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Projetos de Instalações Elétricas Residenciais Professor Renato Gomes

Projeto de instalação elétrica residencial


É o planejamento da instalação com todos os seus detalhes. Sua finalidade é a de
proporcionar condições para a realização de um trabalho rápido, econômico e estético.
O projeto é sempre elaborado por especialistas, cabendo ao eletricista apenas interpretá-
lo e executá-lo.

NOTA:
– a letra indica o ponto de comando e o respectivo ponto a ser comandado.
– o número entre dois traços indica o número do circuito.

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Para construir uma casa, uma escola ou uma indústria, é necessária, inicialmente, a
elaboração de vários projetos, como o arquitetônico, o elétrico, o hidráulico, o
estrutural, etc.
Para se fazer o projeto elétrico, o responsável tem que ter em mãos o projeto
arquitetônico. A partir dele, projetará a instalação elétrica.
Para que não se tenha dificuldade em interpretá-lo, é necessário termos alguns
conhecimentos a respeito da leitura do projeto arquitetônico.
O elemento que mais interessa no projeto de arquitetura é a planta baixa.
Para entendê-la, vejamos, inicialmente, o seu conceito.

PLANTA BAIXA é a projeção que se obtém, quando se corta, imaginariamente, uma


edificação, com um plano horizontal paralelo ao plano do piso.

A altura entre o plano cortante e o plano da base é tal, que permite cortar ao mesmo
tempo portas, janelas, basculantes e paredes.
Normalmente, esta altura é de 1,50m.

Quando cortamos a edificação com o plano, estamos olhando de cima para baixo.

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A representação desta edificação em planta baixa será conforme a ilustração que se


segue:

Escalas
Para que haja um bom desempenho no trabalho de um eletricista, são necessários alguns
conhecimentos a respeito de escalas.

Escala é a relação que existe entre o tamanho do desenho de um objeto e o seu tamanho
real.
Ao determinarmos uma escala, primeiramente é necessário ter a preocupação de que as
medidas do objeto e do desenho estejam numa mesma unidade.
Assim, podemos escrever:

Simplificando, escrevemos da seguinte maneira:

sendo: E = Escala
D = Medidas do tamanho do desenho
R = Medidas reais do objeto

Utilizando esta fórmula, poderemos determinar três situações:

1 – a escala utilizada para desenhar o objeto;


2 – o tamanho do desenho de um objeto em uma determinada escala;
3 – o tamanho real do objeto desenhado.

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Tipos de escala
1. Escala natural
2. Escala de redução
3. Escala de ampliação

1. Escala natural
É a utilizada quando o tamanho do desenho do objeto é igual ao tamanho real do
mesmo.

2. Escala de redução
É a utilizada quando o tamanho do desenho do objeto é menor que o tamanho real do
mesmo.

3. Escala de ampliação
É a utilizada quando o tamanho do desenho do objeto é maior que seu tamanho real.

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Normalmente, utiliza-se esta escala quando se faz o desenho de objetos pequenos.


Assim, se quisermos desenhar a planta baixa de uma residência, precisaremos utilizar a
escala de redução, pois:
• não seria possível desenhar a planta baixa da residência em seu tamanho real;
• não haveria papel que pudesse ser utilizado para tão grande desenho;
• onde arrumaríamos uma mesa maior que o tamanho da residência para, sobre ela,
colocarmos o papel e fazermos o desenho?
• como manusearíamos um desenho neste tamanho?
• é perfeitamente possível compreender a planta baixa da residência, se desenhada em
tamanho menor.

Observe a ilustração seguinte.

Tamanho real da residência (não seria possível representá-lo.)


Tamanho do desenho da residência:

Além do desenho de plantas baixas, quaisquer objetos que se representem graficamente


de forma reduzida são desenhados utilizando-se a escala de redução.

Para reconhecermos se uma escala é de redução, basta-nos observar a

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notação da mesma. Se o número que vem escrito depois dos dois pontos for maior que o
escrito antes desses dois pontos, a escala é de redução.

Observemos a notação:

Na escala de redução, o número que vem escrito antes dos dois pontos é
sempre o número 1, e representa o tamanho do desenho do objeto; o número que vem
escrito depois dos dois pontos indica quantas vezes o objeto é maior que o tamanho do
desenho.

Simbologia para instalações elétricas prediais

Segue abaixo na íntegra a NBR 5444, que é a norma que regulamenta a questão dos
Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.

Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.

1 Objetivo
Esta Norma estabelece os símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais.

2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 5626 - Instalações prediais de água - Procedimento
NBR 5984 - Norma geral de desenho técnico – Procedimento

3 Condições gerais
3.1 A planta de instalações deve ser executada sobre um desenho em vegetal
transparente, levando em consideração as recomendações da NBR 5984. Esse desenho
deve conter os detalhes de arquitetura e estrutura para compatibilização com o projeto
elétrico.
3.1.1 Basicamente deve ser usada uma matriz para a instalação de cada um dos
seguintes sistemas:
a)luz e força; que dependendo da complexidade, podem ser divididos em dois sistemas
distintos: teto e piso;
b)telefone: interno e externo;
c)sinalização, som, detecção, segurança, supervisão e controle e outros sistemas.
3.1.2 Em cada matriz deve ser localizados os aparelhos e seus dutos de distribuição,
com todos os dados e dimensões para perfeito esclarecimento do projeto. Sendo
necessário devem ser feitos detalhes, de maneira que não fique dúvida quanto à
instalação a ser executada.
3.2 Eletrodutos de circuitos com importância, tensão e polaridade diferentes podem ser
destacados por meio de diferentes espessuras dos traços. Os diâmetros dos eletrodutos
bem como todas as dimensões devem ser dados em milímetros.

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3.3 Aparelhos com potência ou importância diferentes podem ser destacados por
símbolos de tamanhos diferentes.

4 Símbolos
4.1 A construção da simbologia desta Norma é baseada em figuras geométricas simples
como enunciado em 4.1.1 a 4.1.4, para permitir uma representação adequada e coerente
dos dispositivos elétricos. Esta Norma se baseia na conceituação simbológica de quatro
elementos geométricos básicos: o traço, o círculo, o triângulo equilátero e o quadrado.

4.1.1 Traço
O seguimento de reta representa o eletroduto. Os diâmetros normalizados são segundo a
NBR 5626, convertidos em milímetros, usando-se a Tabela 1 a seguir:

4.1.2 Círculo
Representa três funções básicas: o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer
dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o do
interruptor para diferenciá-los. Um elemento qualquer circundado indica que este
localiza-se no teto. O ponto de luz na parede (arandela) também é representado pelo
círculo.

4.1.3 Triângulo equilátero


Representa tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela indicam mudança de
significado e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações
em seus níveis na instalação (baixa, média e alta).

4.1.4 Quadrado
Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico).
De forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa que o dispositivo
localiza-se no piso.

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4.2 Para ilustrar a simbologia desta Norma, consta do Anexo uma planta elétrica
representativa de um trecho das instalações de uma edificação residencial.
4.3 Os símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais encontram-se nas
Tabelas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.

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Alguns livros trazem uma tabela com as simbologias da ABNT e as simbologias


chamadas de usuais. Seguem abaixo uma dessas tabelas.

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DIAGRAMAS
É a representação de uma instalação elétrica ou parte dela, por meio de símbolos
gráficos.

Diagrama unifilar e multifilar

• Diagrama unifilar – é representado por meio de símbolos gráficos dos


componentes da instalação, situados na planta baixa, apresentando a posição
física dos elementos.

No diagrama apresentado, aparecem: interruptor de uma seção, ponto de luz


incandescente, eletrodutos e condutores. Esse diagrama permite verificar a disposição
de elementos de um circuito.
Nesse caso, observamos que há um interruptor simples próximo à porta, comandando
um ponto de luz. Eles estão ligados por condutores que passam por dentro dos
eletrodutos.

• Diagrama multifilar ou funcional – é a representação do circuito


elétrico por meio de símbolos gráficos, permitindo analisar o seu funcionamento.

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CONHECENDO OS CIRCUITOS ELÉTRICOS


Os circuitos elétricos mais tradicionais são os acionados por interruptores de uma seção,
duas seções, três seções, Paralelos (three way) e intermediários (four way). Vejamos a
seguir alguns diagramas multifilares e unifilares.

• Interruptor de 1 Seção (Simples):

• Interruptor de 2 Seções:
Multifilar:

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• Interruptor de 3 Seções:

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• Interruptor paralelo (three-way)

Já se tornou bastante comum a utilização de um sistema que permite ao usuário acender


e apagar a luz de locais diferentes. O dispositivo que possibilita, por exemplo, acender a
luz junto à porta e apagá-la junto à cama ou vice-versa é o interruptor paralelo.
Com lâmpada Fluorescente:

Com lâmpada Incandescente:

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• Interruptor intermediário (four-way)

É utilizado quando desejamos comandar a luz de mais de dois locais diferentes.


Ele será ligado sempre entre dois interruptores paralelos.

NOTA: Toda vez que você compra um equipamento elétrico vem no corpo do
equipamento ou no manual os diagramas elétricos, tais como a seguir os diagramas do
sensor de presença retirados do manual do fabricante.

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• Sensor de presença:

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• Tomadas:

De acordo com a NBR 5410 podem existir dois tipos de tomadas em um circuito
elétrico:

• Tomadas de uso Geral (TUG’s): Não se destinam a equipamentos específicos


e nelas são sempre ligados aparelhos móveis e portáteis.
Exemplos: Televisão, ferro de passar roupas, furadeiras, etc...

• Tomadas de uso Especifico (TUE): São destinadas à ligação de equipamentos


específicos, fixos e estacionários como é o caso de chuveiro elétrico, secadouro,
ar condicionado, etc...

Disjuntor termomagnético

O disjuntor é um dispositivo que, além de poder comandar um circuito, isto é, ligá-lo e


desligá-lo, mesmo com carga, desliga- o automaticamente, quando a corrente que
circula ultrapassa um determinado valor, em razão de um curto-circuito ou de uma
sobrecarga.

Os disjuntores não devem trabalhar a mais de 80% de sua capacidade nominal.

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Dispositivos DR
São dispositivos que detectam a corrente diferencial-residual (DR) num circuito, e
atuam desligando-o, quando essa corrente ultrapassa um valor prefixado.
A corrente diferencial-residual é produzida, num circuito, por fuga para terra ou por
falta, e pode ser entendida como a corrente medida por um amperímetro alicate,
extremamente sensível, envolvendo todos os condutores vivos do circuito (fase e neutro,
se existirem). Os dispositivos DR são destinados à proteção de pessoas contra choque
elétrico.

Interruptores DR

São dispositivos que só protegem contra choques (podem ligar e desligar circuitos
manualmente, como um interruptor comum). A corrente nominal é o maior valor que
pode circular continuamente pelo dispositivo e que pode ser interrompido sem danificar
seus componentes internos.

Disjuntores DR

Consistem num disjuntor comum, com um “módulo DR” acoplado, que protege contra
choques e contra sobrecarga. A corrente nominal é o maior valor que pode circular
continuamente pelo dispositivo sem provocar seu desligamento automático, nem
danificar seus componentes internos.
Observem-se, a seguir, alguns exemplos de disjuntores termomagnéticos e dispositivos
DR.

Corrente diferencial-residual e nominal de atuação

É a corrente diferencial-residual que provoca a atuação do dispositivo. Os DR cuja


corrente diferencial-residual nominal de atuação é inferior ou igual a 30mA são de alta
sensibilidade; aqueles cuja corrente de atuação é superior a 30mA são de baixa
sensibilidade.
Em unidades residenciais, é obrigatória a proteção contra choques elétricos, com
dispositivos DR de alta sensibilidade para:
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• circuitos terminais que alimentem pontos de luz e tomadas em banheiro


(excluídos os circuitos que alimentem pontos de luz situados a uma altura igual ou
superior a 2,5m);
• circuitos terminais que alimentem tomadas em cozinhas, copas, copas-
-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens, varandas e locais similares;
• circuitos terminais que alimentem tomadas em áreas externas ou tomadas em áreas
internas que possam alimentar equipamentos no exterior. Essa proteção pode ser
proporcionada por um único DR de alta sensibilidade (geralmente 30mA), instalado em
série com o disjuntor geral, ou como chave geral no quadro de distribuição. Segue
abaixo a tabela de tipos de dispositivos DR’s:

Quadro de distribuição
O quadro de distribuição da unidade residencial é alimentado pelo circuito de
distribuição respectivo e dele partem os diversos circuitos terminais. Deve possuir, em
princípio, os seguintes dispositivos:
• chave geral, que poderá ser um interruptor DR ou um disjuntor DR, ou um disjuntor
mais interruptor DR ou simplesmente um Disjuntor;
• disjuntores termomagnéticos para a proteção dos circuitos terminais;
• espaços-reserva para ampliação (um espaço corresponde a um disjuntor monopolar).
No caso da utilização de quadros com barramentos, a corrente nominal do barramento
principal deverá ser igual ou superior à corrente nominal da chave geral.

O quadro de distribuição deve estar localizado em lugar de fácil acesso e o mais


próximo possível do medidor, para que se evitem gastos desnecessários com os fios do
circuito de distribuição, os mais grossos de toda a instalação e, portanto, os mais caros.
As figuras a seguir mostram os componentes e as ligações típicas de um quadro de
distribuição.

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Ligações típicas de um QD

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• Quadro de distribuição com barramento para fornecimento bifásico:

• Quadro de distribuição para fornecimento trifásico:

CIRCUITOS TERMINAIS

(1) Disjuntor geral


(2) Fases
(3) Neutro
(4) Proteção (PE)
(5) Quadro de distribuição

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Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéticos:

CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO

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CIRCUITO DE TOMADAS DE USO GERAL

• Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR

CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO EXTERNA

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CIRCUITO DE TOMADAS DE USO GERAL

• Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores


Termomagnéticos

CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (127V)

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CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (220V)

• Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR

CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (127V)

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CIRCUITO DE TOMADA DE USO ESPECÍFICO (127V)

ATERRAMENTO
Segundo a NBR5410 todo circuito elétrico deve conter um sistema de aterramento.

Aterramento: Aterramento é, essencialmente, uma conexão elétrica à terra, na qual o


valor da resistência de aterramento representa a eficácia desta ligação: quanto menor a
resistência, melhor o aterramento.
A função principal de um aterramento está sempre associada à proteção,
quer de pessoal ou de equipamentos. A seguir serão estudados alguns casos típicos.
Os projetos de instalações elétricas executados atualmente sempre indicam um ponto de
aterramento para a instalação. Dependendo do projeto, é feita apenas a especificação de
um valor em Ohm (V), por exemplo: 10V, 5V ou algum outro valor.

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DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ELÉTRICOS (DPS)

A causa mais freqüente da queima de equipamentos eletrônicos – como computadores,


TVs e aparelhos de fax, por exemplo – é a sobretensão causada por descargas
atmosféricas ou manobras de circuito. Contudo, estes problemas estão com os dias
contados. Os avanços da tecnologia já permitem a implementação de uma proteção
eficaz contra estes efeitos.

Instalados nos quadros de luz, os Dispositivos de Proteção contra surtos (DPS), são
capazes de evitar qualquer tipo de dano, descarregando para a terra os pulsos de alta-
tensão causados pelos raios.

Utilizado para limitar as sobretensões e descarregar os surtos de corrente originários de


descargas atmosféricas nas redes de energia.

Os dispositivos são aplicados na proteção de equipamentos conectados à redes de


energia, informática, telecomunicações etc.

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Normas em instalações elétricas em iluminação e tomadas


(NBR 5410)

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ATIVIDADE 01

Com base nestas informações monte o projeto elétrico da residência a seguir, sabendo
que o seu cliente estabeleceu:
Os cômodos deverão conter:

• Sala:
1 Lâmpada incandescente de 100W;
6 Tomadas baixas;
1 Interruptor de 1 seção com tomada média;

• Quartos:
1 Lâmpada incandescente de 100W;
4 Tomadas baixas;
1 Tomada alta para ar condicionado de 30.000 BTU’s;
2 Interruptores paralelos;
1 Tomada Média;

• Banheiro:
1 Lâmpada incandescente de 100W;
1 Interruptor de 2 seções;
1 Arandela de 60W;
1 Tomada Média;
1 Tomada alta para chuveiro de 5,4KW;

• Cozinha:
2 Lâmpadas incandescentes de 100W;
4 Tomadas médias;
1 Interruptor de 2 seção (1 seção para cozinha e a outra para varanda);
1 Tomada média para microondas;

• Área de serviço:
2 Lâmpadas fluorescentes de 40W cada (1 ponto de luz);
1 Interruptor de 1 seção;
1 Tomada média para máquina de lavar;
1 Tomada média;

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• Varanda:
2 Lâmpadas fluorescentes de 40W cada (1 ponto de luz);

• Corredor:
1 Lâmpada incandescente de 60W;
2 Interruptores paralelos e 2 interruptores intermediários;
Quadro de distribuição.

Os circuitos deverão ser divididos da seguinte forma:

• Circuito 01: Iluminação;


• Circuito 02: Tomadas baixas e médias;
• Circuito 03: Tomadas baixas e médias;
• Circuito 04: Ar condicionado 01;
• Circuito 05: Ar condicionado 02;
• Circuito 06: Chuveiro;
• Circuito 07: Máquina de lavar;
• Circuito 08: Microondas;

QUADRO DE CARGAS

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CIRCUITO
POTÊNCIA (VA) SEÇÃO DOS PROTEÇÃO
QUANTIDAD CORRENTE CONDUTORES
CORR
TENSÃO LOCAL EX (A) (mm²)
NOM
N° TIPO (V) POTÊNCIA TOTAL TIPO PÓLOS
1x100
2x40
1x100
2x100
2x40
1x100
1x60
Toda 1x100
01 Iluminação 127 residência 2x60 940W 7,40 1,5 Disj. 1 10
1x100
7x100
5x100
5x100
02 Tomadas 127 1x100 1900W 14,96 2,5 Disj. 1 16
03 Ar cond. 01 220 Quarto 1x3600 3600W 16,36 2,5 Disj. 2 25
04 Ar cond. 02 220 Quarto 1x3600 3600W 16,36 2,5 Disj. 2 25
05 Chuveiro 220 Banheiro 1x5400 5400W 24,54 4,0 DDR 2 32
06 Máq. De lavar 127 Área 1x770 770W 6,06 2,5 DDR 2 10
07 Microondas 220 Cozinha 1x1200 1200W 5,45 2,5 Disj. 2 10
1x600
3x600
08 Tomadas 127 Área/coz 1x100 2500W 19,68 2,5 DDR 2 25

Geral 19710 56,31 Disj. 3 150

GERAL:

TABELA 01

Potência Nominal dos aparelhos


APARELHOS POTÊNCIAS NOMINAIS TÍPICA

Aquecedor de água central (Boiler) 50 a 100 1.000W


150 a 200 1250 W
250 1500 W
300 2000 W
400 2500 W
Aquecedor de água de passagem 4000 a 8000 W
Aquecedor de ambiente(portátil) 500 a 1500 W
Aspirador de pó (tipo residencial) 500 a 1000 W

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Barbeador 8 a 12 W
Batedeira 100 a 300 W
Cafeteira 1000 W
Caixa registradora 100 W
Centrifuga 150 a 300W
Churrasqueira 3000W
Chuveiro 4000 a 6500W
Condicionador de ar central 8000W
Condicionador tipo janela 7.100 Btu/h 900W
8.500 Btu/h 1300W
10.000 Btu/h 1400W
12.000 Btu/h 1600W
14.000 Btu/h 1900W
18.000 Btu/h 2600W
21.000 Btu/h 2800W
30.000 Btu/h 3600W
Congelador (Frezzer tipo residencial) 350 a 500VA
Copiadora tipo Xerox 1500 a 3500VA
Cortador de grama 800 a 1500W
Distribuidor de ar 250W
Ebulidor 2000W
Esterilizador 200W
Exaustor de Ar para cozinha 300 a 500VA
Ferro de passar roupa 800 a 1650W
Fogão ( por boca) 2500W
Forno 4500W
Forno Microondas 1200VA
Geladeira 150 a 500VA
Lavadora de pratos 1200 a 2800VA
Lavadora de roupas 770VA
Liquidificador 270W
Máquina de costura 60 a 150W
Máquina de escrever 150VA
Televisor 75 a 300W
Retro projetor 1200W
Secador de cabelos 500 a 1200W
TABELA 02

Capacidade de Condução de Corrente


Seção em mm² Corrente máxima Seção em mm² Corrente máxima
(A) (A)
1,0 12,0 35,00 111,00
1,5 15,5 50,00 134,00
2,5 21,00 70,00 171,00
4,0 28,00 95,00 207,00
6,0 36,00 120,00 239,00
10,0 50,00 150,00 275,00
16,00 68,00 185,00 314,00
25,00 89,00 240,00 370,00

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TABELA 03

Valores de disjuntores comercializados


Disjuntores no mercado

0,5 A 25 A
1A 32 A
4A 40 A
6A 50 A
10 A 63 A
13 A 70 A
16 A 80 A
20 A //////////////////////////

TABELA 04

Condutores de proteção
Seção dos condutores de fase S mm² Seção mínima do condutor de proteção
correspondente mm²
S<= 16 S
16 < S < 35 16
S > 35 S/2

TABELA 05

Dr’s comercializados

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TABELA 06

Número de Condutores em Eletrodutos

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Número de Condutores
Condutor
1 2 3 4 5 6 7 8 9
AWG/MCM mm2 Dimensão dos Eletrodutos em Polegadas
14 1,50 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 3/4
12 2,50 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 3/4 3/4 3/4 3/4
10 4,00 1/2 1/2 1/2 1/2 3/4 3/4 3/4 3/4 3/4
8 6,00 1/2 1/2 1/2 3/4 3/4 3/4 3/4 1 1
6 10,00 1/2 1/2 3/4 3/4 1 1 1 1 1.1/4
4 16,00 3/4 3/4 3/4 1 1 1 1.1/4 1.1/4 1.1/4
2 25,00 3/4 3/4 1 1.1/4 1.1/4 1.1/2 1.1/2 2 2
1 35,00 1 1 1.1/4 1.1/4 1.1/2 2 2 2 2
1/0 50,00 1 1 1.1/4 1.1/4 2 2 2 2.1/2 2.1/2
2/0 70,00 1.1/4 1.1/4 1.1/2 2 2 2.1/2 2.1/2 2.1/2 3
3/0 - - - - - - - - - -
4/0 95,00 1.1/4 1.1/4 2 2 2.1/2 2.1/2 3 3 3
250 120,00 1.1/2 1.1/2 2 2.1/2 2.1/2 3 3 3.1/2 3.1/2
300 150,00 2 2 2.1/2 2.1/2 3 3 3.1/2 3.1/2 4
400 185,00 2 2 2.1/2 3 3 3.1/2 4 4 -
500 240,00 2 2 3 3 3/1.2 4 - - -
600 300,00 2.1/2 2.1/2 3 3.1/2 4 - - - -
800 400,00 2.1/2 2.1/2 3.1/2 4 - - - - -
1000 500,00 3 3 4 - - - - - -

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