –
Regressão Terapêutica) O caminho do Espírito
antes de Reencarnar.
Ele insiste que a dieta vegetariana é necessária a pureza, à castidade e ao perfeito controle dos apetites e paixões que tão Há um dia
amiúde são a fonte de grande tentação. Ele assinala que o crescimento do consumo de carne entre o povo é uma das causas
do aumento no alcoolismo, e que também favorece a indolência, a sonolência, a constipação e outras misérias e degradações Laura Botelho
Video Evidencias; Aliens estão entre nós
semelhantes. Ele também diz que o eczema, hemorroidas, verminose, disenteria e severas dores de cabeça frequentemente Há um dia
são originadas pela dieta carnívora, e que ele acredita que o grande aumento na consumpção e câncer durante os últimos cem
anos foi causado pelo correspondente aumento no uso de comida animal. Ventos de Paz
Anathapindika Thich Nhat Hahn
Há 3 dias
6. Economia
Satyaprem BLOG
Sexto: Porque a dieta vegetal é de todas as maneiras mais barata e melhor do que a carne. Na encíclica recémmencionada, o awareness can't be felt
Há uma semana
Sr. Booth dá uma de suas razões para advogar isso, que “uma dieta vegetariana de trigo, aveia, milho e outros grãos, lentilhas,
ervilhas, nozes e alimentos similares é dez vezes mais econômica do que a dieta de carne. A carne contém metade de seu De Coração a Coração
peso em água, que tem de ser paga como se fosse carne. Uma dieta vegetal, mesmo se admitirmos queijo, manteiga e leite, SABEDORIA DOS ANJOS CORAGEM
custará cerca de um quarto do que custa uma dieta mista de carne e vegetais. Milhares de nossos pobres que agora têm a Há 3 meses
maior dificuldade de sustentarse por gastar muito comprando carne, pela sua substituição por frutas e vegetais e outras
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
comidas econômicas, seriam capazes de manterse confortavelmente”. ★ Awakening ★
Amigos irmãos
Há um ano
Também há um lado econômico nesta questão que não pode ser ignorado. Notese quão mais homens poderiam ser
sustentados por certo número de acres de terra que fossem devotados ao cultivo de trigo, do que a mesma porção de terra
quando é deixada para pasto. Pense, também, para quantos mais homens seria encontrado trabalho saudável na terra no
Seguidores
primeiro caso do que no segundo; e penso que você começará a ver que há muita coisa a ser dita também deste ponto de
vista. Participar deste site
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O PECADO DA CARNIFICINA
A destruição de uma vida sempre é um crime. Pode haver certos
casos em que seja o menor de dois males; mas aqui é desnecessário e sem a menor sombra de justificação, pois acontece
somente por causa da ambição egoísta e inescrupulosa daqueles que fazem dinheiro com a agonia do reino animal a fim de
saciar os apetites perversos daqueles que são suficientemente depravados para desejar alimento tão repulsivo. Lembrese que
não são somente aqueles que fazem este trabalho obsceno, mas aqueles que ao comer a carne morta encorajamnos e tornam
seu crime lucrativo, são igualmente culpados perante Deus desta coisa horrível. Toda pessoa que compartilha desta comida
impura tem sua parte da indescritível culpa e sofrimento através do qual ela foi obtida. É reconhecido universalmente na lei que
qui facit per alium facit per se — qualquer coisa que um homem faça através de outrem o faz como se ele mesmo o fizesse.
Alguém diria: “Mas não faria diferença para todo este horror se só eu parasse de comer carne”. Isto é falso e malicioso.
Primeiro, faria diferença, pois mesmo que você só comesse um pouco por dia, com o tempo integraria o peso de um animal.
Segundo, não é uma questão de quantidade, mas de cumplicidade num crime; e se você partilha dos resultados de um crime,
você contribui para tornálo lucrativo, e assim você compartilha da culpa. Nenhum homem honesto pode deixar de ver que é
assim. Mas quando estão envolvidas as paixões baixas dos homens, usualmente eles são desonestos em suas concepções,
e declinam de encarar os fatos óbvios.
Seguramente não pode haver divergência de opinião sobre a questão de que toda essa mortandade desnecessária na verdade
é um crime terrível.
Um outro ponto a ser lembrado é que existe uma horrível crueldade associada ao transporte destes animais miseráveis, tanto
por mar quanto por terra, e há muita crueldade pavorosa na própria carnificina. Aqueles que procuram justificar estes crimes
perversos dirão que se tenta matar os animais a mais rápida e indolor mente possível; mas só temos de ler os relatos para ver
que em muitos casos estas intenções não são levadas a cabo, e seguese um pavoroso sofrimento.
A DEGRADAÇÃO DO CARNICEIRO
Já um outro ponto de vista a ser considerado é a maldade de induzir
outros homens à degradação e ao pecado. Se você mesmo tivesse de
usar o facão ou o machado de abate, e matasse o animal antes de
poder comer sua carne, você perceberia a natureza doentia da tarefa e
logo se recusaria a fazêla. As delicadas senhoras que devoram bifes
sangrentos gostariam de ver seus filhos trabalhando como carniceiros?
Se não, então elas não têm o direito de incumbir desta tarefa algum
filho de outra mulher. Não temos o direito de impor sobre um cidadão
um trabalho que nós mesmos declinaríamos de fazer. Pode ser dito
que não forçamos ninguém a fazer desta abominação o seu meio de
vida; mas isto é meramente tergiversar, pois ao comermos esta
comida horrível estamos exigindo que alguém se brutalize, que alguém
se degrade abaixo do nível da humanidade. Você sabe que se criou
uma classe de homens pela demanda deste alimento — uma classe de
homens que tem uma reputação excessivamente má. Naturalmente
aqueles que se brutalizam por este trabalho impuro provamse brutais
em outras ocasiões também. São selvagens em sua disposição e
sanguinários em suas contendas; e já ouvi referências de que em
muitos casos de assassinato o criminoso empregou o golpe de faca
peculiar ao carniceiro. Você certamente deve reconhecer que este é
um trabalho indizivelmente horrível, e que se você toma alguma parte
neste negócio terrível — mesmo se só ajudando a perpetuálo — você
está colocando outro homem em posição de fazer (não por sua
necessidade, mas meramente para a gratificação de seus desejos e
paixões) um trabalho que sob nenhuma circunstância você consentiria em fazer você mesmo.
Então deveríamos lembrar que todos nós esperamos pela era de paz e bondade universais — uma idade dourada onde a
guerra já não exista, um tempo em que o homem estará tão distanciado das lutas e ódios que todas as condições do mundo
serão diferentes das que hoje prevalecem. Você não pensa que o reino animal também terá sua parte neste futuro tempo bom
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
— que este horrível pesadelo de morticínio por atacado será eliminado? As nações realmente civilizadas do mundo sabem
muito mais do que isso; ocorre somente que nós do ocidente somos de uma raça ainda jovem; que ainda temos muitas das
cruezas da juventude; de outro modo não poderíamos suportar estas coisas entre nós nem mesmo por um só dia. Além de
qualquer dúvida o futuro está com o vegetarianismo. Parece certo que no futuro — e espero que seja no futuro próximo —
olharemos para trás para esta época com desgosto e com horror. A despeito de todas as suas extraordinárias descobertas, a
despeito de toda sua maravilhosa maquinaria, a despeito das enormes fortunas que se fizeram com isso, estou certo de que
nossos descendentes olharão para esta era como a de uma só parcial civilização, e de fato só um pouco distante da
selvageria. Um dos argumentos com que provarão isto será seguramente o de que permitimos entre nós esta mortandade por
atacado e desnecessária de animais inocentes — que nós de fato engordamos com ela e fizemos dinheiro com ela, e que até
mesmo criamos uma classe de seres que faziam este trabalho sujo para nós, e que não nos envergonhamos de tirar proveito
do resultado de sua degradação.
Todas estas são considerações que dizem respeito somente ao plano físico. Agora deixeme dizerlhe algo sobre o lado oculto
disto tudo. Até agora eu fiz diversas declarações — incisivas e definitivas, espero — mas cada uma delas pode ser provada
por você mesmo. Você pode ler os testemunhos de doutores bem conhecidos e homens da ciência; você pode testar por você
mesmo o lado econômico da questão; você pode ir e ver, se quiser, como todos estes diferentes tipos de homens conseguem
viver muito bem com a dieta vegetariana. Tudo o que disse até agora está ao seu alcance. Mas agora abandono o campo do
arrazoado físico comum, e levo você ao nível onde, naturalmente, tem de aceitar a palavra daqueles que exploraram estes
reinos superiores. Voltemonos, pois, ao lado oculto de tudo isto.
RAZÕES OCULTAS
Também nesta seção teremos dois grupos de razões
— as que se referem a nós mesmos e nosso próprio
desenvolvimento, e as que se referem ao grande
esquema de evolução e ao nosso dever para com ele;
de modo que uma vez mais podemos classificálos
em egoístas e altruístas, embora em um nível já
muito superior do que antes. Espero ter mostrado
claramente na primeira parte deste trabalho que
simplesmente não há espaço para discussão a
respeito da questão do vegetarianismo; todo o corpo
de evidências e considerações está inteiramente de
um lado, e não há absolutamente nada a dizer em
oposição a elas. Este é o caso de modo ainda mais
notável quando passamos a considerar a parte oculta
de nosso argumento. Há certos estudantes pairando
nas beiradas do ocultismo que ainda não estão
preparados para seguir seus preceitos até seus
extremos, e portanto não aceitam seu ensinamento
quando ele interfere com seus hábitos e desejos pessoais. Alguns tentaram sustentar que a questão da comida faz pouca
diferença do ponto de vista oculto; mas o veredito unânime das grandes escolas de ocultismo, tanto antigas quanto modernas,
tem sido definitivo neste ponto, e tem assinalado que para todo o verdadeiro progresso oculto é necessária pureza, mesmo já
no plano físico, e na questão da dieta assim como também em assuntos muito mais elevados.
Através de muitos livros e palestras tenho explicado a existência de diferentes planos da natureza e do vasto mundo invisível
em torno de nós; e também tenho tido frequente chance de citar o fato de que o homem tem em si matéria pertencente a todos
estes planos superiores, de modo que ele é suprido de um veículo correspondente para cada um deles, através dos quais ele
pode receber impressões e por meio dos quais pode agir. Podem estes corpos superiores do homem de algum modo ser
afetados pela comida que entra no corpo físico com o qual são tão intimamente ligados? Certamente que podem, e pela
seguinte razão: a matéria física no homem está em contato íntimo com as matérias astral e mental — tanto que cada uma é
em grande extensão uma contraparte da outra. Há muitos tipos e graus de densidade entre a matéria astral, por exemplo, de
modo que é possível para um homem ter um corpo astral construído de matéria grosseira e partículas densas, enquanto que
outro pode ter um que seja muito mais delicado e refinado. Como o corpo astral é o veículo das emoções, paixões e
sensações, seguese que o homem cujo corpo astral é do tipo mais grosseiro será principalmente dado às variedades mais
rudes de paixão e emoção; enquanto que o homem que tem um corpo astral mais fino descobrirá que suas partículas vibram
mais prontamente em resposta a emoções e aspirações mais altas e refinadas. O homem que portanto assimila matéria
grosseira e indesejável em seu corpo físico está por conseguinte introduzindo em seu corpo astral como sua contraparte
matéria de um tipo mais baixo e desagradável
Todos nós sabemos que no plano físico o efeito da condescendência excessiva para com carne morta é produzir uma
aparência excessivamente grosseira no homem. Isto não significa que é só o corpo físico que está em uma situação
desagradável. Significa também que aquelas partes do homem que são invisíveis à nossa visão comum, os corpos astral e
mental, também não estão em boas condições. Assim um homem que está construindo para si um corpo físico grosseiro e
impuro está construindo para si ao mesmo tempo também corpos astral e mental igualmente impuros. Isto é visível de
imediato à visão do clarividente desenvolvido. O homem que aprende a ver estes veículos superiores prontamente vê os
efeitos produzidos nos corpos superiores pelas impurezas dos inferiores; ele vê logo a diferença entre o homem que alimenta
seu veículo físico com comida pura e o homem que introduz nele esta repugnante carne em decomposição. Vejamos como
esta diferença afetará a evolução humana.
VEÍCULOS IMPUROS
É claro que o dever de um homem para consigo mesmo é desenvolver seus veículos até onde possível, a fim de fazêlos
instrumentos aperfeiçoados para o uso da alma. Há um estágio ainda mais alto em que a própria alma é treinada para ser um
instrumento adequado nas mãos da Deidade, um canal perfeito para a graça divina; mas o primeiro passo em direção a esta
alta aspiração é que a própria alma aprenda a controlar os corpos inferiores, de modo a não haver neles nem pensamento nem
sentimento exceto os que a alma permita. Todos estes veículos portanto devem estar na condição de maior eficiência
possível; e devem ser puros e limpos e livres de mancha; e é óbvio que isto não pode acontecer enquanto o homem absorver
no invólucro físico tais elementos indesejáveis. Mesmo o corpo físico e suas percepções sensoriais jamais podem estar em
seu melhor estado a não ser que a comida seja pura. Qualquer um que adote a dieta vegetariana rapidamente começará a
notar que seu sentido do paladar ou do olfato ficam muito mais aguçados do que quando se alimentava de carne, e que agora é
capaz de distinguir uma delicada diferença de sabor na comida que antes ele considerava insípida, como o arroz e o trigo.
O mesmo é verdade em ainda maior extensão a respeito dos corpos superiores. Seus sentidos não podem ser claros se é
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
introduzida neles matéria impura ou grosseira; qualquer coisa desta
natureza os embaraça e embota, de modo que se torna mais difícil
para alma usálos. É um fato que tem sido sempre reconhecido pelo
estudante de ocultismo; você descobrirá que todos os que em dias
antigos foram admitidos nos Mistérios eram homens da mais alta
pureza, e é claro invariavelmente vegetariano. A dieta carnívora é fatal
a qualquer coisa semelhante a um desenvolvimento real, e os que a
adotam estão colocando sérias e desnecessárias dificuldades em seu
próprio caminho.
Estou bem ciente de que há outras e ainda mais altas considerações
que têm maior peso do que tudo referente ao plano físico, e que a
pureza de coração e de alma é mais importante para o homem do que
a do corpo. Mas seguramente não há razão para que não tenhamos
ambas; de fato, uma sugere a outra, e a mais alta deveria incluir a
mais baixa. Há dificuldades o bastante no caminho do autocontrole e
autodesenvolvimento; é seguramente pior do que tolice nos
desviarmos de nosso caminho e acrescentarmos outra à nossa lista, e
uma muito considerável. Mesmo que seja verdade que um coração
puro fará mais por nós do que um corpo puro, de qualquer modo este
último pode fazer muita coisa; e nenhum de nós é tão avançado no caminho da espiritualidade para poder permitir negligenciar
a grande vantagem que nos traz. Tudo o que torna nosso caminho mais difícil do que o necessário é algo enfaticamente a ser
evitado. Em todos os casos esta alimentação de carne indubitavelmente faz do corpo um instrumento pior, e põe dificuldades
no caminho da alma intensificando todos os elementos e paixões indesejáveis que pertencem a estes planos inferiores.
Nem é este sério efeito o único em que temos de pensar. Se, ao introduzir impurezas repugnantes no corpo físico, o homem
constrói para si um corpo astral grosseiro e poluído, temos de lembrar que é neste veículo degradado que teremos de passar a
primeira parte de nossa vida após a morte. Por causa da matéria grosseira que ele introduziu, todos os tipos de entidades
desagradáveis serão atraídos para associaremse com ele e farão deste veículo sua casa, e encontrarão uma pronta resposta
nele às suas paixões mais baixas. Não é só que suas paixões animais sejam mais facilmente suscitadas aqui na Terra, mas
além disso ele sofrerá agudamente pela ação destes desejos depois da morte. Novamente, olhando mesmo do ponto de vista
egoísta, vemos que considerações ocultas confirmam a correção e bom senso dos argumentos no plano físico. A visão
superior, quando chamada a analisar este problema, mostranos ainda mais vividamente quão indesejável é comer carne, uma
vez que ela intensifica em nós aquilo de que precisamos nos livrar, e portanto, do ponto de vista do progresso, este hábito é
algo a ser descartado de uma vez por todas.
O DEVER DO HOMEM PARA COM A NATUREZA
Trouxemos as coisas a tal ponto com nosso chamado “esporte” [como a caçada e a pescaria — NT] e a mortandade por
atacado, que toda criatura selvagem foge à nossa vista. Isto se parece à fraternidade universal das criaturas de Deus? É esta
sua ideia da idade dourada de bondade universal que vai chegar — um estado em que todo ser vivo foge diante do homem por
causa de seus instintos assassinos? Há uma influência pairando sobre nós disto tudo — um efeito que dificilmente você
notará a não ser que seja capaz de ver como se parece quando analisado com a visão do plano superior. Cada uma destas
criaturas que você mata tão brutalmente deste modo têm seus próprios pensamentos e sentimentos a respeito disto tudo;
sente horror, pânico e indignação, e uma intensa mas inexprimível sensação da revoltante injustiça de tudo. Toda atmosfera
em torno de nós está cheia disso. Ultimamente ouvi duas vezes de pessoas psíquicas que elas sentiam a horrorosa aura ou
atmosfera psíquica de Chicago mesmo a muitos quilômetros de distância. A própria Sr.ª Besant disseme a mesma coisa
alguns anos atrás na Inglaterra — que muito antes de ela ter Chicago à vista ela sentiu o seu horror e a nuvem de depressão
mortal descendo sobre ela, e perguntou: “Onde estamos, e qual é a razão para que haja este terrível sentimento no ar?” Sentir
o efeito assim claramente está fora do alcance da pessoa não desenvolvida; mas mesmo que os habitantes não possam estar
diretamente conscientes dele e reconhecêlo como o fez a Sr.ª Besant, podem estar certos de que estarão sofrendo com ele
inconscientemente, e que a terrível vibração do horror e medo e injustiça está agindo sobre cada um deles, mesmo que não
saibam.
PAVOROSOS RESULTADOS INVISÍVEIS
A sensação de nervosismo e profunda depressão que são tão comuns lá são largamente devidos à terrível influência que se
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
espalha sobre a cidade como uma nuvem de praga. Não sei
quantos milhares de criaturas são mortas todos os dias, mas o
número é muito grande. Lembrese que cada uma destas criaturas
é uma entidade definida — não uma individualidade permanente e
reencarnaste como você ou eu, mas ainda uma entidade que tem
sua vida no plano astral, e fica lá por um tempo considerável.
Lembrese que cada uma delas continua a despejar seu sentimento
de indignação e horror diante de toda esta injustiça e tormento que
foi infligido sobre ela. Perceba por você mesmo a terrível atmosfera
que existe perto daqueles matadouros; lembrese que um
clarividente pode ver as vastas hostes das almas dos animais, que
ele sabe quão fortes são seus sentimentos de horror e
ressentimento, e como isso recai em todos os pontos sobre a raça
humana. Agem principalmente sobre aqueles que são menos capazes de resistirlhes — as crianças, que são mais delicadas e
sensíveis que o adulto enrijecido. Aquela cidade é um lugar terrível para se criar os filhos — um lugar onde toda a atmosfera,
tanto física como psíquica, está carregada com o cheiro de sangue e com tudo o que isso significa.
Há poucos dias li um artigo em que é explicado que o fedor nauseante que sobe dos matadouros de Chicago e se instala como
um miasma fatal sobre a cidade, de modo nenhum é a pior das influências que provêm daquele inferno Cristão para animais,
pois é o sopro da morte certa para o amor de muitas mães. Os matadouros criam não apenas focos de infecção para os
corpos das crianças, mas também para suas almas. Não só as crianças são empregadas no trabalho mais cruel e revoltante,
mas toda a linha de seus pensamentos é direcionada para o matar. Ocasionalmente se encontra alguma sensível demais para
suportar as visões e sons daquela pavorosa batalha entre o desejo cruel do homem e o inalienável direito de toda criatura à
sua própria vida. Eu li que um garoto, para quem um sacerdote havia conseguido uma colocação no matadouro, voltava dia
após dia para casa pálido e doente e incapaz de comer ou dormir, e finalmente foi até o sacerdote do evangelho do
compassivo Cristo e disselhe que preferia morrer de fome se necessário, mas que não poderia andar no meio de sangue por
mais um dia. Os horrores da matança tinhamno afetado tanto que já não podia dormir. Mas isto é o que muitos meninos estão
fazendo e vendo dia após dia até que se tornem insensíveis quanto a tirar uma vida; e então algum dia, em vez de cortar a
garganta de uma ovelha ou de um porco ele mata um homem, e imediatamente voltamos contra ele nossa paixão pela
matança, e imaginamos ter feito justiça.
Eu li que uma jovem senhora que fazia muito trabalho filantrópico nas vizinhanças destes estabelecimentos infectos declara
que o que mais a impressiona sobre as crianças é que elas parecem não ter outros jogos senão jogos de matar, que não têm
concepção de alguma outra relação com os animais a não ser a relação do assassino com sua vítima. Esta é a educação que
os chamados Cristãos estão dando às crianças do matadouro — uma educação diária no assassinato; e depois expressam
surpresa diante do número e brutalidade dos assassínios naquele distrito. Mas seu público Cristão continua serenamente
fazendo suas preces e cantando seus salmos e ouvindo aos seus sermões, como se nenhum ultraje estivesse sendo
perpetrado contra os filhos de Deus naquele foco de pestilência e crime. Seguramente o hábito de comer carne morta produziu
uma apatia moral entre nós. Imaginam que estão fazendo bem criando seus futuros cidadãos entre vizinhanças de tamanha
brutalidade como estas? Mesmo no plano físico é um assunto terrivelmente sério, e do ponto de vista oculto é infelizmente
muito mais sério; pois o ocultista vê o resultado psíquico de tudo isto, vê como estas forças estão agindo sobre o povo e
como estão intensificando a brutalidade e a inescrupulosidade. Ele vê que centro de vício e crime foi criado, e como dali a
infecção gradualmente se espalha até afetar todo o país, e mesmo o todo do que é chamado humanidade civilizada.
O mundo está sendo afetado por isso de muitos modos que a maioria das pessoas sequer percebe. Há constantes sensações
de terror inexplicável no ar. Muitas de suas crianças são desnecessária e inexplicavelmente medrosas; sentem terror não
sabem do quê — medo do escuro ou de ficar sozinhas por uns poucos momentos. Estão atuando em nós forças poderosas
que não podemos avaliar, e você não percebe que tudo isto vem do fato de que toda a atmosfera está carregada com a
hostilidade destas criaturas assassinadas. Os estágios de evolução estão intimamente interrelacionados, e você não pode
promover a morte por atacado deste modo contra seus irmãos mais novos sem sentir o efeito terrível entre suas próprias
crianças. Certamente chegará um tempo melhor, quando estaremos livres desta horrível mancha sobre nossa civilização, esta
gritante censura sobre nossa compaixão e simpatia; e quando ele chegar descobriremos logo que haverá um vasto
melhoramento nestes assuntos, e gradualmente todos subiremos para um nível superior e ficaremos livres de todos estes
terrores e ódios instintivos.
O TEMPO MELHOR QUE HÁ DE VIR
Todos poderíamos ficar livres disso muito logo se os
homens e mulheres apenas pensassem; pois o
homem comum de qualquer maneira não é um bruto,
mas seria bondoso se apenas soubesse como. Ele
não pensa; ele segue adiante dia após dia, e não
percebe que está tendo parte todo o tempo em um
crime hediondo. Mas fatos são fatos, e não há
escapatória para eles; cada um que tem parte nesta
abominação está ajudando a tornar esta coisa
ominosa possível, e sem dúvida divide a
responsabilidade por ela. Você sabe que é assim, e
você pode ver que coisa terrível é; mas você dirá: “O
que podemos fazer para melhorar as coisas — nós
que somos apenas pequenas unidades nesta
poderosa massa em ebulição da humanidade?” É
somente quando as unidades se elevarem acima da
massa e se tornarem mais civilizadas que nós
finalmente chegaremos a um grau mais elevado de
civilização da raça como um todo. Está para chegar
uma Idade Dourada, não só para o homem mas
também para os reinos inferiores, uma idade em que a humanidade perceberá seus deveres para com seus irmãos mais jovens
— não destruílos, mas ajudálos e treinálos, não terror e ódio, mas amor e devoção e amizade e cooperação racional.
Chegará uma época quando todas as forças da Natureza estarão atuando juntas inteligentemente em direção à meta final, não
com constante desconfiança e hostilidade, mas com o reconhecimento universal daquela Fraternidade que é nossa porque
somos todos filhos do mesmo Pai TodoPoderoso.
Façamos pelo menos a experiência; livremonos da cumplicidade nestes crimes hediondos, tentemos, cada um em seu
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
pequeno círculo, trazer para mais perto o tempo luminoso de paz e amor que é o sonho e o mais ardente desejo de todo
homem que pensa e que tem um verdadeiro coração. Pelo menos deveríamos seguramente desejar fazer uma coisa pequena
como está para ajudar o mundo andar adiante em direção àquele futuro glorioso; deveríamos nos fazer puros, nossos
pensamentos e nossas ações assim como nossa comida, para que pelo exemplo e pelo ensinamento possamos estar fazendo
tudo que está ao nosso alcance para difundir o evangelho do amor e da compaixão, e colocando um fim no reinado da
brutalidade e do terror, trazendo para mais perto o alvorecer do grande reino da justiça e amor, quando a vontade de nosso Pai
será feita na Terra assim como no Céu.
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Postado por Cá Azevedo às 21:15 Nenhum comentário:
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quintafeira, 19 de maio de 2011
Não matarás
"Não comer carne pela saúde é evoluir o físico. Não comer carne pela compaixão, é evoluir a alma.
Não comer carne por ambos os motivos é expandir a consciência, e se elevar espiritualmente."
S. Vanessa
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Postado por Cá Azevedo às 12:36 Nenhum comentário:
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segundafeira, 9 de maio de 2011
A Sabedoria da dieta Vegetariana
A maioria das pessoas acham que uma refeição sem carne é incompleta, sem desde tempos imemoriais, que tem sido
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
considerado um axioma que a carne é o alimento mais fortalecedor
que temos.
Todos os outros alimentos têm sido vistos como simples
acessórios de um ou mais tipos de carne no menu.
Nada poderia ser mais errado; a ciência tem comprovado
experimentalmente que invariavelmente o alimento obtido de
vegetais tem um maior poder sustentado, e a razão é de fácil
percepção se olharmos para o assunto do ponto de vista ocultista.
LEI DA ASSIMILAÇÃO
A Lei da Assimilação é que : “nenhuma partícula de alimento pode
ser inserida na construção do corpo , até que as forças nele
vigentes sejam superadas pelo Espírito intrínseco, residente “.
O Ego deve ser o regulador absoluto e indisputado no corpo,
governando as células como um autocrata, ou elas seguirão cada
uma o seu próprio caminho , como acontece no declínio quando o
Ego se escapa, se retrai .
O nível de consciência da célula determina determina o seu poder como unidade. Quanto menor for essa consciência, mais
fácil será para o Ego actuar como regente máximo das funções corporais. As células levadas para o corpo também têm a sua
consciência individual e colectiva . Por isso , o nível da sua aquisição espiritual é um factor a ser considerado quando se
pretende que determinado alimento seja usado pelo orgamismo . Os diferentes Reinos têm diferentes veículos e, como tal uma
diferença de consciência. O mineral tem apenas o corpo denso e uma consciência como a do transe mais profundo.
Por tal, será mais fácil sujeitar alimentos provindos directamente do reino mineral. O alimento mineral manterseia connosco o
maior tempo, obviando a necessidade de comer tão frequentemente; no entanto, sabemos que o organismo humano, vibra tão
rapidamente que é incapaz de absorver o mineral inerte directamente. Sal e outras substâncias similares são expulsas do
sistema num ápice sem terem sido de todo assimiladas.
O ar está cheio de Azoto que necessitamos para repor o perdido; respiramolo para dentro do nosso sistema, e não o
conseguimos assimilar, tal como qualquer outro mineral, até que tenha sido transmutado no laboratório da Natureza e
incorporado em plantas.
As plantas têm um corpo denso e um corpo vital, que as capacita a fazerem aquele trabalho . Sua consciência é tão profunda
como o sono sem sonhos . Assim é fácil para o nosso Ego controlar as células vegetais e mantêlas dominadas por um longo
período de tempo, e daí o grande valor alimentar/de sustento do vegetal .
ALIMENTO ANIMAL
No alimento animal, as células já se tornaram mais individualizadas, e como o animal tem um corpo de desejos que lhe dá
uma natureza passional, é facilmente entendido que quando comemos carne , é mais difícil sujeitar estas células animais que
têm uma consciência animal semelhante ao estado de sonho, e também que tais células não se deixarão aprisionar/sujeitar por
muito tempo. Assim , uma dieta de carne requer maiores quantidades e refeições mais frequentes que a de vegetais ou frutos.
Se avançarmos um degrau mais longe e comermos carne de animais carnívoros, sentirnosemos famintos a toda a hora, pois
tais células se tornaram excessivamente individualizadas e procurarão , por tal, atingir a sua liberdade e ganhála rapidamente.
Um excesso de carne é consumida, mas deixa o venenoso ácido úrico, estando cada vez mais reconhecido que quanto menos
carne comemos, melhor para o nosso bemestar.
É natural que devamos desejar o melhor dos alimentos, mas todo o corpo animal tem em si os venenos da degradação. O
sangue venoso está cheio de dióxido de carbono e outros produtos nocivos no seu caminho para os rins ou poros da pele para
serem expelidos pela urina ou transpiração. Estas substâncias repulsivas estão em cada porção da carnee quando comemos
tal alimento, estamos a encher o nosso corpo de venenos tóxicos. Muitas doenças são devidas ao nosso uso de alimentos de
carne .
É há inúmeras provas que uma dieta carnívora estimula a ferocidade . Podemos mencionar a ferocidade famosa de bestas de
presa, contraposta à força prodigiosa e a natureza dócil do boi, do elefante e do cavalo mostrando o efeito da dieta herbívora
nos animais.
ALIMENTOS SAUDÁVEIS
Assim que adoptemos a dieta vegetariana , escapamos a uma das mais sérias ameaças à saúde, a putrefacção dos restos de
carne presos entre os dentes. Frutos, cereaise vegetais são pela sua natureza lentos a apodrecer; cada partícula contém uma
enorme quantidade de éter que o mantem vivo e doce muito tempo, em contrapartida o éter que interpenetrava a carne e
compunha o corpo vital de um animal se retira com o Espírito do mesmo aquando da sua morte. Assim o perigo de infecção
através dos vegetais é muito pequeno, e muitos deles são realmente antisépticos em alto grau. Isto aplicase particularmente
aos frutos cítricos: laranjas, limões, toranjas, etc , para não falar do rei dos antisépticos , o abacaxi.
Em vez do envenenamento do tubo digestivo com elementos putrefactivos como a carne faz, os frutos limpam e purificam o
sistema, e o ananás é uma das melhores ajudas conhecidas para a digestão do homem. É bem superior à pepsina e para o
obter não se usa nenhuma crueldade com a vida sensível. Alguns nutricionistas modernos avisam que para beneficiar
totalmente dos seus nutrientes, os citrinos não devem ser misturados com outros alimentos.
SAIS CELULARES
Há 12 sais no corpo conhecidos como sais celulares; eles são vitais e representam os doze signos do zodíaco. Estes sais
são necessários para construção do corpo . Não são sais minerais como geralmente suposto, mas sim vegetais. O mineral
não tem corpo vital, e é apenas por meio do corpo vital que a assimilação é conseguida. Como tal, temos de obter estes sais
através do reino vegetal.
CRU ou COZINHADO
O calor destrói o corpo vital da planta e deixa apenas a parte mineral.
Assim sendo, se desejamos renovar o suprimento destes sais no nosso corpo, devemos obtêlos de vegetais não cozinhados.
Como cozinhar destrói os valiosos sais celulares, a nossa dieta deveria conter uma grande percentagem de alimentos crus.
Chás de ervas, que devem ser infusões sem ebulição, são também muito ricos em tais sais.
Mas não devemos precipitadamente tirar a conclusão que todos devem parar de comer carne e viver unicamente de alimento
vegetal cru. No presente estado de evolução há muito poucos que o podem fazer. Devemos ter o cuidado de não elevar
demasiado rapidamente as vibrações do nosso corpo, para nós, para continuarmos o nosso trabalho nas condições presentes,
temos de ter corpos adaptados ao trabalho.
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
Os ocultistas sabem que há uma chama na base do crânio, na base do cérebro. Ela arde continuamente na medula oblonga no
topo da corda espinal, e é de origem divina. Esse fogo emite um som cantante parecido ao zumbido de uma abelha e é a nota
chave do corpo físico. Ela constrói e cimenta o conjunto dessa massa de células conhecida como “o nosso corpo”.
INOFENSIVOS COMO POMBAS
O chama arde muito ou pouco, clara ou intensamente, conforme a alimentamos. Há fogo em tudo na Natureza excepto no
reino mineral. Este não tem corpo vital e como tal não tem via para o ingresso do Espírito de Vida, a chama. Alimentamos
esse fogo sagrado parcialmente das forças do Sol entrando no Corpo Vital através da contraparte etérea do baço, e daí para o
plexo solar onde é colorido e então levado para cima através do sangue. Nós também alimentamos esse fogo do fogo vivo que
absorvemos dos alimentos crus que comemos e assim assimilamos.
Olhando para o assunto comercarne do ponto de vista ético também, é contra a mais alta concepção matar para comer. Nós
temos uma dívida pesada para pagar às criaturas inferiores cujos mentores deveríamos ser, mas de que somos assassinos; a
boa lei que trabalha sempre para corrigir os abusos relegará em tempo o hábito de comer animais assassinados para a lixeira
das práticas obsoletas.
O homem nos primeiros estados do despertar /desenvolvimento, era em certos aspectos como as bestas de presa. No entanto
ele está a tornarse comoDeus e como tal deve parar de destruir com vista a começar a criar. O alimento de carne estimulou a
ingenuidade humana de ordem inferior no passado; serviu um propósito na nossa evolução; mas estamos agora no advento
duma Nova Era, quando autosacrifício e serviço trarão crescimento espiritual á humanidade. A evolução da mente trará uma
sabedoria muito além da nossa maior concepção, mas antes de ser seguro confiarnos essa sabedoria, devemos tornarnos
puros/inofensivos como as pombas. De outro modo poderíamos tornarnos tão egoístas e de propósitos tão destrutivos que
seriamos uma ameaça inconcebível aos nossos parceiros homens. Para evitar isto, deve ser adoptada a dieta vegetal.
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS
Também do ponto de vista puramente prático, dieta vegetariana é vantajosa. O cada vez mais proibitivo preço da carne está a
levar as donasdecasa a viraremse para substitutos, e as pessoas estão gradualmente a serem ensinadas os alimentos
dádivadeDeus, os vegetais, são os mais deliciosose saudáveis. Muitos que começaram a comer mais frutos e vegetais
estão a aperceberse que estão a ganhar em saúde e, em muitos casos, que a melhoria física é acompanhada por melhorias
mentais e morais. Afirmase que 12 acres de pastagens para criar a carne suficiente para alimentar um homem. Se esses 12
acres de terra fossem usados em horticultura produziriam comida suficiente para alimentar várias famílias de médio tamanho.
Com a população aaumentar em todo o mundo, em breve será necessário parar a criação de gado e devotar os campos ao
cultivo de cereais e vegetais.
Nesta idade de mudança, quando mais Egos avançados nascerem, muitos deles são naturalmente vegetarianos; uma nova
raça tendo uma mais alta consciência está para nascer, especialmente na costa Pacífica. A era vindoura será vegetariana, e
todos os que forem progressivos alinharão e tornarseão vegetarianos – os outros ficarão para trás e classificados entre os
vagabundos/extraviados da humanidade
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Postado por Cá Azevedo às 19:53 Nenhum comentário:
O Uso do Pergaminho e o Pecado Original ( Carnivorismo, sacrifícios e
evolução)
I – Introdução
Para nós, cristãos, os 27 livros do Novo Testamento constituem o fundamento e a chave da nossa Escritura Sagrada. Durante
o primeiro século, no tempo em que Jesus exerceu o Seu ministério – e mesmo bastante depois –, o papiro era o material de
escrita mais correntemente utilizado em todo o Médio Oriente, Egipto, Ásia Menor, etc. A partir dos séculos iiiiv começou a
generalizarse o uso do pergaminho. Que alterações é que esta mudança acarretou?
Ouçamos o que nos dizem dois especialistas neotestamentários altamente reputados a nível internacional, Kurt Aland e
Barbara Aland:
«Um manuscrito [em pergaminho] que contivesse um
conjunto de escritos do Novo Testamento em formato
médio, com cerca de 200250 fólios de
aproximadamente 25x19cm, exigia, pelo menos, as
peles de cinquenta a sessenta carneiros ou caprinos»
(Aland & Aland 1989, 77).
Ou seja, cada exemplar – e um só – do Novo Testamento, em pergaminho, exigia o sacrifício sangrento de um rebanho
completo de animais… As cópias circulavam às centenas – uma autêntica matança açougueira, que durou séculos. Que
significado podemos extrair desta constatação aterradora?
II – Cristo e a Escritura judaica
Recapitulemos um pouco a história da transmissão neotestamentária.
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A Escritura judaica é constituída por três grupos de livros: a Torah (a «Lei», que compreendia os cinco livros do Pentateuco:
Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio), os Nevi’im (os «Profetas», ou «Livros Proféticos», como p. ex. Isaías,
Ezequiel, Daniel, etc.) e os Khetuvim (os «Escritos», como p. ex. os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Eclesiastes, etc.).
Eram estes venerandos textos – sobretudo os dois primeiros, «a Lei e os Profetas» –, que Jesus lia no Templo e nas
sinagogas, e comentava, para ensinar os Seus ouvintes, como vemos por exemplo em Lucas 4, 1522 e noutros passos do
Novo Testamento[1].
III – Interpretação oculta da Escritura
Quando, após a morte e a ressurreição de Cristo, os dois discípulos que se dirigiam a Emaús O encontraram na estrada e não
O reconheceram, foram comentando com o «desconhecido», durante o caminho, a morte de «Jesus de Nazaré», referindose
Lhe como «um profeta poderoso em obra e em palavra». Nesse episódio se relata como Jesus, em vida, «interpretava as
Escrituras» (Lucas 24, 27), e como «abria [o sentido] das Escrituras» (Lucas 24, 32). Ou seja, Jesus em diversas ocasiões
tomou como ponto de partida, para as Suas prédicas, a «hermenêutica» que fazia desta ou daquela passagem das Escrituras
judaicas, o que equivalia de certo modo à actividade do meturgeman, com a diferença de que este era um «leitorintérprete»
profissional, que, no Templo e nas sinagogas, traduzia para aramaico, e interpretava em voz alta, o texto hebraico lido pelo
sacerdote durante as respectivas liturgias.
Convém recordar que a partir do século vi a. C., e coincidindo com as décadas do «exílio na Babilónia», o aramaico substituiu
a pouco e pouco o hebraico entre os judeus, na linguagem falada e no uso corrente. O povo deixara de falar e entender o
hebraico, que ficou apenas como lingua sagrada da Escritura. Daí a necessidade do intérprete: durante a liturgia os textos
sagrados eram lidos em hebraico, e ao lado encontravase o tal meturgeman que traduzia em voz alta para aramaico e
interpretava o respectivo texto. Esta actividade chamavase targum, palavra aramaica que significa «tradução» ou
«interpretação»; o meturgeman («leitorintérprete», palavra que tem a mesma raiz de targum) não se limitava a traduzir e a dar
uma interpretação mais ou menos moral ou mesmo alegórica: o targum visava também e sobretudo explicitar o sentido oculto
da Escritura.
Embora os targums escritos começassem a aparecer gradualmente durante os primeiros séculos da era cristã (período
talmúdico), só o targum oral fazia autoridade. O reconhecimento oficial do «Targum» escrito ocorreu apenas a partir do século
v d. C.
IV – A transmissão oral, de Mestre a discípulo
Portanto, a tradição oral estava muito enraizada, e isto ocorria não só nas Escolas sacerdotais mas também, e sobretudo, nas
Escolas mistéricas: a transmissão de boca a ouvido, ou de mestre a discípulo, era a regra; em certos casos era mesmo
rigorosamente vedada qualquer passagem a escrito dos ensinamentos que o Mestre proferia.
Durante os três anos do ministério de Cristo e durante cerca de vinte anos após a Sua morte e ressurreição essa regra
mantevese: não há notícia de Cristo ter deixado algum texto doutrinário, e nem sequer lhe foi atribuído nenhum por algum
discípulo mais zeloso, como era normal acontecer em diversas escolas místicas ou filosóficas desse tempo, em que falsos
apógrafos circulavam em nome do mestre ou do fundador sem que ninguém se chocasse com isso – era uma maneira de
conferir autoridade ao escrito e ao mesmo tempo de prestar homenagem ao mestre ou fundador. Como aliás aconteceu, por
exemplo, com a Escola de Paulo: das 14 epístolas que compõem o corpus paulino do Novo Testamento, sete são autênticas,
mas as outras sete foram redigidas por discípulos mais ou menos tardios, o que não obstou a que a sua autoria fosse atribuída
a Paulo.
Isto significa que até bastante tarde se respeitou o conhecimento de que o Ensinamento de Jesus era destinado à transmissão
oral, o que é característico duma Escola iniciática, portanto se aparecesse qualquer escrito «assinado» por Jesus, seria
repudiado como espúrio para não dizer blasfemo. Os primeiros escritos cristãos que chegaram até nós, as epístolas de Paulo,
apenas começaram a circular a partir do ano 50 d. C., e mesmo esses textos não são «tratados doutrinários» no sentido
técnico do termo, mas meras cartas que Paulo ia endereçando às diferentes comunidades cristãs com reflexões sobre a sua
experiência pessoal (e a sua interpretação) a respeito do Mistério Crístico, na sequência da Iniciação mistérica a que fora
submetido – a famosa «conversão na estrada de Damasco».
Só na segunda metade do século primeiro é que as Escolas de Mistérios Cristãos sentiram necessidade de fixar por escrito
um certo conjunto de alegorizações ritualísticas, tomando como base «os actos e os ditos» de Jesus – a chamada «literatura
evangélica» que surgiu por essa altura. Daí o facto de Max Heindel (18651919) e Rudolf Steiner (18611925) referirem que os
quatro Evangelhos canónicos são Rituais de Iniciação de quatro diferentes Escolas de Mistérios.
V – Primeira fase dos livros de papiro: os «rolos»
Como se disse há pouco, o papiro era o material de escrita preferencialmente utilizado nessa época e na vasta área geográfica
abrangida pelo Império Romano.
Os manuscritos cristãos de que temos notícia, do primeiro e do segundo séculos, redigidos em grego e dos quais – ou dalguns
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dos quais – chegaram fragmentos até nós, são escritos em papiro.
A planta do papiro era abundantemente cultivada no delta do Nilo, mas também em outras regiões do Médio Oriente. É uma
planta herbácea aquática cujos caules, encorpados e de secção rudemente triangular, chegam a ter uma grossura de 6 cm e
podem alcançar uma altura de cerca de 5 a 6 metros. Os caules, depois de divididos em secções, eram cortados
longitudinalmente, com instrumentos afiados, para produzir tiras que se colocavam lado a lado a fim de formar uma finíssima
camada de «papel» com as fibras correndo paralelamente. Sobre essa camada colocavase outra, cujas fibras ficavam a
formar ângulo recto com as da primeira, e ambas eram humedecidas e pressionadas com um peso de modo que a «cola» da
própria seiva unia as duas finíssimas folhas, que, depois de secas ao sol, formavam uma única e resistente folha de «papel».
Os livros resultantes, caligrafados pelos escribas, ou copistas, tinham a forma de rolos, com uma altura variável (2530 cm) e
um comprimento que podia atingir os 9 metros. O nome deriva dos dois suportes cilíndricos de madeira, em forma de rolo, em
cada extremidade da extensa folha, o que permitia enrolar e desenrolar num sentido ou noutro. Depois do livro pronto e
enrolado, era facilmente transportável.
Toda a literatura da época, inclusivamente a literatura judaica vulgar, era escrita sobre papiro, excepto a Escritura sagrada dos
judeus, redigida em hebraico, que a tradição exigia que fosse escrita sobre pele de vitelo… (Aland & Aland 1989, 75 e 102). A
quem deseje informarse sobre o retrocesso que isto significa (sacrifício do novilho, ou bezerro), convidase a leitura atenta dos
seguintes trechos do Conceito Rosacruz do Cosmos : cap. XIII «Em Direcção à Bíblia» (Heindel 1998, 246253), e cap. XIV
«Análise Oculta do Génesis» «Jahvé e a Sua Missão» (Heindel 1998, 263265).
Os 96 manuscritos papiráceos dos escritos do Novo Testamento que chegaram até nós são na esmagadora maioria
fragmentários, ou, se algum deles abrange algum dos livros neotestamentários do princípio ao fim, não deixa de apresentar
lacunas em diversos pontos. Somente o papiro classificado como p72, do século iii ou iv, contém por inteiro as duas epístolas
de Pedro e a epístola de Judas.
Destes 96 papiros o mais antigo é o fragmento p52, com duas passagens do capítulo 18 do Evangelho de João, e que os
especialistas calculam que pode ser datado entre o ano 100 e o ano 125, ou seja, tratase duma cópia valiosa, muito próxima
do original, que se supõe ter sido escrito nos anos 90 do primeiro século (Ehrman & Holmes 2001, 318).
VI – Segunda fase dos livros de papiro: os «códices»
Uma novidade da literatura cristã é que todos estes manuscritos papiráceos (excepto quatro) não pertencem a rolos, mas sim
a códices, incluindo o fragmento mais antigo, o tal do ano 100125. Que quer isto dizer? Vimos que o «rolo» era o formato
usual do livro desse tempo; os cristãos introduziram a novidade de cortar as folhas de papiro em cadernos de fólios
rectangulares, encadernandoos em formato de livro protegido por duas capas, tal como os livros de hoje. Além disso
introduziram também o hábito de escrever dos dois lados da mesma folha, ao contrário do que sucedia com os «rolos». É a
estes livros de papiro que se dá o nome de «códices» (Aland & Aland 1989, 7576).
Durante o primeiro e o segundo século os textos cristãos – incluso a literatura gnóstica de que temos magníficos exemplares
nos códices achados em Nag Hammadi – eram exclusivamente escritos em papiro, um elemento vegetal. Esta fase coincide
sensivelmente com a fase esotérica em que as comunidades jesuânicas, ainda próximas das Doutrinas e dos Actos do
Mestre, transmitiam um ensinamento iniciático.
VII – A «exoterização» dos Ensinamentos Crísticos
A pouco e pouco, porém, foise dando aquilo a que um certo número de especialistas bíblicos laicos convencionou chamar a
«corrupção ortodoxa», ou seja, certas comunidades adulteraram os Ensinamentos num sentido exotérico, a fim de os impor em
oposição vantajosa aos «mitos» do paganismo, dando origem à Cristologia perfilhada pela Grande Igreja (por exemplo Jesus
de Nazaré igual a Deus, nascimento virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, ressurreição de Cristo «em corpo», etc.).
Essa Cristologia acabaria por se impor definitivamente no século iv com o apoio de Constantino, tomando conta do poder
global religioso e destruindo com uma ferocidade sanguinária tudo quando fosse esotérico, mistérico e/ou iniciático, sob o
anátema geral de «heresias» (Ehrman 1996, passim).
Esta terrível fase cresceu sensivelmente paralela com a grande expansão do uso do pergaminho.
Consideremos o seguinte quadro:
MANUSCRITOS GREGOS DO NOVO TESTAMENTO
(Descobertos até 2001, e devidamente classificados e catalogados)
Data aprox. Em papiro Em pergaminho
Século II 2
Ano 200 4
Séc. III 29 3
Séc. IV 22 16
Séc. V 10 44
Séc. VI 11 61
Séc. VII 13 33
Séc. VIII 5 33
Séc. IX 70
Séc. X 146
Séc. XI 441
Séc. XII 588
Etc.
Este quadro poderia prolongarse até ao século xvi, com a definitva ausência do papiro e a crescente quantidade de
manuscritos em pergaminho, datáveis até esse século, que foram sendo descobertos e catalogados. Com a invenção da
imprensa no século xv e o uso generalizado do papel, o pergaminho caiu em desuso. O papel, que havia sido descoberto pelos
chineses no século i d. C., espalhouse no mundo ocidental através dos árabes e começou a ganhar popularidade sobretudo a
partir do século xii, embora se conheça pelo menos um manuscrito do Novo Testamento, em papel, do século ix.
Actualmente os especialistas já conseguiram catalogar cerca de 5.400 manuscritos de textos do Novo Testamento, em papiro,
pergaminho e papel: destes 5.400, cerca de 1.300 são em papel.
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VIII – O papiro e o pergaminho: primeiras conclusões
Associando estas informações com o exame do quadro anterior (e no que diz respeito apenas ao Novo Testamento), podemos
extrair, para já, as seguintes conclusões:
(1) – O papiro, que foi o grande material de escrita nos primeiros séculos do Cristianismo, deixou de se usar definitivamente no
século viii;
(2) – O pergaminho, que começou a ser usado, ainda que esporadicamente, no século iii, impôsse definitivamente a partir do
século iv, destronando o papiro em poucos séculos e duma forma irreversível;
(3) – O papiro, extraído do reino vegetal, serviu de veículo transmissor dos textos sagrados (mistéricos) durante os dois ou três
séculos iniciais do Cristianismo, quando preponderavam ainda as comunidades cristãs iniciáticas ; por sua vez o papel,
igualmente extraído do casto reino vegetal, passou a ser utilizado a partir do arranque dos grandes movimentos espirituais, o
templarismo esotérico, os franciscanos Spirituali, a theosophia de Jacob Böhme e correntes derivadas, o Rosacrucismo do
Renascimento – e até aos nossos dias, em que o «esoterismo cristão» ganha cada vez mais força e expansionismo;
(4) – Quando a dogmatologia exotérica da Grande Igreja se impôs, a partir do século iv e durante toda a Alta Idade Média
(«Dark Ages»: séculos v a xi), prosseguindo com as perseguições da Igreja aos Cátaros, a criação da Inquisição no século xiii
e todos os criminosos desmandos da História eclesiástica, incluindo a ambição papal de exercer domínio e poderio sobre
príncipes e imperadores, dando origem a guerras que ensanguentaram a Europa durante vários séculos, até à Reforma (século
xv), o material utilizado para a propagação exotérica do Novo Testamento foi o pergaminho, extraído das peles de animais
(como por exemplo o bode) caracterizados por um corpo de desejos de vibrações baixas e grosseiras.
(5) – Entre os séculos iv e xvii, por conseguinte, em que a intolerância religiosa da Igreja se exteriorizou através de violentas
polémicas, aniquilações, guerras, cruzadas sanguinárias, inquisições e campanhas anti«heréticas» de diversa índole, o
derramamento de sangue humano resultante dessa conduta foi acompanhado, paralelamente, pelo derramamento de sangue
animal com a finalidade de se multiplicarem cópias em pergaminho das Escrituras cristãs.
IX – A preparação do pergaminho
A efusão de sangue animal que a obtenção do pergaminho exige, e, mais ainda, para servir a transmissão dum texto sagrado,
constitui uma perversiva contradição com o que preceituam os Ensinamentos Esotéricos de quase todas, senão mesmo de
todas, as Escolas e correntes Iniciáticas, ocidentais ou orientais, que recusam praticar a magia negra associada ao
derramamento do sangue nos seus ritos.
Reza a lenda (pelo menos tal como nos foi transmitida por Plínio o Velho) que o pergaminho foi inventado no tempo de
Eumenes II (século ii a. C.), rei de Pérgamo, a mais importante cidade da Ásia Menor, onde floresceram artistas e eruditos e
se tornou célebre pela sua biblioteca, com mais de 200 mil volumes, só rivalizada pela de Alexandria, no Egipto. Segundo a
tradição, o rei Ptolomeu V do Egipto determinou um embargo à exportação de papiro com receio que a biblioteca de Pérgamo
viesse a ultrapassar a «sua» biblioteca de Alexandria. Para obviar esse impedimento o rei Eumenes de Pérgamo determinou
que se criasse e passasse a utilizar o pergaminho. (A palavra «pergaminho» deriva do adjectivo latino pergamenus, a, um,
que significa «oriundo de Pérgamo»). Esta é a tradição que desde sempre tem circulado, embora se saiba que o pergaminho já
era utilizado, em diversas regiões, bastante tempo antes. Provavelmente a origem da lenda residirá no facto de os
pergaminhos de Pérgamo terem a reputação de ser muito finos e de grande qualidade.
Os animais mais correntemente usados para a obtenção do pergaminho eram as ovelhas, os carneiros, as cabras e os bodes,
embora também se aproveitasse o vitelo ou o novilho com esse fim. Ora, estes são precisamente os típicos animais
sacrificiais dos tempos jeovísticos…
Como se fazia a preparação do pergaminho? A pele do animal tem dois lados: o lado do pêlo e o lado sangrento donde foi
retirada a carne. Tanto o pêlo como a carne eram raspados com uma solução cáustica de cal, sendo a pele, depois, cortada à
medida das dimensões desejadas, polida e alisada com cré e pedrapomes, a fim de ficar pronta para utilização. Mesmo
depois deste preparo, a diferença entre o lado do pêlo e o lado da carne criava dificuldades ao ordenamento de manuscritos em
pergaminho, porque um dos lados ficava sempre mais escuro e o outro mais claro.
X – O sacrifício animal
Esfolar um animal para uma utilização profana é chocante, mas enfim, uma grande parte da humanidade ainda necessita do
uso de carne, mas fazêlo para uma utilização sagrada, depois da oblação de Cristo «uma vez por todas» (cf. Hebreus 9, 23
28), não é só chocante, é uma abominação que fere a sensibilidade de quem quer que se encontre num nível de espiritualidade
mais consciente, por pouco elevado que ainda seja. No seu livro Cartas aos Estudantes (Carta n.º 90, Maio de 1918), o
iniciado rosacruciano Max Heindel diz o seguinte:
«Decerto que pensar no sofrimento que se causa aos pobres animais, nos comboios a caminho do matadouro, e a agonia que
precede o instante em que é desferido o golpe que ceifará as suas vidas e o ferro lhes cortará a garganta, induzirá quem quer
que aspire à vida superior a sentir compaixão por essas pobres criaturas sem fala que não podem defenderse. […]
Infelizmente, a complexidade da nossa civilização obriganos a usar couro em muitas coisas porque ainda não existem
substitutos adequados no mercado, por exemplo em sapatos, cintos, etc.[2] Seja porém como for, deveríamos fazer todos os
possíveis para evitar o uso de qualquer material que provenha do corpo dum animal e que exija a sua morte» (Heindel 1975,
222).
Assim sendo, como se devem entender os sacrifícios sangrentos exigidos por Jahvé, no Antigo Testamento bíblico, como
lemos por exemplo nas prescrições sacrificiais do Génesis ou do Levítico?
Tecnicamente, esses sacrifícios devem ser entendidos segundo dois níveis de interpretação: pedagógico e iniciático.
XI – O significado pedagógico da «cerimónia sacrificial»
De um ponto de vista pedagógico, é importante compreender que os textos da Bíblia se referem na esmagadora maioria dos
casos a realidades simbólicas e parabólicas, e não se limitam a relatar eventos históricos à maneira grega de um Heródoto,
por exemplo, embora este tenha servido de modelo para certos textos judaicos, tardios, de carácter históricodescritivo. A
humanidade mencionada nos livros mais antigos da Bíblia reportase às Épocas Polar, Hiperbórea, Lemúrica e Atlante, numa
fase em que a humanidade infante necessitava de aprender determinado número de lições para fins evolutivos.
Enquanto o ser humano não atingiu um certo grau de desenvolvimento, não tinha a noção de que a sua natureza espiritual
eterna era independente da sua natureza física, e superior a esta. Para ele o físico era tudo; por isso se diz na Bíblia, nos
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
livros referentes ao chamado «período patriarcal», que as recompensas e os castigos de Jahvé tinham de ser concedidos em
vida, porque os judeus dos tempos patriarcais não possuíam nenhuma noção de imortalidade. Uma vez que o sacrifício é
fundamental para o progresso espiritual, é evidente que a vida que deve ser sacrificada é a que se centra na natureza animal;
mas como o homem então pensava que essa natureza inferior era a sua única realidade, não se lhe podia exigir que a
sacrificasse porque isso equivalia à sua aniquilação. Assim, a Lei desses tempos exigialhe que sacrificasse as suas posses
ou riquezas materiais, que consistiam quase sempre em gado e animais, em expiação vicária do seus pecados. Os animais
sacrificados no Altar dos Holocaustos (Tabernáculo no Deserto) simbolizam portanto a natureza carnal do ser humano que tem
de ser consumida, com o sal da dor, no fogo da aflição e do remorso. A dor é a grande mestra: é ela que limpa os desejos
inferiores e prepara o Corpo de Desejos para a vida superior. Ou seja: a purificação é a finalidade pedagógica (e oculta) dos
sacrifícios no Altar dos Holocaustos (cf. Heline I1990, 280281).
XII – O significado iniciático da «cerimónia sacrificial»
O nível iniciático, por sua vez, complementa e ilumina o nível pedagógico. Quando Abrão[3] perguntou a Jahvé como poderia
saber que iria possuir, de facto, a terra que lhe estava destinada, Jahvé ordenoulhe que fizesse um sacrifício: «Toma uma
novilha de três anos, uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma rola e um pombinho» (Génesis 15, 9).
A iniciada rosacruciana Corinne Heline (18821975) ajudanos a compreender o contexto iniciático na sua obramestra New
Age Bible Interpretation : Abrão cumpriu o que Jahvé lhe ordenara, mas não se tratou de nenhuma cerimónia sacrificial
sangrenta, pois todo o episódio descrito ocorre num nível suprafísico (Heline I1990, 8889). C. Heline recordanos que as
verdades espirituais mais profundas nunca são passadas a escrito, mas sim transmitidas oralmente, de mestre a discípulo, e
sempre de acordo com o grau de entendimento que o discípulo está apto a apreender. É por isso que o relato escrito,
necessariamente fragmentário, de certas «experiências anímicas» resulta obscuro e enigmático para quem não tenha atingido
o nível de consciência e de desenvolvimento de alma que lhe permita a confirmação através do «conhecimento directo» ou
«em primeira mão» – tal como ensina Max Heindel no Capítulo XVII do Conceito Rosacruz do Cosmos.
Com efeito, a agonia e a morte dum ser vivo que acompanham o sacrifício animal não contribuem em nada para formar as
asas que a alma desenvolve na sua elevação aos níveis superiores, tal como lemos noutro passo da Bíblia: «Amor fiel é o que
me agrada, não sacrifícios; gnose de Deus, não holocaustos» (Oseias 6, 6). Este preceito da Escritura judaica é parafraseado
por Jesus quando os fariseus O criticaram por se encontrar em casa, a comer, acompanhado de publicanos e notórios
pecadores: «Ide e aprendei o que significa: Compaixão quero e não o sacrifício; pois não vim a chamar os justos, mas sim os
que erram» (Mateus 9, 13).
A epístola aos Hebreus declara peremptoriamente: «Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire os pecados
[no original: “apague os erros”]» (Hebreus 10, 4).
A chave astrológica dános, desde logo, um primeiro acesso ao sentido iniciático da acima referida ordenação de Jahvé: – a
novilha é o símbolo do signo do Touro, e o seu sacrifício significa a renúncia tanto dos desejos sexuais como dum amor
meramente egoísta e personalizado; a cabra é o símbolo do Capricórnio e significa o sacrifício da ambição e do poder
mundanos; o cordeiro é o simbolo do signo Carneiro e representa a ressurreição dos poderes vitais mediante a castidade e a
transmutação; finalmente a rola e o pombinho são símbolos do signo Balança, e referemse às experiências subtis que pôem à
prova a capacidade de discernimento neste estágio de realização espiritual (Heline I1990, ibid.).
XIII – O «sacrifício» e o «pecado original»
Vemos por estes exemplos extraídos da Escritura que coexistem aqui duas componentes entrelaçadas: a necessidade de
sublimação dos desejos sexuais (sacrifício da natureza animal do ser humano) e a necessidade de se acabar algum dia com a
matança dos animais, nossos «irmãos menores» (abolição do sacrifício vicário e/ou utilitário dos seres vivos do reino animal).
Ambos estes items – ou cada um deles de per si –, na sua fase primordial (e transgressiva), constituem o que tem sido
chamado o «pecado original». Em qualquer dos casos, a consequência do «pecado original» foi, para o ser humano, uma
situação de declínio e ruína que se convencionou designar por «Queda», e que se pode definir como a passagem dum estado
de beatífica harmonização interna/externa para um estado de consciência da dor e da morte.
Este conceito de «pecado original» pode ser apreendido segundo três modelos de cognição:
– Modelo teológicoexotérico;
– Modelo esotérico;
– Modelo laico.
XIV – Acepção teológicoexotérica do «pecado original»
Para os teólogos cristãos, o «pecado original» tem justificação na Bíblia, e constitui a condição moralmente degradada em que
cada pessoa se encontra ao nascer, por pertencer a uma espécie «geneticamente» pecadora. Este pecado «genético» é uma
consequência herdada do primeiro pecado humano, o de Adão. Não há acordo entre os teólogos quanto à interpretação da
narrativa bíblica sobre a «desobediência» de Adão, ao comer o fruto proibido do «conhecimento do bem e do mal», mas, duma
forma geral, concordam que o «pecado original» deriva do facto de cada ser humano não vir ao mundo como indivíduo isolado,
mas como um membro duma raça que herdou, no seu conjunto, as boas e as más características da sua história passada.
No entanto, em todo o Antigo Testamento não se fala em «transmissão hereditária» duma condição inicial pecaminosa; apenas
há referência, no Génesis, às consequências naturais daquele acto: a mulher passará a parir em dores e o homem dominálaá
(predomínio do patriarcalismo), e o homem por sua vez tirará da terra o seu sustento com trabalhos penosos e suor do rosto, e
a terra produzirlheá espinhos e abrolhos (Génesis 3, 1619).
No Novo Testamento tãopouco há referência a uma condição pecaminosa hereditária; o eminente teólogo jesuíta Karl Rahner
(19041984), um dos mais conceituados teólogos do século xx, acentua categoricamente que não se encontra em nenhum dos
Evangelhos a ideia de que o estado actual da humanidade seja devido ao «primeiro pecado». Já no século xviii o Iluminista
Voltaire dizia o mesmo, com a veia satírica que o caracteriza: «Em suma, os judeus conheceram o pecado original tanto
quanto conheceram as cerimónias chinesas; e, embora os teólogos costumem encontrar tudo o que querem na Escritura, ou
totidem verbis, ou totidem litteris, podemos garantir que um teólogo razoável jamais encontrará aí esse mistério
surpreendente» (Voltaire 1964, 310311).
Os teólogos mais renitentes e conservadores, porém, não deixam de citar uma passagem – de interpretação, aliás, difícil – da
epístola de Paulo aos Romanos (5, 1219), em que se estabelece um paralelismo entre Adão e Jesus Cristo: pela
desobediência de Adão entrou a morte no mundo e muitos foram constituídos pecadores; pela obediência e pela justiça de
Cristo muitos serão constituídos justos. Para a Igreja católica, só no Concílio de Trento e durante o primeiro período de
trabalhos do Concílio (15451547) é que ficaram definidas a natureza e as consequências do «pecado original».
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O ritual do Baptismo, que no Cristianismo primitivo, esotérico, era uma Iniciação mistérica de alto significado, passou a ser,
com a exoterização da Igreja e da sua tradição dogmática, um acto purificatório para «remissão dos pecados», e as crianças
tinham de ser baptizadas a fim de ficarem limpas do «pecado original» que haviam herdado do transgressivo Adão.
Portanto, de um ponto de vista estritamente exotérico, o «pecado original» seria um acto de desobediência que a primitiva
humanidade (Adão e Eva) teria cometido ao infringir uma ordenação divina. Essa desobediência, instigada pela «serpente» e
praticada em primeiro lugar por Eva, que em seguida desencaminhou Adão, explicase, sgundo a exegese rabínica, pelo facto
de o nome de Eva [hebr. hawah, «vida», Génesis 3, 20] se poder associar ao termo aramaico hewyâ, «serpente», donde
resulta a interpretação de que a serpente foi a ruína de Eva e Eva por sua vez foi a «serpente» de Adão. Certos autores
admitem que este mito possa ter alguma conexão com uma serpentedivindade fenícia, chamada hwt.
XV – Acepção esotérica do «pecado original»
De um ponto de vista esotérico – pelo menos segundo as correntes neoocultistas perfilhadas por H. P. Blavatsky, Rudolf
Steiner, Max Heindel, Corinne Heline, Francisco Marques Rodrigues, Edmundo Teixeira, etc. – o pecado original foi uma
transgressão cometida pela humanidade nos seus primórdios, transgressão essa relacionada com a propagação da espécie.
Cingindonos ao Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel, podemos resumir a evolução da Terra ao longo da «Quarta
Revolução» do «Período Terrestre», em que nos encontramos presentemente – e de acordo com a terminologia técnica
adoptada –, como um percurso pautado pelas seguintes grandes Épocas: 1.ª Polar; 2.ª Hiperbórea; 3.ª Lemúrica; 4.ª Atlante;
5.ª Ariana (actual); 6.ª Nova Galileia ou Reino de Deus.
Max Heindel refere ainda uma 7.ª Época, a última, mas não lhe atribui nenhum nome (Heindel 1998, 218).
Somente nos finais da 3.ª Época (Lemúrica) é que surgiu a primeira Raça verdadeiramente humana – a chamada Raça
Lemúrica; na Época Atlante houve sete Raças, e na Época Ariana sucederamse, até agora, cinco Raças (pertencemos,
cronologicamente, à 5.ª Raça), faltando ainda cumprirse duas até ao final da Época. Na próxima 6.ª Época, Nova Galileia,
haverá apenas uma Raça, que será a última (Heindel 1998, 218219; 241).
Nos tempos Lemúricos a propagação da espécie e os nascimentos eram realizados sob a direcção dos Anjos, os quais por
sua vez eram guiados por Jahvé, o regente da Lua. A função procriadora exerciase em determinadas alturas do ano, quando
as linhas de força entre os planetas formavam o ângulo apropriado. Como a força criadora não encontrava nenhum obstáculo,
o parto realizavase sem dor. Os futos da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (Génesis 2, 1617) fizeram com que o
espírito se tornasse consciente da carne (Génesis 3, 67), os homens e as mulheres «conheceramse» e começaram a praticar
a fecundação independentemente das forças solares e lunares apropriadas, abusaram da função sexual para gratificar os
sentidos, e os seus descendentes continuaram a mesma prática. Donde resultou a dor que passou a acompanhar o processo
de gestação e nascimento, bem como as enfermidades e outros sofrimentos (Heindel 1998, 223 e 227).
A «serpente» do Génesis simboliza os Espíritos Lucíferos pertencentes à onda de vida dos Anjos, do Período Lunar (anterior
ao actual Período Terrestre), e eram os «atrasados» dessa onda de vida Angélica. Necessitavam dum cérebro humano para
aquisição de conhecimento, e penetraram na coluna espinal e no cérebro das mulheres, mais aptas a receber essa influência
devido à sua inata capacidade imaginativa (Heindel 1998, 283). Assim, os Lucíferos despertaram a consciência pictórica dos
seres humanos para o fogo serpentino da kundalini : foram os instigadores da actividade mental e do concomitante egoísmo, e
inculcaram o conhecimento de que para vencer a morte bastaria que os humanos se entregassem à actividade sexual
desenfreada a fim de criar e multiplicar novos seres.
A «Queda» resultante deste facto, traduzida em dor e morte, terá de ser redimida com o sacrifício da natureza animal do ser
humano, como já se assinalou mais atrás; o respectivo simbolismo bíblico, como também já se assinalou, é a expiação
através da carne queimada pelo fogo e pelo sal no Altar dos Holocaustos. Esta «carne queimada», segundo Max Heindel, é
um símbolo espiritual da acção do fogo da consciência, que faz de nós um «sacrifício vivo» no altar do nosso Templo Interno,
o fogo da consciência desperta que nos aflige e queima ao adquirirmos a plena e sincera percepção dos nossos erros.
XVI – Acepção laica do «pecado original» (1)
Os antropólogos, os sociólogos, os psicólogos, os historiadores e os etnólogos têm examinado e estudado sob diversos
ângulos o facto de o mito do «pecado original» não ser exclusivo do Cristianismo, mas encontrarse dissemimado através dos
tempos nas mais diferentes geografias e culturas.
Neste ponto, naturalmente, as posições dos estudiosos extremamse: os mais radicais, como por exemplo os neodarwinistas
ateus, negam pura e simplesmente o conceito, como por exemplo o evolucionista G. Richard Bozart: «Qualquer estudante
liceal conhece o suficiente sobre a evolução para saber que em nenhuma parte da teoria evolucionária das nossas origens
aparece um Adão ou uma Eva ou um Eden ou um fruto proibido. A evolução significa o desenvolvimento duma forma para a
seguinte, a fim de defrontar os desafios sempre em mudança duma natureza sempre em mudança, e poder vencêlos. Não há
nem houve nenhuma queda a partir dum estado prévio de sublime perfeição» (G. Richard Bozart, «The Meaning of Evolution»,
in American Atheist Magazine, September 1979, p. 30).
Curiosamente, o cristão heterodoxo Celestius, do século v, discípulo de Pelágio, assume pela primeira vez uma posição que
costuma ser invocada por modernos agnósticos para ridicularizar a ideia dum pecado original, posição essa que lhe valeu ser
excomungado nada menos de três vezes: uma pelo bispo Aurélio no Concílio de Cartago em 412, outra pelo papa Inocêncio I
em 417 e uma terceira pelo papa Celestino I no Concílio de Éfeso, em 431. Celestius rejeitou a ideia dum pecado original,
afirmando: «Adão teria de morrer, em qualquer caso, quer tivesse pecado quer não. O pecado de Adão apenas recaiu sobre
ele, e não sobre toda a raça humana». Consequentemente, também rejeitou a remissão dos pecados pelo Baptismo.
XVII – Acepção laica do «pecado original» (2)
No entanto, como se disse há pouco, o mito de que um acontecimento terrível, antiquíssimo, se tornou fautor da infelicidade
humana, tem sido encontrado sob variadas formas em diversas mitologias e religiões. Um dos mais antigos desses mitos é o
do divino Zagreu, filho de Zeus e de Perséfone, considerado o «primeiro Diónysos». Instigados pela deusa Hera, esposa de
Zeus e ciumenta de Perséfone, os Titans raptaram o divino Zagreu, que se metamorfoseara em touro para lhes escapar,
despedaçaramno e comeramno, em parte cru, em parte cozinhado. Um mito semelhante foi encontrado no Egipto, na Fenícia
e na Frígia.
Os Mistérios Órficos ritualizaram este mito através duma dramatologia que incide na «culpa» e na «purificação», e respectivo
ciclo de reencarnações, consequência do «pecado original» da humanidade descendente dos Titans, assassinos (e
devoradores) de Zagreu, ou do touro em que se transformara (Rego 1989, 4546).
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Aqui associamse dois «crimes» primevos: (1) a matança de um deus ancestral e (2) o início da alimentação carnívora,
perpetrada duma forma dual: (1) canibalística (o deus é antropomorfo), e (2) utilizando a carne dum mamífero (bovino).
A análise duma situação arcaica deste tipo, e seus efeitos subsequentes, foi exposta pela primeira vez por Freud no seu livro
Totem e Tabu (1912), e desenvolvida por ele posteriormente (cf. Freud 1990, passim), bem como por outros investigadores da
mesma linha. Segundo Freud, o arcaico sistema patriarcal teve o seu fim durante uma rebelião dos filhos que se aliaram contra
o pai, simultaneamente tirânico, temido e venerado, dominaramno e devoraramno. A partir daí a família organizouse de
acordo com o sistema matriarcal, e, em lugar do pai, foi erigido um totem com a figura de um determinado animal
representativo, considerado como antecessor colectivo e ao mesmo tempo como génio tutelar. Uma vez por ano a comunidade
masculina reuniase num banquete e o animal representado no totem era despedaçado e comido em comum. Ninguém podia
absterse deste banquete, que representava a repetição solene do parricídio, origem dos ulteriores tabus e prescrições
religiosas que tinham por finalidade redimir, ou pelo menos minorar, as consequências nefastas desse acto. Muitos autores
admitem a correspondência entre o «banquete totémico» e a «comunhão cristã» (Freud 1990, 122132 e 194196).
XVIII – Acepção laica do «pecado original» (3)
Outros autores, embora não desprezando o significado da morte do pai, elevado à dignidade de um deus e criando nos seus
descendentes uma «crise neurótica» de culpa permanentemente redimida e reactivada, preferem considerar a tradição de um
início histórico em que o ser humano começou a devorar animais, seus semelhantes na escala dos seres vivos. Um dos
primeiros a expor esta teoria foi o investigador, mitólogo e filósofo da história comparada das religiões José Teixeira Rego
(18811934), no seu livro Nova Teoria do Sacrifício (1918). Baseandose em estudos já então disponíveis nos inícios do século
xx, Teixeira Rego refere: «A PréHistória dános o homem caçador, pescador, ao passo que os antropóides são frugívoros, e,
factos notáveis, o homem conserva o aparelho digestivo dum frugívoro, nas suas tradições referese a um passado de
frugívoro, tem uma repugnância instintiva pela carne crua, e, finalmente, grande parte das suas doenças são devidas às
toxinas dos alimentos animais. Ainda hoje, apesar das inevitáveis modificações que longos séculos de omnivorismo
produziram, existe a possibilidade no homem duma alimentação exclusivmente frugívora, tantos e tantos séculos foram
frugívoros os nossos antepassados antropóides!» (Rego 1989, 2627).
Descontemos o facto de no tempo de Teixeira Rego se utilizar o termo «antropóide» num sentido evolucionáro que hoje não
tem, embora se perceba a que espécie de «préhomem» o autor se quer referir: actualmente a ciência admite que os
antropóides e o ser humano tiveram uma remota origem comum – o que coincide com a posição defendida no Conceito
Rosacruz do Cosmos por Max Heindel –, sendo mais correcto afirmarse que os actuais antropóides descendem duma
antiquíssima linhagem humana degenerada. Seja como for, a mudança de regime, de vegetariano para carnívoro, acarretou
diversas alterações, como a necessidade de caçar a presa, o desenvolvimento do cérebro, e consequentes rudimentos de
civilização mercê do aperfeiçoamento mental, com os correlativos excessos sexuais e quebra da natural periodicidade – as
funções sexuais passaram a exercerse em todo o tempo –, seguindoselhes a fabricação de instrumentos e a guerra com
todos os seus horrores. Foi a origem do bem e do mal (Rego, ibid.).
Entre as modificações causadas pelo uso da carne como novo alimento, ocorreram algumas referidas em vários mitos: a
queda do pêlo e as dificuldades e dores do parto, além da proliferação de enfermidades (Rego, ibid.). Teixeira Rego e outros
autores opinam portanto que a «Queda» se deveu à introdução do alimento animal, derivando dessa causa perturbadora o
principal factor da infelicidade humana. O poema iniciático Metamorfoses, de Ovídio (43 a. C.17 d. C.), refere esse factor nos
seguintes termos:
«Havia um homem [o Iniciado Pitágoras], nativo de Samos, que fugira de Samos e dos senhores da ilha por detestar a tirania,
preferindo viver voluntariamente no exílio. Com a sua mente espiritual aproximouse dos deuses, embora muito distantes nas
regiões do céu, e percebeu com os olhos do intelecto o que a natureza negava aos olhares do homem comum. […] Foi o
primeiro a denunciar o costume de servir carne de animais à mesa, e também o primeiro a pronunciar, com a sua boca sábia,
estas palavras: “Abstendevos, mortais, de contaminar os vossos corpos com alimentos ímpios! Tendes os cereais e as frutas
que inclinam os ramos com o seu peso, e os abundantes cachos de uvas nas vinhas, e as verduras saborosas, e nem o leite
nem o mel perfumado vos estão vedados. A terra generosa proporcionavos um semfim de fecundos alimentos pacíficos, e
oferecevos banquetes sem necessidade de matança nem de sangue. Só os animais é que saciam a fome com carne, e nem
sequer todos. […] Ah, que grande crime é introduzir vísceras nas próprias vísceras, e engordar o corpo insaciável enchendoo
com outro corpo, e que um ser vivo viva da morte doutro ser vivo. […] Mas um primeiro instigador funesto, não sei quem,
sentiu inveja da comida dos leões e sepultou no seu ventre ávido alimentos corpóreos, abrindo o caminho para o crime”»
(Ovídio, Metamorfoses, livro XV).
É interessante verificar, ao mesmo tempo, em variados mitos de diversas civilizações, como aparecem interligados o factor
alimentar carnívoro e a desregração sexual: esse binómio que compõe o «pecado original» surgenos por exemplo na epopeia
de Gilgamesh bem como noutros textos da literatura cuneiforme, além de, com mais ou menos variantes, em contos populares
do antigo Egipto, em lendas do México précolombiano, nas tradições maiasquichés, na Índia, na China, etc.
XIX – A carne e o vinho
De acordo com a Bíblia, a humanidade era vegetariana antes da expulsão do paraíso terrestre: «Eis que vos dou toda a erva
que dá sementes sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm semente; isto vos servirá de alimento» (Génesis 1,
29).
Ainda segundo a Bíblia, a alimentação carnívora começou depois do Dilúvio: quando Noé e sua família, e todos os animais
que estavam na arca, aportaram a terra após a retirada das águas, Deus disse a Noé e aos seus flhos:
«Sede fecundos, multiplicaivos e enchei a terra. Sede o terror e o medo de todos os animais na terra e de todas as aves nos
céus; e tudo o que se move na terra e de todo o peixe no mar; estão entregues nas vossas mãos. Tudo o que vive e se move
servirá para vosso alimento; douvos tudo isto, tal como vos dei a folhagem das plantas» (Génesis 9, 13).
Na sequência deste relato, surgenos um bisneto de Noé, Nimrod, do qual se diz que «foi o primeiro homem possante sobre a
terra; era um poderoso caçador aos olhos de Jahvé, daí o adágio: “Como Nimrod, poderoso caçador aos olhos de Jahvé”»
(Génesis 10, 89).
Max Heindel explicanos que a alimentação carnívora dos seres humanos e o aparecimento do «caçador» Nimrod estão mal
colocados na Bíblia (Heindel 1977, 22), e que a correcta sequência dos acontecimentos – em função das Épocas citadas no
cap. XV deste artigo – deverá ser a seguinte (Heindel 1985, 218225):
– 1 Época Polar – Humanidade semelhante aos minerais – Figura simbólica: Adão, formado de «barro»;
– 2 Época Hiperbórea – O Corpo Denso da humanidade foi revestido com o Cospo Etérico ou Vital, e os seres humanos
tornaramse semelhantes às plantas – Figura simbólica: Caim, cultivador de cereais;
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– 3 Época Lemúrica – O Corpo de Desejos foi acrescentado à humanidade, que se tornou semelhante ao animal – Figura
simbólica: Abel, pastor que não matava os animais para deles se alimentar, mas que se utilizava do leite;
– 4 Época Atlante – A Mente foi acrescentada ao ser humano para que finalmente se estabelecesse o elo entre o Espírito e o
Corpo – Figura simbólica: Nimrod, «poderoso caçador», uma vez que se tornara necessário introduzir a carne na alimentação
humana: Nimrod simboliza os reis atlantes anteriores ao Dilúvio;
– 5 Época Ariana (actual) – Tempo em que o ser humano teve de atingir o ponto mais baixo da materialidade, indispensável
para conquistar e dominar a matéria – Figura simbólica: Noé, que introduziu a cultura da vinha e o uso do vinho – Este novo
alimento, juntamente com a carne, provocou o transitório obscurecimento das verdades espirituais, permitindo à humanidade
alcançar o máximo da sua evolução material.
A partir de uma determinada etapa desta 5.ª Época, e depois de ter «batido no fundo», começará para o ser humano a
evolução espiritual com a substituição do egoísmo pelo amor e pelo altruísmo, ao mesmo tempo que a carne e o vinho serão
abolidos da dieta alimentar por já terem cumprido a sua função, tornandose altamente perniciosa e negativa, desse ponto em
diante, a insistência no seu uso.
XX – Voltando ao «sacrifício»…
Em função de tudo quanto se disse até agora, que significado poderemos atribuir à recaída na especial forma de sacrifício
animal correspondente ao uso do pergaminho para a transmissão exotérica dos textos sagrados cristãos, entre os séculos iv e
xvi?
Lançando um olhar sobre a história da civilização ocidental, há a tendência para se considerar que o máximo da materialidade
foi atingido nos séculos xix e xx com o racionalismo materialista e historicista de Karl Marx, o positivismo comteano, a
revolução industrial, o capitalismo liberal e neoliberal, e revolução científica e tecnológica…
Mas há que distinguir entre o materialismo filosófico e o materialismo espiritual, pese embora a aparente contradição de termos
neste último caso. O primeiro é uma atitude do intelecto que afecta sobretudo o comportamento mundano, teóricoprático, do
ser humano, ao passo que o último é uma atitude que rebaixa ao nível da carne o que é exclusivo do espírito – como por
exemplo dogmatizar a virgindade carnal da Virgem Mãe, a ressurreição carnal de Cristo, a transubstanciação em carne e
sangue autênticos, de Cristo, na hóstia consagrada, a ressurreição da carne no final dos tempos… É um retrocesso à memória
dos antigos tempos do canibalismo e dos sacrifícios sangrentos.
O materialismo filosófico que se desenvolveu nos séculos xix e xx e que, de certo modo, continuará por algum tempo, é como
um adubo fertilizador duma espiritualidade nova – aliás cada vez mais evidente e preponderante –, e mais apta a desvendar e
a trazer à Luz o verdadeiro Deus Interno de cada homem e de cada mulher, uma espiritualidade mais responsável, mais
consciente e mais propícia a elevar as nossas almas até às luminosas «asas do Sol de Justeza».
Por outro lado, na chamada «Idade das Trevas» e nos séculos que se lhe seguiram até à invenção da imprensa – que fez
aumentar em flecha o uso do papel, abolindo por fim o uso do pergaminho –, o derramamento de sangue sacrificial de carneiros
e bodes para que nas suas peles se inscrevessem textos sagrados correspondeu a uma fase de obscurecimento, ou de
materialismo espiritual, em que a Igreja procurou, pela hipocatástase da carne, difundir o que não podia realizar pelo espírito tal
como se exemplificou atrás.
Parafraseando Max Heindel bem como o conhecido passo dos Actos dos Apóstolos: a Igreja desses negros tempos já não
podia dizer, como Pedro, «não possuo ouro nem prata», nem ao paralítico «levantate e caminha».
No entanto, esta fase transitória, terrível, de retrocesso simbólico ao «bode expiatório» (Levítico 16, 26) que era enviado ao
deserto, para a divindade maléfica Azazel, levando sobre si todos os pecados e iniquidades do povo[4], foi necessária a fim de
preparar e dar origem, por violenta reacção, ao surto científico e ao Iluminismo dos séculos xvii e xviii, indispensáveis – com
todos os seus perigos e riscos – para a conquista da matéria e renovada emergência do espírito. Estes perigos e riscos são
precisamente o fermento que fará com que os seres humanos possam enfim tomar plena consciência do que é ser senhor da
recta consciência (intelectual, moral e emocional), e ascender, pela liberdade do Espírito, à Nova Era de Luz que se avizinha.
XXI – Conclusão
Podese ser tentado a contraargumentar com a óbvia constatação de que o máximo de materialismo e de irreligiosidade,
atingidos nos séculos xix e xx, coincidiu com a total generalização do papel, do «casto» reino vegetal, e que o carniceiro
pergaminho já deixara de ser usado pelo menos há três ou quatro séculos.
Sem dúvida; no entanto, o tema deste artigo não tem a ver com os textos profanos, mas apenas, no caso que nos ocupa, com
a transmissão dos textos sagrados e, mais especificamente, com a transmissão do Novo Testamento – o grande pólo atractor
da Escritura Sagrada Cristã.
O materialismo positivista e neopositivista dos séculos xix e xx é uma fase de «prova» que a humanidade profana tem de
atravessar – e saber vencer – a fim de evoluir espiritualmente. Em contrapartida, foi precisamente nos séculos xix e xx, de
triunfante «racionalidade instrumental», que a literatura esotérica se multiplicou de forma nunca vista – «racionalidade aberta»
–, tal como se multiplicaram as edições da Bíblia em papel e em traduções num número cada vez maior de línguas.
Este facto – tradução do especial texto sagrado que é a Bíblia em milhares de línguas – cria uma aura de entrelaçamento entre
as diversíssimas línguas sob a forma de um elo, ou de um «pensamento cordial comum»: o do Reino de Deus anunciado por
Cristo. Curioso e misterioso estratagema místico, que nos permite abrir as portas duma Nova Era vencedora da maldição de
Babel !
Esta proliferação de edições e traduções da Bíblia, nada casual, coincide com as novas hermenêuticas de carácter esotérico
que, a par duma Esoterologia aprofundada, obtiveram finalmente aceitação académica com inclusão nos programas
curriculares de diversas e prestigiosas universidades.
Por fim, mas não por último, não deixemos de ponderar o facto assinalável de ser cada vez mais acentuada a tendência para a
alimentação vegetariana, sobretudo entre as gerações mais jovens, com a eliminação gradual do consumo de carne. Os
restaurantes vegetarianos proliferam, bem como os «pratos vegetarianos» em muitos restaurantes convencionais, além de que
proliferam igualmente as indústrias que produzem, manufacturam e transformam alimentos vegetarianos – sinal seguro de que
há cada vez mais procura por parte dos consumidores, ou seja: por parte do público em geral.
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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
O próximo passo a dar será a gradual abolição do álcool na alimentação – que também já começa a ser preterido, em não raros
casos, por certas camadas da juventude.
Acompanhemos pois, atentamente, as mudanças vindouras, que incidirão sem dúvida na forma como as Escrituras Sagradas
vão passar a ser comunicadas e transmitidas.
Gravadas primeiramente em pedra (mineral), depois em papiro (vegetal), seguidamente em pergaminho (animal – ponto mais
baixo), a sua transmissão reascendeu ao vegetal (papel), e… o próximo passo será a reutilização do reino mineral (revolução já
em curso), através do silício dos computadores e dos CDs, ou, melhor ainda, das ondas etéricas da Internet e do ciberespaço
e do que vier a seguir…
Grandes transmutações se avizinham. Saibamos estar preparados, espiritualmente, para elas.
António de Macedo
Agosto de 2003 (Rosa Cruz)
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