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INFORMATIVO TÉCNICO Nº 4

JANEIRO 2013

Preservação das condições de


Saúde, Meio ambiente e Segurança (SMS)
COMITÊ TÉCNICO DA ABEDA
COMITÊ TÉCNICO DA ABEDA
JANEIRO 2013
4
INFORMATIVO TÉCNICO Nº

Preservação das condições de


Saúde, Meio ambiente e Segurança (SMS)
Sumário
Apresentação 3

Recomendações aos usuários e consumidores da indústria da


pavimentação asfáltica 5

FISPQ – FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS 5

CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 7

EFEITOS SOBRE A SAÚDE 7

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S) RECOMENDADOS 8

PRIMEIROS SOCORROS 8

PRÁTICAS DE HIGIENE PESSOAL 9

MEDIDAS DE SEGURANÇA 9

PREVENÇÃO E EXTINÇÃO DE FOGO 10

Bibliografia 11
Apresentação

A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos


(ABEDA), que reúne em sua organização a maioria das empresas
de distribuição de asfaltos e fabricantes de emulsões asfálticas,
asfaltos especiais e indústrias do setor de impermeabilizadores
do mercado brasileiro, vêm atuando com presença marcante na
organização e no desenvolvimento técnico do setor, investindo
fortemente na disseminação dos estudos, pesquisas, tecnologias
e com diferentes projetos de capacitação e qualificação dos pro-
fissionais do setor com o objetivo de estimular o crescimento da
infraestrutura rodoviária e do desenvolvimento socioeconômico
do país.
O Comitê Técnico da ABEDA, ciente das dificuldades e ne-
cessidades do setor, apresenta o quarto número de uma serie de
publicações com informações sobre produtos asfálticos e técnicas
de aplicação.
Neste quarto Informativo Técnico apresentamos recomenda-
ções aos usuários e consumidores da indústria da pavimentação
asfáltica sobre a preservação das condições de Saúde, Meio am-
biente e Segurança (SMS).
Estas recomendações foram compiladas de estudos do Grupo
de Trabalho de SMS da Comissão de Asfalto do Instituto Brasileiro
de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, do setor de SMS da
PETROBRAS e das Associadas da ABEDA.
Para maiores informações, sugestões e contribuições, acesse o
site da ABEDA:
www.abeda.org.br.

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Recomendações aos usuários e consumidores
da indústria da pavimentação asfáltica

As atividades laborais devem ser planejadas de acordo com a Política de Saúde, Meio
Ambiente e Segurança (SMS) da empresa. Boas práticas são essenciais para o sucesso de
qualquer tarefa, portanto os trabalhadores devem estar adequadamente capacitados e treina-
dos para reconhecerem os riscos inerentes às suas atividades e adotarem os procedimentos
de SMS apropriados.

A utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S) deve fazer parte da rotina
do trabalhador. É importante ter o conhecimento do EPI adequado para atividade a ser execu-
tada. Dúvidas e questionamentos devem ser sanados. Nunca uma tarefa deverá ser conduzida
sem se ter o conhecimento pleno dos riscos que ela oferece. Só assim, o profissional estará
apto para proteger a si e aos outros.

É importante ter o conhecimento do EPI adequado para atividade a ser executada

FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

Através da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) o tra-


balhador obtém informações importantes sobre composição química, utilização segura e
riscos, formas de manuseio, estocagem, orientações em caso de acidentes, entre outras, que
devem ser entendidas pelos trabalhadores. Assegurar este entendimento é dever de todos
que trabalham com produtos químicos. Em alguns países, essa ficha é chamada Safety Data
Sheet (SDS).

A FISPQ, segundo a ABNT NBR 14725, é um meio do fornecedor transferir informações


essenciais sobre os perigos de um produto químico (incluindo informações sobre o trans-
porte, manuseio, armazenagem e ações de emergência) ao usuário deste, possibilitando a
ele tomar as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e meio ambiente. A FISPQ

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também pode ser usada para transferir essas informações para trabalhadores, empregado-
res, profissionais da saúde e segurança, pessoal de emergência, agências governamentais,
assim como membros da comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com
o produto químico.
Com a padronização por NBR a FISPQ ganhou em qualidade e clareza das informações.
Esta parte da ABNT NBR 14725 estabelece condições para criar consistência no forneci-
mento de informações sobre questões de segurança, saúde e meio ambiente, relacionadas
ao produto químico. Para estabelecer uniformidade, certos requisitos foram definidos sobre
a forma de como as informações relativas ao produto devem ser apresentadas (por exemplo,
a terminologia, a numeração e a sequência das seções).

A elaboração da ABNT NBR 14725 foi embasada pelas seguintes premissas básicas do
Globally Harmonized System of Classification and Labelling of Chemicals (GHS):

 a necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativas à


segurança, à saúde e ao meio ambiente;

 o direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos químicos perigosos que


utilizam e os perigos que eles oferecem;

 a utilização de um sistema simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação,


nos diferentes locais onde os produtos químicos perigosos são utilizados;

 a necessidade de compatibilização deste sistema com o critério de classificação para


todos os perigos previstos pelo GHS;

 a necessidade de facilitar acordos internacionais e de proteger o segredo industrial e as


informações confidenciais;

 a capacitação e o treinamento dos trabalhadores; e

 a educação e a conscientização dos consumidores.

O documento é fundamental para a segurança de toda a cadeia do produto perigoso e


principalmente para a saúde de todos os envolvidos no processo.

Inflamabilidade

Riscos à
Reatividade
Saúde

Riscos
Específicos

As informações sobre produtos devem ser de fácil entendimento


e aplicação, nos diferentes locais onde são utilizados

6 COMISSÃO TÉCNICA DA ABEDA


CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS

Asfalto (CAS No. 8052-42-4) ou cimento asfáltico de petróleo (CAP) é um produto re-
sultante da destilação de petróleo, caracterizado como semissólido a temperaturas baixas,
viscoelástico a temperatura ambiente e liquido a altas temperaturas, e que se enquadra em
limites de consistência para determinadas temperaturas estabelecidas em especificações de-
terminadas pela ANP.
Os petróleos que lhe dão origem podem apresentar composição química predominan-
temente parafínica, naftênica ou aromática, constituídos principalmente por compostos ali-
fáticos, alcanos cíclicos, hidrocarbonetos aromáticos, compostos heterocíclicos contendo
nitrogênio, oxigênio e enxofre, bem como metais, por exemplo, ferro, níquel e vanádio. As
proporções destes compostos químicos podem variar muito por causa de diferenças signifi-
cativas no petróleo bruto oriundo de diferentes campos de extração de petróleo ou mesmo a
partir de locais diferentes no mesmo campo de petróleo.
Durante a fabricação, aquecimento e utilização do CAP são liberados gases (sulfeto de
hidrogênio - H2S), vapores de hidrocarbonetos e fumos de asfalto contendo hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos (HPA’s). Estes compostos estão sendo investigados por diversas ins-
tituições nacionais, estrangeiras e internacionais a fim de se determinar o risco para a saúde
dos trabalhadores.

Durante a fabricação do CAP são liberados gases,


vapores e fumos de asfalto contendo hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos (HPA’s)

EFEITOS SOBRE A SAÚDE

Contato com a pele: o asfalto em altas temperaturas pode causar queimaduras graves e a
baixas temperaturas pode causar irritação;

Contato com os olhos: os gases, vapores e fumos de asfalto podem causar irritação;

Inalação: a inalação de gases, vapores e fumos de asfalto pode causar irritação do trato
respiratório, com tosse e falta de ar. Podem ocorrer, também, cefaléia, tontura, náuseas e
vômitos.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S) RECOMENDADOS:

 Luvas resistentes ao calor;

 Óculos de segurança com proteções laterais;

 Máscara com filtro para poeira ou vapores orgânicos;

 Roupa protetora (macacão ou calça comprida


e camisa de manga longa);

 Sapatos fechados ou botas de segurança


antiderrapantes, resistentes ao calor;

 Capacete de segurança com jugular e quando necessário, com viseira.

PRIMEIROS SOCORROS

Inalação: Remover a vítima para local com ventilação e mantê-la deita-


da, quieta e aquecida, com as vias respiratórias livres. Se a vítima não
estiver respirando, administrar respiração artificial. Providenciar atendi-
mento médico de emergência.

Contato com a pele: Lavar abundantemente os locais atingidos com


água corrente fria por pelo menos 15 minutos, resfriando a área afe-
tada em casos de queimaduras. Não tentar remover nenhuma camada
de asfalto que possa estar aderida à pele. Resfriando-se o produto a
camada de ligante que ficou aderida na pele não será prejudicial, pois
terá função impermeabilizante e formará uma camada estério que im-
pedirá complicações posteriores. Providenciar atendimento médico de
emergência.

Contato com os olhos: Lavar abundantemente com água corrente por


pelo menos 15 minutos, mantendo as pálpebras abertas. Providenciar
atendimento médico de emergência.

Ingestão: Não provocar o vômito. Providenciar atendimento médico de


emergência.

8 COMISSÃO TÉCNICA DA ABEDA


PRÁTICAS DE HIGIENE PESSOAL

A higiene pessoal é importante para proteger os trabalhadores de exposições a agentes


químicos e agentes biológicos (vírus, bactérias, fungos e outros parasitos) nos locais de
trabalho.
Lavar as mãos cuidadosamente antes de comer, antes e depois de usar o banheiro e antes
de deixar o local de trabalho. Usar sabão ou outros produtos de limpeza seguros. Não usar
gasolina, óleo diesel ou solventes como aguarrás, éter de petróleo ou outros solventes.
As roupas de proteção devem estar sempre limpas antes de sua utilização. Ao final da
jornada de trabalho, removê-las e enviá-las para limpeza adequada por pessoal especializado.

MEDIDAS DE SEGURANÇA

 Os trabalhadores devem ter clareza da sequência de suas atividades, conhecer os perigos


associados às mesmas e adotar os procedimentos de SMS adequados;

 Ler as informações do rótulo (se disponível);

 Ler a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) do produto;

 Utilizar todos os Equipamentos de Proteção Individual recomendados;

 Evitar respirar substâncias perigosas. Nunca colocar a cabeça dentro de um tanque de


asfalto ou recipiente de mistura asfáltica;

 Manter o asfalto longe da pele e dos olhos;

 Não comer, beber ou fumar na área de trabalho;

 Parar o que estiver fazendo se apresentar algum tipo de mal estar e solicitar orientação ao
supervisor sobre a conduta adequada a seguir;

 Manter extintores de incêndio adequados prontamente disponíveis próximos ao local de


trabalho;

 Sempre que possível, fornecer exaustão ou ventilação local na área de trabalho. Se não for
possível executar exaustão ou ventilação local, devem ser utilizadas máscaras de proteção
respiratória com filtro para poeiras e vapores orgânicos;

 Disponibilizar próximo ao local de trabalho chuveiro de emergência com lava-olhos;

 Disponibilizar cartazes de perigo e informações de segurança na área de trabalho.

INFORMATIVO TÉCNICO Nº 4 9
PREVENÇÃO E EXTINÇÃO DE FOGO

A adoção de procedimentos de manuseio seguro reduz


substancialmente o risco de fogo. É essencial que os tra-
balhadores estejam adequadamente treinados e bem equi-
pados para combater um incêndio. Extintores devem estar
prontamente disponíveis em locais apropriados, nas áreas
de trabalho. O tipo e o local de instalação dos equipamen-
tos de ataque principal devem ser discutidos com o corpo
de bombeiros ou com as brigadas locais de combate a in-
cêndios, antes da sua instalação.

Em casos de incêndio, pequenos focos de fogo podem


ser apagados com o uso de extintores de pó químico seco
ou gás carbônico. Jatos d’água diretos devem ser evitados,
pois tendem a espalhar o CAP quente, propagando o fogo.
O Corpo de Bombeiros deve ser imediatamente contactado
para comparecimento ao local da ocorrência.

10 COMISSÃO TÉCNICA DA ABEDA


Bibliografia
1. Health Effects of Occupational Exposure to Asphalt. US Department of Health
and Human Services (DHHS), National Institute for Occupational Safety and Health
(NIOSH) Publication No. 2001-110, (2000, December). Disponível em:
http://www.cdc.gov/niosh/docs/2001-110/pdfs/2001-110.pdf

2. Asphalt Fume Exposures During the Manufacture of Asphalt Roofing Products. US


Department of Health and Human Services (DHHS), National Institute for Occupational
Safety and Health (NIOSH) Publication No. 2001-127, (2001, August). Disponível em:
http://www.cdc.gov/niosh/docs/2001-127/pdfs/2001-127.pdf

3. NIOSH Pocket Guide to Chemical Hazards. US Department of Health and Human


Services (DHHS), National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH)
Publication No. 2005-149, (2007, September), pág. 22. Disponível em:
http://www.cdc.gov/niosh/docs/2005-149/pdfs/2005-149.pdf

4. Reducing Roofers’ Exposure to Asphalt Fumes. US Department of Health and Hu-


man Services (DHHS), National Institute for Occupational Safety and Health
(NIOSH) Publication No. 2003-107, (2003, September). Disponível em:
http://www.cdc.gov/niosh/docs/2003-107/pdfs/2003-107.pdf

5. Asphalt Fumes (Petroleum). OSHA Chemical Sampling Information (CSI), (1998).


Disponível em:
http://www.osha.gov/dts/chemicalsampling/data/CH_219700.html

6. Literature Review of Health Effects Caused by Occupational Exposure to Asphalt


Fumes. National Toxicology Program (NTP), National Institute of Environmental Health
Sciences (NIEHS), (1997, June 23). Disponível em:
http://ntp.niehs.nih.gov/go/17017

7. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora. NR - 1 – Dispo-


sições Gerais. Disponível em:
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_1.asp
Acesso em: 23 set. 2011.

8. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora. NR - 7 – Programa de


Controle Médico de Saúde ocupacional. Disponível em:
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_7.asp
Acesso em: 23 set. 2011.

9. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora. NR - 9 – Progra-


ma de Prevenção de Riscos Ambientais. Disponível em:
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_9.asp
Acesso em: 23 set. 2011.

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