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Introdução
A Intel que ostenta mais de 80% no mercado de processadores está envolvida numa
polêmica que ainda não fazemos a mínima ideia da proporção que chegará. Nos tempos
atuais só de ouvir ou ler que alguma falha de segurança está presente em algum software
ou dispositivo já é motivo de alerta e de frustração, agora imagina que para a correção do
problema a performance desse dispositivo terá que ser reduzida; e como a falha é
extrementate grave a opção de não atualizar nem está em questão. Esse é resumo do
problema sobre uma falha grave de segurança que afeta as CPUs Intel lançadas nos
últimos 10 anos.
Embora o assunto ainda esteja meio no escuro em alguns pontos, já é possível esclarecer
alguns pontos desse problema que pode (e provavelmente vai) refletir no mercado de
CPUs. Elaboramos 5 perguntas e respostas sobre o tal problema. Vamos a eles!
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No ano passado, em novembro, a Intel também teve seus processadores (da 6ª, 7ª e 8ª,
geração) envolvidos com uma problema de segurança, que no caso afetava o Mecanismo
de Gerenciamento (da singla em inglês ME), responsável por gerenciar o processador
em determinadas funções. Com o problema o cibercriminoso poderia controlar
remotamente o computador, lançando códigos de foma remota.
No caso dessa nova falha, o problema é maior por dois motivos: o impacto que causa na
performance e o procedimento que deve ser adotado para que a brecha seja corrida.
Dessa vez a falha está relacionada diretamente com o sistema operacional e o seu kernel,
permitindo que o atacante tenha acesso a essa área e que consiga, por exemplo, consultar
as senhas dos usuários.
Com a falha abre precedentes para que aplicativos acessem espaços reservados da
memória, que daria acesso aos recursos da máquina, como no caso o acesso as senhas.
Outro ponto grave é que com a falha o cibercriminoso pode passar peloKASLR (Kernel
Address Space Layout Randomization), um dos mecanismos de proteção que a Intel
levou anos para implementar, e que tem a função de dificultar os ataques ao kernel, ao
atribuir de forma aleatória endereços virtuais aos processos do sistema operacional,
sempre que é reiniciado.
Além dos usuários finais, o perigo também ronda no mercado corporativo, de serviços em
nuvem como Amazon EC2, Google Compute Engine e Microsoft Azure, que já está em
manutenção e retornará no dia 10 de janeiro.
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A performance do processador é comprometida porque na correção do problema, que está
sendo produzida pelas empresas responsáveis pelos OS, o kernel não poderá ser
acessado por nenhum processo em execução, dando mais trabalho para o processador.
Essa pequena mudança causa uma grande mudança no desempenho final. A estimativa é
que haja uma queda entre 5% e 30% na performance, dependendo da situação.
O site Phoronix, já realizou alguns benchmarks com o Core i7-8700K (8ª geração) e
Core i7-6800K (6ª geração), e realmente há uma bela queda na performance em algumas
ferramentas de benchmarks. Confira abaixo: a barra roxa é o resultado antes do update e a
verde pós-update:
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Em jogos a performance permanceu praticamente a mesma:
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No caso da falha no Mecanismo de Gerenciamento, a Intel adotou o seu tradicional update
do microcodigo, porém na falha de agora isso não poderá ser utilizado, a correção
depende bem mais das empresas responsáveis pelos sistemas operacionais, e a correção
que deve ser aplicada causará um impacto negativo bem significativo na performance do
processador.
Em partes. Por enquanto somente o Linux já conta com uma correção para o problema.
A Intel ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, com explicações mais técnicas
e a lista colossal de processadores que são afetados. A Microsoft já está correndo contra
o tempo para proporcionar a solução, a previsão é que seja liberado na próxima terça-feira,
com o famoso "Patch Tuesday". A Apple vai pelo mesmo caminho e também
providenciará uma atualização para corrigir a falha.
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Embora Intel e AMD estejam mais próximas, já que serão lançados processadores da
linha Core com chip gráfico Radeon RX Vega, negócios são negócios, e a gigante de
Sunnyvale fez questão de ressaltar que seus processadores não sofrem com essa falha.
Segundo a Fortune, com a revelação desse problema as ações da AMD subiram 7,2%,
enquanto as da Intel caíram 3.8%.
No ano passado escrevi que a linha Ryzen da AMD era o retorno que o mercado
precisava , já que abre margem para uma concorrência mais ferrenha na corrida por
melhores preços e também uma alternativa à altura para que exemplos como esse
problema de agora possam ser levados em conta em quando se planeja fazer um upgrade
no PC!
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