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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana

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domingo, 4 de janeiro de 2015

Vegetarianismo e o Ocultismo
Novembro de 1913

Theosophical  Publishing  House  Adyar,  Chennai


(Madras), Índia

Ao  falarmos  da  relação  entre  vegetarianismo  e


ocultismo,  pode  ser  melhor  começarmos  pela
definição  de  nossos  termos.  Todos  sabemos  o  que
significa  vegetarianismo;  e  mesmo  que  haja  diversas
variedades  dele,  não  será  necessário  discuti­las.  O
vegetariano é alguém que se abstém de comer carne.
Há  alguns  que  admitem  produtos  animais  como  os
obtidos sem a destruição da vida do animal, como por
exemplo,  leite,  manteiga  e  queijo.  Há  outros  que  se
restringem  a  certas  variedades  de  vegetais  —  frutas
e  nozes,  talvez;  há  outros  que  preferem  comer  só  a
"A Verdade é uma terra sem caminho"
comida  que  pode  ser  ingerida  crua;  outros  não
comerão  nada  que  cresça  debaixo  do  solo,  como "Disse Jesus:
batatas,  nabos,  cenouras,  etc.  Não  precisamos  nos Aquele que procura,
preocupar com estes tipos, mas simplesmente definir continue sempre em busca,
o  vegetariano  como  alguém  que  se  abstém  de  qualquer  comida  obtida  pela  morte  dos  animais  —  é  claro  incluindo  aves  e até que tenha encontrado;
peixes. e quando tiver encontrado,
sentir­se­á perturbado;
sentindo­se perturbado,
Como definiríamos ocultismo? A palavra deriva do latim occultus, oculto; de modo que é o estudo das leis ocultas da natureza.
ficará maravilhado,
Já que todas as grandes leis da natureza estão de fato operando no mundo invisível muito mais do que no visível, o ocultismo e reinará sobre Tudo."
envolve a aceitação de uma visão da natureza muito mais ampla do que a que se tem usualmente. O ocultista, então, é um
homem que estuda todas as leis da natureza a que pode ter acesso ou das quais pode ouvir falar, e como resultado de seus
estudos ele se identifica com estas leis e devota sua vida ao serviço da evolução.

Contemplação Celeste
Como o ocultismo encara o vegetarianismo? Muito favoravelmente, e por muitas razões. Estas razões podem ser divididas em
duas  categorias  —  as  que  são  comuns  e  físicas,  e  as  que  são  ocultas  ou  invisíveis.  Há  muitas  razões  a  favor  do
vegetarianismo que pertencem ao plano físico, e são patentes aos olhos de qualquer um que se dê ao trabalho de analisar o
assunto; e estas, para o estudante do oculto, contarão ainda mais fortemente do que para o homem comum. Em acréscimo a
estas  e  além  delas,  o  estudante  do  oculto  conhece  outras  razões  que  advêm  do  estudo  daquelas  leis  ocultas  que  são  ainda
tão pouco compreendidas pela maioria da humanidade. Devemos portanto dividir nossa consideração destas razões em duas
partes, primeiro analisando as físicas e comuns.

Mesmo estas razões comuns podem ser subdivididas em duas classes — a primeira contendo as que são físicas e de fundo
egoísta, e em segundo as que podem ser descritas como tendo bases morais e altruístas.

Primeiro,  então,  tomemos  as  razões  em  favor  do  vegetarianismo  que  interessam  somente  o  próprio  homem,  e  pertencem

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
puramente  ao  plano  físico.  Por  enquanto  colocaremos  de  lado  a  consideração  dos  efeitos  sobre  os  outros  —  o  que  é
infinitamente  mais  importante  —  e  pensaremos  somente  nos  resultados  para  o  próprio  homem.  É  necessário  fazê­lo,  porque
uma das objeções frequentemente levantadas contra o vegetarianismo é a de que ele é uma bela teoria, mas cuja aplicação é
impossível,  já  que  se  supõe  que  um  homem  não  pode  viver  sem  devorar  carne  morta.  Esta  objeção  é  irracional,  e  é
fundamentada na ignorância ou não perversão dos fatos. Eu mesmo sou um exemplo de sua falsidade, pois tenho vivido sem
a  poluição  da  alimentação  carnívora  —  nem  gado,  peixe  ou  ave  —  pelos  últimos  trinta  e  oito  anos,  e  não  só  sobrevivi,  mas
tenho tido durante todo este tempo uma saúde extraordinariamente boa. Nem sou de modo algum especial nisso, pois conheço
milhares  de  outros  que  têm  feito  a  mesma  coisa.  Conheço  alguns  jovens  que  têm  sido  felicíssimos  de  não  serem  poluídos
pelo  comer  carne  durante  todas  as  suas  vidas;  e  são  nitidamente  mais  livres  de  doenças  do  que  aqueles  que  o  fazem.
Seguramente  há  muitas  razões  em  favor  do  vegetarianismo  do  ponto  de  vista  puramente  egoísta;  e  as  apresentarei  antes,
porque sei que as considerações egoístas atrairão mais fortemente a maioria das pessoas, ainda que eu espere que no caso
dos que estudam a Teosofia possamos imaginar que as considerações morais que mais tarde apresentarei terão muito maior
peso.

QUEREMOS O MELHOR Use em seu site! 
1224264

Presumo que sobre a alimentação, assim como em todo o resto, todos nós queremos o melhor que estiver ao nosso alcance. Patrocínio
Gostaríamos  de  trazer  nossas  vidas,  e  portanto  nossa  alimentação  diária  como  uma  parte  importante  de  nossas  vidas,  em
harmonia  com  nossas  aspirações,  em  harmonia  com  o  mais  elevado  que  conhecemos.  Ficaríamos  felizes  de  ter  o  que
realmente é o melhor, e se ainda não sabemos o bastante para sermos capazes de apreciar o que é melhor, então ficaríamos
felizes  de  aprendê­lo.  Se  pensarmos  nisto,  veríamos  que  este  é  o  caso  ao  longo  de  outras  linhas,  como  por  exemplo  na
música, arte ou literatura. Desde a infância fomos ensinados que se queremos desenvolver nosso gosto musical ao longo das
melhores  linhas  devemos  selecionar  somente  a  melhor  música,  e  se  de  início  não  a  apreciamos  ou  entendemos
completamente,  devemos  ser  muito  pacientes  em  esperar  e  ouvir,  até  que  enfim  algo  se  sua  suave  beleza  desponte  em Carta Celeste
nossas  almas,  e  passemos  a  compreender  que  o  que  antes  não  despertava  resposta  alguma  em  nossos  corações.  Se
queremos apreciar o melhor na arte não devemos encher nossos olhos com as páginas policiais sensacionalistas, ou com as
horríveis abominações chamadas enganosamente de caricaturas; mas devemos permanecer olhando e aprendendo até que o
mistério  da  obra  de  Turner  comece  a  se  abrir  à  nossa  paciente  contemplação,  ou  o  grandioso  voo  de  Velásquez  entre  em
nosso poder de entendimento. O mesmo quanto à literatura. Tem sido a triste experiência de muitos que a maior parte do que é
melhor e mais belo esteja perdida para aqueles cujo alimento mental consiste exclusivamente do jornal sensacionalista ou do
romance  barato,  ou  daquela  frívola  massa  de  material  despejado  como  escória  sobre  o  metal  fundido  da  vida  —  novelas, Mistérios Revelados ­ Democracia Espiritual
seriados e fragmentos de um tipo que nem ensina o ignorante, nem fortalece o fraco, nem desenvolve o imaturo. Se queremos
desenvolver  a  mente  de  nossas  crianças  não  os  devemos  abandonar  aos  seus  gostos  não  cultivados  em  nenhuma  destas
Ventos de Paz
coisas, mas tentemos ajudá­los a treinar o gosto, seja na arte, na música ou na literatura.

Seguramente  então  podemos  procurar  encontrar  o  melhor  alimento  tanto  físico  quanto  mental,  e  seguramente  devemos
encontrá­los não só por mero instinto cego, mas por aprender a pensar e analisar o assunto do mais alto ponto de vista. Pode
haver  aqueles  no  mundo  que  não  têm  desejo  pelo  melhor,  que  querem  permanecer  nos  níveis  mais  baixos  e  consciente  e
intencionalmente  constroem  em  si  o  que  é  bruto  e  degradante;  mas  seguramente  há  os  que  desejam  ascender  acima  disto,
que feliz e avidamente tomariam o melhor se apenas soubessem o que é, ou se sua atenção fosse dirigida a ele. Há homens e
mulheres  que  moralmente  são  da  mais  alta  categoria,  porém  foram  obrigados  a  comer  junto  das  hienas  e  lobos  da  vida,  e
foram ensinados que sua dieta necessária era o cadáver de um animal assassinado. É preciso só um pouco de pensamento
para mostrar­nos que este horror não pode ser o mais elevado e o mais puro, e que se desejamos sempre nos elevar na escala
da  natureza,  se  desejamos  sempre  que  nossos  corpos  sejam  puros  e  limpos  como  os  templos  do  Mestre  deveriam  ser,
devemos  abandonar  este  repugnante  costume,  e  assumir  nosso  lugar  entre  as  hostes  principescas  que  se  esforçam  pela
evolução  da  humanidade  —  se  esforçam  pelo  mais  elevado  e  mais  puro  em  tudo,  para  eles  mesmos  e  para  seus
companheiros. Vejamos em detalhe por que uma dieta vegetariana é enfaticamente a mais pura e melhor.

1. Mais Nutrição

Primeiro:  Porque  os  vegetais  contêm  mais  nutrientes  do  que  uma  igual  quantidade  de  carne  morta.  Isto  soará  como  uma
declaração surpreendente e incrível para muitas pessoas, porque elas foram levadas a acreditar que não podem viver a não ser
que se aviltem com carne, e esta ilusão é tão largamente disseminada que é difícil despertar o homem comum dela. Deve ser
entendido  claramente  que  isto  não  é  uma  questão  de  hábito,  ou  de  sentimento,  ou  de  preconceito;  é  simplesmente  uma
questão  de  mero  fato,  e  contra  os  fatos  não  há  e  nunca  houve  a  menor  objeção.  Há  quatro  elementos  necessários  na
alimentação,  todos  essenciais  à  reparação  e  construção  do  corpo:  (a)  Proteínas  ou  alimentos  nitrogenados;  (b)  Carboidratos;
(c)  Lipídios  ou  gorduras;  (d)  Sais  minerais.  Esta  é  a  classificação  usualmente  aceita  pelos  fisiologistas,  ainda  que
investigações recentes tendam a modificá­la em certa extensão. Na trilha luminosa da consciência

Mas não há nenhuma dúvida de que todos estes elementos existem em quantidade maior nos vegetais do que na carne morta.
Instituto Nina Rosa
Por  exemplo,  leite,  nata,  queijo,  nozes,  ervilhas  e  feijões  contêm  uma  grande  porcentagem  de  proteínas  ou  matéria
nitrogenada.  Trigo,  aveia,  arroz  e  outros  grãos,  frutas  e  a  maioria  dos  vegetais  (exceto  talvez  ervilhas,  feijões  e  lentilhas)
consistem  principalmente  de  carboidratos  —  isto  é,  amido  e  açúcares.  Os  lipídios,  ou  gorduras,  são  encontrados  em  quase
todos os alimentos proteicos, e podem ainda ser ingeridos sob forma de manteiga ou óleos. Os sais minerais são encontrados
praticamente em todos os alimentos em maior ou menor grau. São da maior importância na manutenção dos tecidos corporais,
e o que chamamos de depleção salina é a causa de muitas doenças.

Algumas  vezes  se  argumenta  que  a  carne  contém  alguns  destes  nutrientes  em  maior  abundância  do  que  os  vegetais,  e
algumas tabelas são elaboradas de modo a sugerir isto; mas uma vez mais, isto é uma questão de fatos, e deve ser encarada Informe­se, Transforme­se e Transcenda!
deste ponto de vista. As únicas fontes de energia na carne morta são a matéria proteica que contém, e a gordura; e quanto à
gordura dela, certamente não tem mais valor do que outras gorduras, sendo a proteína o único ponto a ser considerado. Mas
Jiddu Krishnamurti
deve ser lembrado que as proteínas têm todas uma só origem; são elaboradas nas plantas e em nenhum outro lugar. Nozes,
ervilhas, feijões e lentilhas são muito mais ricos deste elemento do que qualquer tipo de carne, e têm a enorme vantagem de
serem puras, e portanto contêm toda a energia originalmente armazenada nelas durante sua elaboração. No corpo animal estas
proteínas, que o animal absorveu do reino vegetal durante sua vida, estão constantemente sendo decompostas, durante a qual
a energia originalmente armazenada nelas é liberada.

Consequentemente o que já foi usado por um animal não pode ser utilizado por outro. As proteínas são avaliadas em algumas
destas  tabelas  pela  quantidade  de  nitrogênio  que  contêm,  mas  na  carne  há  muitos  produtos  de  metabolismo  tecidual  como
ureia, ácido úrico e creatinina, todos contendo nitrogênio, e portanto sendo incluídos junto das proteínas, embora não possuam
nenhum valor nutritivo.

Tampouco o mal termina aqui; pois este metabolismo necessariamente é acompanhado pela formação de muitos venenos, que
sempre são encontrados em qualquer tipo de carne; e em muitos casos a virulência destes venenos é muito grande. Assim se

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você obtém alguma nutrição pelo consumo de carne morta, o faz somente porque durante sua vida o animal consumiu matéria
vegetal.  Você  obtém  menos  nutrição  do  que  deveria,  porque  o  animal  já  a  consumiu  metade,  e  você  recebe  junto  várias
substâncias  indesejáveis,  e  mesmo  alguns  venenos  ativos,  que,  é  óbvio,  são  nitidamente  deletérios.  Eu  sei  que  há  muitos
doutores que prescreverão a desagradável dieta de carne, a fim de fortalecer as pessoas, e eles frequentemente terão alguma
medida de sucesso; embora mesmo neste ponto eles de modo algum concordem, pois o Dr. Milner Fothergill escreve: “Toda
efusão  de  sangue  causada  pela  disposição  belicosa  de  Napoleão  não  é  nada  comparada  à  perda  de  vida  de  miríades  de
pessoas que foram ao túmulo através de uma enganosa confiança no suposto valor do bife “. De qualquer modo, os resultados
fortalecedores podem ser obtidos do reino vegetal quando a ciência da dieta for corretamente compreendida, e eles podem ser
obtidos  sem  a  horrível  poluição  e  sem  todos  os  outros  fatores  indesejáveis  concomitantes  do  outro  sistema.  Deixe­me
mostrar­lhe  que  nisto  tudo  não  faço  nenhuma  afirmação  infundada;  deixe­me  citar  para  você  as  opiniões  dos  médicos,  dos
homens cujos nomes são bem conhecidos no mundo da medicina, para que você possa ver que eu tenho ampla autoridade no
que disse.

Encontramos  Sir  Henry  Thompson,  F.K.C.S.,  dizendo:  “É  um  erro  vulgar  considerar  a  carne  sob  qualquer  forma  como
necessária  à  vida.  Tudo  o  que  é  necessário  para  o  corpo  humano  pode  ser  suprido  pelo  reino  vegetal...  O  vegetariano  pode
extrair  de  sua  alimentação  todos  os  princípios  necessários  para  o  crescimento  e  manutenção  do  corpo,  assim  como  para  a
produção de calor e força. Deve ser admitido como um fato além de qualquer dúvida que algumas pessoas são mais fortes e
mais saudáveis quando tomam este alimento. Eu sei o quanto esta dieta de carne predominante é não só um luxo dispendioso,
mas uma fonte de sério mal ao consumidor”. Eis uma afirmação definitiva de um médico bem conhecido.

Então  podemos  acompanhar  as  palavras  de  um  membro  da  Royal  Society,  Sir  Benjamin  Ward  Richardson,  M.D.;  ele  diz:
“Deve  ser  admitido  honestamente  que  peso  por  peso,  a  substância  vegetal,  quando  cuidadosamente  selecionada,  possui  as
mais  extraordinárias  vantagens  sobre  a  alimentação  animal,  em  termos  de  valor  nutritivo.  Eu  gostaria  de  ver  um  plano
vegetariano e frugívoro posto em uso geral, e acredito que será feito”. Quebrando limitações

O bem conhecido médico Dr. William S. Playfair, C.B., disse mui claramente: “A dieta animal não é essencial ao homem”; e
encontramos  o  Dr.  F.J.  Sykes,  B.Sc.,  oficial  médico  para  S.  Pancrácio,  escrevendo:  “A  química  não  é  contrária  ao Sociedade Vegetariana Brasileira

vegetarianismo,  não  mais  que  a  biologia  o  é.  A  alimentação  de  carne  certamente  não  é  necessária  para  suprir  os  produtos
nitrogenados  requeridos  para  a  reparação  dos  tecidos;  portanto  uma  dieta  bem  escolhida  derivada  do  reino  vegetal  está
perfeitamente correta, do ponto de vista químico, para a nutrição dos homens”.

O  Dr.  Francis  Vacher,  F.R.C.S.,  F.C.S.,  assinala:  “Não  acredito  que  um  homem  fique  melhor  física  ou  mentalmente  pelo
consumo de carne”.

O Dr. Alexander Haig, F.E.C.P., o médico­chefe de um dos grandes hospitais de Londres, escreveu: “Que é possível sustentar
a  vida  com  produtos  do  reino  vegetal  não  precisa  demonstração  para  os  médicos,  mesmo  se  a  maioria  da  raça  humana  não  
estivesse  constantemente  envolvida  nesta  demonstração;  e  minhas  pesquisas  mostram  não  só  que  é  possível,  mas  que  é Mude!
infinitamente preferível de todos os modos, e produz poderes superiores, tanto de mente como de corpo”.
Osho
O Dr. M.F.Coomes, em The American Practitioner and News, de julho de 1902, conclui um artigo científico assim: “Deixe­me
dizer antes que a carne de animais de sangue quente não é essencial como dieta para o propósito de manter o corpo humano
em perfeita saúde”. Ele prossegue fazendo outras observaçöes que citaremos em nossa próxima seção.

O Deão da Faculdade do Jefferson Medical College, de Filadélfia, disse: “É um fato bem conhecido que cereais como artigos
de consumo diário têm uma alta posição na economia humana; contêm constituintes amplamente suficientes para sustentar a
vida em sua forma mais elevada. Se o valor alimentício dos cereais fosse melhor conhecido seria uma boa coisa para a raça.
Países inteiros vivem e prosperam só com eles, e tem sido plenamente demonstrado que a carne não é uma necessidade”.

Eis  um  número  de  claras  afirmações,  e  todas  foram  tomadas  dos  escritos  de  homens  bem  conhecidos  que  fizeram  estudos
consideráveis sobre a química dos alimentos. É impossível negar que o homem pode existir sem está horrível dieta carnívora,
e  mais  ainda,  que  há  mais  nutrientes  em  vegetais  do  que  em  uma  quantidade  igual  de  carne  morta.  Eu  poderia  citar  muitas
outras declarações, mas estas acima mencionadas são suficientes, e são bons exemplos das outras.

2. Menos Doença

Segundo:  Porque  muitas  doenças  sérias  advêm  deste  repugnante  costume  de  devorar  corpos  mortos.  Novamente  aqui  eu
poderia  facilmente  dar  uma  longa  lista  de  citações,  mas  como  antes  ficarei  satisfeito  com  poucas.  O  Dr.  Josiah  Oldfield,
M.E.C.S., L.R.C.P., escreve: “A carne não é um alimento natural, e portanto tende a criar perturbações funcionais. Do modo
como é consumida nas modernas civilizações, está infectada com terríveis doenças (prontamente transmissíveis ao homem)
como  o  câncer,  consumpção,  febre,  verminoses,  etc.,  em  uma  extensão  enorme.  Não  admira  que  a  ingestão  de  carne  seja
uma das mais sérias causas das doenças desenvolvidas por 99% das pessoas que nascem”.
Vibrando o coração
Sir Edward Saunders nos diz: “Seria boa toda tentativa de ensinar a humanidade que bife e cerveja não são necessários para a
saúde e eficiência, e devem levar à economia e felicidade; e à medida que isso se desenvolver acredito que ouviremos falar
menos  em  gota,  mal  de  Bright,  problemas  de  fígado  e  rins  quanto  ao  primeiro  item,  e  menos  brutalidade  e  espancamentos Arquivo do blog

domésticos  e  assassinatos  quanto  ao  segundo.  Acredito  que  a  tendência  é  em  direção  à  dieta  vegetariana,  que  será ▼  2015 (2)
reconhecida  como  boa  e  adequada,  e  que  não  está  longe  o  tempo  em  que  a  ideia  de  alimentação  animal  será  considerada
►  Maio (1)
revoltante para o homem civilizado”.
▼  Janeiro (1)

Sir Robert Christison, M.D., afirma positivamente que “a carne e a secreção dos animais afetados com doenças carbunculares Vegetarianismo e o Ocultismo
como  o  antraz  são  tão  venenosas  que  os  que  comem  seus  derivados  estão  sujeitos  a  sofrer  severamente  —  a  doença
assumindo a forma de inflamação do tubo digestivo ou de erupção de um ou mais carbúnculos”. ►  2014 (20)
►  2013 (36)
A  Drª.  A.  Kingsford,  da  Universidade  de  Paris,  diz:  “A  carne  animal  pode  engendrar  diretamente  muitas  doenças  dolorosas  e ►  2012 (20)
repulsivas.  A  própria  escrófula,  esta  fecunda  fonte  de  sofrimento  e  morte,  não  improvavelmente  deve  sua  origem  a  hábitos
►  2011 (76)
carnívoros.  É  um  fato  curioso  de  que  a  palavra  escrófula  seja  derivada  de  scrofa,  porca.  Dizer  que  alguém  tem  escrófulas  é
dizer que sofre do mal suíno”. ►  2010 (35)

Em seu quinto relatório ao Conselho Privado da Inglaterra encontramos o Prof. Gamgee assinalando que “um quinto do total de
Leitura por tema
carne  consumida  é  derivada  de  animais  mortos  em  um  estado  de  doença  maligna”.  Enquanto  que  o  Prof.  A.  Winter  Blyth,
F.R.C.S., escreve: Arcanos da Era de Aquário (19)
Astrologia Esotérica (3)
“Economicamente  falando,  a  alimentação  de  carne  não  é  necessária  —  e  carne  seriamente  doente  pode  ser  preparada  de Atlântida (2)
modo a parecer muito boa. Muitos animais com doenças avançadas no pulmão ainda não apresentam qualquer sinal na carne Autoconhecimento (39)
que a olho nu difiram do normal”. Brasil oculto (4)
Canalizações (4)
O  Dr.  M.P.  Coomes,  no  artigo  citado  antes,  assinala:  “Temos  muitos  substitutos  para  a  carne  que  são  livres  dos  efeitos

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
deletérios da comida dependente da economia animal — a saber: na produção de reumatismo, gota e todos os outros tipos de Ciência e Física Quântica (4)
doenças,  sem  falar  na  congestão  cerebral,  que  frequentemente  termina  em  apoplexia  e  doenças  circulatórias  de  um  ou  outro Consciência vegetariana (4)
tipo, enxaqueca e muitas outras formas de dor de cabeça, resultantes do uso excessivo de carne e frequentemente produzidas Contraparte (Alma Gêmea) (5)
mesmo  quando  a  carne  não  é  consumida  em  excesso”.  O  Dr.  J.H.  Kellogg  declara:  “É  interessante  notar  que  os  homens  de
Cá Azevedo (11)
ciência em todo o mundo estão despertando para o fato de que a carne de animais como comida não é uma nutrição pura, mas
Eckhart Tolle (1)
é misturada com substâncias venenosas, excrementícias em caráter, que são o resultado natural da vida animal. Os vegetais
Filosofia (1)
armazenam energia. É do mundo vegetal — carvão e madeira — que deriva a energia que impulsiona nossos motores, empurra
nossos  trens,  conduz  nossos  barcos  e  faz  o  trabalho  da  civilização.  É  do  mundo  vegetal  que  todos  os  animais,  direta  ou Jiddu Krishnamurti (17)
indiretamente, derivam a energia que é manifesta pela vida animal através do trabalho muscular e mental. O vegetal constrói; o José Henrique de Souza (29)
animal  destrói.  O  vegetal  acumula  energia;  o  animal  a  gasta.  Vários  produtos  de  excreção  e  venenosos  resultam  da Khalil Gibran (1)
manifestação da energia, seja da locomotiva seja do animal. Os tecidos vivos do animal podem manter sua atividade só pelo KRYON (1)
fato  de  que  são  continuamente  limpos  pelo  sangue,  fluindo  em  uma  incessante  corrente  através  e  em  torno  deles,  levando Mahatma Gandhi (1)
embora  os  produtos  venenosos  que  resultam  de  seu  trabalho  tão  rapidamente  quanto  são  formados.  O  sangue  venoso  deve Mistérios da Música (4)
suas características a estes venenos, que são removidos pelos rins, pulmões, pele e intestinos. A carne de um animal morto
Mistérios do sexo (10)
contém uma grande quantidade destes venenos, cuja eliminação cessa no instante da morte, embora sua formação continue
Mundos Internos (1)
por algum tempo depois da morte. Um eminente cirurgião francês recentemente assinalou que ‘o bife é uma verdadeira poção
Nova era (3)
venenosa’. Médicos inteligentes em toda parte estão passando a reconhecer estes fatos, e fazer aplicação prática deles”.
Orações (3)
Aqui novamente vemos que não há falta de evidência; e muitas das citações a respeito da introdução de venenos no sistema Osho (10)
através  da  alimentação  de  carne  não  provêm  de  doutores  vegetarianos,  mas  daqueles  que  ainda  consideram  certo  comer Palestras (2)
pedaços  de  cadáveres,  mas  estudaram  a  ciência  do  assunto  em  alguma  extensão.  Deve  ser  lembrado  que  a  carne  morta Pescador de Homens (1)
jamais pode estar em uma condição de perfeita saúde, porque a decomposição inicia no momento em que a criatura é morta. Reflexões (14)
Todos  os  tipos  de  produtos  são  formados  neste  processo  de  deterioração  [retrograde  change,  no  original  —  NT];  todos  são Reino Elemental (3)
inúteis,  e  muitos  são  positivamente  perigosos  e  venenosos.  Nas  antigas  escrituras  dos  hindus  encontramos  uma  passagem
Roso de Luna (1)
muito  notável,  que  se  refere  ao  fato  de  que  mesmo  na  Índia  algumas  das  castas  inferiores  naquele  período  primitivo
Sabedoria das idades (57)
começaram a se alimentar de carne. A declaração é de que em tempos antigos existiam somente três doenças, uma das quais
Sagrado feminino (2)
era a velhice; mas que agora, desde que as pessoas tinham começado a comer carne, setenta e oito novas doenças haviam
surgido.  Isto  nos  mostra  que  a  ideia  de  que  a  doença  poderia  vir  do  consumo  de  cadáveres  já  tem  sido  reconhecida  há Teosofia (2)
milhares de anos. Videoteca (1)

3. Mais Natural para o Homem
"A realidade manifestada, de qualquer ordem 
seja, não é senão mera unidade integradora
Terceiro:  Porque  o  homem  não  foi  naturalmente  feito  para  ser  carnívoro,  e  portanto  esta  comida  horripilante  não  lhe  é uma ordem superior; e assim, até o infinito, n
adequada.  Aqui  novamente  deixe­me  fazer  algumas  citações  para  lhe  mostrar  quais  autoridades  se  enfileiram  ao  nosso  lado mais nem menos do que acontece com a
neste assunto. O próprio Barão Cuvier escreve: “O alimento natural do homem, a julgar pela sua estrutura, consiste de frutas, numeração, que não reconhece em si nenhu
raízes  e  vegetais”;  e  o  Prof.  Eay  nos  diz:  “Certamente  o  homem  jamais  foi  feito  para  ser  um  animal  carnívoro”.  Sir  Richard limite efetivo"
Owen,  F.R.C.S.,  escreve:  “Os  antropóides  e  todos  os  quadrúmanos  derivam  sua  alimentação  de  frutas,  grãos  e  outras
substâncias  vegetais  suculentas,  e  a  estrita  analogia  que  existe  entre  a  estrutura  destes  animais  e  a  do  homem  demonstra
Pesquisa no blog
claramente sua natureza frutívora”.

Um  outro  membro  da  Royal  Society,  Prof.  William  Lawrence,  escreve:  “Os  dentes  do  homem  não  têm  a  menor  semelhança
com  os  dos  animais  carnívoros;  e  se  considerarmos  os  dentes,  as  mandíbulas  ou  órgãos  digestivos,  a  estrutura  humana  se
Postagens populares
assemelha notavelmente à dos animais frugivoros”.
O Mistério da Libélula
Mais  uma  vez  o  Dr.  Spencer  Thompson  assinala:  “Nenhum  fisiologista  contestaria  que  o  homem  deveria  viver  de  uma  dieta Prólogo: Não é de hoje que
vegetariana”;  e  o  Dr.  Sylvester  Graham  escreve:  “A  anatomia  comparada  prova  que  o  homem  é  naturalmente  um  animal recebo da natureza sinais co
frugívoro, formado para subsistir de frutas, sementes, e vegetais farináceos”. esse misterioso ser: A Libélu
Em momentos chave da minh
vida, sempre me ...
É claro que a desejabilidade da dieta vegetariana não precisará de nenhum argumento para alguém que acredite na inspiração
das escrituras, pois será lembrado que Deus, ao falar com Adão no Jardim do Éden, disse: “Vê, Eu te dei todas as ervas com José Henrique de Souza ­ A 
semente que existem sobre a face de toda a Terra, e toda árvore em cujo fruto houver semente; destas comerás”. Foi somente do Ocidente
depois da queda do homem, quando a morte surgiu no mundo, que uma ideia mais degradada de alimentação também surgiu EIS A LUZ DO OCIDENTE 
sido há séculos? Há milênios
com  ela;  e  se  agora  esperamos  voltar  de  novo  às  condições  edênicas  devemos  certamente  começar  por  abolir  assassínios
Teria sido num lugar ermo do
desnecessários executados a fim de suprir­nos de comida horrível e degradante. longínquo Oriente? Não. Foi 
mesmo...
4. Mais Força
Palestra: O mistério do Sexo
(Antonio Carvalho e Adhema
Quarto: Porque os homens ficam mais fortes e melhores com uma dieta vegetariana. Sei que as pessoas dizem: “Você ficará Ramos)
fraco  se  não  comer  carne”.  Como  fato  isto  não  é  verdade.  Não  sei  se  pode  haver  quaisquer  pessoas  que  se  achem  mais Palestra explicando o mistéri
fracas  com  uma  dieta  de  vegetais;  mas  eu  sei  sim  que  em  muitas  competições  atléticas  recentes  os  vegetarianos  se sexo pela ótica teosófica e
ensinamentos de JHS 
provaram  os  mais  fortes  e  resistentes  —  como  por  exemplo  nas  recentes  corridas  de  bicicleta  na  Alemanha,  onde  todos  os
http://www.youtube.com/watch?v=kjJSdPUp
que  conseguiram  as  melhores  colocações  na  corrida  eram  vegetarianos.  Têm  havido  muitas  destas  competições,  e  elas
mostram que, outros fatores sendo igualados, o homem que ingere comida pura se sai melhor. Temos que encarar os fatos, e Shiva Shakti
neste caso os fatos se colocam todos do nosso lado, contra os tolos preconceitos e o desejo repelente, no outro. A razão foi Shiva é a mais elevada das
claramente dada pelo Dr. J.D. Craig, que escreve: criaturas, Parvati é o mais
sublime dos ideais. 
cérebro, Parvati é o coração.
“O vigor corporal é frequentemente ostentado por aqueles que comem carne, particularmente se vivem na maior parte do tempo cérebro fabri...
ao ar livre; mas há uma peculiaridade sobre eles, é a de não terem a resistência dos vegetarianos. A razão disto é que a carne
já  está  se  degradando,  e  como  consequência  sua  presença  nos  tecidos  é  de  curta  duração.  O  impulso  metabólico  imprimido A Estrela Algol (JHS)
nela no corpo do animal de onde é retirada é reforçado por um outro impulso no corpo do homem, e por esta razão a energia Assim como se processa a
evolução da alma – com o au
que ela contém logo se dissipa, e surge a demanda urgente por mais. O comedor de carne, então, pode fazer muito trabalho das rondas e respectivos rein
em  um  curto  espaço  de  tempo,  se  for  bem  alimentado.  Mas  logo  fica  faminto,  e  enfraquece.  Por  outro  lado,  os  produtos da Natureza – desde a ascíd
vegetais  são  de  digestão  lenta;  eles  contêm  todo  o  estoque  original  de  energia,  e  nenhum  veneno;  sua  degradação  é  mais homem mais per...
lenta  do  que  a  da  carne,  tendo  recém  começado,  e  portanto  sua  força  é  liberada  mais  lentamente  e  com  menos  perda,  e  a
Os Mistérios do Sexo – Profº
pessoa que é nutrida por eles pode trabalhar por um longo período sem comer, se necessário, e sem desconforto. As pessoas
Henrique José de Souza – pá
na  Europa  que  se  abstêm  de  comer  carne  são  da  classe  mais  elevada  e  inteligente,  e  o  assunto  da  resistência  tem  sido 46 à 51
abordado  e  integralmente  investigado  por  elas.  Na  Alemanha  e  Inglaterra  têm  sido  realizadas  entre  comedores  de  carne  e Inicio da Humanidade – por
vegetarianos um número de notáveis competições atléticas que requerem resistência, com o resultado de que os vegetarianos Regina de Fátima Chefe 
iniciar o assunto, se faz
invariavelmente acabam vitoriosos”.
necessário esclarecer ao amigo internalta,
algu...
Descobriremos,  se  investigarmos,  que  este  fato  é  conhecido  há  muito  tempo,  pois  mesmo  na  história  antiga  encontramos
traços  dele.  Será  lembrado  que  dentre  todas  as  tribos  gregas  as  mais  fortes  e  resistentes,  por  reconhecimento  e  reputação A Pomba do Espírito Santo (J
universais,  eram  os  espartanos;  e  a  simplicidade  de  sua  dieta  vegetal  é  assunto  de  conhecimento  comum.  Pense  ainda  nos A POMBA do ESPÍRITO SAN
Prof. Henrique José de Souz
atletas gregos — aqueles que se preparavam com tanto esmero para participarem nos jogos Olímpicos e Ístmicos.
"Cavalga a Ave da Vida se
queres saber.  Abandona a tu
Se você ler os clássicos verá que estes homens, que em sua especialidade ultrapassavam todo o resto do mundo, viviam de Vida se quer...
figos,  nozes,  queijo  e  milho.  Então  veja­se  os  gladiadores  romanos  —  homens  de  cuja  força  dependia  sua  vida  e  fama;  e

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
descobrimos que sua dieta consistia exclusivamente de bolos de cevada e óleo; eles sabiam muito bem que esta era a comida Meditando com os Signos
mais fortalecedora. Como Áries é o primeiro signo de Zodíaco, e
o local de novos começos. Nos ciclos anuai
Todos estes exemplos nos mostram que a falácia comum e persistente de que se deve comer carne a fim de ficarmos fortes das passagens do Sol pelos doze signos, el
não tem fundamento nos fatos; na realidade o exato oposto é o verdadeiro. Charles Darwin escreveu em uma de suas cartas:
Interpretação da Letra do Ma
“Os  trabalhadores  mais  extraordinários  que  jamais  vi,  os  operários  nas  minas  do  Chile,  vivem  exclusivamente  de  alimento Búdico (JHS)
vegetal, incluindo muitas sementes de plantas leguminosas”. Sobre os mesmos mineiros Sir Francis Head escreve: “É comum Ouça:  Mantra Búdico  ­ Toca
para os mineiros de cobre do Chile central carregarem cargas de minério de até 90 kg em uma subida vertical de mais de 70 por JHS Este precioso "Mantr
metros doze vezes por dia; e sua dieta é inteiramente vegetariana — um desjejum de figos e pequenos pães, um almoço de Búdico" foi oferecido ao noss
Mestre JHS, à nossa
feijões cozidos, e uma ceia de trigo tostado”. OBRA, pelo...

O  Sr.  F.T.  Wood,  em  seu  Discoveries  at  Ephesus,  escreve:  “Os  carregadores  turcos  em  Esmirna  carregam  muitas  vezes O orgasmo da alma (Osho)
pesos de 180 a 270 kg em suas costas, e o capitão certo dia apontou­me um de seus homens que havia carregado um enorme Há momentos, alguns mome
fardo  de  mercadorias  pesando  360  kg  lomba  acima  até  um  armazém;  de  modo  que  com  esta  dieta  frugal  sua  força  é bem raros, em que o ego
desaparece porque você está
desusadamente grande”. uma total embriaguez. No am
às vezes acontece; n...
Sobre  estes  mesmos  turcos  disse  Sir  William  Fairbairn:  “Os  turcos  podem  viver  e  lutar  onde  soldados  de  qualquer  outra
nacionalidade pereceriam. Seus hábitos simples, sua abstinência de licores intoxicantes, e sua dieta vegetariana normalmente
os habilita a sofrer as maiores privações e subsistir com a mais escassa e simples das dietas”. Total de visualizações

 
Eu  próprio  posso  testemunhar  a  enorme  força  demonstrada  pelos  trabalhadores  tamiles  do  sul  da  Índia,  pois  eu  tenho  visto 1 2 8 5 6
frequentemente eles carregarem pesos que me deixaram estupefato. Eu lembro de estar no convés de um navio, olhando para
um daqueles trabalhadores pegar uma enorme caixa, colocá­la sobre suas costas, e andar lenta mas firmemente descendo por
Tarot ­ Seu arcano do dia
uma prancha até a praia e colocando­a em um galpão. O capitão, perto de mim, notou com surpresa: “Mas como! precisei de
quatro trabalhadores ingleses para embarcar aquela caixa no porto de Londres!”. Também vi outro destes trabalhadores, depois Cigano.net Pousadas Tarot Grátis
de colocar um piano de cauda em suas costas, carregá­lo sem ajuda por uma distância considerável; porém estes homens são
inteiramente  vegetarianos,  pois  vivem  principalmente  de  arroz  e  água,  ocasionalmente  com  algumas  tamarindos  para  dar
sabor.
O Tarot dá uma lu
Sobre o mesmo tema, o Dr. Alexander Haig, a quem já citamos, escreve: “O efeito de ficar livre do ácido úrico tem sido o de pra você.
fazer meus poderes corpóreos tão grandes como eram há quinze anos atrás; custo a acreditar que mesmo há quinze anos eu Clique e veja a mensagem. 
pudesse me arriscar aos exercícios que agora faço com absoluta impunidade — livre de fadiga e cansaço na hora e de rigidez
no dia seguinte. De fato, frequentemente digo que agora é impossível cansar­me, e relativamente acredito que seja verdade”.
Este distinguido médico se tornou vegetariano porque, de seu estudo das doenças causadas pela presença de ácido úrico no
sistema, ele descobriu que o consumo de carne era a principal fonte deste veneno mortal. Um outro ponto interessante que ele
menciona  é  que  a  mudança  de  dieta  trouxe­lhe  uma  nítida  mudança  no  ânimo  —  que  onde  antes  ele  se  achava
constantemente  nervoso  e  irritável,  agora  se  tornou  muito  mais  constante  e  calmo  e  menos  irritado;  ele  compreendeu
plenamente que isso era devido à mudança em sua dieta.

Se  quisermos  ainda  alguma  evidência  adicional,  a  temos  perto,  no  reino  animal.  Observemos  que  os  carnívoros  não  são  os
mais  fortes,  mas  que  todo  o  trabalho  do  mundo  é  feito  pelos  herbívoros  ­  cavalos,  mulas,  bois,  elefantes  e  camelos.  Não
pensamos  que  o  homem  possa  utilizar  o  leão  e  o  tigre,  ou  que  a  força  destes  selvagens  comedores  de  carne  seja  igual  à
daqueles que se nutrem diretamente do reino vegetal. "É o Espírito que é Livre
o Eu é limitado.
5. Menos Paixão Animal É a Alma que sabe
o coração sente as dores.
Quinto:  Porque  comer  corpos  mortos  conduz  à  indulgência  na  bebida,  e  aumenta  no  homem  as  paixões  animais.  O  Sr.  H.B. É a compreensão o Portal
Fowler,  que  estudou  e  palestrou  sobre  a  dipsomania  durante  quarenta  anos,  declara  que  o  uso  da  carne,  pela  excitação  que do verdadeiro saber."
produz  no  sistema  nervoso,  abre  caminho  para  os  hábitos  intemperantes  em  tudo;  e  quanto  mais  carne  é  consumida,  mais
sério é o perigo de confirmar­se o alcoolismo. Muitos médicos experientes têm feito experiências similares e sabiamente agem Veja também:
de acordo em seu tratamento dos dipsomaníacos. A parte inferior da natureza humana sem dúvida é intensificada pelo hábito
de  nos  alimentarmos  de  cadáveres.  Mesmo  após  comer  uma  refeição  completa  de  material  tão  horrível  um  homem  ainda  se !Passarinhos no telhado
Sobre o odiar alguém...
sente insatisfeito, pois ele permanece consciente de uma vaga sensação desconfortável de fome, e consequentemente sofre
Há 7 horas
grandemente de tensão nervosa. Esta sensação é a fome dos tecidos corporais, que não podem renovar­se com a substância
pobre oferecida a eles como comida. Para satisfazer esta vaga fome, ou antes para acalmar estes nervos sem descanso de Fábio Ibrahim
modo que não sejam mais sentidos, recorre­se frequentemente a estimulantes. Às vezes são ingeridas bebidas alcoólicas, às Ufologia e Espiritualidade ­ Biografia ­
Professor Laércio Fonseca
vezes se tenta afastar estas sensações com café preto, e às vezes usa­se tabaco forte para tentarmos tranquilizar os nervos
Há 15 horas
irritados e exaustos. Aqui temos o início da intemperança, pois na maioria dos casos a intemperança começa na tentativa de
amainar com estimulantes alcoólicos a vaga e desconfortável sensação de carência que se segue a uma refeição de alimento Pensar Compulsivo
empobrecido — alimento que não alimenta. Alegria descondicionada
Há 15 horas

Não  há  dúvida  de  que  a  embriaguez  e  toda  a  pobreza,  degradação,  doença  e  crime  associados  a  ela  podem  ser  atribuídos Luz da Alma
frequentemente  a  erros  nutricionais.  Poderíamos  seguir  esta  linha  de  pensamento  indefinidamente.  Poderíamos  falar  da RELAXE COM PRANAYAMA
irritabilidade, ocasionalmente culminando em insanidade, que agora todas as autoridades reconhecem como sendo o resultado Há 16 horas

frequente  da  alimentação  errônea.  Poderíamos  mencionar  uma  centena  de  sintomas  comuns  de  indigestão,  e  explicar  que  a O FEMININO E O SAGRADO
indigestão  é  sempre  o  resultado  de  alimentação  incorreta.  Seguramente,  contudo,  já  disse  o  suficiente  para  indicar  a Mulheres de Encantado: nosso corpo nos
importância e a influência de longo alcance de uma dieta pura sobre o bem­estar do indivíduo e da raça. pertence!
Há 18 horas

O Sr. Brarnwell Booth, o líder do Exército da Salvação, fez um pronunciamento sobre o tema do vegetarianismo, no qual fala Sol do Everest ­ O Blog da Espiritualidade
forte  e  decididamente  a  seu  favor,  dando  uma  lista  de  não  menos  de  dezenove  razões  pelas  quais  os  homens  deveriam  se 123º Prg. Sol do Everest: (Caso Clínico –
abster de comer carne. Regressão Terapêutica) (Caso Clínico –
Regressão Terapêutica) O caminho do Espírito
antes de Reencarnar.
Ele  insiste  que  a  dieta  vegetariana  é  necessária  a  pureza,  à  castidade  e  ao  perfeito  controle  dos  apetites  e  paixões  que  tão Há um dia
amiúde são a fonte de grande tentação. Ele assinala que o crescimento do consumo de carne entre o povo é uma das causas
do aumento no alcoolismo, e que também favorece a indolência, a sonolência, a constipação e outras misérias e degradações Laura Botelho
Video ­ Evidencias; Aliens estão entre nós
semelhantes.  Ele  também  diz  que  o  eczema,  hemorroidas,  verminose,  disenteria  e  severas  dores  de  cabeça  frequentemente Há um dia
são originadas pela dieta carnívora, e que ele acredita que o grande aumento na consumpção e câncer durante os últimos cem
anos foi causado pelo correspondente aumento no uso de comida animal. Ventos de Paz
Anathapindika ­ Thich Nhat Hahn
Há 3 dias
6. Economia
Satyaprem BLOG
Sexto: Porque a dieta vegetal é de todas as maneiras mais barata e melhor do que a carne. Na encíclica recém­mencionada, o awareness can't be felt
Há uma semana
Sr. Booth dá uma de suas razões para advogar isso, que “uma dieta vegetariana de trigo, aveia, milho e outros grãos, lentilhas,
ervilhas,  nozes  e  alimentos  similares  é  dez  vezes  mais  econômica  do  que  a  dieta  de  carne.  A  carne  contém  metade  de  seu De Coração a Coração
peso em água, que tem de ser paga como se fosse carne. Uma dieta vegetal, mesmo se admitirmos queijo, manteiga e leite, SABEDORIA DOS ANJOS ­ CORAGEM
custará  cerca  de  um  quarto  do  que  custa  uma  dieta  mista  de  carne  e  vegetais.  Milhares  de  nossos  pobres  que  agora  têm  a Há 3 meses
maior  dificuldade  de  sustentar­se  por  gastar  muito  comprando  carne,  pela  sua  substituição  por  frutas  e  vegetais  e  outras

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
comidas econômicas, seriam capazes de manter­se confortavelmente”. ★ Awakening ★
Amigos irmãos
Há um ano
Também  há  um  lado  econômico  nesta  questão  que  não  pode  ser  ignorado.  Note­se  quão  mais  homens  poderiam  ser
sustentados  por  certo  número  de  acres  de  terra  que  fossem  devotados  ao  cultivo  de  trigo,  do  que  a  mesma  porção  de  terra
quando  é  deixada  para  pasto.  Pense,  também,  para  quantos  mais  homens  seria  encontrado  trabalho  saudável  na  terra  no
Seguidores
primeiro  caso  do  que  no  segundo;  e  penso  que  você  começará  a  ver  que  há  muita  coisa  a  ser  dita  também  deste  ponto  de
vista. Participar deste site
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O PECADO DA CARNIFICINA

Até  aqui  estivemos  falando  do  que  chamamos  de  considerações


físicas  e  egoístas  que  fariam  um  homem  desistir  de  comer  esta
carne morta, e voltar­se, mesmo se só para seu próprio bem, para
uma  dieta  mais  pura.  Pensemos  agora  por  uns  momentos  nas
considerações  morais  e  altruístas  ligadas  ao  seu  dever  para  com
os  outros.  A  primeira  delas  —  e  está  realmente  parece­me  a  mais Já é um membro? Fazer login

terrível  —  é  o  pavoroso  pecado  de  matar  desnecessariamente  os


animais.  Os  que  vivem  em  Chicago  sabem  muito  bem  como  esta
terrível mortandade constante permanece entre eles, pois eles têm
alimentado grande parte do mundo com carne por atacado, e como
o  dinheiro  feito  neste  negócio  abominável  é,  cada  centavo,
manchado de sangue. Eu demonstrei claramente com testemunhos
irrefutáveis  que  tudo  isso  é  desnecessário;  e  se  é  desnecessário,
então é um crime.

A  destruição  de  uma  vida  sempre  é  um  crime.  Pode  haver  certos
casos em que seja o menor de dois males; mas aqui é desnecessário e sem a menor sombra de justificação, pois acontece
somente  por  causa  da  ambição  egoísta  e  inescrupulosa  daqueles  que  fazem  dinheiro  com  a  agonia  do  reino  animal  a  fim  de
saciar os apetites perversos daqueles que são suficientemente depravados para desejar alimento tão repulsivo. Lembre­se que
não são somente aqueles que fazem este trabalho obsceno, mas aqueles que ao comer a carne morta encorajam­nos e tornam
seu  crime  lucrativo,  são  igualmente  culpados  perante  Deus  desta  coisa  horrível.  Toda  pessoa  que  compartilha  desta  comida
impura tem sua parte da indescritível culpa e sofrimento através do qual ela foi obtida. É reconhecido universalmente na lei que
qui facit per alium facit per se — qualquer coisa que um homem faça através de outrem o faz como se ele mesmo o fizesse.

Alguém  diria:  “Mas  não  faria  diferença  para  todo  este  horror  se  só  eu  parasse  de  comer  carne”.  Isto  é  falso  e  malicioso.
Primeiro, faria diferença, pois mesmo que você só comesse um pouco por dia, com o tempo integraria o peso de um animal.
Segundo, não é uma questão de quantidade, mas de cumplicidade num crime; e se você partilha dos resultados de um crime,
você  contribui  para  torná­lo  lucrativo,  e  assim  você  compartilha  da  culpa.  Nenhum  homem  honesto  pode  deixar  de  ver  que  é
assim. Mas quando estão envolvidas as paixões baixas dos homens, usualmente eles são desonestos em suas concepções,
e declinam de encarar os fatos óbvios.

Seguramente não pode haver divergência de opinião sobre a questão de que toda essa mortandade desnecessária na verdade
é um crime terrível.

Um outro ponto a ser lembrado é que existe uma horrível crueldade associada ao transporte destes animais miseráveis, tanto
por  mar  quanto  por  terra,  e  há  muita  crueldade  pavorosa  na  própria  carnificina.  Aqueles  que  procuram  justificar  estes  crimes
perversos dirão que se tenta matar os animais a mais rápida e indolor mente possível; mas só temos de ler os relatos para ver
que em muitos casos estas intenções não são levadas a cabo, e segue­se um pavoroso sofrimento.

A DEGRADAÇÃO DO CARNICEIRO

Já  um  outro  ponto  de  vista  a  ser  considerado  é  a  maldade  de  induzir
outros homens à degradação e ao pecado. Se você mesmo tivesse de
usar  o  facão  ou  o  machado  de  abate,  e  matasse  o  animal  antes  de
poder comer sua carne, você perceberia a natureza doentia da tarefa e
logo  se  recusaria  a  fazê­la.  As  delicadas  senhoras  que  devoram  bifes
sangrentos gostariam de ver seus filhos trabalhando como carniceiros?
Se  não,  então  elas  não  têm  o  direito  de  incumbir  desta  tarefa  algum
filho  de  outra  mulher.  Não  temos  o  direito  de  impor  sobre  um  cidadão
um  trabalho  que  nós  mesmos  declinaríamos  de  fazer.  Pode  ser  dito
que  não  forçamos  ninguém  a  fazer  desta  abominação  o  seu  meio  de
vida;  mas  isto  é  meramente  tergiversar,  pois  ao  comermos  esta
comida horrível estamos exigindo que alguém se brutalize, que alguém
se  degrade  abaixo  do  nível  da  humanidade.  Você  sabe  que  se  criou
uma classe de homens pela demanda deste alimento — uma classe de
homens  que  tem  uma  reputação  excessivamente  má.  Naturalmente
aqueles  que  se  brutalizam  por  este  trabalho  impuro  provam­se  brutais
em  outras  ocasiões  também.  São  selvagens  em  sua  disposição  e
sanguinários  em  suas  contendas;  e  já  ouvi  referências  de  que  em
muitos  casos  de  assassinato  o  criminoso  empregou  o  golpe  de  faca
peculiar  ao  carniceiro.  Você  certamente  deve  reconhecer  que  este  é
um  trabalho  indizivelmente  horrível,  e  que  se  você  toma  alguma  parte
neste negócio terrível — mesmo se só ajudando a perpetuá­lo — você
está  colocando  outro  homem  em  posição  de  fazer  (não  por  sua
necessidade,  mas  meramente  para  a  gratificação  de  seus  desejos  e
paixões) um trabalho que sob nenhuma circunstância você consentiria em fazer você mesmo.

Então  deveríamos  lembrar  que  todos  nós  esperamos  pela  era  de  paz  e  bondade  universais  —  uma  idade  dourada  onde  a
guerra já não exista, um tempo em que o homem estará tão distanciado das lutas e ódios que todas as condições do mundo
serão diferentes das que hoje prevalecem. Você não pensa que o reino animal também terá sua parte neste futuro tempo bom

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
—  que  este  horrível  pesadelo  de  morticínio  por  atacado  será  eliminado?  As  nações  realmente  civilizadas  do  mundo  sabem
muito  mais  do  que  isso;  ocorre  somente  que  nós  do  ocidente  somos  de  uma  raça  ainda  jovem;  que  ainda  temos  muitas  das
cruezas  da  juventude;  de  outro  modo  não  poderíamos  suportar  estas  coisas  entre  nós  nem  mesmo  por  um  só  dia.  Além  de
qualquer  dúvida  o  futuro  está  com  o  vegetarianismo.  Parece  certo  que  no  futuro  —  e  espero  que  seja  no  futuro  próximo  —
olharemos para trás para esta época com desgosto e com horror. A despeito de todas as suas extraordinárias descobertas, a
despeito de toda sua maravilhosa maquinaria, a despeito das enormes fortunas que se fizeram com isso, estou certo de que
nossos  descendentes  olharão  para  esta  era  como  a  de  uma  só  parcial  civilização,  e  de  fato  só  um  pouco  distante  da
selvageria. Um dos argumentos com que provarão isto será seguramente o de que permitimos entre nós esta mortandade por
atacado e desnecessária de animais inocentes — que nós de fato engordamos com ela e fizemos dinheiro com ela, e que até
mesmo criamos uma classe de seres que faziam este trabalho sujo para nós, e que não nos envergonhamos de tirar proveito
do resultado de sua degradação.

Todas estas são considerações que dizem respeito somente ao plano físico. Agora deixe­me dizer­lhe algo sobre o lado oculto
disto tudo. Até agora eu fiz diversas declarações — incisivas e definitivas, espero — mas cada uma delas pode ser provada
por você mesmo. Você pode ler os testemunhos de doutores bem conhecidos e homens da ciência; você pode testar por você
mesmo o lado econômico da questão; você pode ir e ver, se quiser, como todos estes diferentes tipos de homens conseguem
viver muito bem com a dieta vegetariana. Tudo o que disse até agora está ao seu alcance. Mas agora abandono o campo do
arrazoado  físico  comum,  e  levo  você  ao  nível  onde,  naturalmente,  tem  de  aceitar  a  palavra  daqueles  que  exploraram  estes
reinos superiores. Voltemo­nos, pois, ao lado oculto de tudo isto.

RAZÕES OCULTAS

Também nesta seção teremos dois grupos de razões
— as que se referem a nós mesmos e nosso próprio
desenvolvimento,  e  as  que  se  referem  ao  grande
esquema de evolução e ao nosso dever para com ele;
de  modo  que  uma  vez  mais  podemos  classificá­los
em  egoístas  e  altruístas,  embora  em  um  nível  já
muito  superior  do  que  antes.  Espero  ter  mostrado
claramente  na  primeira  parte  deste  trabalho  que
simplesmente  não  há  espaço  para  discussão  a
respeito  da  questão  do  vegetarianismo;  todo  o  corpo
de  evidências  e  considerações  está  inteiramente  de
um  lado,  e  não  há  absolutamente  nada  a  dizer  em
oposição  a  elas.  Este  é  o  caso  de  modo  ainda  mais
notável quando passamos a considerar a parte oculta
de  nosso  argumento.  Há  certos  estudantes  pairando
nas  beiradas  do  ocultismo  que  ainda  não  estão
preparados  para  seguir  seus  preceitos  até  seus
extremos,  e  portanto  não  aceitam  seu  ensinamento
quando  ele  interfere  com  seus  hábitos  e  desejos  pessoais.  Alguns  tentaram  sustentar  que  a  questão  da  comida  faz  pouca
diferença do ponto de vista oculto; mas o veredito unânime das grandes escolas de ocultismo, tanto antigas quanto modernas,
tem sido definitivo neste ponto, e tem assinalado que para todo o verdadeiro progresso oculto é necessária pureza, mesmo já
no plano físico, e na questão da dieta assim como também em assuntos muito mais elevados.

Através de muitos livros e palestras tenho explicado a existência de diferentes planos da natureza e do vasto mundo invisível
em torno de nós; e também tenho tido frequente chance de citar o fato de que o homem tem em si matéria pertencente a todos
estes planos superiores, de modo que ele é suprido de um veículo correspondente para cada um deles, através dos quais ele
pode  receber  impressões  e  por  meio  dos  quais  pode  agir.  Podem  estes  corpos  superiores  do  homem  de  algum  modo  ser
afetados  pela  comida  que  entra  no  corpo  físico  com  o  qual  são  tão  intimamente  ligados?  Certamente  que  podem,  e  pela
seguinte razão: a matéria física no homem está em contato íntimo com as matérias astral e mental — tanto que cada uma é
em grande extensão uma contraparte da outra. Há muitos tipos e graus de densidade entre a matéria astral, por exemplo, de
modo que é possível para um homem ter um corpo astral construído de matéria grosseira e partículas densas, enquanto que
outro  pode  ter  um  que  seja  muito  mais  delicado  e  refinado.  Como  o  corpo  astral  é  o  veículo  das  emoções,  paixões  e
sensações,  segue­se  que  o  homem  cujo  corpo  astral  é  do  tipo  mais  grosseiro  será  principalmente  dado  às  variedades  mais
rudes de paixão e emoção; enquanto que o homem que tem um corpo astral mais fino descobrirá que suas partículas vibram
mais  prontamente  em  resposta  a  emoções  e  aspirações  mais  altas  e  refinadas.  O  homem  que  portanto  assimila  matéria
grosseira  e  indesejável  em  seu  corpo  físico  está  por  conseguinte  introduzindo  em  seu  corpo  astral  ­  como  sua  contraparte  ­
matéria de um tipo mais baixo e desagradável

Todos  nós  sabemos  que  no  plano  físico  o  efeito  da  condescendência  excessiva  para  com  carne  morta  é  produzir  uma
aparência  excessivamente  grosseira  no  homem.  Isto  não  significa  que  é  só  o  corpo  físico  que  está  em  uma  situação
desagradável.  Significa  também  que  aquelas  partes  do  homem  que  são  invisíveis  à  nossa  visão  comum,  os  corpos  astral  e
mental,  também  não  estão  em  boas  condições.  Assim  um  homem  que  está  construindo  para  si  um  corpo  físico  grosseiro  e
impuro  está  construindo  para  si  ao  mesmo  tempo  também  corpos  astral  e  mental  igualmente  impuros.  Isto  é  visível  de
imediato  à  visão  do  clarividente  desenvolvido.  O  homem  que  aprende  a  ver  estes  veículos  superiores  prontamente  vê  os
efeitos produzidos nos corpos superiores pelas impurezas dos inferiores; ele vê logo a diferença entre o homem que alimenta
seu  veículo  físico  com  comida  pura  e  o  homem  que  introduz  nele  esta  repugnante  carne  em  decomposição.  Vejamos  como
esta diferença afetará a evolução humana.

VEÍCULOS IMPUROS

É  claro  que  o  dever  de  um  homem  para  consigo  mesmo  é  desenvolver  seus  veículos  até  onde  possível,  a  fim  de  fazê­los
instrumentos aperfeiçoados para o uso da alma. Há um estágio ainda mais alto em que a própria alma é treinada para ser um
instrumento adequado nas mãos da Deidade, um canal perfeito para a graça divina; mas o primeiro passo em direção a esta
alta aspiração é que a própria alma aprenda a controlar os corpos inferiores, de modo a não haver neles nem pensamento nem
sentimento  exceto  os  que  a  alma  permita.  Todos  estes  veículos  portanto  devem  estar  na  condição  de  maior  eficiência
possível; e devem ser puros e limpos e livres de mancha; e é óbvio que isto não pode acontecer enquanto o homem absorver
no  invólucro  físico  tais  elementos  indesejáveis.  Mesmo  o  corpo  físico  e  suas  percepções  sensoriais  jamais  podem  estar  em
seu  melhor  estado  a  não  ser  que  a  comida  seja  pura.  Qualquer  um  que  adote  a  dieta  vegetariana  rapidamente  começará  a
notar que seu sentido do paladar ou do olfato ficam muito mais aguçados do que quando se alimentava de carne, e que agora é
capaz de distinguir uma delicada diferença de sabor na comida que antes ele considerava insípida, como o arroz e o trigo.

O  mesmo  é  verdade  em  ainda  maior  extensão  a  respeito  dos  corpos  superiores.  Seus  sentidos  não  podem  ser  claros  se  é

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
introduzida  neles  matéria  impura  ou  grosseira;  qualquer  coisa  desta
natureza  os  embaraça  e  embota,  de  modo  que  se  torna  mais  difícil
para  alma  usá­los.  É  um  fato  que  tem  sido  sempre  reconhecido  pelo
estudante  de  ocultismo;  você  descobrirá  que  todos  os  que  em  dias
antigos  foram  admitidos  nos  Mistérios  eram  homens  da  mais  alta
pureza, e é claro invariavelmente vegetariano. A dieta carnívora é fatal
a  qualquer  coisa  semelhante  a  um  desenvolvimento  real,  e  os  que  a
adotam estão colocando sérias e desnecessárias dificuldades em seu
próprio caminho.

Estou  bem  ciente  de  que  há  outras  e  ainda  mais  altas  considerações
que  têm  maior  peso  do  que  tudo  referente  ao  plano  físico,  e  que  a
pureza de coração e de alma é mais importante para o homem do que
a  do  corpo.  Mas  seguramente  não  há  razão  para  que  não  tenhamos
ambas;  de  fato,  uma  sugere  a  outra,  e  a  mais  alta  deveria  incluir  a
mais  baixa.  Há  dificuldades  o  bastante  no  caminho  do  autocontrole  e
autodesenvolvimento;  é  seguramente  pior  do  que  tolice  nos
desviarmos de nosso caminho e acrescentarmos outra à nossa lista, e
uma  muito  considerável.  Mesmo  que  seja  verdade  que  um  coração
puro  fará  mais  por  nós  do  que  um  corpo  puro,  de  qualquer  modo  este
último pode fazer muita coisa; e nenhum de nós é tão avançado no caminho da espiritualidade para poder permitir negligenciar
a grande vantagem que nos traz. Tudo o que torna nosso caminho mais difícil do que o necessário é algo enfaticamente a ser
evitado. Em todos os casos esta alimentação de carne indubitavelmente faz do corpo um instrumento pior, e põe dificuldades
no caminho da alma intensificando todos os elementos e paixões indesejáveis que pertencem a estes planos inferiores.

Nem é este sério efeito o único em que temos de pensar. Se, ao introduzir impurezas repugnantes no corpo físico, o homem
constrói para si um corpo astral grosseiro e poluído, temos de lembrar que é neste veículo degradado que teremos de passar a
primeira  parte  de  nossa  vida  após  a  morte.  Por  causa  da  matéria  grosseira  que  ele  introduziu,  todos  os  tipos  de  entidades
desagradáveis serão atraídos para associarem­se com ele e farão deste veículo sua casa, e encontrarão uma pronta resposta
nele às suas paixões mais baixas. Não é só que suas paixões animais sejam mais facilmente suscitadas aqui na Terra, mas
além disso ele sofrerá agudamente pela ação destes desejos depois da morte. Novamente, olhando mesmo do ponto de vista
egoísta,  vemos  que  considerações  ocultas  confirmam  a  correção  e  bom  senso  dos  argumentos  no  plano  físico.  A  visão
superior, quando chamada a analisar este problema, mostra­nos ainda mais vividamente quão indesejável é comer carne, uma
vez que ela intensifica em nós aquilo de que precisamos nos livrar, e portanto, do ponto de vista do progresso, este hábito é
algo a ser descartado de uma vez por todas.

O DEVER DO HOMEM PARA COM A NATUREZA

Então  há  o  lado  altruísta,  muito  mais  importante,


desta  questão  —  o  dever  do  homem  para  com  a
natureza.  Todas  as  religiões  têm  ensinado  que  o
homem deveria colocar­se sempre do lado da vontade
de Deus no mundo, no lado do bem contra o mal, da
evolução contra a regressão. O homem que se coloca
no  lado  da  evolução  percebe  a  maldade  de  destruir
vidas;  pois  ele  sabe  que,  do  mesmo  modo  que  ele
está  aqui  em  seu  corpo  físico  a  fim  de  que  possa
aprender as lições do plano físico, do mesmo modo o
animal ocupa seu corpo pela mesma razão, para que
por  ele  possa  ganhar  experiências  neste  estágio
inferior. Ele sabe que a vida atrás do animal é a Vida
Divina,  que  toda  a  vida  no  mundo  é  Divina;  os
animais  portanto  são  realmente  nossos  irmãos,
mesmo  que  possam  ser  irmãos  mais  jovens,  e  não
podemos  ter  nenhum  tipo  de  direito  de  tirar  suas
vidas para a gratificação de nossos gostos perversos
— nenhum direito de causar­lhes agonia e sofrimento
meramente para satisfazer nossos apetites degradados e detestáveis.

Trouxemos  as  coisas  a  tal  ponto  com  nosso  chamado  “esporte”  [como  a  caçada  e  a  pescaria  —  NT]  e  a  mortandade  por
atacado, que toda criatura selvagem foge à nossa vista. Isto se parece à fraternidade universal das criaturas de Deus? É esta
sua ideia da idade dourada de bondade universal que vai chegar — um estado em que todo ser vivo foge diante do homem por
causa  de  seus  instintos  assassinos?  Há  uma  influência  pairando  sobre  nós  disto  tudo  —  um  efeito  que  dificilmente  você
notará  a  não  ser  que  seja  capaz  de  ver  como  se  parece  quando  analisado  com  a  visão  do  plano  superior.  Cada  uma  destas
criaturas  que  você  mata  tão  brutalmente  deste  modo  têm  seus  próprios  pensamentos  e  sentimentos  a  respeito  disto  tudo;
sente  horror,  pânico  e  indignação,  e  uma  intensa  mas  inexprimível  sensação  da  revoltante  injustiça  de  tudo.  Toda  atmosfera
em torno de nós está cheia disso. Ultimamente ouvi duas vezes de pessoas psíquicas que elas sentiam a horrorosa aura ou
atmosfera  psíquica  de  Chicago  mesmo  a  muitos  quilômetros  de  distância.  A  própria  Sr.ª  Besant  disse­me  a  mesma  coisa
alguns anos atrás na Inglaterra — que muito antes de ela ter Chicago à vista ela sentiu o seu horror e a nuvem de depressão
mortal descendo sobre ela, e perguntou: “Onde estamos, e qual é a razão para que haja este terrível sentimento no ar?” Sentir
o efeito assim claramente está fora do alcance da pessoa não desenvolvida; mas mesmo que os habitantes não possam estar
diretamente conscientes dele e reconhecê­lo como o fez a Sr.ª Besant, podem estar certos de que estarão sofrendo com ele
inconscientemente,  e  que  a  terrível  vibração  do  horror  e  medo  e  injustiça  está  agindo  sobre  cada  um  deles,  mesmo  que  não
saibam.

PAVOROSOS RESULTADOS INVISÍVEIS

A sensação de nervosismo e profunda depressão que são tão comuns lá são largamente devidos à terrível influência que se

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
espalha  sobre  a  cidade  como  uma  nuvem  de  praga.  Não  sei
quantos  milhares  de  criaturas  são  mortas  todos  os  dias,  mas  o
número  é  muito  grande.  Lembre­se  que  cada  uma  destas  criaturas
é  uma  entidade  definida  —  não  uma  individualidade  permanente  e
reencarnaste  como  você  ou  eu,  mas  ainda  uma  entidade  que  tem
sua  vida  no  plano  astral,  e  fica  lá  por  um  tempo  considerável.
Lembre­se que cada uma delas continua a despejar seu sentimento
de indignação e horror diante de toda esta injustiça e tormento que
foi infligido sobre ela. Perceba por você mesmo a terrível atmosfera
que  existe  perto  daqueles  matadouros;  lembre­se  que  um
clarividente pode ver as vastas hostes das almas dos animais, que
ele  sabe  quão  fortes  são  seus  sentimentos  de  horror  e
ressentimento, e como isso recai em todos os pontos sobre a raça
humana. Agem principalmente sobre aqueles que são menos capazes de resistir­lhes — as crianças, que são mais delicadas e
sensíveis que o adulto enrijecido. Aquela cidade é um lugar terrível para se criar os filhos — um lugar onde toda a atmosfera,
tanto física como psíquica, está carregada com o cheiro de sangue e com tudo o que isso significa.

Há poucos dias li um artigo em que é explicado que o fedor nauseante que sobe dos matadouros de Chicago e se instala como
um miasma fatal sobre a cidade, de modo nenhum é a pior das influências que provêm daquele inferno Cristão para animais,
pois  é  o  sopro  da  morte  certa  para  o  amor  de  muitas  mães.  Os  matadouros  criam  não  apenas  focos  de  infecção  para  os
corpos das crianças, mas também para suas almas. Não só as crianças são empregadas no trabalho mais cruel e revoltante,
mas toda a linha de seus pensamentos é direcionada para o matar. Ocasionalmente se encontra alguma sensível demais para
suportar  as  visões  e  sons  daquela  pavorosa  batalha  entre  o  desejo  cruel  do  homem  e  o  inalienável  direito  de  toda  criatura  à
sua  própria  vida.  Eu  li  que  um  garoto,  para  quem  um  sacerdote  havia  conseguido  uma  colocação  no  matadouro,  voltava  dia
após  dia  para  casa  pálido  e  doente  e  incapaz  de  comer  ou  dormir,  e  finalmente  foi  até  o  sacerdote  do  evangelho  do
compassivo Cristo e disse­lhe que preferia morrer de fome se necessário, mas que não poderia andar no meio de sangue por
mais um dia. Os horrores da matança tinham­no afetado tanto que já não podia dormir. Mas isto é o que muitos meninos estão
fazendo  e  vendo  dia  após  dia  até  que  se  tornem  insensíveis  quanto  a  tirar  uma  vida;  e  então  algum  dia,  em  vez  de  cortar  a
garganta  de  uma  ovelha  ou  de  um  porco  ele  mata  um  homem,  e  imediatamente  voltamos  contra  ele  nossa  paixão  pela
matança, e imaginamos ter feito justiça.

Eu  li  que  uma  jovem  senhora  que  fazia  muito  trabalho  filantrópico  nas  vizinhanças  destes  estabelecimentos  infectos  declara
que o que mais a impressiona sobre as crianças é que elas parecem não ter outros jogos senão jogos de matar, que não têm
concepção de alguma outra relação com os animais a não ser a relação do assassino com sua vítima. Esta é a educação que
os  chamados  Cristãos  estão  dando  às  crianças  do  matadouro  —  uma  educação  diária  no  assassinato;  e  depois  expressam
surpresa  diante  do  número  e  brutalidade  dos  assassínios  naquele  distrito.  Mas  seu  público  Cristão  continua  serenamente
fazendo  suas  preces  e  cantando  seus  salmos  e  ouvindo  aos  seus  sermões,  como  se  nenhum  ultraje  estivesse  sendo
perpetrado contra os filhos de Deus naquele foco de pestilência e crime. Seguramente o hábito de comer carne morta produziu
uma  apatia  moral  entre  nós.  Imaginam  que  estão  fazendo  bem  criando  seus  futuros  cidadãos  entre  vizinhanças  de  tamanha
brutalidade  como  estas?  Mesmo  no  plano  físico  é  um  assunto  terrivelmente  sério,  e  do  ponto  de  vista  oculto  é  infelizmente
muito  mais  sério;  pois  o  ocultista  vê  o  resultado  psíquico  de  tudo  isto,  vê  como  estas  forças  estão  agindo  sobre  o  povo  e
como  estão  intensificando  a  brutalidade  e  a  inescrupulosidade.  Ele  vê  que  centro  de  vício  e  crime  foi  criado,  e  como  dali  a
infecção gradualmente se espalha até afetar todo o país, e mesmo o todo do que é chamado humanidade civilizada.

O mundo está sendo afetado por isso de muitos modos que a maioria das pessoas sequer percebe. Há constantes sensações
de  terror  inexplicável  no  ar.  Muitas  de  suas  crianças  são  desnecessária  e  inexplicavelmente  medrosas;  sentem  terror  não
sabem  do  quê  —  medo  do  escuro  ou  de  ficar  sozinhas  por  uns  poucos  momentos.  Estão  atuando  em  nós  forças  poderosas
que  não  podemos  avaliar,  e  você  não  percebe  que  tudo  isto  vem  do  fato  de  que  toda  a  atmosfera  está  carregada  com  a
hostilidade  destas  criaturas  assassinadas.  Os  estágios  de  evolução  estão  intimamente  inter­relacionados,  e  você  não  pode
promover  a  morte  por  atacado  deste  modo  contra  seus  irmãos  mais  novos  sem  sentir  o  efeito  terrível  entre  suas  próprias
crianças. Certamente chegará um tempo melhor, quando estaremos livres desta horrível mancha sobre nossa civilização, esta
gritante  censura  sobre  nossa  compaixão  e  simpatia;  e  quando  ele  chegar  descobriremos  logo  que  haverá  um  vasto
melhoramento  nestes  assuntos,  e  gradualmente  todos  subiremos  para  um  nível  superior  e  ficaremos  livres  de  todos  estes
terrores e ódios instintivos.

O TEMPO MELHOR QUE HÁ DE VIR

Todos poderíamos ficar livres disso muito logo se os
homens  e  mulheres  apenas  pensassem;  pois  o
homem  comum  de  qualquer  maneira  não  é  um  bruto,
mas  seria  bondoso  se  apenas  soubesse  como.  Ele
não  pensa;  ele  segue  adiante  dia  após  dia,  e  não
percebe  que  está  tendo  parte  todo  o  tempo  em  um
crime  hediondo.  Mas  fatos  são  fatos,  e  não  há
escapatória  para  eles;  cada  um  que  tem  parte  nesta
abominação  está  ajudando  a  tornar  esta  coisa
ominosa  possível,  e  sem  dúvida  divide  a
responsabilidade  por  ela.  Você  sabe  que  é  assim,  e
você pode ver que coisa terrível é; mas você dirá: “O
que  podemos  fazer  para  melhorar  as  coisas  —  nós
que  somos  apenas  pequenas  unidades  nesta
poderosa  massa  em  ebulição  da  humanidade?”  É
somente  quando  as  unidades  se  elevarem  acima  da
massa  e  se  tornarem  mais  civilizadas  que  nós
finalmente  chegaremos  a  um  grau  mais  elevado  de
civilização  da  raça  como  um  todo.  Está  para  chegar
uma  Idade  Dourada,  não  só  para  o  homem  mas
também para os reinos inferiores, uma idade em que a humanidade perceberá seus deveres para com seus irmãos mais jovens
—  não  destruí­los,  mas  ajudá­los  e  treiná­los,  não  terror  e  ódio,  mas  amor  e  devoção  e  amizade  e  cooperação  racional.
Chegará uma época quando todas as forças da Natureza estarão atuando juntas inteligentemente em direção à meta final, não
com  constante  desconfiança  e  hostilidade,  mas  com  o  reconhecimento  universal  daquela  Fraternidade  que  é  nossa  porque
somos todos filhos do mesmo Pai Todo­Poderoso.

Façamos  pelo  menos  a  experiência;  livremo­nos  da  cumplicidade  nestes  crimes  hediondos,  tentemos,  cada  um  em  seu

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pequeno  círculo,  trazer  para  mais  perto  o  tempo  luminoso  de  paz  e  amor  que  é  o  sonho  e  o  mais  ardente  desejo  de  todo
homem que pensa e que tem um verdadeiro coração. Pelo menos deveríamos seguramente desejar fazer uma coisa pequena
como  está  para  ajudar  o  mundo  andar  adiante  em  direção  àquele  futuro  glorioso;  deveríamos  nos  fazer  puros,  nossos
pensamentos e nossas ações assim como nossa comida, para que pelo exemplo e pelo ensinamento possamos estar fazendo
tudo  que  está  ao  nosso  alcance  para  difundir  o  evangelho  do  amor  e  da  compaixão,  e  colocando  um  fim  no  reinado  da
brutalidade e do terror, trazendo para mais perto o alvorecer do grande reino da justiça e amor, quando a vontade de nosso Pai
será feita na Terra assim como no Céu.

Poderá também gostar de:

Teu Olhar: A Luz Interpretação da Contrapartes ­ I


do teu corpo Letra do Mantra
Búdico (JHS)

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quinta­feira, 19 de maio de 2011

Não matarás
"Não comer carne pela saúde é evoluir o físico. Não comer carne pela compaixão, é evoluir a alma. 
Não comer carne por ambos os motivos é expandir a consciência, e se elevar espiritualmente."

S. Vanessa

Poderá também gostar de:

Tarô da era de Messias e Profetas A Chave de


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segunda­feira, 9 de maio de 2011

A Sabedoria da dieta Vegetariana
A  maioria  das  pessoas  acham  que  uma  refeição  sem  carne  é  incompleta,  sem  desde  tempos  imemoriais,  que  tem  sido

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
considerado um axioma que a carne é o alimento mais fortalecedor
que temos.
Todos  os  outros  alimentos  têm  sido  vistos  como  simples
acessórios de um ou mais tipos de carne no menu.
Nada  poderia  ser  mais  errado;  a  ciência  tem  comprovado
experimentalmente  que  invariavelmente  o  alimento  obtido  de
vegetais  tem  um  maior  poder  sustentado,  e  a  razão  é  de  fácil
percepção se olharmos para o assunto do ponto de vista ocultista.

LEI DA ASSIMILAÇÃO

A Lei da Assimilação é que : “nenhuma partícula de alimento pode
ser  inserida  na  construção  do  corpo  ,  até  que  as  forças  nele
vigentes sejam superadas pelo Espírito intrínseco, residente “.
O  Ego  deve  ser  o  regulador  absoluto  e  indisputado  no  corpo,
governando  as  células  como  um  autocrata,  ou  elas  seguirão  cada
uma  o  seu  próprio  caminho  ,  como  acontece  no  declínio  quando  o
Ego se escapa, se retrai .
O  nível  de  consciência  da  célula  determina  determina  o  seu  poder  como  unidade.  Quanto  menor  for  essa  consciência,  mais
fácil será para o Ego actuar como regente máximo das funções corporais. As células levadas para o corpo também têm a sua
consciência  individual  e  colectiva  .  Por  isso  ,  o  nível  da  sua  aquisição  espiritual  é  um  factor  a  ser  considerado  quando  se
pretende que determinado alimento seja usado pelo orgamismo . Os diferentes Reinos têm diferentes veículos e, como tal uma
diferença de consciência. O mineral tem apenas o corpo denso e uma consciência como a do transe mais profundo.
Por tal, será mais fácil sujeitar alimentos provindos directamente do reino mineral. O alimento mineral manter­se­ia connosco o
maior tempo, obviando a necessidade de comer tão frequentemente; no entanto, sabemos que o organismo humano, vibra tão
rapidamente  que  é  incapaz  de  absorver  o  mineral  inerte  directamente.  Sal  e  outras  substâncias  similares  são  expulsas  do
sistema num ápice sem terem sido de todo assimiladas.
O  ar  está  cheio  de  Azoto  que  necessitamos  para  repor  o  perdido;  respiramo­lo  para  dentro  do  nosso  sistema,  e  não  o
conseguimos  assimilar,  tal  como  qualquer  outro  mineral,  até  que  tenha  sido  transmutado  no  laboratório  da  Natureza  e
incorporado em plantas.
As plantas têm um corpo denso e um corpo vital, que as capacita a fazerem aquele trabalho . Sua consciência é tão profunda
como o sono sem sonhos . Assim é fácil para o nosso Ego controlar as células vegetais e mantê­las dominadas por um longo
período de tempo, e daí o grande valor alimentar/de sustento do vegetal .

ALIMENTO ANIMAL

No  alimento  animal,  as  células  já  se  tornaram  mais  individualizadas,  e  como  o  animal  tem  um  corpo  de  desejos  que  lhe  dá
uma natureza passional, é facilmente entendido que quando comemos carne , é mais difícil sujeitar estas células animais que
têm uma consciência animal semelhante ao estado de sonho, e também que tais células não se deixarão aprisionar/sujeitar por
muito tempo. Assim , uma dieta de carne requer maiores quantidades e refeições mais frequentes que a de vegetais ou frutos.
Se avançarmos um degrau mais longe e comermos carne de animais carnívoros, sentir­nos­emos famintos a toda a hora, pois
tais células se tornaram excessivamente individualizadas e procurarão , por tal, atingir a sua liberdade e ganhá­la rapidamente.
Um excesso de carne é consumida, mas deixa o venenoso ácido úrico, estando cada vez mais reconhecido que quanto menos
carne comemos, melhor para o nosso bem­estar.

É  natural  que  devamos  desejar  o  melhor  dos  alimentos,  mas  todo  o  corpo  animal  tem  em  si  os  venenos  da  degradação.  O
sangue venoso está cheio de dióxido de carbono e outros produtos nocivos no seu caminho para os rins ou poros da pele para
serem expelidos pela urina ou transpiração. Estas substâncias repulsivas estão em cada porção da carnee quando comemos
tal alimento, estamos a encher o nosso corpo de venenos tóxicos. Muitas doenças são devidas ao nosso uso de alimentos de
carne .

É há inúmeras provas que uma dieta carnívora estimula a ferocidade . Podemos mencionar a ferocidade famosa de bestas de
presa, contraposta à força prodigiosa e a natureza dócil do boi, do elefante e do cavalo mostrando o efeito da dieta herbívora
nos animais.

ALIMENTOS SAUDÁVEIS

Assim que adoptemos a dieta vegetariana , escapamos a uma das mais sérias ameaças à saúde, a putrefacção dos restos de
carne presos entre os dentes. Frutos, cereaise vegetais são pela sua natureza lentos a apodrecer; cada partícula contém uma
enorme  quantidade  de  éter  que  o  mantem  vivo  e  doce  muito  tempo,  em  contrapartida  o  éter  que  interpenetrava  a  carne  e
compunha o corpo vital de um animal se retira com o Espírito do mesmo aquando da sua morte. Assim o perigo de infecção
através dos vegetais é muito pequeno, e muitos deles são realmente antisépticos em alto grau. Isto aplica­se particularmente
aos frutos cítricos: laranjas, limões, toranjas, etc , para não falar do rei dos antisépticos , o abacaxi.
Em vez do envenenamento do tubo digestivo com elementos putrefactivos como a carne faz, os frutos limpam e purificam o
sistema,  e  o  ananás  é  uma  das  melhores  ajudas  conhecidas  para  a  digestão  do  homem.  É  bem  superior  à  pepsina  e  para  o
obter  não  se  usa  nenhuma  crueldade  com  a  vida  sensível.  Alguns  nutricionistas  modernos  avisam  que  para  beneficiar
totalmente dos seus nutrientes, os citrinos não devem ser misturados com outros alimentos.

SAIS CELULARES

Há  12  sais  no  corpo  conhecidos  como  sais  celulares;  eles  são  vitais  e  representam  os  doze  signos  do  zodíaco.  Estes  sais
são  necessários  para  construção  do  corpo  .  Não  são  sais  minerais  como  geralmente  suposto,  mas  sim  vegetais.  O  mineral
não tem corpo vital, e é apenas por meio do corpo vital que a assimilação é conseguida. Como tal, temos de obter estes sais
através do reino vegetal.

CRU ou COZINHADO

O calor destrói o corpo vital da planta e deixa apenas a parte mineral.
Assim sendo, se desejamos renovar o suprimento destes sais no nosso corpo, devemos obtê­los de vegetais não cozinhados.
Como cozinhar destrói os valiosos sais celulares, a nossa dieta deveria conter uma grande percentagem de alimentos crus.
Chás de ervas, que devem ser infusões sem ebulição, são também muito ricos em tais sais.

Mas não devemos precipitadamente tirar a conclusão que todos devem parar de comer carne e viver unicamente de alimento
vegetal  cru.  No  presente  estado  de  evolução  há  muito  poucos  que  o  podem  fazer.  Devemos  ter  o  cuidado  de  não  elevar
demasiado rapidamente as vibrações do nosso corpo, para nós, para continuarmos o nosso trabalho nas condições presentes,
temos de ter corpos adaptados ao trabalho.

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
Os ocultistas sabem que há uma chama na base do crânio, na base do cérebro. Ela arde continuamente na medula oblonga no
topo da corda espinal, e é de origem divina. Esse fogo emite um som cantante parecido ao zumbido de uma abelha e é a nota
chave do corpo físico. Ela constrói e cimenta o conjunto dessa massa de células conhecida como “o nosso corpo”.

INOFENSIVOS COMO POMBAS

O  chama  arde  muito  ou  pouco,  clara  ou  intensamente,  conforme  a  alimentamos.  Há  fogo  em  tudo  na  Natureza  excepto  no
reino  mineral.  Este  não  tem  corpo  vital  e  como  tal  não  tem  via  para  o  ingresso  do  Espírito  de  Vida,  a  chama.  Alimentamos
esse fogo sagrado parcialmente das forças do Sol entrando no Corpo Vital através da contraparte etérea do baço, e daí para o
plexo solar onde é colorido e então levado para cima através do sangue. Nós também alimentamos esse fogo do fogo vivo que
absorvemos dos alimentos crus que comemos e assim assimilamos.

Olhando para o assunto comer­carne do ponto de vista ético também, é contra a mais alta concepção matar para comer. Nós
temos uma dívida pesada para pagar às criaturas inferiores cujos mentores deveríamos ser, mas de que somos assassinos; a
boa lei que trabalha sempre para corrigir os abusos relegará em tempo o hábito de comer animais assassinados para a lixeira
das práticas obsoletas.

O homem nos primeiros estados do despertar /desenvolvimento, era em certos aspectos como as bestas de presa. No entanto
ele está a tornar­se como­Deus e como tal deve parar de destruir com vista a começar a criar. O alimento de carne estimulou a
ingenuidade  humana  de  ordem  inferior  no  passado;  serviu  um  propósito  na  nossa  evolução;  mas  estamos  agora  no  advento
duma Nova Era, quando auto­sacrifício e serviço trarão crescimento espiritual á humanidade. A evolução da mente trará uma
sabedoria  muito  além  da  nossa  maior  concepção,  mas  antes  de  ser  seguro  confiar­nos  essa  sabedoria,  devemos  tornar­nos
puros/inofensivos  como  as  pombas.  De  outro  modo  poderíamos  tornar­nos  tão  egoístas  e  de  propósitos  tão  destrutivos  que
seriamos uma ameaça inconcebível aos nossos parceiros homens. Para evitar isto, deve ser adoptada a dieta vegetal.

CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS

Também do ponto de vista puramente prático, dieta vegetariana é vantajosa. O cada vez mais proibitivo preço da carne está a
levar  as  donas­de­casa  a  virarem­se  para  substitutos,  e  as  pessoas  estão  gradualmente  a  serem  ensinadas  os  alimentos
dádiva­de­Deus,  os  vegetais,  são  os  mais  deliciosose  saudáveis.  Muitos  que  começaram  a  comer  mais  frutos  e  vegetais
estão a aperceber­se que estão a ganhar em saúde e, em muitos casos, que a melhoria física é acompanhada por melhorias
mentais e morais. Afirma­se que 12 acres de pastagens para criar a carne suficiente para alimentar um homem. Se esses 12
acres de terra fossem usados em horticultura produziriam comida suficiente para alimentar várias famílias de médio tamanho.
Com  a  população  aaumentar  em  todo  o  mundo,  em  breve  será  necessário  parar  a  criação  de  gado  e  devotar  os  campos  ao
cultivo de cereais e vegetais.

Nesta  idade  de  mudança,  quando  mais  Egos  avançados  nascerem,  muitos  deles  são  naturalmente  vegetarianos;  uma  nova
raça tendo uma mais alta consciência está para nascer, especialmente na costa Pacífica. A era vindoura será vegetariana, e
todos  os  que  forem  progressivos  alinharão  e  tornar­se­ão  vegetarianos  –  os  outros  ficarão  para  trás  e  classificados  entre  os
vagabundos/extraviados da humanidade

Poderá também gostar de:

O Uso do Agni ­ O Fogo Intuição (JHS)


Pergaminho e o Sagrado (JHS)
Pecado Original (
Carnivorismo, ...

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Postado por Cá Azevedo às 19:53  Nenhum comentário: 

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O Uso do Pergaminho e o Pecado Original ( Carnivorismo, sacrifícios e
evolução)
I – Introdução
Para nós, cristãos, os 27 livros do Novo Testamento constituem o fundamento e a chave da nossa Escritura Sagrada. Durante
o primeiro século, no tempo em que Jesus exerceu o Seu ministério – e mesmo bastante depois –, o papiro era o material de
escrita  mais  correntemente  utilizado  em  todo  o  Médio  Oriente,  Egipto,  Ásia  Menor,  etc.  A  partir  dos  séculos  iii­iv  começou  a
generalizar­se o uso do pergaminho. Que alterações é que esta mudança acarretou?

Ouçamos  o  que  nos  dizem  dois  especialistas  neotestamentários  altamente  reputados  a  nível  internacional,  Kurt  Aland  e
Barbara Aland:

«Um manuscrito [em pergaminho] que contivesse um
conjunto de escritos do Novo Testamento em formato
médio,  com  cerca  de  200­250  fólios  de
aproximadamente  25x19cm,  exigia,  pelo  menos,  as
peles de cinquenta a sessenta carneiros ou caprinos»
(Aland & Aland 1989, 77).

Ou  seja,  cada  exemplar  –  e  um  só  –  do  Novo  Testamento,  em  pergaminho,  exigia  o  sacrifício  sangrento  de  um  rebanho
completo  de  animais…  As  cópias  circulavam  às  centenas  –  uma  autêntica  matança  açougueira,  que  durou  séculos.  Que
significado podemos extrair desta constatação aterradora?

II – Cristo e a Escritura judaica

Recapitulemos um pouco a história da transmissão neotestamentária.

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana

No  tempo  de  Cristo  ainda  não  havia  Novo


Testamento,  como  facilmente  se  compreende:
quando  Ele  faz  referência  à  Escritura,  trata­se
evidentemente  da  Escritura  judaica,  que  os  cristãos
mais  tarde  começaram  a  designar  por  «Antigo
Testamento»  a  fim  de  a  distinguir  da  nova  Escritura,
exclusivamente  cristã,  que  aliás  só  começou  a
ganhar  forma  como  um  todo  autoritativo  bastante
tarde:  por  exemplo  o  corpus  dos  quatro  Evangelhos
só  ficou  estabelecido  nos  finais  do  século  ii,  embora
o  corpus  paulino  (as  epístolas  de  Paulo,  das  quais
sete  não  são  autênticas)  tivesse  sido  reconhecido
mais  cedo;  as  chamadas  «Epístolas  Católicas»  (a
deTiago,  as  duas  de  Pedro,  as  três  de  João  e  a  de
Judas)  só  foram  reconhecidas  no  seu  conjunto  no
século  iv,  e  o  Apocalipse  permaneceu  num  limbo
duvidoso durante vários séculos (Aland & Aland 1989,
167).

A Escritura judaica é constituída por três grupos de livros: a Torah (a «Lei», que compreendia os cinco livros do Pentateuco:
Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronómio), os Nevi’im (os «Profetas», ou «Livros Proféticos», como p. ex. Isaías,
Ezequiel, Daniel, etc.) e os Khetuvim (os «Escritos», como p. ex. os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Eclesiastes, etc.).

Eram  estes  venerandos  textos  –  sobretudo  os  dois  primeiros,  «a  Lei  e  os  Profetas»  –,  que  Jesus  lia  no  Templo  e  nas
sinagogas,  e  comentava,  para  ensinar  os  Seus  ouvintes,  como  vemos  por  exemplo  em  Lucas  4,  15­22  e  noutros  passos  do
Novo Testamento[1].

III – Interpretação oculta da Escritura

Quando, após a morte e a ressurreição de Cristo, os dois discípulos que se dirigiam a Emaús O encontraram na estrada e não
O reconheceram, foram comentando com o «desconhecido», durante o caminho, a morte de «Jesus de Nazaré», referindo­se­
Lhe  como  «um  profeta  poderoso  em  obra  e  em  palavra».  Nesse  episódio  se  relata  como  Jesus,  em  vida,  «interpretava  as
Escrituras»  (Lucas  24,  27),  e  como  «abria  [o  sentido]  das  Escrituras»  (Lucas  24,  32).  Ou  seja,  Jesus  em  diversas  ocasiões
tomou como ponto de partida, para as Suas prédicas, a «hermenêutica» que fazia desta ou daquela passagem das Escrituras
judaicas, o que equivalia de certo modo à actividade do me­turgem­an, com a diferença de que este era um «leitor­intérprete»
profissional,  que,  no  Templo  e  nas  sinagogas,  traduzia  para  aramaico,  e  interpretava  em  voz  alta,  o  texto  hebraico  lido  pelo
sacerdote durante as respectivas liturgias.

Convém recordar que a partir do século vi a. C., e coincidindo com as décadas do «exílio na Babilónia», o aramaico substituiu
a  pouco  e  pouco  o  hebraico  entre  os  judeus,  na  linguagem  falada  e  no  uso  corrente.  O  povo  deixara  de  falar  e  entender  o
hebraico,  que  ficou  apenas  como  lingua  sagrada  da  Escritura.  Daí  a  necessidade  do  intérprete:  durante  a  liturgia  os  textos
sagrados  eram  lidos  em  hebraico,  e  ao  lado  encontrava­se  o  tal  me­turgem­an  que  traduzia  em  voz  alta  para  aramaico  e
interpretava  o  respectivo  texto.  Esta  actividade  chamava­se  targum,  palavra  aramaica  que  significa  «tradução»  ou
«interpretação»; o me­turgem­an («leitor­intérprete», palavra que tem a mesma raiz de targum) não se limitava a traduzir e a dar
uma interpretação mais ou menos moral ou mesmo alegórica: o targum visava também e sobretudo explicitar o sentido oculto
da Escritura.

Embora  os  targums  escritos  começassem  a  aparecer  gradualmente  durante  os  primeiros  séculos  da  era  cristã  (período
talmúdico), só o targum oral fazia autoridade. O reconhecimento oficial do «Targum» escrito ocorreu apenas a partir do século
v d. C.

IV – A transmissão oral, de Mestre a discípulo

Portanto, a tradição oral estava muito enraizada, e isto ocorria não só nas Escolas sacerdotais mas também, e sobretudo, nas
Escolas  mistéricas:  a  transmissão  de  boca  a  ouvido,  ou  de  mestre  a  discípulo,  era  a  regra;  em  certos  casos  era  mesmo
rigorosamente vedada qualquer passagem a escrito dos ensinamentos que o Mestre proferia.

Durante  os  três  anos  do  ministério  de  Cristo  e  durante  cerca  de  vinte  anos  após  a  Sua  morte  e  ressurreição  essa  regra
manteve­se:  não  há  notícia  de  Cristo  ter  deixado  algum  texto  doutrinário,  e  nem  sequer  lhe  foi  atribuído  nenhum  por  algum
discípulo  mais  zeloso,  como  era  normal  acontecer  em  diversas  escolas  místicas  ou  filosóficas  desse  tempo,  em  que  falsos
apógrafos  circulavam  em  nome  do  mestre  ou  do  fundador  sem  que  ninguém  se  chocasse  com  isso  –  era  uma  maneira  de
conferir  autoridade  ao  escrito  e  ao  mesmo  tempo  de  prestar  homenagem  ao  mestre  ou  fundador.  Como  aliás  aconteceu,  por
exemplo, com a Escola de Paulo: das 14 epístolas que compõem o corpus paulino do Novo Testamento, sete são autênticas,
mas as outras sete foram redigidas por discípulos mais ou menos tardios, o que não obstou a que a sua autoria fosse atribuída
a Paulo.

Isto significa que até bastante tarde se respeitou o conhecimento de que o Ensinamento de Jesus era destinado à transmissão
oral,  o  que  é  característico  duma  Escola  iniciática,  portanto  se  aparecesse  qualquer  escrito  «assinado»  por  Jesus,  seria
repudiado como espúrio para não dizer blasfemo. Os primeiros escritos cristãos que chegaram até nós, as epístolas de Paulo,
apenas  começaram  a  circular  a  partir  do  ano  50  d.  C.,  e  mesmo  esses  textos  não  são  «tratados  doutrinários»  no  sentido
técnico do termo, mas meras cartas que Paulo ia endereçando às diferentes comunidades cristãs com reflexões sobre a sua
experiência  pessoal  (e  a  sua  interpretação)  a  respeito  do  Mistério  Crístico,  na  sequência  da  Iniciação  mistérica  a  que  fora
submetido – a famosa «conversão na estrada de Damasco».

Só  na  segunda  metade  do  século  primeiro  é  que  as  Escolas  de  Mistérios  Cristãos  sentiram  necessidade  de  fixar  por  escrito
um certo conjunto de alegorizações ritualísticas, tomando como base «os actos e os ditos» de Jesus – a chamada «literatura
evangélica» que surgiu por essa altura. Daí o facto de Max Heindel (1865­1919) e Rudolf Steiner (1861­1925) referirem que os
quatro Evangelhos canónicos são Rituais de Iniciação de quatro diferentes Escolas de Mistérios.

V – Primeira fase dos livros de papiro: os «rolos»

Como se disse há pouco, o papiro era o material de escrita preferencialmente utilizado nessa época e na vasta área geográfica
abrangida pelo Império Romano.

Os manuscritos cristãos de que temos notícia, do primeiro e do segundo séculos, redigidos em grego e dos quais – ou dalguns

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
dos quais – chegaram fragmentos até nós, são escritos em papiro.

A  planta  do  papiro  era  abundantemente  cultivada  no  delta  do  Nilo,  mas  também  em  outras  regiões  do  Médio  Oriente.  É  uma
planta herbácea aquática cujos caules, encorpados e de secção rudemente triangular, chegam a ter uma grossura de 6 cm e
podem  alcançar  uma  altura  de  cerca  de  5  a  6  metros.  Os  caules,  depois  de  divididos  em  secções,  eram  cortados
longitudinalmente, com instrumentos afiados, para produzir tiras que se colocavam lado a lado a fim de formar uma finíssima
camada  de  «papel»  com  as  fibras  correndo  paralelamente.  Sobre  essa  camada  colocava­se  outra,  cujas  fibras  ficavam  a
formar ângulo recto com as da primeira, e ambas eram humedecidas e pressionadas com um peso de modo que a «cola» da
própria seiva unia as duas finíssimas folhas, que, depois de secas ao sol, formavam uma única e resistente folha de «papel».

Os livros resultantes, caligrafados pelos escribas, ou copistas, tinham a forma de rolos, com uma altura variável (25­30 cm) e
um comprimento que podia atingir os 9 metros. O nome deriva dos dois suportes cilíndricos de madeira, em forma de rolo, em
cada  extremidade  da  extensa  folha,  o  que  permitia  enrolar  e  desenrolar  num  sentido  ou  noutro.  Depois  do  livro  pronto  e
enrolado, era facilmente transportável.

Toda a literatura da época, inclusivamente a literatura judaica vulgar, era escrita sobre papiro, excepto a Escritura sagrada dos
judeus, redigida em hebraico, que a tradição exigia que fosse escrita sobre pele de vitelo… (Aland & Aland 1989, 75 e 102). A
quem deseje informar­se sobre o retrocesso que isto significa (sacrifício do novilho, ou bezerro), convida­se a leitura atenta dos
seguintes trechos do Conceito Rosacruz do Cosmos : cap. XIII ­ «Em Direcção à Bíblia» (Heindel 1998, 246­253), e cap. XIV ­
«Análise Oculta do Génesis» ­ «Jahvé e a Sua Missão» (Heindel 1998, 263­265).

Os  96  manuscritos  papiráceos  dos  escritos  do  Novo  Testamento  que  chegaram  até  nós  são  na  esmagadora  maioria
fragmentários,  ou,  se  algum  deles  abrange  algum  dos  livros  neotestamentários  do  princípio  ao  fim,  não  deixa  de  apresentar
lacunas em diversos pontos. Somente o papiro classificado como p72, do século iii ou iv, contém por inteiro as duas epístolas
de Pedro e a epístola de Judas.

Destes  96  papiros  o  mais  antigo  é  o  fragmento  p52,  com  duas  passagens  do  capítulo  18  do  Evangelho  de  João,  e  que  os
especialistas calculam que pode ser datado entre o ano 100 e o ano 125, ou seja, trata­se duma cópia valiosa, muito próxima
do original, que se supõe ter sido escrito nos anos 90 do primeiro século (Ehrman & Holmes 2001, 3­18).

VI – Segunda fase dos livros de papiro: os «códices»

Uma novidade da literatura cristã é que todos estes manuscritos papiráceos (excepto quatro) não pertencem a rolos, mas sim
a  códices,  incluindo  o  fragmento  mais  antigo,  o  tal  do  ano  100­125.  Que  quer  isto  dizer?  Vimos  que  o  «rolo»  era  o  formato
usual  do  livro  desse  tempo;  os  cristãos  introduziram  a  novidade  de  cortar  as  folhas  de  papiro  em  cadernos  de  fólios
rectangulares,  encadernando­os  em  formato  de  livro  protegido  por  duas  capas,  tal  como  os  livros  de  hoje.  Além  disso
introduziram  também  o  hábito  de  escrever  dos  dois  lados  da  mesma  folha,  ao  contrário  do  que  sucedia  com  os  «rolos».  É  a
estes livros de papiro que se dá o nome de «códices» (Aland & Aland 1989, 75­76).

Durante o primeiro e o segundo século os textos cristãos – incluso a literatura gnóstica de que temos magníficos exemplares
nos códices achados em Nag Hammadi – eram exclusivamente escritos em papiro, um elemento vegetal. Esta fase coincide
sensivelmente  com  a  fase  esotérica  em  que  as  comunidades  jesuânicas,  ainda  próximas  das  Doutrinas  e  dos  Actos  do
Mestre, transmitiam um ensinamento iniciático.

VII – A «exoterização» dos Ensinamentos Crísticos

A pouco e pouco, porém, foi­se dando aquilo a que um certo número de especialistas bíblicos laicos convencionou chamar a
«corrupção ortodoxa», ou seja, certas comunidades adulteraram os Ensinamentos num sentido exotérico, a fim de os impor em
oposição  vantajosa  aos  «mitos»  do  paganismo,  dando  origem  à  Cristologia  perfilhada  pela  Grande  Igreja  (por  exemplo  Jesus
de  Nazaré  igual  a  Deus,  nascimento  virginal  de  Jesus  por  obra  do  Espírito  Santo,  ressurreição  de  Cristo  «em  corpo»,  etc.).
Essa  Cristologia  acabaria  por  se  impor  definitivamente  no  século  iv  com  o  apoio  de  Constantino,  tomando  conta  do  poder
global  religioso  e  destruindo  com  uma  ferocidade  sanguinária  tudo  quando  fosse  esotérico,  mistérico  e/ou  iniciático,  sob  o
anátema geral de «heresias» (Ehrman 1996, passim).

Esta terrível fase cresceu sensivelmente paralela com a grande expansão do uso do pergaminho.

Consideremos o seguinte quadro:

MANUSCRITOS GREGOS DO NOVO TESTAMENTO
(Descobertos até 2001, e devidamente classificados e catalogados)

Data aprox. Em papiro Em pergaminho

Século II 2 ­
Ano 200 4 ­
Séc. III 29 3
Séc. IV 22 16
Séc. V 10 44
Séc. VI 11 61
Séc. VII 13 33
Séc. VIII 5 33
Séc. IX ­ 70
Séc. X ­ 146
Séc. XI ­ 441
Séc. XII ­ 588
Etc.

Este  quadro  poderia  prolongar­se  até  ao  século  xvi,  com  a  definitva  ausência  do  papiro  e  a  crescente  quantidade  de
manuscritos  em  pergaminho,  datáveis  até  esse  século,  que  foram  sendo  descobertos  e  catalogados.  Com  a  invenção  da
imprensa no século xv e o uso generalizado do papel, o pergaminho caiu em desuso. O papel, que havia sido descoberto pelos
chineses no século i d. C., espalhou­se no mundo ocidental através dos árabes e começou a ganhar popularidade sobretudo a
partir do século xii, embora se conheça pelo menos um manuscrito do Novo Testamento, em papel, do século ix.

Actualmente os especialistas já conseguiram catalogar cerca de 5.400 manuscritos de textos do Novo Testamento, em papiro,
pergaminho e papel: destes 5.400, cerca de 1.300 são em papel.

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
VIII – O papiro e o pergaminho: primeiras conclusões

Associando estas informações com o exame do quadro anterior (e no que diz respeito apenas ao Novo Testamento), podemos
extrair, para já, as seguintes conclusões:

(1) – O papiro, que foi o grande material de escrita nos primeiros séculos do Cristianismo, deixou de se usar definitivamente no
século viii;

(2) – O pergaminho, que começou a ser usado, ainda que esporadicamente, no século iii, impôs­se definitivamente a partir do
século iv, destronando o papiro em poucos séculos e duma forma irreversível;

(3) – O papiro, extraído do reino vegetal, serviu de veículo transmissor dos textos sagrados (mistéricos) durante os dois ou três
séculos  iniciais  do  Cristianismo,  quando  preponderavam  ainda  as  comunidades  cristãs  iniciáticas  ;  por  sua  vez  o  papel,
igualmente extraído do casto reino vegetal, passou a ser utilizado a partir do arranque dos grandes movimentos espirituais, o
templarismo  esotérico,  os  franciscanos  Spirituali,  a  theosophia  de  Jacob  Böhme  e  correntes  derivadas,  o  Rosacrucismo  do
Renascimento – e até aos nossos dias, em que o «esoterismo cristão» ganha cada vez mais força e expansionismo;

(4)  –  Quando  a  dogmatologia  exotérica  da  Grande  Igreja  se  impôs,  a  partir  do  século  iv  e  durante  toda  a  Alta  Idade  Média
(«Dark Ages»: séculos v a xi), prosseguindo com as perseguições da Igreja aos Cátaros, a criação da Inquisição no século xiii
e  todos  os  criminosos  desmandos  da  História  eclesiástica,  incluindo  a  ambição  papal  de  exercer  domínio  e  poderio  sobre
príncipes e imperadores, dando origem a guerras que ensanguentaram a Europa durante vários séculos, até à Reforma (século
xv),  o  material  utilizado  para  a  propagação  exotérica  do  Novo  Testamento  foi  o  pergaminho,  extraído  das  peles  de  animais
(como por exemplo o bode) caracterizados por um corpo de desejos de vibrações baixas e grosseiras.

(5) – Entre os séculos iv e xvii, por conseguinte, em que a intolerância religiosa da Igreja se exteriorizou através de violentas
polémicas,  aniquilações,  guerras,  cruzadas  sanguinárias,  inquisições  e  campanhas  anti­«heréticas»  de  diversa  índole,  o
derramamento  de  sangue  humano  resultante  dessa  conduta  foi  acompanhado,  paralelamente,  pelo  derramamento  de  sangue
animal com a finalidade de se multiplicarem cópias em pergaminho das Escrituras cristãs.

IX – A preparação do pergaminho

A efusão de sangue animal que a obtenção do pergaminho exige, e, mais ainda, para servir a transmissão dum texto sagrado,
constitui  uma  perversiva  contradição  com  o  que  preceituam  os  Ensinamentos  Esotéricos  de  quase  todas,  senão  mesmo  de
todas,  as  Escolas  e  correntes  Iniciáticas,  ocidentais  ou  orientais,  que  recusam  praticar  a  magia  negra  associada  ao
derramamento do sangue nos seus ritos.

Reza  a  lenda  (pelo  menos  tal  como  nos  foi  transmitida  por  Plínio  o  Velho)  que  o  pergaminho  foi  inventado  no  tempo  de
Eumenes II (século ii a. C.), rei de Pérgamo, a mais importante cidade da Ásia Menor, onde floresceram artistas e eruditos e
se  tornou  célebre  pela  sua  biblioteca,  com  mais  de  200  mil  volumes,  só  rivalizada  pela  de  Alexandria,  no  Egipto.  Segundo  a
tradição, o rei Ptolomeu V do Egipto determinou um embargo à exportação de papiro com receio que a biblioteca de Pérgamo
viesse  a  ultrapassar  a  «sua»  biblioteca  de  Alexandria.  Para  obviar  esse  impedimento  o  rei  Eumenes  de  Pérgamo  determinou
que  se  criasse  e  passasse  a  utilizar  o  pergaminho.  (A  palavra  «pergaminho»  deriva  do  adjectivo  latino  pergamenus,  ­a,  ­um,
que significa «oriundo de Pérgamo»). Esta é a tradição que desde sempre tem circulado, embora se saiba que o pergaminho já
era  utilizado,  em  diversas  regiões,  bastante  tempo  antes.  Provavelmente  a  origem  da  lenda  residirá  no  facto  de  os
pergaminhos de Pérgamo terem a reputação de ser muito finos e de grande qualidade.

Os animais mais correntemente usados para a obtenção do pergaminho eram as ovelhas, os carneiros, as cabras e os bodes,
embora  também  se  aproveitasse  o  vitelo  ou  o  novilho  com  esse  fim.  Ora,  estes  são  precisamente  os  típicos  animais
sacrificiais dos tempos jeovísticos…

Como  se  fazia  a  preparação  do  pergaminho?  A  pele  do  animal  tem  dois  lados:  o  lado  do  pêlo  e  o  lado  sangrento  donde  foi
retirada a carne. Tanto o pêlo como a carne eram raspados com uma solução cáustica de cal, sendo a pele, depois, cortada à
medida  das  dimensões  desejadas,  polida  e  alisada  com  cré  e  pedra­pomes,  a  fim  de  ficar  pronta  para  utilização.  Mesmo
depois deste preparo, a diferença entre o lado do pêlo e o lado da carne criava dificuldades ao ordenamento de manuscritos em
pergaminho, porque um dos lados ficava sempre mais escuro e o outro mais claro.

X – O sacrifício animal

Esfolar  um  animal  para  uma  utilização  profana  é  chocante,  mas  enfim,  uma  grande  parte  da  humanidade  ainda  necessita  do
uso de carne, mas fazê­lo para uma utilização sagrada, depois da oblação de Cristo «uma vez por todas» (cf. Hebreus 9, 23­
28), não é só chocante, é uma abominação que fere a sensibilidade de quem quer que se encontre num nível de espiritualidade
mais  consciente,  por  pouco  elevado  que  ainda  seja.  No  seu  livro  Cartas  aos  Estudantes  (Carta  n.º  90,  Maio  de  1918),  o
iniciado rosacruciano Max Heindel diz o seguinte:

«Decerto que pensar no sofrimento que se causa aos pobres animais, nos comboios a caminho do matadouro, e a agonia que
precede o instante em que é desferido o golpe que ceifará as suas vidas e o ferro lhes cortará a garganta, induzirá quem quer
que  aspire  à  vida  superior  a  sentir  compaixão  por  essas  pobres  criaturas  sem  fala  que  não  podem  defender­se.  […]
Infelizmente,  a  complexidade  da  nossa  civilização  obriga­nos  a  usar  couro  em  muitas  coisas  porque  ainda  não  existem
substitutos adequados no mercado, por exemplo em sapatos, cintos, etc.[2] Seja porém como for, deveríamos fazer todos os
possíveis para evitar o uso de qualquer material que provenha do corpo dum animal e que exija a sua morte» (Heindel 1975,
222).

Assim  sendo,  como  se  devem  entender  os  sacrifícios  sangrentos  exigidos  por  Jahvé,  no  Antigo  Testamento  bíblico,  como
lemos por exemplo nas prescrições sacrificiais do Génesis ou do Levítico?

Tecnicamente, esses sacrifícios devem ser entendidos segundo dois níveis de interpretação: pedagógico e iniciático.

XI – O significado pedagógico da «cerimónia sacrificial»

De um ponto de vista pedagógico, é importante compreender que os textos da Bíblia se referem na esmagadora maioria dos
casos  a  realidades  simbólicas  e  parabólicas,  e  não  se  limitam  a  relatar  eventos  históricos  à  maneira  grega  de  um  Heródoto,
por  exemplo,  embora  este  tenha  servido  de  modelo  para  certos  textos  judaicos,  tardios,  de  carácter  histórico­descritivo.  A
humanidade mencionada nos livros mais antigos da Bíblia reporta­se às Épocas Polar, Hiperbórea, Lemúrica e Atlante, numa
fase em que a humanidade infante necessitava de aprender determinado número de lições para fins evolutivos.

Enquanto  o  ser  humano  não  atingiu  um  certo  grau  de  desenvolvimento,  não  tinha  a  noção  de  que  a  sua  natureza  espiritual
eterna  era  independente  da  sua  natureza  física,  e  superior  a  esta.  Para  ele  o  físico  era  tudo;  por  isso  se  diz  na  Bíblia,  nos

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
livros referentes ao chamado «período patriarcal», que as recompensas e os castigos de Jahvé tinham de ser concedidos em
vida,  porque  os  judeus  dos  tempos  patriarcais  não  possuíam  nenhuma  noção  de  imortalidade.  Uma  vez  que  o  sacrifício  é
fundamental para o progresso espiritual, é evidente que a vida que deve ser sacrificada é a que se centra na natureza animal;
mas  como  o  homem  então  pensava  que  essa  natureza  inferior  era  a  sua  única  realidade,  não  se  lhe  podia  exigir  que  a
sacrificasse porque isso equivalia à sua aniquilação. Assim, a Lei desses tempos exigia­lhe que sacrificasse as suas posses
ou  riquezas  materiais,  que  consistiam  quase  sempre  em  gado  e  animais,  em  expiação  vicária  do  seus  pecados.  Os  animais
sacrificados no Altar dos Holocaustos (Tabernáculo no Deserto) simbolizam portanto a natureza carnal do ser humano que tem
de  ser  consumida,  com  o  sal  da  dor,  no  fogo  da  aflição  e  do  remorso.  A  dor  é  a  grande  mestra:  é  ela  que  limpa  os  desejos
inferiores  e  prepara  o  Corpo  de  Desejos  para  a  vida  superior.  Ou  seja:  a  purificação  é  a  finalidade  pedagógica  (e  oculta)  dos
sacrifícios no Altar dos Holocaustos (cf. Heline I­1990, 280­281).

XII – O significado iniciático da «cerimónia sacrificial»

O nível iniciático, por sua vez, complementa e ilumina o nível pedagógico. Quando Abrão[3] perguntou a Jahvé como poderia
saber  que  iria  possuir,  de  facto,  a  terra  que  lhe  estava  destinada,  Jahvé  ordenou­lhe  que  fizesse  um  sacrifício:  «Toma  uma
novilha de três anos, uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma rola e um pombinho» (Génesis 15, 9).

A  iniciada  rosacruciana  Corinne  Heline  (1882­1975)  ajuda­nos  a  compreender  o  contexto  iniciático  na  sua  obra­mestra  New
Age  Bible  Interpretation  :  Abrão  cumpriu  o  que  Jahvé  lhe  ordenara,  mas  não  se  tratou  de  nenhuma  cerimónia  sacrificial
sangrenta,  pois  todo  o  episódio  descrito  ocorre  num  nível  suprafísico  (Heline  I­1990,  88­89).  C.  Heline  recorda­nos  que  as
verdades espirituais mais profundas nunca são passadas a escrito, mas sim transmitidas oralmente, de mestre a discípulo, e
sempre  de  acordo  com  o  grau  de  entendimento  que  o  discípulo  está  apto  a  apreender.  É  por  isso  que  o  relato  escrito,
necessariamente fragmentário, de certas «experiências anímicas» resulta obscuro e enigmático para quem não tenha atingido
o  nível  de  consciência  e  de  desenvolvimento  de  alma  que  lhe  permita  a  confirmação  através  do  «conhecimento  directo»  ou
«em primeira mão» – tal como ensina Max Heindel no Capítulo XVII do Conceito Rosacruz do Cosmos.

Com  efeito,  a  agonia  e  a  morte  dum  ser  vivo  que  acompanham  o  sacrifício  animal  não  contribuem  em  nada  para  formar  as
asas que a alma desenvolve na sua elevação aos níveis superiores, tal como lemos noutro passo da Bíblia: «Amor fiel é o que
me agrada, não sacrifícios; gnose de Deus, não holocaustos» (Oseias 6, 6). Este preceito da Escritura judaica é parafraseado
por  Jesus  quando  os  fariseus  O  criticaram  por  se  encontrar  em  casa,  a  comer,  acompanhado  de  publicanos  e  notórios
pecadores: «Ide e aprendei o que significa: Compaixão quero e não o sacrifício; pois não vim a chamar os justos, mas sim os
que erram» (Mateus 9, 13).

A epístola aos Hebreus declara peremptoriamente: «Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire os pecados
[no original: “apague os erros”]» (Hebreus 10, 4).

A  chave  astrológica  dá­nos,  desde  logo,  um  primeiro  acesso  ao  sentido  iniciático  da  acima  referida  ordenação  de  Jahvé:  –  a
novilha  é  o  símbolo  do  signo  do  Touro,  e  o  seu  sacrifício  significa  a  renúncia  tanto  dos  desejos  sexuais  como  dum  amor
meramente  egoísta  e  personalizado;  a  cabra  é  o  símbolo  do  Capricórnio  e  significa  o  sacrifício  da  ambição  e  do  poder
mundanos; o cordeiro é o simbolo do signo Carneiro e representa a ressurreição dos poderes vitais mediante a castidade e a
transmutação; finalmente a rola e o pombinho são símbolos do signo Balança, e referem­se às experiências subtis que pôem à
prova a capacidade de discernimento neste estágio de realização espiritual (Heline I­1990, ibid.).

XIII – O «sacrifício» e o «pecado original»

Vemos  por  estes  exemplos  extraídos  da  Escritura  que  coexistem  aqui  duas  componentes  entrelaçadas:  a  necessidade  de
sublimação dos desejos sexuais (sacrifício da natureza animal do ser humano) e a necessidade de se acabar algum dia com a
matança dos animais, nossos «irmãos menores» (abolição do sacrifício vicário e/ou utilitário dos seres vivos do reino animal).

Ambos  estes  items  –  ou  cada  um  deles  de  per  si  –,  na  sua  fase  primordial  (e  transgressiva),  constituem  o  que  tem  sido
chamado  o  «pecado  original».  Em  qualquer  dos  casos,  a  consequência  do  «pecado  original»  foi,  para  o  ser  humano,  uma
situação de declínio e ruína que se convencionou designar por «Queda», e que se pode definir como a passagem dum estado
de beatífica harmonização interna/externa para um estado de consciência da dor e da morte.

Este conceito de «pecado original» pode ser apreendido segundo três modelos de cognição:

– Modelo teológico­exotérico;
– Modelo esotérico;
– Modelo laico.

XIV – Acepção teológico­exotérica do «pecado original»

Para os teólogos cristãos, o «pecado original» tem justificação na Bíblia, e constitui a condição moralmente degradada em que
cada pessoa se encontra ao nascer, por pertencer a uma espécie «geneticamente» pecadora. Este pecado «genético» é uma
consequência  herdada  do  primeiro  pecado  humano,  o  de  Adão.  Não  há  acordo  entre  os  teólogos  quanto  à  interpretação  da
narrativa bíblica sobre a «desobediência» de Adão, ao comer o fruto proibido do «conhecimento do bem e do mal», mas, duma
forma geral, concordam que o «pecado original» deriva do facto de cada ser humano não vir ao mundo como indivíduo isolado,
mas como um membro duma raça que herdou, no seu conjunto, as boas e as más características da sua história passada.

No entanto, em todo o Antigo Testamento não se fala em «transmissão hereditária» duma condição inicial pecaminosa; apenas
há referência, no Génesis, às consequências naturais daquele acto: a mulher passará a parir em dores e o homem dominá­la­á
(predomínio do patriarcalismo), e o homem por sua vez tirará da terra o seu sustento com trabalhos penosos e suor do rosto, e
a terra produzir­lhe­á espinhos e abrolhos (Génesis 3, 16­19).

No Novo Testamento tão­pouco há referência a uma condição pecaminosa hereditária; o eminente teólogo jesuíta Karl Rahner
(1904­1984), um dos mais conceituados teólogos do século xx, acentua categoricamente que não se encontra em nenhum dos
Evangelhos  a  ideia  de  que  o  estado  actual  da  humanidade  seja  devido  ao  «primeiro  pecado».  Já  no  século  xviii  o  Iluminista
Voltaire  dizia  o  mesmo,  com  a  veia  satírica  que  o  caracteriza:  «Em  suma,  os  judeus  conheceram  o  pecado  original  tanto
quanto  conheceram  as  cerimónias  chinesas;  e,  embora  os  teólogos  costumem  encontrar  tudo  o  que  querem  na  Escritura,  ou
totidem  verbis,  ou  totidem  litteris,  podemos  garantir  que  um  teólogo  razoável  jamais  encontrará  aí  esse  mistério
surpreendente» (Voltaire 1964, 310­311).

Os teólogos mais renitentes e conservadores, porém, não deixam de citar uma passagem – de interpretação, aliás, difícil – da
epístola  de  Paulo  aos  Romanos  (5,  12­19),  em  que  se  estabelece  um  paralelismo  entre  Adão  e  Jesus  Cristo:  pela
desobediência  de  Adão  entrou  a  morte  no  mundo  e  muitos  foram  constituídos  pecadores;  pela  obediência  e  pela  justiça  de
Cristo  muitos  serão  constituídos  justos.  Para  a  Igreja  católica,  só  no  Concílio  de  Trento  e  durante  o  primeiro  período  de
trabalhos do Concílio (1545­1547) é que ficaram definidas a natureza e as consequências do «pecado original».

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana

O  ritual  do  Baptismo,  que  no  Cristianismo  primitivo,  esotérico,  era  uma  Iniciação  mistérica  de  alto  significado,  passou  a  ser,
com a exoterização da Igreja e da sua tradição dogmática, um acto purificatório para «remissão dos pecados», e as crianças
tinham de ser baptizadas a fim de ficarem limpas do «pecado original» que haviam herdado do transgressivo Adão.

Portanto,  de  um  ponto  de  vista  estritamente  exotérico,  o  «pecado  original»  seria  um  acto  de  desobediência  que  a  primitiva
humanidade  (Adão  e  Eva)  teria  cometido  ao  infringir  uma  ordenação  divina.  Essa  desobediência,  instigada  pela  «serpente»  e
praticada em primeiro lugar por Eva, que em seguida desencaminhou Adão, explica­se, sgundo a exegese rabínica, pelo facto
de  o  nome  de  Eva  [hebr.  hawah,  «vida»,  Génesis  3,  20]  se  poder  associar  ao  termo  aramaico  hewyâ,  «serpente»,  donde
resulta  a  interpretação  de  que  a  serpente  foi  a  ruína  de  Eva  e  Eva  por  sua  vez  foi  a  «serpente»  de  Adão.  Certos  autores
admitem que este mito possa ter alguma conexão com uma serpente­divindade fenícia, chamada hwt.

XV – Acepção esotérica do «pecado original»

De  um  ponto  de  vista  esotérico  –  pelo  menos  segundo  as  correntes  neo­ocultistas  perfilhadas  por  H.  P.  Blavatsky,  Rudolf
Steiner,  Max  Heindel,  Corinne  Heline,  Francisco  Marques  Rodrigues,  Edmundo  Teixeira,  etc.  –  o  pecado  original  foi  uma
transgressão cometida pela humanidade nos seus primórdios, transgressão essa relacionada com a propagação da espécie.

Cingindo­nos ao Conceito Rosacruz do Cosmos, de Max Heindel, podemos resumir a evolução da Terra ao longo da «Quarta
Revolução»  do  «Período  Terrestre»,  em  que  nos  encontramos  presentemente  –  e  de  acordo  com  a  terminologia  técnica
adoptada –, como um percurso pautado pelas seguintes grandes Épocas: 1.ª ­ Polar; 2.ª Hiperbórea; 3.ª Lemúrica; 4.ª Atlante;
5.ª ­ Ariana (actual); 6.ª ­ Nova Galileia ou Reino de Deus.

Max Heindel refere ainda uma 7.ª Época, a última, mas não lhe atribui nenhum nome (Heindel 1998, 218).

Somente  nos  finais  da  3.ª  Época  (Lemúrica)  é  que  surgiu  a  primeira  Raça  verdadeiramente  humana  –  a  chamada  Raça
Lemúrica;  na  Época  Atlante  houve  sete  Raças,  e  na  Época  Ariana  sucederam­se,  até  agora,  cinco  Raças  (pertencemos,
cronologicamente,  à  5.ª  Raça),  faltando  ainda  cumprir­se  duas  até  ao  final  da  Época.  Na  próxima  6.ª  Época,  Nova  Galileia,
haverá apenas uma Raça, que será a última (Heindel 1998, 218­219; 241).

Nos  tempos  Lemúricos  a  propagação  da  espécie  e  os  nascimentos  eram  realizados  sob  a  direcção  dos  Anjos,  os  quais  por
sua vez eram guiados por Jahvé, o regente da Lua. A função procriadora exercia­se em determinadas alturas do ano, quando
as linhas de força entre os planetas formavam o ângulo apropriado. Como a força criadora não encontrava nenhum obstáculo,
o  parto  realizava­se  sem  dor.  Os  futos  da  Árvore  do  Conhecimento  do  Bem  e  do  Mal  (Génesis  2,  16­17)  fizeram  com  que  o
espírito se tornasse consciente da carne (Génesis 3, 6­7), os homens e as mulheres «conheceram­se» e começaram a praticar
a  fecundação  independentemente  das  forças  solares  e  lunares  apropriadas,  abusaram  da  função  sexual  para  gratificar  os
sentidos, e os seus descendentes continuaram a mesma prática. Donde resultou a dor que passou a acompanhar o processo
de gestação e nascimento, bem como as enfermidades e outros sofrimentos (Heindel 1998, 223 e 227).

A «serpente» do Génesis simboliza os Espíritos Lucíferos pertencentes à onda de vida dos Anjos, do Período Lunar (anterior
ao  actual  Período  Terrestre),  e  eram  os  «atrasados»  dessa  onda  de  vida  Angélica.  Necessitavam  dum  cérebro  humano  para
aquisição de conhecimento, e penetraram na coluna espinal e no cérebro das mulheres, mais aptas a receber essa influência
devido à sua inata capacidade imaginativa (Heindel 1998, 283). Assim, os Lucíferos despertaram a consciência pictórica dos
seres humanos para o fogo serpentino da kundalini : foram os instigadores da actividade mental e do concomitante egoísmo, e
inculcaram  o  conhecimento  de  que  para  vencer  a  morte  bastaria  que  os  humanos  se  entregassem  à  actividade  sexual
desenfreada a fim de criar e multiplicar novos seres.

A «Queda» resultante deste facto, traduzida em dor e morte, terá de ser redimida com o sacrifício da natureza animal do ser
humano,  como  já  se  assinalou  mais  atrás;  o  respectivo  simbolismo  bíblico,  como  também  já  se  assinalou,  é  a  expiação
através  da  carne  queimada  pelo  fogo  e  pelo  sal  no  Altar  dos  Holocaustos.  Esta  «carne  queimada»,  segundo  Max  Heindel,  é
um símbolo espiritual da acção do fogo da consciência, que faz de nós um «sacrifício vivo» no altar do nosso Templo Interno,
o fogo da consciência desperta que nos aflige e queima ao adquirirmos a plena e sincera percepção dos nossos erros.

XVI – Acepção laica do «pecado original» (1)

Os  antropólogos,  os  sociólogos,  os  psicólogos,  os  historiadores  e  os  etnólogos  têm  examinado  e  estudado  sob  diversos
ângulos o facto de o mito do «pecado original» não ser exclusivo do Cristianismo, mas encontrar­se dissemimado através dos
tempos nas mais diferentes geografias e culturas.
Neste ponto, naturalmente, as posições dos estudiosos extremam­se: os mais radicais, como por exemplo os neo­darwinistas
ateus,  negam  pura  e  simplesmente  o  conceito,  como  por  exemplo  o  evolucionista  G.  Richard  Bozart:  «Qualquer  estudante
liceal  conhece  o  suficiente  sobre  a  evolução  para  saber  que  em  nenhuma  parte  da  teoria  evolucionária  das  nossas  origens
aparece um Adão ou uma Eva ou um Eden ou um fruto proibido. A evolução significa o desenvolvimento duma forma para a
seguinte, a fim de defrontar os desafios sempre em mudança duma natureza sempre em mudança, e poder vencê­los. Não há
nem houve nenhuma queda a partir dum estado prévio de sublime perfeição» (G. Richard Bozart, «The Meaning of Evolution»,
in American Atheist Magazine, September 1979, p. 30).

Curiosamente, o cristão heterodoxo Celestius, do século v, discípulo de Pelágio, assume pela primeira vez uma posição que
costuma ser invocada por modernos agnósticos para ridicularizar a ideia dum pecado original, posição essa que lhe valeu ser
excomungado nada menos de três vezes: uma pelo bispo Aurélio no Concílio de Cartago em 412, outra pelo papa Inocêncio I
em  417  e  uma  terceira  pelo  papa  Celestino  I  no  Concílio  de  Éfeso,  em  431.  Celestius  rejeitou  a  ideia  dum  pecado  original,
afirmando:  «Adão  teria  de  morrer,  em  qualquer  caso,  quer  tivesse  pecado  quer  não.  O  pecado  de  Adão  apenas  recaiu  sobre
ele, e não sobre toda a raça humana». Consequentemente, também rejeitou a remissão dos pecados pelo Baptismo.

XVII – Acepção laica do «pecado original» (2)

No entanto, como se disse há pouco, o mito de que um acontecimento terrível, antiquíssimo, se tornou fautor da infelicidade
humana, tem sido encontrado sob variadas formas em diversas mitologias e religiões. Um dos mais antigos desses mitos é o
do  divino  Zagreu,  filho  de  Zeus  e  de  Perséfone,  considerado  o  «primeiro  Diónysos».  Instigados  pela  deusa  Hera,  esposa  de
Zeus  e  ciumenta  de  Perséfone,  os  Titans  raptaram  o  divino  Zagreu,  que  se  metamorfoseara  em  touro  para  lhes  escapar,
despedaçaram­no e comeram­no, em parte cru, em parte cozinhado. Um mito semelhante foi encontrado no Egipto, na Fenícia
e na Frígia.

Os Mistérios Órficos ritualizaram este mito através duma dramatologia que incide na «culpa» e na «purificação», e respectivo
ciclo  de  reencarnações,  consequência  do  «pecado  original»  da  humanidade  descendente  dos  Titans,  assassinos  (e
devoradores) de Zagreu, ou do touro em que se transformara (Rego 1989, 45­46).

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
Aqui  associam­se  dois  «crimes»  primevos:  (1)  a  matança  de  um  deus  ancestral  e  (2)  o  início  da  alimentação  carnívora,
perpetrada duma forma dual: (1) canibalística (o deus é antropomorfo), e (2) utilizando a carne dum mamífero (bovino).

A análise duma situação arcaica deste tipo, e seus efeitos subsequentes, foi exposta pela primeira vez por Freud no seu livro
Totem e Tabu (1912), e desenvolvida por ele posteriormente (cf. Freud 1990, passim), bem como por outros investigadores da
mesma linha. Segundo Freud, o arcaico sistema patriarcal teve o seu fim durante uma rebelião dos filhos que se aliaram contra
o  pai,  simultaneamente  tirânico,  temido  e  venerado,  dominaram­no  e  devoraram­no.  A  partir  daí  a  família  organizou­se  de
acordo  com  o  sistema  matriarcal,  e,  em  lugar  do  pai,  foi  erigido  um  totem  com  a  figura  de  um  determinado  animal
representativo, considerado como antecessor colectivo e ao mesmo tempo como génio tutelar. Uma vez por ano a comunidade
masculina reunia­se num banquete e o animal representado no totem era despedaçado e comido em comum. Ninguém podia
abster­se  deste  banquete,  que  representava  a  repetição  solene  do  parricídio,  origem  dos  ulteriores  tabus  e  prescrições
religiosas  que  tinham  por  finalidade  redimir,  ou  pelo  menos  minorar,  as  consequências  nefastas  desse  acto.  Muitos  autores
admitem a correspondência entre o «banquete totémico» e a «comunhão cristã» (Freud 1990, 122­132 e 194­196).

XVIII – Acepção laica do «pecado original» (3)

Outros  autores,  embora  não  desprezando  o  significado  da  morte  do  pai,  elevado  à  dignidade  de  um  deus  e  criando  nos  seus
descendentes uma «crise neurótica» de culpa permanentemente redimida e reactivada, preferem considerar a tradição de um
início  histórico  em  que  o  ser  humano  começou  a  devorar  animais,  seus  semelhantes  na  escala  dos  seres  vivos.  Um  dos
primeiros  a  expor  esta  teoria  foi  o  investigador,  mitólogo  e  filósofo  da  história  comparada  das  religiões  José  Teixeira  Rego
(1881­1934), no seu livro Nova Teoria do Sacrifício (1918). Baseando­se em estudos já então disponíveis nos inícios do século
xx, Teixeira Rego refere: «A Pré­História dá­nos o homem caçador, pescador, ao passo que os antropóides são frugívoros, e,
factos  notáveis,  o  homem  conserva  o  aparelho  digestivo  dum  frugívoro,  nas  suas  tradições  refere­se  a  um  passado  de
frugívoro,  tem  uma  repugnância  instintiva  pela  carne  crua,  e,  finalmente,  grande  parte  das  suas  doenças  são  devidas  às
toxinas  dos  alimentos  animais.  Ainda  hoje,  apesar  das  inevitáveis  modificações  que  longos  séculos  de  omnivorismo
produziram,  existe  a  possibilidade  no  homem  duma  alimentação  exclusivmente  frugívora,  tantos  e  tantos  séculos  foram
frugívoros os nossos antepassados antropóides!» (Rego 1989, 26­27).

Descontemos  o  facto  de  no  tempo  de  Teixeira  Rego  se  utilizar  o  termo  «antropóide»  num  sentido  evolucionáro  que  hoje  não
tem,  embora  se  perceba  a  que  espécie  de  «pré­homem»  o  autor  se  quer  referir:  actualmente  a  ciência  admite  que  os
antropóides  e  o  ser  humano  tiveram  uma  remota  origem  comum  –  o  que  coincide  com  a  posição  defendida  no  Conceito
Rosacruz  do  Cosmos  por  Max  Heindel  –,  sendo  mais  correcto  afirmar­se  que  os  actuais  antropóides  descendem  duma
antiquíssima  linhagem  humana  degenerada.  Seja  como  for,  a  mudança  de  regime,  de  vegetariano  para  carnívoro,  acarretou
diversas  alterações,  como  a  necessidade  de  caçar  a  presa,  o  desenvolvimento  do  cérebro,  e  consequentes  rudimentos  de
civilização  mercê  do  aperfeiçoamento  mental,  com  os  correlativos  excessos  sexuais  e  quebra  da  natural  periodicidade  –  as
funções  sexuais  passaram  a  exercer­se  em  todo  o  tempo  –,  seguindo­se­lhes  a  fabricação  de  instrumentos  e  a  guerra  com
todos os seus horrores. Foi a origem do bem e do mal (Rego, ibid.).

Entre  as  modificações  causadas  pelo  uso  da  carne  como  novo  alimento,  ocorreram  algumas  referidas  em  vários  mitos:  a
queda do pêlo e as dificuldades e dores do parto, além da proliferação de enfermidades (Rego, ibid.). Teixeira Rego e outros
autores  opinam  portanto  que  a  «Queda»  se  deveu  à  introdução  do  alimento  animal,  derivando  dessa  causa  perturbadora  o
principal factor da infelicidade humana. O poema iniciático Metamorfoses, de Ovídio (43 a. C.­17 d. C.), refere esse factor nos
seguintes termos:

«Havia um homem [o Iniciado Pitágoras], nativo de Samos, que fugira de Samos e dos senhores da ilha por detestar a tirania,
preferindo viver voluntariamente no exílio. Com a sua mente espiritual aproximou­se dos deuses, embora muito distantes nas
regiões  do  céu,  e  percebeu  com  os  olhos  do  intelecto  o  que  a  natureza  negava  aos  olhares  do  homem  comum.  […]  Foi  o
primeiro a denunciar o costume de servir carne de animais à mesa, e também o primeiro a pronunciar, com a sua boca sábia,
estas palavras: “Abstende­vos, mortais, de contaminar os vossos corpos com alimentos ímpios! Tendes os cereais e as frutas
que inclinam os ramos com o seu peso, e os abundantes cachos de uvas nas vinhas, e as verduras saborosas, e nem o leite
nem  o  mel  perfumado  vos  estão  vedados.  A  terra  generosa  proporciona­vos  um  sem­fim  de  fecundos  alimentos  pacíficos,  e
oferece­vos banquetes sem necessidade de matança nem de sangue. Só os animais é que saciam a fome com carne, e nem
sequer todos. […] Ah, que grande crime é introduzir vísceras nas próprias vísceras, e engordar o corpo insaciável enchendo­o
com  outro  corpo,  e  que  um  ser  vivo  viva  da  morte  doutro  ser  vivo.  […]  Mas  um  primeiro  instigador  funesto,  não  sei  quem,
sentiu  inveja  da  comida  dos  leões  e  sepultou  no  seu  ventre  ávido  alimentos  corpóreos,  abrindo  o  caminho  para  o  crime”»
(Ovídio, Metamorfoses, livro XV).

É  interessante  verificar,  ao  mesmo  tempo,  em  variados  mitos  de  diversas  civilizações,  como  aparecem  interligados  o  factor
alimentar carnívoro e a desregração sexual: esse binómio que compõe o «pecado original» surge­nos por exemplo na epopeia
de Gilgamesh bem como noutros textos da literatura cuneiforme, além de, com mais ou menos variantes, em contos populares
do antigo Egipto, em lendas do México pré­colombiano, nas tradições maias­quichés, na Índia, na China, etc.

XIX – A carne e o vinho

De acordo com a Bíblia, a humanidade era vegetariana antes da expulsão do paraíso terrestre: «Eis que vos dou toda a erva
que dá sementes sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm semente; isto vos servirá de alimento» (Génesis 1,
29).

Ainda  segundo  a  Bíblia,  a  alimentação  carnívora  começou  depois  do  Dilúvio:  quando  Noé  e  sua  família,  e  todos  os  animais
que estavam na arca, aportaram a terra após a retirada das águas, Deus disse a Noé e aos seus flhos:

«Sede fecundos, multiplicai­vos e enchei a terra. Sede o terror e o medo de todos os animais na terra e de todas as aves nos
céus; e tudo o que se move na terra e de todo o peixe no mar; estão entregues nas vossas mãos. Tudo o que vive e se move
servirá para vosso alimento; dou­vos tudo isto, tal como vos dei a folhagem das plantas» (Génesis 9, 1­3).

Na sequência deste relato, surge­nos um bisneto de Noé, Nimrod, do qual se diz que «foi o primeiro homem possante sobre a
terra;  era  um  poderoso  caçador  aos  olhos  de  Jahvé,  daí  o  adágio:  “Como  Nimrod,  poderoso  caçador  aos  olhos  de  Jahvé”»
(Génesis 10, 8­9).

Max  Heindel  explica­nos  que  a  alimentação  carnívora  dos  seres  humanos  e  o  aparecimento  do  «caçador»  Nimrod  estão  mal
colocados na Bíblia (Heindel 1977, 22), e que a correcta sequência dos acontecimentos – em função das Épocas citadas no
cap. XV deste artigo – deverá ser a seguinte (Heindel 1985, 218­225):

– 1 Época Polar – Humanidade semelhante aos minerais – Figura simbólica: Adão, formado de «barro»;

–  2  Época  Hiperbórea  –  O  Corpo  Denso  da  humanidade  foi  revestido  com  o  Cospo  Etérico  ou  Vital,  e  os  seres  humanos
tornaram­se semelhantes às plantas – Figura simbólica: Caim, cultivador de cereais;

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–  3  Época  Lemúrica  –  O  Corpo  de  Desejos  foi  acrescentado  à  humanidade,  que  se  tornou  semelhante  ao  animal  –  Figura
simbólica: Abel, pastor que não matava os animais para deles se alimentar, mas que se utilizava do leite;

– 4 Época Atlante – A Mente foi acrescentada ao ser humano para que finalmente se estabelecesse o elo entre o Espírito e o
Corpo – Figura simbólica: Nimrod, «poderoso caçador», uma vez que se tornara necessário introduzir a carne na alimentação
humana: Nimrod simboliza os reis atlantes anteriores ao Dilúvio;

–  5  Época  Ariana  (actual)  –  Tempo  em  que  o  ser  humano  teve  de  atingir  o  ponto  mais  baixo  da  materialidade,  indispensável
para conquistar e dominar a matéria – Figura simbólica: Noé, que introduziu a cultura da vinha e o uso do vinho – Este novo
alimento,  juntamente  com  a  carne,  provocou  o  transitório  obscurecimento  das  verdades  espirituais,  permitindo  à  humanidade
alcançar o máximo da sua evolução material.

A  partir  de  uma  determinada  etapa  desta  5.ª  Época,  e  depois  de  ter  «batido  no  fundo»,  começará  para  o  ser  humano  a
evolução espiritual com a substituição do egoísmo pelo amor e pelo altruísmo, ao mesmo tempo que a carne e o vinho serão
abolidos da dieta alimentar por já terem cumprido a sua função, tornando­se altamente perniciosa e negativa, desse ponto em
diante, a insistência no seu uso.

XX – Voltando ao «sacrifício»…

Em  função  de  tudo  quanto  se  disse  até  agora,  que  significado  poderemos  atribuir  à  recaída  na  especial  forma  de  sacrifício
animal correspondente ao uso do pergaminho para a transmissão exotérica dos textos sagrados cristãos, entre os séculos iv e
xvi?

Lançando um olhar sobre a história da civilização ocidental, há a tendência para se considerar que o máximo da materialidade
foi  atingido  nos  séculos  xix  e  xx  com  o  racionalismo  materialista  e  historicista  de  Karl  Marx,  o  positivismo  comteano,  a
revolução industrial, o capitalismo liberal e neo­liberal, e revolução científica e tecnológica…

Mas há que distinguir entre o materialismo filosófico e o materialismo espiritual, pese embora a aparente contradição de termos
neste último caso. O primeiro é uma atitude do intelecto que afecta sobretudo o comportamento mundano, teórico­prático, do
ser  humano,  ao  passo  que  o  último  é  uma  atitude  que  rebaixa  ao  nível  da  carne  o  que  é  exclusivo  do  espírito  –  como  por
exemplo  dogmatizar  a  virgindade  carnal  da  Virgem  Mãe,  a  ressurreição  carnal  de  Cristo,  a  transubstanciação  em  carne  e
sangue autênticos, de Cristo, na hóstia consagrada, a ressurreição da carne no final dos tempos… É um retrocesso à memória
dos antigos tempos do canibalismo e dos sacrifícios sangrentos.

O materialismo filosófico que se desenvolveu nos séculos xix e xx e que, de certo modo, continuará por algum tempo, é como
um adubo fertilizador duma espiritualidade nova – aliás cada vez mais evidente e preponderante –, e mais apta a desvendar e
a  trazer  à  Luz  o  verdadeiro  Deus  Interno  de  cada  homem  e  de  cada  mulher,  uma  espiritualidade  mais  responsável,  mais
consciente e mais propícia a elevar as nossas almas até às luminosas «asas do Sol de Justeza».

Por  outro  lado,  na  chamada  «Idade  das  Trevas»  e  nos  séculos  que  se  lhe  seguiram  até  à  invenção  da  imprensa  –  que  fez
aumentar em flecha o uso do papel, abolindo por fim o uso do pergaminho –, o derramamento de sangue sacrificial de carneiros
e  bodes  para  que  nas  suas  peles  se  inscrevessem  textos  sagrados  correspondeu  a  uma  fase  de  obscurecimento,  ou  de
materialismo espiritual, em que a Igreja procurou, pela hipocatástase da carne, difundir o que não podia realizar pelo espírito tal
como se exemplificou atrás.

Parafraseando  Max  Heindel  bem  como  o  conhecido  passo  dos  Actos  dos  Apóstolos:  a  Igreja  desses  negros  tempos  já  não
podia dizer, como Pedro, «não possuo ouro nem prata», nem ao paralítico «levanta­te e caminha».

No  entanto,  esta  fase  transitória,  terrível,  de  retrocesso  simbólico  ao  «bode  expiatório»  (Levítico  16,  26)  que  era  enviado  ao
deserto, para a divindade maléfica Azazel, levando sobre si todos os pecados e iniquidades do povo[4], foi necessária a fim de
preparar e dar origem, por violenta reacção, ao surto científico e ao Iluminismo dos séculos xvii e xviii, indispensáveis – com
todos os seus perigos e riscos – para a conquista da matéria e renovada emergência do espírito. Estes perigos e riscos são
precisamente o fermento que fará com que os seres humanos possam enfim tomar plena consciência do que é ser senhor da
recta consciência (intelectual, moral e emocional), e ascender, pela liberdade do Espírito, à Nova Era de Luz que se avizinha.

XXI – Conclusão

Pode­se  ser  tentado  a  contra­argumentar  com  a  óbvia  constatação  de  que  o  máximo  de  materialismo  e  de  irreligiosidade,
atingidos  nos  séculos  xix  e  xx,  coincidiu  com  a  total  generalização  do  papel,  do  «casto»  reino  vegetal,  e  que  o  carniceiro
pergaminho já deixara de ser usado pelo menos há três ou quatro séculos.

Sem dúvida; no entanto, o tema deste artigo não tem a ver com os textos profanos, mas apenas, no caso que nos ocupa, com
a transmissão dos textos sagrados e, mais especificamente, com a transmissão do Novo Testamento – o grande pólo atractor
da Escritura Sagrada Cristã.

O  materialismo  positivista  e  neo­positivista  dos  séculos  xix  e  xx  é  uma  fase  de  «prova»  que  a  humanidade  profana  tem  de
atravessar  –  e  saber  vencer  –  a  fim  de  evoluir  espiritualmente.  Em  contrapartida,  foi  precisamente  nos  séculos  xix  e  xx,  de
triunfante «racionalidade instrumental», que a literatura esotérica se multiplicou de forma nunca vista – «racionalidade aberta»
–, tal como se multiplicaram as edições da Bíblia em papel e em traduções num número cada vez maior de línguas.

Este facto – tradução do especial texto sagrado que é a Bíblia em milhares de línguas – cria uma aura de entrelaçamento entre
as diversíssimas línguas sob a forma de um elo, ou de um «pensamento cordial comum»: o do Reino de Deus anunciado por
Cristo. Curioso e misterioso estratagema místico, que nos permite abrir as portas duma Nova Era vencedora da maldição de
Babel !

Esta proliferação de edições e traduções da Bíblia, nada casual, coincide com as novas hermenêuticas de carácter esotérico
que,  a  par  duma  Esoterologia  aprofundada,  obtiveram  finalmente  aceitação  académica  com  inclusão  nos  programas
curriculares de diversas e prestigiosas universidades.

Por fim, mas não por último, não deixemos de ponderar o facto assinalável de ser cada vez mais acentuada a tendência para a
alimentação  vegetariana,  sobretudo  entre  as  gerações  mais  jovens,  com  a  eliminação  gradual  do  consumo  de  carne.  Os
restaurantes vegetarianos proliferam, bem como os «pratos vegetarianos» em muitos restaurantes convencionais, além de que
proliferam igualmente as indústrias que produzem, manufacturam e transformam alimentos vegetarianos – sinal seguro de que
há cada vez mais procura por parte dos consumidores, ou seja: por parte do público em geral.

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19/05/2015 Busca Interior: Consciência vegetariana
O próximo passo a dar será a gradual abolição do álcool na alimentação – que também já começa a ser preterido, em não raros
casos, por certas camadas da juventude.

Acompanhemos pois, atentamente, as mudanças vindouras, que incidirão sem dúvida na forma como as Escrituras Sagradas
vão passar a ser comunicadas e transmitidas.
Gravadas  primeiramente  em  pedra  (mineral),  depois  em  papiro  (vegetal),  seguidamente  em  pergaminho  (animal  –  ponto  mais
baixo), a sua transmissão reascendeu ao vegetal (papel), e… o próximo passo será a reutilização do reino mineral (revolução já
em curso), através do silício dos computadores e dos CDs, ou, melhor ainda, das ondas etéricas da Internet e do ciberespaço
e do que vier a seguir…

Grandes transmutações se avizinham. Saibamos estar preparados, espiritualmente, para elas.

António de Macedo
Agosto de 2003 (Rosa Cruz)

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