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APOSTILA:
GESTÃO PÚBLICA E ORÇAMENTO
PROFA. DRA. MARIA DA GLÓRIA VITÓRIO

Profa. Dra. Maria da Glória Vitório Guimarães - Apostila 2018


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GESTÃO PÚBLICA E ORÇAMENTO

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

No Brasil a Administração Burocrática desenvolveu-se a partir de 1936, com a


reforma administrativa promovida por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes no governo
Vargas. Como base desta reforma, surgem elementos da burocracia descrita pelo sociólogo
Max Weber, baseada nos princípios da racionalidade, do mérito profissional, e na
impessoalidade das relações.
A administração pública burocrática foi adotada em substituição à administração
pública patrimonialista, que se desenvolveu nas monarquias absolutas e na qual o patrimônio
público e privado eram confundidos. Nesse tipo de administração, o Estado era entendido
como propriedade do Rei, existindo a interpermeabilidade dos patrimônios público e
privado.

Segundo Luis Carlos Bresser Pereira (1998, apud Encinas):

A característica que definia o governo nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas


era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos patrimônios público e privado.
‘Patrimonialismo’ significa a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o
patrimônio público e seus bens privados. A administração do Estado pré-capitalista era uma
administração patrimonialista.

Segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995, p.15) 1:

No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do


soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são
considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis. Em
consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No
momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a
sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a
administração patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável.

O termo patrimonialismo passou a ser usado para descrever o tipo de dominação


política em que não há distinção entre a esfera pública e a esfera privada. Os bens públicos,
do Estado, são usados para interesses pessoais. É típico das sociedades patriarcais, a
comunidade viver ao redor do senhor e servir a este em troca de proteção, este modelo esteve
presente nas monarquias europeias absolutistas.
Nesse período, havia a concepção que o patrimônio do Estado pertencia ao monarca.
O apogeu se deu na França, quando o rei Luís XIV sintetizou suas ideias absolutistas em
uma frase célebre: “L’État c’est moi” (o Estado sou eu).
Como características desse modelo, pode-se citar: a falta de uma esfera privada
contraposta à pública, a racionalidade subjetiva e casuística do sistema jurídico, a
irracionalidade do sistema fiscal, a não profissionalização e a tendência intrínseca à
corrupção do quadro administrativo. No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona
como uma extensão do poder do soberano, o qual utiliza os bens públicos da forma que achar
conveniente, particularmente em seu próprio benefício.
Os cargos públicos são usados como moeda de troca de favores e distribuídos
conforme os desejos do monarca. Há nítida confusão entre esses cargos e o grau de
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O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) é um documento do Governo FHC, lançado
em 1995, e que trazia a base da reforma gerencial que seria promovida.

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parentesco e afinidades entre participantes do governo. Além disso, nessa concepção o


cidadão não tem direitos, não recebe os serviços que lhe são devidos pelo poder público,
apenas recebem benesses. A cidadania é relegada em detrimento de favores pessoais. Por
isso o nepotismo, os interesses pessoais e o empreguismo, eram a norma vigente neste
período, Morin (2007) adverte, o delírio de poder, e a sede de poder suscita ambições
desmedidas. Entretanto, esse tipo de administração revelar-se-ia incompatível com o
capitalismo industrial e as democracias parlamentares que surgiram no século XIX. Sendo
essencial para o desenvolvimento do capitalismo a clara separação entre o Estado e o
Mercado, só podendo existir quando a sociedade civil, formada por cidadãos, distingue-se do
estado, ao mesmo tempo que o controla. Tornou-se assim necessário desenvolver um tipo de
administração que partisse não só da clara distinção entre o público e o privado, mas também
a separação entre o político e o administrador público. Surgiu então a administração
burocrática moderna racional e legal.
A administração pública burocrática clássica foi adotada porque era uma alternativa
muito superior à administração patrimonialista do Estado. Todavia, o pressuposto de
eficiência em que se baseava não se mostrou real. No momento em que o pequeno Estado
liberal do século XIX cedeu definitivamente lugar ao grande estado social e econômico do
século XX, verificou-se que ela não garantia nem rapidez, nem boa qualidade, nem custo
baixo para os serviços prestados ao público. Na verdade, a administração burocrática se
mostrou lenta, cara, auto-referida, um caso típico de baixíssima performance, ademais,
pouco ou nada orientada para o atendimento das demandas do cidadão e da sociedade.

Forte hierarquia baseada na autoridade


Lenta muitas normas e regulamentos
Caráter formal das comunicações
Falta de foco em resultados

Esse fato nada tinha de grave, enquanto prevaleceu um Estado pequeno cuja única
função era garantir a propriedade privada e os contratos. Nesse tipo de estado, o serviço
público mais importante era o da administração da justiça, que era realizado pelo Poder
Judiciário. O problema da eficiência não era, na verdade, essencial. No momento, em que o
Estado se converteu no grande Estado social e econômico do século XX, assumindo um
número crescente de serviços sociais, educação, saúde, cultura, previdência e assistência
social entre outras atribuições, nesse momento, o problema da eficiência tornou-se essencial.
Por outro lado, a expansão do Estado respondia não só às pressões da sociedade, mas
também ás estratégias de crescimento da própria burocracia. A necessidade de uma
administração pública gerencial, portanto, não decorre apenas de problemas de crescimento,
e das decorrentes diferenciações de estruturas e complexidade crescente da pauta de
problemas a serem enfrentadas, mas também da legitimação da burocracia perante as
demandas da cidadania.
Após a II guerra mundial houve uma reafirmação dos valores burocráticos, mas, ao
mesmo tempo, a influência da administração de empresas começou a se fazer sentir na
administração pública. As ideias de descentralização, flexibilização administrativa e
melhoria da performance ganharam espaço em todos os governos. Todavia, a reforma da
administração pública só ganharia força a partir dos anos 70, quando teve início a crise do
Estado, que levaria à crise também da sua burocracia. Em consequência, nos anos 80 iniciou-
se uma revolução na administração pública em direção a uma administração pública
gerencial, por conseguinte a III reforma do Estado se tornou tema central nos anos 90 e em
1995, teve-se a Reforma Administrativa Gerencial que foi implementada através Ministério
da Administração e Reforma do Estado (MARE).

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O objetivo geral da III reforma administrativa se concentrou em transitar de uma


administração pública burocrática para a gerencial, a partir do redirecionamento dos
paradigmas da gestão burocrática. Essa mudança, porem não poderia ser realizada de um dia
para o outro. Nem deveria ocorrer com a mesma intensidade nos diversos setores. Na
verdade a administração pública gerencial deve ser construída sobre a administração pública
burocrática. Deve-se aproveitar suas conquistas, seus aspectos positivos, ao mesmo tempo
que elimina-se o que já não serve, ou encontra-se ultrapassado.
Enquanto a administração pública burocrática é auto-referente (concentra-se em suas
próprias necessidades e perspectivas), a administração pública gerencial é orientada para o
cidadão e para obtenção de resultados; pressupõe que os políticos e os funcionários públicos
são merecedores de um grau limitado de confiança; como estratégia, serve-se da
descentralização e do incentivo a criatividade e a inovação; e utiliza o contrato de gestão
como instrumento de controle dos gastos públicos e downsizing.
Esse novo conjunto de ideias é legitimado com a EC 19/1998 que dá início à
chamada reforma da Administração Pública no Brasil. Dentre as principais alterações, pode-
se citar as seguintes:

a) Flexibilização das relações jurídico-funcionais entre a Administração e seus agentes


públicos: abolição da exigência de regime jurídico único, flexibilização da estabilidade
dos servidores estatutários, redução de direitos e vantagens legais dos servidores
públicos etc.;
b) Possibilidade de ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos da Administração Direta, mediante a celebração de contratos de gestão;
c) Previsão de ampliação da autonomia administrativa de autarquias e fundações públicas,
que podem ser qualificadas como agência executiva mediante celebração de contrato de
gestão [...];
d) Parcerias com pessoas jurídicas privadas, sem fins lucrativos, não integrantes da
Administração, para a prestação de serviços de utilidade pública [...] e fiscalização do
Estado;
e) Previsão de um estatuto próprio para as empresas públicas e sociedades de economia
mista exploradoras de atividade econômica;
f) Alteração na forma de criação das entidades da Administração Indireta [...];
g) Reestruturação de algumas carreiras entendidas como típicas de Estado e instituição de
remuneração por subsídio, em parceira única;
h) Acréscimo, ao caput do art.37 da Constituição, do princípio da eficiência.

Em suma afirma Jund (2006), o Brasil passou por três reformas administrativas, tais
reformas caracterizaram as chamadas formas de Administração Pública, classificadas em:
patrimonialista, burocrática e gerencial.

1 - ORÇAMENTO

Desde a formação do instrumento Orçamento Público com a Carta Magna da Grã


Bretanha, até os dias de hoje foram desenvolvidas muitas técnicas orçamentárias, fazendo
frente às exigências e necessidades dos novos arranjos entre o Estado e a sociedade. No
decorrer da História do Brasil, verifica-se que os instrumentos de planejamento e orçamento
assumiram diferentes funções no âmbito da Administração Pública a fim de servir aos
processos das reformas e necessidades da sociedade. De simples instrumento de anotações
de receitas e gastos do Governo à parte integrante de um processo de planejamento.
Entretanto, observa-se, ainda hoje, na prática, que muitos são os que persistem em atribuir

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ao processo orçamentário, funções meramente burocráticas, que priorizam a forma em


detrimento do conteúdo.
É fato que, ao se elaborar um orçamento, se está confeccionando um produto
material, um documento que, posteriormente, assumirá a forma de lei. O mais importante, no
entanto, é que tal documento estabeleça políticas, ações e meios para concretizá-las que
reflitam as necessidades e os anseios da população, ou seja, se traduza em atividades efetivas
nas áreas de saúde, educação, saneamento básico, segurança, entre outras.
Todo ano as três esferas governamentais encaminham ao Poder Legislativo, a seu
projeto de orçamento, onde espera-se que as ações tenham sido definidas, de preferência,
com participação da sociedade e a conduza a estágios mais avançados de desenvolvimento,
qualidade de vida, equidade e bem-estar social.
Deste modo, o que deve ser enfatizado no processo de elaboração do orçamento não
são apenas os textos, as classificações ou as demonstrações que o integram, mas sim, as
intenções do Governo e os meios para executá-las, junto à comunidade, assegurando que o
planejado e o orçado se concretizem e que o orçamento deixe de ser encarado como ‘peça de
ficção’, devido à sua pouca observância em décadas anteriores.
Alguns dos leitores desse texto devem lembrar de uma expressão muito comum
utilizada na mídia e nas conversas dos curiosos sobre o tema: ‘O orçamento público é uma
peça de ficção’. Em boa medida essa afirmativa foi verdadeira no passado recente no Brasil.
Nos anos 80 e início dos anos 90, passamos por um período de inflação crônica e
crescente. O leitor deve estar perguntando qual a relação disso com a frase acima.
Nesses anos, a previsão orçamentária da receita e da despesa, mostrava-se na
execução financeira completamente diferentes, do planejado a nível do orçamento.
Essa distorção fazia com que as alterações orçamentárias fossem enormes. Em
decorrência houve uma desmoralização da peça orçamentária por completo, tanto pelo lado
das receitas como pelas despesas. Nesse período, o Orçamento acabou se configurando
como um instrumento de gestão formal, não levado á sério. O que valia era a ‘luta’ por
recursos durante a execução.
Com a estabilização da inflação no inicio dos anos 90, as estimativas das receitas se
aproximaram significativamente da realidade da arrecadação. Em consequência, as despesas
fixadas tendem a não se depreciarem no decorrer do ano. O orçamento pode então ser um
instrumento efetivo de gestão pública, como de fato o é nas economias desenvolvidas.
O planejamento é uma função gerencial administrativa estratégica que integra um
conjunto de mecanismos. Tal função tem por finalidade racionalizar as decisões dos
administradores, tanto no que diz respeito à fixação de objetivos para uma entidade, quanto à
forma de atingi-los.

1.1 – CONCEITO

O Orçamento é um processo de planejamento contínuo e dinâmico que o Estado se


utiliza para demonstrar seus planos e programas de trabalho, para determinado período. O
Orçamento abrange a manutenção das atividades do Estado, o planejamento e a execução
dos projetos estabelecidos nos planos e programas de Governo.
Podemos ainda dizer que o Orçamento é o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e
autoriza o Poder Executivo, por certo período em seu menor nível, as despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral
do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. (Instrumento de
viabilização do Plano).
Ao tomar parte na condução das atividades econômicas, o Governo executa as
funções econômicas que o estado precisa exercer. Didaticamente, podemos dividir essas
funções em três: a função alocativa, a função distributiva e a função estabilizadora.

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a) Assegurar o ajustamento necessário na apropriação de recursos na economia, visando a


correção de imperfeições inerentes à própria lógica do mercado - (função alocativa)
• Investimentos na infra-estrutura econômica – transportes, energia, comunicação,
armazenamento. São indutores do desenvolvimento regional e nacional.

b) Promover ajustamentos na distribuição de renda. Ajustar os direcionamentos, a fim de


nivelar a distribuição de renda e evitar as concentrações excessivas – (função distributiva)
• Diz respeito ao ajustamento da distribuição da renda das pessoas e empresas, para
assegurar uma situação considerada socialmente justa. Esta função tem importância
fundamental para o crescimento equilibrado do país. Por intermédio dela, o Governo
deve combater os desequilíbrios regionais e sociais, promovendo o desenvolvimento
das regiões e classes menos favorecidas.

c) Manter a estabilidade econômica (função estabilizadora)


• Por fim, a função estabilizadora está relacionada às escolhas orçamentárias na busca
do pleno emprego dos recursos econômicos; da estabilidade de preços; do equilíbrio
da balança de pagamentos e das taxas de câmbio, tudo isso visando o crescimento
econômico sustentável.

2- EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO

2.1 - ORÇAMENTO CLÁSSICO OU TRADICIONAL

Antes do advento da Lei 4.320, de 17.03.64, (esta Lei estatui normas, gerais de
Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, Estados
e Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º. inciso XV, alínea b,
da Constituição Federal), o orçamento utilizado pelo Governo Federal era o orçamento
tradicional, embora o Estado de São Paulo já fizesse uso de outras técnicas orçamentárias
mais avançadas desde 1959. O orçamento clássico se caracterizava por ser um documento de
previsão de receitas e de autorização de despesas, estas classificadas segundo o objeto de
gasto e distribuídas pelos diversos órgãos, para o período de um ano. Em sua elaboração não
se cogitava, primordialmente, atender às reais necessidades da coletividade e da
administração, tampouco se considerava os objetivos econômicos e sociais.
A maior deficiência do orçamento tradicional consistia no fato de que ele não
privilegiava um programa de trabalho e um conjunto de objetivos a atingir. Assim, dotava
um órgão qualquer com os recursos suficientes para pagar pessoal e compra de material de
consumo e permanente para o exercício financeiro. Os órgãos eram contemplados no
orçamento de acordo com o que gastavam no exercício anterior e não em função do que se
pretendia realizar. (O processo orçamentário era dissociado dos processos de planejamento e
programação)

2.2 - ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU DE REALIZAÇÕES.

A evolução do orçamento clássico acarretou em um novo enfoque. O orçamento


tradicional evoluiu para o orçamento de desempenho ou de realizações, onde se buscava
saber ‘as coisas que o governo faz e não as coisas que o governo compra’. Assim, saber o
que a Administração Pública compra tornou-se menos relevante do que saber para que se
destina a referida aquisição.

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Apesar de ter sido um passo importante em direção à racionalidade orçamentária,


entende-se que o orçamento de desempenho, não poderia, ainda, ser considerado um
orçamento-programa, visto que lhe faltava uma característica essencial, a vinculação ao
Sistema de Planejamento das ações do governo.

2.3 – ORÇAMENTO – PROGRAMA

A adoção do orçamento-programa na esfera federal, foi efetivada em 1964, a partir


da edição da Lei n. 4.320 e do Decreto-Lei nº. 200, de 23.02.67. A primeira Lei
Orçamentária da União a se apresentar sob a forma programada foi a de 1967. Orçamento-
programa - em cada ano será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa
do programa Plurianual a ser realizado no exercício seguinte e que servirá de roteiro à
execução coordenada do programa anual.
O orçamento-programa está intimamente ligado ao sistema de planejamento e aos
objetivos que o Governo pretende alcançar, durante um período determinado de tempo.
O orçamento-programa pode ser definido como sendo “um plano de trabalho
expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários à
sua execução’’. Como se observa, o orçamento-programa não é apenas um documento
financeiro, mas principalmente, um instrumento de operacionalização das ações do governo,
viabilizando seus projetos/atividades em consonância com os planos e diretrizes
estabelecidos, oferecendo destaque às seguintes vantagens:

a) melhor planejamento de trabalho;


b) maior precisão na elaboração dos orçamentos;
c) melhor determinação das responsabilidades;
d) maior oportunidade para redução dos custos;
e) maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo
e da população em geral;
f) facilidade para identificação de duplicação de funções;
g) melhor controle da execução do programa;
h) identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos
absolutos e relativos;
i) apresentação dos objetivos e dos recursos da instituição e do inter-relacionamento
entre custos e programas; e
j) ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta.

Identificam-se, na elaboração de um orçamento-programa algumas fases ou etapas


bastante nítidas e necessárias. Entre elas distinguem-se:

• determinação da situação - identificação dos problemas existentes; Qual é a situação atual;

• diagnóstico da situação – identificação das causas que concorrem para o aparecimento dos
problemas; o que ocasiona o problema;

• apresentação das soluções – identificação das alternativas viáveis para solucionar o


problema;

• estabelecimento das prioridades - ordenamento das soluções encontradas;

• definição dos objetivos – estabelecimento do que se pretende fazer e o que se conseguirá


com isso (para quê);

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• determinação das atividades ou tarefas - identificação das ações necessárias para atingir os
objetivos;

• determinação dos recursos - definição dos meios disponíveis (recursos humanos, materiais,
técnicos, institucionais e serviços de terceiros necessários); e

• determinação dos meios financeiros - expressão monetária dos recursos alocados, ou seja, o
custo financeiro para utilizar os recursos que necessitam ser mobilizados.

2.4. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

O orçamento participativo é uma técnica que possibilita uma participação direta e


efetiva da população na elaboração da proposta orçamentária do governo. Esse tipo de
orçamento é adotado por decisão do governo, no qual a sociedade civil é consultada quando
da definição de metas e programas prioritários. Dessa forma, representa um progresso na
busca da democratização da gestão pública.
Ressalta-se que essa técnica vem apresentando resultados positivos, sobretudo no
âmbito da esfera municipal, e caracteriza-se como um estímulo ao exercício da cidadania e à
co-responsabilização entre governo e sociedade sobre a gestão da coisa pública.
Contudo, cabe frisar que o chefe do Poder Executivo não é obrigado a seguir estrita-
mente as sugestões colhidas junto à população, uma vez que no Brasil temos um modelo
orçamentário autorizativo e não impositivo, no qual o governo seria obrigado a executar de
forma integral a peça orçamentária.

Tabela-resumo de Técnicas e Práticas Orçamentárias

A tabela abaixo objetiva dar uma visão agregada das técnicas orçamentárias vistas
até aqui, bem como contempla outras práticas de elaboração orçamentária.

Denominação Características Observações


Orçamento Tradicional Processo orçamentário em que é explicitado Apresenta valores para as despesas com
apenas o objeto de gasto. pessoal, material, serviços etc., sem
relacionar os gastos a nenhuma finalidade
(programa ou ação). Também é
conhecido como Orçamento Clássico.
Orçamento de Processo orçamentário que apresenta duas Também conhecido como orçamento
Desempenho dimensões do orçamento: funcional.
a) objeto de gasto;
b) um programa de trabalho, contendo as
ações desenvolvidas.
Enfatiza o desempenho organizacional.
Orçamento-Programa Orçamento que expressa, financeira e Originalmente, integrava o Sistema de
fisicamente, os programas de trabalho de Planejamento, Programação e
governo, possibilitando: Orçamentação introduzido nos Estados
a) a integração do planejamento com o Unidos, no final da década de 1950, sob a
orçamento; denominação PPBS (Planning
b) a quantificação de objetivos e a fixação de Programming Budgeting System).
metas;
c) as relações insumo-produto;
d) as alternativas programáticas;
e) o acompanhamento físico-financeiro;
f) a avaliação de resultados;
g) a gerência por objetivos.

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Orçamento Processo orçamentário que contempla a Necessidade de um maior


Participativo população no processo decisório, por meio de discricionariedade do governo na
lideranças ou audiências públicas, alocação dos gastos, a fim de que possa
a) existência de uma co-participação do atender os anseios da Sociedade.
Executivo e Legislativo na elaboração dos Requer alto grau de mobilização social.
orçamentos, Deve haver disposição do poder público
b) transparência dos critérios e informações em descentralizar e repartir o poder.
que nortearão a tomada de decisões.
c) audiências públicas
Orçamento Base-Zero Processo orçamentário que se apoia na Abordagem orçamentária desenvolvida
necessidade de justificativa de todos os nos Estados Unidos, pela Texas
programas cada vez que se inicia um novo Instruments Inc., durante o ano de 1969.
ciclo orçamentário. Foi adotada pelo Estado da Geórgia
a) analisa, revê e avalia todas as despesas (governo Jimmy Carter), com vistas ao
propostas e não apenas as das solicitações que ano fiscal de 1973.
ultrapassam o nível de gasto já existente.
Orçamento Orçamento elaborado através de ajustes Repetição do orçamento anterior
Incremental (ou marginais nos seus itens de receita e despesa. acrescido da variação de preços ocorrida
inercial) no período.
Orçamento Critério de alocação de recursos através do Esse percentual único serve de base para
Com Teto Fixo estabelecimento de um quantitativo financeiro que os órgãos/unidades elaborem suas
fixo (teto), obtido mediante a aplicação de um propostas orçamentárias parciais.
percentual único sobre as despesas realizadas
em determinado período.

3 - PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

O Orçamento Público surgiu para atuar como instrumento de controle das atividades
financeiras do Governo. Entretanto, para a real eficácia desse controle, faz-se mister que a
constituição orgânica do orçamento se vincule a determinadas regras ou princípios jurídicos
que constituem o mandamento nuclear de um sistema, o alicerce.
Os doutrinadores divergem na fixação dos princípios orçamentários, surgindo várias
definições. Destacaremos apenas, os princípios mais importantes, defendidos pela corrente
doutrinária dos tratadistas (pessoa que escreve tratado) que são: UNIDADE,
UNIVERSALIDADE, ANUALIDADE, EQUILÍBRIO, EXCLUSIVIDADE,
ESPECIFICAÇÃO, PUBLICIDADE.

3.1 - UNIDADE – Compreende a existência de uma única lei orçamentária para cada
ente federativo, reunião de todas as receitas e despesas da gestão econômica do Governo em
um único documento. A finalidade é evitar os orçamentos paralelos.

3.2 - UNIVERSALIDADE – Estabelece que o orçamento deve conter todas as


receitas e as despesas referentes aos Poderes da União, seus Fundos, Órgãos e Entidades da
Administração Direta e Indireta, inclusive as Fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público ( parágrafo 5 º do artigo 165 da Constituição Federal).

3.3 - ANUALIDADE - é o princípio que estabelece a periodicidade orçamentária,


ou seja, a autorização para a arrecadação da receita e sua aplicação na despesa deve
corresponder a um período anual. Ao período de vigência do orçamento denomina-se
exercício financeiro. No Brasil, de acordo com o art. n°. 34 da Lei n°. 4.320, o exercício
financeiro coincide com o ano civil: 1º de janeiro a 31 de dezembro (Art. 34, da Lei
4.320/64). Segundo este princípio não se pode executar despesa de um exercício futuro ou
passado com as dotações do orçamento do exercício corrente.

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3.4 - EQUILÍBRIO – Prevê a igualdade entre a previsão da receita e a fixação da


despesa, em cada exercício financeiro. O equilíbrio orçamentário deve ser visto como um
instrumento necessário ao desenvolvimento da nação.

3.5 – EXCLUSIVIDADE – O orçamento deve conter apenas matéria orçamentária e


não cuidar de assuntos estranhos, o que, aliás, está previsto no Art. 165 da Constituição
Federal. A Lei Orçamentária Anual não conterá matéria estranha à previsão da receita e à
fixação da despesa.

3.6 – ESPECIFICAÇÃO – este princípio tem por escopo vedar as autorizações


globais, ou seja, as despesas devem ser classificadas com um nível de desagregação
(fragmentação) tal que facilite a analise por parte das pessoas. De acordo com o Art. 15 da
Lei nº. 4.320 de 17.03.64, a discriminação da despesa na Lei Orçamentária Anual (Lei-de-
Meios) far-se-á, no mínimo por elementos de despesa (pessoal, material, serviços, obras, e
outros).

3.7 – PUBLICIDADE – define esse princípio que o conteúdo orçamentário deve ser
divulgado (publicado) através de veículos oficiais de comunicação/divulgação para
conhecimento público e para a eficácia de sua validade que é o principio exigido para todos
os atos oficiais do governo. No caso especifico a publicação deve ser feita no Diário Oficial
da União.

3.8 – LEGALIDADE - Estabelece que a elaboração do orçamento deve observar as


limitações legais em relação aos gastos e às receitas e, em especial, ao que se segue quanto
às vedações impostas pela Constituição Federal à União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

3.9 – PRINCÍPIO DA CLAREZA – o orçamento deve ser claro e de fácil


compreensão a qualquer indivíduo.

3.10 – PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE – os dados apresentados devem ser


homogêneos nos exercícios financeiros, no que se refere à classificação e demais aspectos
envolvidos na metodologia de elaboração do orçamento, permitindo comparações ao longo
do tempo.

3.11.- PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO – é preferível que a execução das


ações ocorra no nível mais próximo de seus beneficiários. Com essa prática, a cobrança dos
resultados tende a ser favorecida, dada a proximidade entre o cidadão, beneficiário da ação e
a unidade administrativa que a executa.

3.12 – PRINCÍPIO DA RESPONSABILIZAÇÃO – os gerentes/administradores


devem assumir, de forma personalizada a responsabilidade pelo desenvolvimento de um
programa, buscando a solução ou o encaminhamento de um problema.

4 - PLANO PLURIANUAL

A constituição Federal de 1988 delineou o modelo atual de ciclo orçamentário,


instituindo três leis cuja iniciativa é prerrogativa do Poder executivo: PPA, LDO, LOA.
O plano plurianual consiste em planejamento estratégico de médio prazo, que contém
os programas que o governo pretende realizar, ordenando as suas ações e visando à
consecução de objetivos e metas a serem atingidos nos quatro anos de mandato.

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O prazo para o envio do projeto de lei do Plano Plurianual ao Poder Legislativo é de


quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial, ou seja, até o dia 31 de agosto. Ao nível da esfera Municipal acompanha a data
da esfera Federal. A esfera Estadual estabelece que o PPA deverá ser encaminhado até três
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato do governador,
muito embora, deve ser observado que estas datas referem-se apenas ao município de
Manaus e ao Estado do Amazonas, uma vez que, depende de Lei especifica.

• Organizar em programas - segundo o melhor equilíbrio entre custo, qualidade e


prazo – todas as ações do governo que resultem em bens ou serviços para
atendimento de demandas da sociedade;
• Assegurar que os programas estejam alinhados com a Orientação Estratégica do
Governo e compatíveis com a previsão de disponibilidade de recursos;
• Proporcionar a alocação de recursos nos orçamentos anuais de modo compatível
com os objetivos e diretrizes estabelecidos no Plano (inicial) e com o
desempenho obtido na execução dos programas já existentes;
• Melhorar o desempenho gerencial da administração pública, tendo como
elemento básico a definição de responsabilidade por custos e resultados;
• Estimular as parcerias internas ao Governo (órgãos) e externas – a fim de
diversificar as fontes de recursos necessários aos programas, bem como para
ampliar seus resultados;
• Permitir a avaliação, pelos gerentes, do desempenho dos programas em relação
aos objetivos e metas especificados no Plano;
• Criar condições para a melhoria contínua e mensurável da qualidade e
produtividade dos bens e serviços públicos;
• Oferecer elementos para que as ações de controle interno e externo posam efetuar
as análises e acompanhamentos;
• Dar maior transparência à aplicação de recursos públicos e aos resultados
obtidos.

4.1 ETAPAS DO PLANO PLURIANUAL

Os trabalhos relacionados ao Plano Plurianual compreendem as etapas de preparação,


elaboração, aprovação, implantação, execução e avaliação.

5 - A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS -LDO

Compreende as metas e prioridades da Administração Pública Federal, Estadual e


Municipal, prioriza as metas do PPA é elaborada pelo Poder Executivo, sob a direção do
órgão de planejamento e coordenação da Fazenda Pública, precisa ser encaminhado ao
Legislativo até o dia 15 de abril de cada ano, devendo ser apreciada até 30 de junho de cada
exercício pelo congresso nacional, devendo:

• orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual LOA;


• dispor sobre alterações na legislação tributária;
• estabelecer políticas de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento;
• LDO – Estado do Amazonas – 30 de maio;
• LDO – Município de Manaus – 15 de abril.

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6 – A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA

Estima a receita e fixa a despesa para o exercício, é elaborada pelo Poder Executivo
com a participação dos ministérios e das unidades orçamentárias dos poderes legislativo e
judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o projeto de
lei do orçamento ao poder legislativo até o dia 31 de agosto de cada ano, compreendendo:

• orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e


entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

• orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

• o orçamento da seguridade social, destinado a área de saúde e previdência,


abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público;

• LOA – Estado do Amazonas – 31 de outubro;

• LOA – Município de Manaus – 31 de outubro.

7 – TIPOS DE ORÇAMENTO – ESFERA ORÇAMENTÁRIA

7.1. – ORÇAMENTO FISCAL: (código 10)

Compreende os Poderes da União, seus fundos, órgãos, e entidades da Administração


direta e indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas pela União. De acordo com o
disposto no parágrafo quinto do artigo 165, da Constituição Federal e refinanciamento da
dívida externa. Sendo este o principal orçamento das esferas governamentais.

7.2. – ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL: (código 20)

Compreende todos os órgãos e entidades que executam ações nas áreas de saúde,
previdência e assistência social, quer sejam da administração direta ou da indireta, bem
como seus fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder Público; compreende, ainda
os demais subprojetos ou subatividades, não integrantes do programa de Trabalho dos
órgãos e entidades acima relacionadas, que também se envolvam com as referidas ações,
tendo em vista o disposto no art. 194 da Constituição Federal;

7.3. – ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS ESTATAIS:


(código 30)

Previsto no art. 165 $ 5º, inciso II da Constituição Federal, é composto pelas


empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.

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8 - CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Pretende-se analisar nesta unidade os sistemas de classificação orçamentária


utilizados no Brasil, bem como expor algumas ideias subjacentes à sua criação.

A evolução do orçamento clássico para o orçamento-programa, foi acompanhado por


um processo de aperfeiçoamento do sistema de classificação orçamentária. Poder-se-ia
afirmar, inclusive, que a primeira exigência para a implantação do orçamento-programa é a
existência de um sistema de classificação orçamentária funcional.

8.1. – IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DE UM SISTEMA DE


CLASSIFICAÇÃO

Um dos principais objetivos de um sistema de classificação orçamentária, nos dias


atuais, é o de possibilitar a análise e a avaliação, do ônus e benefícios dos programas de
governo, bem como de estudar o impacto dos gastos públicos na economia. Pressupõe-se
que, nos regimes democráticos, o povo tem direito de saber o que fazem seus mandatários;
porque o fazem e que ônus e benefícios decorrerão dos atos de Governo.

O estabelecimento de classificações orçamentárias é uma das medidas mais


importantes, é a chave estrutural para a organização consciente e racional do orçamento
público. Essa importância decorre da estrutura de classificação constituir o marco para
adoção de decisões em todo o processo orçamentário.

As classificações utilizadas devem, pois, facilitar a formulação do orçamento em


consonância com os objetivos das políticas; refletir com precisão o que o governo se propõe
a fazer com os recursos disponíveis; e proporcionar uma estrutura de controle administrativo
que permita determinar o que foi concluído em relação ao orçamento aprovado pelo
congresso. A estrutura de classificação deve servir com igual eficácia a esses diversos
propósitos daí se segue que a mesma classificação deve ser usada para se formular,
apresentar, executar e controlar o orçamento.

Hoje há a necessidade de recuperação das informações orçamentárias e financeiras


em tempo real, fazendo com que às classificações fossem associadas a um código que
exprimisse em poucas letras, símbolos ou números, as ideias que se pretende obter.

Dentro dessa visão podemos então dizer que são seis os objetos fundamentais de um
sistema de classificação:

• facilitar a análise dos efeitos econômicos e sociais das atividades governamentais;

• aceitar a formulação dos programas que o governo elabora para cumprir suas
funções;

• contribuir para uma efetiva execução do orçamento;

• facilitar a contabilidade fiscal;

• Possibilitar a análise dos efeitos econômicos; e

• Determinar a fixação de responsabilidades.

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Um sistema de classificação orçamentária adequado deve, ainda, ser um instrumento


de planejamento, tomada de decisões, comunicação e controle.

PLANEJAMENTO - É necessário o conhecimento da estrutura de funcionamento e


inter-relação dos vários setores da economia e do papel do Governo nas mesmas. É crucial,
também, em face do planejamento administrativo, conhecer a utilização mais eficiente e
econômica do pessoal, instalação, equipamentos, a fim de realizar os objetivos
consubstanciados nos programas de trabalho.

TOMADA DE DECISÃO - A classificação pode também auxiliar o administrador


público no processo decisório, possibilitando, por exemplo, avaliar o impacto do governo no
consumo ou na formação de capital, os custos das diversas funções dos poderes públicos.

COMUNICAÇÃO - A classificação permite ver claramente como serão feitos os


gastos; quantos reais serão destinados à agricultura, educação, segurança, e outros, quantos
recursos serão gastos com pessoal, material, equipamentos, instalações.

CONTROLE - Entre os principais tipos de controle podemos destacar o


CONTROLE POLÍTICO-JURÍDICO, que permite o conhecimento de como serão ou
foram aplicados pelo Executivo os recursos aprovados pelo Legislativo; CONTROLE
FINANCEIRO- CONTÁBIL, realizado através dos Balanços da União; e o CONTROLE
ADMINISTRATIVO que visa ao acompanhamento da execução dos programas de trabalho
em suas várias etapas.

8.2 - CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Diversas são as formas de classificação das despesas públicas. Neste documento


estão analisados, apenas, as classificações adotadas no orçamento público brasileiro.

8.2.1 – CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL OU POR ÓRGÃO.

O objetivo desta classificação é demonstrar quanto cada órgão ou unidade


organizacional está autorizado a gastar num determinado exercício.
A classificação por instituição ou organizacional apresenta a vantagem de permitir
uma comparação imediata, em termos de dotações recebidas, entre os diversos órgãos.
Na prática orçamentária brasileira utiliza-se um campo de cinco dígitos para
identificar essa classificação. Os dois primeiros algarismos são reservados para identificar o
órgão, ou seja, qualquer instituição que integra a estrutura administrativa dos três poderes da
União; os três últimos identificam as unidades orçamentárias.
O primeiro dígito designa o poder (0 = poder legislativo; 1 = poder judiciário, 2,3,4 e
5 = poder executivo; encargos 7, fundos de reservas = 9). Em associação com o primeiro, o
segundo dígito evidencia o Órgão em questão/análise. No orçamento da União, está
convencionado que o primeiro dos três últimos dígitos da classificação institucional designa
a natureza da Unidade Orçamentária. Isto é, se for 1, significa que a administração é direta,
se for 2 ou 3, significa que a administração é indireta e se for 9, então trata-se de um fundo.
No Estado do Amazonas os 1° e 2° identificam o órgão, o 3° digito ‘1’ – Adm.
Direta; ‘2’ – Administração Indireta (autarquia); ‘3’ Administração Indireta (fundações); ‘5’
Administração Indireta (empresas); ‘7’ Administração Indireta (fundos) o 4 e 5 dígito
identifica a unidade orçamentária.

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Exemplo

26 270

Ministério da Educação

Fundação Universidade do Amazonas

ÓRGÃO - É o nível institucional que, a título de subordinação ou supervisão, agrega


determinadas UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS e ADMINISTRATIVAS.

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA - É o agrupamento de serviços subordinados ao


mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.

UNIDADE ADMINISTRATIVA - É o nível institucional que, por não possuir


autonomia orçamentária, depende de uma unidade orçamentária para obtenção e aplicação
de recursos.

8.2.2 – CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL:

A classificação funcional, composta de um rol de funções e subfunções pré-fixadas,


servirá como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental, nas três
esferas. Trata-se de uma classificação INDEPENDENTE dos programas.
Por ser de aplicação comum e obrigatória no âmbito dos Municípios, dos Estados e
da União, a classificação funcional permitirá a consolidação nacional dos gastos do setor
público.
Com esta finalidade, o rol de funções e subfunções, antes de ser oficializado pela
Portaria nº. 42, foi submetido à crítica das instituições setoriais diretamente relacionadas às
áreas do governo e, também das entidades de pesquisa que se utilizam das informações
sobre gastos públicos no cumprimento de suas missões institucionais. A classificação
funcional compreende 28 funções e 109 subfunções.
A Portaria Nº 42, de 14/4/99, “atualiza a discriminação da despesa por funções de
que tratam o inciso I do § 1º do Art. 2º e §2º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de
1964, estabelece os conceitos de Função, Subfunção, Programa,
Projeto/Atividade/Operações Especiais, e dá outras providências”.

FUNÇÃO

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de
atuação do setor público e está relacionada com a missão institucional do órgão, por
exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com a missão dos respectivos
Ministérios.

A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se possa


associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas,
ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
Giacomoni (2003, p.99) explica que com essa medida, corrige-se importante deficiência das

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classificações anteriores que, na falta de classificação neutra ou compensatória, ensejavam


equívocos nas demonstrações e nos registros das transações.

Na função “Encargos Especiais” os programas corresponderão a um código vazio


tipo “0000”.

Está representada pelos primeiros dois dígitos da codificação e hoje, a classificação


adotada, prevê 28 funções diferentes.

SUBFUNÇÃO

Representa uma partição da função, visando a agregar determinado subconjunto de


despesa do setor público. A subfunção poderá ser combinados com funções diferentes
daquelas a que estejam vinculadas, na forma estabelecida pela Portaria nº. 42 de 14.04.99.
Na nova classificação a subfunção identifica a natureza básica das ações que se aglutinam
em torno das funções.

Assim a classificação funcional será efetuada por intermédio da relação da ação,


classifica-se a despesa de acordo com a especificidade de seu conteúdo e produto, em uma
subfunção independente de sua relação institucional. Em seguida será feita a associação com
a função, associação esta voltada à área de atuação característica do órgão/unidade em que
as despesas estão sendo efetuadas.
Embora sejam possíveis estas combinações, de um modo geral as sub-funções
combinam-se com as funções de sua área ou setor.
Está representada pelos 3º,4ºe 5º dígitos:

• 361 – Ensino Fundamental


• 362 – Ensino Médio
• 363 – Ensino Profissional
• 364 – Ensino Superior
• 365 – Educação Infantil
• 366 – Educação de Jovens e Adultos
• 367 – Educação Especial

PROGRAMA

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental. Articula um


conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por
indicadores estabelecidos no plano Plurianual. Visando à solução de um problema ou o
atendimento de uma necessidade ou demanda da sociedade. (REORDENAMENTO DA
ATUAÇÃO GOVERNAMENTAL)

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Toda a ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em programas,


orientados para consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período, no PPA. A
ação finalística é a que proporciona bem ou serviço para atendimento direto a demandas da
sociedade.

Os programas de ações não finalísticas são programas constituídos


predominantemente de ações continuadas, devendo conter metas de qualidade e
produtividade a serem atingidas em prazo definido.

São quatro os tipos de programas previstos:

• Programas finalísticos;
• Programas de gestão das políticas públicas;
• Programas de serviços ao Estado;
• Programa de apoio administrativo.

PROGRAMAS FINALÍSTICOS

São programas que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade.

O indicador quantifica a situação que o programa tenha por fim modificar, de modo a
explicitar o impacto das ações sobre o público alvo.

PROGRAMAS DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Os programas de gestão de políticas públicas abrangem as ações de Governo,


assumirão denominação especifica de acordo com a missão institucional de cada órgão.
Portanto, haverá apenas um programa dessa natureza por órgão. Exemplo: “Gestão da
Política de Saúde, Divulgação de Políticas Públicas”.

Na presidência da República e nos Ministérios que constituam órgãos centrais de


sistemas (Orçamento e Gestão, Fazenda), poderá haver mais de um programa desse tipo.

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Os Programas de Gestão de Políticas Públicas abrangem as ações de gestão do


Governo e serão compostos de atividades de planejamento, orçamento, controle interno,
sistema de informações e diagnósticos de suporte à formulação, coordenação, supervisão,
avaliação e divulgação de políticas públicas. As atividades deverão assumir as
peculiaridades de cada órgão gestor setorial. Ex: avaliação e divulgação de políticas
públicas.

PROGRAMAS DE SERVIÇOS AO ESTADO

Programas de Serviço ao Estado são os que resultam em bens e serviços ofertados


diretamente ao Estado por instituições criadas para esse fim específico. Público-alvo é o
próprio setor público. Ex. SERPRO, ENAP.

PROGRAMAS DE APOIO ADMINISTRATIVO

Os programas de Apoio Administrativos correspondem ao conjunto de despesas de


natureza tipicamente administrativo e outras que, embora colaborem para a consecução dos
objetivos dos programas finalísticos e de gestão de políticas públicas, não são passíveis de
apropriação a esses programas. Seus objetivos são, portanto, os de prover os órgãos da
União dos meios administrativos para a implementação e gestão de seus programas
finalísticos. Ex: Manutenção de bens e imóveis, serviços gerais.

ROL DE ATIVIDADES PADRONIZADAS DO PROGRAMA DE APOIO


ADMINISTRATIVO

a)Manutenção e Conservação de Bens Imóveis

Descrição: Atividade referente à manutenção e conservação de imóveis, próprios da


União, cedidos ou alugados, utilizados pelos órgãos da Administração Federal
compreendendo:

• Aluguéis, despesas de condomínio, seguros;


• Locação de mão-de-obra para serviços de vigilância;
• Locação de mão-de-obra para serviços de limpeza;
• Conservação, reformas e adaptações de móveis (que não envolvam alterações de
veículos);
• Licenciamento e estrutura do imóvel;
• Serviços de utilidade pública: água, luz, gás e afins;
• Aquisição de equipamentos de ar condicionado, de prevenção de incêndio, elevadores,
escadas rolantes e outros afins.

b) Manutenção de Serviços de Transportes

Descrição: Atividade relacionada à frota de veículos utilizada pelos Órgão da União,


envolvendo veículos próprios ou de terceiros e as despesas com:

• Serviços de manutenção, revisão e reparos de veículos;


• Combustíveis: gasolina, álcool, óleo, diesel, lubrificantes;
• Peças, acessórios;
• Aquisição de seguros;
• Aluguéis ou contratação de serviços de transporte.
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c) Manutenção de Serviços Administrativos Gerais

• Despesas com viagens e locomoção – aquisição de passagens aéreas e terrestres


nacionais e internacionais e pagamento de diárias no país e exterior e afins;
• Serviços postais;
• Telefonia fixa ou celular;
• Manutenção dos serviços de telecomunicações;
• Aquisição e guarda de material de consumo e expediente;
• Comunicações administrativas;
• Assinatura de jornais, periódicos e afins;
• Outras despesas administrativas.

d) Remuneração de Pessoal Ativo da União e encargos sociais

• Pagamento de Pessoal ativo

e) Remuneração dos Militares das Forças Armadas

• Pagamento de Pessoal Ativo

f) Ações de Informática

Descrição: Deverá agregar as ações e despesas relacionadas com informática, sob a


ótica meio, como apoio ao desenvolvimento de serviços técnicos e administrativos:

• Serviços de atendimento e manutenção na área de informática;


• Desenvolvimento de aplicações na área de informática;
• Manutenção de equipamentos de informáticas;
• Contratação de serviços de qualquer natureza na área de informática (consultoria,
infra-estrutura, terceirização de serviços);
• Aquisição de equipamentos de informática;
• Locação de equipamentos de informática;
• Aquisição de materiais de consumo na área de informática;
• Locação de software básicos de informática; e
• Aquisição de software básicos de informática.

As despesas acima relacionadas, quando claramente associadas aos programas


finalísticos, podem figurar nos referidos programas e seus títulos especificarão claramente
seu conteúdo evitando denominações vagas e abrangentes.

AÇÕES

Nas leis orçamentárias e nos balanços, as ações serão identificadas em termos de


funções, subfunções, programas, atividades, projetos e/ou operações especiais.

São de três naturezas diferentes as ações de governo que podem ser classificadas
como categorias de programação orçamentárias: atividade, projeto e operação especial.

Os projetos e atividades são os instrumentos orçamentários de viabilização dos


programas. Estão assim conceituados:

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Atividade: é um instrumento de programação para alcançar o objeto de um programa,


envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo continuo e permanente,
das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo. (número par)

Projeto: é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa,


envolvendo um conjunto de operações, que se realizam num período limitado de tempo,
das quais resulta um produto que concorre para expansão ou aperfeiçoamento da ação de
governo. (número impar)

Operação Especial: são ações que não contribuem para a manutenção das ações de
governo das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de
bens ou serviços. Representam, basicamente, o detalhamento da função “Encargos
Especiais”.

São despesas passíveis de enquadramento nesta ação: amortizações e encargos,


aquisição de títulos, pagamento de sentenças judiciais, transferências a qualquer título (não
confundir com descentralização), fundos de participação, operações de financiamento
(concessão de empréstimos) ressarcimentos de toda a ordem, indenizações, pagamento de
inativos, participações acionárias, contribuição a organismos nacionais e internacionais,
compensações financeiras.

SUBTÍTULO OU LOCALIZAÇÃO DE GASTO

As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em localizadores


de gasto, também chamados de subtítulos, utilizados especialmente para identificar a
localização física da ação orçamentária.
Vale ressaltar que o critério para a priorização da localização física da ação
orçamentária no território é o da localização dos respectivos beneficiados.
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social
sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os
custos e os impactos da ação governamental.
A localização do gasto é o menor nível de detalhamento da estrutura programática, e
na fase da elaboração, é onde o órgão setorial apropria a quantidade, na meta, e no valor
financeiro da sua proposta orçamentária original, foi estabelecido em 2002, um esquema
baseado na codificação do IBGE e que está sendo aplicado, estabelecendo um código para
cada localização geográfica do país. O produto na localização espacial, é o mesmo da
atividade ou projeto, permanecendo com a mesma descrição do título.
O somatório das quantidades das metas regionalizadas constituirá a meta consolidada
da atividade ou projeto, e o somatório dos seus valores será o valor consolidado da atividade
ou projeto, no programa de trabalho da Unidade Orçamentária na Lei Orçamentária Anual.
A localização do gasto é um detalhamento baseado no código do IBGE, dispondo de
um campo para indicação da Região, Estado e Município. Não havendo regionalização, a
ação será nacional tendo o detalhamento correspondente replicado no subtítulo.

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EXEMPLO DE CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Quadro - Estrutura qualitativa da despesa orçamentária. Fonte: Manual Técnico de


Orçamento (2014).

Os dois primeiros campos propiciam, com seu conteúdo, a indicação de cada “esferas
orçamentárias”, ou seja, especificam o tipo de orçamento: Fiscal (Esfera 10), Seguridade
(Esfera 20) ou de Investimento (Esfera 30).
Os quatro campos seguintes referem-se às classificações institucional (Órgão e
Unidade orçamentária) e funcional (Função, Subfunção).
Os demais códigos referem-se às tabelas Programas, Atividades, Projeto e Operação
Especial e por fim localização do gasto ou subtítulo.

9 – CICLO ORÇAMENTÁRIO

O ciclo orçamentário, também conhecido como processo orçamentário, pode ser


definido como um processo de caráter contínuo e simultâneo, através do qual se elabora,
aprova, executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor público nos
aspectos físicos e financeiro. Envolve um período muito maior que o exercício financeiro,
uma vez que abrange todas as fases do processo.
Exercício financeiro é o espaço de tempo compreendido entre o primeiro de janeiro e
trinta um de dezembro de cada ano, no qual se promove a execução orçamentária.
O art. 34 da Lei 4320/64, determina que o exercício financeiro coincidirá com o ano
civil, e o art. 35 desse mesmo dispositivo legal trata que “. pertencem ao exercício financeiro
as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas”. É o regime misto
da contabilidade Pública, de Caixa para as Receitas e de Competência para as Despesas.

9.1 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA.

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A elaboração da Proposta Orçamentária processa-se, em passos determinados, desde


a proposição orçamentária inicial, proveniente de cada Unidade Gestora, até a aprovação do
orçamento, com o respectivo crédito nas Unidades Orçamentárias de cada Órgão.

Cada Unidade Gestora faz sua proposta orçamentária e a encaminha a sua Setorial
Orçamentária, que faz um apanhado de todas as unidades e as consolida em um só
Orçamento do Órgão/Ministério. A Setorial encaminha a proposta consolidada ao Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão que, por sua vez, consolida as propostas dos três
Poderes da União e as encaminha ao Congresso Nacional.

Após aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República,


a proposta orçamentária é transformada em Lei ( Lei Orçamentária Anual). O Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão procede, por meio de fita magnética, à autorização para
cada Unidade Orçamentária, com a liberação dos respectivos créditos, no Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal- SIAFI.

A liberação do Orçamento aprovado é feita para todos os órgãos contemplados na


Lei Orçamentária Anual (LOA), seja da Administração Direta ou Indireta (Autarquias,
Fundações, Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista).

A elaboração da proposta orçamentária está hoje definida na Lei de Diretrizes


Orçamentárias, constando:

• as prioridades e metas da Administração Pública Federal;

• a estrutura e organização dos orçamentos;

• as diretrizes gerais para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas


alterações;

• disposições relativas à dívida pública federal;

• disposições relativas às despesas da União com pessoal e encargos sociais;

• política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento;

• as disposições sobre alterações na legislação tributária da União.

9.2 ALGUMAS QUESTÕES: Emendas, Vetos, Rejeição do Orçamento.

EMENDAS - A Constituição Federal de 1988 restabeleceu, em parte, a capacidade


legislativa de emendar o projeto orçamentário, particularmente com relação à criação ou
aumento de despesas. Dispõe o parágrafo 3º do artigo 166:

As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem


somente podem ser aprovados caso:

a) sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes


Orçamentárias;

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b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação


de despesa, excluídas as que incidem sobre:
- dotações para pessoal e encargos;
- serviço da dívida;
- transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito
Federal; ou

c) sejam relacionadas:
- com a correção de erros ou omissões; ou
- com os dispositivos do texto do projeto de lei.

VETOS - Na vigência da Constituição de 1967 e de sua Emenda nº.1/69, o projeto


de lei do orçamento, era pouco suscetível de sofrer emendas no Legislativo, sendo,
consequentemente, pequena a possibilidade de vetos por parte da chefia do Executivo.
Com as novas disposições constitucionais que autorizam alterações no projeto
orçamentário, o Executivo poderá utilizar, efetivamente, a prerrogativa do veto àquelas
emendas que julgar inconstitucionais ou contrárias ao interesse público.

REJEIÇÃO - A Constituição de 1988, remete a questão dos prazos à lei


complementar. Enquanto esta não entra em vigor, o Ato das Disposições Transitórias
determina no artigo 35, parágrafo 2º, III:
“O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do Exercício Financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa”.
Segundo Giacomoni (2003, p.243), “ao fixar prazo para a devolução do projeto de lei
a Constituição busca garantir a existência de orçamento aprovado ainda antes do início do
exercício”. Espera-se, portanto, que o projeto de lei seja devolvido para sanção após
correção de erros e omissões que eventualmente sejam identificados pelo Parlamento,
entretanto, acredita-se que inexistem razões para a rejeição pura e simples do projeto de lei
orçamentária.

CONDIÇÕES PARA O INÍCIO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Existem alguns pré-requisitos básicos para o inicio da execução dos créditos


orçamentários, indicados a seguir.

LEI-ORÇAMENTÁRIA

A Lei de meios ou orçamento anual, publicada para o exercício, determina a dotação


ou crédito de cada unidade orçamentária, por projeto/atividade.

De acordo com o inciso III, do $ 2º, do art. 35 do ADCT (Ato das Disposições
Constitucionais e Transitórias), O Projeto de Lei Orçamentária da União será encaminhado
até quatro meses antes de encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até
o encerramento da sessão legislativa.

QUADRO DE DETALHAMENTO DA DESPESA - QDD

O orçamento aprovado poderá ser alterado mediante solicitação do Ministério ou


órgão interessado formulada ao Ministério do Orçamento e Gestão, respeitados os limites

Profa. Dra. Maria da Glória Vitório Guimarães - Apostila 2018


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das dotações de Projeto ou Atividade, e de cada elemento de despesa, conforme consignado


ao Ministério ou órgão ou, se for o caso, à unidade orçamentária.

Publicada a Lei-de-Meios (lei orçamentária) - art. 35 , $ 2º, I do ADCT.

Nesta fase, os Ministérios, ou Órgãos executam os programas governamentais


contemplados na Lei Orçamentária, mediante uma série de decisões e atividades financeiras
que possibilitam atingir as metas e objetivos explicitados no orçamento-programa anual que
deverá estar em harmonia com o Plano Plurianual do Governo.

A elaboração e a administração orçamentária e financeira se desenvolvem dentro do


exercício definido como o ano civil, isto é, de 1º de Janeiro a 31 de Dezembro , conforme
dispõe o art. 34 da Lei nº 4.320/64.

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

É a utilização dos créditos consignados no orçamento Geral da União(LOA) e suas


Suplementações visando a realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades
Orçamentárias. (ter orçamento não significa ter financeiro e vice versa).
No contexto da técnica orçamentária, os termos CRÉDITO e RECURSO têm
significados distintos. Crédito designa o lado orçamentário, representando a dotação ou
autorização de gasto. Já Recurso, refere-se ao lado financeiro, indicando dinheiro ou saldo
financeiro.

EXECUÇÃO FINANCEIRA

É a utilização dos recursos financeiros visando atender a realização dos projetos e /ou
atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias.

10- RECEITA PÚBLICA

CONCEITO

Define-se como receita todo recebimento ou ingresso de recursos arrecadados pelo


Estado ou entidade pública com a finalidade de ser aplicado em gastos operativos e de
administração, a fim de ser aplicado para atender as necessidades da sociedade.

Interpreta-se, ainda como receita pública todo o recurso obtido pelo Estado para
atender as despesas públicas.

Cabe ressaltar, no entanto, que o Estado arrecada recursos que são incorporados
definitivamente ao patrimônio, sendo nominadas de receitas orçamentárias, e arrecada
recursos que serão restituídos no futuro, caracterizando-se em simples ingressos financeiros
ou de caixa, denominados receitas extra-orçamentárias.

Normalmente as receitas estão divididas em:

Orçamentárias – aquelas que foram previstas no orçamento, ou seja; os recursos auferidos


necessários à efetivação dos programas de governo.
Ingressos Extra-orçamentárias – É aquela que não integra o orçamento público. Segundo
Bezerra Filho (2005, p. 46) é verdade que o dinheiro recebido, a título de receita extra-

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orçamentária, soma-se ás disponibilidades financeiras, mas, em contrapartida, constitui um


passivo exigível (dívida flutuante) e, como tal, será restituído quando de direito for
reclamado. (cauções, fianças, salários não reclamados, determinadas retenções na fonte,
depósitos de terceiros). “compromissos cujo pagamento independa de autorização
orçamentária”, de acordo com o artigo 105, § 3°, da lei n° 4.320/64, que deverá ser restituído
ao seu verdadeiro proprietário.

A Receita Orçamentária é a mais importante, destacando-se, nesse contexto a


Receita Tributária, que se constitui de impostos, taxas e contribuições de melhoria. C.T.N,
arts. 153, 155, 156.

O imposto pode ser conceituado como uma obrigação genérica exigida pelo Estado
para satisfazer as necessidades públicas. O Código Tributário Nacional (CTN) diz que o
imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador situações independentes, de qualquer
atividade estatal especifica, relativa aos contribuintes. O poder de tributar compete aos
Governos Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. O imposto se aplica de forma
direta e indireta. O direto incide sobre o contribuinte e o indireto atinge as coisas, em outras
palavras, alcança, indiretamente, a pessoa. Estão classificados como impostos diretos: os
impostos de renda (IR), territorial, predial, transmissão e serviços; e indiretos: o imposto de
circulação de mercadorias (ICM), o imposto sobre produtos industrializados (IPI), o de
importação e exportação, e outros.
A taxa é a contribuição do ramo tributário cobrada para compensar a contraprestação
de um serviço público efetuado ou colocado à disposição do contribuinte. O referido Código
Tributário Nacional declara que as taxas cobradas pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, tem como fato gerador o exercício do poder de polícia, a utilização efetiva ou
potencial do serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.
A contribuição de melhoria corresponde ao ônus imposto ao proprietário que se
beneficia por qualquer vantagem de ordem econômica como valorização do seu imóvel em
decorrência da realização de obras públicas no imóvel ou nas proximidades dele. O CTN
estabelece que a Contribuição de Melhoria reclamada pela União, Estados, Distrito Federal
ou Município foi instituída para fazer face ao custo de obras públicas que produzam a
valorização imobiliária e tem como valor o acréscimo de valorização que a obra resultar para
cada imóvel beneficiado.

11 – CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR CATEGORIA ECONÔMICA

A Classificação facilita a compreensão da procedência da Receita, evidencia também


as suas possíveis destinações.

1-RECEITA CORRENTE
2-RECEITA DE CAPITAL

• As Receitas Correntes são compostas por receitas derivadas (oriundas do setor


privado com base na soberania do Estado; ex: impostos, contribuições), originárias
(resultam das atividades do Estado, ex: seu patrimônio, seus serviços) e outras
complementares tais como: industrial, transferências correntes e diversas;

• As Receitas de Capital, também conhecidas como secundárias, resultam da


efetivação das operações de credito, alienação (cessão) de bens, recebimento de
dividas e auxílios recebidos pelo órgão ou entidade.

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A lei citada acima, fundamentada na dedução germânica de que os tributos são


cobrados de forma coativa (que coage), emprega o termo “Receita Derivada” quando se
refere à receita tributária instituída pelas entidades de direito público, face o seu sentido
peculiar de renda proveniente de rendimentos e lucros das atividades e produção de bens dos
cidadãos do país.

A receita originária procede do patrimônio público empregado na exploração de


serviços comerciais, indústrias e outros rendimentos decorrentes das locações, rendas do
patrimônio mobiliário e imobiliário.

Ainda nos termos da Lei 4320/64, a discriminação da Receita Orçamentária tem


como base as fontes econômicas de sua geração, exceção feita às transferências entre órgãos
e esferas do governo cuja classificação se procede atualmente conforme o destino dos
recursos: se para aplicações correntes ou de capital.

Da estrutura, originalmente estabelecida no anexo 3 da Lei 4.320/64, está ainda


mantida a formação dos códigos numéricos, num total de oito dígitos, assim estabelecidos.

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RECEITA
ORÇAMENTÁRIA Classificação da Receita

Estrutura e Conceito
X . X . X . X . XX . XX
Categoria econômica
Fonte
Sub-Fonte
Rubrica
Alínea
Sub-alínea

Digito/inicial, indica a CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA RECEITA:

- 1-RECEITA CORRENTE
- 2-RECEITA DE CAPITAL

O segundo dígito, a ORIGEM/FONTE tributária da receita;

- 1000.00.00 - RECEITA CORRENTE


- 1100.00.00 - RECEITA TRIBUTÁRIA

O terceiro dígito, discriminação da fonte tributária; (ESPÉCIE/SUB-FONTE)

- 1000.00.00 - RECEITA CORRENTE


- 1100.00.00 - RECEITA TRIBUTÁRIA
- 1110.00.00 – IMPOSTOS

O quarto dígito (RUBRICA), o imposto dentro do tributo;

- 1000.00.00 - RECEITA CORRENTE


- 1100.00.00 - RECEITA TRIBUTÁRIA
- 1110.00.00 - IMPOSTOS
- 1111.00.00 - IMPOSTOS SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR

O quinto e sexto dígitos (ALÍNEA), o tipo do imposto;

- 1000.00.00
- 1100.00.00
- 1110.00.00
- 1111.01.00 - IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO

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O sétimo e o oitavo dígitos (SUB-ALÍNEA) têm funções variadas pois:

• nos impostos, indicam a quem se destina o produto arrecadado, o tipo do produto


tributado dentro do imposto;

• nas taxas o desdobramento não atinge a esse nível e a codificação deve registrar o
dígito "0" para os dois últimos dígitos;

• na classificação das Contribuições os dígitos indicam a origem do tributo; (pessoas


físicas, pessoas jurídicas)

• na receita de serviços o tipo do serviço que foi fornecido;

• e nas transferências, a origem segundo a fonte, o mesmo ocorrendo quanto à


classificação das receitas de dívida ativa.

Exemplos:

• 1112.00.00 - impostos sobre o patrimônio e a renda


• 1112.04.00 - impostos sobre a renda e proventos de qualquer natureza
• 1112.04.10 - pessoas físicas
• 1600.00.00 - receita de serviços
• 1600.05.00 - serviços de saúde
• 1600.05.01 - serviços hospitalares

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR FONTES (continue)

1- RECEITAS CORRENTES:

1.1 - RECEITA TRIBUTÁRIA


* Impostos –1110.00.00
* Taxas – 1120.00.00
* Contribuições de Melhoria – 1130.00.00

1.2 - RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO


* Contribuições Sociais – 1210.00.00
* Contribuições Econômicas

1.3 - RECEITA PATRIMONIAL


* Receitas Imobiliárias
* Receitas de Valores Mobiliários
* Outras Receitas Patrimoniais

1.4 - RECEITA AGROPECUÁRIA


* Receita da Produção Vegetal
* Receita da Produção Animal e Derivados
* Outras Receitas Agropecuárias

1.5 - RECEITA INDUSTRIAL


* Receita da Indústria de Produtos de Alimentos
* Receita da Indústria de Construção
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* Receita da Indústria de Transformação

1.6 - RECEITA DE SERVIÇOS

1.7 - TRANSFERÊNCIAS CORRENTES


* Transferências da União
* Transferências Intergovernamentais (União-Estado-Município)
* Transferências de Instituições Privadas
* Transferências do Exterior
* Transferências de Pessoas
* Transferências de Convênios

1.9 - OUTRAS RECEITAS CORRENTES


* Multas e Juros de Mora
* Indenizações e Restituições
* Receita da Dívida Ativa
* Receitas Diversas

2 - RECEITAS DE CAPITAL:

2.1 - Operações de Crédito


* Operações de Créditos/Internos
* Operações de Créditos/ Externos

2.2 - Alienação de Bens


* Alienação de Bens Móveis
* Alienação de Bens Imóveis

2.3 - Amortização de Empréstimos

2.4 - Transferências de Capital


* Transferências dos Estados
* Transferências dos Municípios
* Transferências de Instituições Privadas
* Transferências do Exterior
* Transferências de Pessoas
* Transferências de Convênios
* Transferências da União
* Transferências Intergovernamentais

2.5 - Outras Receitas de Capital


* Integralização do Capital Social
* Outras Receitas

De acordo com as especificações acima, assim devem ser entendidas as Receitas:

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1.1 - A Receita Tributária ou Receita Derivada corresponde aos impostos, taxas e


Contribuições de melhoria;

1.2 - Receita de Contribuição são oriundas das contribuições para a Previdência


Social, a Contribuição do Salário Educação e as de ordem econômica, tais como as
sobre tarifas de Telecomunicações, as cotas contribuição para a Exportação, o
adicional sobre as tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, etc.

1.3 - A Receita Patrimonial resulta da utilização, por terceiros, dos elementos


patrimoniais: aluguéis, arrendamentos, taxa de ocupação de imóveis, etc.

1.4 - A Receita Agropecuária resulta das receitas correntes das seguintes atividades
ou explorações agropecuárias: agricultura, pecuária, extração de produtos vegetais.

1.5 - A Receita Industrial decorre das atividades industriais definidas como tais pelo
IBGE: indústrias de extração mineral, de transformação, de construção, de serviços
industriais de utilidade pública.

1.6 - Receita de Serviços decorre das atividades de comunicação, serviços


hospitalares, armazenagem.

1.7 - Transferências Correntes são os recursos recebidos de outras Pessoas de Direito


Público ou Privado, independente da contraprestação direta em bens e ou serviços.
Podem ocorrer a nível intragovernamental ou intergovernamental, assim como
recebidos de Instituições Privadas, do exterior e de pessoas. Destinam-se a aplicações
correntes.

1.9 - Outras Receitas Correntes se constituem da arrecadação de multas, indenizações


e restituições, receitas da dívida ativa e receita diversa.

2.1 - Operações de Crédito - recursos decorrentes da colocação de títulos públicos


ou de empréstimos obtidos junto a entidades estatais ou particulares, internas ou
externas.

2.2 - A Alienação de Bens se constitui dos recursos provenientes da venda de bens


móveis e imóveis.

2.3 - Amortização de Empréstimos - recursos provenientes da amortização de


empréstimos concedidos.

2.4 - Transferências de Capital, por identidade, as descrições correspondem


aquelas apresentadas em transferências correntes. Destinam-se a aplicações de
capital.

2.5 - Outras Receitas de Capital - com o desdobramento deste titulo encontram-se


a integralização do capital social e outras receitas.

A Classificação Econômica da receita para efeito de orçamento público, é registrada


em dois documentos, o MR - Metodologia da Receita e no quadro-resumo denominado RF -
Receita por Fontes. O primeiro destina-se a informar a origem da receita, o método de

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previsão, os parâmetros usados, seu comportamento histórico, a legislação básica respectiva,


sua caracterização e especificação; o segundo, para resumir em categoria econômica,
segundo as fontes, toda a receita que o órgão ou entidade arrecada, está arrecadando e prevê
arrecadar no ano seguinte ao que se refere a proposta orçamentária.

Particularmente as autarquias, fundações, empresas públicas e fundos, só após


rigoroso processo de elaboração dos formulários MR - Metodologia da Receita e sua
consolidação no formulário RF - Receita por Fonte, devem dedicar-se à elaboração das
propostas orçamentárias.

12 – ESTÁGIOS DA RECEITA

A receita orçamentária passa por quatro fases denominadas de estágios: PREVISÃO,


LANÇAMENTO, ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO.

PREVISÃO é a estimativa de quanto se espera arrecadar durante um exercício, Art.


30 da Lei 4.320/64 e terá por base as demonstrações da arrecadação dos três últimos
exercícios, bem como as circunstâncias de ordem conjuntural. “Alguns autores não
consideram esta fase como um estágio”.

LANÇAMENTO é a identificação do devedor ou da pessoa do contribuinte. A Lei


4320/64 no seu Art. 53 define lançamento da receita como o ato da repartição competente,
que verifica a procedência do crédito fiscal, e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o
débito desta.

ARRECADAÇÃO corresponde aos pagamentos realizados diretamente pelos


contribuintes às repartições fiscais e à rede bancária autorizada; e

RECOLHIMENTO – É o momento em que o agente arrecadador repassa o produto


arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal. Art. 56 da Lei 4.320/64.

13 – DESPESA PÚBLICA

CONCEITO

Define-se como Despesa Pública o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra


pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido a
despesa é a parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as
autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais. Em outras
palavras as despesas públicas formam o complexo da distribuição e emprego das receitas
para custeio de diferentes setores da administração.

As Despesas são classificadas quanto a natureza em orçamentárias e extra-orçamentárias:

Orçamentárias – são as despesas fixadas e especificadas na lei do orçamento e/ou na lei de


créditos adicionais.
Extra-Orçamentárias – consiste na saída de recursos financeiros, anteriormente obtidos, sob
a forma de receitas extra-orçamentárias. São despesas não consignadas na LOA ou em
créditos adicionais, tais como: restituição de depósitos, restituição de cauções. As despesas
extra-orçamentárias não necessitam de autorização orçamentária para se efetivarem, uma

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vez que não pertencem ao órgão público, se caracteriza apenas como uma devolução de
recursos financeiros pertencentes a terceiros.

13.1 - CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA DESPESA.

De acordo com o artigo 12 da Lei 4.320, de 17 de março de 1964 e Portaria


Interministerial n. 163/2001, a despesa será classificada de acordo com as suas
CATEGORIAS ECONÔMICAS em:

3-DESPESAS CORRENTES

São aquelas que se referem a desembolsos ou aplicações das quais não resultam
compensação patrimonial, tais como: despesas de pessoal, material de consumo, serviços de
terceiros, e outros.

4-DESPESAS DE CAPITAL

São as que constituem desembolso ou aplicação de que resultem em mutação


compensatória nos elementos do patrimônio, assim como: obras e instalações, equipamentos
e material permanente, aquisição de imóveis, concessão de empréstimos, etc.

AS DESPESAS CORRENTES ESTÃO SUBDIVIDIDAS EM DESPESAS COM


PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS; TRANFERÊNCIAS CORRENTES E OUTRAS
DESPESAS CORRENTES:

PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

TRANFERÊNCIAS CORRENTES: Despesas com o pagamento de juros e outros


encargos de operações de crédito internas e externas contratadas. São as dotações para
despesas, às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, tais como:
transferência de assistência e previdência social, juros da divida pública, inclusive as
contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito
público ou privado.

OUTRAS DESPESAS CORRENTES: são as dotações para manutenção de


serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação, e
adaptação de bens imóveis, material de consumo, diárias, serviços de terceiros e outras.

DESPESAS DE CUSTEIO: Pessoal civil, Pessoal militar, Material de consumo, Serviços de


terceiros, Encargos diversos.

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: Subvenções sociais, Subvenções econômicas,


Inativos, Pensionistas, Salário família e Abono familiar, Juros da dívida pública,
Contribuições de previdência social, Diversas transferências correntes.

AS DESPESAS DE CAPITAL ESTÃO SUBDIVIDIDAS EM


INVESTIMENTOS, INVERSÕES FINANCEIRAS E TRANSFERÊNCIAS DE
CAPITAL:

INVESTIMENTOS: são as dotações para o planejamento e a execução de obras,


inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas

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últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações,


equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que
não sejam de caráter comercial ou financeiro. Ex: Obras e instalações, equipamentos, e
material permanente. (construção de escolas e hospitais; aquisição de aparelhos de ar
condicionado, computadores, impressoras, aparelhos hospitalares, veículos e outros.

INVERSÕES FINANCEIRAS: São dotações destinadas a:

I. aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;


II. obtenção de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital, aquisição
de ações; (agrega-se ao que já existe no mercado)
III. constituição ou aumento de capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou seguro.

TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: são as dotações destinadas a investimentos


ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contra prestação direta em bens ou serviços, constituindo essas
transferências auxílios ou contribuições, segundo derivam diretamente da Lei de Orçamento
ou de Lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública,
refinanciamento do principal acordado. (deixa de pagar juros)

A LDO/Lei de Diretrizes Orçamentária, determina que na estrutura da Lei


Orçamentária Anual a classificação da despesa deve ser feita no mínimo da seguintes forma:

DESPESAS CORRENTES
• Pessoal e Encargos Sociais/Custeio
• Juros e Encargos da Divida
• Outras Despesas Correntes/Custeio

DESPESAS DE CAPITAL
• Investimento
• Inversões Financeiras (aquisição de imóveis já em utilização)
• Transferências de Capital/Amortização da Dívida

14 – CLASSIFICAÇÃO POR OBJETO DE GASTO

É a classificação orçamentária mais clássica e ainda a mais amplamente utilizada. A


despesa é considerada em função de seu objeto ou natureza: pessoal, material de consumo,
serviços de terceiros, obras, equipamentos, etc. Tem por finalidade possibilitar a obtenção de
informações mocroeconômicas sobre os efeitos dos gastos do setor público.

14.1 – FORMAÇÃO DO CÓDIGO DA NATUREZA DA DESPESA

O Código da classificação da natureza da despesa é constituído por seis algarismos


onde:
- 1º indica a categoria econômica da despesa
- 2º indica o grupo da despesa
- 3º / 4º indicam a modalidade da aplicação e,
- 5º / 6º indicam o elemento da despesa (objeto de gasto)
- 7º / 8º indicam o subelemento da despesa (opcional)

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1º X X XX XX

CATEGORIA ECONÔMICA
3 – Despesas Correntes
4 – Despesas de Capital

2º GRUPO DE DESPESA
1 – Pessoal e Encargos Sociais
2 – Juros e Encargos Dívida
3 – Outras Despesas Correntes
4 – Investimentos
5 – Inversões Financeiras
6 – Amortização da Divida

3º e 4º MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 – Trans à União
30 – Trans a Estados e ao DF
40 – Transf. a Municípios
50 – Transf. a Inst. Priv/sem fins
60 – Transf. a Inst. Priv/com fins
70 – Transf. a Inst. Multigoverna
80 – Transf. ao Exterior
90 – Aplicações Diretas
99 – A Definir

5º e 6º ELEMENTOS DE DESPESAS
01 - Aposentadorias
03 – Pensões
04 – Contratação por tempo determinado
07 – Cont. a entidades fechadas de previdência
11 – Venc. e vantagens fixas pessoal civil
12 – Venc. e vantagens fixas pessoal militar
14 – Diárias – Civil
18 – Auxilio financeiro a estudantes
30 – Material de consumo
31 – Premiações culturais, artísticas, cientificas
33 – Passagens e despesas com locomoção
35 – Serviço de consultoria
36 – Serviço terceiro pessoa física
37 – Locação de mão-de-obra
39 – Serviço de terceiro pessoa Jurídica
46 – Auxílio alimentação
49 – Auxilio transporte
51 – Obras e instalações
52 - Equipamentos e material permanente
61 – Aquisição de imóveis
91 – Sentenças judiciais
92 – Exercícios anteriores
93 – Indenizações e restituições
96 - Ressarcimento de despesa
99 – A Classificar

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14.2 LIMITE MÍNIMO PARA GASTOS COM EDUCAÇÃO

Na União - 18%, nos Estados, Distrito Federal e Municípios - 25%, de suas


arrecadações de impostos e transferências devem ser destinados à manutenção e ao
desenvolvimento do ensino (art.212 da Constituição Federal)

14.3 LIMITE MÍNIMO PARA GASTOS COM SAÚDE

Nos Estados - 12%; no Distrito Federal e Municípios - 15%, de suas arrecadações de


impostos e transferências constitucionais devem ser aplicados nas ações e serviços públicos
de saúde, a partir de 2004 (art.77, ADCT da constituição Federal, acrescido pela EC n°
29/2000).

15 – EXECUÇÃO DA DESPESA

Como já explanado anteriormente, publicada a Lei Orçamentária, observadas as


normas de execução orçamentária e de programação financeira do exercício, as unidades
orçamentárias estarão em condições de aplicar os seus créditos tendo em vista a realização
ou execução da despesa.
Nessa fase deverão ser observadas as normas pertinentes à execução da despesa
pública, que se desenvolve em três estágios:

15.1 – ESTÁGIOS DAS DESPESAS

• Empenho
• Liquidação
• Pagamento

15.1.1 – EMPENHO

Iniciado o exercício financeiro, as unidades orçamentárias através da publicação da


Lei Orçamentária Anual - LOA, tão logo receba o destaque ou a provisão, ficam habilitadas
a realizar suas licitações e em seguida empenhar despesas através do SIAFI – Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal.

CONCEITO

O empenho é o primeiro estágio e pode ser conceituado conforme prescreve o art. 58


da lei n.º 4.320/64: “0 empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”.

O empenho é prévio, ou seja, precede a realização da despesa e está restrito ao limite


do crédito orçamentário, como, aliás, o art. 59 da lei n.º4.320 diz: “O empenho da despesa
não poderá exceder o limite dos créditos concedidos”. Além disso, é vedada a realização de
despesa sem prévio empenho (veja art.60 da lei 4320/64). A emissão do empenho abate o
seu valor da dotação orçamentária, tornado a quantia empenhada indisponível para nova
aplicação.

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MODALIDADES DE EMPENHO

Os empenhos, de acordo com a sua natureza e finalidade, tem a seguinte


classificação:

a) O empenho ordinário – para suprir as despesa com montante previamente


conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

b) Empenho global – para atender ás despesas com montante também previamente


conhecido, tais como as contratuais, mas de pagamento parcelado (§ 3º do art. 60 da
lei nº 4320/64). Exemplo: aluguéis, prestação de serviço por terceiro, contratos, obras
de engenharia;

c) Empenho por estimativa - para despesa de valor não previamente identificável e


geralmente, de base periodicamente não homogênea. Exemplo: água, luz, telefone,
gratificações, diárias, reprodução de documentos, e outros.

FORMULÁRIO APROPRIADO E CARACTERÍSTICAS

O formulário é denominado “Nota de Empenho”, cuja utilização foi restabelecida


pelo STN determinando que as Unidades Gestoras “on line” utilizar-se-ão do vídeo,
emitindo somente 01 (uma ) via, mediante exigência do favorecido e as UGs “off-line”
emitirão formulários em 03 (três) vias, com a seguinte destinação:

1ª via – Favorecido;
2ª via – Polo de Digitação do Sistema Financeiro;
3ª via – Arquivo da unidade gestora emite.

Entre as principais informações constantes do empenho, devem ser mencionadas:


identificação da unidade emitente e do credor (nome, CGC/CPF e endereço), banco
escolhido para crédito, evento, classificação orçamentária, valor do empenho, cronograma
de desembolso previsto e descrição dos bens ou serviço.

Existe a possibilidade de a Unidade emitente reforçar o empenho que se revelar


insuficiente para atender a uma determinado compromisso ao logo do exercício financeiro.
Neste caso emitir-se-á ‘empenho/reforço’, devendo constar do campo respectivo o número
do empenho que está sendo reforçado e o número do reforço. Por exemplo, o
empenho/reforço de n.º 15NE00025, de R$ 4.000, pode ser o empenho que está reforçando o
de n.º15NE0009, de R$ 5.000, Assim, o novo valor do empenho n.º 9 passa a ser R$ 9.000,
após o reforço.

ANULAÇÃO

O empenho deverá ser anulado no decorrer do exercício:

a) Parcialmente – quando seu valor exceder o montante da despesa realizada;

b) totalmente, quando:
• - O serviço contratado não tiver sido prestado;
• - O material encomendado não tiver sido entregue;
• - O empenho tiver sido emitido incorretamente.

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O empenho deve ainda ser anulado, no encerramento do exercício, quando se referir


a despesa não liquidada, salvo aquelas que se enquadrarem nas condições previstas para
inscrição em Restos a Pagar.
A anulação do empenho da despesa far-se-á também, através da Nota do Empenho, e
identificada pelo código do evento. O valor do empenho anulado reverte á dotação tornando-
se, novamente, disponível, respeitando o regime do exercício.

PRÉ–EMPENHO – Minuta de empenho

O pré-empenho na forma que era utilizado foi extinto em 2007, atualmente é


utilizado para registrar o crédito orçamentário pré-compromissado a minuta de empenho,
que serve para atender objetivos específicos, nos casos em que a despesa a ser realizada, por
suas características, cumpre etapas com intervalos de tempo desde a decisão até a efetivação
da emissão da NE. Permite reservar parte do crédito orçamentário a ser utilizado após a
conclusão do processo de licitação.
Todo os saldos pré-compromissados e não utilizados até 31 de cada ano serão
automaticamente cancelados naquela data.

15.1.2 – LIQUIDAÇÃO

CONCEITO

Esse é o segundo estágio da despesa e consiste na verificação do direito adquirido


pelo credor, tendo por base os títulos e documentos devidamente atestados que comprovem a
entrega do material ou prestação de serviço (art.63 da lei n.º 4.320/64). Vale dizer que é a
comprovação de que o credor cumpriu todas as obrigações constante do empenho.

FINALIDADE E CUIDADOS ESPECIAIS

A liquidação tem por finalidade identificar ou apurar:

a) a origem e o objeto que será pago pela Adm. Pública;

b) a importância exata a pagar; e

c) a quem se deve pagar a importância estabelecida no empenho.

O estágio da liquidação da despesa envolve, portanto, todos os atos de verificação


conferência, desde a entrada do material ou a prestação do serviço até o reconhecimento da
despesa. Ao fazer a entrada de material ou prestação do serviço, o credor deverá apresentar a
nota fiscal (quando houver imposto a pagar), fatura ou conta correspondente, acompanhada
da 1ª via da nota de empenho(não se aceita cópia), devendo o funcionário competente atestar
o recebimento do material ou a prestação do serviço correspondente, no verso da nota fiscal,
fatura ou conta.

No caso de empenho por estimativa ou global, a 1ª via da nota de empenho somente


será exigível com o título de crédito (nota fiscal, fatura ou conta) referente à última parcela
dos bens fornecidos ou dos serviços prestados.

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40

Ressalte-se que na liquidação da despesa, por ocasião do recebimento do material, da


execução da obra ou da prestação de serviço, certos cuidados especiais deverão ser
observados, tais como:

a) verificação do cumprimento das normas estabelecidas no processo de licitação ou


documento formalizado a sua dispensa, ou comprovando a sua inexigibilidade;

b) verificação da conformidade com o contrato, convênio, acordo ou ajuste, se


houver;
c) exame da nota de empenho;

d) conferência da nota fiscal ou documento equivalente.

Todos esses cuidados evitam que sejam efetuados pagamentos indevidos, tais como:
mais de um pagamento, pagamentos de bens e serviços quando não solicitados ou ainda não
recebidos pela repartição.

Na legislação atual não existem formulários especifico para formalizar esta fase da
despesa. A liquidação da despesa far-se-á através do exame da documentação que comprove
a solvência do direito creditório, onde se observará os valores brutos e liquido a pagar.

Somente após apuração do direito adquirido pelo Credor, tendo por base os
documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou da completa habilitação da entidade
beneficiada a Unidade Gestora providenciará o imediato pagamento da despesa. É evidente,
portanto, que nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada.

15.1.3 - PAGAMENTO

CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

O pagamento é a última fase da despesa. Este estágio consiste na entrega de recursos


equivalentes à dívida líquida ao credor, mediante ordem bancária assinada pelo ordenador
da despesa e pelo responsável pelo setor financeiro do órgão.
Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os
documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou da completa habilitação da entidade
beneficiada, a unidade gestora providenciará o imediato pagamento da despesa. É
evidente, portanto, que nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada.
O art. 62 da Lei 4.320/64 estabelece que: “O pagamento da despesa só será efetuado
quando ordenado, após sua regular liquidação.” O art. 64 da citada lei define que: “a
ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a
despesa seja paga.”

CANCELAMENTO DE ORDEM BANCÁRIA

Para o cancelamento de ordem bancária, deverão ser adotados os seguintes


procedimentos:

I – no mesmo dia da emissão, antes de emitir o respectivo relatório;

II – no mesmo dia da emissão, após ter emitido o respectivo relatório.

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41

III – após o dia da emissão, antes de enviar o relatório para agência bancária de
domicílio da Unidade Gestora.

GUIA DE RECEBIMENTO

A reposição de importância paga a mais ou indevidamente, dentro do próprio


exercício, será feita à conta bancária de origem, por meio de Guia de Recebimento – GR ou
depósito na conta Única com o devido código identificador Quando a reposição se efetuar
em outro exercício, será efetuada mediante DARF e recolhida ao Tesouro Nacional.

16 CONTROLE

O controle e a avaliação constituem a última fase do ciclo orçamentário, mas de


forma alguma a menos importante. Aliás, consoante o art. 6º do Decreto-lei nº 200/67 , o
controle constitui um dos cinco princípios fundamentais que norteiam a Administração
Pública Federal, Estadual e Municipal.

No âmbito do Governo podem-se distinguir dois tipos de controle: INTERNO E


EXTERNO. Denomina-se INTERNO quando exercido dentro da própria Administração,
ou seja, por agentes do mesmo Poder, ( Ex. SIAFI) e EXTERNO se exercido por órgãos
independentes desse poder. ( EX. Congresso Nacional e Tribunal de Contas da União/Poder
Legislativo).

No processo de controle e avaliação orçamentária identificam-se as seguintes etapas:


(o planejado foi realizado)

• comparação dos resultados obtidos e efeitos produzidos;

• comparação dos resultados e efeitos obtidos com os objetivos e metas programadas;

• análise dos problemas observados e determinações de suas causas;

• definição e tipificação das medidas corretivas que se devam tomar; e

• aplicação das medidas corretivas.

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42

Resumidamente, o ciclo orçamentário pode ser assim demonstrado:

MPOG DISTRIBUI ORIENTAÇÕES


S.O.F (PROJETO DA LDO)
S.P.O
DISTRIBUI ORIENTAÇÕES ÀS UNIDADES

UNIDADE PREPARA A PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA


GESTORA

S.P.O CONSOLIDA A NÍVEL DE ÓRGÃO AS PPO

SOF CONSOLIDA A NÍVEL DE UNIÃO A PPO

Presidência MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL,

Congresso PROJETO DE LEI

COMISSÃO MISTA DE PLANOS,


ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO DO EXAMINA E EMENDA O
CONGRESSO NACIONAL.
S.O.F PROJETO DE LEI

PLENÁRIO
APROVA O ORÇAMENTO
Presidente SANCIONA A LEI

SOF PREPARA O QUADRO E DISTRIBUIÇÃO MAGNÉTICA

REGISTRA NO SIAFI
S.T.N.
ELABORA PROJETO DO DECRETO DE
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA.

17- CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS

A necessidade de tornar transparente na lei orçamentária, a fonte originária dos


recursos à conta dos quais estão sendo financiados os programas de trabalho, fez com que a
SEPLAN/PR implantasse o que denominou de "CÓDIGO DAS FONTES DE
RECURSOS".

Essa codificação, não prevista na Lei n. 4.320/64, vem ano a ano assumindo
significativa importância e, hoje, inúmeros instrumentos, planos, programas e sistemas
buscam essa codificação, tornando-se, assim, fato de integral entendimento da formação
dessa classificação.

Para a proposta e a Lei Orçamentária, a codificação dessa classificação se apresenta


atualmente esquematizada com três (3) dígitos numéricos sob forma de centena, organizados
em dois (2) grupos a saber:

• 1-Recursos do Tesouro
• 2-Recursos de Outras Fontes

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Para o Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI, a formação do


código da fonte de recursos exige a indicação de nove (9) dígitos em que os três (3)
primeiros têm formação idêntica ao do usado no orçamento e estabelecido pela SOF-
PLANEJAMENTO e os seis (6) restantes individualizam a fonte.

EXEMPLO

112000000,112370851,250153337

18- A FLEXIBILIDADE DA LEI ORÇAMENTÁRIA

A Lei Orçamentária Anual, conhecida como - A LEI DE MEIOS, não é um


documento estático pois suas expressões monetárias quanto à receita e quanto à despesa,
podem ao longo do exercício sofrer mutações as quais a Lei nº. 4.320/64 denomina
CRÉDITOS ADICIONAIS.

18.1 - CRÉDITOS ADICIONAIS

Constituem créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou


insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento. Durante a execução do orçamento, os
créditos inicialmente aprovados pela LOA podem revelar-se insuficientes para realização
dos programas de trabalho. Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução
por meio de créditos adicionais.

Os créditos adicionais podem ser classificados, conforme Art. 41 da Lei 4.320/64


como:

• CRÉDITOS SUPLEMENTARES
• CRÉDITOS ESPECIAIS
• CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

18.1.1 - CRÉDITOS SUPLEMENTARES

Quando os créditos orçamentários são ou se tornam insuficientes, a lei autoriza a


abertura de créditos suplementares. Pode-se afirmar que estes créditos são destinados a
reforço de dotação orçamentária e estão diretamente relacionados ao orçamento, pois
suplementam os créditos do orçamento anual.

Os créditos suplementares são autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo
(art. 7◦, item I, da Lei 4320/64)

Assim sendo, o Executivo tem poderes legais para abrir créditos suplementares
através de decreto, sem entretanto, ouvir o Poder Legislativo, até o limite estipulado, na
LOA–LEI ORÇAMENTÁRIA evitando pôr conseguinte, uma possível burocratização.

A abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos


disponíveis para atender a despesa e sua solicitação será sempre precedida de exposição
justificativa. Este tipo de crédito vincula-se ao orçamento, portanto, extingue-se sua vigência
ao término do exercício.

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18.1.2 - CRÉDITOS ESPECIAIS

Os créditos especiais são aqueles que se destinam a atender despesas para as quais
não haja dotação orçamentária específica criando-se desta forma, nova atividade ou projeto
para atender objetivos não previstos no orçamento.

Os créditos especiais serão abertos por decreto do poder executivo e por se referirem
a despesas novas, serão sempre autorizados pelo Legislativo através de Lei especifica.

A abertura dos créditos especiais depende da existência de recursos disponíveis para


ocorrer a despesa, e sua solicitação será sempre precedida de exposição e justificativa. Não
poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
subsequente.

18.1.3 - CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

Os créditos extraordinários são aqueles que se destinam a atender despesas


imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade
pública.

Os créditos extraordinários, pela própria urgência que os originam, não comportam


autorização legislativa prévia. Serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
conhecimento imediato ao Poder Legislativo, e, dada a natureza das operações independem
de recursos compensatórios para a sua abertura. Não poderão ter vigência além do exercício
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício subsequente.
Vale lembrar, quanto à autorização para abertura de crédito extraordinário, poderá
ser feita, ainda, por meio de medidas provisórias, no caso da União. (art. 65.62 da CF/88)

19 - RECURSOS COMPENSATÓRIOS PARA ABERTURA DE CRÉDITOS/


Fontes que dão suporte orçamentário aos créditos adicionais.

Conforme esclarecemos anteriormente, os créditos SUPLEMENTARES E


ESPECIAIS só poderão ser abertos com a indicação de recursos que os compensem.

Consideram-se recursos para abertura de créditos suplementares e especiais, desde


que não comprometidos:

SUPERÁVIT FINANCEIRO, apurado no balanço patrimonial do exercício


anterior, que representa “a diferença positiva entre o Ativo Financeiro e o Passivo
Financeiro, conjugando-se ainda os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
operações de crédito a elas vinculadas”.

Os provenientes de EXCESSO DE ARRECADAÇÃO que é “o saldo positivo das


diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-
se ainda a tendência do exercício”.

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Os resultantes de ANULAÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE DOTAÇÕES


ORÇAMENTÁRIAS OU DE CRÉDITOS ADICIONAIS AUTORIZADOS EM LEI.
Este é o recurso mais utilizado e representa os Remanejamento do saldo de dotações
não necessárias, transferindo-se esse saldo para outra dotação que tenha maior necessidade.

O PRODUTO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITOS AUTORIZADAS, em forma


que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las.

20 – SOLICITAÇÃO E PRAZOS

O Decreto nº 90.313/84, determina em seu art. 2º que a publicação das autorizações


de créditos adicionais serão feitas até 30 de novembro. Na verdade, observa-se que esse
prazo dificilmente é cumprido, em função de situações anormais que ocorrem dentro do
exercício financeiro. A ideia do legislador quando da fixação dessa data foi a de dar um
prazo exequível para a execução e controle do orçamento-programa, mas que em função das
injunções políticas e administrativas a que estamos sujeitos isso não ocorre.

21 - DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS

Já vimos que o Orçamento, ao ser aprovado, é registrado nas Unidades Setoriais


Orçamentárias de cada Órgão, necessitando de ser descentralizado, no sistema, para as
Unidades Gestoras Administrativas efetuarem a sua execução. A esta transferência de
crédito, entre Unidades Gestoras do sistema dá-se o nome de descentralização que pode ser
interna chamada de PROVISÃO e EXTERNA, denominada de Destaque.

21.1 - DESCENTRALIZAÇÃO INTERNA DE CRÉDITO (PROVISÃO)

É a realizada entre Unidade Gestoras de um mesmo Órgão ou Entidade, integrantes


do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, respeitada, fielmente, a classificação funcional
e os programas.

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Consiste na transferência do poder de utilizar créditos orçamentários de uma unidade


gestora para outra unidade gestora. Podendo ser externa = ministério A para ministério B, ou
interna, mesmo ministério, unidades gestoras diferentes.

21.2 - DESCENTRALIZAÇÃO EXTERNA DE CRÉDITO (DESTAQUE)

É a efetivada entre Unidades Gestoras de Órgãos ou Entidades de estruturas


diferentes, respeitada, fielmente, a classificação da funcional-programática.

A unidade Administrativa somente descentralizará os créditos recebidos, se


previamente autorizada pela Unidade Orçamentária que lhe efetivou a transferência.

O Destaque ou a Descentralização podem ser anulados total ou parcialmente,


possibilitando a reversão do crédito a Unidade Orçamentária distribuidora, quando:

• verificada a ociosidade do crédito na unidade beneficiada;


• houver engano no valor do crédito distribuído ou necessidade de reduzi-lo;
• houver alteração orçamentária;
• houver cancelamento do ato que deu origem a descentralização; e
• a descentralização foi emitida inadequada ou indevidamente

22 – PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

22.1- Conceito

As receitas são arrecadadas pelo Ministério da Fazenda, na União, e pelas Secretarias


da Fazenda, nos Estados e Municípios.

O Orçamento, quando aprovado, já é autorizado para cada Unidade Orçamentária


que necessitará dos recursos financeiros correspondentes para pagamento da despesa
orçamentária.

O Órgão de Programação Financeira da União é o Ministério da Fazenda que se


utiliza da Secretaria do Tesouro Nacional, que é responsável pela Conta Única do Tesouro
Nacional e pela descentralização de recursos financeiros às Setoriais de Programação
Financeira (OSPF), de cada Órgão da Administração Direta para realizarem a execução
financeira do Orçamento.

Os procedimentos de programação financeira são definidos pelos Decretos


publicados anualmente e instruções normativas, da Secretaria do Tesouro Nacional.

22.2-TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS

Os Órgãos Setoriais de Programação Financeira (OSPF) registrarão no SIAFI suas


Propostas de Programação Financeira-PPF até o dia 28 de cada mês.
A Secretaria do Tesouro Nacional, considerando as disponibilidades do Caixa da
União, fará até o terceiro dia útil do mês subsequente, a aprovação das propostas (PFA), e
liberará, também os recursos financeiros aprovados nas datas previstas para o pagamento de
cada categoria de gasto.

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Os Órgãos Setoriais, com base nas aprovações e liberações efetuadas pela STN,
estabelecem os limites a serem repassados para suas Unidades Gestoras e Unidades
Subordinadas.
A Programação financeira, também poderá ser utilizada pelos Órgãos Setoriais, com
relação às suas Unidades Gestoras e Unidades Subordinadas, seguindo, para isso, os mesmos
procedimentos adotados com relação à STN.
As liberações de recursos financeiros podem ser traduzidas de quatro maneiras
diferentes, sendo três orçamentárias (cota, repasse ou sub-repasse) e uma extra-orçamentária
(para atender a Restos a Pagar).

22.2.1 – COTA

Após aprovação da Proposta Financeira, a STN, coloca, à disposição dos Órgãos


Setoriais de Programação Financeira, no sistema, os limites de saque necessários aos
pagamentos do mês.

A cota é a primeira fase da movimentação dos recursos e é liberada em consonância


com o cronograma de desembolso, de cada Ministério ou Órgão. Define-se, portanto, como
liberação de cota, o ato pelo qual a STN coloca, à disposição das autoridades dos Poderes
Legislativo, Judiciário e Executivo os limites de autorização de saques aprovados
previamente.

22.2.2 – REPASSE

É transferência Financeira entre Unidades Gestoras de Órgãos diferentes, ou seja, é a


transferência Financeira Externa.

22.2.3– SUB-REPASSE

É a transferência financeira entre Unidades Gestoras no âmbito de um mesmo Órgão,


ou seja, é a transferência financeira interna.

Ressalte-se que a figura do sub-repasse está sempre associada “a provisão”, do lado


orçamentário.

22.2.4- TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS PARA ATENDER A RESTOS A


PAGAR

Este tipo de transferência é classificada como extra-orçamentária, haja vista que os


valores transferidos referem-se ao Orçamento do exercício anterior.

Consideram-se valores transferidos, nessa categoria, os valores referentes aos saldos


orçamentários comprometidos pelas Unidades Gestoras e não transferidos pelas suas
Setoriais de Programação Financeira dentro do exercício. Na Unidade Gestora Concedente,
esse tipo de transferência é, também chamada de Ordem de Transferência Concedida-OTC e
na Unidade Gestora recebedora, de Ordem de Transferência Recebida-OTR.

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22.2.5 - TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS VINCULADAS A TERMOS


FORMALIZADOS (CONVÊNIOS)

Devido à falta de condições da Administração Pública de realizar determinados


planos e/ou projetos, faz-se necessária à transferência de créditos para outros entes públicos
ou privados.
Essas transferências de recursos são formalizadas por termos definidos por Instrução
Normativa, as Secretaria do Tesouro Nacional.

Uma transferência pode ser classificada de três formas distintas:

REPASSE, RECEITA, DESPESA

TERMOS DE TRANSFRÊNCIA DE REPASSE

Trata-se de transferências financeiras entre Unidades Gestoras que participam do


Orçamento Fiscal ou da Seguridade Social, ou seja, transferências
INTRAGOVERNAMENTAIS que são feitas, sempre, após o cadastro do Termo de
Transferência, no SIAFI.

TERMOS DE TRANSFERÊNCIA DE RECEITA

Refere-se às transferências recebidas pela Administração Federal de outras esferas de


Governo (TRANFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS RECEBIDAS), ou de pessoas
físicas ou jurídicas. Essas transferências constituem receitas orçamentárias para o Órgão
recebedor e deverão estar previstas no Orçamento.

TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE DESPESA

Refere-se às transferências concedidas pela Administração Pública Federal a outra


esfera de Governo TRANSFER6ENCIAS INTERGOVERNAMENTAIS CONCEDIDAS),
ou a pessoas físicas ou jurídicas. Essas transferências serão feitas, após a emissão do
respectivo empenho e do cadastro da mesma, no SIAFI.

23 – CONCEITUAÇÕES

É imprescindível aos executores conhecer a conceituação dos termos usualmente


empregados na gestão orçamentária e financeira.

ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO – Instrumento de Governo, de administração,


de efetivação e de execução dos planos gerais de desenvolvimento sócio-econômico.

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA – Repartição da Administração Direta e Indireta a


que o Orçamento Público Geral, irá consignar dotações para realização de seus programas de
trabalho e sobre os quais exerce o poder de disposição.

UNIDADE ADMINISTRATIVA – Repartição Pública da Administração Direta e


Indireta que não é contemplada nominalmente no Orçamento Público Geral, dependendo,
por isso, de provisão de créditos para execução dos projetos ou atividades a seu cargo. São,
também, conhecidas como unidades internas das entidades da Administração.

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UNIDADE GESTORA – Unidade Orçamentária investida do poder de gerir


créditos orçamentários e/ou recursos financeiros, a fim de realizar os programas de governo.

ORDENADOR DE DESPESA – Autoridade com atribuições definidas em ato


(portaria) próprio, entre as quais as de movimentar créditos orçamentários, empenhar
despesas e efetuar pagamentos.

O instituto da ordenação de despesa pode ser delegado, a critério do titular do órgão.

A delegação de competência caracteriza-se como instrumento de descentralização


administrativa, e visa dar maior rapidez e objetividade às decisões inerentes à ação
governamental.

O ato de delegação de competência há de ser explicito e detalhado.

O agente ‘delegado’ pode exercer a ‘ordenação de despesa’ concomitantemente com


o ‘delegante’, já os substitutos eventuais, somente no afastamento do titular.

ADMINISTRADOR – Dirigente de entidade da Administração Indireta


supervisionada que, independentemente de exercer a função Ordenador de Despesa,
responde pela regularidade da gestão da qual é titular.

CO-RESPONSÁVEL – O agente que, sob a direção ou supervisão do Ordenador de


Despesa e, sempre em conjunto com este, prática atos de gestão financeira.

RESPONSÁVEL – SUBORDINADO – Agente que sob a direção e supervisão do


administrador ou ordenador de despesa, isoladamente arrecade, movimente, ou tenha sob sua
guarda valores e outros bens públicos.

São responsáveis por almoxarifados, por bens patrimoniais, por suprimentos de


fundos, etc., os quais ficam sujeitos à prestação de contas ao ordenador de despesa de acordo
com o grau de responsabilidade lhes atribuído.

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO – Programação de utilização de recursos


realizada pelos órgãos setoriais do sistema de programação financeira, mediante previsão
efetuada pelas Unidades Orçamentárias, que evidencia as necessidades para o
desenvolvimento dos respectivos programas em cotejo com o esperado comportamento da
receita do Tesouro.

24 – EXECUÇÃO FINANCEIRA

24.1 – EXERCÍCIO FINANCEIRO

CONCEITO

Exercício financeiro é o espaço de tempo compreendido entre primeiro de janeiro e


trinta e um de dezembro de cada ano, no qual, administração promove a execução
orçamentária e demais fatos relacionados com as variações qualitativa e quantitativa que
tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.

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50

O art. 34 da Lei nº. 4320/64 determina que o exercício financeiro coincidirá com o
ano civil. O art. 35 desse mesmo dispositivo legal dispõe que pertencem ao exercício
financeiro as receitas nele arrecadadas as despesas nele legalmente empenhadas.

Nesse mesmo sentido, deve-se também observar, que reverte à dotação a importância
da despesa anulada no exercício. Quando anulação ocorrer após o encerramento deste,
considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.

24.2 – RESTOS A PAGAR

CONCEITO

Consideram-se Restos a Pagar, ou resíduos passivos, consoante o art. 36 da Lei


4320/64, as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, ou seja, até
31 de dezembro (art. 35 e 67 do Decreto nº. 93.872/86).
o Plano de Contas Único, a inscrição de Restos a Pagar não processados, é feita, em
31 de dezembro de cada ano, na conta 2.1.2.1.6.01.02 (Restos a Pagar - Não Processados)
pela leitura, em cada UG, do saldo da conta 2.9.2.4.1.01.01- Empenhos a Liquidar.

CLASSIFICAÇÃO

Conforme a sua natureza, as despesas inscritas em ‘Restos a Pagar’ será classificada:

PROCESSADAS – São as despesas em que o credor já cumpriu as suas


obrigações, isto é, entregou o material, prestou os serviços ou executou a etapa da
obra, dentro do exercício. Tendo, portanto, direito liquido e certo, faltando apenas o
pagamento. Hoje essas despesas ficam registradas na conta ‘FORNECEDORES’.

Os restos a pagar processados são registrados no momento da entrega do objeto do


empenho (entrega do serviço, material, bem ou obra pelo fornecedor) para respeitar
o Princípio de Competência.

NÃO PROCESSADAS - São as despesas, legalmente empenhadas, que não foram


liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro do mesmo exercício.
O registro dos Restos a Pagar não processados é feito em 31 de dezembro de cada
ano, para respeitar o disposto no art. 36 da Lei 4.320/64 que determina que os
empenhos emitidos e não liquidados, até 31 de dezembro, deverão ser inscritos em
Restos a Pagar.

PAGAMENTO - O pagamento da despesas inscrita em Restos a Pagar, seja


Processada o não Processada, é feito no ano seguinte ao da sua inscrição, com base na
liquidação da despesa, ou seja, a partir da entrega do objeto do empenho.

CANCELAMENTO - Os valores inscritos e não pagos, até 31 de dezembro do ano


seguinte, deverão ser cancelados pela Unidade Gestora. Caso o gestor não faça o
cancelamento até 31 de dezembro, automaticamente, o sistema SIAFI o fará.

PRESCRIÇÃO

Embora a validade do registro contábil seja apenas de um ano, os Restos a Pagar só


prescrevem após 5 ( cinco) anos a partir da sua inscrição. Dada a baixa contábil dos Restos a

Profa. Dra. Maria da Glória Vitório Guimarães - Apostila 2018


51

Pagar e até a sua prescrição, as despesas reconhecidas serão pagas na rubrica “Despesas de
Exercício Anteriores”

24.3 – DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

O assunto está regulado pelo art. 37 da Lei nº. 4.320/64, regulamentada pelo Decreto
nº. 93.872, de 23/12/86, que incorporou os conceitos do Decreto nº 62.115, de 15/01//68.

CONCEITO

Despesas de Exercícios Anteriores são as dívidas resultantes de compromissos


gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que ocorrem os pagamentos.

O regime de competência exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o


exercício a que pertençam, ou seja, em que foram geradas. Se uma determinada despesa
tiver origem, por exemplo, em 2011 e só foi reconhecida e paga em 2014, a sua
contabilização deverá ser feita à “Conta de Despesas de Exercícios Anteriores” para
evidenciar o regime do exercício.

OCORRÊNCIA

Poderão ser pagas à conta de despesas de exercício anteriores, mediante autorização


do ordenador de despesas, respeitada a categoria econômica própria.

a) as despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo


consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, assim entendidas aquela cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente,
mas que, dentro do prazo estabelecido o credor tenha cumprido sua obrigação;

b) os restos a pagar com prescrição interrompida; assim considerada a despesa cuja


inscrição como Restos a Pagar tenha sido cancelada, mais ainda vigente o direito do
credor; e

c) os compromissos decorrentes de obrigação de pagamento criada em virtude de lei e


reconhecidos após o encerramento do exercício.

Pode-se citar como exemplo dessa última situação: o caso de um servidor cujo filho
tenha nascido em setembro e somente requereu o benefício do salário-família em março do
ano seguinte. As despesas referentes aos meses de setembro a dezembro irão à conta de
despesas de exercícios anteriores, classificados, como de transferências correntes, as dos
demais meses no elemento de despesa próprio. A promoção de um funcionário com data
retroativa e que alcance anos anteriores ao exercício financeiro, também é caso de despesa
de exercícios anteriores.

FORMALIZAÇÃO

Constituem elementos próprios e essenciais à instrução do processo relativo a


despesas de exercícios anteriores, para fins de autorização do pagamento:

a) nome do credor, CGC/CPF e endereço;

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b) importância a pagar;
c) data do vencimento do compromisso;
d) causa da inobservância do empenho prévio de despesa;
e) indicação do nome do ordenador da despesa à época do fato gerador do
compromisso registrado; e
f) reconhecimento expresso do atual ordenador de despesa

PRESCRIÇÃO

As dividas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do favorecido,


prescrevem em 05 (cinco) anos, contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao
respectivo direito.
O inicio do período da divida corresponde à data constante do fato gerador do direito,
não devendo ser considerado, para fins de prescrição quinquenal, o tempo de tramitação
burocrática e o de providências administrativas a que estiver sujeito o processo.

25- DIÁRIAS

CONCEITO E OBJETIVO

Nos termos do art. 58 da Lei nº 8.112/90, “o servidor que, a serviço, se afastar da


sede em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, fará jus a
passagens e diárias, para cobrir despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana”.

DIREITO

O servidor fará jus à percepção de diárias correspondentes aos dias de deslocamento


e somente à metade do valor da diária nos seguintes casos (art. 2º Parágrafo Único, do
decreto nº 343/91).

a) no dia do retorno à sede;

b) quando fornecido alojamento ou outra forma de pousada, em próprio da Fazenda


Nacional ou de outro órgão ou entidade da Administração Pública; e

c) quando designado para compor equipe de apoio às viagens do Presidente ou Vice-


Presidente da República.

CONCESSÃO

A autoridade proponente do afastamento do servidor deverá descrever o serviço a ser


executado fora da sede, de forma clara e objetiva, evitando termos vagos e abrangentes, de
modo a permitir que a autoridade superior conheça, especificamente, a natureza e finalidade
da missão, para que possa julgar da conveniência ou não de sua autorização. Anexar sempre
que possível ‘folders’ ou outros documentos que comprovem a realização e o período do
evento.

Quando verificada a necessidade da permanência do servidor no local em que se


encontra a serviço da organização, além do prazo inicialmente estabelecido, o mesmo fará
jus a diárias correspondentes ao período da prorrogação. A prorrogação será solicitada em
documento distinto do inicial. O documento inicial deverá solicitar no máximo 15 diárias.

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53

As diárias serão pagas com antecipação máxima de 5 (cinco) dias (art. 22, II Decreto
nº 825/93), de uma só vez, exceto nas seguintes situações:

a) em casos de emergência, em que poderão ser processadas no decorrer do


deslocamento; e

b) quando o deslocamento compreender período superior a 15 (quinze) dias, caso em


que serão pagas parceladamente (art. 22 II, Decreto nº 825/93).

Dentro do prazo de 5 (cinco) dias, contados da data de retorno à sede, o servidor


restituirá ao órgão concedente, as diárias recebidas em excesso, ou na sua totalidade quando,
por qualquer circunstância, não ocorrer o afastamento.

A concessão de diárias restringir-se-á ao período do exercício financeiro vigente.

As diárias serão concedidas pelo dirigente da repartição a que pertencer o servidor ou


que tenha interesse na execução do trabalho, ou a quem tenha aquele delegado competência.

São elementos essenciais do ato de concessão:

a) o nome, o cargo ou a função do proponente;

b) o nome, o cargo, emprego ou função e a matrícula do servidor beneficiário;

c) a descrição objetiva do serviço a ser executado;

d) a indicação dos locais onde o serviço será realizado;

e) o período provável do afastamento;

f) o valor unitário, a quantidade de diárias e a importância total a ser paga; e

g) a autorização de pagamento pelo ordenador de despesa.

Os atos de concessão de diárias serão publicados no Boletim Interno ou de Pessoal


do Órgão ou Entidade concedente.

Responderão solidariamente pelos atos praticados em desacordo com o disposto no


Decreto acima citado, a autoridade proponente, o ordenador de despesa e o agente
responsável pelo recebimento dos valores.

CASOS ESPECIAIS

Quando o servidor for designado para compor equipe de apoio às viagens do


presidente ou do Vice-Presidente da República, fará jus a meia diária.

Nos casos em que o servidor se afastar da sede de serviço acompanhado, na


qualidade de assessor, titular de cargo de natureza especial, Consultor-Geral da República ou
dirigente máximo de autarquia ou fundação pública federal, fará jus ás diárias no mesmo
valor atribuído à autoridade acompanhada.

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54

Se o servidor integrar equipe acompanhante de Ministro de Estado, as diárias


respectivas corresponderão ao valor atribuído a titular de cargo de natureza especial.

PROIBIÇÃO

As propostas de concessão de diárias, quando o afastamento iniciar-se a partir da


sexta-feira, bem como os que incluam sábados, domingos e feriados serão expressamente
justificadas, configurando, a autorização de pagamento pelo ordenador de despesas, a
aceitação da justificativa.

ADICIONAL SOBRE O VALOR DA DIÁRIA

Será concedido um adicional correspondente a oitenta por cento do valor básico da


diária de “nível superior” item “c” do anexo ao Decreto nº 343/91, destinado a cobrir
despesas de deslocamento até o local de embarque e do desembarque ao local de trabalho
ou de hospedagem do servidor, e vice-versa.

O mencionado adicional deverá ser concedido em função de cada deslocamento e


não em função da quantidade de diárias concedidas, ou seja, caso a viagem tenha sido
programada para mais de uma cidade, o adicional deve ser concedido para cada uma delas,
excluindo-se a de origem.

DIÁRIAS PARA COLABORADOR EVENTUAL

Colaborador eventual é todo aquele que não possuindo vinculo com a Administração
Pública Federal, nem estando formalmente prestando serviço técnico administrativo de
forma continuada (ainda entendido como: não estando cedidos/requisitados ou alocados
permanentemente à execução de convênio), tenha sido chamado a prestar algum tipo de
colaboração ao Governo Federal, Estadual ou Municipal.

As despesas de alimentação e pousada de colaboradores eventuais, previstas no


artigo 4º da Lei nº 8.162, de 08/01/91, serão indenizadas mediante a concessão de diárias,
correndo à conta do órgão interessado imputando-se a despesa a dotação consignada sob a
classificação de serviços.

O dirigente de órgão concedente da diária estabelecerá o nível de equivalência da


atividade a ser cumprida pelo colaborador eventual com a tabela de diárias.

DIÁRIAS NO EXTERIOR

As viagens ao exterior estão regulamentadas pelos Decretos nº 91.800/85 e


99.188/90, que discrimina quais as condições em que podem ocorrer e quem tem
competência para sua autorização.
Conforme referidos diplomas legais, as viagens ao exterior do pessoal civil da
Administração Direta e Indireta a serviço ou com a finalidade de aperfeiçoamento, sem
nomeação ou designação poderão ser de três tipos:

I – com ônus, quando implicam direito a passagens e diárias, assegurado ao servidor o


vencimento ou salário e demais vantagens do cargo, função ou emprego;

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55

II – com ônus limitado, quando implicarem direito apenas ao vencimento ou demais


vantagens do cargo, função ou emprego;

III – sem ônus, quando implicarem perda total do vencimento ou salário e demais vantagens
do cargo, função ou emprego, e não acarretarem qualquer despesa para a Administração.

A competência para autorização de viagem ao exterior é dos Ministros de Estado,


Secretário-Geral da Presidência da República, dos titulares das Secretarias da presidência da
República e da Consultoria Geral da República (art. 14 Decreto nº 99.188/90).

INDENIZAÇÃO DE QUE TRATA O ARTIGO 16 DA LEI Nº. 8.216/91

O art. 4º do Decreto nº 343/91 estabelece os serviços especiais a serem realizados


fora da zona considerada urbana, sujeitos à indenização de campo, paga de acordo com o
item “c” do anexo I do Decreto nº. 1.656/95.

Note que será concedida essa indenização para os serviços dentro do mesmo
município fora da zona considerada urbana, mas somente para os serviços especificados no
art. 16 da Lei nº 8.216/91 e art. 4º do Decreto nº 343/91.

INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a


utilização de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos, por força das
atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento (art. 60 da Lei nº.
8.112/90).

O Decreto nº 1.238 de 12.05.94, que se regulamenta o art. 60 da lei nº 8.112/90, reza


que a indenização de transporte corresponderá a 11,5% do maior vencimento básico do
servidor público.

Entretanto a percepção da indenização de transporte é incompatível com a percepção


de diária, pois este último destina-se também, à cobertura de despesa com a locomoção
urbana. Ainda pior, seria a utilização de veículo oficial quando o servidor estiver recebendo
a indenização de transporte.

26 – SUPRIMENTO DE FUNDOS

A administração pública prevê, em determinadas situações, a utilização de uma


sistemática especial para realizar despesa que, por sua natureza ou urgência não possam
aguardar o processamento normal da execução orçamentária. Essa previsão está definida no
art. 74, $ 3º do Decreto-lei nº. 200/67, e artigos 68 e 69 da Lei nº 4.320, bem como nos
artigos 45 e 47 do Decreto nº 93.872/86 e Portaria 492 MF de 31/08/93.

CONCEITO

Suprimento de fundos, consiste na entrega de numerário a servidor para a realização


de despesa precedida de empenho na dotação própria, que por sua natureza ou urgência não
possa subordinar-se ao processo normal de execução orçamentária e financeira.

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56

REALIZAÇÃO

São passíveis de realização através de suprimentos de fundos, consoantes o art. 45 do


Decreto n.º 93.872, de 23/11/86, alterado pelo Decreto n.º 95.804/98, as despesas:

a) com serviços que exige pronto pagamento em espécie;

b) que devam ser feitas em caráter sigiloso, adotando-se o mesmo grau de sigilo,
conforme se classificar em regulamento e constar do ato de concessão;

c) de pequeno vulto, assim entendida aquela cujo valor, não ultrapassar a 5% do valor
estabelecido na alínea “a” do inciso I, do artigo 23 da Lei nº 8.666/93 no caso de
obras e serviços, e a 5% do valor constante na alínea “a” do inciso II do artigo 23 da
referida Lei, no caso de outros serviços de engenharia e compras em geral.

Os limites acima referidos é o de cada despesa, vedado o funcionamento de


despesa ou do documento comprobatórios, para adequação a esse valor.

RESTRIÇÃO NA CONCESSÃO

O Art. 45, paragrafo 3º, do decreto nº 93.872/86, alterado pelo Decreto nº 95.804/88,
determina que não se concederá suprimento de fundos ao servidor:

a) responsável por dois suprimentos;

b) que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;

c) responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado
contas de sua aplicação; e

d) declarado em alcance, ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.

Entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de
suprimento, no prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude
de desvio, desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua
guarda, verificados na prestação de contas.

CONTROLE

Ressalte-se, preliminarmente que na aplicação do suprimento observar-se-ão as


condições e finalidades previstas no seu ato de concessão.

CONTROLE PRÉVIO

A entrega dos recursos financeiro será precedida de empenho da despesa na


respectiva classificação orçamentária, e feita mediante OBP ou crédito em conta bancária,
em favor do suprido, aberta com autorização do ordenador de despesa, para esse fim.

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ATO DE CONCESSÃO E PRAZO DE APLICAÇÃO

A autorização do suprimento de fundos será formalizada no documento de


concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome do suprido e seu
cargo/função, o prazo de aplicação, a data para a prestação de contas e as assinaturas do
ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
Conforme estabelece o artigo 1º da Portaria GM/MF nº 492, de 31/08/93, a
concessão de suprimento de fundos estará limitada a:

I – 5% do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “I” do artigo 23, da Lei nº 8.666/93, de
21/06/93, para execução de obras e serviços de engenharia; e

II – 5% do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “II” do artigo 23, da Lei acima citada,
para outros serviços e compra em geral.

O prazo de aplicação do suprimento não deve exceder a 90 (noventa) dias nem


ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até
31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente.

COMPROVAÇÃO

Os documentos comprobatórios das despesas efetuadas serão extraídos em nome da


repartição onde o suprido esteja em exercício, exigindo-se documento fiscal sempre que a
operação estiver sujeita a tributação.
O servidor tem 30 (trinta) dias para prestar contas do suprimento. Todavia, se a
importância do suprimento for aplicada até o encerramento do exercício, ou seja, até 31 de
dezembro, a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte. Se o suprido deixar
de prestar contas no prazo estabelecido, proceder-se-á à tomada de contas especial, sem
prejuízo das providencias administrativas para apuração das responsabilidades e imposição
das penalidades cabíveis.

A prestação de contas da aplicação dos recursos de suprimento de fundos deverá ser


feita mediante apresentação dos seguintes documentos:

a) cópia do documento de concessão do suprimento;


b) 1ª via da nota de empenho da despesa;
c) extrato da conta bancária, se for o caso;
d) comprovantes das despesas realizadas, devidamente atestados e emitidos em data
igual ou posterior à da entrega do numerário e anterior à data limite para aplicação,
em nome do órgão onde o suprido esteja em exercício, a saber:

I) no caso de compra de material – nota fiscal de venda ao consumidor;


II) no caso de prestação de serviços por pessoa jurídica – nota fiscal de prestação de
serviços;
III) no caso de prestação de serviço por pessoa física:

- recibo comum – se o credor não for inscrito no IAPAS;


- recibo de pagamento de autônomo (RPA) – se o credor for inscrito no INSS.

e) comprovante de recolhimento do saldo não utilizado, se for o caso.

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58

O eventual saldo não utilizado do suprimento de fundos, pelas unidades "off-line”


deverá ser recolhido, dentro do prazo estabelecido para a prestação de contas, à conta
bancária da unidade gestora, mediante GR – se no mesmo exercício da concessão, ou ao
Tesouro Nacional mediante DARF – se em exercício posterior ao da concessão.

O saldo de suprimento de fundos das unidades “on-line”, no exercício, será revertido


ao limite de saque das mesmas; posterior, se constituirá em receita do Tesouro Nacional,
mediante DARF.

Quando impugnada a prestação de contas, parcial ou totalmente, deverá a autoridade


ordenadora determinar imediatas providências administrativas para apuração das
responsabilidades e imposições das penalidades cabíveis, bem como promover a tomada de
contas para julgamento pelo Tribunal de Contas da União, quando for o caso.

MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Das modalidades de licitação


1. concorrência
2. tomada de preço
3. convite
4. concurso
5. leilão
6. pregão

CONTROLE INTERNO E EXTERNO

Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual


Avaliar a execução dos programas
Avaliar resultados

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular
emprego na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades
administrativas competentes.(art. 93 do Decreto n° 200, de 25/02/1967).
De acordo com Bezerra Filho(p.103, 2005) É o procedimento pelo qual o
responsável pela guarda ou movimentação de bens ou valores toma a iniciativa de
comprovar, perante outrem, os atos praticados como gestor dos mesmos, em virtude
de normas ou regulamentos, contratos, convênios ou ajustes etc.

SIAFI (Sistema integrado)

ü Permiti o registro e o acompanhamento diário dos atos de gestão referentes à


execução orçamentária, financeira e patrimonial;
ü Otimiza a Administração Financeira através da Conta Única do Governo
Federal;
ü Garante segurança, fidedignidade e tempestividade às informações;
ü Permite o acompanhamento e avaliação do gasto público;
ü É o principal instrumento de administração orçamentária e financeira da
união;
ü Torna absolutamente segura a contabilidade da união.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

REIS, Heraldo da Costa e MACHADO JR.,J. Teixeira. - A lei 4.320 Comentada 31ª ed. rev.
atual. Rio de Janeiro, IBAM, 2008.

BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

GIACOMONI, James - Orçamento Público, 15ª ed. São Paulo: ATLAS, 2010.

GAZAL, Arlécio Alexandre - Classificação e Execução orçamentária - Centro de


Treinamento para o Desenvolvimento Econômico e Social-CENDEC, Brasília,1995.

GIACOMONI, James. As Bases Legais do Orçamento Público no Brasil - Centro de


Treinamento para o Desenvolvimento Econômico e Social- CENDEC, Brasília, 1995.

JUND, Sergio. AFO Administração Financeira e Orçamentária. Rio de Janeiro: Elsevier,


2011.

QUINTELA, Adorado - O orçamento Público e sua Relação com o Planejamento, Finanças


Públicas e Gestão Governamental- Centro de Treinamento para o Desenvolvimento
Econômico e Social- CENDEC, Brasília, 1995.

REZENDE, Flávio da Cunha. Por que falham as reformas administrativas. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2004.

Escola Nacional de Administração Pública- ENAP. Curso de Programação e Gestão


Financeira e Orçamentária: Execução Orçamentária, Brasília, 2004.

Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretaria de Orçamento Federal -SOF. Manual


Técnico de Orçamento, Brasília, 2013.

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ANEXO I -- PORTARIA 42/99


FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES DE GOVERNO
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa
032 – Controle Externo
02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária
062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
03 - Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica
092 – Representação Judicial e Extrajudicial
04 – Administração 121 – Planejamento e Orçamento
122 – Administração Geral
123 – Administração Financeira
124 – Controle Interno
125 – Normalização e Fiscalização
126 – Tecnologia da Informação
127 – Ordenamento Territorial
128 – Formação de Recursos Humanos
129 – Administração de Receitas
130 – Administração de Concessões
131 – Comunicação Social
05 - Defesa Nacional 151 – Defesa Aérea
152 – Defesa Naval
153 – Defesa Terrestre
06 - Segurança Pública 181 – Policiamento
182 – Defesa Civil
183 – Informação e Inteligência
07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas
212 – Cooperação Internacional
08 – Assistência Social 241 – Assistência ao Idoso
242 – Assistência ao Portador de Deficiência
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
09 – Previdência Social 271 – Previdência Básica
272 – Previdência do Regime Estatutário
273 – Previdência Complementar
274 – Previdência Especial
10 – Saúde 301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 – Suporte Profilático e Terapêutico
304 – Vigilância Sanitária
305 – Vigilância Epidemiológica
306 – Alimentação e Nutrição
11 – Trabalho 331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador
332 – Relações de Trabalho
333 – Empregabilidade
334 – Fomento ao Trabalho
12 – Educação 361 – Ensino Fundamental
362 – Ensino Médio
363 – Ensino Profissional
364 – Ensino Superior
365 – Educação Infantil
366 – Educação de Jovens e Adultos
367 – Educação Especial
13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico
392 – Difusão Cultural
14 – Direitos da Cidadania 421 – Custódia e Reintegração Social
422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos

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ANEXO I -- PORTARIA 42/99


FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES DE GOVERNO
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
423 – Assistência aos Povos Indígenas
15 – Urbanismo 451 – Infra-Estrutura Urbana
452 – Serviços Urbanos
453 – Transportes Coletivos Urbanos
16 – Habitação 481 – Habitação Rural
482 – Habitação Urbana
17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural
512 – Saneamento Básico Urbano
18 - Gestão Ambiental 541 – Preservação e Conservação Ambiental
542 – Controle Ambiental
543 – Recuperação de Áreas Degradadas
544 – Recursos Hídricos
545 – Meteorologia
19 – Ciência e Tecnologia 571 – Desenvolvimento Científico
572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia
573 – Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico
20 – Agricultura 601 – Promoção da Produção Vegetal
602 – Promoção da Produção Animal
603 – Defesa Sanitária Vegetal
604 – Defesa Sanitária Animal
605 – Abastecimento
606 – Extensão Rural
607 – Irrigação
21 – Organização Agrária 631 – Reforma Agrária
632 – Colonização
22 – Indústria 661 – Promoção Industrial
662 – Produção Industrial
663 – Mineração
664 – Propriedade Industrial
665 – Normalização e Qualidade
23 – Comércio e Serviços 691 – Promoção Comercial
692 – Comercialização
693 – Comércio Exterior
694 – Serviços Financeiros
695 – Turismo
24 – Comunicações 721 – Comunicações Postais
722 – Telecomunicações
25 – Energia 751 – Conservação de Energia
752 – Energia Elétrica
753 – Petróleo
754 – Álcool
26 – Transporte 781 – Transporte Aéreo
782 – Transporte Rodoviário
783 – Transporte Ferroviário
784 – Transporte Hidroviário
785 – Transportes Especiais
27 – Desporto e Lazer 811 – Desporto de Rendimento
812 – Desporto Comunitário
813 – Lazer
28 – Encargos Especiais 841 – Refinanciamento da Dívida Interna
842 – Refinanciamento da Dívida Externa
843 – Serviço da Dívida Interna
844 – Serviço da Dívida Externa
845 – Transferências
846 – Outros Encargos Especiais
Fonte: Manual Técnico de Orçamento 02 de 2003

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Classificação Institucional Sua finalidade principal é evidenciar os órgãos responsáveis pela execução da despesa. É um critério
indispensável para a fixação de responsabilidades e os consequentes controles e avaliações. Na prática orçamentária brasileira,
utiliza-se um campo de cinco dígitos para identificar essa classificação. Os dois primeiros algarismos são reservados para identificar
o órgão, ou seja, qualquer instituição que integra a estrutura administrativa dos três Poderes da União; os três últimos identificam as
unidades orçamentárias. Entende-se por unidade orçamentária a repartição pública da administração direta ou indireta que o
orçamento da União consigna, especificamente, dotações para execução de seus programas de trabalho e sobre os quais exerce o
poder de disposição. A classificação institucional compreende os Órgãos e suas respectivas Unidades Orçamentárias. Um órgão ou
uma unidade orçamentária da classificação institucional do orçamento pode, eventualmente, não corresponder a uma estrutura
administrativa como, por exemplo, "Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios", "Encargos Financeiros da União",
“Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e "Reserva de Contingência". Exemplo
de Classificação Institucional:

CÓDIGO
01000 CÂMARA DOS DEPUTADOS
01101 Câmara dos Deputados
01901 Fundo Rotativo da Câmara dos Deputados
02000 SENADO FEDERAL
02101 Senado Federal
02103 Secretaria Especial de Informática – Prodasen
02104 Secretaria Especial de Editoração e Publicação
02901 Fundo Especial do Senado Federal
02903 Fundo de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal
02904 Fundo da Secretaria Especial de Editoração e Publicação
03000 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
03101 Tribunal de Contas da União
10000 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
10101 Supremo Tribunal Federal
10102 Conselho Nacional de Justiça
11000 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
11101 Superior Tribunal de Justiça
12000 JUSTIÇA FEDERAL
12101 Justiça Federal de Primeiro Grau
12102 Tribunal Regional Federal da 1a. Região
12103 Tribunal Regional Federal da 2a. Região
12104 Tribunal Regional Federal da 3a. Região
12105 Tribunal Regional Federal da 4a. Região
12106 Tribunal Regional Federal da 5a. Região
13000 JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO
13101 Justiça Militar da União
14000 JUSTIÇA ELEITORAL
14101 Tribunal Superior Eleitoral
14102 Tribunal Regional Eleitoral do Acre
14103 Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas
14104 Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas
14105 Tribunal Regional Eleitoral da Bahia
14106 Tribunal Regional Eleitoral do Ceará
14107 Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal
14108 Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo
14109 Tribunal Regional Eleitoral de Goiás

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14110 Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão


14111 Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso
14112 Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul
14113 Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais
14114 Tribunal Regional Eleitoral do Pará
14115 Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba
14116 Tribunal Regional Eleitoral do Paraná
14117 Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco
14118 Tribunal Regional Eleitoral do Piauí
14119 Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro
14120 Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte
14121 Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul
14122 Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia
14123 Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina
14124 Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
14125 Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe
14126 Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins
14127 Tribunal Regional Eleitoral de Roraima
14128 Tribunal Regional Eleitoral do Amapá
14901 Fundo Partidário
15000 JUSTIÇA DO TRABALHO
15101 Tribunal Superior do Trabalho
15102 Tribunal Regional do Trabalho da 1a. Região - Rio de Janeiro
15103 Tribunal Regional do Trabalho da 2a. Região - São Paulo
15104 Tribunal Regional do Trabalho da 3a. Região - Minas Gerais
15105 Tribunal Regional do Trabalho da 4a. Região - Rio Grande do Sul
15106 Tribunal Regional do Trabalho da 5a. Região – Bahia
15107 Tribunal Regional do Trabalho da 6a. Região – Pernambuco
15108 Tribunal Regional do Trabalho da 7a. Região – Ceará
15109 Tribunal Regional do Trabalho da 8a. Região - Pará/Amapá
15110 Tribunal Regional do Trabalho da 9a. Região – Paraná
15111 Tribunal Regional do Trabalho da 10a. Região - Distrito Federal/Tocantins
15112 Tribunal Regional do Trabalho da 11a. Região - Amazonas/Roraima
15113 Tribunal Regional do Trabalho da 12a. Região - Santa Catarina
15114 Tribunal Regional do Trabalho da 13a. Região – Paraíba
15115 Tribunal Regional do Trabalho da 14a. Região - Rondônia/Acre
15116 Tribunal Regional do Trabalho da 15a. Região - Campinas/SP
15117 Tribunal Regional do Trabalho da 16a. Região – Maranhão
15118 Tribunal Regional do Trabalho da 17a. Região - Espírito Santo
15119 Tribunal Regional do Trabalho da 18a. Região – Goiás
15120 Tribunal Regional do Trabalho da 19a. Região – Alagoas
15121 Tribunal Regional do Trabalho da 20a. Região – Sergipe
15122 Tribunal Regional do Trabalho da 21a. Região - Rio Grande do Norte
15123 Tribunal Regional do Trabalho da 22a. Região – Piauí
15124 Tribunal Regional do Trabalho da 23a. Região - Mato Grosso
15125 Tribunal Regional do Trabalho da 24a. Região - Mato Grosso do Sul
16000 JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
16101 Tribunal de Justiça do Distrito Federal
16103 Justiça da Infância e da Juventude
20000 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
20101 Presidência da República
20102 Gabinete da Vice-Presidência da República
20114 Advocacia-Geral da União
20118 Agência Brasileira de Inteligência – ABIN
20120 Arquivo Nacional
20122 Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres

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20124 Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca


20125 Controladoria-Geral da União
20126 Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
20154 Procuradoria-Geral Federal – PGF
20204 Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI
20401 RADIOBRÁS - Empresa Brasileira de Comunicação S.A.
20926 Fundo Nacional Antidrogas – FUNAD
20927 Fundo de Imprensa Nacional
20928 Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente – FNCA
22000 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
22101 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
22202 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
22211 Companhia Nacional de Abastecimento
22906 Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
24000 MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
24101 Ministério da Ciência e Tecnologia
24201 Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
24204 Comissão Nacional de Energia Nuclear
24205 Agência Espacial Brasileira
24206 Indústrias Nucleares do Brasil S.A.
24207 Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.
24901 Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
25000 MINISTÉRIO DA FAZENDA
25101 Ministério da Fazenda
25201 Banco Central do Brasil
25203 Comissão de Valores Mobiliários
25208 Superintendência de Seguros Privados
25902 Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização
25903 Fundo de Compensação e Variações Salariais
25904 Fundo de Estabilidade do Seguro Rural
25913 Fundo Especial de Treinamento e Desenvolvimento
25914 Fundo de Garantia à Exportação – FGE
26000 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
26101 Ministério da Educação
26104 Instituto Nacional de Educação de Surdos
26105 Instituto Benjamin Constant
26201 Colégio Pedro II
26202 Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas
26203 Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas
26205 Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos
26206 Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará
26207 Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo
26208 Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás
26210 Escola Técnica Federal de Mato Grosso
26211 Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto
26212 Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará
26213 Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba
26214 Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas
26215 Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco
26216 Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí
26217 Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis
26218 Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte
26219 Escola Técnica Federal de Santa Catarina
26220 Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo
26221 Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe
26222 Centro Federal de Educação Tecnológica de Roraima

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26223 Escola Técnica Federal de Palmas


26230 Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco
26231 Universidade Federal de Alagoas
26232 Universidade Federal da Bahia
26233 Universidade Federal do Ceará
26234 Universidade Federal do Espírito Santo
26235 Universidade Federal de Goiás
26236 Universidade Federal Fluminense
26237 Universidade Federal de Juiz de Fora
26238 Universidade Federal de Minas Gerais
26239 Universidade Federal do Pará
26240 Universidade Federal da Paraíba
26241 Universidade Federal do Paraná
26242 Universidade Federal de Pernambuco
26243 Universidade Federal do Rio Grande do Norte
26244 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
26245 Universidade Federal do Rio de Janeiro
26246 Universidade Federal de Santa Catarina
26247 Universidade Federal de Santa Maria
26248 Universidade Federal Rural de Pernambuco
26249 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
26250 Fundação Universidade Federal de Roraima
26251 Fundação Universidade Federal do Tocantins
26252 Universidade Federal de Campina Grande
26253 Universidade Federal Rural da Amazônia
26254 Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro
26255 Faculdades Federais Integradas de Diamantina – FAFEID
26256 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
26257 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
26258 Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
26260 Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas
26261 Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI
26262 Universidade Federal de São Paulo
26263 Universidade Federal de Lavras
26264 Escola Superior de Agricultura de Mossoró
26265 Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão
26268 Fundação Universidade Federal de Rondônia
26269 Fundação Universidade do Rio de Janeiro
26270 Fundação Universidade do Amazonas
26271 Fundação Universidade de Brasília
26272 Fundação Universidade do Maranhão
26273 Fundação Universidade do Rio Grande – RS
26274 Fundação Universidade Federal de Uberlândia
26275 Fundação Universidade Federal do Acre
26276 Fundação Universidade Federal de Mato Grosso
26277 Fundação Universidade Federal de Ouro Preto
26278 Fundação Universidade Federal de Pelotas
26279 Fundação Universidade Federal do Piauí
26280 Fundação Universidade Federal de São Carlos
26281 Fundação Universidade Federal de Sergipe
26282 Fundação Universidade Federal de Viçosa
26283 Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
26284 Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre
26285 Fundação Universidade Federal de São João Del Rei
26286 Fundação Universidade Federal do Amapá
26290 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

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26291 Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


26292 Fundação Joaquim Nabuco
26294 Hospital de Clínicas de Porto Alegre
26298 Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
26301 Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia
26302 Escola Agrotécnica Federal de Alegre – ES
26303 Escola Agrotécnica Federal de Alegrete – RS
26304 Escola Agrotécnica Federal de Araguatins – TO
26305 Escola Agrotécnica Federal de Bambuí
26306 Escola Agrotécnica Federal de Barbacena – MG
26307 Escola Agrotécnica Federal de Barreiros – PE
26308 Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim – PE
26309 Escola Agrotécnica Federal Presidente Juscelino Kubitschek – RS
26310 Escola Agrotécnica Federal de Cáceres – MT
26311 Escola Agrotécnica Federal de Castanhal – PA
26312 Escola Agrotécnica Federal de Catu – BA
26313 Escola Agrotécnica Federal de Colatina – ES
26314 Escola Agrotécnica Federal de Concórdia – SC
26315 Escola Agrotécnica Federal de Crato – CE
26316 Escola Agrotécnica Federal de Cuiabá – MT
26317 Escola Agrotécnica Federal de Iguatu – CE
26318 Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes – MG
26319 Centro federal de Educação Tecnológica de Januária
26320 Escola Agrotécnica Federal de Machado – MG
26321 Escola Agrotécnica Federal de Manaus – AM
26322 Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho – MG
26323 Centro Federal de Educação Tecnológica de Petrolina
26324 Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba
26325 Escola Agrotécnica Federal de Rio Verde – GO
26326 Escola Agrotécnica Federal de Salinas – MG
26327 Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa- ES
26328 Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão – SE
26329 Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista – MG
26330 Escola Agrotécnica Federal de São Luís – MA
26331 Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente do Sul
26332 Escola Agrotécnica Federal de Satuba – AL
26333 Escola Agrotécnica Federal de Sertão – RS
26334 Escola Agrotécnica Federal de Sousa – PB
26335 Escola Agrotécnica Federal de Uberaba – MG
26336 Escola Agrotécnica Federal de Uberlândia – MG
26337 Escola Agrotécnica Federal de Urutaí – GO
26338 Escola Agrotécnica Federal de Vitória de Santo Antão – PE
26339 Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira – AM
26340 Escola Agrotécnica Federal de Sombrio – SC
26341 Escola Agrotécnica Federal de Ceres – GO
26342 Escola Agrotécnica Federal de Colorado do Oeste – RO
26343 Escola Agrotécnica Federal de Codó – MA
26344 Escola Agrotécnica Federal Antônio José Teixeira – BA
26345 Escola Agrotécnica Federal do Rio do Sul – SC
26346 Escola Agrotécnica Federal de Santa Inês – BA
26347 Escola Agrotécnica Federal do Senhor do Bonfim – BA
28000 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
28101 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
28202 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro
28203 Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI
28233 Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa

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28904 Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade – FGPC


30000 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
30101 Ministério da Justiça
30107 Departamento de Polícia Rodoviária Federal
30108 Departamento de Polícia Federal
30202 Fundação Nacional do Índio
30211 Conselho Administrativo de Defesa Econômica
30905 Fundo de Defesa de Direitos Difusos
30907 Fundo Penitenciário Nacional
30909 Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades Fim da Policia Federal
30911 Fundo Nacional de Segurança Pública – Fnsp.
32000 MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
32101 Ministério de Minas e Energia
32202 Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM
32263 Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM
32265 Agência Nacional do Petróleo – ANP
32266 Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
33000 MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
33101 Ministério da Previdência Social
33201 Instituto Nacional do Seguro Social
33904 Fundo do Regime Geral de Previdência Social
34000 MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
34101 Ministério Público Federal
34102 Ministério Público Militar
34103 Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios
34104 Ministério Público do Trabalho
34105 Escola Superior do Ministério Público da União
34106 Conselho Nacional do Ministério Público
35000 MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
35101 Ministério das Relações Exteriores
35201 Fundação Alexandre de Gusmão
36000 MINISTÉRIO DA SAÚDE
36201 Fundação Oswaldo Cruz
36208 Hospital Cristo Redentor S.A.
36209 Hospital Fêmina S.A.
36210 Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A.
36211 Fundação Nacional de Saúde
36212 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
36213 Agência Nacional de Saúde Suplementar
36901 Fundo Nacional de Saúde
38000 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
38101 Ministério do Trabalho e Emprego
38201 Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
38901 Fundo de Amparo ao Trabalhador
39000 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
39101 Ministério dos Transportes
39202 Companhia de Navegação do São Francisco
39207 Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.
39250 Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
39251 Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ
39252 Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT
39901 Fundo da Marinha Mercante
41000 MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES
41101 Ministério das Comunicações
41231 Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL
41902 Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – FUST

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41903 Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações – FUNTTEL


42000 MINISTÉRIO DA CULTURA
42101 Ministério da Cultura
42201 Fundação Casa de Rui Barbosa
42202 Fundação Biblioteca Nacional
42203 Fundação Cultural Palmares
42204 Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
42205 Fundação Nacional de Artes
42206 Agência Nacional do Cinema
42902 Fundo Nacional de Cultura
44000 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
44101 Ministério do Meio Ambiente
44201 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
44202 Companhia de Desenvolvimento de Barcarena
44205 Agência Nacional de Águas
44206 Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – JBRJ
44901 Fundo Nacional de Meio Ambiente
47000 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
47101 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
47204 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
47205 Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
47210 Fundação Escola Nacional de Administração Pública
49000 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
49101 Ministério do Desenvolvimento Agrário
49201 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra
51000 MINISTÉRIO DO ESPORTE
51101 Ministério do Esporte
52000 MINISTÉRIO DA DEFESA
52101 Ministério da Defesa
52111 Comando da Aeronáutica
52121 Comando do Exército
52131 Comando da Marinha
52133 Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar
52211 Caixa de Financiamento Imobiliário da Aeronáutica
52222 Fundação Osório
52901 Fundo do Ministério da Defesa
52902 Fundo de Administração do Hospital das Forças Armadas
52903 Fundo do Serviço Militar
52911 Fundo Aeronáutico
52912 Fundo Aeroviário
52921 Fundo do Exército
52931 Fundo Naval
52932 Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo
53000 MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
53101 Ministério da Integração Nacional
53201 Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF
53204 Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
53205 Agência de Desenvolvimento da Amazônia – ADA
53206 Agência de Desenvolvimento do Nordeste – ADENE
53901 Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO
53902 Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO
53903 Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE
54000 MINISTÉRIO DO TURISMO
54101 Ministério do Turismo
54201 Embratur - Instituto Brasileiro de Turismo
55000 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME

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55101 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome


55901 Fundo Nacional de Assistência Social
56000 MINISTÉRIO DAS CIDADES
56101 Ministério das Cidades
56201 Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.
56202 Companhia Brasileira de Trens Urbanos
56901 Fundo Nacional de Segurança e Educação do Trânsito
71000 ENCARGOS FINANCEIROS DA UNIÃO
71101 Recursos sob Supervisão do Ministério da Fazenda
73000 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS
73101 Recursos sob Supervisão do Ministério da Fazenda
73104 Recursos sob Supervisão do Ministério de Minas e Energia
73107 Recursos sob Supervisão do Ministério da Educação
73108 Transferências Constitucionais - Recursos sob Supervisão do Ministério da Fazenda
73109 Recursos Sob Supervisão do Ministério do Esporte
73901 Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF
74000 OPERAÇÕES OFICIAIS DE CRÉDITO
74101 Recursos sob a supervisão da Secretaria do Tesouro Nacional - Ministério da Fazenda
74102 Recursos sob Supervisão do Ministério da Fazenda
74201 Recursos sob Supervisão da Superintendência de Seguros Privados/SUSEP- Min. Fazenda
74202 Recursos sob Supervisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar/ANS – Min. da Saúde
74203 Recursos sob Supervisão do Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária/INCRA
74901 Recursos sob Supervisão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira/Funcafé – MAPA
74902 Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior/FIEES – MEC
74903 Recursos sob Supervisão do Fundo Nacional de Desenvolvimento/FND – MDIC
74904 Recursos sob Supervisão do Fundo da Marinha Mercante/FMM - Ministério dos Transportes
74905 Recursos sob Supervisão do Fundo para o Desenv. Tecnol. Das Telecomunicações/FUNTTEL
74906 Recursos sob Supervisão do Fundo de Terras e da Reforma Agrária/Banco da Terra – MDA
74907 Recursos sob Supervisão do Ministério da Integração Nacional
74908 Recursos sob Supervisão do Fundo Geral de Turismo/FUNGETUR - Ministério do Turismo
75000 REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL
75101 Recursos sob Supervisão do Ministério da Fazenda
90000 RESERVA DE CONTINGÊNCIA
90000 Reserva de Contingência

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LOCALIZAÇÃO ESPACIAL – REGIONALIZAÇÃO

Localizações Padronizadas dos locais de aplicação (uso SOF)


Código Título Sigla
0001 Nacional NA
0002 No Exterior EX
Regiões Geográficas (baseada no padrão IBGE)
Código Título Sigla
0010 Na Região Norte NO
0020 Na Região Nordeste NE
0030 Na Região Sudeste SD
0040 Na Região Sul SL
0050 Na Região Centro-Oeste CO
Estados da Federação (baseada no padrão IBGE)
Código Título Sigla
0011 No Estado de Rondônia RO
0012 No Estado do Acre AC
0013 No Estado do Amazonas AM
0014 No Estado de Roraima RR
0015 No Estado do Pará PA
0016 No Estado do Amapá AP
0017 No Estado do Tocantins TO

0021 No Estado do Maranhão MA


0022 No Estado do Piauí PI
0023 No Estado do Ceará CE
0024 No Estado do Rio Grande do RN
0025 No Estado da Paraíba PB
0026 No Estado de Pernambuco PE
0027 No Estado de Alagoas AL
0028 No Estado de Sergipe SE
0029 No Estado da Bahia BA

0031 No Estado de Minas Gerais MG


0032 No Estado do Espírito Santo ES
0033 No Estado do Rio de Janeiro RJ
0035 No Estado de São Paulo SP

0041 No Estado do Paraná PR


0042 No Estado de Santa Catarina SC
0043 No Estado do Rio Grande do Sul RS

0051 No Estado de Mato Grosso MT


0052 No Estado de Goiás GO
0053 No Distrito Federal DF
0054 No Estado de Mato Grosso do Sul MS

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GRUPO =

EXERCÍCIO:

1)Tomando por base as seguintes relações: Classificação Institucional, Funções, Subfunções,


Programas e Ações, crie 10 Codificações Completas, a fim de apontar soluções para os
problemas enfrentados pelo Estado do Amazonas ou Região Norte, representando
graficamente e abaixo faça a identificação escrita de cada problema apresentado.
( problema, objetivo, resultados).

2)O seu grupo foi escolhido para trabalhar na Comissão de Transição do Governo A para o
Governo D. Portanto, estabeleçam a nível de programas e ações, as prioridades que julgam
importantes para o Brasil, elaborando 10 Codificações Completas, representando
graficamente e abaixo façam a identificação escrita de cada classificação. (problema,
objetivo, resultados).

3) Para cada uma das propostas orçamentárias acima, seu grupo dispõe de 308.000.000,00
(trezentos e oito milhões de reais) a serem aplicados nos programas criados. Portanto,
apresente em um quadro resumo a distribuição dos créditos orçamentários.
EX:

1) Vacinação infantil 21.300.000,00


2) Recuperação das estradas do Brasil 54.400.000,00
3) Manutenção do ensino superior 22.200.000,00
4) Saúde do homem 11.100.000,00

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Exercício de Revisão

1. A Administração Orçamentária e Financeira Pública realiza-se mediante a efetivação de


determinadas Leis. De acordo com Art. 165 da Constituição Federal quais instrumentos
devem ser elaborados pelo poder ______________________, para as unidades
orçamentárias poderem desenvolver seus programas de trabalho. (U – 2)

2. Para garantir a impessoalidade e evitar o patrimonialismo, a burocracia weberiana orienta-se


basicamente: (U – 1)
a) Pela moralização do serviço público;
b) Pela avaliação dos resultados das políticas públicas;
c) Por normas e procedimentos universais;
d) Pelo controle do sistema político democrático às decisões do corpo burocrático;
e) Pela capacidade de liderança dos gerentes.

3. No tocante ao papel do Estado na atividade econômica, diz-se que o setor público deve
cumprir, as três seguintes funções: (U – 2)
a) Distributiva, fiscalizadora, e alocativa;
b) Distributiva, fiscalizadora, e estabilizadora;
c) Distributiva, alocativa, e estabilizadora;
d) Fiscalizadora, alocativa estabilizadora;
e) Fiscalizadora, normativa e estabilizadora.

4. Quais os princípios orçamentários que você considera mais relevante para a administração
pública (Explique três). (U – 2)

5. Desde seus primórdios, a instituição orçamentária brasileira foi cercada de uma série de
regras. Os princípios orçamentários. Qual afirmativa define respectivamente o princípio da
UNIVERSALIDADE e da EXCLUSIVIDADE? (U – 2)
a) Todas as receitas e despesas constarão da Lei de orçamento pelos totais, vedadas quaisquer
deduções. O orçamento deverá conter apenas matéria orçamentária e financeira e não conterá
dispositivo estranho á previsão da receita e á fixação da despesa.
b) O orçamento deve ser claro e de fácil compreensão. Os dados apresentados devem ser
homogêneos.
c) A execução das ações governamentais deverá ocorrer no nível mais próximo de seus
beneficiários. Os dados apresentados devem ser homogêneos.
d) O orçamento deverá ser claro e de fácil compreensão. O conteúdo orçamentário deverá ser
divulgado através dos veículos oficiais de comunicação.
e) A execução das ações governamentais deverá ocorrer no nível mais próximo de seus
beneficiários. Todas as receitas e despesas constarão da Lei de orçamento pelos totais,
vedadas quaisquer deduções.

6. Na forma constitucional, a elaboração da Lei Orçamentária será orientada pela: (U – 2)

a) Unidade, universalidade e anualidade


b) Unidade, clareza e anualidade
c) Anterioridade, universalidade e anualidade
d) Participação, clareza e unidade
e) Programação, clareza e anualidade

7. As metas e prioridades da administração para o exercício financeiro subseqüente estão


compreendidas: (U – 2)

a) Na Lei do Orçamento Plurianual de Investimentos;


b) Na Lei das Metas Prioritárias;

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c) Na Lei de Diretrizes Orçamentárias;


d) Na Lei de Responsabilidade Fiscal;
e) Na Lei do Plano Plurianual.

8. A Lei de Diretrizes Orçamentárias é elaborada pelo poder executivo e deve ser enviada ao
Poder Legislativo até ______________________________. (U – 2)

9. Com base na L.D.O. a secretaria de orçamento federal (SOF) elabora a proposta


orçamentária anual. Como se chama esta proposta após ser aprovada pelo poder legislativo?
(U – 2)

10. Em relação a orçamentos públicos, o art. 165 da CF/88 estabelece que competirá ao poder
executivo promulgar leis para o(a): (U – 2)

a) Orçamento Fiscal referente aos Poderes da União, o orçamento de investimentos das


empresas pertencentes à União e o orçamento da seguridade;
b) Emissão de moedas e de títulos da dívida pública e operações de empréstimos;
c) Emissão de títulos da dívida pública, autorização de operações de câmbio por órgão e
entidades da União;
d) Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
e) Elaborar as leis previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal.

11. O processo de planejamento é desenvolvido em níveis que integram e sincronizam os planos.


O conjunto de critérios de ação e de decisão que deve disciplinar e orientar os diversos
aspectos envolvidos no processo de planejamento é denominado: (U – 2)

a) Metas;
b) Objetivos;
c) Diretrizes;
d) Subfunção;
e) Função

12. Em poucas palavras defina orçamento fiscal e da seguridade? (U – 2)

13. Quais os tipos de orçamento que compreendem a Lei de Orçamentária Anual Brasileira (Art.
165 da CF)? (U – 2)

a) Orçamento clássico, orçamento de desempenho e orçamento tradicional;


b) Orçamento clássico, orçamento de desempenho e orçamento plurianual;
c) Orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimento;
d) Orçamento de desempenho e orçamento fiscal;
e) Orçamento da seguridade social e orçamento tradicional.

14. As despesas e receitas dos três poderes, as dotações relativas aos investimentos das empresas
federais e o orçamento das entidades e órgãos do sistema de seguridade social fazem parte
do (a): (U – 2)

a) Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
c) Orçamento Fiscal da União;
d) Lei Orçamentária Anual;
e) Lei de Incentivo Fiscal.

15. Defina Orçamento-programa. (U – 2)

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16. Quais as vantagens de se utilizar um sistema de planejamento (orçamento-programa) que


serve de roteiro para a execução das metas e planos do Governo (Federal, Estadual,
Municipal). (U – 2)

17. Quais as fases para a elaboração de um orçamento-programa? (U – 2)

18. O Orçamento-programa facilita a análise dos efeitos econômicos e sociais das atividades
governamentais. Cite outro objetivo de um sistema de classificação? (U – 2)

19. A inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e a fixação da despesa na Lei


Orçamentária Anual fere o principio orçamentário da (o). (U – 2)

20. Sob pena de crime de responsabilidade, nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão: (U – 2)

a) Na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;


b) Na Lei de Responsabilidade Fiscal;
c) No Plano Plurianual;
d) Nos créditos Adicionais;
e) Nas Operações de credito.

21. Qual das opções a seguir não representa um dos princípios jurídicos dos orçamentos
públicos? (U – 2)

a) Unidade;
b) Anualidade;
c) Universalidade;
d) Anterioridade;
e) Exclusividade.

22. A classificação institucional demonstra quanto cada órgão ou unidade organizacional está
autorizada a gastar num determinado exercício financeiro. Quantos dígitos esta classificação
apresenta? E o que representa estes dígitos? (U – 2)

23. A função é o maior nível de agregação das áreas de despesas que competem ao setor público.
Quantos dígitos tem a função e a subfunção? Exemplifique. (U – 2)

24. As funções demonstram as áreas de atuação governamental, cite 08(oito) funções que você
considera importante. (U – 2)

25. Qual o conceito de programa para a administração financeira pública? (U – 2)

26. O que compõe os programas? Como você identifica os tipos de ações? (U – 2)

27. Quais os elementos que compõem uma classificação completa? (U – 2)

28. Como se divide as receitas públicas. (U – 3)

29. Quantos dígitos a classificação da receita permite? (U – 3)

30. Conceitue o estágio da receita pública, denominado de lançamento (fiscal). (U – 3)

31. Conceitue o estágio da despesa pública, denominado de liquidação. (U – 3)

32. A Receita Tributária constituem: (U – 3)


a) despesas públicas patrimoniais;

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b) receitas públicas de serviços;


c) receitas públicas derivadas;
d) despesas públicas originarias;
e) receitas públicas agropecuárias.

33. Assinale a opção que contém apenas receitas correntes. (U – 3)


a) Impostos, taxas, contribuições e alienação de bens.
b) Dívida ativa e aluguéis.
c) Multas, juros de mora e operações de crédito internas.
d) Amortização de empréstimos concedidos, serviços e agropecuária.

34. A Lei Federal n◦ 4.320/64, estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e
controle dos orçamentos e balanços da: (U – 3)
a) empresas publicas e privadas estabelecidas no Brasil;
b) entidades com fins lucrativos;
c) entidades filantrópicas;
d) entidades da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;
e) organizações sociais e agências.

35. As despesas orçamentárias que representam mutações de valores nos elementos patrimoniais
denomina-se: (U – 3)_______________________________________
cite duas:__________________________, _______________________________

36. As dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição


de imóveis considerados necessários à realização destas, deverão ser classificadas:
a) outras despesas correntes
b) inversões financeiras
c) investimentos
d) despesas de custeio

37. Correlacione as colunas abaixo: (U – 3)

1-Lançamento ( )reforço de dotação orçamentária já existente


2-Pagamento ( )extinção de obrigações
3-Arrecadação ( )verificação do direito adquirido pelo credor
4-Liquidação ( )comprometimento do crédito orçamentário
5-Recolhimento ( )identificação dos contribuintes
6-Empenho ( )estimativas de arrecadação
7-Crédito Suplementar
8-Previsão

38. No transcorrer de um exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de abertura de créditos


adicionais para cobrir despesas não computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na
legislação vigente relativa a esse assunto descreva créditos especiais. (U – 3)

39. Provisão e sub-repasse estão relacionados, respectivamente, com: (U – 3)


a) autorização orçamentária e transferência de recursos financeiros.
b) pagamento de despesa e autorização orçamentária
c) autorização financeira e complementação de autorização financeira
d) Pagamento de despesa após empenho e deposito na conta do fornecedor

40. São consideradas receitas extra-orçamentárias. (U – 3)


a) cauções em dinheiro efetuadas por prestadores de serviços;
b) aluguéis e arrendamentos;
c) empréstimos obtidos;
d) as decorrentes da alienação de bens inservíveis;

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e) material de expediente.

41. Na discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República. (U – 2)


a) O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação dos projetos de sua
iniciativa;
b) O Congresso Nacional é um órgão independente e não recebe solicitação direta da
Presidência da República;
c) A Presidência da República só poderá solicitar urgência da Câmara dos Deputados;
d) O Presidente da República poderá solicitar urgência apenas na apreciação dos projetos
econômicos.

42. O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais. (U – 2)


a) Serão aprovadas por maioria absoluta, por serem leis complementares;
b) Serão aprovadas por maioria simples, por serem leis complementares;
c) Serão aprovadas por maioria absoluta, por serem leis ordinárias;
d) Serão aprovadas por maioria relativa e/ou simples, por serem leis complementares;
e) Serão aprovadas por maioria relativa e/ou simples, por serem leis ordinárias.

43. Como conjunto de procedimentos técnicos, o orçamento-programa permite arrolar, de modo integrado
e racional, objetivos, metas recursos e estruturas de execução. Todavia, da sua leitura, não é possível
identificar: (U – 2)
a) As funções públicas;
b) Os resultados esperados;
c) As modalidades de licitação a serem realizadas;
d) Os órgãos responsáveis pela execução;
e) As ações em que os recursos serão gastos.

44. As despesas relativas ao pagamento de inativos e pensionistas compõem o orçamento: (U – 2)


a) De seguridade social;
b) Atuarial;
c) Funcional;
d) Fiscal
e) Empresarial.

45. O exercício financeiro brasileiro nas entidades de direito público vai de: (U – 2)
a) 01/01 a 31/12
b) 02/01 a 30/12
c) 01/01 a 31/12, com período adicional de dois meses para a despesa;
d) 01/01 a 15/12
e) 15/01 a 15/12

46. Em relação a administração pública gerencial se pode afirmar: (U – 1)


a) é uma resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do Estado e, de
outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial;
b) surge na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo
patrimonialista;
c) é baseada no efetivo controle dos abusos mas possui defeitos como ineficiência, auto-
referência e incapacidade de voltar se para o serviço aos cidadãos, vistos como clientes;
d) permite que o aparelho do Estado funcione como uma extensão do poder do soberano, e os
seus auxiliares, servidores, possuam status de nobreza real. A corrupção e o nepotismo são
inerentes a esse tipo de administração.

47. A forma de alterar a lei orçamentária vigente é mediante abertura de créditos adicionais. A
Lei n.º 4.320/1964 já dispunha sobre o assunto, mas sofreu alterações em face do texto
constitucional atual. Nesse contexto, assinale a opção correta. (U – 3)

a) Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem


abertos, salvo se o ato de abertura for publicado nos últimos quatro meses daquele exercício,

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caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
b) Consideram-se recursos disponíveis para fins de abertura de créditos adicionais os
provenientes do excesso de arrecadação, que constitui o saldo positivo das diferenças,
acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, levando-se em conta,
ainda, a tendência do exercício financeiro.
c) A emenda parlamentar aos projetos de lei de créditos adicionais deve ser compatível com o
que dispõe a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício.
d) A abertura de crédito extraordinário será admitida para atender a despesas decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, e na esfera federal podem ser abertos por
meio da edição de medida provisória.

48. O processo de elaboração e execução orçamentária do governo federal é regido por uma
série de normas constitucionais, legais e administrativas, que determinam os institutos,
práticas e estruturas onde ele se realiza. Com respeito a esse assunto, assinale a opção
correta. (U – 3)
a) O imposto pode ser considerado como uma obrigação genérica exigida pelo Estado para
satisfazer as necessidades públicas. O Código Tributário Nacional (CTN) diz que o imposto
é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador situações independentes, de qualquer
atividade estatal especifica, relativa aos contribuintes;
b) Os empenhos só poderão ser anulados totalmente e parcialmente apenas quando se tratar de
despesas relativas a incentivos fiscais;
c) O pagamento de despesas nas modalidades restos a pagar é sempre considerado extra-
orçamentário;
d) A realização de uma obra cuja execução perdure dois anos depende de sua prévia inclusão na
Lei de Diretrizes Orçamentárias.

49. Aponte as opções que representam receitas correntes. (U – 3)


a) Patrimonial
b) Amortização de empréstimos
c) Agropecuária
d) Dívida ativa

50. Indique a opção que contém uma receita patrimonial. (U – 3)


a) Receitas de concessões e permissões
b) Alienação de imóveis
c) Contribuição para o financiamento da seguridade social
d) Amortização de empréstimos
e) Venda de um bem

51. Constitui despesa por mutação patrimonial. (U – 3)


a) A concessão de um empréstimo
b) O pagamento de encargos sobre a dívida
c) As transferências para cobertura de despesas de custeio
d) Os pagamentos efetuados a terceiros
e) Alienação de bens

52. Na Administração Pública, o controle externo será exercido pelo: (U – 3)


a) Tribunal de Contas, com o auxilio dos controles do Executivo
b) Poder Judiciário, com o auxilio do Tribunal de Contas
c) Poder Legislativo, com o auxilio do Ministério Público
d) Poder Executivo, com o auxilio do Controle Interno
e) Poder Legislativo, com o auxilio do Tribunal de Contas

53. Entende-se como superávit financeiro para abertura de créditos suplementares e especiais: (U
– 3)

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a) As receitas e quaisquer rendas não sujeitas a lançamento


b) A diferença positiva entre o ativo positivo e o passivo positivo apurada no balanço
c) A diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os
saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas
d) O saldo positivo entre a receita arrecadada e despesa realizada

54. As ações do governo que podem ser classificadas como categorias de programação
orçamentária são de três naturezas diferentes. Marque a opção certa. (U – 2)
a) Atividades, projetos e programas
b) Programas, função e subfunção
c) Atividades, projetos e operações especiais
d) Operações financeiras, operações de crédito e projetos
e) Projetos, programas e funções

55. O suprimento de fundos pode ser concedido: (U – 3)


a) A servidor que não tenha, dentro do prazo legal, prestado contas de um suprimento anterior
b) A servidor declarado em alcance
c) Para pagamento de despesas já realizadas
d) Para despesas de grande vulto
e) A responsável por dois outros suprimentos, cujas prestações de contas já tenham sido
formalizadas

56. A liberação de recursos financeiros da secretaria responsável por todos os recursos para
órgão setorial de programação financeira é denominada: (U – 3)
a) Verba orçamentária
b) Provisão
c) Crédito orçamentário
d) Cota
e) Descentralização externa

57. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício
financeiro em que foram empenhadas. Marque a opção correta acerca dos restos a pagar
processados. (U – 3)
a) São as despesas empenhadas em que o credor já cumpriu as suas obrigações, ou seja,
entregou o material, prestou os serviços ou executou a etapa da obra, dentro do exercício
b) São as despesas em que o setor financeiro já processou a nota de empenho
c) É o registro do pagamento da despesa inscrita em restos a pagar no sistema responsável pelo
pagamento
d) São as despesas que não foram empenhadas e que o credor não cumpriu as suas obrigações,
ou seja, entregou o material, prestou os serviços ou executou a etapa da obra, dentro do
exercício
e) É o registro do pagamento da despesa inscrita em restos a pagar no plano de contas

58. O orçamento programa contribuiu para o planejamento governamental, pois, é capaz de


expressar com maior veracidade a responsabilidade do Governo com a sociedade. Assinale a
única opção falsa. (U – 2)
a) Identificação das necessidades de bens e serviços
b) Discriminação e quantificação das metas
c) Definição clara dos objetivos para ação
d) Melhor relação planejamento – orçamento
e) Maior ênfase no que as instituições gastam

59. São passíveis de realização através de suprimentos de fundos, consoantes - art. 45 do Decreto
n.º 93.872, de 23/11/86, alterado pelo Decreto n.º 95.804/98. Exceto as despesas: (U – 3)

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a) De pequeno vulto, assim entendida aquela cujo valor, não ultrapassar 2% do valor
estabelecido na alínea “a” do inciso I, do artigo 23 da Lei nº 8.666/93 no caso de obras e
serviços, e a 2% do valor constante na alínea “a” do inciso II do artigo 23 da referida Lei, no
caso de outros serviços de engenharia e compras em geral
b) Com serviços que exige pronto pagamento em espécie
c) Que devam ser feitas em caráter sigiloso, adotando-se o mesmo grau de sigilo, conforme se
classificar em regulamento e constar do ato de concessão
d) De pequeno vulto, assim entendida aquela cujo valor, não ultrapassar a 5% do valor
estabelecido na alínea “a” do inciso I, do artigo 23 da Lei nº 8.666/93 no caso de obras e
serviços de engenharia, e a 5% do valor constante na alínea “a” do inciso II do artigo 23 da
referida Lei, no caso de outros serviços e compras em geral

60. 60. Em que o suprimento de fundos pode ajudar na gestão pública? (U – 3)

61. Assinale como Verdadeira (V) ou Falsa (F) as frases abaixo: (U – 1)


( ) Como provedor de educação pública, de saúde pública, de cultura, de infra-estrutura, de
seguridade social e de meio ambiente o modelo burocrático não atendeu à expansão das
funções do Estado.
( ) O modelo burocrático não dá ênfase a resultados, e sim a processos controles.

62. Segundo Giacomoni ao projeto de lei orçamentária, cabe a apresentação de três tipos de
emendas. Assinale como Verdadeira (V) ou Falsa (F) as frases abaixo: (U – 2)
( ) Emprega-se a emenda de texto visando as alterações no texto do projeto de lei ou em seus
quadros e tabelas.
( ) A emenda de receita é utilizada com o objetivo de corrigir erros e omissões, devendo trazer
expressamente, o item (fonte) de receita correspondente, assim como elementos que
demonstrem de forma consistente o erro ou omissão.
( ) A ementa de despesa visa cortar gastos do poder executivo.

63. Conforme a Lei no 10.180, de 6 de fevereiro de 2001: Art. 2o O Sistema de Planejamento e


de Orçamento Federal tem por finalidade: Assinale como Verdadeira (V) ou Falsa (F) as frases
abaixo: (U – 2)

( ) I - formular o planejamento estratégico nacional;


( ) II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e
social;
( ) III - formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
( ) IV - gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
( ) V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual,
distrital e municipal.

64. A Unidade Orçamentária desempenha o papel de coordenação do processo de elaboração da


proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das suas
unidades administrativas, tendo em vista a consistência da programação do órgão. As UOs são
responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por programa
e ação. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
Marque a alternativa errada. (U – 2)

( ) - estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações


orçamentárias;
( ) – emendas de despesas individuais e coletivas
( ) - estudos de adequação da estrutura programática;
( ) - análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
( ) - consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.

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65. __________________________________________ são recursos financeiros de caráter


temporário que não integram a LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que
constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa.
Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças, Operações de Crédito por Antecipação de Receita
Orçamentária, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros.
(U – 2)

66. ___________________________________________ instituída pela Emenda Constitucional


no 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF, possui a finalidade de
custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição é dos Municípios e do
Distrito Federal. (U – 2)

67. A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou
serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos,
indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações
estarão associadas aos programas do tipo operações especiais, conforme exemplo abaixo e
constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA: (U – 2)
__________________________________________________________
Exemplo: Cumprimento de Sentenças Judiciais; Financiamentos com Retorno; Transferências
Constitucionais e as Decorrentes de Legislação Específica; Outras Transferências; Serviço da
Dívida Interna.

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