Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TE-A2-Método de Cross PDF
TE-A2-Método de Cross PDF
Notas de aula do curso Teoria das Estruturas – Prof. Dr. Ricardo de C. Alvim
Capítulo 2
Para os casos usuais da engenharia, figura 2.2, é possí-
Método de Cross vel mostrar que o valor do coeficiente de rigidez é
dado por:
MB
α BA = =0 (2.5)
ϕ MA
M = µ ⋅ϕ (2.1)
se ϕ = 1 , então M = µ é o coeficiente de rigidez da
ligação.
8
UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO - Escola de Engenharia Civil
Notas de aula do curso Teoria das Estruturas – Prof. Dr. Ricardo de C. Alvim
M
ϕ= (2.10)
+ - ∑ µi
Na figura 2.4 encontra-se ilustrado um nó “0” de pór- Sendo possível determinar em que parcelas o momen-
tico típico onde está aplicado um momento fletor M. to M irá se subdividir entre as barras concorrentes no
nó “0”, obtém-se:
µ1 µ
A M1 = M,⋅ ⋅ ⋅, 4 M (2.11)
µ
∑ i ∑µi
1 M
2 B
0 De uma maneira geral, pode-se dizer que uma barra
µi
genérica i irá receber uma fração do momento
3 ∑ µi
M1 M aplicado no nó, ou seja:
M2
C
M µi
(a) Mi = M (2.12)
∑µi
A M3
M Desta expressão, pode-se dizer que um mo mento apli-
ϕ1 ϕ2
B
cado num nó de uma estrutura totalmente indeslocável
0 irá se distribuir, entre as diversas barras concorrentes
neste nó, segundo parcelas proporcionais à rigidez,
ϕ3 neste nó, de cada uma destas barras.
M1 + M 2 + M3 = M (2.7)
Por compatibilidade de deslocamentos tem-se:
9
UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO - Escola de Engenharia Civil
Notas de aula do curso Teoria das Estruturas – Prof. Dr. Ricardo de C. Alvim
C -9,1
L1 =2 m L2 =3 m C
Figura 2.5 – Estrutura submetida à ação de uma carga mo-
mento M Figura 2.6 – Diagrama de momento da barra 1
Os coeficientes de rigidez são calculados pela aplica- 2.6. Procedimentos para aplicação do
ção direta das expressões (2.2) e (2.3): Método de Cross
4EI 4EI Dada uma viga genérica hiperestática, figura 2.7.
µ1 = = = 2EI
L1 2
4EI 4(3EI )
µ2 = = = 4EI
L2 3
3EI 3(2EI ) 6EI 3EI
A B C D
µ3 = = = = t
forma deformada
L3 4 4 2 c
ϕ2 ≈ 0 c
ϕ2 ≠ 0
t
No caso das barras 2 e 3, deve-se levar em conta no
cálculo de µ que a rigidez da barra é 3EI e 2EI, res- Figura 2.7 – Viga contínua típica
pectivamente.
É possível dizer que:
Os coeficientes de distribuição são dados por:
a) nos apoios intermediários ocorre tração na fibra
µ 2EI superior e compressão na fibra inferior e, por isso,
β1 = 1 = = 0,27
∑µ 3 surgem momentos “negativos” nestes pontos;
2EI + 4EI + EI b) nos trechos intermediários dos vãos o oposto
2
ocorre e, portanto, surgem momentos “positivos”;
µ2 4EI
β2 = = = 0,53 c) na extremidade engastada da viga, apoio A, deve
∑µ 7,5EI surgir um momento fletor.
µ3 1,5EI d) na extremidade D (apoio 1º tipo) não aparece
β3 = = = 0, 2 momento.
∑µ 7,5EI
Então, o diagrama de momentos aproximado deve ter
Verifica-se pela soma dos seus valores que ∑ β i = 1 e a forma geral apresentada na figura 2.8.
isto deve ser empregado na aproximação dos valores
de cada coeficiente de distribuição. p P
MA MC
MB
M 1 = β 1 ⋅ M = 0,27 × 35 kN ⋅ m = − 9, 45 kN ⋅ m MD=0
- - -
+ + +
O sinal negativo decorre do fato do momento de re-
equilíbrio ser igual e contrário ao momento aplicado Figura 2.8 – Forma geral do diagrama de mo mentos de uma
ao nó. A parcela do momento que chega no apoio A é viga contínua
dada por:
Onde a carga é distribuída, os momentos têm diagra-
9, 45 ma parabólico. E onde a carga é concentrada, os mo-
α 0A = 0,5 ⇒ M A = − = −4,72 kN ⋅ m mentos têm diagrama linear.
2
As incógnitas do problema no Método de Cross cons-
tituem-se nos momentos fletores MA, M B e M C. A sua
determinação é feita de forma aproximada e iterativa.
10
UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO - Escola de Engenharia Civil
Notas de aula do curso Teoria das Estruturas – Prof. Dr. Ricardo de C. Alvim
Em cada iteração o valor dos momentos residuais vai Tramo 2) Trecho BC da viga, considerando o apoio B
diminuindo até se tornar desprezível, figura 2.9. engastado, figura 2.12.
B 50 kN
2EI EI EI 3m 2m C
β1 β2 β3 β4 MB
Figura 2.12 – Esquema de carregamento - tramo2
M1 M2 M3 M4 M5 0
(L + b) = 50 × 3× 2(25 + 2) =
diminuição α=0 Pab
dos resíduos
α=1/2
MB =
α=1/2 2L 2
2×5
∑ M M T1 M T 2 M T3 M T 4 M T5 300 (7)
= = 6 × 7 = 42 kN ⋅ m
50
β1 +β2 =1 se +
β3 + β 4 = 1 se − Etapa 3) Cálculo dos coeficientes de rigidez, distribu-
Figura 2.9 – Marcha de operação do Método de Cross ição e transmissão.
4m 5m Coeficientes de Distribuição:
Figura 2.10 – Viga contínua com dois tramos
µ BA EI 1
β BA = = =
Etapa 1) Bloqueio dos nós internos. ∑µ 3EI 3
EI + 1+
5 5
• Impedimento à rotação de todos os nós internos
da estrutura, no caso do nó “B”.
3
• Não há necessidade de bloquear os nós de extre-
µ 5 3
midade com apoios articulados. β BC = BC = =
• ∑µ 3 8
Os balanços são substituídos por esforços que são 1+
aplicados ao nó extremo. 5
11
UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO - Escola de Engenharia Civil
Notas de aula do curso Teoria das Estruturas – Prof. Dr. Ricardo de C. Alvim
5/8 3/8
As reações de apoio são dadas por:
A B C
pb ∆M 50 × 2 0 − (− 31,2)
13,3 α=0,5 -13,3 42 α=0 0
-8,95 -17,9 -10,8 0 VA = + = +
+4,35 -31,2 +31,2 L L 5 5
pa ∆M 50 × 3 0 − (− 31,2)
VB = − + =− +
42-13,3=28,7 L L 5 5
-28,7×3/8=-10,8
-28,7×5/8=17,9 VA = 20 + 6, 24 = 26,2
Figura 2.13 – Aplicação do Método de Cross
VB = −30 + 6, 2 = − 23,8
Etapa 5) Traçado dos diagramas:
De posse das reações de apoio para os tramos AB e
Os diagramas devem ser traçados considerando-se o BC, é possível traçar os diagramas de esforços cortan-
valor do momento fletor que é obtido pela aplicação tes e momentos fletores da viga contínua, figura 2.16.
do Método de Cross. O sinal positivo obtido para o
4,3 31,2
momento de +31,2 no nó “B” a direita está represen-
- -
tado por um giro horário. Este é o momento que a M
barra solicita o nó. Por sua vez, o momento que o nó + +
aplica na barra é igual com sentido contrário, por
equilíbrio.
13,3 + 26,2 +
Desse modo, de posse dos valores dos momentos V
- - 23,8
fletores é possível determinar as forças cortantes em 26,7
cada barra. Para isso, basta considerar as vigas isostá-
ticas AB e BC com momentos fletores aplicados nas Figura 2.16 – Diagramas de momentos fletores e forças
extremidades, de acordo com o exposto no capítulo 1. cortantes
12
UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO - Escola de Engenharia Civil
Notas de aula do curso Teoria das Estruturas – Prof. Dr. Ricardo de C. Alvim
Anexo A.2
a'
L
b (2L 2
− b′ 2 − b 2 ) (2L 2
− a ′b2 − a 2 ) MB =
p
12 L2
[( ) (
⋅ 4L a ′ 3 − a 3 − 3 a ′ 4 − a 4 )]
a P b
MA =
Pab
(L + b) MB =
Pab
(L + a ) MA =
Pab 2
2L2 2L2 L2
L
Pa 2 b
MB = −
L2
L/2 P L/2 3PL 3PL PL
MA = MB = − MA = −M B =
16 16 8
L
13