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A SAÚDE NO ESTADO

Matérias Jornalísticas - Destaques nos principais jornais e websites

04 de janeiro de 2018 (Quinta-Feira)


Rigor na coleta do sangue aumenta a segurança de pacientes Segundo Hemopa, o fundamental em todos os casos é garantir a
qualidade do sangue.

Por: Portal ORM 3 de Janeiro de 2018 às 11:54 Atualizado em 3 de Janeiro de 2018 às 14:13

Aos 21 anos, Seije Matheus estuda e faz planos como qualquer outro jovem de sua idade. Mas um detalhe o torna diferente dos demais:
toda semana ele precisa fazer transfusão na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), em Belém. Há dois
anos, ele foi diagnosticado com aplasia medular, condição rara em que o organismo deixa de produzir quantidade suficiente de células
sanguíneas novas.
“Meu remédio depende da solidariedade das pessoas. Minha vida depende disso. É preciso esclarecer dúvidas e tabus para que mais
pessoas doem sangue”, ressalta o jovem.
Todos os meses, cerca de oito mil bolsas de sangue são coletadas no Pará para ajudar pacientes de todas as idades e nas mais diversas
situações. Alguns sofreram acidentes, outros fazem tratamento contra algum tipo de câncer ou têm alguma doença hematológica, como é o
caso de Seije. O fundamental, em todos os casos, é garantir a qualidade do sangue. É a chamada segurança transfusional.
O coordenador de Hemoterapia do Hemopa, Carlos Victor Cunha, explica que, como qualquer procedimento hospitalar, uma transfusão
possui riscos e cabe ao médico indicar o procedimento correto. O trabalho da Fundação em garantir a segurança transfusional é aplicado
em duas vertentes: a triagem clínica e a sorologia. Esta consiste nos “exames de triagem laboratorial realizados nas amostras de sangue
de doadores que verificam se o sangue doado pode ser utilizado para a transfusão”.
Quando um dos exames dá um resultado alterado, o sangue é automaticamente bloqueado pelo sistema informatizado que gerencia o ciclo
do sangue para ser, então, descartado, seguindo as normas sanitárias vigentes. Segundo o coordenador, uma carta é enviada ao doador
“convocando-o para que retorne ao Hemopa e faça nova coleta de amostra de sangue para repetição dos exames alterados. Caso a
alteração se mantenha, o doador fica inapto definitivamente para uma nova doação. Ele recebe orientações e é encaminhado para um
serviço de saúde onde realizará exames confirmatórios, acompanhamento e tratamento, se necessário”.
Além disso, existe a “janela imunológica”, que é o tempo transcorrido entre a contaminação e aparecimento de anticorpos que permitem a
detecção de doenças no sangue. Dependendo da enfermidade, esse período pode chegar a um ano. Ou seja, nesse tempo, mesmo que o
indivíduo esteja contaminado, a doença não vai aparecer nos testes. Por isso, outras medidas são tomadas para garantir a segurança do
sangue.

Fissura não tira alegria de 'Miguel Sorriso' Menino de três anos é referência na luta contra doença congênita

Por: O Liberal 4 de Janeiro de 2018 às 08:45 Atualizado em 4 de Janeiro de 2018 às 08:48

No Brasil, de cada 650 a 700 bebês nascidos vivos um é fissurado. Essa estatística, divulgada pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais (HRAC/Centrinho), da Universidade de São Paulo (USP), serve de alerta para a recorrência de casos de Fissura Labiopalatal,
uma doença congênita que é a principal e mais frequente formação craniofacial do país.
No Pará, o pequeno Miguel Mota, de três anos, é referência de luta e persistência em busca de uma melhor qualidade de vida, acesso à
informação e acolhimento aos fissurados do Estado. Nascido com fissura labiopalatal (no lábio e no palato - céu da boca), o garoto faz
tratamento desde os quatro meses. “Miguel Sorriso”, como é conhecido nas redes sociais, já passou por duas cirurgias e, no próximo dia
17, será submetido ao terceiro processo cirúrgico.
“A fissura é possível de ser descoberta ainda na gestação, mas ela não foi. Descobrimos isso no parto, da pior maneira possível. Foram
cinco segundos de pânico, de não saber o que pensar. Foi muito difícil, porque a gente não sabia com o que estava lidando”, conta
Thatyana Mota, mãe de Miguel. “Depois disso, foi uma corrida contra o relógio, porque pessoas fissuradas têm prazos estabelecidos para
realizar os procedimentos cirúrgicos. A primeira cirurgia, que é o fechamento do lábio, deve ser feita entre quatro e seis meses. A segunda,
que é o fechamento do palato, deve ser feita com um ano de idade, então a nossa vida começou a ser em função disso”, detalha.
Todo o tratamento de Miguel é feito, desde o nascimento, em Bauru (SP), onde se situa o Centrinho, centro de referência dessa
especialidade na América Latina. “Bauru hoje é referência mundial porque não só aborda a questão da fissura como algo cirúrgico, mas
também como algo funcional. A fissura é uma condição que pode estar atrelada a outras síndromes, com associação cardíaca e óssea
principalmente. É fundamental, quando se tem um diagnóstico gestacional de qualquer fissura, que haja uma investigação mais detalhada
nas questões cardiológica e óssea desse recém-nascido, porque são muito frequentes essas associações”, explica a médica Aida
Sirotheau, que também é mãe de Rebeca, criança de 1 ano e 11 meses que tem fissura labiopalatina.
Apesar de Miguel ser atendido no HRAC pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a necessidade de constantes idas a São Paulo, estadias
longas em hotéis, medicamentos e tratamento multiprofissional comprometem boa parte da renda de seus familiares, que desenvolvem
constantes campanhas para arrecadar fundos para que possam continuar o tratamento de alta complexidade da criança.
Depois de já ter vendido rifas e promovido festas, os pais de Miguel resolveram, para a próxima cirurgia, vender biscoitos amanteigados. O
produto, feito com manteiga, trigo e açúcar, traz em si toda a representatividade da causa: em cada biscoito há o desenho de um rosto com
o sorriso fissurado.
“A campanha dos biscoitos é para custear a próxima viagem, quando vamos passar dez dias em Bauru para tratamento. O nosso custo de
passagens foi de R$ 3.300. O hotel será em torno de R$ 2.000, fora o que a gente gasta para nos mantermos lá, além dos medicamentos”,
informa Thatyana. “A ideia de criar os biscoitos surgiu porque, mesmo que as pessoas solidarizem com a causa, chega um momento que a
gente precisa inovar. Nesse caso, o comprador se envolve muito mais com a causa e conseguimos uma proporção muito maior, porque a
gente manda junto com o pote um texto explicando do que se trata a doença. Com isso, atingimos a questão da informação, que é uma
das maiores dificuldades de quem passa por uma situação assim”, completa.
Meta da família é vender 650 potes de biscoito até a próxima viagem, dia 11
Cada pote de biscoito contém 400 gramas e é vendido a R$ 10. O lucro obtido, entretanto, é apenas de R$ 4, considerando o valor retirado
pelos materiais como ingredientes, vasilha e adesivos inseridos nos potes. A meta inicial da família é vender, até o dia da viagem, que
ocorrerá no próximo em 11 de janeiro, 650 potes de biscoito. Até o momento, 350 foram vendidos, o que corresponde a 53% do total. O
valor será integralmente revertido para os custeios de passagem e hospedagem da família, e medicamentos necessários para o pré e pós-
operatório de Miguel, que dessa vez fará uma cirurgia no ouvido, nariz e boca.
Saiba como eliminar os quilinhos extras ganhos de fim de ano Dica é apostar em atividade física e alimentação mais leve
Por: Extra 4 de Janeiro de 2018 às 07:40
Depois de muitas comemorações — e alguns excessos —, é hora de correr atrás do prejuízo por meter o pé na jaca no fim de 2017. Como consequência da comilança, uns quilinhos
a mais costumam aparecer. Para o nutrólogo Leandro Gago, este é o período ideal para combater o peso extra:
— Se você quer realmente emagrecer, é preciso dedicação. Aproveite o começo do ano e estabeleça metas diárias, como se alimentar bem e fazer exercício, para perder peso.
Nessa fase, é importante o comprometimento, assim, fica mais fácil chegar ao resultado final.
Nesta época do ano, é comum surgirem diversas dietas milagrosas, em que são propostas loucuras com a promessa que, se seguidas à risca, ajudarão a perder muitos quilos
rapidamente.
— Não perca tempo com dietas da moda, pois o resultado não dura muito tempo. Iniciando uma reeducação alimentar, você aprende a escolher alimentos adequados a seus
objetivos e necessidades — aconselha a nutricionista Liliane Rocha.
Uma das formas de utilizar a alimentação a favor do emagrecimento é incluir na dieta os alimentos termogênicos, que ajudam a acelerar o metabolismo.
— Eles têm a capacidade de aumentar a temperatura corporal, acelerando o metabolismo e aumentando a queima de gordura. Pimenta, óleo de coco, canela e gengibre são alguns
exemplos deles — cita a nutricionista Fernanda Dal’ Mora.
É importante também manter certa distância de algumas comidas que fazem mal e provocam acúmulo de gordura.
— Evite bolos, doces, sorvetes, refrigerantes e pães feitos com farinha de trigo refinada. Para emagrecer, são necessários alguns sacrifícios — alerta o nutrólogo Alexander Gomes
de Azevedo.
Saia do sedentarismo
Para o emagrecimento ocorrer de uma maneira completa e saudável, é preciso também sair do sedentarismo. Os exercícios aeróbicos são indicados para a perda de peso.
— Caminhar, pedalar e fazer treinamentos funcionais são boas opções. Para quem é iniciante, alterne três minutos de caminhada com dois de corrida até completar 30 minutos. Se
você já passou da fase de adaptação (um mês), faça cinco minutos de caminhada e cinco de corrida — orienta o profissional de educação física Flávio Leal.
O que fazer
Aumente o consumo de fibras

Atualização da Classificação de Doenças terá transtornos por jogos eletrônicos Depois de 28 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vai atualizar a listagem.
Por: Agência Brasil 3 de Janeiro de 2018 às 13:39
Depois de 28 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vai atualizar a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID, sigla
em inglês). A previsão é que a definição de vários transtornos mentais seja reformulada e inclua novos conceitos, como o transtorno por jogos eletrônicos e o transtorno de
incongruência de gênero.
A CID é um sistema que foi criado para listar, sob um mesmo padrão, as principais enfermidades, problemas de saúde pública e transtornos que causam morte ou incapacitação de
pessoas, além de orientar a conduta de profissionais de saúde na identificação e tratamento dessas doenças.
A referência para a formação da CID é a Nomenclatura Internacional de Doenças, da OMS. No Brasil, a CID baseia as definições dos principais levantamentos estatísticos
elaborados pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, está em vigor a CID-10, que foi aprovada em 1990. A versão consolidada da nova classificação, que será chamada CID-11, deve ser avaliada durante a Assembleia
Mundial de Saúde, prevista para maio deste ano, em Genebra, na Suíça.
Saúde mental
A classificação de 1990 está sendo revisada há alguns anos por uma série de especialistas de diferentes áreas e países, incluindo o Brasil. As mudanças em debate que têm
chamado mais atenção são as relacionadas à saúde mental.
Entre as principais alterações, está a inclusão na lista de transtornos mentais ocasionados por comportamentos obsessivos do chamado gaming disorder ou “transtorno por jogos
eletrônicos”.
Segundo a OMS, o uso abusivo de internet, computadores, smartphones e outros aparelhos eletrônicos, além do descontrole no uso de videogames, aumentou drasticamente nas
últimas décadas e este aumento veio associado a casos documentados de consequências negativas para a saúde. Mas, o assunto ainda está sendo discutido pelos especialistas
que participam do processo de definição das novas diretrizes.
“Existe um debate se a CID-11 deveria incluir uma categoria de Gaming Disorder, algo como Transtorno por Jogos Eletrônicos, como parte de um comportamento de jogo persistente
ou recorrente caracterizado por um descontrole sobre o jogo, em prejuízo de outras atividades na medida em que o jogo tem precedência sobre outros interesses e atividades
diárias, mesmo quando a continuação de jogos implica a ocorrência de consequências negativas. Se a falta de autocontrole em relação a videogames será legitimada como
transtornos específico é tema de debate, uma vez que há dúvidas de como definir o conceito”, explicou o psiquiatra Jair Mari, coordenador dos Estudos de Campo no Brasil para o
Desenvolvimento da Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-1.
Segundo Mari, que também é professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (USP), a 11ª revisão da CID é muito mais ampla e reformula a
apresentação de vários transtornos, como o Obsessivo Compulsivo, que deixa a categoria de transtornos neuróticos e passa integrar o conjunto de distúrbios caracterizados por
pensamentos e comportamentos repetitivos.
Há também a eliminação dos subtipos da esquizofrenia, além de mudanças na classificação dos transtornos do humor, ansiedade, estresse, alimentares e os relacionados ao uso de
substâncias, entre outros.
Incongruência de gênero
Ao longo dos séculos, a classificação passou por várias mudanças. As primeiras tentativas de listar as principais doenças que mais causavam mortes datam do século 17.
Uma das mudanças mais polêmicas em toda a história da CID foi a inclusão do termo homossexualismo, em 1948, na categoria personalidade patológica. Na década de 60, o
homossexualismo passou a ser considerado como um desvio na categoria de transtornos sexuais e na década de 70 foi incluído como um transtorno mental.
Em 1990, quando foi feita a última revisão da CID, a OMS retirou a homossexualidade da classificação como uma doença mental. A data de exclusão do termo homossexualismo
como um distúrbio, 17 de maio, se transformou no Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia.
A CID-11 também deve apresentar uma mudança significativa, dessa vez especificamente com relação ao tema da transexualidade, que será deslocada do rol das doenças mentais -
onde figura como Transtorno de Identidade de Gênero - para outra categoria. Na nova CID, a condição da transexualidade poderá ser definida como “incongruência de gênero”.
O professor Mari explicou que a mudança na definição não impedirá o acesso a possíveis tratamentos, como terapias hormonais ou cirurgias de readequação sexual. Também está
sendo proposta uma categoria específica para as crianças com incongruência de gênero.
Impacto da revisão
Assim como o transtorno de incongruência de gênero, os Transtornos de Sono-Vigília e de Disfunções Sexuais serão classificados como transtornos, porém, em outro lugar, não
mais debaixo da seção de Transtornos Mentais, como na CID-10.
O professor explicou que foi proposta ainda a exclusão dos subitens “orgânico e não orgânico” para definir as disfunções sexuais, com o objetivo de eliminar “a falsa dicotomia entre
mente e corpo”. Também devem ser removidas as categorias “aversão sexual” e “falta de prazer sexual”, que geralmente são associadas a ideia de frigidez feminina.
Os transtornos de preferência sexual passarão a ser chamados de Transtornos Parafílicos, “os quais envolvem interesses sexuais atípicos sem consentimento da outra parte e/ou
que haja ameaça ou intimidação”.
A nova classificação deve excluir ainda as categorias “fetichismo” e “travestismo fetichista” e manter apenas a pedofilia e o sadismo, que configuram importância de saúde pública.
“O item sadismo provavelmente será acrescido da palavra coercivo para diferenciar da prática de forma consensual. Espera-se que as propostas sugeridas melhorem a conceituação
destas condições de saúde, promovam a melhoria do acesso aos serviços de saúde, a formulação de leis mais adequadas, políticas e padrões de atendimento e reduzam a
discriminação”, disse Jair Mari.
O especialista alerta que a classificação pode limitar, no campo da psiquiatria, as possibilidades de definição de problemas complexos ocasionados por diferentes causas, muitas
vezes imprecisas, como a esquizofrenia.
Rotina clínica
“O diagnóstico ocupa lugar especial na rotina clínica de um psiquiatra. As categorias diagnósticas fornecem as bases para que o clínico possa armazenar as suas experiências
através da observação dos sinais e sintomas, buscando na classificação das síndromes o seu melhor tratamento, e a predição de um melhor prognóstico para o paciente. Há,
contudo, um esgotamento do modelo diagnóstico adotado pelos manuais atuais, como o DSM-5, recém-lançado e a CID11, que está em fase de preparação. Este paradigma de
distinção diagnóstica com base em classificações categóricas pode estar dificultando o desenvolvimento da psiquiatria”, argumentou Mari.
No entanto, ele destaca que a importância da CID como resultado das mudanças na sociedade e na medicina.
“A CID-11 reflete o conhecimento atual de um campo em constante evolução, uma vez que o avanço científico na área deve proporcionar mudanças futuras que a psiquiatria
brasileira tem acompanhado, hoje com participação ativa no processo de pesquisa colaborativa com pesquisadores de centros renomados internacionais”, afirmou Mari.
Segundo a OMS, no Brasil é possível ainda que a epidemia do vírus Zika, que atingiu fortemente o país a partir do fim de 2015, possa motivar a inclusão da Síndrome Congênita do
Zika no novo catálogo.
A síndrome afetou a formação milhares de recém-nascidos e apresenta uma série de sintomas clínicos e malformações neurológicas que ainda estão sob investigação.
Alimentos como arroz integral, salada, aveia e quinoa em flocos, promovem mais saciedade e facilitam aumentam o trânsito intestinal
Acelere o metabolismo
Consuma alimentos termogênicos, que ajudam a acelerar o metabolismo, como chá verde, gengibre, pimenta e canela
Alimente-se de comidas leves
Inclua em sua alimentação pratos mais leves compostos de verduras, legumes e carnes brancas cozidas, assadas ou grelhadas
Coma gordura insaturada
Se não for ingerida em excesso, a gordura insaturada pode ajudar a prevenir doenças. Abacate, salmão e castanhas são opções
Evite dietas loucas
Não caia nas dietas que só te deixarão estressado e com fome. Comece uma reeducação alimentar
Faça exercícios
Os mais recomendados são os aeróbicos, pelo menos 30 minutos de três a quatro vezes por semana. Caminhar, pedalar ou fazer treinamentos funcionais são boas opções
Programe-se para uma mudança de vida
Aproveite que o ano está começando e inclua em suas metas ter uma vida mais saudável. Procure orientação de profissionais da educação física e nutricionistas ou nutrólogos para
melhorar sua alimentação e sair do sedentarismo
Pró-Saúde abre mais de 300 vagas de emprego para o Hospital Materno Infantil em Barcarena
Os interessados podem se candidatar pelo site até o dia 10 de janeiro. Há vagas para agente de portaria, auxiliar de farmácia, cozinheiro, eletricista,
enfermeiro, fisioterapeuta, entre outros cargos.

04/01/2018 09h57

A Pró-Saúde abriu 322 vagas, em diversas áreas, para contratar a equipe que vai trabalhar no Hospital Materno Infantil, em Barcarena, nordeste do Pará. Os
interessados podem se candidatar pelo site até o dia 10 de janeiro.
Todos os cargos possuem disponibilidade para pessoas com deficiência (PCD), conforme legislação vigente. Veja as vagas disponíveis:
Agente de Portaria - Ensino Fundamental completo. Experiência de 6 meses na área de portaria ou recepção.
Almoxarife - Ensino Médio completo. Experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Analista Administração de Pessoal - Cursando Ensino Superior em Administração, Gestão de Recursos Humanos, Ciências Contábeis, Direito ou áreas afins.
Experiência de 6 meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote Office.
Analista de Contratos - Ensino Superior Completo em Direito, Administração ou áreas afins. Experiência de 6 meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote
Office.
Analista de Qualidade - Cursando Ensino Superior em Administração, Enfermagem ou Gestão da Qualidade. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento
intermediário do Pacote Office.
Analista de SAME/Estatística - Desejável Ensino Superior Completo em Administração ou áreas afins. Experiência de 6 meses na área. Conhecimento intermediário
do Pacote Office.
Aprendiz - Cursando Ensino Médio. Conhecimento básico do Pacote Office.
Assistente de Diretoria - Ensino Médio completo. Desejável: cursando Ensino Superior em Secretariado, Administração ou áreas afins. Experiência de 6 meses na
área. Conhecimento intermediário do Pacote Office.
Assistente Social - Ensino Superior completo em Serviço Social. Desejável Pós-Graduação. Experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico no Pacote Office.
Auxiliar administrativo - Ensino Médio completo. Desejável experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Auxiliar Administrativo de Compras - Ensino Médio completo. Desejável experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Auxiliar Administrativo SAU- Ensino Médio completo. Desejável experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Auxiliar de Almoxarifado - Ensino Médio completo. Desejável experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Auxiliar de Cozinha - Desejável Ensino Fundamental completo e experiência na área.
Auxiliar de Farmácia - Ensino Médio completo. Desejável: curso técnico em Farmácia e experiência de 6 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Auxiliar de Faturamento - Ensino Médio completo. Experiência de 6 meses na área. Conhecimento em faturamento hospitalar. Conhecimento básico do Pacote
Office.
Auxiliar de Higiene e Limpeza - Desejável: Ensino Fundamental completo e experiência na área.
Auxiliar de Lavanderia / Rouparia - Desejável: Ensino Fundamental completo e experiência na área.
Auxiliar de Manutenção - Desejável: Ensino Fundamental completo. Experiência de 6 meses na área de manutenção predial, elétrica, hidráulica entre outras.
Comprador - Cursando Ensino Superior em Administração, Ciências Econômicas, Logística ou áreas afins. Experiência de 6 meses na área. Conhecimento
intermediário do Pacote Office.
Coordenador Contábil / Financeiro - Ensino superior completo em Ciências Contábeis. Necessário ter CRC ativo. Desejável pós-graduação na área. Experiência de
06 meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote Office.
Coordenador de Enfermagem - Ensino superior completo em Enfermagem. Registro no Conselho de Classe ativo. Desejável pós-graduação na área. Experiência de
06 meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote Office.
Coordenador de Suprimentos - Ensino superior completo em Administração, Ciências Econômicas, Logística ou áreas afins. Desejável pós-graduação. Experiência
de 06 meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote Office.
Copeiro - Desejável: ensino Fundamental Completo e experiência na área.
Costureiro (a) - Ensino médio completo. Desejável: experiência de 06 meses na área.
Cozinheiro (a) - Ensino Fundamental Completo. Experiência de 06 meses na área.
Eletricista - Desejável: ensino médio completo. Curso básico de Eletricista e NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Curso de NR 35 –
Trabalho em Altura. Experiência de 06 meses na área de manutenção, preferencialmente, em elétrica.
Encarregado de manutenção - Ensino médio completo e curso técnico. Curso NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Experiência de 06
meses na área.
Enfermeiro - Ensino superior completo em Enfermagem. Registro no Conselho Regional de Classe ativo. Experiência de 6 meses na área da Enfermagem.
Enfermeiro NEP/SCIH - Ensino superior completo em Enfermagem. Registro no Conselho Regional de Classe ativo. Experiência de 06 meses em SCIH.
Conhecimento básico do Pacote Office.
Farmacêutico - Ensino superior completo em Farmácia. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses em unidades hospitalares.
Faturista - Ensino médio completo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Fisioterapeuta - Ensino superior completo em Fisioterapia. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico do Pacote
Office.
Fonoaudiólogo - Ensino superior completo em Fonoaudiologia. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento intermediário
do Pacote Office.
Jardineiro - Desejável: ensino fundamental Completo. Experiência de 06 meses na área.
Lactarista - Ensino médio completo. Desejável: experiência de 06 meses em ambiente hospitalar.
Líder de Atendimento - Ensino médio completo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Líder de Hotelaria - Ensino médio completo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Motorista - Desejável: ensino médio completo. Necessário ter CNH (Carteira Nacional de Habilitação) – categoria B, dentro da validade. Experiência de 06 meses na
área.
Nutricionista - Ensino superior completo em Nutrição. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico do Pacote Office.
Psicólogo - Ensino superior completo em Psicologia. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico do Pacote
Office.
Recepcionista - Ensino médio completo. Desejável experiência na área de atendimento/recepção. Conhecimento básico do Pacote Office. Conhecimentos em PABX.
Supervisor de Farmácia - Ensino superior completo em Farmácia com registro de classe. Experiência de 06 meses em Farmácia Hospitalar.
Supervisor de Nutrição - Ensino superior completo em Nutrição com registro de classe ativo. Experiência de 06 meses na área.
Supervisor de TI - Ensino superior completo em Análise de Sistemas, Ciências da Computação, ou áreas afins. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento
avançado do Pacote Office.
Supervisor Fisioterapia - Ensino Superior Completo em Fisioterapia. Registro no conselho de classe ativo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento básico
do Pacote Office.
Supervisor Gestão de Pessoas - Ensino Superior completo em Administração Recursos Humanos, Ciências Contábeis, Direito ou áreas correlatas. Experiência de 06
meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote Office.
Técnico de Enfermagem - Ensino médio completo. Curso Técnico em Enfermagem completo. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses na
área da Enfermagem.
Técnico de Informática - Ensino médio completo. Curso Técnico de Informática completo. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento intermediário do Pacote
Office. Desejável conhecimento em infraestrutura, montagem e manutenção de computadores.
Técnico de Manutenção - Ensino médio completo. Curso técnico de refrigeração, manutenção. Experiência de 06 meses na área. Desejável NR10, NR13 e Nr35.
Técnico de Nutrição - Ensino médio completo. Curso técnico em alimentos completo. Desejável 06 meses de experiência na área. Conhecimento
básico/intermediário do Pacote Office.
Técnico de Radiologia - Ensino médio completo. Curso Técnico de Radiologia. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses na área.
Técnico de Segurança do Trabalho - Ensino médio completo e curso técnico de Segurança do Trabalho. Experiência de 06 meses na área. Conhecimento
intermediário do Pacote Office.
Terapeuta Ocupacional - Ensino superior completo em Terapia Ocupacional. Registro no Conselho de Classe ativo. Experiência de 06 meses em Saúde da Família.
Conhecimento básico do Pacote Office.
A Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar é uma entidade sem fins lucrativos que possui 50 anos de atuação em gestão de serviços de
saúde e administração hospitalar no país.
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do G1 Pará no (91) 98814-3326.
Quinta-Feira, 04/01/2018, 09:10:36

Academias lotam após festas de fim de ano.Professores de Educação Física acompanham os treinos dos alunos que buscam
qualidade de vida.
Exagerou nas festas de fim de ano e agora está acima do peso? Calma. Antes de se culpar por ter ganhado aqueles indesejáveis quilinhos,
é hora de retomar os hábitos saudáveis, com a prática de atividade física e ingestão de alimentos leves.
A orientação é da nutricionista Giovana Costa. Ela propõe que durante uma semana a pessoa que deseja voltar à boa forma faça uma
dieta rica em fibras, líquidos e livre de carboidratos. “Após ter abusado de alimentos muito calóricos, é ideal que a pessoa faça uma dieta
restritiva, à base de frutas, sucos naturais e de sopas”, recomenda.
A especialista explica que a ingestão de alimentos ricos em carboidratos promove uma maior retenção de líquidos, o que faz com que a
pessoa tenha a sensação de inchaço. Por isso, é preciso buscar uma alimentação mais leve que isso irá ajudar na desintoxicação do
organismo. A hidratação é indispensável. “A água de coco é rica em minerais e sódio e o consumo de frutas deve ser intensificado, em três
a quatro por dia, dando preferência para aquelas ricas em água, como melão e melancia”, orienta Giovana.
HORÁRIO
Outro ponto importante para retomar o corpo saudável é fazer todas as refeições nos devidos horários, de três em três horas, sempre com
lanches intermediários sem muito carboidrato e com bastante fibras que auxiliam na digestão dos alimentos. “À noite, geralmente fazemos
uma substituição do jantar pelo lanche, como a sopa, com ingredientes naturais, como quiabo, couve, jambu, jerimum”, destaca.
Na ceia, o ideal, segundo a nutricionista é apostar em chás que ajudam no metabolismo sem interferir no sono. “Chá de cidreira, hibisco e
verde são excelentes exemplos de boas práticas alimentares para este horário”, acrescenta.
EXERCÍCIOS
Para o professor de Educação Física Luis Silva, a prática de atividades físicas é sinônimo de saúde. “Além de auxiliar na perda de peso,
melhora os batimentos cardíacos, limpa o organismo das toxinas, melhora o humor, a flexibilidade e auxilia no sono”, frisa.
O profissional explica que para quem deixou as atividades de lado no fim de 2017, o retorno deve ser feito com exercícios moderados, de
forma gradativa, por exemplo, numa corrida na esteira, de 15 a 20 minutos. “Este tipo de exercício é aconselhado para quem é assíduo na
prática de atividade. Já para quem é sedentário, o ideal é começar com atividades também moderadas, podendo ser corridas ao ar livre e
exercícios combinados, tudo indicado e planejado por um profissional habilitado”, orienta.
Depois de se olhar no espelho, com 124 quilos, o gerente de exportação Osvaldo Pinto Marques, 46, decidiu emagrecer. Hoje, após perder
19 quilos em oito meses, ele se diz orgulhoso do resultado da prática de atividade física, aliada a hábitos alimentares saudáveis. “Foi pela
estética que eu decidi mudar. Hoje tenho uma rotina diária de atividade física e uma alimentação equilibrada”, destaca Osvaldo que
procurou um endocrinologista e fez uma dieta restritiva antes de mudar de vida.
O advogado Neto Meireles, 26, exagerou um pouco no refrigerante durante as festas de final de ano. Apesar de não ter dificuldade para
emagrecer, ele abusou um pouco nesse período. “É difícil manter a dieta nessa época. Mas depois de aproveitar esse tempo fora, voltei
direto para fazer crossfit, porque a dinâmica é viciante”, declara.
ORIENTAÇÕES
Para aumentar a ingestão de fibras, a nutricionista Giovana Costa aconselha que a pessoa faça diariamente o consumo de aveia, linhaça,
chia e gergelim.
Rigor na coleta do sangue aumenta a segurança transfusional

Seije Matheus precisa fazer toda semana transfusão de sangue para tratar uma aplasia medular, condição rara em que o
organismo deixa de produzir quantidade suficiente de células sanguíneas novas.

03/01/2018 09:38h

Aos 21 anos, Seije Matheus estuda e faz planos como qualquer outro jovem de sua idade. Mas um detalhe o torna diferente dos demais:
toda semana ele precisa fazer transfusão na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), em Belém. Há dois
anos, Seije foi diagnosticado com aplasia medular, condição rara em que o organismo deixa de produzir quantidade suficiente de células
sanguíneas novas. “Meu remédio depende da solidariedade das pessoas. Minha vida depende disso. É preciso esclarecer dúvidas e tabus
para que mais pessoas doem sangue”, ressalta o jovem.
Todos os meses, cerca de oito mil bolsas de sangue são coletadas no Pará para ajudar pacientes de todas as idades e nas mais diversas
situações. Alguns sofreram acidentes, outros fazem tratamento contra algum tipo de câncer ou têm alguma doença hematológica, como é o
caso de Seije. O fundamental, em todos os casos, é garantir a qualidade do sangue. É a chamada segurança transfusional.
O coordenador de Hemoterapia do Hemopa, Carlos Victor Cunha, explica que, como qualquer procedimento hospitalar, uma transfusão
possui riscos e cabe ao médico indicar o procedimento correto. O trabalho da Fundação em garantir a segurança transfusional é aplicado
em duas vertentes: a triagem clínica e a sorologia. Esta consiste nos “exames de triagem laboratorial realizados nas amostras de sangue
de doadores que verificam se o sangue doado pode ser utilizado para a transfusão”.
Quando um dos exames dá um resultado alterado, o sangue é automaticamente bloqueado pelo sistema informatizado que gerencia o ciclo
do sangue para ser, então, descartado, seguindo as normas sanitárias vigentes. Segundo o coordenador, uma carta é enviada ao doador
“convocando-o para que retorne ao Hemopa e faça nova coleta de amostra de sangue para repetição dos exames alterados. Caso a
alteração se mantenha, o doador fica inapto definitivamente para uma nova doação. Ele recebe orientações e é encaminhado para um
serviço de saúde onde realizará exames confirmatórios, acompanhamento e tratamento, se necessário”.
Carlos Victor chama atenção que os exames laboratoriais realizados pelo Hemopa, por se tratarem de exames de triagem, não possuírem
a finalidade de estabelecer o diagnóstico de doenças. “Nesse sentido, o hemocentro está sempre em busca de ofertar serviços
laboratoriais de triagem de excelência, de acordo com as normas mais exigentes para bancos de sangue”.
Além disso, existe a “janela imunológica”, que é o tempo transcorrido entre a contaminação e aparecimento de anticorpos que permitem a
detecção de doenças no sangue. Dependendo da enfermidade, esse período pode chegar a um ano. Ou seja, nesse tempo, mesmo que o
indivíduo esteja contaminado, a doença não vai aparecer nos testes. Por isso, outras medidas são tomadas para garantir a segurança do
sangue.
A importância da triagem
Quando um voluntário chega ao Hemopa para doar sangue, existe uma rotina a ser seguida. O ciclo do sangue começa na recepção, onde
o candidato apresenta documento de identificação oficial original e com foto. Se for a primeira doação, é feito seu cadastro. Caso já seja
doador de sangue, suas informações pessoais são confirmadas e/ou atualizadas. Depois vem a pré-triagem, com a verificação do peso,
pressão arterial, temperatura e nível de hemoglobina no sangue.
O passo seguinte é a triagem, a outra vertente da segurança transfusional. “A triagem clínica-epidemiológica é uma entrevista que avalia,
com dados fornecidos pelo candidato, riscos potenciais que a doção pode representar tanto para a saúde do doador quanto do receptor de
sangue, podendo ter como resultado uma inaptidão temporária ou definitiva para a doação, seguindo critérios estabelecidos pelo Ministério
da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recomendações de estudos científicos nacionais e internacionais”, detalha
Carlos Victor.
Há mais de 15 anos na triagem do Hemopa, a médica Socorro Ferreira conta que toda a legislação do sangue determina o que deve ser
perguntado durante a triagem, possibilitando ao profissional adentrar na intimidade do doador para investigar a vida sexual e social dele.
“Vamos perguntar, por exemplo, se a pessoa tem múltiplos parceiros. Se positivo, isso leva a inaptidão. Porque, segundo a legislação, essa
pessoa tem uma exposição maior às doenças sexualmente transmissíveis”.
Esses questionamentos abrangem diversas situações, umas voltadas à proteção do doador, outras protegem os pacientes. “O uso de
determinados medicamentos impossibilita a doação porque as substâncias são veiculadas pelo sangue afetando quem irá receber a
transfusão. Já o doador que está com algum problema de saúde, como uma infecção, por exemplo, também não poderá doar. Essa é uma
medida de proteção ao voluntário”, comenta Socorro.
A médica observa que toda transfusão parte da premissa de que o voluntário vai ao hemocentro para salvar uma vida e não para contribuir
para o agravamento da saúde de alguém que já está tão debilitado. “Eu sempre digo que eu trio pensando que as minhas filhas que vão
receber esse sangue. Gosto de fazer triagem. Nós criamos laços com as pessoas, ouvimos histórias. O contato é direto com o doador.
Algumas vezes um candidato que nunca doou chega desesperado porque alguém da família está precisando. Ele acaba não podendo doar
porque a pressão está alterada ou porque não tem condições emocionais para isso. Então precisamos conversar com ele, acalmá-lo. É um
trabalho muito humanizado”, fala.
O profissional da triagem pode ser um médico ou qualquer outra pessoa da área da saúde de nível superior, desde que seja capacitado e
qualificado para desempenhar a função e que esteja sob a supervisão de um médico.
A médica comenta que muitas pessoas têm medo de ir a uma unidade de saúde e relatar a suspeita de contaminação por alguma doença.
“Infelizmente, essas pessoas acham que o caminho mais fácil é vir ao Hemopa. Mas nós percebemos isso. Nosso objetivo é garantir a
segurança de quem vai receber o sangue”.
Assim como há constante sofisticação tecnológica na sorologia, também existe uma evolução na legislação do sangue. Isso é causado
pela série de estudos e entendimentos que permitem a inclusão de critérios, como também a exclusão de outros. “Costumo dizer que não
existem doadores. Existe o doador. Não existem pacientes. Existe o paciente. Cada caso é um caso e a lei acompanha tudo isso”, comenta
Socorro.
Um exemplo disso é o exame de endoscopia. Antes, não havia vedação à doação para quem fazia o procedimento. Mas agora é diferente.
“Para as pessoas que fazem endoscopia, se dá um período de seis meses porque existem estudos que comprovaram que, mesmo
minimamente, há risco de se contrair hepatite C durante o exame”.
Caso o candidato à doação seja aprovado na triagem, ele segue para dar seu voto de autoexclusão. A pergunta feita por uma máquina é
“você está seguro que seu sangue pode ser usado em pacientes”. O candidato deve responder “sim” ou “não”. Esse voto é fundamental
para maior segurança daquele que recebe a transfusão, caso o candidato tenha omitido alguma informação durante a entrevista. Se a
resposta for negativa, a bolsa de sangue a ser coletada será automaticamente descartada.
Por fim, o doador é conduzido até a sala de coleta. O procedimento é seguro, já que o material utilizado é totalmente descartável. São
coletados cerca de 450 ml de sangue, além de amostras para a realização dos exames.

Por Jaqueline Menezes

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