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FACVLDADE MAURÍCIO DE NASSAU

CAMPUS FORTALEZA
CURSO DE CIENCIAS CONTÁBEIS

PROF. FELIPE MOTA MARTINS

MATEMÁTICA FINANCEIRA

FORTALEZA
2018
SUMÁRIO

1 Fundamentos da Matemática Financeira ................................................................................. 4


1.1 Fluxo de Caixa .................................................................................................................. 4
1.2 Regimes de capitalização .................................................................................................. 5
1.2.1 Progressões Aritméticas ........................................................................................... 6
1.2.1.1 Soma dos 𝒏 primeiros termos de uma P.A.......................................................... 8
1.2.2 Progressões Geométricas ......................................................................................... 9
1.2.2.1 Soma dos 𝒏 primeiros termos de uma P.G. ...................................................... 10
1.2.2.2 Soma dos termos de uma P.G infinita. .............................................................. 10
2 Regime de capitalização simples ........................................................................................... 12
2.1 Taxas equivalentes .......................................................................................................... 14
2.2 Juro exato, comercial e bancário ..................................................................................... 15
2.3 Desconto simples ............................................................................................................ 17
2.3.1 Relação entre taxa de desconto e taxa de juros simples...................................... 19
3 Regime de capitalização composta ........................................................................................ 21
3.1 Períodos não inteiros ....................................................................................................... 22
3.2 Taxas equivalentes .......................................................................................................... 23
3.3 Taxas variáveis ............................................................................................................... 24
3.4 Desconto composto ......................................................................................................... 25
3.5 Equivalência financeira a juros compostos ..................................................................... 27
4 Séries de pagamentos............................................................................................................. 31
4.1 Séries uniformes ............................................................................................................. 31
4.1.1 Série uniforme diferida .......................................................................................... 34
4.2 Série com pagamentos variáveis ..................................................................................... 37
5 Amortização........................................................................................................................... 39
5.1 Sistema de Amortização Constante (SAC) ..................................................................... 42
5.2 Sistema Francês (PRICE) ............................................................................................... 44
6 Correção monetária e Inflação ............................................................................................... 48
6.1 Índices de preço .............................................................................................................. 49
6.2 Taxa acumulada .............................................................................................................. 51
6.3 Taxa real de juros ............................................................................................................ 52
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 54
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 55
1 Fundamentos da Matemática Financeira ........................................................................... 55
2 Capitalização Simples ........................................................................................................ 60
3 Capitalização Composta..................................................................................................... 71
4 Séries de Pagamentos ......................................................................................................... 79
5 Amortização ....................................................................................................................... 83
6 Inflação .............................................................................................................................. 86
GABARITO ............................................................................................................................. 89
FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA MATEMÁTICA FINANCEIRA

1 Fundamentos da Matemática Financeira

Segundo Hazzan e Pompeo (2016), “A matemática financeira visa a estudar


o valor do dinheiro no tempo, nas aplicações de dinheiro e nos pagamentos de
empréstimos”, fornecendo “instrumentos para o estudo e a avaliação de formas de
aplicação do dinheiro, bem como de pagamentos e empréstimos”.
O dinheiro investido é também chamado de Capital (C), cuja definição
mais formal seria: “O capital é qualquer valor monetário que uma pessoa (física ou
jurídica) “empresta” para outra durante certo tempo”.
Ao capital “emprestado” está associada uma remuneração, ou custo do
empréstimo, chamada Juro (J). O juro é calculado através de uma Taxa de Juros (i),
representada como uma porcentagem em cima do valor do capital.
𝐽 =𝐶∙𝑖
Por fim, o novo “valor do dinheiro” é chamado de Montante (M) e é pode
ser calculado pela soma do capital com os juros auferidos no período.
𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 + 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠

1.1 Fluxo de Caixa


Para facilitar a análise das movimentações financeiras utiliza-se uma
representação linear chamada Fluxo de Caixa, onde as entradas (receitas) e as saídas
(gastos) são expressas por setas para cima e para baixo, respectivamente.

No eixo principal é indicado o tempo em Períodos de Capitalização (n),


que podem ser expressos em dias, semanas, meses, anos, etc. No início da aplicação,
quando 𝑛 = 0, colocamos o capital, chamado no fluxo de caixa de Valor Presente (VP)
pois representa o valor em dinheiro que se teria na data em que se realiza o
investimento, ou seja, o valor real no momento presente. Já o montante é chamado de
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Valor Futuro (VF) pois representa o valor a ser recebido no futuro uma vez que o
capital tiver sofrido alterações devido aos juros.

1.2 Regimes de capitalização


Existem duas formas de se calcular os rendimentos (juros) de um valor
investido (capital) chamadas de Regimes de Capitalização. Ambos os regimes se
baseiam em sequências numéricas, sendo que o Regime de Capitalização a Juros
Simples respeita a lei de formação de uma Progressão Aritmética (P.A.), enquanto o
Regime de Capitalização a Juros Compostos respeita a lei de formação de uma
Progressão Geométrica (P.G.)
Antes de detalhar as progressões é necessário entender o que é uma
sequência numérica. Para isso, tomemos como exemplo a tabela seguinte, que relaciona
o número de funcionários de uma empresa nos seus dez primeiros anos de existência:
ANO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
1 52
2 58
3 60
4 61
5 67
6 65
7 69
8 72
9 76
10 78

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A relação entre as duas variáveis (ANO e NÚMERO DE


FUNCIONÁRIOS) define uma função, pois a cada ano de existência da empresa
corresponde um único número de funcionários. A expressão algébrica que descreve essa
função recebe o nome de lei de formação ou termo geral e a função em si possui como
domínio o conjunto {1, 2, 3, … , 10}.
De modo geral, uma função cujo domínio é 𝑁 ∗ = {1, 2, 3, . . . } é chamada de
sequência numérica infinita. Quando o domínio de 𝑓 é {1, 2, 3, . . ., 𝑛} temos uma
sequência numérica finita, como é o caso do exemplo anterior.
As sequencias numéricas são comumente representadas por meio de seu
conjunto imagem colocado entre parênteses. Para o exemplo anterior, a representação
da sequência finita seria: (52, 58, 60, 61, 67, 65, 69, 72, 76, 78).
Exemplo 1.1: Considerando uma sequência de termo geral: 𝑎𝑛 = 3𝑛2 + 2, com 𝑛 ∈
𝑁 ∗ , (a) escreva os quatro primeiros termos dessa sequência e (b) determine se o
número 4109 pertence à sequência.
a) Os quatro primeiros termos são encontrados fazendo 𝑛 = 1, 2, 3, 4:
𝑎1 = 3(1)2 + 2 = 5
𝑎2 = 3(2)2 + 2 = 14
𝑎3 = 3(3)2 + 2 = 29
𝑎4 = 3(4)2 + 2 = 50
Logo, a sequência é: (5, 14, 29, 50, … ).
b) Devemos verificar se existe 𝑛 ∈ 𝑁 ∗ tal que 𝑎𝑛 = 4109:
4109 = 3𝑛2 + 2 → 4109 − 2 = 3𝑛2
4107
= 𝑛2 → 𝑛 = √1369 = ±37
3
Como a sequência é composta por números naturais não nulos (𝑁 ∗ ), somente
o valor 𝑛 = 37 é válido. Assim, 4109 é o 37° termo dessa sequência.

1.2.1 Progressões Aritméticas


Progressão Aritmética (P.A.) é uma sequência de números reais em que
cada termo, a partir do segundo, é a soma do termo anterior com uma constante real.
Essa constante é chamada razão da P.A. e é indicada por 𝒓.

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Por essa definição, é possível escrever a razão (𝑟) como a diferença entre
qualquer termo da P.A. e o termo imediatamente anterior:
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = 𝑎3 − 𝑎2 = ⋯ = 𝑎𝑛 − 𝑎𝑛−1
Exemplos:
a) (4, 7, 10, 13, 16, ...) é uma P.A. de razão 𝑟 = 3.
b) (2; 2,3; 2;6; 2,9; ...) é uma P.A. de razão 𝑟 = 0,3.
c) (70, 60, 50, 40, 30, ...) é uma P.A. de razão 𝑟 = −10.
d) (√3, 1 + √3, 2 + √3, 3 + √3, ...) é uma P.A. de razão 𝑟 = 1.
e) (0, -1/3, -2/3, -1, ...) é uma P.A. de razão 𝑟 = −1/3.
f) (5/2, 5/2, 5/2, 5/2, 5/2, ...) é uma P.A. de razão 𝑟 = 0.

De acordo com a razão, as progressões aritméticas são classificadas em:


 Crescente, quando 𝑟 > 0,.
 Decrescente, quando 𝑟 < 0.
 Constante, quando 𝑟 = 0.
Conhecidos o primeiro termo (𝑎1 ) e a razão (𝑟), é possível escrever a lei de
formação ou termo geral da P.A., que permite obter qualquer termo da P.A.
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) ∙ 𝑟
Exemplo 1.2: Calcular o 20º termo da P.A (26, 31, 36, 41, ...).
A razão dessa P.A é dada por: 𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = 31 − 26 = 5, logo, aplicando na lei de
formação para 𝑛 = 20:
𝑎20 = 𝑎1 + (20 − 1) ∙ 𝑟 = 26 + 19 ∙ 5 = 121

Exemplo 1.3: Determinar 𝑥 para que a sequencia (𝑥 + 5, 4𝑥 − 1, 𝑥 2 − 1) seja uma


P.A.
Para ser P.A. a razão deve se manter entre os termos, assim:
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = (4𝑥 − 1) − (𝑥 + 5) = 3𝑥 − 6
𝑟 = 𝑎3 − 𝑎2 = (𝑥 2 − 1) − (4𝑥 − 1) = 𝑥 2 − 4𝑥
Igualando as duas equações encontradas para a razão, temos:
𝑥 2 − 4𝑥 = 3𝑥 − 6
𝑥 2 − 7𝑥 + 6 = 0
Resolvendo a equação do segundo grau, temos ∆= (−7)2 − 4(1)(6) = 25, sendo 𝑥:

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−(−7) ± √25 7 ± 5
𝑥= = = 1 𝑜𝑢 6
2(1) 2
Assim, para os valores de 𝑥 = 1 e 𝑥 = 6, a sequencia apresentada é uma P.A.

1.2.1.1 Soma dos 𝒏 primeiros termos de uma P.A.


A soma dos 𝑛 primeiros termos de uma P.A. pode ser calculada através de
um raciocínio utilizado pelo matemático alemão Carl F. Gauss (1777-1855) para
solucionar o problema da soma dos números de 1 a 100 (que forma uma P.A. com razão
igual a 1 e com 100 termos).

Escrevendo a série ao contrário, com os números de trás para frente (100,


99, ... 1), e somando com a série normal (1, 2, 3, ..., 100), o resultado de cada soma de
números que ocupam a mesma posição de ordem é sempre igual a 101.

Série 1 1 2 3 ... 51 52 53 ... 99 100

Série 2 100 99 98 ... 50 49 48 ... 2 1

↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓

Soma 101 101 101 ... 101 101 101 ... 101 101

Dessa forma, a soma total dos termos das duas séries é igual a 100 vezes o
número 101, e a soma dos números de apenas uma das séries é metade desse valor:

100 ∙ 101
𝑆= = 5050
2

Generalizando para uma série com n qualquer, a soma de todos os


números de uma P.A. pode ser encontrada pela fórmula:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 ) ∙ 𝑛
𝑆𝑛 =
2
Exemplo 1.4: Em relação à sequência dos números naturais ímpares, determine a soma
dos 50 primeiros termos.
O primeiro número natural ímpar é 𝑎1 = 1 e o quinquagésimo 𝑎50 = 99. Aplicando na
fórmula da soma, temos:
(𝑎1 + 𝑎50 ) ∙ 𝑛 (1 + 99) ∙ 50
𝑆50 = = = 2500
2 2

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1.2.2 Progressões Geométricas


Progressão Geométrica (P.G.) é uma sequência de números reais em que
cada termo, a partir do segundo, é o produto do termo anterior por uma constante real.
Essa constante é chamada de razão da P.G. e é indicada por 𝒒.
Por essa definição, é possível escrever a razão (𝑞) como o quociente entre
qualquer termo da P.A. e o termo imediatamente anterior:
𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛
𝑟= = =⋯=
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛−1
Exemplos:
a) (4, 12, 36, 108, ...) é uma P.G. de razão 𝑞 = 3.
b) (-3, -15, -75, -375, ...) é uma P.G. de razão 𝑞 = 5.
1
c) (2, 1, ½, ¼, 1/8, ...) é uma P.G. de razão 𝑞 = 2.

d) (2, -8, 32, -128, 512, ...) é uma P.G. de razão 𝑞 = −4.
e) (-1000, -100, -10, -1, ...) é uma P.G. de razão 𝑞 = 0,1.
f) (√3, 0, 0, 0, ...) é uma P.G. de razão 𝑞 = 0.
Conhecidos o primeiro termo (𝑎1 ) e a razão (𝑞), é possível escrever a lei de
formação ou termo geral da P.G., que permite obter qualquer termo da P.G.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1

Exemplo 1.5: Numa P.G., o 4º termo é igual a 32 e o 1º termo é igual a ½. Determine a


razão da P.G. e o seu 8º termo.

Sabendo que 𝑎1 = 1/2 e 𝑎4 = 32, encontramos a razão:


1 3
𝑎4 = 𝑎1 ∙ 𝑞 4−1 → 32 = ∙𝑞 → 𝑞 3 = 64
2
3
𝑞 = √64 = 4

Determinamos o termo 𝑎8 como segue:

1 7
𝑎8 = 𝑎1 ∙ 𝑞 8−1 → 𝑎8 = ∙ 4 = 8192
2

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1.2.2.1 Soma dos 𝒏 primeiros termos de uma P.G.


Para uma P.G. com número finito de termos, a soma dos 𝑛 primeiros desses
termos pode ser calculada pela fórmula:

𝑎1 (𝑞 𝑛 − 1)
𝑆𝑛 =
𝑞−1
1 1 1
Exemplo 1.6: Calcular a soma dos 8 primeiros termos da P.G. (27 , 9 , 3 , … ).

Sabendo que 𝑎1 = 1/27 e 𝑎2 = 1/9, encontramos a razão:


1 1 27
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2−1 → = ∙ 𝑞1 → 𝑞= =3
9 27 9

Aplicando na fórmula com 𝑛 = 8, temos:

1 8
𝑎1 (𝑞 8 − 1) 27 (3 − 1) 1 3280
𝑆8 = = = ∙ (38 − 1) =
𝑞−1 3−1 54 27

1.2.2.2 Soma dos termos de uma P.G infinita.


Se a P.G. possuir número infinito de termos e razão maior que um inteiro, os
números ficam cada vez maiores, de forma que a soma dos termos tende ao infinito. Já
para uma P.G. onde a razão seja menor que um inteiro (−1 < 𝑞 < 1), os números
tendem a ficar cada vez menores, de forma que quanto maior a ordem (n), mais próximo
de zero será o elemento da P.G. Dessa forma, para qualquer P.G. com −1 < 𝑞 < 1,
representamos o enésimo número na forma do limite:

lim 𝑞 𝑛 = 0
𝑛→∞

Não faz sentido calcular a soma de uma P.G. que vai até o infinito (pois
resultará sempre em infinito), mas é interessante conhecer a soma dos números de uma
P.G. com −1 < 𝑞 < 1, pois essa soma tende a um número real, que pode ser encontrado
pelo limite:
𝑎1
lim 𝑆𝑛 =
𝑛→∞ 1−𝑞

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Exemplo 1.7: Calcular a soma dos termos da P.G. infinita (1/2, 1/4, 1/8, ...).
Sendo 𝑞 = 1/2 , temos:

1
𝑎1
lim 𝑆𝑛 = = 2 =1
𝑛→∞ 1−𝑞 1−1
2
Exemplo 1.8: Resolver, em R, a equação:
𝑥2 𝑥3 𝑥4 4
𝑥+ + + +⋯=
4 16 64 3
Sabendo que 𝑎1 = 1/27 e 𝑎2 = 1/9, encontramos a razão:
𝑥2 𝑥
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2−1 → = 𝑥 ∙ 𝑞1 → 𝑞=
4 4
A soma da equação é dada por:
𝑎1 4
lim 𝑆𝑛 = =
𝑛→∞ 1−𝑞 3
𝑎1 4 𝑥
= → 3𝑎1 = 4(1 − 𝑞) → 3(𝑥) = 4(1 − )
1−𝑞 3 4
3𝑥 = 4 − 𝑥 → 3𝑥 + 𝑥 = 4 → 𝑥=1
Ou seja, para que a soma da P.G. dada seja igual a 4/3, devemos ter 𝑥 = 1.

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2 Regime de capitalização simples

O regime de capitalização a juros simples respeita a lei de formação de uma


progressão aritmética (P.A.), o que faz os juros serem constantes ao longo do tempo
para um mesmo período, ou seja, serem iguais em períodos iguais, e dados pela
multiplicação do capital pela taxa de juros:
𝐽 =𝐶∙𝑖
Para 𝑛 períodos de tempo, o juro total será dado pela soma dos juros em
todos os períodos e como estes são iguais, podemos escrever:
1º Período 𝐽1 = 𝐶𝑖
2º Período 𝐽2 = 𝐶𝑖 + 𝐶𝑖 = 2(𝐶𝑖)
3º Período 𝐽3 = 𝐶𝑖 + 𝐶𝑖 + 𝐶𝑖 = 3(𝐶𝑖)
... ...
Após n períodos 𝐽𝑛 = 𝐶𝑖 + 𝐶𝑖 + ⋯ + 𝐶𝑖 = 𝑛(𝐶𝑖)
Assim, o juros simples acumulado após 𝑛 períodos é calculado através do
produto do capital (𝐶), taxa de juros (𝑖) e prazo (𝑛), como indicado na fórmula:
𝐽 =𝐶∙𝑖∙𝑛
Exemplo 2.1: Qual o juro simples gerado por uma aplicação de R$ 5.000,00 durante 3
meses a uma taxa anual de 12% ao ano (a.a.)?
1
A taxa mensal é de 1⁄12 × 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 = 12 × 12% = 1%

𝑛 = 3 ; 𝐶 = 5000 ; 𝑖 = 1%
Pela fórmula do juros simples:
1
𝐽 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖 = 3 ∙ 5000 ∙ = 𝑅$ 150,00
100
Exemplo 2.2: Uma geladeira custa R$ 1.000,00 à vista, mas pode ser paga da seguinte
maneira: I – Entrada de R$ 200,00;
II – Após dois meses, uma parcela única de R$ 880,00.
Qual a taxa de juros mensal cobrada pelo eletrodoméstico?

𝑛 = 2 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 ; 𝐶 = 800 ; 𝐶2 = 880


𝐽 = 𝐶2 − 𝐶 = 880 − 800 = 80
𝐽 =𝑛∙𝐶∙𝑖 ⇒ 80 = 6 ∙ 800 ∙ 𝑖

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𝑖 = 1⁄20 = 5%

Substituindo a fórmula dos juros simples na fórmula de definição do


montante encontramos uma equação que permite obter o montante a juros simples:
𝑀 =𝐶+𝐽
𝑀 =𝐶+𝐶∙𝑖∙𝑛
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖 ∙ 𝑛)
Exemplo 2.3: Antônio aplica no banco “X” R$ 10.000,00 para resgatar após dois
meses com juros de 20% ao mês. Qual o valor do resgate?

𝑛 = 2 ; 𝐶 = 10000; 𝑖 = 20%
Pela fórmula do montante:
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑛 ∙ 𝑖)
20
𝑀 = 10000 (1 + 2 ∙ ) = 𝑅$ 14.000,00
100

Exemplo 2.4: Calcule o montante resultante da aplicação de R$ 60.000,00 à taxa de


9,5% a.a durante 120 dias.
1
A taxa mensal é de 1⁄12 × 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 = 12 × 9,5% = 0,79167%
120
Calculando o número de períodos em meses: = 4 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
30

𝑛 = 4 ; 𝐶 = 60000 ; 𝑖 = 0,79167%
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑛 ∙ 𝑖)

𝑀 = 60000 (1 + 4 ∙ 0,79167⁄100) = 𝑅$ 61.900,00

Exemplo 2.5: Um funcionário tem uma dívida de R$ 500,00 que deve ser paga com
juros de 6% a.m. pelo sistema de juros simples, devendo fazer o pagamento em três
meses. Qual o valor total da dívida nesse período?

𝑛 = 3 ; 𝐶 = 500 ; 𝑖 = 6%
Pela fórmula do montante:
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑛 ∙ 𝑖)
6
𝑀 = 500 (1 + 3 ∙ ) = 𝑅$ 590,00
100

Exemplo 2.6: Qual a taxa de juros simples que um fundo de investimento rendeu,

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sabendo-se que o capital aplicado foi de R$ 5.000,00 e que o valor de resgate foi de R$
5.525,00 após sete meses?
Sendo: J = R$ 525,00; C = R$ 5.000,00; n = 7
𝐽 =𝑛∙𝐶∙𝑖  525 = 7 ∙ 5000 ∙ 𝑖
525
𝑖= = 0,015 = 1,5% 𝑎. 𝑚.
7 × 5000

2.1 Taxas equivalentes


Na fórmula dos juros simples, o prazo de aplicação (n) e a taxa de juros (i)
devem ser expressas com relação à mesma unidade de tempo. Por essa razão, em alguns
exemplos anteriores, a taxa foi convertida para a mesma unidade do prazo, embora o
prazo também pudesse ter sido convertido para a mesma unidade da taxa.
Exemplo 2.7: Em juros simples, qual a taxa anual equivalente a 1% a.m?
Sendo: 𝑛1 = 12 meses; 𝑖1 = 1% a.m.; 𝑛2 = 1 ano
Para juros (𝐽 = 𝐶 ∙ 𝑖 ∙ 𝑛) iguais:
𝐽1 = 𝐽2
𝐶 ∙ 𝑖1 ∙ 𝑛1 = 𝐶 ∙ 𝑖2 ∙ 𝑛2
Dividindo ambos os lados da igualdade por C, temos:
𝑖1 ∙ 𝑛1 = 𝑖2 ∙ 𝑛2
1
∙ 12 = 𝑖2 ∙ 1
100
12
𝑖2 = = 12% 𝑎. 𝑎.
100

Dizemos que duas taxas são equivalentes a juros simples quando, aplicadas
em um mesmo capital e durante um mesmo prazo, derem juros iguais. No Exemplo 2.8
reproduzimos essa situação (𝐽1 = 𝐽2 ) e encontramos uma relação que sempre será
respeitada caso taxas equivalentes a juros simples:
𝑖1 ∙ 𝑛1 = 𝑖2 ∙ 𝑛2
Essa equação pode ser aplicada sempre que for necessário transformar a
base da taxa ou o período de aplicação.
Exemplo 2.8: Quais as taxas mensais, bimestrais, trimestrais e quadrimestrais
proporcionais à taxa de 36% a.a.?

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Fazendo para a taxa anual: 𝑖2 = 36% a.a. e 𝑛2 = 1 ano, temos:


Taxa mensal (𝑛1 = 12 meses em um ano)
36 3
𝑖1 ∙ 12 = ∙1 → 𝑖1 = = 3%
100 100
Taxa bimestral (𝑛1 = 6 bimestres em um ano)
36 6
𝑖1 ∙ 6 = ∙1 → 𝑖1 = = 6%
100 100
Taxa trimestral (𝑛1 = 4 trimestres em um ano)
36 9
𝑖1 ∙ 4 = ∙1 → 𝑖1 = = 9%
100 100
Taxa quadrimestral (𝑛1 = 3 quadrimestres em um ano)
36 12
𝑖1 ∙ 3 = ∙1 → 𝑖1 = = 12%
100 100
Exemplo 2.9: O montante de uma dada aplicação é R$ 12.000,00. Sabe-se que o prazo
da operação foi de quatro meses e que o juro gerado foi de R$1.500,00. Determine:
a) O capital aplicado.
b) A taxa de juros mensal da aplicação.
Sendo 𝑀 = 12.000,00; 𝑛 = 4; 𝐽 = 1.500
a) 𝐶 = 𝑀 − 𝐽 = 12.000 − 1.500 = 8.500
b) 𝐽 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖  1.500 = 4 ∙ 8500 ∙ 𝑖  𝑖 = 4,41%

Exemplo 2.10: Por quanto tempo um capital deve ser aplicado a 30% a.a. para que os
juros gerados correspondam a 2,5 vezes o valor do capital?
Sendo 𝑖 = 30%; 𝐽 = 2,5𝐶
𝐽 =𝑛∙𝐶∙𝑖
2,5𝐶 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 0,3
0,3𝑛 = 2,5
𝑛 = 8,33 anos

2.2 Juro exato, comercial e bancário


É muito comum certas operações ocorrerem por um ou alguns dias apenas.
Nesses casos é conveniente utilizar a taxa diária equivalente, que pode ser calculada
utilizando uma entre duas convenções:

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1ª Juros Exatos: Considerando o ano civil, que tem 365 (ou 366) dias, e
cada mês possui seu número real de dias.
2ª Juros Comerciais: Considerando o ano comercial, com 360 dias, e cada
mês comercial com 30 dias.
Exemplo 2.11: Uma aplicação monetária que rende 26% a.a. é escolhida por um
empresário para investir um capital de R$ 30.000,00 pelo prazo de 98 dias. Quanto,
pela regra dos juros exatos, a aplicação deve render?

Sendo 𝑖 = 26% 𝑎. 𝑎. ; 𝐶 = 30.000; 𝑛 = 98 𝑑𝑖𝑎𝑠


𝑛 1
𝑖2 = 𝑖1 𝑛1  𝑖2 = 0,26 ∙ 365 = 0,00071 = 0,071% a.d.
2

𝐽 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖  𝐽 = 98 ∙ 30.000 ∙ 0,00071 = 𝑅$ 2.087,40

Exemplo 2.12: Um capital de R$ 25.000,00 foi aplicado a juros simples à taxa de 30%
a.a. pelo prazo de 67 dias. Quais os juros exatos e comerciais para esta aplicação?

Sendo 𝐶 = 25.000; 𝑖 = 30% 𝑎. 𝑎. ; 𝑛 = 67 𝑑𝑖𝑎𝑠


1 1
• Exatos: 𝑖2 = 𝑖1 𝑛  𝑖𝑑 = 0,3 ∙ 365 = 0,000822 = 0,0822%
2

𝐽 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖 = 67 ∙ 25.000 ∙ 0,000822 = 1.376,71


𝑛 1
• Comerciais: 𝑖2 = 𝑖1 𝑛1  𝑖𝑑 = 0,3 ∙ 360 = 0,000833 = 0,0833%
2

𝐽 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖 = 67 ∙ 25000 ∙ 0,000833 = 𝑅$ 1.395,83


Em geral, a convenção é a de juros comerciais. No entanto, os bancos
geralmente utilizam um sistema combinado, conhecido como Juros Simples pela
Regra dos Banqueiros, onde:
• Para calcular o número de dias entre duas datas utiliza-se o calendário civil
(Regra Exata): 1 ano tem 365 ou 366 dias e os meses seguem a data do
calendário;
• Para calcular o número total de dias de um ano ou mês utiliza-se o calendário
comercial (Regra Comercial): 1 ano tem 360 dias e 1 mês tem 30 dias;
Exemplo 2.13: Um homem pega um empréstimo de R$ 20.000,00 em um banco à taxa
de juros de 36% a.a. no dia 20/fev, quanto deverá pagar de juros, pela regra dos
banqueiros, se quitar a dívida em 11/Abril do mesmo ano?
Calculando o tempo em dias 𝑛 = 8 + 31 + 11 = 50 dias

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Sendo 𝐶 = 20.000; 𝑖 = 32% 𝑎. 𝑎. ; 𝑛 = 50


𝑛 1
𝑖2 = 𝑖1 𝑛1  𝑖𝑑 = 0,36 ∙ 360 = 0,001 = 0,1% a.d.
2

Assim: 𝐽 = 𝑛 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖 = 50 ∙ 20000 ∙ 0,001 = 𝑅$ 1,00

2.3 Desconto simples


Por definição, Desconto (D) é um abatimento dado a um valor monetário
em determinadas condições. A prática de descontar valores do montante é comum no
mercado financeiro, sendo utilizada tanto em compras à vista ou em grande quantidade,
quanto na negociação de duplicatas e promissórias por bancos e operadoras financeiras.
Nessas situações, o desconto é expresso por um percentual aplicado sobre o preço.
Exemplo 2.14: Supondo que um produto custa R$ 100,00 a unidade, mas em compras
acima de 50 unidades há um desconto de 5% no valor, qual o desconto unitário e o
valor descontado na compra de 75 unidades?
Sendo 5% a taxa de desconto, o valor descontado por unidade é de:
𝑅$ 100,00 × 0,05 = 5,00
Logo, na compra de 70 unidades o valor descontado é de:
75 × 5,00 = 𝑅$ 375,00

Existem duas formas de se realizar um abatimento: o Desconto Racional


(desconto por dentro) e o Desconto Comercial ou Bancário (desconto por fora).
No sistema de desconto racional simples, o desconto aplicado sobre o valor
atual do título utilizando-se a para o cálculo a taxa efetiva (no conceito do valor inicial
tomado como base do cálculo), funcionando de maneira análoga ao cálculo de juros
simples, de forma que podemos utilizar as fórmulas:
𝑁
𝐷 = 𝑉𝑑 ∙ 𝑖 ∙ 𝑛 𝑉𝑑 =
1+𝑖∙𝑛

Exemplo 2.15: Um título tem valor nominal de R$ 6.000,00 e será antecipado 1


período a uma taxa de 20%. Qual o desconto racional e o valor atual do título?

6.000
𝑉𝑑 = 1+1(0,2) = 𝑅$ 5.000,00 e 𝐷 = 6.000 − 5.000 = 𝑅$ 1.000,00

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No sistema de desconto comercial ou bancário, o valor do título a ser


descontado (duplicata, promissória ou cheque pré-datado) recebe o nome de valor
nominal (ou valor face) e é indicado por N. A taxa de desconto utilizada na operação é
indicada por 𝒅, enquanto o valor do desconto comercial D é calculado pela equação:
𝐷 = 𝑁𝑑𝑛
A diferença 𝑁 − 𝐷 é chamada de valor descontado, valor atual comercial
ou valor líquido do título. Indicando essa diferença por 𝑉𝑑 , podemos escrever:
𝑉𝑑 = 𝑁 − 𝐷
Exemplo 2.16: Uma duplicata de R$ 18.000,00 foi descontada em um banco 2 meses
antes do vencimento, a uma taxa de desconto comercial de 2,5% a.m.
a) obtenha o desconto;
b) obtenha o valor líquido recebido pela empresa;
c) obtenha o fluxo de caixa da operação do ponto de vista do banco e também a
taxa efetiva de juros da operação;
a) 𝐷 = 𝑛𝑑𝑁  𝐷 = 2 × 0,025 × 18.000 = 900
b) 𝑉𝑑 = 𝑁 − 𝐷  𝑉𝑑 = 18.000 − 900 = 17.100
c) Pela fórmula do montante, a taxa 𝑖 da operação foi de:
𝑀 = 𝐶(1 + 𝑛𝑖)
𝑀
𝑛𝑖 = −1
𝐶
18.000
− 1 = 0,0526 = 5,26% 𝑎. 𝑏.
17.100

Para calcular o valor atual comercial (ou valor líquido) de um conjunto de


títulos (chamado borderô, no caso de duplicatas), devemos somar os valores atuais
individuais de cada título que compõe o conjunto.

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Exemplo 2.17: Uma empresa apresenta o borderô de duplicatas a seguir, para serem
descontadas em um banco à taxa de desconto comercial de 2% a.m. Qual o valor
líquido recebido pela empresa?

Sejam: 𝐷 = 𝑛𝑑𝑁 e 𝑉𝑑 = 𝑁 − 𝐷
• Duplicata A:
𝐷𝐴 = 1(0,02)20.000 = 400
𝑉𝑙𝑖𝑞 = 20.000 − 400 = 19600
• Duplicata B:
65
𝐷𝐵 = (0,02)40.000 = 1.733,33
30
𝑉𝑙𝑖𝑞 = 40.000 − 1.733,33 = 38.266,67
• Duplicata C:
82
𝐷𝐶 = (0,02)80.000 = 4.373,33
30
𝑉𝑙𝑖𝑞 = 80.000 − 4.373,33 = 75.626,67
• Assim, o valor líquido liberado para a empresa foi de:
19.600 + 38.266,67 + 75.626,67 = 133.493,34

2.3.1 Relação entre taxa de desconto e taxa de juros simples


Considerando que a taxa de desconto 𝑑 e a taxa de juros simples 𝑖 estejam
na mesma unidade de tempo e seja 𝑛 o prazo de vencimento do título (expresso na
mesma unidade de tempo de 𝑑 e 𝑖), podemos achar o valor de 𝑖 dado valor de 𝑑 e vice-
versa através da equação:
𝑑
𝑖=
1 − 𝑑𝑛
Exemplo 2.18: Se a taxa de desconto comercial for de 4% a.m., e o prazo de
vencimento de uma duplicata for de 3 meses, qual a taxa mensal de juros simples da
operação?
Sendo: 𝑑 = 0,04 a.m.; 𝑛 = 3 meses

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Substituindo na fórmula:
𝑖 = 𝑑/(1 − 𝑑𝑛)  𝑖 = 0,04/(1 − 0,04(3)) = 4,55%

Exemplo 2.19: Uma duplicata com prazo de vencimento de dois meses foi descontada
em um banco, proporcionando-lhe uma taxa de juros simples efetiva de 3% a.m. Qual a
taxa de desconto utilizada?
Sendo 𝑖 = 0,03 a.m.; 𝑛 = 2 meses:
Substituindo na fórmula:
𝑑 𝑑
𝑖 = 1−𝑑𝑛  0,03 = 1−𝑑×2  0,03 − 0,06𝑑 = 𝑑
0,03
𝑑 + 0,06𝑑 = 0,03  𝑑 = 1,06 = 2,83% 𝑎. 𝑚.

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3 Regime de capitalização composta

O regime de capitalização a juros composto respeita a lei de formação de


uma progressão geométrica (P.G.), o que faz os juros serem cada vez maiores conforme
avança o tempo de capitalização. Isso acontece porque o montante ao final de cada
período passa a ser o capital do período seguinte, ou seja, a base de cálculo para os juros
aumenta a cada período e, consequentemente, os juros aumentam também.
Através das definições do montante e dos juros, escrevemos a fórmula para
cálculo do montante a juros compostos para 𝑛 períodos de tempo:
1º Período 𝑀1 = 𝐶 + 𝐽1
𝑀1 = 𝐶 + 𝐶𝑖 = 𝐶(1 + 𝑖)
2º Período 𝑀2 = 𝑀1 + 𝑀1 𝑖 = 𝑀1 (1 + 𝑖)
𝑀2 = 𝐶(1 + 𝑖)(1 + 𝑖) = 𝐶(1 + 𝑖)2
3º Período 𝑀3 = 𝑀2 + 𝑀2 𝑖 = 𝑀2 (1 + 𝑖)
𝑀3 = 𝐶(1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖) = 𝐶(1 + 𝑖)3
... ...
Após n períodos: 𝑀𝑛 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛

Exemplo 3.1: Um capital de R$ 6.000,00 foi aplicado a juros compostos durante três
meses, à taxa de 2% a.m.
a) Qual o montante?
B) Qual o total de juros auferidos?
Sendo 𝐶 = 𝑅$ 6.000,00; 𝑛 = 3 meses e 𝑖 = 2% a.m.:
a) 𝑀𝑛 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛 → 𝑀3 = 6000(1 + 0,02)3 = 𝑅$ 6.367,25
b) 𝑀3 = 𝐶 + 𝐽 → 𝐽 = 𝑀3 − 𝐶 = 6.367,25 − 6.000,00 = 𝑅$ 367,25

Exemplo 3.2: Que capital, aplicado a juros compostos à taxa de 2,5% a.m. produz um
montante de R$ 3.500,00 após um ano?
Sendo 𝑖 = 2,5% a.m.; 𝑀 = 𝑅$ 3.500,00 e 𝑛 = 1 𝑎𝑛𝑜 = 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠:
𝑀 3500
𝑀𝑛 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛 → 𝐶= → 𝐶=
(1 + 𝑖)𝑛 (1 + 0,025)12
𝐶 = 𝑅$ 2.602,46

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Exemplo 3.3: Durante quanto tempo um capital de R$ 1.000,00 deve ser aplicado a
juros compostos à taxa de 10% a.a. para resultar em um montante de R$ 1.610,51?
Sendo 𝐶 = 𝑅$ 1.000,00; 𝑀 = 𝑅$ 1.610,51 e 𝑖 = 10% 𝑎. 𝑎.:
𝑀 𝑀
𝑀𝑛 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛 → = (1 + 𝑖)𝑛 → log ( ) = 𝑙𝑜𝑔(1 + 𝑖)𝑛
𝐶 𝐶
𝑀
𝑀 log ( 𝐶 )
log ( ) = 𝑛 ∙ log(1 + 𝑖) → 𝑛=
𝐶 log(1 + 𝑖)
𝑀 1.610,51
log ( 𝐶 ) log ( 1.000 ) 0,2069
𝑛= = = = 5 𝑎𝑛𝑜𝑠
log(1 + 𝑖) log(1 + 0,1) 0,0414

Exemplo 3.4: Uma empresa vende determinada matéria-prima por R$ 1.500,00 a


tonelada, sendo o pagamento feito dois meses após a compra. Para pagamento à vista, a
empresa dá um desconto de 5% sobre os R$ 1.500,00. Qual a taxa mensal de juros
compostos pagos no financiamento?
O Montante é o valor pago após 𝑛 = 2 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠, logo, 𝑀 = 𝑅$ 1.500,00.
5
O Capital é o valor pago à vista, logo, 𝐶 = 1.500 (1 − 100) = 𝑅$ 1.425,00

Assim:

𝑀 𝑛 𝑀 𝑛 𝑀
𝑀𝑛 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛 → = (1 + 𝑖)𝑛 → 1+𝑖 = √ → 𝑖= √ −1
𝐶 𝐶 𝐶

2 1500
𝑖=√ − 1 = 0,025978 ≅ 2,6% 𝑎. 𝑚.
1425

3.1 Períodos não inteiros


A fórmula do montante que acabamos de deduzir é definida apenas para
valores de 𝑛 positivos e inteiros. Para períodos não inteiros (por exemplo: 0,5 mês), há
duas formas de proceder com o cálculo do montante:
1ª Convenção Exponencial: é a forma mais usual e consiste em utilizar
normalmente a formula para 𝑛 positivos e inteiros, desconsiderando os pequenos erros
provenientes da imprecisão da aplicação.

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2ª Convenção Linear: é raramente utilizada e funciona como uma forma


mista entre juros simples e compostos: primeiro se calcula o montante a juros
compostos da parte inteira e em seguida se aplica juros simples à parte fracionária.
Exemplo 3.5: Considerando um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado a juros compostos,
durante três meses e meio, à taxa de 8% a.m.

Sendo 𝐶 = 𝑅$1.000,00; 𝑛 = 3,5; 𝑖 = 8% 𝑎. 𝑚.:


• Pela convenção exponencial:
𝑀 = 1.000(1 + 0,08)3,5 = 𝑅$ 1.309,13
• Pela convenção linear:
1º passo: 𝑀 = 1.000(1 + 0,08)3 = 𝑅$ 1.259,71
2º passo: 𝑀′ = 1.259,71(1 + 0,5 ∗ 0,08) = 𝑅$ 1.310,10

3.2 Taxas equivalentes


Assim como na capitalização a juros simples, o prazo de aplicação (n) e a
taxa de juros (i) devem ser expressas com relação à mesma unidade de tempo. Dizemos
que duas taxas são equivalentes a juros compostos quando, aplicadas em um mesmo
capital e durante um mesmo prazo, produzem montantes iguais.
Assim, fazendo 𝑀1 = 𝑀2 , encontramos uma fórmula para a equivalência
entre a taxas a juros compostos:
𝑀1 = 𝑀2

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𝐶(1 + 𝑖1 )𝑛1 = 𝐶(1 + 𝑖2 )𝑛2


(1 + 𝑖1 )𝑛1 = (1 + 𝑖2 )𝑛2

Exemplo 3.6: Em juros compostos, qual a taxa anual equivalente a 2% a.m.?


Sendo 𝑛1 = 1 𝑎𝑛𝑜; 𝑛2 = 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠; 𝑖2 = 2% 𝑎. 𝑚.
(1 + 𝑖1 )𝑛1 = (1 + 𝑖2 )𝑛2 → (1 + 𝑖1 )1 = (1 + 0,02)12 → 𝑖1 = 1,2682 − 1
𝑖1 = 0,2682 = 26,82% 𝑎. 𝑎.

Exemplo 3.7: Em juros compostos, qual a taxa trimestral equivalente a 15% a.a.?
Sendo 𝑛1 = 4 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒𝑠; 𝑛2 = 1 𝑎𝑛𝑜; 𝑖2 = 15% 𝑎. 𝑎.
4
(1 + 𝑖1 )𝑛1 = (1 + 𝑖2 )𝑛2 → (1 + 𝑖1 )4 = (1 + 0,15)1 → 𝑖1 = √1,15 − 1
𝑖1 = 0,0355 = 3,55% 𝑎. 𝑡.

Exemplo 3.8: Em juros compostos, qual a taxa mensal equivalente a 8% a.t.?


Sendo 𝑛1 = 3 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠; 𝑛2 = 1 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒; 𝑖2 = 8% 𝑎. 𝑡.
3
(1 + 𝑖1 )𝑛1 = (1 + 𝑖2 )𝑛2 → (1 + 𝑖1 )3 = (1 + 0,08)1 → 𝑖1 = √1,08 − 1
𝑖 = 0,02598 = 2,6% 𝑎. 𝑚.

3.3 Taxas variáveis


A fórmula de juros compostos utilizada até o momento considerava a taxa
de juros constante ao longo do tempo da operação. No entanto, é possível generalizar a
fórmula do montante para quando a taxa de juros variar em cada período.
Considerando um capital 𝐶 aplicado a juros compostos e às taxas
(𝑖1 ,𝑖2 ,𝑖3 ,...,𝑖𝑛 ), o montante ao final do 1º período será:
𝑀1 = 𝐶 + 𝐶𝑖1 = 𝐶(1 + 𝑖1 )
Ao final do 2º período:
𝑀2 = 𝑀1 + 𝑀1 𝑖2 = 𝑀1 (1 + 𝑖2 ) = 𝐶(1 + 𝑖1 )(1 + 𝑖2 )
E após n períodos:
𝑀𝑛 = 𝐶(1 + 𝑖1 )(1 + 𝑖2 )(1 + 𝑖3 ) … (1 + 𝑖𝑛 )
Isolando a taxa acumulada 𝑖𝐴𝐶 na fórmula do montante e substituindo o
montante após n períodos com taxas variáveis, encontramos as equações:

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𝑀𝑛
𝑖𝐴𝐶 = −1
𝐶
𝑖𝐴𝐶 = (1 + 𝑖1 )(1 + 𝑖2 )(1 + 𝑖3 ) … (1 + 𝑖𝑛 ) − 1

Exemplo 3.9: Em três meses consecutivos, um fundo de investimento rendeu,


respectivamente, 1,3%, 1,7% e 2,1%. Se o capital aplicado no início do primeiro mês
foi de R$ 16.000,00, pede-se:
a) O montante ao final do terceiro mês
b) A taxa de rentabilidade acumulada desse fundo no trimestre
a) Sendo 𝑖1 = 1,3%; 𝑖2 = 1,7%; 𝑖3 = 2,1%; 𝐶 = 𝑅$ 16.000,00:
𝑀3 = 16000(1 + 0,013)(1 + 0,017)(1 + 0,021) = 𝑅$ 16.829,69
b) A taxa de rentabilidade acumulada é 𝑖𝐴𝐶 :
𝑖𝐴𝐶 = (1 + 0,013)(1 + 0,017)(1 + 0,021) − 1 = 0,0518 ≈ 5,2%

Exemplo 3.10: Em janeiro, fevereiro e março, um fundo tipo carteira livre rendeu
2,7%, 1,9% e 0,98% respectivamente.
a) Qual a taxa de rentabilidade acumulada do fundo no trimestre?
b) Qual deveria ser a taxa de rentabilidade de abril para que o acumulado no
quadrimestre fosse igual a 8%?
a) Sendo 𝑖1 = 2,7%; 𝑖2 = 1,9%; 𝑖3 = 0,98%:
𝑖𝐴𝐶 = (1 + 0,027)(1 + 0,019)(1 + 0,0098) − 1 = 0,0568 ≈ 5,68%
b) Para essa situação, está sendo pedido 𝑖4 dado 𝑖𝐴𝐶 = 8%, assim:
0,08 = (1 + 0,027)(1 + 0,019)(1 + 0,0098)(1 + 𝑖4 ) − 1
1 + 0,08 = (1 + 0,027)(1 + 0,019)(1 + 0,0098)(1 + 𝑖4 )
1,08
1,0568 ∙ (1 + 𝑖4 ) = 1,08 → (1 + 𝑖4 ) = = 1,022
1,0568
(1 + 𝑖4 ) = 1,022 → 𝑖4 = 1,022 − 1 = 0,0212 = 2,20%

3.4 Desconto composto


Desconto composto é o abatimento concedido a um título de crédito por seu
resgate antecipado através do sistema de capitalização composta. Assim como no

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sistema de desconto simples, existem duas formas de realizar o desconto composto:


Racional (DRC) e Comercial (DCC), sendo que o DCC possui pouca aplicação prática,
enquanto o mercado financeiro geralmente trabalha com o DRC.
• O Desconto Racional Composto (DRC), também conhecido como desconto
composto por dentro, é calculado pela fórmula dos juros compostos:
𝑁 = 𝑉𝑑 (1 + 𝑖)𝑛 𝐷 = 𝑁 − 𝑉𝑑
• O Desconto Comercial Composto (DCC), também conhecido como desconto
composto por fora, é calculado fazendo-se sucessivos abatimentos do valor total.
As fórmulas utilizadas no cálculo do desconto comercial composto são:
𝑉𝑑 = 𝑁(1 − 𝑖)𝑛 𝐷 = 𝑁 − 𝑉𝑑
Exemplo 3.11: Um título tem Nominal de R$ 8.000,00 e será antecipado 2 meses,
sendo o desconto racional composto de 20%, qual o valor Atual do título?
𝑁
𝑁 = 𝑉𝑑 (1 + 𝑖)𝑛 → 𝑉𝑑 =
(1 + 𝑖)𝑛
8.000
𝑉𝑑 = → 𝑉𝑑 = 5.555,55
(1 + 0,2)2
Assim, o Valor Atual do título (ou Valor Descontado 𝑉𝑑 ) é de 𝑅$ 5.555,55.

Exemplo 3.12: (Adaptado de TRF 3ªREG/2016) Um título de valor nominal igual a R$


18.522,00 vencerá daqui a 3 trimestres. Sabe-se que ele será resgatado antes do
vencimento, segundo o critério do desconto racional composto, a uma taxa de juros de
5% ao trimestre.
Supondo-se que a primeira opção será resgatar o título 2 trimestres antes do
vencimento e a segunda opção será resgatar o título 1 trimestre antes do vencimento,
em quanto o valor de resgate do título referente à segunda opção supera o valor de
resgate do título referente à primeira opção?
𝑁
𝑁 = 𝑉𝑑 (1 + 𝑖)𝑛  𝑉𝑑 = (1+𝑖)𝑛

Sendo 𝑁 = 𝑅$ 18.522,00 e 𝑖 = 5% 𝑎. 𝑡.
Na situação 1, onde o desconto é efetuado 2 trimestres antes, 𝑛 = 2 e 𝑉𝑑 é:
18.522
𝑉𝑑1 = = 𝑅$ 16.800,00
(1 + 0,05)2
Na situação 2, onde o desconto é efetuado 1 trimestre antes, 𝑛 = 1 e 𝑉𝑑 é:

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18.522
𝑉𝑑2 = = 𝑅$ 17.640,00
(1 + 0,05)1
Fazendo 𝑉𝑑2 − 𝑉𝑑1 obtêm-se: 17.640 − 16.800 = 𝑅$ 840,00

Exemplo 3.13: Determinada empresa possui as seguintes dívidas:


• R$ 40.800,00 que vence em 30 dias.
• R$ 62.424,00 que vence em 60 dias.
Caso a empresa decida pagar as suas dívidas antecipadamente e o credor cobre 2% de
juros compostos ao mês, qual valor deverá ser desembolsado pela empresa?

Sendo 𝑁1 = 𝑅$ 40.800,00 e 𝑛1 = 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 1 𝑚ê𝑠


Sendo 𝑁2 = 𝑅$ 62.424,00 e 𝑛2 = 60 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 2 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
Sendo 𝑖 = 2% 𝑎. 𝑚. Aplicado a 𝑁1 e 𝑁2 :
𝑁
𝑁 = 𝑉𝑑 (1 + 𝑖)𝑛  𝑉𝑑 = (1+𝑖)𝑛

𝑁1 40.800
𝑉𝑑1 = = = 𝑅$ 40.000,00
(1 + 𝑖)𝑛1 (1 + 0,02)1
𝑁2 62.424
𝑉𝑑2 = = = 𝑅$ 60.000,00
(1 + 𝑖)𝑛2 (1 + 0,02)2
Logo, o valor total pago é de 𝑅$ 40.000,00 + 𝑅$ 60.000,00 = 𝑅$ 100.000,00

Exemplo 3.14: Uma duplicata de R$ 32.000,00, com 105 dias a decorrer até o seu
vencimento, foi descontada pelo método DCC à taxa de 3,5 % ao mês. Qual o valor
líquido creditado na conta do cliente?
𝑉𝑑 = 𝑁(1 − 𝑖)𝑛
105
𝑉𝑑 = 32.000(1 − 0,035)( 30 )
𝑉𝑑 = 𝑅$ 28.248,51

3.5 Equivalência financeira a juros compostos


“O conceito de equivalência permite transformar formas de
pagamentos (ou recebimentos) em outras equivalentes e,
consequentemente, efetuar comparações entre alternativas.”
Hazzan e Pompeo (2007)

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O conceito de equivalência financeira baseia-se em colocar valores de


aplicações diferentes na mesma data a fim de compará-los. Essa comparação é a base
para avaliação de investimentos, pois permite determinar qual dentre duas ou mais
aplicações distintas é a mais rentável, a que tem menor tempo de retorno de
investimento ou a que apresenta menor risco, etc.
Considerando dois valores monetários 𝑥 e 𝑦, separados por 𝑛 períodos de
tempo, por exemplo, o primeiro na data 0 e o segundo na data 𝑛. Dizemos que 𝑥 e 𝑦 são
equivalentes a uma taxa de juros (𝑖) se:
𝑥(1 + 𝑖)𝑛 = 𝑦
Ou seja, se o capital 𝑥 aplicado à taxa 𝑖 a juros compostos por 𝑛 períodos
resultar em montante igual a 𝑦.

Exemplo 3.15: A uma taxa de juros compostos de 2% a.m., R$ 1.500.000,00 daqui a


três meses equivalem a quanto hoje?

Sendo 𝑦 = 𝑅$1.500.000,00; 𝑖 = 2% 𝑎. 𝑚. e 𝑛 = 3, trazendo para o valor atual:


𝑦
𝑥(1 + 𝑖)𝑛 = 𝑦  𝑥 = (1+𝑖)𝑛

1.500.000
𝑥= = 𝑅$ 1.413.483,50
(1 + 0,02)3

Exemplo 3.16: Em uma negociação, um cliente possui duas opções de pagamento:


(1) Pagar 𝑅$1.000,00 à vista;
(2) Pagar 𝑅$ 2.197,00 em três meses;
O cliente não possui o dinheiro à vista, mas pretende negociar, à mesma taxa
de juros, o pagamento em 45 dias. Sabendo que as opções (1) e (2) são financeiramente
equivalentes, quanto deverá pagar?
Se (1) e (2) são financeiramente equivalentes, podemos dizer que (1) é valor
presente de (2). Assim:

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𝑦 (2) 2.197
𝑥 = (1+𝑖)𝑛  (1) =  1.000 = (1+𝑖)3
(1+𝑖)3
2.197 3
(1 + 𝑖)3 = 1.000  √(1 + 𝑖)3 = 3√2,197  1 + 𝑖 = 1,3

𝑖 = 30% 𝑎. 𝑚.
Calculando o valor em 45 dias (1,5 meses), temos:
𝑦 = 1.000(1 + 0,3)1,5 = 𝑅$ 1.482,23

Se tivermos um conjunto de valores e precisarmos reduzir esse conjunto de


valores ao valor presente, devemos fazê-lo individualmente e em seguida somar todos
os valores presentes. Em outras palavras, o valor presente de um conjunto de títulos é
igual à soma dos valores presentes de todos os títulos.

Como 𝑥 é valor presente de 𝑦, é possível escrever:


𝑦
𝑥(1 + 𝑖)𝑛 = 𝑦  𝑥 = (1+𝑖)𝑛

Chamando de 𝑉 o valor atual, teremos:


𝑦1 𝑦2 𝑦3 𝑦𝑛
𝑉 = 𝑦0 + 1
+ 2
+ 3
+ ⋯+
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛
Simplificando:
𝑛
𝑦𝑛
𝑉=∑
(1 + 𝑖)𝑛
𝑗=0

Exemplo 3.17: Uma empresa prevê o pagamento de R$ 2.000,00 daqui a um mês, R$


3.000,00 daqui a dois meses e R$ 5.000,00 daqui a três meses. Quanto deverá aplicar
hoje, a juros compostos à taxa de 1,5% a.m., para fazer frente a essas despesas,
sobrando saldo nulo após o último pagamento?
Utilizando a fórmula para o valor presente de um conjunto de capitais:
𝑛
𝑦𝑛 2.000 3.000 5.000
𝑉=∑ 𝑛
= 1
+ 2
+
(1 + 𝑖) (1 + 0,015) (1 + 0,015) (1 + 0,015)3
𝑗=0

𝑉 = 𝑅$9.664,01

Exemplo 3.18: Uma loja vende um conjunto de sofás por 𝑅$ 500,00 de entrada, mais
três prestações mensais de 𝑅$ 800,00 cada uma. Se um comprador consegue aplicar
seu dinheiro à taxa de 1,2% a.m., quanto deverá dispor hoje para poder efetuar a
compra?

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Utilizando a fórmula para o valor presente de um conjunto de capitais:


𝑛
𝑦𝑛 500 800 800 800
𝑉=∑ 𝑛
= 0
+ 1
+ 2
+
(1 + 𝑖) (1 + 0,012) (1 + 0,012) (1 + 0,012) (1 + 0,012)3
𝑗=0

𝑉 = 𝑅$2.843,53

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4 Séries de pagamentos

Segundo Zentgraf (1999), uma série de pagamentos será toda sequência


finita ou infinita de entradas ou saídas de caixa (recebimentos ou pagamentos),
chamados termos de série ou simplesmente prestações (R). Essas prestações podem ter
com o objetivo a amortização de um empréstimo, a capitalização de um montante ou a
geração de renda perpétua.
As séries de pagamentos podem ser classificadas quanto à periodicidade
(periódicas ou não periódicas), ao valor das prestações (uniforme ou não uniforme), ao
número de prestações (finita ou infinita) e quanto às datas dos pagamentos
(postecipadas, antecipadas ou diferidas).
Uma série é dita postecipada, ou vencida, quando os pagamentos ou
depósitos periódicos são realizados ao final do período de capitalização, ou seja, não
existe pagamento ou depósito no ato da negociação. Uma série é antecipada quando o
primeiro pagamento ou depósito é realizado no ato da negociação, ou seja, no início do
período de capitalização. Já nas séries diferidas, o primeiro pagamento é efetuado após
um período de carência.

4.1 Séries uniformes


Série uniforme é aquela em que todos os pagamentos (R) possuem o mesmo
valor. Quando o primeiro pagamento é efetuado apenas ao final do primeiro período,
esta série passa a ser uma Série Uniforme Postecipada, que pode ser representada pelo
fluxo de caixa:

O Valor Presente desse fluxo de caixa pode ser calculado pela soma de dos
valores presentes de cada parcela (R) na data presente:
𝑅 𝑅 𝑅 𝑅
𝑉𝑝 = 1
+ 2
+ 3
+ ⋯+
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛

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1 1 1 1
𝑉𝑝 = 𝑅 [ + + + ⋯ + ]
(1 + 𝑖)1 (1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖)3 (1 + 𝑖)𝑛
A expressão entre colchetes é a soma dos termos de uma progressão
1 1
geométrica (PG), cujo primeiro termo (𝑎1 ) é igual a 𝑎1 = 1+𝑖 e a razão é q = 1+𝑖 .

Assim, pela fórmula da soma dos n primeiros termos de uma P.G. , temos:
1 1
𝑎1 (𝑞 𝑛 − 1) (1 + 𝑖) [(1 + 𝑖)𝑛 − 1]
𝑆= =
𝑞−1 1
−1
(1 + 𝑖)
Substituindo essa soma na equação do valor presente, encontramos:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝑝 = 𝑅 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖
Exemplo 4.1: Um eletrodoméstico é vendido a prazo, em quatro pagamentos mensais e
iguais de R$ 550,00 cada, vencendo o primeiro um mês após a compra. Se a loja
financia a uma taxa de juros de 5% a.m., qual o seu preço à vista?

O preço a vista é o valor atual das quatro prestações:


(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,05)4 − 1
𝑉𝑝 = 𝑅 [ ] = 550 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖 (1 + 0,05)4 ∗ 0,05

𝑉𝑝 = 550(3,545951) = 𝑅$ 1.950,27

Quando o primeiro pagamento é efetuado no ato da negociação, a série com


prestações constantes passa a ser chamada de Série Uniforme Antecipada, que pode
ser representada pelo fluxo de caixa:

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O valor presente da Série Uniforme Antecipada é calculado por:


(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝑃 = (𝑅 + 𝑉𝑃𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 ) = 𝑅 + 𝑅 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖
Exemplo 4.2: Um terreno é vendido em quatro prestações mensais e iguais de R$
15.000,00 cada uma, sendo a primeira dada como entrada. Se a taxa do financiamento
for 4% a.m., qual o preço à vista?

O preço a vista é o valor atual das quatro prestações:


(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,04)3 − 1
𝑉𝑝 = 𝑅 + 𝑅 [ ] = 15.000 + 15.000[ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖 (1 + 0,04)3 ∗ 0,04

𝑉𝑝 = 15.000 + 15.000(2,775091) = 𝑅$ 56.626,36


Se desejarmos conhecer o Montante de uma série uniforme (seja ela
postecipada ou antecipada) em uma data n, devemos calcular a soma dos montantes de
todas as entradas de capital (R) aplicadas desde a data considerada até a data n.
𝑀 = 𝑅(1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅(1 + 𝑖)𝑛−2 + 𝑅(1 + 𝑖)𝑛−3 + ⋯ + 𝑅
𝑀 = 𝑅[(1 + 𝑖)𝑛−1 + (1 + 𝑖)𝑛−2 + (1 + 𝑖)𝑛−3 + ⋯ + 1]
Isolando R, o termo restante dentro do colchetes é a soma de uma
1
progressão geométrica (PG) finita, em que 𝑞 = 1+𝑖 e 𝑎1 = 𝑅(1 + 𝑖)𝑛−1 , dada por:
𝑎1 (𝑞 𝑛 − 1)
𝑆=
𝑞−1
Substituindo a fórmula da soma, encontramos a expressão para cálculo do
montante de uma série de pagamentos uniforme:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑀 = 𝑅[ ]
𝑖
Exemplo 4.3: Um investidor aplica mensalmente R$ 2.000,00 em um fundo de
investimentos que remunera as aplicações à taxa de juros compostos de 1% a.m. Se o
investidor fizer sete aplicações, qual o montante no instante do último depósito?

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Sendo: 𝑅 = 𝑅$ 2.000,00; 𝑖 = 1% 𝑎. 𝑚.; 𝑛 = 7


(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,01)7 − 1
𝑀 = 𝑅[ ] = 2.000 [ ]
𝑖 0,01
𝑀 = 𝑅$ 14.427,07

4.1.1 Série uniforme diferida

Por definição, série diferida é aquela em que o primeiro pagamento é


realizado após um período de carência. Em outras palavras, não é realizado nem no ato
do pagamento (antecipada), nem ao final do primeiro período (postecipada). Situações
como essa ocorrem em vendas a prazo em que o comprador só começa a pagar após um
período de carência.
Assim, chama-se sequência uniforme diferida de m períodos toda
sequência de valores nas datas (𝑚 + 1), (𝑚 + 2), … , (𝑚 + 𝑛), em que todas as
parcelas são iguais.

O cálculo do valor presente (𝑉𝑝 ) da sequência uniforme diferida, deve ser


realizado em duas etapas:
1ª. Calcular o valor atual da sequência uniforme na data 𝑚 (𝑉𝑚 ), isto é, um
período antes do início da sequência uniforme. Para isso basta notar que:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝑚 = 𝑅 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖

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2ª. Calcular o capital (𝑉𝑝 ), que aplicado na data 0 produz um montante


igual a 𝑉𝑚 na data 𝑚. Isto é:
𝑉𝑚
𝑉𝑝 (1 + 𝑖)𝑚 = 𝑉𝑚 → 𝑉𝑝 =
(1 + 𝑖)𝑚
Exemplo 4.4: Um terreno é vendido à vista por R$ 50.000,00 ou a prazo em seis
prestações mensais iguais, vencendo a primeira três meses após a compra. Se a taxa de
juros do financiamento for de 2% a.m., qual o valor de cada prestação?

1ª Etapa:
(1 + 0,02)6 − 1
𝑉2 = 𝑅 [ ] = 𝑅(5,601431)
(1 + 0,02)6 ∗ 0,02
2ª Etapa:
𝑉2 = 50.000(1 + 0,02)2 = 52.020
Igualando os valores de 𝑉2 :
𝑅(5,601431) = 52.020
52.020
𝑅= = 𝑅$ 9.286,91
5,601431
O valor de cada parcela é de R$ 9.286,91.

Exemplo 4.5: Um conjunto de sofás é vendido à vista por R$ 6.000,00 ou a prazo em


quatro prestações mensais e iguais, vencendo a primeira três meses após a compra.
Qual o valor de cada prestação se a taxa de financiamento for de 2,8% a.m.?

1ª Etapa:
(1 + 0,028)4 − 1
𝑉2 = 𝑅 [ ] = 𝑅(3,734945)
(1 + 0,028)4 ∗ 0,028

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2ª Etapa:
𝑉2 = 6.000(1 + 0,028)2 = 6.340,70
Igualando os valores de 𝑉2 :
𝑅(3,734945) = 6.340,70
6.340,70
𝑅= = 𝑅$ 1.697,67
3,734945
O valor de cada parcela é de R$ 1.697,67.

Exemplo 4.6: A venda de uma moto é anunciada em dez prestações mensais e iguais a
R$ 2.000,00 cada, vencendo a primeira dois meses após a compra. Qual o preço à vista
se a taxa de financiamento for de 3,5% a.m.?

1ª Etapa:
(1 + 0,035)10 − 1
𝑉1 = 2.000 [ ] = 16.633,21
(1 + 0,035)10 ∗ 0,035
2ª Etapa:
𝑉1 = 𝑉𝑝 (1 + 0,035)1
Igualando os valores de 𝑉1 :
16.633,21 = 𝑉𝑝 (1 + 0,035)1
16.633,21
𝑉𝑝 = = 16.070,73
1,035
O valor presente (preço à vista) da série de é de R$ 16.070,73.

Muitas vezes ocorrem situações de financiamento em que, além da


sequência uniforme de prestações, existem prestações adicionais (ou de reforço). Nesse
caso, o valor atual do conjunto é a soma do valor atual da sequência uniforme com o
valor atual das prestações de reforço.

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Exemplo 4.7: Um terreno é vendido a prazo em 12 prestações mensais de R$ 5.000,00


cada uma, postecipadas, mais duas prestações de reforço vencíveis em seis e 12 meses
após a compra, cada uma de R$ 20.000,00. qual o preço à vista se a taxa de juros do
financiamento for de 3,2% a.m.?

“o valor atual do conjunto é a soma do valor atual da sequência uniforme com o valor
atual das prestações de reforço” Logo:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 𝑁6 𝑁12
𝑉𝑝 = 𝑅 [ ]+ 6
+
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖 (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)12
(1 + 0,032)12 − 1 20.000 20.000
𝑉𝑝 = 5.000 [ 12
]+ 6
+
(1 + 0,032) ∗ 0,032 (1 + 0,032) (1 + 0,032)12
𝑉𝑝 = 49.181,02 + 16.555,86 + 13.704,83 = 70.441,71

Portanto, o preço à vista é de 𝑅$ 79.441,71.

4.2 Série com pagamentos variáveis


Para séries de pagamentos ou depósitos com valores variáveis, não é
possível obter uma fórmula compacta para o montante, pois seus pagamentos periódicos

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não obedecem à uma lei de formação. É muito trabalhoso encontrar o montante e o


valor atual desse tipo de série, pois devemos levar cada um dos pagamentos ou
depósitos a valor futuro ou atual.

O montante da série com pagamentos variáveis será dado por:


𝑀 = 𝑅1 (1 + 𝑖)𝑛−1 + 𝑅2 (1 + 𝑖)𝑛−2 + 𝑅3 (1 + 𝑖)𝑛−3 +... +𝑅𝑛
E o valor presente pode ser encontrado pela equação:
𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑛
𝑉𝑝 = + + + ⋯ +
(1 + 𝑖)1 (1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖)3 (1 + 𝑖)𝑛
Exemplo 4.8: Qual o valor presente de uma série de 3 pagamentos mensais,
consecutivos e vencidos, sabendo-se que a taxa contratada é de 5% e os pagamentos
são R$ 200,00, R$ 250,00 e R$ 600,00, nessa ordem.
A equação para encontrar o valor presente de uma série variável consiste em somar o
valor presente individual de cada pagamento. Assim:
𝑅1 𝑅2 𝑅3 200 250 600
𝑉𝑝 = + + = + +
(1 + 𝑖)1 (1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖)3 1,051 1,052 1,053
𝑉𝑝 = 190,48 + 226,76 + 518,30 = 𝑅$ 935,54

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5 Amortização
“Um dos principais objetivos das séries é a liquidação de
dívidas através do pagamento de prestações, operação
denominada amortização.”
Roberto Zentgraf

Para séries pequenas, com prestações reduzidas e constantes utilizamos as


fórmulas da Nota de Aula 04 para séries de pagamento uniformes. Já para séries com
um número elevado de parcelas, a taxa incidente pode variar de acordo com
determinações governamentais ou fenômenos de mercado, afetando também o valor das
prestações. Nesses casos utilizam-se sistemas de amortização especiais, como o Sistema
de Amorização Constante (SAC) ou o Sistema Francês, também conhecido como
Sistema PRICE.

Para escrever as fórmulas utilizadas nos sistemas de amortização é preciso


definir as variáveis que serão utilizadas:
• 𝑷: Principal (Capital inicial emprestado);
• 𝑺𝒕 : Saldo devedor no instante 𝑡;
• 𝑺𝒕−𝟏 : Saldo devedor no instante 𝑡 − 1;
• 𝑹𝒕 : Pagamento efetivado no instante 𝑡;
• 𝑱𝒕 : Juros no período que vai de (𝑡 − 1) a 𝑡;
• 𝑨𝒕 : Amortização no instante 𝑡;
Amortizar uma dívida significa reduzir seu valor gradualmente até que seja
completamente quitada. Dessa forma, podemos dizer que o saldo devedor no instante 𝑡
é igual ao saldo devedor do período anterior (𝑡 − 1) mais os juros que renderam no
último período menos o pagamento efetivado no referido instante 𝑡.

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𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 + 𝐽𝑡 − 𝑅𝑡
Como a amortização (𝐴𝑡 ) é o valor que será descontado da dívida, temos:
𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡
Ou seja, será amortizado do saldo devedor o valor do pagamento realizado
no instante 𝑡 menos os juros que correram sobre o saldo devedor durante o último
período, de forma que a equação geral pode ser escrita como:
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡
Observações:
1. No instante inicial, o saldo devedor é exatamente igual ao valor financiado
(𝑆0 = 𝑃);
2. Ao realizar todos os pagamentos (amortizações), o saldo devedor deve ser igual
a zero. (𝑆𝑛 = 0), sendo 𝑛 a última prestação;
3. A soma de todas as parcelas pagas deve ser igual ao valor financiado
inicialmente, logo:
𝑃 = 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 + ⋯ + 𝐴𝑛
4. O nome prestação é utilizado para representar o pagamento acrescido de
impostos e outros encargos;
5. Dá-se o nome de planilha a um quadro demonstrativo em que comparecem, em
cada instante de tempo, o juro, a amortização, o saldo devedor, a prestação, os
impostos e outros encargos;

Exemplo 5.1: Um empréstimo de R$ 50.000,00 deve ser devolvido em quatro


prestações semestrais à taxa de juros de 5% a.s., com juros pagos semestralmente.
Obtenha a planilha, sabendo-se que as amortizações são semestrais, com os seguintes
valores:
𝐴1 = 5.000 𝐴3 = 15.000
𝐴2 = 10.000 𝐴4 = 20.000

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Em 𝑡 = 0, 𝑃 = 𝑆0 = 50.000;
Em 𝑡 = 1:
𝐽1 = 𝐶 × 𝑖 = 50.000 × (0,05) = 2.500
𝐴1 = 5.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 2.500 + 5.000 = 7.500
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆1 = 𝑆1−1 − 𝐴1 = 𝑆0 − 𝐴1
𝑆1 = 50.000 − 5.000 = 45.000
Em 𝑡 = 2:
𝐽2 = 𝐶 × 𝑖 = 45.000 × (0,05) = 2.250
𝐴2 = 10.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 2.250 + 10.000 = 12.250
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆2 = 𝑆2−1 − 𝐴1 = 𝑆1 − 𝐴1
𝑆2 = 45.000 − 10.000 = 35.000
Em 𝑡 = 3:
𝐽3 = 𝐶 × 𝑖 = 35.000 × (0,05) = 1.750
𝐴3 = 15.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 1.750 + 15.000 = 16.750
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆3 = 𝑆3−1 − 𝐴3 = 𝑆2 − 𝐴1
𝑆3 = 35.000 − 15.000 = 20.000
Em 𝑡 = 4:
𝐽4 = 𝐶 × 𝑖 = 20.000 × (0,05) = 1.000
𝐴4 = 20.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 1.000 + 20.000 = 21.000
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆4 = 𝑆4−1 − 𝐴4 = 𝑆3 − 𝐴1
𝑆4 = 20.000 − 20.000 = 0
Construindo a planilha de amortização, temos:

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E podemos ver que foram pagos um total de R$ 7.500,00 de juros.

5.1 Sistema de Amortização Constante (SAC)


O Sistema de Amortização Constante é o mais utilizado na prática e consiste
em fazer com que todas as parcelas de amortização sejam iguais, enquanto os juros
pagos são cada vez menores. Dessa forma, as prestações (amortização + juros) pagas ao
longo do tempo são cada vez menores.

Assim, considerando um principal 𝑃 a ser amortizado em 𝑛 parcelas 𝐴1 , 𝐴2 ,


𝐴3 , ... , 𝐴𝑛 , e supondo o pagamento dos juros em todos os períodos, teremos:
𝑃
𝐴1 = 𝐴2 = 𝐴3 = ⋯ = 𝐴𝑛 = =𝐴
𝑛
O valor das prestações é dado por:
𝑅1 = 𝐴 + 𝐽1 = 𝐴 + 𝑃𝑖
𝑅2 = 𝐴 + 𝐽2 = 𝐴 + (𝑃 − 𝐴)𝑖 = 𝐴 + 𝑃𝑖 − 𝐴𝑖
𝑅3 = 𝐴 + 𝐽3 = 𝐴 + (𝑃 − 2𝐴)𝑖 = 𝐴 + 𝑃𝑖 − 2𝐴𝑖
...
𝑅𝑛 = 𝐴 + 𝐽𝑛 = 𝐴 + (𝑃 − (𝒏 − 𝟏)𝐴)𝑖 = 𝐴 + 𝑝𝑖 − (𝒏 − 𝟏)𝐴𝑖

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Assim, fica evidente que as prestações do SAC constituem uma progressão


aritmética decrescente, cujo primeiro termo é 𝐴 + 𝑃𝑖, e cuja razão é −𝐴𝑖.
Exemplo 5.2: Um empréstimo de 800 mil dólares deve ser devolvido em cinco
prestações semestrais pelo SAC à taxa de 4% a.s. Obtenha a planilha.

Sendo 𝑃 = 𝑈$ 800.000,00; 𝑛 = 5; 𝑖 = 4% 𝑎. 𝑠.:


O valor constante da amortização é dado por:
𝑃 800.000
𝐴= = = 160.000
𝑛 5
Em 𝑡 = 0, 𝑆𝑡 = 𝑃 = 800.000;
Em 𝑡 = 1:
𝐽1 = 𝐶 × 𝑖 = 800.000 × (0,04) = 32.000
𝐴1 = 𝐴 = 160.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 160.000 + 32.000 = 192.000
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆1 = 𝑆1−1 − 𝐴1 = 𝑆0 − 𝐴1
𝑆1 = 800.000 − 160.000 = 640.000
Em 𝑡 = 2:
𝐽2 = 𝐶 × 𝑖 = 640.000 × (0,04) = 25.600
𝐴2 = 𝐴 = 160.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 160.000 + 25.600 = 185.600
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆2 = 𝑆2−1 − 𝐴2 = 𝑆1 − 𝐴2
𝑆1 = 640.000 − 160.000 = 480.000
Em 𝑡 = 3:
𝐽3 = 𝐶 × 𝑖 = 480.000 × (0,04) = 19.200
𝐴3 = 𝐴 = 160.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 160.000 + 19.200 = 179.200
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆3 = 𝑆3−1 − 𝐴3 = 𝑆2 − 𝐴3
𝑆3 = 480.000 − 160.000 = 320.000
Em 𝑡 = 4:
𝐽4 = 𝐶 × 𝑖 = 320.000 × (0,04) = 12.800

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𝐴4 = 𝐴 = 160.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 160.000 + 12.800 = 172.800
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆4 = 𝑆4−1 − 𝐴4 = 𝑆3 − 𝐴4
𝑆4 = 320.000 − 160.000 = 160.000
Em 𝑡 = 5:
𝐽5 = 𝐶 × 𝑖 = 160.000 × (0,04) = 6.400
𝐴5 = 𝐴 = 160.000
Como 𝐴𝑡 = 𝑅𝑡 − 𝐽𝑡 temos:
𝑅𝑡 = 𝐴𝑡 + 𝐽𝑡 = 160.000 + 6.400 = 166.400
𝑆𝑡 = 𝑆𝑡−1 − 𝐴𝑡  𝑆5 = 𝑆5−1 − 𝐴5 = 𝑆4 − 𝐴5
𝑆5 = 320.000 − 160.000 = 160.000

E assim podemos ver que foram pagos um total de R$ 96.000,00 de juros.

5.2 Sistema Francês (PRICE)


O sistema francês de amortização foi desenvolvido pelo matemático e físico
belga Simon Stevin, no século XVI. No entanto, ficou famoso pelo nome de Sistema
PRICE após o economista e matemático inglês Richard Price utilizá-lo no cálculo
previdenciário inglês do século XVIII.
Neste sistema, as prestações (amortização + juros) são iguais e periódicas, a
partir do instante em que começam a ser pagas;

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As prestações constantes constituem uma sequência uniforme em que cada


parcela é indicada por 𝑅. Assim, pela fórmula do valor presente de uma série uniforme:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑉𝑝 = 𝑅 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖
Por definição, o Valor Presente (𝑉𝑝 ) é igual ao Principal (𝑃). Substituindo 𝑉𝑝
e isolando 𝑅, temos a fórmula para calcular a prestação constante do Sistema PRICE:
𝑃
𝑅=
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
[ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖
Exemplo 5.3: Um empréstimo de R$ 800.000,00 foi obtido por uma empresa por
ocasião da compra de um prédio. O empréstimo deve ser devolvido pelo sistema
francês em cinco prestações semestrais à taxa de 4% a.s. obtenha a planilha.
Sendo 𝑃 = 800.000; 𝑛 = 5 e 𝑖 = 4%; encontra-se o valor de 𝑅:
𝑃 800.000 800.000
𝑅= = = = 179.701,70
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,04)5 − 1 4,451822
[ ] [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖 (1 + 0,04)5 0,04
Em 𝑡 = 0, 𝑆𝑡 = 𝑃 = 800.000;
Em 𝑡 = 1:
• 𝑅1 = 𝑅 = 179.701,70
• 𝐽1 = 𝐶 × 𝑖 = 800.000 × (0,04) = 32.000,00
• 𝐴1 = 𝑅1 − 𝐽1 = 179.701,70 − 32.000 = 147.701,70
• 𝑆1 = 𝑆1−1 − 𝐴1 = 800.000 − 147.701,70 = 652.298,30
Em 𝑡 = 2:

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• 𝑅2 = 𝑅 = 179.701,70
• 𝐽2 = 𝐶 × 𝑖 = 652.298,30 × (0,04) = 26.091,93
• 𝐴2 = 𝑅2 − 𝐽2 = 179.701,70 − 26.091,93 = 153.609,77
• 𝑆2 = 𝑆2−1 − 𝐴2 = 652.298,30 − 153.609,77 = 498.688,53
Em 𝑡 = 3:
• 𝑅3 = 𝑅 = 179.701,70
• 𝐽3 = 𝐶 × 𝑖 = 498.688,53 × (0,04) = 19.947,54
• 𝐴3 = 𝑅3 − 𝐽3 = 179.701,70 − 19.947,54 = 159.754,16
• 𝑆3 = 𝑆3−1 − 𝐴3 = 498.688,53 − 15159.754,16 = 338.943,37
Em 𝑡 = 4:
• 𝑅4 = 𝑅 = 179.701,70
• 𝐽4 = 𝐶 × 𝑖 = 338.943,37 × (0,04) = 13.557,37
• 𝐴4 = 𝑅4 − 𝐽4 = 179.701,70 − 13.557,37 = 166.144,33
• 𝑆4 = 𝑆4−1 − 𝐴4 = 338.943,37 − 166.144,33 = 172.790,04
Em 𝑡 = 5:
Usando o valor calculado de 𝑅 = 179.701,70, o saldo devedor ficará
negativo em 6 centavos (ou seja, serão pagos 6 centavos a mais), para que isso não
ocorra, será feito um ajuste na última parcela, de forma que 𝑅5 = 179.701,64. Assim:
• 𝑅5 = 179.701,64
• 𝐽5 = 𝐶 × 𝑖 = 172.790,04 × (0,04) = 6.911,60
• 𝐴5 = 𝑅5 − 𝐽5 = 179.701,64 − 6.911,60 = 172.790,04
• 𝑆5 = 𝑆5−1 − 𝐴5 = 172.790,04 − 172.790,04 = 0
Agrupando os dados na planilha:

Para encontrar o saldo devedor em um dado instante no Sistema Francês,


devemos calcular o valor presente das prestações a vencer. Com isso, eliminamos o

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valor dos juros contidos nas prestações e esse valor atual corresponde ao saldo a ser
amortizado, ou seja, é o saldo devedor.
Exemplo 5.4: Em um empréstimo de R$ 100.000,00 a ser pago pelo sistema francês,
em 40 meses e à taxa de 3% a.m., qual o saldo devedor no 25º mês? (supor paga a
prestação desse mês)
Sendo 𝑃 = 100.000; 𝑛 = 40 e 𝑖 = 3%; encontra-se o valor de 𝑅:
𝑃 100.000 100.000
𝑅= = = = 4.326,24
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,03)15 − 1 23,114772
[ ] [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖 (1 + 0,03)15 0,03
Como o saldo devedor no 25º mês é o valor atual da sequência uniforme das
prestações a vencer (15 prestações), temos:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1 (1 + 0,03)15 − 1
𝑆25 = 𝑉𝑝 = 𝑅 [ ] = 4.326,24 [ ] = 51.646,37
(1 + 𝑖)𝑛 𝑖 (1 + 0,03)15 0,03

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6 Correção monetária e Inflação


“INFLAÇÃO é o aumento persistente e generalizado dos preços
dos bens e de serviços, acarretando a perda do poder aquisitivo
da moeda.”
Pompeo e Hazzan (2016)

Uma das metas dos governos é o combate à inflação, reduzindo-a a valores


pequenos, pois, com o aumento da magnitude da inflação há grandes distorções na
economia, tais como:
• Perda do poder aquisitivo dos salários que não sofrerem reajustes no
vencimento;
• Perda dos que recebem renda fixa (como os aluguéis);
• Queda nos investimentos devido à incerteza econômica;
• Aumento da procura por bens reais (terrenos, residências, obras de arte);
• Queda da poupança se não for remunerada de acordo com as
expectativas dos novos aumentos de preço;
• Etc;.
Um caso particular é o da hiperinflação, em que o aumento, geralmente em
virtude da grande expansão dos meios de pagamento, é tal que as pessoas procuram não
reter dinheiro em virtude da rapidez com que diminui seu poder aquisitivo, gastando-o
rapidamente e provocando novos aumentos de preço.
O mais conhecido caso de hiperinflação aconteceu na Alemanha após a
Primeira Guerra Mundial (inflação de cerca de 1.000.000.000,000% entre agosto de
1922 e novembro de 1023. Outro exemplo de hiperinflação é o que aconteceu no Brasil
entre as décadas de 1970 e 1990 (inflação de cerca de 13.342.346.717.617,70%).
O fenômeno inverso à inflação é chamado de deflação, e é caracterizado
pela queda persistente nos preços dos bens e serviços da economia. A expectativa de
queda dos preços gera adiamento do consumo e dos investimentos, acarretando queda
na produção e aumento do desemprego. O maior perigo é o que se chama de Espiral
Inflacionária, quando a deflação se torna um círculo vicioso. Uma espiral inflacionária
pode levar um país a uma depressão como a que houve nos Estados Unidos entre 1929 e
1933, que foi combatida com o aumento dos gastos públicos do governo, os quais
reaqueceram a economia.

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6.1 Índices de preço


Como a inflação é um aumento generalizado, deve-se analisar o preço de
vários setores e produtos separadamente para então compor a taxa de inflação.
Considerando um produto que, no instante 0 (chamado de época base), tenha um preço
𝑝0 e que no instante 𝑡 (𝑡 > 0), tenha um preço 𝑝𝑡 . O índice de preços desse produto
pode ser calculado através da equação:
𝑝𝑡
𝑝0,𝑡 =
𝑝0
A variação percentual de preços (𝒋) é dada pela fórmula:
∆𝑝 𝑝𝑡 − 𝑝0 𝑝𝑡
𝑗= = = −1
𝑝0 𝑝0 𝑝0
Exemplo 6.1: No início de setembro de certo ano, o preço de um produto era R$ 30,00
e , no início de outubro do mesmo ano, era R$ 31,00.
a) Qual o índice de preços deste produto entre as duas datas?
b) Qual a variação porcentual de preços correspondente?
a) Sendo 𝑝0 = 30,00 e 𝑝1 = 31,00
𝑝𝑡 31
𝑝0,𝑡 = = = 1,0333
𝑝0 30
b) Sendo 𝑝0 = 30,00 e 𝑝1 = 31,00
∆𝑝 𝑝𝑡 − 𝑝0 𝑝𝑡 31
𝑗= = = −1= − 1 = 0,0333 = 3,33%
𝑝0 𝑝0 𝑝0 30

Usualmente, um índice agregado de preços, chamado medida da inflação, é


construído baseando-se na evolução mensal de preços de uma cesta básica, previamente
definida, com base nas quantidades físicas de seus componentes. Assim, por exemplo,
uma cesta básica hipotética poderia ser um conjunto construído de 2 kg de arroz e 1 kg
de feijão.
As medidas mais usuais de inflação utilizam cestas básicas com uma gama
variada de produtos, o que no Brasil ocasiona a utilização de 11 índices distintos (cada
um com uma composição de cesta básica diferente). Dentre os índices utilizados no
Brasil, os principais são:
• Índice de Preços por Atacado (IPA)
• É um índice calculado mensalmente pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), objetivando medir as variações de preços de

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produtos em transações feitas no atacado, e com dados coletados


em todo o país.
• Se forem incluídos bens destinados à exportação, o índice
é chamado de IPA-conceito oferta global;
• Se não forem incluídos bens destinados á exportação, o
índice é chamado de IPA-conceito disponibilidade
interna;
• Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice de Custo de Vida
(ICV)
• São índices que objetivam medir variações de preços de produtos
de consumo de famílias com características bem definidas. Os
órgãos que calculam estes índices dependem da região do País.
Em São Paulo, por exemplo, existem os índices:
• IPC calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas da USP (Fipe) e o elaborado pela FGV;
• ICV apurado pelo Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) e o
apurado pela Ordem dos Economistas de São Paulo.
• Índice Geral de Preços (IGP)
• Calculado pela FGV e publicado mensalmente na revista
Conjuntura Econômica, este índice é dado pela média ponderada
dos seguintes índices:
• IPA (peso de 60%)
• IPC (peso de 30%)
• INCC (peso de 10%)
• O período de coleta de dados para o cálculo do preço médio da
cesta básica é do dia 1º ao 30º de cada mês, e a taxa de inflação é
divulgada por volta do 15º dia do mês seguinte.

• Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)


• Em 1989, foi criado o Índice Geral de Preços de Mercado
(IGPM), com metodologia semelhante à do IGP tradicional, só

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que o período de coleta de dados para cálculo do preço médio da


cesta básica é do 21º dia de cada mês ao 20º dia do mês seguinte,
sendo a taxa de inflação divulgada ao final do mês.
• Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
• É um índice único apurado mensalmente pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV) contemplando produtos e serviços utilizados na
construção civil. Os dados de preço são coletados na maioria das
capitais do país.
• Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA)
• É um índice calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) utilizando-se dados de 11 regiões
metropolitanas do País, com informações de consumo das faixas
de renda que variam de um a outo salários mínimos.
• Uma variante desse índice é o IPC-AMPLO ou IPCA, que é
baseado em dados de consumo na faixa de 1 a 40 salários
mínimos.
• O IPCA é o índice oficial de inflação para a política de metas de
inflação do governo.

6.2 Taxa acumulada


Considerando três instantes de tempo 𝑎, 𝑏 e 𝑐, tais que 𝑎 < 𝑏 < 𝑐. Seja 𝑗1 a
variação de preços entre 𝑎 e 𝑏, e 𝑗2 a variação de preços entre 𝑏 e 𝑐. A taxa acumulada
de variação de preços é a variação porcentual de preços entre a data final 𝑐 e a data
inicial 𝑎, e será indicada por 𝑗𝐴𝐶 .

𝑗𝐴𝐶 = (1 + 𝑗1 )(1 + 𝑗2 ) − 1
De maneira geral:
𝑗𝐴𝐶 = (1 + 𝑗1 )(1 + 𝑗2 )(1 + 𝑗3 ) … (1 + 𝑗𝑛 ) − 1
Exemplo 6.2: Em dois anos sucessivos, um determinado produto aumentou 10% e

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12%, respectivamente. Qual a taxa de aumento acumulada no período?

Sendo 𝑗1 = 0,1 e 𝑗2 = 0,12


Aplicando a fórmula da taxa acumulada:
𝑗𝐴𝐶 = (1 + 0,1)(1 + 0,12) − 1 = 0,232 = 23,2%
Assim, o aumento acumulado no período foi de 23,2%.

Exemplo 6.3: Em janeiro, fevereiro, março e abril d e certo ano, o preço de um produto
sofreu os seguintes aumentos, respectivamente: 1,2%; 1,5%; 0,6% e 0,7%. Qual a taxa
acumulada de aumento no quadrimestre?
Sendo 𝑗1 = 0,012; 𝑗2 = 0,015; 𝑗3 = 0,006 e 𝑗4 = 0,007
Aplicando a fórmula da taxa acumulada:
𝑗𝐴𝐶 = (1 + 0,12)(1 + 0,15)(1 + 0,006)(1 + 0,007) − 1
𝑗𝐴𝐶 = 0,0406 = 4,06%
Assim, o aumento acumulado no período foi de 4,06%.

6.3 Taxa real de juros


Se um capital 𝐶 é aplicado durante certo período de tempo, à taxa 𝑖 por
período, o montante resultante será:
𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)1
Pois consideramos 𝑛 = 1 para um período.
Se, no mesmo período, a taxa de inflação for 𝑗, o capital 𝐶 corrigido
monetariamente pela inflação será:
𝑀2 = 𝐶 + 𝑗𝐶 = 𝐶(1 + 𝑗)
• Se 𝑀1 = 𝑀2 , dizemos que a taxa de juros 𝑖 apenas recompôs o poder
aquisitivo do capital.
• Se 𝑀1 > 𝑀2 , dizemos que houve um ganho real em relação à inflação.
• Se 𝑀1 < 𝑀2 , dizemos que houve uma perda real em relação à inflação.

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Chamamos ganho real a diferença 𝑀1 − 𝑀2 , que poderá ser positiva ou


negativa (neste caso, também chamamos de perda real). A taxa real de juros (indicada
por 𝒓) é o ganho real expresso como porcentagem do capital corrigido. Assim:
𝑀1 − 𝑀2
𝑟=
𝑀2
De forma simplificada:
(1 + 𝑖)
1+𝑟 =
(1 + 𝑗)
Exemplo 6.4: Um capital foi aplicado, por um ano, à taxa de juros igual a 12% a.a. No
mesmo período, a taxa de inflação foi de 7%. Qual a taxa real de juros?
Sendo 𝑖 = 12% e 𝑗 = 7%
Aplicando a equação da taxa real:
(1 + 𝑖) (1 + 0,12)
1+𝑟 = =
(1 + 𝑗) (1 + 0,07)
𝑟 = 0,0467 = 4,67% 𝑎. 𝑎.
Portanto, a taxa real de aplicação foi de 4,67% a.a.

Exemplo 6.5: Um capital foi aplicado por seis meses a uma taxa de 7% a.s. No mesmo
período, a taxa de inflação foi de 9%. Qual a taxa real da aplicação?
Sendo 𝑖 = 7% e 𝑗 = 9%
Aplicando a equação da taxa real:
(1 + 𝑖) (1 + 0,07)
1+𝑟 = =
(1 + 𝑗) (1 + 0,09)
𝑟 = −0,0183 = −1,83% 𝑎. 𝑠.
Portanto, a aplicação teve perda real de 1,83% a.s.

Exemplo 6.6: Uma empresa levanta um empréstimo para capital de giro por dois
meses à taxa de 4% a.b. Qual deverá ser a taxa de inflação no período para resultar em
uma taxa real de 2,2% a.b.?
Sendo 𝑖 = 4% e 𝑟 = 2,2%
Aplicando a equação da taxa real:
(1+0,04)
1 + 0,022 =  1,022(1 + 𝑗) = 1,04
(1+𝑗)

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1,04−1,022
1,022𝑗 = 1,04 − 1,022  𝑗= = 0,0176 = 1,76% 𝑎. 𝑏.
1,022

Exemplo 6.7: Uma pessoa contraiu uma dívida de R$ 24.000,00 que deveria ser paga
dois meses depois com juros compostos reais de 1% a.m. mais correção monetária.
a) Qual o valor do montante antes da correção monetária?
b) Qual o valor do montante corrigido monetariamente, sabendo-se que as taxas
de correção foram de 1,5% no primeiro mês e de 0,9% no segundo?

a) Sendo 𝑛 = 2; 𝑖 = 1% 𝑎. 𝑚. e 𝐶 = 𝑅$ 24.000,00
𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑛 = 24.000(1 + 0,01)2
𝑀1 = 𝑅$ 24.482,40
b) Sendo o capital corrigido pelos juros:𝑀1 = 𝑅$ 24.482,40
Sendo 𝑖𝐴𝐶 = (1 + 0,015)(1 + 0,009) − 1 = 2,4135%
Então: 𝑀2 = 24.482,40(1 + 0,024135)1 = 𝑅$ 25.073,28

REFERÊNCIAS

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; DEGENSZAJN, David; PÉRIGO, Roberto;


Matemática Volume Único. 5ª Edição. Editora Atual, São Paulo, 2006.

HAZZAN, Samuel; POMPEO, José Nicolau; Matemática Financeira. Editora Saraiva.


7ª Edição, 2016.

ZENTGRAF, Roberto. Matemática Financeira Objetiva. ZTG Editora. 9ª Edição,


2011.

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EXERCÍCIOS

1 Fundamentos da Matemática Financeira


1. Escreva os cinco primeiros termos da sequência dada pela lei de formação
𝑎𝑛 = −2 ∙ (−1)𝑛 , com 𝑛 ∈ 𝑁 ∗ .
2. Seja 𝑓: 𝑁 ∗ → 𝑁 a função que associa cada número natural não nulo ao dobro do
seu sucessor.
a) Escreva os cinco primeiros termos dessa sequência.
b) Escreva o termo geral da sequência.
3. Considere a sequência definida por 𝑎𝑛 = −403 + 5𝑛, 𝑛 ∈ 𝑁 ∗ .
a) Qual é o valor da soma de seus 3 primeiros termos?
b) Qual seu primeiro termo positivo? Que posição esse termo ocupa na
sequência?
4. Uma sequência é definida, para 𝑛 ∈ 𝑁 ∗ , pela relação 𝑎𝑛 = −37 + 6𝑛. Verifique
se os números seguintes pertencem à sequência, destacando, em cada caso
afirmativo, sua posição:
a) -7 c) 123
b) 46 d) 251
5. Dada a P.A. (−33, −29, −25, −21, . ..), determine:
a) 𝑎15 b) 𝑎20 c) Seu termo geral
6. Em relação à P.A. (52, 44, 36, 28, ...), determine:
a) Seu 18º termo b) 𝑎19 + 𝑎25
7. Em uma P.A., 𝑎3 + 𝑎8 = 14 e 𝑎5 = 2𝑎10 + 88. Determine:
a) A razão da P.A. b) 𝑎1
8. A soma de três números que compõem uma P.A. é 2 e o produto dos termos
extremos é 560. Qual é a P.A.?
9. Em um treinamento aeróbico mensal, um estudante de educação física corre
sempre 3 minutos a mais do que correu no dia anterior. Se no 5º dia o estudante
correu 17 minutos, quanto tempo correrá no 12º dia?
10. Os aprovados em um concurso público foram, ao longo de um ano, convocados
para ocupar os respectivos cargos. Em janeiro, foram chamadas 18 pessoas; em
fevereiro, 30; em março, 42, e assim por diante.
a) Quantas pessoas foram convocadas no mês de agosto?
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b) Quantas pessoas foram chamadas no último trimestre do ano?


11. Considere a sequência dos múltiplos de 3 maiores que 100 e menores que 500.
a) Quantos termos compõem essa sequência?
b) Qual é o 25º termo dessa sequência?
12. Calcule a soma dos dez primeiros termos da P.A. (38, 42, 46, ...).
13. Na P.A. (68, 62, 56, 50, ...), encontre a soma de seus:
a) Seis primeiros termos.
b) Quatro últimos termos, admitindo que a sequência tem dez termos.
14. Calcule:
a) 0,5 + 0,8 + 1,1 + . . . + 9,2
b) 6,8 + 6,4 + 6,0 + . . . + (−14)
15. Em relação à P.G. (−1, 4, −16, . ..) determine:
a) O 6º termo. b) o 8º termo
16. Determine, para cada sequência seguinte, a expressão de seu termo geral:
a) (2, 6, 18, 54, ...) b) (−2, 8, −32, 128, . ..) c) (327 , 324 , 321 , …)
17. Num programa de fisioterapia, um paciente recebeu a instrução de nadar, a cada
dia, 50% a mais a distância percorrida no dia anterior. Se no primeiro dia o
paciente conseguiu nadar 20 metros, qual será o número inteiro mais próximo da
distância que ele deverá nadar no sexto dia?
18. O número de consultas a um site de comércio eletrônico aumenta semanalmente
(desde a data em que o portal ficou disponível), segundo uma P.G. de razão 3.
Sabendo que na 6ª semana foram registradas 1458 visitas, determine o número
de visitas ao site registrado na 3ª semana.
19. (PUC-RJ) João tem três filhas. A filha mais velha tem oito anos a mais que a do
meio, que por sua vez tem sete anos a mais que a caçula. João observou que as
idades delas formam uma progressão geométrica. Quais são as idades delas?
20. (UF-PA) Uma dívida deve ser paga em quatro parcelas de valores decrescentes
em P.G. segundo uma razão constante. Calcule o valor dessa dívida sabendo que
a primeira parcela é de R$ 6.400,00 e a quarta é de R$ 800,00.
21. As idades de três irmãos são números inteiros que estão em P.G. Se o produto
dessas idades é 64 e a soma das idades dos dois mais velhos é 20, quantos anos
tem cada um dos irmãos?

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22. A sequência (a, b, 12) é uma P.A. e a sequência (16, b, a) é uma P.G. Determine
a e b.
23. São dadas duas progressões: uma P.A. e outra P.G. Sabe-se que:
- Ambas têm 3 termos positivos;
- Em ambas, o 2º termo é 8;
- O 1º termo da P.G. é igual ao 3º termo da P.A.;
- A soma dos termos da P.G. é 42.
Qual é o primeiro termo da P.A.?
24. (PUC-RJ) Ache 𝑚 e 𝑛 tais que os três números 3, 𝑚, 𝑛 estejam em progressão
aritmética e 3, 𝑚 + 1, 𝑛 + 5 estejam em progressão geométrica.
25. Calcule a soma dos seis primeiros termos da P.G. (−2, 4, −8, . ..).
26. Calcule a soma dos dez primeiros termos da P.G. (𝑚, 𝑚2 , 𝑚3 , …) para:
a) 𝑚 = 1 b) 𝑚 = 2 c) 𝑚 = 1/2
27. Um indivíduo contraiu uma dívida de um amigo e combinou de pagá-la em oito
prestações, sendo a primeira de R$ 600,00, a segunda de R$ 90,00, a terceira de
R$ 135,00 e assim por diante. Qual o valor total a ser pago?
28. Quantos termos da P.G. (2, 6, 18, ...) devem ser considerados a fim de que a
soma resulte 19.682?
29. Uma bola é atirada ao chão de uma altura de 200. Ao atingir o solo pela primeira
vez, ela sobe até uma altura de 100 m, cai e atinge o solo pela segunda vez,
subindo até uma altura de 50 m, e assim por diante até perder energia e cessar o
movimento quantos metros a bola percorre ao todo?
30. Do salário mensal de Vítor, 1/10 é reservado para o pagamento de seu plano de
saúde, 30% são usados para pagamento do aluguel, e 35% são gastos com
alimentação. Descontadas essas despesas sobram R$ 300,00 a Vítor. Qual é o
seu salário?
31. Em uma liga metálica de 50 g, o teor de ouro é de 12%; o restante é prata.
Quantos gramas de prata devem ser retirados dessa liga a fim de que o teor de
ouro passe a ser de 15%?
32. Um avião com 120 lugares foi fretado para uma viagem do Rio de Janeiro a
Fortaleza e partiu lotado. Durante o voo, constatou-se que 60% dos passageiros
estavam viajando pela primeira vez de avião e, entre eles, 87,5% não conheciam

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Fortaleza. Se o número de turistas que já haviam ido a fortaleza corresponde a


25% do total, que porcentagem do total de turistas já havia viajado de avião e
estado na capital cearense?
33. (UF-RJ) O painel de um automóvel indica o consumo médio de combustível da
seguinte forma: 12,5 L / 100 km. Determine quantos quilômetros esse automóvel
percorre, em média, com 1 litro desse combustível.
34. (UF-ES) Uma tartaruga se desloca em linha reta, sempre no mesmo sentido.
Inicialmente, ela percorre 2 m em 1 minuto e a cada minuto seguinte, ela
percorre 4/5 da distância percorrida no minuto anterior.
a) Calcule a distância percorrida pela tartaruga após 3 minutos.
b) Determine uma expressão para a distância percorrida pela tartaruga após um
número inteiro n de minutos.
c) A tartaruga chega a percorrer 10 metros?
35. (UF-ES) Maria fez uma viagem de 8 dias. Em cada dia da viagem, a partir do
segundo dia, ela percorreu metade da distância percorrida no dia anterior. No
sexto dia ela percorreu 48 km. A distância total, em quilômetros percorrida
durante 8 dias de viagem foi:
a) 2900
b) 2940
c) 2980
d) 3020
e) 3060
36. (U.E. Londrina – PR) Para testar o efeito da ingestão de uma fruta rica em
determinada vitamina, foram dados pedaços dessa fruta a macacos. As doses da
fruta são arranjadas em uma sequência geométrica, sem 2 g e 5 g as duas
primeiras doses. Qual a alternativa correta para continuar essa sequência?
a) 7,5 g; 10,0 g; 12,5 g ...
b) 125 g; 312 g; 619 g ...
c) 8 g; 11 g; 14 g ...
d) 6,5 g; 8,0 g; 9,5 g ...
e) 12,500 g; 31,250 g; 78,125 g ...

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37. (PUC-RJ) A sequência 10𝑥 , 10𝑥+1 , 10𝑥+2 , … representa:


a) Uma progressão aritmética de razão 10.
b) Uma progressão aritmética de razão 1.
c) Uma progressão geométrica de razão 10.
d) Uma progressão geométrica de razão 1;
e) Nem progressão aritmética nem progressão geométrica.
38. (UF-PB) Cecília jogou na loteria esportiva durante cinco semanas consecutivas,
de tal forma que, a partir da segunda semana, o valor apostado era o dobro do
valor da semana anterior. Se o total apostado, nas cinco semanas, foi R$
2.325,00, o valor pago por Cecília, no jogo da primeira semana foi:
a) R$ 75,00
b) R$ 85,00
c) R$ 100,00
d) R$ 95,00
e) R$ 77,00
39. (U.F. Juiz de Fora-MG) Em uma rodovia, a partir do quilômetro 50, a cada 3 m
há postos de telefones SOS. Ocorreu um acidente no quilômetro 750 dessa
rodovia. A distância do telefone SOS mais próximo do acidente é:
a) 0,6 km
b) 0,8 km
c) 1 km
d) 1,2 km
e) 1,4 km
40. (PGE BA/2013) Do ponto de vista conceitual, em sentido amplo, juros são:
a) a remuneração ou os frutos civis de um determinado capital.
b) a atualização do valor nominal da moeda, para evitar sua desvalorização em
face da inflação.
c) rendimentos que existem em si mesmos, tendo como acessório o capital.
d) uma taxa que incide sobre um contrato, em retribuição às custas e despesas
do credor.
e) o preço contratual correspondente ao uso de uma coisa infungível.

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2 Capitalização Simples
41. Uma duplicata de valor nominal igual a R$ 9.000,00 foi descontada em
um banco dois meses antes de seu vencimento, a uma taxa de desconto comercial de 2%
a.m. Obtenha:
a) O desconto comercial.
b) O valor descontado (ou valor atual comercial) do título.
c) A taxa efetiva de juros no período.
d) A taxa efetiva de juros simples mensal da operação.

42. Uma duplicata de R$ 12.000,00 foi descontada em um banco 48 dias


antes de seu vencimento, a uma taxa de desconto comercial simples de 2,1% a.m.
Obtenha:
a) O desconto.
b) O valor líquido recebido pela empresa.
c) A taxa efetiva de juros no período.
d) A taxa efetiva de juros simples mensal da operação.

43. Uma promissória de R$ 8.000,00 foi descontada em um banco,


proporcionando um valor descontado (valor líquido) de R$ 7.500,00. Sabendo-se que a
taxa de desconto comercial utilizada foi de 2,2% a.m., obtenha o prazo de vencimento
deste título.

44. Um banco oferece empréstimos pessoais mediante o preenchimento de


uma promissória pelo cliente com prazo de vencimento igual ao prazo pedido para
pagamento. Em seguida, o banco desconta a promissória a uma taxa de desconto
comercial de 4% a.m. e entrega ao cliente o valor líquido. Se uma pessoa precisar hoje
de R$ 7.000,00 para pagamento daqui a três meses, que valor da promissória deverá
assinar?
45. Duas duplicatas, uma de R$ 25.000,00 e 18 dias até o vencimento, outra
de R$ 32.000,00 e 38 dias até o vencimento, foram descontadas em um banco: a
primeira a uma taxa de desconto de 3% a.m. e a segunda a uma taxa de 4% a.m.
a) Qual o valor líquido?

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b) Qual o prazo médio do borderô?


c) Com qual taxa (constante) deveríamos descontar o total do borderô, no
seu prazo médio, para obtermos o valor líquido do item a?

46. (U.F. São Carlos-SP) Com o reajuste de 10% no preço da mercadoria A,


seu novo preço ultrapassará o da mercadoria B em R$ 9,99. Dando um desconto de 5%
no preço da mercadoria B, o novo preço dessa mercadoria se igualará ao preço da
mercadoria A antes do reajuste de 10%. Assim, o preço da mercadoria B, sem o
desconto de 5%, em R$ é de:
a) 222,00
b) 233,00
c) 299,00
d) 333,00
e) 466,00

47. (U.F. Viçosa-MG) Mônica verificou que o preço de um televisor era R$


840,00. Após uma semana, retornou à mesma loja e constatou que o preço da mesma
televisão fora reajustado em mais 15%. O desconto que Mônica deve receber para que o
valor da televisão retorne ao preço anterior é aproximadamente, de:
a) 13%
b) 13,5%
c) 14%
d) 14,5%
e) 15%

48. (UF-MG) Francisco resolveu comprar um pacote de viagem que custava


R$ 4.200,00 já incluídos R$ 120,00 correspondentes a taxas de embarque nos
aeroportos. Na agência de viagens, foi informado de que, se fizesse o pagamento à vista,
teria um desconto de 10%, exceto no valor referente às taxas de embarque, sobre o qual
não haveria nenhum desconto. Decidiu, pois, pagar o pacote de viagem à vista. Então, é
correto afirmar que Francisco pagou por esse pacote de viagem:
a) R$ 3.672,00

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b) R$ 3.780,00
c) R$ 3.792,00
d) R$ 3.900,00
e) R$ 3.938,00

49. (TRE SP/2017) A aplicação de um capital, no valor de R$ 900.000, em


determinada instituição financeira, por um período de seis meses, foi resgatada pelo
valor de R$ 1.035.000. Considerando-se que o capital foi aplicado a juros simples, a
taxa de juros ao mês foi de:
a) 2,0%
b) 0,15%
c) 3,0%
d) 2,5%
e) 4,0%

50. (IBGE 2016) Em certa loja, uma bolsa custa R$120,00 para pagamento à
vista. A loja oferece a alternativa de pagar por essa bolsa R$50,00 no ato da compra e
R$80,00 um mês depois. A taxa de juros ao mês que está implícita nessa alternativa é
de, aproximadamente:
a) 8,3%
b) 10,3%
c) 14,3%
d) 15,3%
e) 17,3%

51. (PROCON SP/2013) Renato emprestou R$ 17.000,00 para sua prima.


Ela irá pagar, por mês, 0,8% do valor total emprestado. Ao devolver o dinheiro, ela
pagará R$ 2.448,00 de juros. O tempo de empréstimo combinado foi de:
a) 1 ano e 4 meses
b) 1 ano e 6 meses
c) 1 ano e 8 meses
d) 2 anos e 1 mês

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e) 2 anos e 4 meses

52. (PROCON SP/2013) João colocou um capital de R$ 500,00 em uma


aplicação A, a juros simples por 8 meses, com taxa de 0,5% ao mês. Ao término desse
período retirou o montante (capital + juro) e colocou todo o valor em uma aplicação B,
também a juros simples, por mais 5 meses. Sabendo que o valor do juro da aplicação B,
após esses 5 meses, foi de R$ 18,20, então a taxa mensal de juro dessa aplicação B era
de:
a) 0,50%
b) 0,55%
c) 0,60%
d) 0,65%
e) 0,70%

53. (Petrobrás Distribuidora S.A./2013) Sebastião emprestou R$300,00


para Carlos, mas cobrou juros simples de 5% ao mês. Carlos quitou a dívida (R$ 300,00
+ juros) depois de quatro meses. Quanto Carlos pagou de juros?
a) R$ 15,00
b) R$ 60,00
c) R$ 75,00
d) R$ 90,00
e) R$ 150,00

54. (Petrobrás Distribuidora S.A./2013) Um título no valor de R$ 2.000,00


foi pago com atraso de dez dias. Se são cobrados juros simples de 12% ao mês, o
montante pago, em reais, é:
a) R$ 2.080,00
b) R$ 2.120,00
c) R$ 2.240,00
d) R$ 2.400,00
e) R$ 2.500,00

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55. (BNDES/2013) Paulo aplicou R$ 10.000,00 em um fundo de


investimentos que rendeu juros de 6% em um ano. Ao término desse ano, Paulo
manteve aplicados tanto os R$ 10.000,00 quanto os juros obtidos nesse primeiro ano e,
ainda, aplicou mais R$ 4.400,00. Ele deixou seu dinheiro investido por mais um ano e,
ao final desses dois anos, seu saldo (valor aplicado mais juros) foi de R$ 16.050,00.
Sabendo-se que, ao longo desses dois anos, Paulo não fez qualquer retirada, qual foi a
taxa anual de juros no segundo ano?
a) 5%
b) 6%
c) 7%
d) 8%
e) 9%

56. (PGE BA/2013) Maria obtém de uma instituição financeira a informação


de que se ela aplicar todo seu capital, durante 8 meses, poderá resgatar o correspondente
montante no valor de R$ 19.610,00 no final do período. Caso ela opte por aplicar
durante 12 meses, o correspondente montante, no final do período, poderá resgatar R$
20.165,00. Se todas as aplicações são realizadas sob o regime de capitalização simples e
com a mesma taxa de juros, então o número de meses em que Maria deve aplicar todo
seu capital de tal maneira que o correspondente valor dos juros seja igual a R$ 2.497,50
é de:
a) 20
b) 18
c) 16
d) 15
e) 14

57. (SEFAZ ES/2013) Um cliente tomou um empréstimo de R$ 1.000,00 em


determinado banco, que cobra, antecipadamente, uma taxa de 15% sobre o valor,
entregando o valor já líquido. Nessa situação, se o pagamento do empréstimo no valor
de R$ 1.000,00 ocorreu um mês depois, então a taxa efetiva de juros do empréstimo foi:
a) Superior a 9,5%

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b) Inferior a 18%
c) Superior a 18% e inferior a 18,5%
d) Superior a 18,5% e inferior a 19%
e) Superior a 19% e inferior a 19,5%

58. (Petrobrás Distribuidora S.A./2013) Maurício concordou em emprestar


R$ 240,00 a Flávio, desde que este lhe pagasse juros simples de 4% ao mês. Flávio
aceitou as condições de Maurício, pegou o dinheiro emprestado e, ao final de três
meses, pagou ao amigo os R$ 240,00 e os juros combinados. Qual foi o valor pago por
Flávio?
a) R$ 244,00
b) R$ 249,60
c) R$ 252,00
d) R$ 260,40
e) R$ 268,80

59. (SERGÁS SE/2013) Um capital no valor de R$ 16.000,00 é aplicado a


juros simples, a uma taxa de 9% ao ano. Se no final do período de aplicação o valor dos
juros apresentou um valor igual a R$ 1.920,00, então este capital ficou aplicado, em
meses, por um período igual a:
a) 16
b) 8
c) 12
d) 10
e) 14

60. (SEDUC CE/2013) Aplicado por 2 anos no regime de juros simples, o


capital de R$ 1.000,00 produziu o montante de R$ 2.200,00. Nesse caso, a taxa mensal
de juros dessa aplicação foi de:
a) 2%
b) 4%
c) 5%
d) 6%
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e) 7%

61. (Casa da Moeda do Brasil/2012) A empresa ZZL aplicou R$


120.000,00 à taxa de juros simples de 15,6% a.a. Qual o rendimento, em reais, do
primeiro mês de aplicação?
a) 1.560,00
b) 10.000,00
c) 18.720,00
d) 121.560,00
e) 1380.720,00

62. (CREFITO SP/2012) Bruno financiou a compra de uma TV de LCD.


Deu uma entrada de R$ 600,00, no ato da compra, mais uma parcela de R$ 1.380,00
dois meses após a data da compra. Sabendo que o preço à vista dessa TV era R$
1.800,00, pode-se concluir que a taxa mensal de juro simples desse financiamento foi
de:
a) 4,75%
b) 5,5%
c) 6,0%
d) 7,5%
e) 9,0%

63. (FCP/2014) A quantidade de meses que um capital de R$2500,00


aplicado no regime de juro simples, à taxa de 18% ao ano, rendeu R$300,00 é de:
a) 4 meses
b) 5 meses
c) 6 meses
d) 7 meses
e) 8 meses

64. (Prefeitura de Florianópolis SC/2014) A taxa de juros simples mensais


de 4,25% é equivalente à taxa de:
a) 12,5 trimestral
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b) 16% quadrimestral
c) 25,5% semestral
d) 36,0% anual
e) 52,0% anual

65. (TRT 19ª/2014) No regime de juros simples e pelo prazo de 24 meses


são realizadas as seguintes aplicações financeiras:
I. R$ 3.000,00, à taxa de 3,00% ao mês.
II. R$ 4.000,00, à taxa de 1,50% ao mês.
III. R$ 6.000,00, à taxa de 2,25% ao mês.
IV. R$ 7.000,00, à taxa de 4,50% ao mês.
A taxa média proporcional anual dessas quatro aplicações é, em %, igual a
a) 22,50
b) 28,75
c) 36,00
d) 11,25
e) 18,00

66. (TJAL AL/2012) Caso determinado capital seja aplicado à taxa de juros
simples de 3% ao bimestre (mês de 30 dias), o tempo necessário para que esse capital
aumente 22% em relação ao valor inicial será:
a) inferior a 13 meses.
b) superior a 13 meses e inferior a 13 meses e 22 dias.
c) superior a 13 meses e 22 dias e inferior a 14 meses e 10 dias.
d) superior a 14 meses e 10 dias e inferior a 14 meses e 22 dias.
e) superior a 14 meses e 22 dias

67. (MPE PE/2012) Uma pessoa aplicou um capital no valor de R$


25.000,00 a juros simples, durante 15 meses, verificando que no final do período o valor
dos juros correspondia a 18% do capital inicial aplicado. A taxa de juros anual desta
aplicação foi, em %, de
a) 18,0

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b) 15,6
c) 14,4
d) 12,0
e) 10,8

68. (Banco do Brasil/2011) Um capital de R$ 10.500,00 foi aplicado a juros


simples. Sabendo que a taxa de juros contratada foi de 42% ao ano, então, não tendo
sido feito qualquer depósito ou retirada, o montante de R$ 11.725,00 estará disponível a
partir de quanto tempo da data de aplicação?
a) 4 meses
b) 3 meses
c) 3 meses e 20 dias
d) 3 meses e 10 dias
e) 2 meses e 20 dias

69. (SEFAZ SP/2009) Uma pessoa aplicou um capital em um Banco que


remunera os depósitos de seus clientes a uma taxa de juros simples de 12% ao ano.
Completando 6 meses, ela retirou o montante correspondente a esta aplicação e utilizou
R$ 20.000,00 para liquidar uma dívida nesse valor. O restante do dinheiro, aplicou em
um outro Banco, durante um ano, a uma taxa de juros simples de 1,5% ao mês. No final
do período, o montante da segunda aplicação apresentou um valor igual a R$ 28.933,60.
A soma dos juros das duas aplicações é igual a:
a) R$ 10.080,00
b) R$ 8.506,80
c) R$ 7.204,40
d) R$ 6.933,60
e) R$ 6.432,00

70. (BNDES/2009) Um investidor aplicou, no Banco Atlântico, R$


10.000,00, por um período de 17 dias, a uma taxa de juros simples de 1,2% ao mês. No
dia do resgate, a rentabilidade obtida pelo investidor, em reais, foi de:
a) 60,00
b) 64,20

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c) 65,60
d) 66,00
e) 68,00

71. (SABESP SP/2014) Um título será descontado em um banco 4 meses


antes de seu vencimento. Se for utilizada a operação de desconto racional simples, a
uma taxa de desconto de 24% ao ano, então o valor atual do título será de R$ 30.000,00.
Se for utilizada a operação de desconto comercial simples, também a uma taxa de
desconto de 24% ao ano, o correspondente valor do desconto será, em R$, de:
a) 2.592,00
b) 2.890,00
c) 2.658,00
d) 2.756,00
e) 2.600,00

72. (TRT 19ª/2014) Um título foi apresentado em uma instituição financeira


para desconto três meses antes do seu vencimento. O valor nominal da duplicata era de
R$250.000,00 e a taxa de desconto comercial simples utilizada pelo banco foi de 3,65%
ao mês. A taxa efetiva da operação no período foi, em %, de, aproximadamente:
a) 12,30
b) 10,95
c) 8,76
d) 13,38
e) 7,87

73. (TJ CE/2014) Um título de valor nominal de R$ 20.000,00 foi


descontado à taxa de desconto comercial simples de 5% ao mês. Sabendo-se que o valor
do desconto foi de R$ 4.000,00, é correto afirmar que a taxa efetiva dessa operação é
igual a:
a) 6,75% ao mês
b) 6,25% ao mês
c) 7,25% ao mês

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d) 5,55% ao mês
e) 5,75% ao mês

74. (TJ SP/2013) Acessando o site de determinada loja, Lucas constatou


que, na compra pela internet, com prazo de entrega de 7 dias úteis, o notebook
pretendido custava R$ 110,00 a menos do que na loja física que, por outro lado, oferecia
a entrega imediata do aparelho. Como ele tinha urgência, foi até a loja física e negociou
com o gerente, obtendo um desconto de 5% e, dessa forma, comprou o aparelho,
pagando o mesmo preço que pagaria pela internet. Desse modo, é correto afirmar que o
preço que Lucas pagou pelo notebook, na loja física, foi de:
a) R$ 2.110,00
b) R$ 2.200,00
c) R$ 2.000,00
d) R$ 2.310,00
e) R$ 2.090,00

75. (Metrô SP/2014) Dois títulos de valores nominais iguais são descontados
por uma empresa, em um banco, 45 dias antes de seus vencimentos, a uma taxa de
desconto de 24% ao ano e considerando a convenção do ano comercial. O primeiro
título foi descontado utilizando-se uma operação de desconto racional simples e o
segundo utilizando-se uma operação de desconto comercial simples. Se a soma dos
valores dos descontos dos dois títulos foi igual a R$ 1.218,00, então a soma dos
respectivos valores atuais foi igual a:
a) R$ 39.582,00
b) R$ 39.782,00
c) R$ 39.982,00
d) R$ 38.782,00
e) R$ 39.182,00

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3 Capitalização Composta
76. Quanto devo aplicar hoje, a juros compostos à taxa de 1,5% a.m., para
fazer frente a um compromisso de R$ 27.000,00 daqui a dois meses?

77. Uma dívida de R$ 50.000,00 vence daqui a dois meses e outra de R$


60.000,00 vence daqui a quatro meses. Quanto devo aplicar hoje, a juros compostos à
taxa de 0,8% a.m., para fazer frente a esses compromissos?

78. Qual o capital que aplicado a juros compostos, durante nove anos, à taxa
de 10% a.a, produz um montante de R$ 175.000,00?

79. Um fogão é vendido à vista por R$ 600,00, ou, então, a prazo, sendo 20%
do preço á vista como entrada, mais uma parcela de R$ 550,00 dois meses após a
compra. Qual a taxa mensal de juros compostos do financiamento?

80. Uma empresa vende um componente eletrônico por R$ 200,00 a unidade,


sendo o pagamento feito dois meses após a compra. Para pagamento à vista, o preço é
R$ 192,00. Qual a taxa mensal de juros compostos do financiamento?

81. Em suas operações de empréstimo de capital de giro, um banco cobra


uma taxa de juros compostos de 45% a.a. Se um cliente concordar em pagar apenas a
taxa de 40% a.a., que taxa de abertura de crédito (flat) o banco deverá cobrar para que a
taxa efetiva anual resulte em 45% a.a.? (considere o prazo de operação igual a 63 dias)

82. Em juros compostos, qual a taxa anual equivalente às seguintes taxas:


a. 1,8% a.m. c. 4,5% a.t.
b. 2,5% a.b. d. 18% a.s.

83. Em juros compostos, qual a taxa mensal equivalente às seguintes taxas:


a. 75% a.a c. 21% a.t.
b. 50% a.s. d. 6,5% a.b.

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84. Qual é o melhor: aplicar um capital a juros compostos por seis meses à
taxa de 4,5% a.t. ou à taxa de 6% a.q.?

85. Em quatro meses sucessivos, um fundo de renda fixa rendeu 1,1%, 1,2%,
1,2% e 1,5%. Qual a taxa de rentabilidade acumulada do fundo no período?

86. Em abril, um fundo de ações rendeu -10%. Qual deverá ser a taxa de
rentabilidade em maio para que o acumulado no bimestre seja zero?

87. Em cinco dias úteis consecutivos, vigoraram as seguintes taxas de hot


money em um banco: 2,7% a.m., 2,9% a.m., 2,9% a.m., 2,8% a.m. e 3% a.m. Qual a
taxa acumulada no período?

88. Uma duplicata no valor de R$120.000,00 vence em 4 anos. Por quanto


será paga hoje se sofrer um desconto composto de 14% a.a?

89. Qual foi o desconto composto obtido para saldar uma dívida de
R$80.000,00 dois meses antes do vencimento e a taxa de 12% a.m?

90. Uma letra de câmbio foi paga 4 meses antes do seu vencimento, com um
desconto composto de 9% a.m, tendo se reduzido para R$75.600,00. Qual era o seu
valor de face?

91. Uma empresa prevê pagamentos mensais de R$ 250.000,00 daqui a um,


dois e três meses. Quanto deverá aplicar hoje, no mínimo à taxa de juros compostos de
1,6% a.m. para fazer frente a esses pagamentos?

92. Um terno é vendido em uma loja por R$ 800,00 de entrada mais uma
parcela de R$ 400,00 após um mês. Um comprador propõe dar R$ 200,00 de entrada.
Nessas condições, qual o valor da parcela mensal para que as duas formas de pagamento

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sejam equivalentes, sabendo-se que a loja opera a uma taxa de juros compostos de 4%
a.m.?

93. Um aposentado pretende ter uma renda de R$ 50.000,00 por ano, durante
10 anos, começando daqui a três anos. Quanto deverá aplicar hoje, à taxa de juros de
10% a.a., para garantir seu objetivo?

94. Uma pessoa tem uma dívida de R$ 60.000,00 que vence daqui a dois
meses e outra de R$ 80.000,00 daqui a três meses. Quanto deverá aplicar hoje, à taxa de
juros compostos de 2% a.m., para fazer frente a essas dívidas, restando ao final um
saldo igual a zero?

95. Um equipamento é vendido à vista por R$ 3.000,00, podendo também ser


financiado da seguinte forma:
- Entrada: 30%
- Duas parcelas mensais, sendo a segunda igual ao dobro da primeira e
vencendo a primeira dois meses após a compra.
Se a loja opera a uma taxa de juros compostos de 4% a.m., qual o valor de cada
prestação?

96. Uma dívida de R$ 80.000,00 vence daqui a cinco meses. Considerando


uma taxa de juros de 1,3% a.m., obtenha seu valor atual nas seguintes datas:
a) Hoje. b) Daqui a dois meses. c) Dois meses antes do vencimento

97. (Metrô SP/2012) Um capital é aplicado a uma taxa de juros compostos


de 10% ao mês durante dois meses. Se este mesmo capital fosse aplicado à taxa de juros
simples de 5% ao mês, o período de aplicação necessário nesse último investimento,
para que os dois montantes fossem iguais, seria, em número de dias (considere o ano
comercial de 360 dias), igual a:
a) 135
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b) 126
c) 130
d) 148
e) 125

98. (MPE RS/2009) Considere que em uma mesma data:


I. Antônio aplicou R$ 20.000,00 a uma taxa de juros simples de 18% ao ano,
durante 15 meses.
II. Paulo aplicou um determinado capital a uma taxa de juros compostos de 8%
ao semestre, durante um ano.
O valor do montante da aplicação realizada por Antônio superou em R$
7.004,00 o valor do montante correspondente ao de Paulo. Então, o valor do capital que
Paulo aplicou no início foi de:
a) R$ 12.500,00
b) R$ 17.500,00
c) R$ 16.500,00
d) R$ 15.000,00
e) R$ 16.200,00

99. Um capital de R$ 400,00 foi aplicado a juros simples por três meses, à
taxa de 36% ao ano. O montante obtido nessa aplicação foi aplicado a juros compostos,
à taxa de 3% ao mês, por um bimestre. O total de juros obtido nessas duas aplicações
foi:
a) R$ 149,09
b) R$ 125,10
c) R$ 65,24
d) R$ 62,55
e) R$ 62,16

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100. (Cesgranrio/Administrador/Petrobras/2006) Um investidor aplicou R$


15.000,00 hoje a juros compostos com remuneração de 0,7% ao mês. Após seis meses,
terá um montante de:
a) R$ 15.641,12
b) R$ 16.856,34
c) R$ 17.890,17
d) R$ 18.934,62
e) R$ 19.876,25

101. (Banco do Brasil/2014) Um cliente contraiu um empréstimo, junto a um


banco, no valor de R$ 20.000,00, a uma taxa de juros compostos de 4% ao mês, com
prazo de 2 trimestres, contados a partir da liberação dos recursos. O cliente quitou a
dívida exatamente no final do prazo determinado, não pagando nenhum valor antes
disso. Qual o valor dos juros pagos pelo cliente na data da quitação dessa dívida?
a) R$ 5.300,00
b) R$ 2.650,00
c) R$ 1.250,00
d) R$ 1.640,00
d) R$ 2.500,00

102. (DPE RS/2013) Artur pretende investir R$ 10.000,00 por um período de


um ano. Por isso, está avaliando dois investimentos oferecidos pelo gerente de seu
banco.
Investimento I: regime de juros simples, com taxa de 1% ao mês.
Investimento II: regime de juros compostos, com taxa de 6% ao semestre.
Ao comparar os dois investimentos, Artur concluiu que:
a) I é mais vantajoso, pois terá rendido R$ 36,00 a mais do que II após um ano.
b) I é mais vantajoso, pois terá rendido R$ 18,00 a mais do que II após um ano.
c) eles são indiferentes, pois ambos terão rendido R$ 1.200,00 após um ano.
d) II é mais vantajoso, pois terá rendido R$ 18,00 a mais do que I após um ano.
e) II é mais vantajoso, pois terá rendido R$ 36,00 a mais do que I após um ano.

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103. (Assembléia Legislativa PB/2013) Maria fará um empréstimo de R$


10.000,00 para pagar depois de dois meses. As opções possíveis de empréstimo são:
Opção A: juros simples de 5% ao mês.
Opção B: juros compostos de 4% ao mês, capitalizados mensalmente. A
melhor opção para Maria, e o quanto ela gastará a menos que na outra opção são,
respectivamente,
a) B e R$176,00
b) A e R$ 85,00
c) A e R$ 200,00
d) B e R$ 184,00
e) B e R$ 120,00

104. (Petrobrás/2012) Foi contratado um empréstimo no valor de R$


10.000,00, a ser pago em três parcelas, incidindo juros compostos. O valor total pago foi
de R$ 10.385,00. A taxa mensal de juros foi de
a) 1,27%
b) 1,32%
c) 3%
d) 3,9%
e) 3,95%

105. (SSE SP/2014) Uma aplicação financeira rende 1% ao mês, e uma


segunda aplicação tem uma taxa mensal cujo rendimento é equivalente a 12% ao ano,
ambas no regime de juros compostos. Foram aplicados R$ 2.000,00 na primeira
aplicação, por 15 meses, e R$ 1.000,00 na segunda aplicação, por 18 meses.
Considerando 1,120,1 = 1,01, a razão entre os montantes recebidos pela primeira e
segunda aplicações vale, respectivamente:
a. 0,5 d. 2,0
b. 1,0 e. 2,5
c. 1,5

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106. (CEFET RJ/2014) Segundo o cálculo de certo analista financeiro,


receber R$ 100,00 hoje equivale a receber R$ 146,41 decorrido o prazo de 4 anos. A
taxa de juros compostos utilizada pelo analista financeiro para fazer o cálculo foi de:
a. 8% ao ano
b. 10% ao ano
c. 12% ao ano
d. 14% ao ano
e. 16% ao ano

107. (CEFAZ RJ/2014) A aplicação de um capital sob o regime de


capitalização simples, durante 10 meses, apresentou, no final deste prazo, um montante
igual a R$ 15.660,00. A aplicação de um outro capital de valor igual ao dobro do valor
do capital anterior sob o regime de capitalização simples, durante 15 meses, apresentou,
no final deste prazo, um montante igual a R$ 32.480,00. Considerando que as duas
aplicações foram feitas com a mesma taxa de juros, então a soma dos respectivos juros é
igual a:
a. R$ 6.660,00
b. R$ 3.480,00
c. R$ 4.640,00
d. R$ 5.600,00
e. R$ 6.040,00

108. (TRT 19ª/2014) Uma operação de financiamento no valor de R$


5.000,00 foi contratada para ser paga em prestações por quatro semestres consecutivos.
Ainda assim, pode ser liquidada por meio de uma parcela única no valor de R$ 5.849,29
no final do período de quatro semestres. Tomando-se por base o cálculo de juros
compostos, a respectiva taxa anual é, em %, de, aproximadamente:
a. 4,00 d. 11,03
b. 8,16 e. 9,2
c. 4,61
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109. (ARCE CE/2012) Uma pessoa tem com certo credor a seguinte dívida:

Hoje ela combinou com esse credor substituir esses títulos por dois outros, de
valores nominais iguais entre si, um a vencer daqui a 4 meses e outro daqui a 5 meses.
Se, nessa transação, vão utilizar juros compostos à taxa de 6% ao mês, o valor nominal
de cada um desses novos títulos, segundo o critério do desconto composto racional, será
de, aproximadamente:
a) R$ 2.000,75
b) R$ 2.002,64
c) R$ 2.004,53
d) R$ 2.006,21
e) R$ 2.008,98

110. (SEFAZ RJ/2014) Uma dívida deverá ser quitada por meio de 3
prestações anuais e consecutivas. O valor da primeira prestação, que vence daqui a 1
ano, é igual a R$ 9.240,00, o da segunda é R$ 12.705,00 e o da terceira é R$ 16.770,60.
Utilizando o critério do desconto racional composto, a uma taxa de 10% ao ano, esta
dívida poderá ser quitada por meio de duas prestações de valores iguais, vencíveis a
primeira daqui a 1 ano e a segunda daqui a 2 anos. O valor de cada prestação, nesta
segunda opção, é:
a) R$ 15.750,00
b) R$ 18.150,00
c) R$ 17.325,00
d) R$ 16.500,00
e) R$ 16.125,00

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79

4 Séries de Pagamentos
111. Obtenha o preço à vista de um automóvel financiado à taxa de 3% a.m., sendo
o número de prestações igual a 10 e R$ 4.500,00 o valor de cada prestação mensal, vencendo
a primeira um mês após a compra.

112. Um carro é vendido à vista por R$ 40.000,00 ou a prazo em três prestações


mensais iguais, sem entrada. Qual o valor de cada prestação se a taxa de juros do
financiamento for de 1,9% a.m.?

113. Um barco é vendido à vista por R$ 16.000,00 ou, então, com 20% de entrada
mais quatro prestações mensais e iguais. Qual o valor de cada prestação se a taxa de juros for
de 2% a.m.?

114. Uma motocicleta é vendida em cinco prestações mensais de R$ 2.000,00 cada


uma, sendo a primeira dada como entrada. Qual o preço à vista se a taxa de juros do
financiamento for de 2,5% a.m.?

115. Um banco concede um empréstimo a uma empresa no valor de R$ 60.000,00


para ser pago em quatro prestações mensais iguais postecipadas de R$ 16.850,00 cada uma.
Qual a taxa de juros do financiamento?

116. O aluguel mensal de um apartamento é R$ 2.000,00, reajustável a cada seis


meses. Se o locatário, ao fechar o contrato de aluguel, quiser quitar antecipadamente o aluguel
dos seis primeiros meses, qual o valor a ser pago se a taxa de juros for de 2,3% a.m.?

117. Um microcomputador é vendido à vista por R$ 2.500,00 ou, então, em quatro


prestações mensais e iguais, sendo a primeira dada como entrada. Qual o valor de cada
prestação se a taxa de juros for de 2,2% a.m.?

118. Um apartamento, cujo preço à vista é de R$ 100.000,00, é vendido a prazo com


30% de entrada e o saldo em 100 prestações mensais iguais posteriormente corrigidas

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80

monetariamente. Qual o valor de cada prestação dantes da correção se a taxa de juros do


financiamento dor de 1% a.m.?

119. O preço à vista de um aparelho de som é de R$ 820,00. A prazo, o pagamento


poderá ser feito em cinco prestações mensais iguais postecipadas de R$ 198,00 cada uma.
Qual a taxa mensal de juros do financiamento?

120. Quanto uma pessoa deve depositar mensalmente, durante 15 meses, em um


fundo de investimentos que rende 1,8% a.m., para que, logo após o último depósito, tenha um
montante de R$ 60.000,00?

121. Uma empresa deve pagar um título de R$ 50.000,00 daqui a um ano. Quanto
deverá investir mensalmente, a partir de hoje, se os depósitos forem iguais e remunerados a
0,85% a.m., para que, um mês após o último depósito, o saldo seja suficiente para pagar tudo?

122. Um condomínio prevê despesas extras de R$ 120.000,00 e R$ 160.000,00 no


final de agosto e setembro, respectivamente. Quanto deverá arrecadar e aplicar, em um fundo
que rende 0,85% a.m., no final de maio, junho e julho (valores iguais), para fazer frente às
despesas previstas?

123. Um conjunto de som é vendido por R$ 2.300,00 à vista. A prazo, é vendido em


seis prestações mensais e iguais, sendo dados ao cliente dois meses de carência, isto é, a
primeira prestação só é devida três meses após a compra. A taxa de juros cobrada pela loja é
de 2% a.m. Obtenha o valor de cada prestação.

124. Um executivo dispõe hoje de R$ 180.000,00 que estão aplicados à taxa de


0,9% a.m. Ele pretende, com essa aplicação, sacar x reais por mês durante 24 meses, até
esgotar seu saldo. O primeiro saque será feito daqui a 12 meses. Qual o valor de x?

125. Uma motocicleta é vendida em 36 prestações mensais de R$ 500,00 cada,


postecipadas, mais três anuais de R$ 1.200,00 cada, também postecipadas. Qual o preço à
vista se a taxa de juros do financiamento for de 2% a.m.?
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81

126. Uma casa de praia é vendida à vista por R$ 600.000,00 ou a prazo em 20


prestações mensais em progressão geométrica, vencendo a primeira um mês após a compra.
Sabendo0se que a razão da PG é 1,20 (crescimento de 20%), qual o valor da primeira
prestação para uma taxa de juros de 1,5% a.m?

127. Uma televisão foi vendida em 10 prestações mensais, sendo as 5 primeiras no


valor de R$ 120,00 e as demais de R$ 200,00. Determine o valor à vista da televisão,
sabendo-se que a taxa de juros é 1,5% ao mês.

128. Um contrato de aplicação financeira prevê que depósitos de mesmo valor


sejam feitos mensalmente em uma conta de aplicação durante 18 meses com o objetivo de
atingir o montante de R$ 100.000,00 ao fim desse prazo. Obtenha o valor mais próximo da
quantia que deve ser depositada ao fim de cada mês, considerando uma taxa de rendimento de
3% ao mês.
a. R$ 5.555,00
b. R$ 4.900,00
c. R$ 4.782,00
d. R$ 4.270,00
e. R$ 4.000,00

129. O preço à vista de um carro é de R$ 250.000,00, mas pode ser vendido a prazo
em 24 prestações mensais iguais, imediatas e postecipadas de R$ 14.494,18 com 20% de
entrada. Nessas condições, a taxa mensal de juros estaria sendo cobrada pela venda do carro é:
a. 2%
b. 3%
c. 4%
d. 5%
e. 6%

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82

130. Um automóvel usado é vendido à vista por R$ 30.000,00, mas pode ser
vendido a prazo em 12 prestações mensais iguais, vencendo a primeira um mês após a
compra. Sabendo-se que a taxa de juros do financiamento é de 2% a.m., qual o valor de cada
prestação?
a. R$ 2.785,20
b. R$ 2.836,70
c. R$ 2.875,30
d. R$ 2.929,00
e. R$ 2.957,20

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83

5 Amortização
131. Um empréstimo de R$ 50.000,00 deve ser devolvido em quatro prestações
semestrais à taxa de juros de 5% a.s., com juros pagos semestralmente. Obtenha a planilha
sabendo que as amortizações semestrais são iguais.

132. Um banco libera para uma empresa um crédito de R$ 120.000,00 para ser
devolvido pelo SAC em seis parcelas trimestrais. Obtenha a planilha, sabendo-se que a taxa
de juros é de 5% a.t.

133. Um empréstimo de R$ 40.000,00 deve ser devolvido pelo SAC em 40


prestações mensais. Sabendo-se que a taxa de juros é de 2% a.m., obtenha a amortização, os
juros, a prestação e o saldo devedor correspondentes ao 21º mês.

134. Um banco libera um crédito de R$ 60.000,00 a uma empresa, para pagamento


pelo Sistema Price em 20 trimestres, sendo a taxa de 6% a.t. Obtenha a planilha até o terceiro
trimestre.

135. O Sr. Pascoal comprou um apartamento cujo preço à vista era R$


700.000,00 pagando R$ 200.000,00 de entrada e financiou o restante em 180 meses pelo
Sistema Price à taxa de 1% a.m. Construa a planilha até o terceiro mês.

136. O senhor Moura recebeu um financiamento de R$ 500.000,00 para a compra de


uma casa, sendo adotado o Sistema Price à taxa de 1,5% a.m. para pagamento em 180 meses.
Qual o estado da dívida após o pagamento da 64ª prestação? (despreze os centavos)

137. Um empréstimo no valor de R$ 2.000.000,00 é concedido, à taxa de juros


compostos de 10% a.a., para ser reembolsado em cinco anos, por meio de prestações anuais, a
primeira vencível ao final do primeiro ano, pelo sistema SAC. A respeito, pede-se indicar o
valor da amortização contido na prestação paga ao final do 3º ano.
a. R$ 200.000,00
b. R$ 300.000,00
c. R$ 400.000,00

83 Professor Felipe Mota e-mail: prof.felipem@hotmail.com


84

d. R$ 500.000,00
e. R$ 600.000,00

138. (Banco do Brasil/2014) Uma empresa contraiu um financiamento para a


aquisição de um terreno junto a uma instituição financeira, no valor de dois milhões de reais,
a uma taxa de 10% a.a., para ser pago em 4 prestações anuais, sucessivas e postecipadas. A
partir da previsão de receitas, o diretor financeiro propôs o seguinte plano de amortização da
dívida:
139.
Ano 1 – Amortização de 10% do valor do empréstimo;
Ano 2 – Amortização de 20% do valor do empréstimo;
Ano 3 – Amortização de 30% do valor do empréstimo;
Ano 4 – Amortização de 40% do valor do empréstimo.

Considerando as informações apresentadas, os valores, em milhares de reais, das


prestações anuais, do primeiro ao quarto ano, são, respectivamente:
a. 700, 650, 600 e 500
b. 700, 600, 500 e 400
c. 200, 400, 600 e 800
d. 400, 560, 720 e 860
e. 400, 580, 740, 880

140. (TJCE CE/2014) O valor da quinta parcela de um empréstimo de R$


12.000,00 a ser pago pelo sistema de amortização constante (SAC), em 12 meses, e à taxa de
juros de 2% ao mês, é igual a:

a. R$ 1.180,00
b. R$ 1.160,00
c. R$ 1.134,72
d. R$ 1.240,00
e. R$ 1.000,00
84 Professor Felipe Mota e-mail: prof.felipem@hotmail.com
85

141. (PGE BA/2013) Um empréstimo no valor de R$ 150.000,00 foi concedido a


uma pessoa para adquirir um imóvel. Ela deverá quitar a correspondente dívida por meio de
60 prestações mensais e consecutivas, vencendo a primeira um mês após a data da concessão
do empréstimo. Sabe-se que deverá ser utilizado o sistema de amortização constante (SAC) e
o valor da última prestação será igual a R$ 2.560,00. O valor da 10a prestação apresentará um
valor igual a:
a. R$ 5.440,00
b. R$ 5.500,00
c. R$ 5.560,00
d. R$ 5.620,00
e. R$ 5.680,00

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86

6 Inflação
142. Em 1º de março de certo ano, o preço de um produto era R$ 60,00 e, em 1º de
dezembro desse mesmo ano, o preço era R$ 70,00. Qual o aumento percentual de preço?

143. Em janeiro, o preço médio de uma cesta básica era R$ 150,00 e, em fevereiro,
o preço médio era R$ 153,00. Qual a taxa de inflação de fevereiro?

144. Em janeiro, fevereiro e março de um certo ano, as taxas de inflação foram,


respectivamente, 1,6%; 0,76% e 0,92%. Qual a taxa acumulada de inflação no trimestre?

145. Suponha que, em quatro meses consecutivos, o preço de uma ação tenha caído
5% ao mês. Qual a taxa de queda acumulada no quadrimestre?

146. Se, em junho, o preço de uma ação subir 20% e, em julho do mesmo ano, cair
20%, qual será a taxa acumulada no bimestre?

147. Que taxa mensal de inflação (taxa constante) deverá vigorar em cada um dos
próximos cinco meses para que a taxa acumulada no período seja 4%?

148. Que taxa mensal de inflação (taxa constante) deverá vigorar em cada um dos
próximos 12 meses para que a taxa acumulada no período seja 8%?

149. Em março, abril e maio de um certo ano, uma carteira de ações desvalorizou-se
10%, 7% e 5%, respectivamente.
a. Qual a taxa de desvalorização acumulada no trimestre?
b. Que taxa de valorização deverá ocorrer em junho do mesmo ano para recuperar
a perda no trimestre?

150. A taxa de juros para aplicações em 60 dias em um banco é de 4,2% a.b. que
taxa real de juros recebe um aplicador nas seguintes hipóteses de inflação no período:
a. 3% b. 4% c. 5%

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87

151. A taxa anual de juros cobrada por uma loja é de 40% a.a. Qual a taxa real de
juros, se a taxa de inflação resultar em 15% no mesmo período?

152. Durvail aplicou um capital à taxa de 20% a. a. e, no mesmo período, a taxa de


inflação foi de 23%. Qual a taxa real de juros?

153. Um indivíduo aplicou R$ 20.000,00 por dois meses. No mesmo período, a taxa
de inflação foi de 1,8%. Qual o valor do resgate para que a taxa real no período seja nula?

154. Um banco deseja auferir 1% a.m. de taxa real de juros para empréstimos por
seis meses. Qual deverá ser a taxa de juros semestral, se a inflação esperada no período for de
8%?

155. Um investidor aplicou R$ 70.000,00 em uma carteira de ações que passou a


valer R$ 35.000,00 seis meses depois. No mesmo período, a taxa de inflação foi de 8%. Qual
sua taxa real de perda?

156. Uma dívida de R$ 40.000,00 deve ser atualizada monetariamente por dois
meses, às seguintes taxas mensais de correção: 2,1% e 1,7%. Qual o valor corrigido?

157. Um banco cobra, em empréstimos pessoais por um mês, a taxa real de 2% a.m.
Calcule a taxa efetiva que deverá cobrar em seus empréstimos se as taxas previstas de inflação
forem:
a. 0,4%
b. 0,8%
c. 1,5%

158. Sabendo que a taxa efetiva é 0,9% ao mês e que a taxa de inflação é 0,7% ao
mês, o valor da taxa real nesse mês é:
a. 0,1986%
b. 0,2136%
c. 0,1532%
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88

d. 0,4523%
e. 0,1642%

159. Um indivíduo comprou um terreno pagando uma pequena entrada mais três
prestações anuais de R$ 15.000,00 cada (essas prestações já embutem um juro real),
corrigidas monetariamente pelas taxas de indexação entre a data de compra e a data do
pagamento. Consideremos que as taxas de indexação sejam 10% no primeiro ano, 15% no
segundo e 20% no terceiro. Os valores das prestações corrigidas monetariamente são de:
a. R$ 16.600,00; R$ 18.450,00 e R$ 23.230,00
b. R$ 16.500,00; R$ 18.975,00 e R$ 22.770,00
c. R$ 16.500,00; R$ 18.234,00 e R$ 22.829,00
d. R$ 16.600,00; R$ 19.115,00 e R$ 23.450,00
e. R$ 16.500,00; R$ 19.023,00 e R$ 23.220,00

160. (LIQUIGÀS/2012) Uma empresa aplicou um capital de R$ 100.000,00 pelo


prazo de dois meses, ao final dos quais recebeu R$ 3.000,00 de juros. Considerando-se que a
inflação acumulada no período foi de 2%, pelo método de cálculo de juros compostos, pode-
se afirmar que a taxa de juros:
a. Real foi de 1% ao mês
b. Real foi de 0,98% no período
c. Nominal foi de 3% ao mês
d. Nominal foi de 1% no período
e. Nominal foi de 2% no período

161. (FCC/BB/Escriturário/2006) Um financiamento foi contratado, em uma


determinada data, consistindo de pagamentos a uma taxa de juros positiva e ainda corrigidos
pela taxa de inflação desde a data da realização do compromisso. O custo efetivo dessa
operação foi de 44%, e o custo real efetivo foi de 12,5%. Tem-se, então, que a taxa de
inflação acumulada no período foi de:
a. 16% d. 28%
b. 20% e. 30%
c. 24%
88 Professor Felipe Mota e-mail: prof.felipem@hotmail.com
89

GABARITO

1. (2, -2, 2, -2, 2) 24. (𝑛 = 7 𝑒 𝑚 = 5) ou


2. a) (4, 6, 8, 10, 12, ...) (𝑛 = −5 𝑒 𝑚 = −1)
b) 𝑎𝑛 = 2 ∙ (𝑛 + 1); 𝑛 ∈ 𝑁 ∗ 25. 42
3. a) −1179 26. a) 10
b) 2; 81º termo b) 2.046
4. a) Sim, 5º termo c) 1.023/1.024
b) Não 27. R$ 2.955,60
c) Não 28. 9 termos
d) Sim, 48° termo 29. 600 m
5. a) 23 30. R$ 1.200,00
b) 43 31. 10 g
c) 𝑎𝑛 = −37 + 4𝑛; 𝑛 ∈ 𝑁 ∗ 32. 17,5%
6. a) −84 33. 8 km
b) −232 34. a) 4,88 m
b) 10 ∙ (1 − 0,8𝑛 )
7. a) −10
b) 52 c) não
8. (20, 24, 28) ou (28, 24, 20) 35. Letra E
9. 38 minutos 36. Letra C
10. a) 102 37. Letra C
b) 414 38. Letra A
39. Letra C
11. a) 133
40. Letra A
b) 174
41. a) R$ 360,00
12. 560
b) R$8.640,00
13. a) 318
c) 4,17%
b) 92
d) 2,08% a.m.
14. a) 145,5
b) −190,8 42. a) R$ 403,20
b) R$ 11.596,80
15. a) 1.204
c) 3,48%
b) 16.384
d) 2,17% a.m.
16. a) 𝑎𝑛 = 2 ∙ 3𝑛−1
b) 𝑎𝑛 = 330−3𝑛 43. 85 dias aproximadamente
44. R$ 7.954,55
c) 𝑎𝑛 = (−2) ∙ (−4)𝑛−1
45. a) R$ 54.928,67
17. 152 metros
b) 29,23 dias
18. 54
c) 3,37% a.m.
19. 49, 56 e 64
46. Letra A
20. R$ 12.000,00
47. Letra A
21. 1, 4 e 16
48. Letra C
22. (𝑎 = 36 𝑒 𝑏 = 24) OU
49. Letra D
(𝑎 = 4 𝑒 𝑏 = 8)
50. Letra A
23. 14
89 Professor Felipe Mota e-mail: prof.felipem@hotmail.com
90

51. Letra B 88. R$ 71.049,63


52. Letra E 89. R$ 16.224,49
53. Letra B 90. R$ 16.715,57
54. Letra A 91. R$ 726.624,98
55. Letra C 92. R$ 1.024,00
56. Letra B 93. R$ 253.907,73
57. Letra B 94. R$ 133.055,91
58. Letra E 95. R$ 777,04 e R$ 1.554,09
59. Letra A 96. a) R$ 74.996,80
60. Letra C b) R$ 76.959,40
61. Letra A c) R$ 77.959,87
62. Letra D 97. Letra B
63. Letra E 98. Letra D
64. Letra C 99. Letra D
65. Letra C 100. Letra A
66. Letra D 101. Letra A
67. Letra C 102. Letra E
68. Letra D 103. Letra D
69. Letra D 104. Letra A
70. Letra E 105. Letra D
71. Letra A 106. Letra B
72. Letra A 107. Letra C
73. Letra B 108. Letra B
74. Letra E 109. Letra C
75. Letra C 110. Letra B
76. R$ 26.207,87 111. R$ 38.385,91
77. R$ 107.327,29 112. R$ 13.843,18
78. R$ 74.217,08 113. R$ 3.361,58
79. 7,04% a.m. 114. R$ 9.523,95
80. 2,06% a.m 115. 4,82% a.m.
81. 0,61% 116. R$ 11.090,32
82. a) 23,87% a.a. 117. R$ 645,55
b) 15,97% a.a. 118. R$ 1.110,60
c) 19,25% a.a. 119. 6,63% a.m.
d) 39,24% a.a. 120. R$ 3.519,95
83. a) 4,77% a.m. 121. R$ 3.941,94
b) 6,99% a.m. 122. R$ 91.322,52
c) 6,56% a.m. 123. R$ 427,20
d) 3,20% a.m. 124. R$ 7.023,91
84. 4,5% a.t. 125. R$ 15.024,95
85. 5,09% 126. R$ 4.041,48
86. 11,11% 127. R$ 1.461,82
87. 0,4776% 128. Letra D
129. Letra D
90 Professor Felipe Mota e-mail: prof.felipem@hotmail.com
91

130. Letra B 146. 0,79%


131. 147. 0,64%
132. 148. a) 20,49%
133. Juros: R$ 400,00; Amortização: b) 25,76%
R$ 1000,00; Prestação: R$ 149. a) 1,17% a.b.
1.400,00; Saldo Devedor: R$ b) 0,19% a.b.
19.000,00 c) -0,76% a.b.)
134. 150. 21,74% a.a.
135. 151. -2,44% a.a
136. Juros: R$ 6.642; Amortização: R$ 152. R$ 20.360,00
1.410; Prestação: R$ 8.052; Saldo 153. 14,64%
Devedor: R$ 441.370 154. 53,70% a.s.
137. Letra C 155. R$ 41.534,28
138. Letra E 156. a) 2,41% a.m.
139. Letra B b) 2,82% a.m.
140. Letra C c) 3,53% a.m.
141. 16,67% 157. Letra A
142. 2% 158. Letra B
143. 3,31% 159. Letra B
144. 18,55% 160. Letra D
145. −4%

91 Professor Felipe Mota e-mail: prof.felipem@hotmail.com

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