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Sobre a Liberdade caprnn 4 doutrina mal denoring Bétiea”; 0 sim a Iiberdad rea ¢ 0s limites do poder mento exerea sobre i mas que hnfluenciap vérsias poltfeas da épne © na qual talves so recon ‘as mais remotas idades tess0 em que as porgy Péclo entrarain agora ‘condigses, e requer um mais profundo, A Inta entre a Liberd mais nitida earateriste ‘mente da histérin da Gr ditos, « 0 tee0_ eon govern, Tiber ma th Taramente exposta, e quasi nninca dleeatii te futuro. sta tio longe de ser nova qu sentido, tem dividide a humanidade 4 terra. “Nos velhos tempos, porem, esse debut travou entre os siditos, on algumes elasaes de ef ULO Tr Introdugao BF (sro dete Mein sto 6 « seams Ther O inte encnes ete 8 amide, her ada “da neeessidade filo- je eivil ou social: a nate ‘que a sociedad legitima. individu. Uma. questa profundamente a5 e ‘pela na presenga latente nheca a questie vital do mim eerto de, quasi, Mas no estigio de pro mais civiizadas sla es. A se apresenta sob novas ‘tratamento diferente ¢ dade © a Autoridade é a das partes da historia com que mais vedo nos familiarleamos, particntnn ia, de Ro ae da Tngla- rdade significava a pro- ania dos goveenantes politien (Os governantes eram concebidos (exorto em alguna PETC P PP eee eerecnneeoecceeocececonaana SSSSSSSSHSSOLLELEELELEDEEDE EEE DEES 2 JouN sruane ac, dios governos populares da Grécia) como muna posigso neceseaviamente antagdniea ao pore por ‘les governado. Consistiam ou numa tie pestis ‘que governava, ou muma tribu on easta governante, os quais derivavam a sua autoridade da heranca fu da eonguista, jamais a exerceram de acordo com a vontade dos governadas, © enja supremacia o& hhomens no se avonturavam — Lalver em 0 dese- jassem — contestar, fossem quais fossem as je ‘eangdes tomadas contra 0 seu exereicio opressivo. (0 poder deles era enearada como necessario, mas tembom como altamente perigaso — como’ uma arma que tontariam usar nfo menos eontra os gens sditos que contra os inimigos extornos, Para impedir que os membros mais fracos da comuni- Gade fossem pillados por inumeraveis abutres, fazia-so mister existiase um animal de press mais forte que os enearregados da guarda dos primeiras, Como, porem, 0 rel dos abutres nfo seria menos in- linado a pres no rebanho que algemna das hérpias rmenores, era indispensavel manterse mma per- pétua atitude de dofesa contra o seu bien @ as suas garras, A finalidade, pois, dos patriolas eonsis- tia em pir limites ao poder que ao governante ee {oleraria exereesse gobre a eomunidade. E esa mitagio era o que entendiam por liberdade, Iai tentada de duas maneiras. Primeiro, pela oblen- 0 do reeonhecimenta de esrias sminidades, e- hecidas por liberdades on direitos politien, eta infracio pelo governante ge considerava quebra do dever, tendovse por justificada, entio, wma resis- ‘incia eepecifien on ‘uma rebeliao geral. Um se- gundo expediente, geralmente posiation, eonsistia nio estabeleeimenia ie freios eonstitucionais, pelos quais o consentimento da eanunidade, ou de algutn sOsxe A naueRDAD 3 corpo que se supusha representar os interesses da ‘mesma, se tornava una eeligio necesstia para algans' dos mais importantes atos slo poder dom ane. Ao primeino desses mods de Tiitagioy 0 oder dominante foi, na maior dos paises da Europa, mais ou menos eompelido a se subrneter O mmesito nfo acontecen com o segundo. E eonse: gutlo — et quando 34 atingide am certo gran, Gonseguilo Toals completamente eonverteise, por toda a parte, no objetivo dos que amavamn a I hrrdade. "Bnquanto os homens seeontentassem enn combater win inimig por meio de outta, en Fer Sovernados por um senhor, com a condielo de ‘orem gavantidos mais ou menos eficazmente contra 4 sua opresefo, nfo Tevarian as aspiragies alem esse ponto, pm Um tempo chegon, eontudo, no progresso dos nogdcios bumnanos, em je os homens cessaramn de julear uma necesidade da natureza que seus go. Yernantes fosem win poder infepentente, de inte. reses opostor a cles. 'Parecetlhes muito melhor due os varios masistrades do Estado fossem man dlatariog ou delegados ses, revoeavels no seu alve> drio. ‘86 desea forma, pareci poderiam ter wma completa seguranga de que os poleres governaen {ais mio seriam objeto de abusos em sua desvanta- gem. Paulatinamente, essa_novaaspiragio de Eovarnantes eletivos temporstios se tormou Inatévia proeminente dos esforees do partido por paler, onde cate exstne,e invaidon, numa cons Aleravel extens, os passon preliminares para lin taro poder dos governantes, Como proseguisse & Inte por fazer o poder dirigente ematur da escola periodien dos governidos, algumas pessoas come: tram a pensar que se htvia dado une inportaneia a JOHN sruaRE acu, exeesiva&limitagéo do poder em st. to (podia sree) consti nm recurs contra goversenton Fas iran erase eas powo. ‘0 que se fara, agora, necesito a genes overnanten ee identifica coo pve eee Sinterese ea vontade dels fncem o ileseass a Yenlate da niet. "A'naeio nko earcls dese pec da iran dla sobre si esta Posen gone famente removivts por ea, ca nto poten we der ein confiars nm poder de tue pina Aitaria oxo a ser felt” poder cra 0 breve tier Yalves ie tentin, tarnou.se dom’ fina geratao do lberalising europea, ne seats ontinentat do qual ainda. aparentomeats peek. fina. -Aquelos que admiteny algun Hite Seen, ‘um govero lesitinn fan (ja govern legis hio'é extrannlingso plier Miniter pois See Thaztesexeerios entre ws ponsadores palitane ee tinentai. "Um tom anilogo de sentingnte polosey nessa époea, dominar no nosso people take eee Mas, em maria de teorlaspollcas e floss- Aetetis 'raguenas que 9 teueeee seultado d obervacios ‘Oceonetto de aes pes ppssava de um sonho, en do algo qu setts tr ea Lido em algun pesfodo remoto do paseadee Newt 71 al nogio neasat inne portubas foe are soume 4 amsanape 2% Zadies tempontrias como as da Revolugéo Francesa, 4s piores das quais foram obra de alguns usurpet dores, & que, em todo caso, diziam resprito, nae a ‘aco permanente de institnigges populares, mag © uma erupeto stibita e conve tismo mondrquieo « aristoerdtio ‘ude, uma reptbtiea democritiea ehegou atop ma grande porvio da superficie do globo ea fer sentir eomo um des mais poderosos membtos ds comunidades das nasoes. Evo. governo cletive responsavel tornou-se sujeito as observagiee 6 eritieas que acompanham qualquer grands fate gxistente, Percebia-se agora que frase tals come “self-government” e “o poder do pore sobre si pre, prio” nao exprimiam 0 verdadeiro estado de omen, © “povo” que exeree 0 poder nao é sempre 6 men, ‘mo povo sobre quem 0 poder & exereider # 0 tele. do “self-government” no 6 0 governo de cada quel n0, mas o de eada qual por todo o resto, lemais, a vontade do,povo signitica praticamen tea vontade da mais mimerosa e ative parte doce vo. c= que logram éxito cua be iF como maloria. O povo, eonse. ‘quentemente, pode desejar oprimiz uma parte de si csuio, ¢ preeangées.sfo fia nucessirias conta ie uanto contra qualquer outro abusa-de-padir A Hmitaeio, pois, do poder do governo sobee os indi. Yiduos nada perde da sua importincin quando no dletentores do poder s2o regularuiente responeaven, f° Berante a comunidade — isto 6 perante 0 parte do mais forte no seio desta. ‘Tal visio das coisas [que se recomenda tanto & inteligeneia dos pened, Tes como A inelinagéo daquelas importantes exe ses da sociedad europdia a eujos interesses, watson Supostos, a demoeracia tum sido desfavoravel, nao CVIITCC Cr rrrecrrerrrrrerrerescoccrceec SN Jou sroae amt an tido dificudade em se estabelecer. Hf, su sspeculagies polities, *tirania.do maior nin fase includ vie, geralmente, entre ox ales ‘oe quais a socedate se deve teszuandar. Como ontras iranis, trania do maior» rere foi,» prinsipio, © eindn 6 valgarments,en- fara com terror, prinsipelmente quando pera por intemnio dos ator das autonidades pleas. Sas pessoas refletidas pereeberam qu, no eas0 do tera pripria sociedade o tiano —-a soeedade oo. Istivamente ante os infividuos separados que fompom ~~ seus processos de train nto see feingom sow etow pratieveis plas mos de seus Fanconariosyoliticos A-zaiedade pode exeeuar-¢ txceutacs proprios mandatos;¢, ee ea expeds an Alajos.srrnecs_a0-envés de certo ow mandates ‘elatvos acasts nas qunie nia deve intromtr- Dratica uma Grania soe! mais ervivel que mtas Tomas de apressio politin, desde que, embora no apotuda ordimrianents nes meses’ penalidades xtreme que estagitiman, deiza entretante, mae nos mos de fagm que elas, penetrando nuit minis Drofundamente nas parieuariiades da vida, © Gravizando ® propria alma. A protec, porknto, contra a tania do magistradn nao basta. Tryon” in ainda o amparo contra a firnia da opin © do sentimento dominantes: conten a tendencia da tociedale pars impor, por outros meiosalem das Dennis ct, as pris ideas e prtiens como Fograr de condata, agueles que des. diverge para refzeare, se possve, prevenir a formagao de Gnalquer individualidade tm desharmona conn os feus rumns, © compel todos os caracteres 0:0 Dlasmarem sobre o modelo dela propria. ld um sOnnE A tpEDADE a Tinite a logitima inferfertneia da opinigo eoletiva com & independéncia individual. achar exe I Inite,¢ maniélo contra ay usurpagies, 6 indispen: savel tanto a uzna boa coniigao dos negdci hima: ‘os como h protesao eontra o despotismo politcn ‘Mas, apesar da improbabitidade de se eontes- tar, em lene, ena proposgio, a questio préticn do nie oloear ese linite = como fazer’ juste mento propio entre ingen Sav ful ¢ o controle social, € matétia ua qual quasi naa est fila, "Todo que fas aexistendn vaioea A algiem esta na dependéncin da forge das reste es 4 atvidado ale, Aguas regras do eon- duta, pois, devem ser impostas, pela Tel em pri ‘elma plaina,e depois pela opinito quanto a mul tas colss Ianduada replant" eal ais devam ser essa Teghas € o principal proble- zn noe negécios hmanos, May st. exeeluamos alguns poueos easos de mator evidéneia, € um dos {que menos progresses apresentan no eneamiaha- Iento de sia solugio, "Nio hé daas Sporn, ¢ Fcilmente haverk dois paises, que 0 tenham re. solvido de mancia igual aolucdo dona Spo- fa on pas espanta outa poca ot pa. Ko pov de uma Spora dada ov de win dado pais noe pelta da existéncia de nenhuma difieuldade no as- ‘unto, como se 2e tratagse de matéria sobre a qual ‘8 homens sempre tivessem estado de aeordo. As rregras em uso no sen meio parecem-the evidentes fe justificaveis par si mesma. Essa dlusio quasi universal 6 um dos exemplos da infloéneia még ea do costume, o qual nio & somente, como diz 0 provérbio, uma segunda natureza, mas ainda continuaments tomado pela primeira natureza, 0 28 Sows srvane orm. feito do costume, de evitar qualquer vida sobre as regras de eonduta que os homens impéem & ati. Vidade alheia, 6 0 mais eompleto possivel por coms tituir assunto no qual, geralmente, mao se con sidera necessirio apresentar razies, “quer 208 outros, quer a si mesmo. O poyo esti aeactumte do a.crer — e foi eneorajado nessa engnea. por al guns_aspirantes 4 qualidade de fildsofos —- que sens sentimentos em assuntos desea natureaa, Tem mais que ravdes, © que & dispeusavel-dar aries. 0 prineipia “pratico que ot conduz opinives sobre a regulamentagia da eonduta,bn- mand_é o sentimenio existonte na_alma de cada ‘pessoa, de que (odos seriam soliitados w agit camo sla, ede que agueles com quem. cla simpatiza, prefeririam, a0 agirem, lais opinides. Ningew nua verdad, reconhece no intimo que 0 seu crite, rio de julgamento é a sua preferéncia. Katee tanto, wina opinio em materia de eanduta que nao se aliverga em razdes, 96 pode ser fida eoito uma preferéncia pessoal. “Ese as razies, porventira Gadas, constituem um mero apelo a preferéneia anéloga sentida por ontras pessoas, trata-se ain: da tio somente de profertntia de muitos a0 en vés de preferéncia de um 36. Para tm hemem eo ‘mom, todavia, sua propria preferéneia, assim fan damentada, 6 nio apenas tna rave’ eabalimente satisfatéria, mas ainda a finiea que, em resra, ele admite para quaisquer de suas nocdes de mora Tidade, gosto decoro, que nio estejam expressa ‘mente’ consignadas no seu eredo religiosn. H onistitue, ademais, seu prinefpal guia na inter pretacio este, “Nossa oonformidade, as opini os homens sobre 0 louvavel © 0 reprovavel aio ‘afetadas por todas as miftiplas eausas que infla Sime A amenape 29 endian ov sous doejos relatives &condata alta, enusas tio aumernias como as que deta ausisquer outros desejos seus, Algunss, matt sus rato “en outro tempos of feus precreea fos, ou snpertigins, mullas vere seus Rfseg a siai, nfo poueas vers os antiaosais a inepa nd © chume, a rvogincia on 0 argu, peter me mumento uy deseos oa tomores epee ae gins ou etnies intreses propin, Oude aja un classe dominant, uma grende parte ae rmoradae nacional emana’ dos seus interes te elas © dow sous sentnnntos de superioriats o g Slasse. As rlagdes de moralidade entre esters [Fs ators © mero inp ly nobret «lds, homens e mulheres foray, oe FA maior parte, cisgiodeases sentiments sincere ses do clase. To senkimentos asim re oe agen sobre os seatimentos moras da cna ot ante mas suas rlagies interans, Qumaido dese Jad, uma lasse formalmente davsnants enh e asendéncia, ou quando essa ascendenca & ieege Pula, os sentinentos morals que prevaleeen Zom tin eunho de impaciente avenaond ener dade, "Outro grande prnupio dleiinan tes egras de contula,potitiva on negating mts pela lel on pela opinti,€0 servi des herrses para com as eupostas proterenclas on arenes foe seus senhorestemporay ou dos seus devses Eeee servilsno, ainda que esencaimente egoiia, ke iperisin, “Di oxigem sentiments peel mente genninos de Gio. Levou i fogubee ey om © herioo. Ban meio a tantat Tnfloe, 2enos importants, os interewes gee 7 sociede rpresenatam un papel tir eons e dbvios da OWI KK CECE recrceeeececeecnnn...... | BELSHSEESESELELEELELLLELE LODE EdEKESD 30 Jouy sreaxe sat papel — na direglo dos sentimentos morais. Me- nos, todavia, sob um aspecto racional, e por sua prépria conta, do que sob a forma de simpatins ot fntipatias que deles brotam, E simpatias on an tipatias que poueo ou nada teem a ver eom (ait interesses ce fizeram sentir com igual forga no ee faheleeimento de regras moras, ‘As proferfincins ¢ aversis da soviedade, ou de alguna poderosa parte dela, eonstituem, assim, a principal determinante das mormas estatwidas para observineia geral, sob as ponafidades da lei ou da opinio, TE aqueles que se adiamtaram, nos seus ppensamentos e sentimentos, sobre a soeiodade, em regra nio se ergueram contra essa condigio das coisas em prineipio, por mais que se tenham posto fem conflito com ela’em algnmas das suas minticias. Preoeuparam-se mais em indagar que coisas & 80° tiedade devia estimar ou shorrever, do-que em in= guirir ce as preferéneias ou avonsdes dela deviam ‘eonstituir lei para os individuos. Preferiram ten- tar a transformagio des. sentimentos humanos ‘quanto is partienlaridades nas quais eles préprios ‘giam como herétivas, a fayer causa eomum, em defesa da liberdade, eom os heréticos em geral. O ‘inien caso em que o mai alto haluarte foi com quistado deste 6 prinefpio, © wantido com solider, no apenas por um on outro individuo aqui e ali, foi o da crenca religiosa. Caso instrutivo sob mui tos aspectos, dos qnais nio € 9 menos importante 0 de oferecer um admizavel exemplo da falibilidn- de do chamado senso moral, Pris o “evdium theo- Togieum”, num devote sineero, & um dos mais inv ‘quivoeos easos do sentimento moral. Os que pi reciro quobraram © jugo da quo #6 dizin Tgreja 00m 4 LimeADn st Univers, incinavam-se, em reer, 40 pouco a pernitn divertor de pis relia orn fquela mesma Igreja, Quand, entretano, ome nalquer das pares, e eadaigeej ou eta se acon Fodhisida a tinitar suas experangas 2 prose do tore eno Ji por ela eespade te oras, verfieando die nao tinhom prodabilidade de passer a tater, fe viram na neewsidade do plete permissin para diversi, jnto aqusles quo nao tinh psd eon, verter. Bessa maneir, foi quas Lio somente ness fe campo de lula quo og direitbs do indie fontra a soefedade se assentaram em larges basen Ae prinspi e que a pretend desta de exencer futaridade sobre os disidentes ro vin abertamer te disentida. Os grandes eseritorey a que'o mun do deve o que posse de liberdadoroligioen, afi fontas tos otto do aa erenca religion. "oda. vi é tio natural na humanidade a intoleranein ho que quer que realmente yreocupe, que alters dato relsiosn tem sido, por tola a part, atic. ent rand pie, exe oe a Indie era rligio, que detsta ter sia paz perturba. dn por dispnins teolgten, Tasco o sew peso 0 Yeadon,” No eps de gos oda tes, o-devor da tolermncia €-abinitido com titlas tna; outra pode tlerar qualquer um, desde que nfo sevtrale de papista ou tnildioy nia tereera ad m2 Sons sruanr saz, mitiné os que ereiam numa verdade reveladas al- ‘guns poueos estendem sua benevoléneia alern, mas param na erenga em um Deas e numa vida futur, Onde quer que o sentimento da maioria seja ainda gonuino e intense, verifien-se que poueo renunciow a pretensio a ser obedecido, Na Inglaterra, por eiremistincias peculianes & nossa historia politia, enquanto 0 jugo da opiniio talves seja mais pesado, o da lei & mais leve, do ‘que em muitos outros paises da Europa, hi consideravel hostilidade & interferéneia dineta do poder legislativo ou exeentivo na conduta privada. tanto em virtude de uma justa preoenpacia pela independéncia individual, quanto por forea do ‘habito, ainda subsistente, de enearar 0 governo e- ‘mo representante de inn interesse oposto ao publi- co. A mnioria ainda nio aprenden a sentir 0 poo der governamental eomo o sen priprio poder, ott as opiniées governamentais eome as suas préprias opinides. Quando assim se der, a liberdade indivi dual s¢ verd provavelmente to exposta as incu: ies do governo, como hoje ainda se ve as da opi nitio péblica. or enquanto, porem, hi uma. ean sideravel soma de sentimento pronto a se mobilizar contra toda tentativa da lei de controlar os ind viduos naquilo ein que até aqui no estavam aeos- ftumados a ser controlades por ela, —H isso. quasi distinguir se se trata de assunto pertinente & Tegitima esfera do controle da lei, on nfo, de 10 ‘do que o sentimento, altamente salutar em gers fem tanto fundamento nos easns préprios de sua aplicagio, quanto 6 muitas vezes desviado destes. ‘Nao existe, de fato, um prineipio aceito pelo qual propriedade ou impropriedade da interferéncia, sun A mpexnanie rermamental seja babtualmente julgad. 0 po- fo decide por prefenincing pessois. Agus ne Qe, vendo um hem ase fazer ou tun tal a se fontgir, dnstigeriam, eapontancamente, © £over. no a empreender a tarefas eniuanto outros quest preferem arrstar qualguer soma de perigo social ft eeveentar mais una as csferas de intergses focinissujetas ao controle goversamental.¥ os homens ee colocan, noe cape coneretrs uth ot doutro lado, eonforme es divegdo geral dos seus Sentimentos, ou segundo o gran de interene que fentem pela ena yartcalar que se propo. sat “fetta polo govemo, once noord com aerenga por tes mitra we que o govern a far, on ni, te forma por eles preferda, Mas muito rammente na conformidade de uma opiniao suidamente ‘aceita,erlativa ao que constitu 0 objeto aque. do de atividade governemental. ® parece-sne que, no presnte, em viride deen falta do uma resea ou principio, um Tado erra tanto quanto o onto, Ainterferencia do governo é ecnn frenuénea apro- Zimadamente igual, improprianente.invorada 6 mpropriamente eondenaa, 0 objeto deste Bnanio & defender como ind ado para orientar de forma abelian ns interven fies da soriedade uo individual um. principio mito simples, quer para 0 easo do ueo da force Fisica sb a forma de penalidads lain quer para 0 da cnergio maral da opiniao plea, Cansisie fsco-arinsipto em que a nien Finlidade.justifi fativa. dt Interferéneta dos bonny, individual © Coletivamente, na Hberdade de agio de outrem, & 2 auteprotegee. 0 tinien propo como. qual Se lgitina o exerecio do poler sabre algun nim a Dee ee H SHS SH SHES EHS HSS SSHEHDEEEELES 3 Jou sruanr ant bro de uma eommidade eivilizada contra a sua ‘vontaule, éimpedir dano a outrem. O proprio bm do individuo, Soja material soja moral, ni eonsti- {tue justificagio suficiente, Q individuo pi yale Jegilimamente ser compelido a fazer on deixar dle fazer alguma coisa, porque tal sejamolhor para ‘le, porque tal ¢ faga mais feliz, porque na-gpiniio des outros tal soja sf $0 boas aries yara o adnioestar, para eom ele disentir, para o persuadir, para o seonselbar, mas no para ‘0 coagir, ou pare ihe infligir wn mal caso aja de outra forma. Para justificar a eoagio on pent Tidado, faze mister que a conduta de que se quer desvig-lo, teuha em mira eausar dano a outrem, ‘A iiniea parte da conduta por quo alguem respon- de perante a sociedade, 6 a que concerne aos outros. Na parte que diz respeito unicamente a tle proprio, a sua independéneia & de direito, ab- soluta, Sobre ei mesmo, sobre o seu préprio eor- po € eepirilo, o Individuo 6 soberano, ‘Talver seja quaat desnccessdrio dizer que essa Aoutrina prelende apliearse somente aoa sores Jmmanos de faculdades maduras. Nao nos refer! mos a eriangas ow a jovens absixo da idade fixada pela Jei pars a emaneipagio masealina ou feminina. Aqueles enja eondigso requer ainla a assistincia alleia, devem ser protegidos contra as suas prd- prias ‘aeies da_mesma forma que coutra as in ring alheias, Pelo mesmo motivo, patemas dei Zar fora do consideragio aqueles estulos sociais atrasados nos quais o priprio grupo pode ser tide fom ainda na minoridade, Sio tio grandes as Aificuldades que eodo surgem na via do progresso fespontineo, que Faramente se tem a possibilidade sum A tumEKDADR 35 de edcolher os meins para superé-las. um go- vernante animado do espirito de aperfeigoamen- tn é justificado de usar quaisquer expedientes para atingir um fim talver de outra maneira inatingi- » vel. O despotismo 6 um modo legitimo de gover- no quando se lida com birbaros, wma ve que se vise 0 aperieigonmento destes, eos meios £0 jus- {ifiquem pela sna efieiéneia atual na abtongio des se resultado, principio da liberdade no tem ‘aplicagio a qualquer estado de eoisas anterior a0 tempo em que a hmanidade se tornou eapar de se nutrir da diseussio livre e igual. Até tal momen- to 26 Ihe eabe a obediéncia coga a um Akbar ow umn Carlos Magno, se teve a fortuna de o encon- trar. Desde o instante, todavia, em que os ho- ‘mens atingiran a eapacidade de se orientarem para o proprio aperfeigoamento pela eonviegto ow pela persuasio (instante j& hf bastante tompo al- feaneaido em todas as nagies com quo precisamos preoenpar-nos aqui), a eaagio, quer na forma di- rela, quer na de eastigos ou penalidades por re- Deldia, passon a ser inadmissivel como método de eonseengio do préprio bem individual, sendo jus- {ifieavel apenas quando tem em mira & seguranca alle, Convem firme eu que renuncio a qualquer ‘vantagem advinds para a minha argumentagio da jdéia de direito abstrato, como algo independente a utilidade. Iu enearo a utilidade como a ti- tima instincia em todas as questies étieas, mas a ufilidade mo seu mais largo sentido, a uiilidade Daseada nos interesses permanentes do home ‘como sor progressive. Hsses intaresses, sustento, autorizam a sujeigio da espontaneidade individual 36 JOHN srvane wm a controle exterior somente quanto Aquelas aces de eada um que concernem ao interesse alhein, Se alguem pratioa um ato lesivo a oulrem, 6 e3 6, “prima facie”, um caso para punto, pela lei ‘on, onde penabidades Iegais nso sejam seyiramen: te aplieaveis, pela reprovagio geral..Pxistem tam bem muitos atos positives em benefieio alhelo que © individuo pode logitimamente ser compelido a praticar — t's como depor mum tribnnal, supor- tar a sua parte razoevel na defesa comunn, ot em qualquer dutzo trabalho coletivo necessirio a0 ine toresso da soviedade enja proterio goza; © exeen tar cortas atos de benefietneis individual, tis como salvar a vida de um semelbante, on inte vir para proteger o indefeso contra ¢ abuso — coisas essas que, sempre que o,dever de um homem seja patontemento favé-las, pode ele legitimamen te! sor responsabilizado perante a sociedade por io fazer. Uma pessoa pode eausar dano a ovtra, iio apenas pelas suas apes, mas ainda pela sua jnagio, e em ambos 03 eatos ¢ justo responda para com a otra pela injaria, O segundo easo, & ver- dade, requer- um exereicio muito mais cauteloso da onacio que o primeiro. Responsabilizar slyuem. por lesar outrem, & a regra; responsebilizéclo por ufo impedir a lesio 6, comparativamente falan- do, a excecio. Hi, eontado, muitos easos de ela- reia e gravidade suficientes para justifiear essa exeeqio, ‘Tim tudo que dig sespeito as relagdes externas do individuo, este 6, “de jure", respon savel para com aqueles enjos inferesses so inguie- tados, e so necessirio, yerante a sociedade na qualidade de protetora’destes. Existem frequen ‘emunte boas raudes para mio 9 chamar & respon sam A sapmpane a sabilidade. Mas elas devem originar-se das con ‘yeuiéneias espeeffieas do easn: on porque 0 aso 6 daqueles ein que o individuo deixado & sun pro pria diseriedo age melhor do que eontrolado de al- , uma manciza pelo poder da sociedade, on por- ‘que a teniativa de exereieio do eontrole prodwai- ria danos maiores que 08 que se deseja prevenir. Quando arses tais impedem a responsabilizaca ‘a conciéneia do proprio autor deveria substituir. se ao julgamento ausente e amparar os interessea alheios desprovides de protegao externa, senten- ciando 0 mais rigidamente possivel por isso mes mo que 0 caso nio tolera a responsabilidade ante ‘9 julgamento dos semelhantes, ‘Hi, porem, uma esfera de agio na. qual a so: ciedade, enquanto distinta do individao, se alum intoresse tem, tem-no unicamente indireto — w 6 1 que compreende toda essa parte da vida e da eonduta de uma pessoa que afeta apenas a ela, ot, se tambem aos outros, somento com o livre, vo" Jantirio e eselarecido consentimento desses otros. Quando digo — “apenas a ela", quero dizer direlamente © em primeira insiineia, pois 0 que quer que seja que afete uma pessoa, pode afe- far of oulros através dela, Ea objeqdo que se pole fundar nessa contingéncia, sera apreeiada Gopois. ‘Pal esfera é a esfera.adequada da liber digile humana. Ela abrange, primeiro, o-demtaio fntimo da conciéncia, exigindo Iiherdade de con eidnela no mais compreensivo sentido, liberdads do pensar e de sentir, liberdade absohiia de opi- nilo ede sentimento sobre quaisquer.assuntos, ‘nitieos, on especulativos, eientifieos, morais ox feolégieas. A Tiherdade de exprimir -publicar PULITCLLTLUTTETAULTEL ECU w(treeese: 38 sony stuane acm, opinides pode parecer que eat sob um principio di- erento, uma ver que pertence Aquels parte da fonduta individual que concerne as ontras pessoas. Mas, sendo quasi de tanta inportiveia como a propria liberdade de pensamenta, e repowsando, tm grande parle, sore as mesmas raze, € praca. fenteinseparavel cla, Ein seu lugans a prin- tipio requct a Uherdade de gosto ©.de-ocupasies; de-dispor plano. de-nosea ida pata segaimmos ‘nosso préprio-eatuter; de agir como, preferizm, ‘ijeltos as contequdnelas que postam resullar; fem impediamento da_paria-dos.nosios someliantes enquanto 0 que Tazenos ni ce prejudice, ainda aque eonsiderem a nossa conduta Todea, perveren fou errada, Eu eresire lugar, dessa liherdade-de ada individuo seguese a. Mberdade, dentzo_dos Imesmos limites, de associagio entre o2 individ, Therdade de se unirem para qualquer propésita que Ino envatva daoo, siposto que as peseons asccio- das sejam emaneipadas, © nfo lenlam sido cons- ‘eangldae sem tludida ‘Nenu. sosiedade 6 livre qualqver que asia a sua fortia de govern, s0.nela nio se reepeita, nu gera, ssa liberdades.-.E-nonbuma soeiedade. completamente livre se nela sans Iiberdades 0 orem absolutas e sem resurvaa A nica liba dade que merece 0 nome, @ de procurar 0 prb- prio bem pelo método proprio, enquanto nfo ten- Tinos destposear os outros da que € ee ou Sinpe- dir seus esforgos para obié-o, Cada qual € 0 guRe- digo conveniente de propria sane, quer corporal, aquer mental e expiritual, Os homens teers mais f gular suportando que os outros vivam como sOome a, nmenpape 39 pen thes parceo do que os abrigando a viver como em pote a0 Testo. Bubora essa doutrine no seja nova, © para guna osons tenha var de om axiom, ite douteina mais dietamente oposta & tend Ge goral da opiniao « da pritica correntes. A Seiad expendew amplanente tanto esforgo a Tetatva(ernfome aay sep de sa) de ‘Shnpeliro poco a se adaptar fe suas wogies de e=- TaERst Seba quanto ae de exceleneinsorial. AS Soplieas atgus julgaram-se aotorizadas @ prae Tin eos antigos fildsfos apoiaram, a reeula- Montagne todos oe aspecton x condita peivada > pala autoridade pie, com » flnamento de que Wfntado tem profundo interest em toda a dls- Ciplina corpdren ¢ mental de cada wm dos us Giladtos. ase modo de pensar te podia amitir fin poquenas repiblieas rodeadas de iimigos por Genel, em perigo constants de se verem subyer~ fhine por um atague extemo on ta eomosio fa- testi, Ademais, para las, um curt intervalo de relxamonto de energie de nuto-comando por fia sor to faciimente fatal qe na0 Thes era pos five eperar pelo salatares efits pormamentes {n'lertade. No mundo mederno, © maior tare tho das eemmnidades pliieas eae ae tudo, Aucporacio entre n autoridadeespiitual ea tem joch (que colooon a diregio dar coneléneias en Inaos diferentes das quo controlam os nexéeios tmundanos), muito ebsiaram urea interferénin da Ietnas perielaridndes da vide privada. Os Canlsmoe da repress moral fem ido, porem ma- fejados contra a divengincia da opinido dominan- {clans matérino pesoate com tain tenaddade que 40 youn srvase aes, as malévias sociis. ‘Tanto mais que tits poderoso dos clemnntos forages oe oo moral, tem sido, quasi sempre, gove mada, fontrolar todos og aspects da confta heme Plo espiito puritan. H alguns doe sofort Iodertos qué so ealoaran em male fen eee 0s relies do pasado, nao Four see des gros on setas na atirmativa do ditto ty Ie cio cxpinitual.” Partiylamenie: Cony or ane de Politique Pustine via eolalatens eae ‘que preferindo om meioe morass aoe potisme da soriedade eobye teak fespassa, qualquer esa sontada nn ileal saint €2 do mais rigido puritano entre os fildaotle an tigos. Apart os dogmas pecuiars e pensadores iso linatio eesente «extender deviate ders sais sobre ondividuae ele ate de Bo e pela forge da ih 1, tonto a tnaheg ae todas as transformation ue se etsn sears mundo, 6 forinlcr 4 loa « tinker re der do individu can usurparso © § ‘Ho energeamento sustenale, por signe aes telhores ¢tambem dos piore setinonte nage? ‘ations na nature huts, que ques ea nee contem a af mama, a nfo se por $e 0mm A sapEKDADE a E, como este nfo esti declinando, ¢ sim ascenden- do, a menos que uma forte barreira de eonviceers ‘morais se Tevante ¢ontra 0 mal, 0 que devones aguardar, nas preseutes eireunstineias do munilo, 4 volo cxescer, - Convem a argumentacio que, ao envés de entrarmos de uma vez, na lese geral, nos conti 208 no primeiro momenta, «um aspesto soled, 0 qual o prinefpio por nés posto & rveonhesito, senso inteiramente, pelo menos até certo ponto, pela opt. niges cormentes. Esse aspecto & a liberdaule de pen samento, da qual sio inseparaveis as Uberdades ognatas, de falar ¢ escrever. Embora eseas liber: dades, numa porséo consideravel, fazam parte da moralidade politiea de todos os paises que profes: ‘sam tolerincia religinsa e instituigdes livres, os fan amentos, tanto o filos6fieo coma 0 pritie, sobre ue elas repotisam, talvex nfo sejam familisres aa ¢spirito geral, nem apresiados por muita gente, met. ‘mo lideres da opinido, na medida em que se podia esperar. Taig fundamentos, quando. entendidos com justezs, sdo aplieaveis muito alem de wma tie a divisio do assunto, © uma eompleta considera gio dessa parte do problema constituird a melhor introducio ao resto. Espero, pois, que aqueles pare quem nada do que vou dizer ter novo, me perdoem se me aventuro em mais uma discus ‘yum assunto tantas vezss diseutido nos iltimos tr séevles, CAVA ERE e ee earereeresessEcoEwes PVSSHSSSSSHSSSoseyyyyyvevesvyvssdvse CAPITULO 1 Da liberdade de pensamento e discussio FR? Ae so esperar tena ehegnto o tempo em que no so faz neceasiia defen alguna da Si ierdade de inprenss como tna das grantag contra os governcetirtitesecorruptan, Paterno spor aeja dspensavel qualquer angamento entra a permizoto de uma lgislatura ou um exceativo de interesea nao identifies eam os do, Pov prescrver opines a esto edelerminar que dete Zs ot que argumenton ibe sera eoncdido ouvir ‘Aaemate, este anpecto do problema fol objeto de iantan eto trunfantes demonstrates a parte dos exrtors prcnentes qe a nao cares Stree nea. Libra lei gles sabre mpret fa 2cja ao serv] hoje om. da come o era no tome Do don Tutors & pequenoo pergo dcr ele ata Inento ulzada contra a disussdo politi, salvo ‘edo da nsurrloio leva ministros e uses & pera Ao deeoro (1). By falando de mancita geal a Ona A Lumexpape a 6. se tee, ps conatctona eo a emma, quoreeja plenamente responsavel ante © por tor quet ni, ene controlar eon frequnela. 4 ex. presto do pensament, salvo sey assim faze, ele ‘ge como orgao da infoletinein geral do piblica, Shyontiamos, pois, qe 0 goveruo exteja eo inteira larmonia ou! 0 povo, e humen pense em exercer Aualquer poder enereltivo seni We arordo eon 9 fe Ihe parece a vor dest. Eu nego, porem, 0 di- Felt do povo de exercer esaa coord, por sl mes- Inv on pelo seu governo, ‘Tal poder € iegitimo em Hi Ounelbor goveruo no tm a ele titulo supazioe 430 do plor. to nocivo, ou aluda mals nocivo, ‘quando exercido de aeordd com a opinifo publics, do que em oposigio aela, Se todos os homens me- Tier pnd mone 2 9 a “4 ‘nos um fossem de eerta opinio, eum tinieo da opi- niido eontréria, a humanidade nao teria mais drei to.a impor silincio a esse um, do que ele a fazer cas lar a humanidade, se tivesse esse poder. Fosse ‘uma opinigo um bem pessoal sem valor exceto para © dono; se ser impedio no gozo desse bem consti: tuisse simplesmente uma injiria privada, fara di- ferenca que o dano fosse infligido a poucos om a muitos. Mas o mal especifico de impedir a pressio de uma opinido esld em que se rouba ag ano; a posteridade tanto quanto as gota cies presentes; aqueles que diseentem da opiuian ‘nda mais que os que a sustentam, Se a opinita Gerla, aquele foi privado da oportumidade de tro ear 0 erro pela verdade; eonstitue um bem de qua 2 cepeio mais elara ¢ a impressio mais viva da ver ade, produzidas pela sua eolisdo com o erro, B necessitio eonsiderar separadamente essos uss hipdteses,-a cada ume das quais eorresponde tum ramo distinto da argumentacio, Nuten pode ts estar seguros de que-s opiniao que ptoeurknos sanfocar, seja falea; e, se estivéssemos segures, focicla seria ainda uta mal Primeiramente, a opinio que ge tenta supri- rir por meio da antoridade talvez soja verdadetea, Os que desejam suprimi-ia negum, sem divide, sua verdade, mas eles nfo si0 infaliveis, Nio teem antoridade para decidir a questio por tals 8 homanidade, nem para exeluir os outros das instincias do julgamento, Negar ouvido a ums ‘opiniao porqud ee esteja certo de que é falea, ¢ presumir que a prépria eerteza seja'0 mesino que certema absolute, Inpor silénelo a uma diseussio * pais ou a ana época,” Ia sua fé na autoridade eo sOmt5 A umexpane 45 G sempre arrogar-se infalibilidade, Pode-te deixar que a condenagio dessa atitude repouse sabre care argumento vulgar, nio 9 pior por ser vulgar Infelizmente para o hom senso do género hu: ‘mano, 0 fato da sua falihilidade est longe de ter no Juizo pritivo dos homens © peso que sempre se Ihe foneede em teoria. Pois que, embora ead um sa tba bem, no seu fntimo, que 6 falivel, poucos achara necessitio tomar qualsquer procaulgbes contra a propria falibilidade, ow admitir que alguma opi. -ifo de que estejani certos, possa ser um exemplar do erro a que s9 reconhecem expostos. "Os prince! pes absolutos, ow outras pessoas aeostumadas «ita deferéncia sem limites, sentem, em regra, esta completa confianca em éuas opinides, em gust 40. dos os assuntos. Pessoat melhor ealocadas para verem & mnatéra, pessoas que algumnas vezes toem ‘8 suas opinives diseutidas, mas que no estio in. teiramente deshabituadas & e6 verem atribuir ny io quando se acham no erro, eonfiam da mesma forma ilimitada naquelas de suas opinides que so parlilhadas por todos ao sew redor, ou por toes ‘que habitnalmente prestam deferéneia. “Tss0 por que unt homer deseansa, om negra, com teita enn fianga, na proporgdo da falta desta no prdprio juin 20 isolado, na infalbilidade do “aaundo” em poral Bo mundo, para eada individuo, eignifien aqnela parte do mundo com a qual fem mantido contacto — sen partido, a sua igreja, a sun seita, a sua elas. se social. Quasi se pode ebamar, anslogieamente, de Tiberal ou do espirito largo Aquele para quem 0 nudo rignifica algo tio compreensivo coma 0 3 CLULECOCUCULLLLLLAALLALLL RAL PRESS SSK SSH SSeSSSSEESESEDESEEEEED 6 JouN sruasn art Jetva noe abla, em sboolato, por vie tue otras ep, fey stam eases © patios tebildade pela justen do suas opines ante os trtros mustne divrgentes. IE Janne © perturba aus umn mero aiden tena dtiido qual doves Aunnerisor muntossejao objeto aa sua colony, Caine noe perturb ge as meanan extn s fisoram angieano em Londres 9 poleriam tt fe to basta on confucionista em ‘Pekin, Conta, a epocan na edo mus inflives ue os aiden 7 cin Gpoen tonto adotado mullas opines que as Epocantnguints consideraram neo sb falas zo tina vurdas,e que mntas opinide, agora gerais, serio rejeitadas no futuro, como muilas, - butrora geraiy 0 foram no presente “A ease argument falver se abjetase o que segue. “Quan se proibe a propagaed de ne 0, nio se arroga talon intaliilidade do que exe falquer cuir ato da antoridade.pibliea neat aud sob o se exelusivo eriterio e responeablida de.” O diacernimento € Jado sos bomens para ane visem. Porgteposea ser nsado exroncanten, d= ‘vere dizeres que nfo o sem etm absoluto® Quan ao, in, eles prem o qe eansideram perniioe, no preiendem que ayer fentns de ero, as ape hs exmprem o dover, qe Ts inembe, e net imino ss eritrio soinyao. Se anes agewenios eguno noceas convieydes porate poder scr erra- dis, detzariamos os nossos interest descurados i exratarumos nema dr noes ora Una objecio aplicavel 4 oonduta em geraly pote aio ser vida em algum easo especiien, Os 20 ¢ 08 individuos deve fommar as opi Yinis verdadeiras Dosivels, formélas ‘cuidadosa- ‘nents ¢ jamais as impor @ outrem sem que este- S jam infeiramento segures da sua. justera. Mas, funda se fom essa seiranga (dir oF que nos Dntadizem), no € oneiencioo,esim covarde, r= fear da agio conform as proprias convenes hem Seono tolerar a divalgagio fovestita de douérinas F qe onestammente ce julgam perigosas & flicida- de humana nesta ou noufra vida, baseando-se em F fie se perseguiram, em époeas menos sibias, yee- fsoas que professavain opiniges hoje tidas por ver~ dlaitas,”"Tomemos euidado, dirse-, em nio co- tncler 9 mesmo erro; mas giverone e nagoes team cametido crros om oulras coisas que no se nog fserem objetos adequados do exersielo da autori ‘lade: teem langado mans impostas e feito guerras injusias,‘Devemos, por iss, nfo langar inpostos rpem ante qualquer provoongin, fazer guerrast Flomens e governos devem agit segundo © melhor dia sua capacidads. ‘No existe carter abeohnta, nas existe seguanes suficienlo para os propvst | 408 da vida humana. Povlemos ¢ devemos prest- rir. yerdade da nossa opinigo, para orientar rive & nossa conduta. Cabe @ mesma presuneio quando prosbimcs os maus de perverter a sociala~ ‘de ela, propagacio de opinides que enearamos co- ‘ua-falsae e pernicionas. A isso respond que nfo se fala da mesma prestimgio, as de outra muito mais amp existe S mnaior diferenca entre prosumiz a veriade de ‘uma opiniio que ni fol refutada apesar de existi- zen fdas a oportinidades para eontestar, © pre fumir a sua vendade com o propésito de nie per 48 jouw stoane ane. | mitir a sua refutagio, A completa liberdade de contestar e refutar a nossa opinido, & 0 que verda. deiramente nes justifiea de prestrmir a sua ve dade para os propésitos pritioes, © 26 nesses te mos pode 0 homem, om as faenldades que ten, Dossuir mma soguranga racional de estar certo, Quando consideramos quer a historia da opi nifo, quer a eouduta ordinaria da vida humana, ap que se deve atribuir no serem una ¢ outra pio ses do que si0? Nao seri, sem diivida, & fore inerente ao entendimento Inmano, ois que, en ‘qualquer matéria nao evidente por si, noventa e 10. ve pessoas em em yes do julgi-la. B mesmo a capacidade da cer ‘ésima pessoa é apenas comparative, A maioria Jos homens eminentes de eada geragio passada sposaram mnitas opinides hoje reeoneeidas- er- roneas, o fizeram e aprovaram indmeras coisas quo hoje ninguem justifieard. Como entao pre- onderamn entre os homens, em geral, opinies ma- ciomais © uma conduta racional? So realmente existe essa preponderincia — ¢ deve existir a me nos que os negéeios humanos estejam, e sempre tenham estado, moma eondigio desesperada —, is 89 6 devido a ma qualidade do espirito Iumano, fonte de tudo que 6 respeitavel no homen, eons ser intclestual o como ser moral — a saber, a cor bilidade dos seus exros. Ele 6 eapan de reti= ficar os seas enganos pela discussie pela ex periéneia. Nao pela experiéneia apenas. Deve hhaver diseussio, para mostrar como se hi de inter protar-a experiéncia, —A® opinidis e pratioas erra das se submetem gradualmente ao fato © a0 argu- mento, mas fatos e argumentos, para produzinem | revelam totalmente ineapa-: sme A uipexpape 49 Baim efeito no espirito, devem ser trasidos dian- | tevdele. Muito povos fatoe sio eloguentes por si ES dispensando comentarios que Ihes revelem 0 sig- © pificado. Nessas condigdes, dependendo toda a orga e todo o valor do entendimento humano des sa propriedade de poder ele, se se acha no erro, iiugir o certo, 6 se he pote dispensar eonfian. ge duanilo oo meioe de eonserugio da certan sf0 {. Jnantidos em mio com eonstaneia. Como conse- fae alguem que o sen juivo mroga realmente cone fim? Conservando 0 espirito abarlo 8 eric ceonhecendo ante si mesmo, € te outros, a faliein do que era falacioso. ‘indo que 0 Yinieo meio do um ser humano apro- % ximarse do conbecimento completo de wm assun- © fo é ouvir o que sobre ele digam representantes de Yada variedade de opinis, © considerar todas as formas por que eada elasce de espfritos o possa enoarar. Jamais qualguer homem sibio adqniria a sua sabedoria por outro método que mio esse, yrem esi na natureza do inteleeto humano chegar L_ Asabedoria de outra mancira. O hibito firme de corrigir ¢ eompletar a prépria opiniio pelo eon ronta eom a dos outros, muito ao contro de ea sar divida e hesitagio no levi-la 2 prétiea, eomst fe o tnieo fondamento estavel de uma justa eon fionex nela. Porque, eonhosendo indo que se por fa dizer, ao menos obviamente, do ponto de vista ‘opesto, ¢ tendo tomado posicio contra todos ox 2d ‘versdrios com a eoneiéncia de ter proeurado obje ‘es 0 difieuldades, ao envée de aa evitar, e do nie FRVIILCLCETULATTAUAARLeeeeesrereres 50 Jone stuaxr sant ter interveplade nenbuma Iz que de qualquer quadrante puiesse ser langada sobre o assunto, Thomem se aeha no direito de considerar o seu melhor que o de qualquer pessoa ou multido que aio tenha procedido da mesma forma. Nio é demais pleitear que essa colegio pro- ‘miseua de algans individnos shies e muitos tol Chamada 0 piblieo, se deva submeter Aquilo 4) ‘os mais eabios dentre os homens, os mais aulo- TTizados a eonfiar no préprio entendimento, aehaun rnecessivio para garantir essa eonfianga.. A mais jntolerante das igrejas, a Tgreja Caldlica Ro- iana, ainda na eanonizaedo do um santo permite, ¢ ouve pacientemente, um “advogado do diabo", ‘Prarece, assim, que ot homens mais santos no yyadem ser admitidos a honras péstumas sem que fr eothega e pose tudo quanto 0 diabo possa dizer cemitra eles, Se nip se tivesse franqueado o de- Vale mesmo sobre a filozofia newtoniana, a huma- niidade no poderia ter a completa eerte da sua ‘verdade que hoje tem, As ereneas em que mais fonfiamos, nio reponsam numa espésie de ealva- ‘guarda, © sim mim convite constante a todo 0 Inundo’ para provarthes a improcedéncia. Se nko ¢ accito o desafio, ou se 6 mas a erenca ad- mitida trinnfs, ainda assim nos achamnos bem Yonge da eerteza. Pizemos, eontudo, 0 melhor que © estado atual da razfo humana permite, Nao negligenciames nada quo pudesse dar & verdade a ypossibilidade de nos atingir. Se a Tiga se man- tem aberta, podemos experar que, se houver uma melhor verlade, a encontraremos quando a mente Thumana for eapaz de a reeeber. B, entrementes, ‘podemos fiar-nos em que-aleangamos a aproxima- s00mE A IREROADE 51 fo da verdade possivel em nossos dias. Basa 6 a Soma de certeza que uu er falivel pode eonseguir, fe ena é 2 sniea via para chogar a cla, Bestranho que os homens admitissem a vali- J ande dos argumentos a favor da livre diseussio, nas objetassem que cles si0 “levados ao extremo”, pio vendo que, s9 as razdes nZo sfo boas mum io sio oas em easo nenhum. Es- © tranho, ainda, imaginassem que no se arrogam in- Ae falibilidade guansdo reconhecem que deve haver li- "ye diseussZo sobre todos as assuntos que se pres- tem a diividas, mas nfo gobro algum prinefpio ow dloutrina esperial que seja suficientemente certa, isin 6, a respeito da qual elee estejam eertos de que @ oorla, Chamar de cerla alguma_proposicio en- ‘quanto baja alguem que, se fosse permitido, ane aria, mas a quem tal nio se permite, 6 presumir (que nds, © 8 que comoseo concordat, somos crtera,e jsies quo dispensam 2 andién parte Na época presente — que tem sido qualifiea~ da de “destitulda de f, mag aterrorizada ante 0 ‘cepticismo” —, ma qual 0 povo se sente seguro, nao tanto de que suas opinides so verdadeiras, quanto de que sem elas no saberin o que fazer, Teelana-se © amparo de uma opinide contra o ata: ‘que priblieo menos por sua verdade, do que pela Sa importineia soelal, Alega-se que éerias cren- as sio tao uteis, para nfo dizer indispensaveis, fo bemestar, que os governos devem sustenticlns Ga mesma forma que protegem outros interesses 80- cidis. Afirma-se que 6 tal essa necessidade, que {sso se acha tao diretamente na linha do. seu iBieice al e2 JouN sruawe sana, dover, que ndo we far mister a infalibitdade para iblos a fazeremno, segundo a sua opine, come Hmadh pei opin geal qe lt ton me to a obrigagio de ssa proweder, Argues, ta bem, com frequéncia, ¢ mais ainda ae ‘isa, que Aquvcer renga salar E jalgese que aps de haver mal nas testrgoas ¢ homens nosis ¢ fucprobigto do que romente esis quercate a fier. Bsses arguments. toma a, jut das resides em debate, no una quedo ds fade das dontrinas, mas dn sun utiflede tery & pretenso de exquivar a responsabilidade de spor um juiz infalivel de opinides. Aqueles, porem, que fe salisfazein ‘om iso, nfo parecbem que ap sungio de inflfiidade apenas se dest de ara Ponto para outro. “A ulidade de nna opine de opinito: tao tisputavel i, exghnd tanto debate com 4 propria opinto, Falta un jalsinfalivel de op ios para decide ce opinito é nociva da mee tna fora qe prada no ge ‘Copiiay condenata tena ampla oportunidad feldefonter. Hao & bastante dizer quo se woes ded ao hetows detendr iia in Ae defender ea vera. A verdade devima op nto far parte da sua lida, Se quiterms oe ter oo cron numa asserliva 6 on ido desea, seria possivelexelotr a eoosideragio de sex elon A mnethores, nfo tor enengas contfeas Ae pode cer realmente wily. podeis ped ‘a tals da a vantagem pos F debate a-um easo eonereto. Ben eseolho, de pr sOmRe A nameRnane, 53 hhomens essa dofesa quando so véem ineulpados de, negar alguma doutrina, de cuja utilidade se Thes fala, mas que ercem falsat Os que estio do lado ‘ins doutrinas accitas jamais deixam de tirar toe 1 dessa defesa. Nao os en- ceonirareis manejando o argumento da uilidade como se esta pudesse ser completamente abstraida fia verdade, Ao eontritio, é sabretude porque a sua doutrina é a “verdado", que reputam tao in. Aispensavel o eanheeimenta ela ou a erenca nela © Nao pode haver disenssio Teal da questio da utic Fidade, se apenas se permite o emprego de tio vital anumento a uma das partes. E, de fato, quando ‘lei ow 0 sentimento piblien interdizem a disputa sobre a verdade de uma opinide, mostram precisa- mente a mesma intolerineia para com a negativa 1 da sua utilidade, O mais que elas concede € que ‘8 opiniio ni seja de tio absoluta necessidade, sen do sempre nocessiria, ou que se atenue a positive calpa que hi en rojeité-le Afim de ilustrar mais amplamente 0 mal que ‘existe em no darmos onvido a opinides por'as ter sea aprecingio eondenado, convirg limitar 0 feréncia, os eases menos favoraveia a mim, mot quais 0 argumento contra a liberdade de opinizo & Bavido pelo mais forte, fundado que &, ao mesma ‘tempo, na verdade ¢ na vutilidade. | Supouhamo ‘que se impugna a erenea em Deus ou numa condi ‘Ho futura, ou algumas das doutrines de moralida- Imente accitas, ravar a hatalhia em tal ter- grande vaniagem an adversivia desleal, visto que ele poder seguramente dizer (e muitos THUrererereeeeeeceteeerereetererees BSSSSSSLEELELELVLELELLELELELESEELES ot JOuN. srvanr sen, que nto querem ser desesis, pensalodio) — ao fons a dottrinas que ndo considera euficiene Inente ceria pare que a lei as tome soba Sua Pros iegiot a erence em Deus uma dae opiniser de {que estar convict reputas arrogase talibildae dot Deve-we permtirme oboervar que ado 6 sere tirse seguro de una dontrina(ceja itso o que for) que cham arvogat-s infaibiliad. a ousadin Ale decidir a qustin pelos outros, sem Ths coneeder fut o aie posta ser dito em contavio, We des el repro wa pte mene om vor as mins mais soles eonviegben Aina gue a rersuasio absolata de alguem seja no 26 da fale dade, mas tamer da noeividade, © nao 85 da n0- tividade, mas tamber (admitindo expromées que fonudeno interaments) ds imoraidadc-e da hepte date de uma opintiog seem viru desea vista pew foal, mesmo que spoinda na apreciagao ptblies do sea plod Epos ne lg impo a ‘pinifo de fazer ouvir wae defer, elo oe arrogn Infatbitidade. muito longe do tor saa ewe so do infliiidade menos impugnayel ou inenea Derigosa porave se ehame a opinizo de imoral en Jimpia, precisamente af € que-¢ cla fatal. Soo ee sas, extlaments, ae ccasiées em que una gerneo tornete aqiclesterrineiserros que provera panto e'0 horror da posterdade.Intve ees de- params os memoravei exempls hstices em que raga da lel fol empregudo para extirpar ome. Thores homens ¢ as mais nobres dots coma deploravel sueesio pelo que die espa, aoa ho. ‘mens, embora, quanto as doutrina, lgumas alas tenham sobrovivido para-rerinvacadas (como wn ‘éeémnco) em defen de uma condutaandloga para sommes A upemoape 5B. com os antagonistas delas ou da sua interprelagio aceita: ‘Nao seré demais recordar & humanidade que houve, uma ver, tim homem ehamado Séerates en tre quem e as autoridaies legais, e mals a opiniio © pibliea do seu tempo, se verifieoa una eolisio me- “noravel. Naseido uma época e num pals ricos em {ndividuos superiores, esse homem nos tem sido apresentada pelos que melhor 0 conheceram, ¢ & “gua époea, como o Homem mais virtuoso desta, E igs ns 0 sabemos o chele eo protétipo de todos os -subeequentes professores de virtude, ea fonte igual mente da sublime inspiragdo de Piatto e do judi- cingo utilitarismo de Avialételes, 1 madstei di eo- Tor che sanno”, as dias nascentes da étiea ¢ de to~ ‘da a restante filosofia, Have mestre reeonhecido de todos of pensudares que se The seguiram — es- be homem cuja fama, ainda vieojante mais de dois ‘mil anos passados, quasi que exeedo a do todos os demais nomes que fasem ‘lustre a sua cidade na- tal, foi condenado & morte pelos sens eoncidadios, como desfecho de um processa judicial, sob a aen- Ssagao de impiedade ¢ imoralidade. Tmpiedade con- sistente em repudiar os deuses reeonhecides pelo Bstado; na verdade, o seu acusador sustentou (ve- ja a “Apologia”) que ele nio acreditava em deus enhum, Tmoralidade, visto sex, por suas douts nas ¢ ensinamentos, um “corruptor da. juventude’ Hi todo o fundamento para erer que dessas aeusa~ Ges 0 tribunal honestantente 0 reeonheeen culpado. Eo homem que provavelmente de todos os seus con- ‘tempordneos mais meroeera da humanidade, o tri- ‘bunal ¢ eondenou a ser morto como um eriminoso. | 56 Jouy sroarr aun we ime dl ¥ a moral que os dezoito séculos subsequentes ok i Funiosamente executado, como o qué? Como bias. i t femador. Os homens que Ihe fizeram isso, niio se porn rise ae profes, a masa dog Bue hoje tremem anto a sua conduta, se hosvessens Fvivido mo seu tnpo,e nase fudeaa tanga Eo precisamente como ele, Os erist2os ortodosos que sito Lentados a pensar que os matadores a. po. {/drsdas dos primeiros martites devem tor sido fo. = imens piores do que eles, devem reeoriar-se de que Gum dos perseyuidores era Sio Paulo, {.' Acrescentemos mais um exeinplo, o mais su gestivo de todos, se o earater impressionante de “fum erro se mede pela sabedoria « pela vistude do que nele incorre. Se, ein alguna ‘época, alguenn, ‘nvestido do poder, teve motives para se julgar 6 “melhor © 0 inais esclarecido dos homens do seu tempo, esse foi o imperador Mareo Aurelio. Mo {7 narea absoluto de todo o mundo civilizado, conser. dlade eneara no presente exces suessos, principal. } mente o segundo, a tornain extremamente foie i janiga cong gna apenas & mais imacula- exeeugdes, “Segundo parece, no cram eles ninig eto aut formagio estoiea — o mais ter- Thomens — no eram piotes du gue ene {RO coragio. “AS poucas fallas que se Ihe atribul- | tna amply on ate sem’ Pos, seus escritos, a mais clevada producto cliea do ce _ irito antigo, poueo se percebe que difiram, se al Fy xo diferem, ‘los mais carateristicos ensinamentos do Cristo. "Esse homem, melhor eristio, quasi no sentido dogmético corrente, que quasi todas o8 so. Deranos ostensivamente eristios que reinaram de- ‘ois, perseguiu o eristianismo, Sitvado eeima dos Imajores talentos da huinanidade, dotada de wna " Inteligéneia aberta, livre de peias, ¢ de um cara fer que 0 levou a incorporar, por si, nos seus es. f < critos morais 0 ideal eristio, nfo viu que erie tinisino, preconizando os deveres de que ele, Mar- © Aurélio, era tio profundamente penetrado, te- ‘mentor religioes, moras e patristic dessa toon | | edo. povo — a verdana ance de ae | gu eam totos or tempos, no neste eles ‘am toda probablidae de psa teases ao da livre de eensura eeerenten de rnpeto, Ose Imo sacerdote quo raugoa as vestesquane se poe Iameram "alr hm sgn. oan fot, eam faa probable, tf sine neat hotror ¢ Seignario quant o'comut dey Tena -espeltaves e pedonos oto hoe nos seniees TATTLE ee recececeececcs 58 ons stoaxr 30Lt ia de ser um bem ¢ nfo um mal para o mundo, ‘A coeiedade existente, ele a sabin noma condigao eploravel. Mas vin, ow pensoa que via, que, tal como se apresentava, ola se eomservava unida ¢ era rservada de se tornar pior pela crenca © 2 ve~ Reragso das divindades aecitas. Como governan- to, ele jilgou seu dever nio deixar se desfizesse A sociedade em pedacos. Eno viu como, 80 se Tompessem os Yinewlos existentes, se poderiam formar outros que resiaurassem a unidade. A no- va religiio visava abertamente a dissolugZo des- tes Tagos. Parecia, pois, que seu dever, a menos ‘que consistisee en ailotar essa religido seria aba- tila. Considerando, entio, que a Mareo Aurélio a teologia eristi nao aparentow ser verdadeira ou fe origem divina; eonsiderando quo poueo erivel Tho era esea estranha hist6ria de um Deus eruci- fieado, © que ele mio poulia prever que um sist ‘ma alicergado inteiramente sobre bases que The pa- recitin tio inacreditaveis, fosse ease fator de Fe ovagio que, depois de todas os golpes, provor, de fato, ser; os filésofos e governantes mais Slustres ‘emais estimaveis, gob a inspiragzo de um solene enso do dever, tiveram por Ieita a perseguigio dle Marco Aurélio ao cristianismo, Para o meu es- pitito, af estd uin dos mais trigieos fatos de foda E histéria. Bum pensamento amargo © de quio ‘Siferente poderia ter sido o eristianismo no mune do, se 2 erista houvesse sido adotada como a re Tigido do, império sob os auspicios de Marco Au- rrélio ei Iugar de Constantino. Seria, porem, in- Justo para com ele, ¢ tatbem Zalso, dizer que nio Aproveitassem a Marco Aurélio, para legitimar a Sua perseguigao ao eristianismo, todas as excusas sOnme 4 LaBrEDADE 59 Ege co podem apresentar hoje para a punigio da EUSpaganda anticristi. Nenhum cristio acrodi- Fras firmemente que o ateismo & falso e tende IES dissolacio social, do que Marvo Aurélio acredi- diva Da falsidade ¢ no earater dissolvente do cris- F Glanismo — ele que, de todos os homens entio vie soa, pon ser julgado o mais capas de apreeié-lo. {Quem quer que seja que apove @existfnei de pe- Gis para a expressao plbliea de opinives, a me- Fenos que se susperestime supondo-se mais sibio ¢ E hathor do que Mareo Aurélie — mais profunda- > thente versado na sabedoria do seu tempo, mats aci- mma deste, pela inteligéncia, do que ele o foi em re fuaio a sua Cpoca, mais fervoroso na investigagio gum momento avancar, se-lo-é por obra de estrans E eciros. Logrou éxito, alem de toda esperanga, son quilo por que tio laboriosamente se eaforcam oo = filantropos ingleses — na erlagao de um pore ane forme, em que todos orientam os seus pensamen. Gy fos © a sua eonduta pelas mesmas méximas ¢ nor. ‘mas. E tais slo os frutost O moderna “régiine da opinio piibliea é numa forma desoryantata, © que 06 sistemas politicos e educacionais: chine ses sio numa forma organiaada, E, a menos que A individualidade seja capaz de so atirmar, cova sucesso, ante esse jugo, a Europa, nio obstante os ‘seus nobres antecedentes ¢ o sex eristignismo, ton Gord a se tornar uma outra China, Que 6 que hi preservado a Europa, alé 6 moe to, de tal sorte? Que 6 que fux da familia dag nagées européias uma poreio progressista, ¢ nie sstacionéria, da humanidade? Nao foi nénlninn exceléncia superior peculiar a elas, a qual, juan do existe, existe como efeito, © no como causa; sim a sta notavel variedade de earater ¢ de cal tura, Individuos, clases, nagdes, teem sido extre, ‘mamente dissemelhantes entre si; tragarat eam). hos muito diverses, eada qual levando a algo va. lioso; ¢, emboru em eada periodo os que tomaran ‘Bor um desses caminhos hajam sido intalerantes para com os que palmnithavam outros, ¢ eae quad ensasse na exceléneia de se coagivem om outros 4 virom para a rota dele, as tentativas de conte, Har o desenvolvimento alheio raramente. loan 7am sucesso duradouro,¢ eada qual teve de super TUITE CCE RRC eee cnccnc cece SeeseeeeyeyvyYryYryr,”” 130 some STUARE ILL ee ie da extensio da edueagio gio submete 0 povo as ‘acesea & proviso ge (0 progress dos meios tar, seu tempo, 0 beneficio advindo dos outros, \SMinsopa dove inteiramente, a0 260 Yer, © Seu aselatimento progressivo €-vatiado a essa plas setae de eatninbos, 76 comeed, POFeM, @ wo. = sat tgee beneffejo num gran consideravelmente 3-3 frait opie enti decididamente avancando para.o." ent ines da uniformidade, M. de Toequevil- Wea sua Gilima obra, assinala quo mais se ya: ‘ect entre si-os franceses da presente epoca, 40 Teen da titi geragso. O mesmo ce poder dic se fos ngleses nim gran muito maior. Guilhers wer aS umnboldt, numa passage 36 eitada, apon- We nas coisas como condicoes nevessirias do de- E.wolvimento bumano, porque necessirias 2 diss semvghaiga das pessoas, a saber, bordade © va aede de situagaes. A segunda dessas eondigdes | wet diariamente diminuindo neste pais. Diari Grente as cineunstincias em derredor das diversaé ‘ebaixar 0 alto (10). Ca Tpromove, pois a educa Jafludneias comns e Tbe dé, tal de fatos ¢ sentimentas . ‘ise nas et its Se ", vars Revelte-te contra ‘aay Nate tra rent edu, formato das ses ele Clases tn anise, Antigamenty ahs i ii ten gen ee reo eee isinbancas vias, profides ¢ oe yc tute tome Cfielos diferentes, viviama no que podia chamar oti das diforentes; no presente, vivem, mam ~ 3: rane eecala, no saeemo mundo. “Aproximalira’ rar gaando, agora Teem, onvem © véem 25 mes- mea casa, yao aos mnesmes Ingares, dirigem at vee CGerangas on sens UemOres Dard OS TES Sau Gofetos, teem os mesos direitos, as mesma Tiborlades, os musmos provessos de os, afirmar. Portus que sejam as diferengas de posto {hue Femaneseem;navla so ante as que cess e's nesimilagdo continua a se operar. ‘Todas a8 Hancformagees, politiens da. época_ a promover, Sian ver que todas tendem a erguer o balxo € & Bee” ree ar ulvigoaliome. Nelas, pause clr gli Ipatinaeme, Ste, pn Be um mor inate 132 souN stuarr ams de eomunicaséo a promovn, onde em contacto pes- eal os habitantes de Togas distante, © mantons do wan rio flnxo do mndaneas do weldnete de tum Tagar para outro, O incremonto to eomrte ori, ent atl, opine ermndo por Sant ESA a eels itn re inttetnde © oo age Cie ee eon) te oh a pee Wy, Be sms A upexpane 133 ¢ das manufaturas a promove, difundindo mais famplamente a vantagens das faccis eineunstin- fins, e abrindo & oompetigio geral todos os obje- {os de ambigio, ainda os mais elevados, por onde (0 desojo do subir se torna, nio mais 0 carater de ‘uma classe particular, mas de todas as classes. Um ‘agente mais poderoso que tovdos eases, da genera © Tizacio da similitude entre os homens, & 0 estabe- * ecimento completo, neste e noutros paises livres, a ascendéneia da opiniio pribliea no Estado, Como as varias superioridades socinis, que habi- Titavam as pessoas, avasteladas melas, a desrespef- iar a opinido da multidgo, cedem ante 0 nivela- mento, € como 2 resoluedo de resistir 4 vontade do iblico, quando se sabe ter este positivamente um Yontade, cada vez mais desaparece do espirito dos politicos militantes, eeasa de existir qualquer pan- to de apoio social para o nfio-eonformismo — qual quer forca por si subsistente que, por si eposta A faseendéneia do nimaro, se interesse por tomar sob ‘2. sna protegio opinides e tendéncias em diseordén- + cia com as do publieo. ‘A assoviacio de todas esas causas ‘oonstitue ‘ym bio grande volume de influéneia hostis & indi- Vidualidade, que nfo se v8 facilmente como possa sla manter o terreno, A difienldade ereseeré, a ‘menos que e posta fazer sentir & parte inteligen- te do povo o valor da individualidade — fazé-la ver como é bom haja diferencas mesmo que no ypara melhor, mesmo que The prarecam para pior. Se em qualquer tempo se devem afirmar os divei- tos da individualidade, devemos fazé-lo agora, et ‘quanto muito falta para se completar a assimil CLLILE LEE eecereccecerorae DIARRA, | a 134 souN srvAR xm, io forgede, 8 nos primeiros Gomate &usurpagdo pode lograr cia de que todas as outras pessoas se fagam Se Thantes'a nfs, eresee como que a alimenta, ‘Se oie Tesisténeia aguarda quasi se reduza a vida & mp: tipo uniforme, todos os desvias deste tipo vindo a2 se cider mpi nora mono monte sos ¢ contririos & natureza. A humanidade 9 tor 9 za rapidamenteineapas de coneeber a diversidadg’ bp se por mula tempo se deacotunou te WOla ae soci ridade det se eada primacial de deve ver em s os certo logal ox CAPITULO IV Dos limites da autoridade da ‘iedade sobre o individuo centio, o justo limite & soberania do indi- {duo sobre i préprio? Onde eomeca a auto- ia soviedade? Quanto da vida humana se dove atribuir & individualidade, quanto & socieda- Cada uma delas reeeberé © priprio quinbio, uma tiver aquilo que mais partieularmen: te The diz reapeito. A individualidade deve perten- eer a parte da vida na qual o individuo 6 9 prin- eipal interessado, 2 sociedade a que & soeiedade mente interessa, Embora a sociedaite nfo ge funde mm opmtea= {o, ¢ vinhora nenhumn proveito se tire da invengi de um eontrato de que se deduzam as obrigacdes sociais, cada benefielario da protagio da socieda- uma paga pelo beuefieio, © o fato de vi- ciedade torna indispensavel que end um seja obrigada a observar ceria linha de conduits paracom a resio. Essa conduta eonsiste, primeiro, ‘em _ngo ofender um os interesses de outro, ou a= = interesses, que, ou por expressa eléusula ‘por técito entendimento, devem ser eonsi- derados direilos; e, segundo, em eada un suportar 136 sous stare sen soars 4 rename ast a sua parte (a se fixar segundo algun prinefpig ‘equitativo) nos Iabores e saerifieios em que se iyo eorra.na defesa da sociedade ou dos seus membros contra danos e ineimodos, Justifiea-se que a so. ciedade imponha essas condigées a todo'0 custo, giualquer forma descorogoado, Mas a beneyolén- ia desintereseada pole enconizarinstrumentos do persuasio das pessoas an sett proprio bem, diver. fos de agoltes © azorragnes, no sentido literal on fe a ielaférieo, Seve 0 filtino @ depresiar as virtas queles que tentam furtarse ao seu eumprimen- des para consigo mesmo: apenas as julgo segun- to, Nom iso constitue tudo que i sociedade € per- ds ein importa ae tas ante ax vets ara rio fazer, Oats de wn inde poten ee = cme Ue porte, po as te an tude para dlanosos 2 ouiro, on falar coms devia considera, F cas © aquslan. ‘Mas momar ¢cnseae aan gio ao bom-estar deste sem irom ao pono de vie SSovoveenfoe panning tants quanta Jar algum dos seus dieitos estabelecidos, “Nease << endo, e, passtdo o perfodo educative, & 26 pelo aso, 0 ofensor pode ser jastamente:punido pela 7% primeiro método que-se deve inculear as virtades opiniio, ainda que nao pela lei, Desde que algum para eonsigo préprio, Os seres humanos devem setor da conduta de wna pessoa afote dé manetea Inutuamente ajudar-se a distingulr 0 melhor do nociva interesses allicog, a jurisdigao da. socio, Peale ane Wess ae eater oe dade o aleanca, e a questio de a interforéneia nes. do segundo. Devem sempre achar-ae entregues a 2 selon pramover, ou nfo, o bam-ertar geral, ton um miiiuo estimulo do exerefeio crescente das mais pase aberta & controvérsia. ‘Tal problema, po- altas faculdades, e da ereseente orientagio dos gen- om nig tem Ingar quando a conduia de wm ing timentos © designs para objetose contemplegies Fit nao feta interosses de outros ao seu lado, sibios, © mo tolos, que slevem, © nao que degre, ‘ou no necessiteafotéclos ano ser que ests ontrog Fea ante ee ras 2 nn as deerme 9 queirain (todos os interessados sendo maiores @ ieee atemsent ae pecneat ens Gledmat cans 4a ordingria soma de comproensio). ‘Ein talos ee, pet mimeo de nosing suoridede alguna. para ses caso, deve haver perfeita lewd, legal a ‘ial, de praticar a agio © suportar asco Alcidin fazer. Ela 2 maior Intereseada no pro. ons prio bem-estar: o interesst que outrem, salvo nos asus de forte afeigio pessoal, posa ter nesta frivolo eomparado com o dela 2-0 que-a sored 4 de-nulre por cla enguanto inividuo. Cesceto no ‘que dig reapeito& sua condita para com os outros) @ fragmentinio ¢ totalmente indirsto, De ontro lado, ¢ homer ou a snulaer was vulgar eoutam, em Telugio aoe préprioe sentimentos es propeias ‘ireunsinciag, melee de conheimento que ules Grande incompreensio dessa doutrina have ia em supdla uma doutrina de indiforenca gots. tiea, que protendesse nada terem os seres, hua ios com a conduta alheia, e nio deverem interes: sar-so pelas boas agies ¢ pelo bim-estar dos outros salvo estando 0 proprio interesse envolvido,.-O. esforgo desinteressado por promover o bem atheto necessita ser grandemente inerementado, © mio por FITTEC ELT eee cececerecerrrtereeees. a ddd death baba aati et its y 198 sors sruasn ae Dassam, sem medida, os que possam ser possui- dos por quaisquer outras pessoas. A iuterfontmets a sociedade para impor a sua apresiagio e os snag "7 propésitos neque apenas dig respeito ao indige, duo, tem de se basear em prosubgdes geraisy @ estas podem ser inieiramente ernineas, é mens Ssijam_cerias, tanto_podem ser, como nao ser beny aplicadas_20s casos ‘individuals, por pessoas tae pouro so par das cizounstancins de’ tals, canis ‘quanto.o deve estar quem os olha puramente de fora. Bsse sclor, pois, dos assuntos Iutnanos eons. {itue o campo de acto adequado da individualidade: Na eonduta de uns para com os outros, fazcse nevesirio que normas gerais sejam observadas na sua maior parle, para que as pestoas possam sn ‘uadamente, objeto de desgosto, ou mesino, nos ca centrvter esses sentimentos, “Embora sem fazer in. Jjustign 2 ninguen, ber isso — uma insensata, ow um ser de ordem in ber 0 que cxperary mas, no que concern annie constiiuem fato que ela preferiria wvitar, @ pres | mate ‘teada tum cabe & epontancidade er tarthe um servigo adverti-la disso de antemio, dual livre exercivio, Podesse fazer a0 individuo, bem como de qualquer outrs eircunstineia desa mesmo eom.oposigio sua, consideragies que aust sradavel a que se expée. “Bom seria, na verdade, +), Vie a sua aprecitedo, ow exoriagdes que fortale. aque esse servigo fosse hem mais livremente pres” ‘gama sua vontade, ma’, alinal, ele proprio quem Aecidc, ‘Todos.os erros que é provavel cameta-muait grado ‘conselhos e adverténcias, prejudicam me. nos.do.que_permitir aos outros eowgi-to ao que jnl- gam o bem dele, ‘Bu nio pretendo que os sentiments com que se eneare uma pessoa, no sejam, de nenhuma ma. neira, afeiados pelas qualidades e defeitos no ter Teno da sua conduia para emsigo mesma. Teo znem é possivel nem desajavel. ‘Tanto quanto se 42 eminente em alguma das qualidades que com. @uzem a0 proprio bem, fanse digna de ndmira- gio. Tanto mais se aproxima da perfeigao ideal, dda natureza humana. -, ge eareee acentusdamen- servar a outrem que o jillza em falta, sem sbr i siste, de diversas forinas, 0 dizeito de agir sezin do a nossa desfavoravel opinino de alguem, nao para oprimir a sua individualidade, mas no exer icio da nossa. Nio somos obrigadas, por exer plo, a The procurar a companhi: temos o direito de eviti-lo (embora nio de ostentar esse evitamento), porque temos o direito de escolker a eompania que hos 6 mais accitavel, ‘Temos o direito, e pode en Der-nos o dever, de acautelar os outros eontra ele, se Ihe julgamos 0 exemplo ou & conversa expazes oun 4 tuprosne x9 qualidades, disso se seguiré um sentic F mento inverso do de admiragio. Ha um grau de y extravaginela e um gran do que se pode ehamar (embora © nome no seja insusceptivel de obje- F cies) baixera ou depravagio de gosto, que, apectr do nio poder justiliear se inflija qualquer mal & quem o manifesta, o torn, necessarlamente e ade- 03 extremos, dle desprezo: ninguem poderia. pos. ssuir com 0 devido vigor as qualidades opostas ten pessoa node agir de modo ‘2 nos obrigar a julgi-la —e a dar-he a perce. ferior. E, desde que esse jinn © essa percepeto ‘ado do que as nogées eomuns de polider 0 permi- tom hoje, e que alguem pudesse honestamente ab- {do por indelieado on prosingoso. ‘Tamer nos as. | | | | 40 omy sroarn de efeito nociva sobre ox que dele se aproximen, Podemos preferir prestar a outros, ¢ no a ele, 0 obséquio que nod 6 facultative fazer, salvo. s6 festé em causa 9 seu melhoramento, Dessas xi Tins formas, pode wma posson sofrer penalidades sevens da parte dos outros, por faltas que eoncer- tem diretaments s6 a ola, mas as sofre apa ‘eam cousequncias naturais, e, por assim espontiness, das prépriag fallas, nfo que The so- Jam propostisdamente infligidas eom © intuito de pupiedo. Aquele qne manifesta leviandade, telmo- sis, presuneio, que nfo pode viver de uma manei- ra mloderada, que nio pode esquivar-se a excessos fios do zentimenta ¢ do inteleto, dove experar eair 1a opinido alheia, e contar menos eom a8 disposk bee favoraveis dos outras, Nao Ihe assiste, pow rem, diteito a se queixar, a menos que tenha feito jus a0 favor alheio por wma especial superiorida- ‘Te nas suas relagies sociais, e haja, assim, adqui ido um titulo aoe obséquios dos outros, 0 qual rio afetam os deméritos dele para eonsigo préprio. danosos, que busea prazeres animais as expenses | © gue pleitoio 6 que as inconveniénetas estri- tamente inseparaveis da apreciagio desfavoravel alheia snjam as dmieas a que se sujeite alguem pela sua conduit pelo sen earater naquelas coisas que, feonearnentes ao sen préiprio bem, niio afeter, com ‘ado, o8 interesses dos outros nas relagées com ele. Té 08 atos ofensivos aos outros exigem um tral Inento completamente diverse. A usurpacio dos seus diteites; infligirThes Tesso on dano que os direitos do que lesa ou prejudica nio justifieams afelsidade ou duplicidade no trato com eles; 09: sOuRE A LipexDADE ut uso ilfeito on mesquinho de vantagens quie sobre cles se temham; mesmo a abstengsa egotsticn de os defender contra injaria — tudo isso so objetos adoquados do reprovacio moral e, nos eas0s grt ves, de retribuicio e punigio morais. E nko so- mente esses atos, mas as disposigdes que a eles eon dazem, si0 imorais no sentido préprio, dignas de roprovagio, 2 qual pode ir 2 aversio, ‘ondéncias ceriéis; ma indole ¢ mé 16; a mais antissocial © ‘diosa do todas as paixdes — a invaja; dissimuls: ‘edo e insinceridade, iraseibilidade sem eausn su ficiente, © ressentimento desproporeional & prover ‘euro; 0 gosto de mandar noa outros; 0 desejo de embolsar mais vantagens do que compete a eada um (a exeovegie— pleonvesia — dos gregos) ; soberba, ‘quo tira satisfagio do amosquinhamento dos demals; © egotisino, que se supde a sie aos préprios interes: ses mais importantes que quaisquer outras coisas, que deeide a favor de si mesmo todas as questoes duvidosas — esees sto vieios moras e formain wm carater moral man e odioso. Nao como as fallas contra si'mesmo anteriormente meneionalas, as quais nfo sio propriamente imoralidades, ¢, ‘qualquer ponto que sejam lovadas, nio eonstituem perversidade. Rstas podem ser provas de exrto fran de estalifeia ou de eavéncia de dignidade pes- foal e de auto-respeito, 86 se tornam, porem, ob- Jelo de reprovacio moral quando invelvem uma in- {fragio do dover para com os ontzns, em e280 nos quais estes se achem inleressados na obrigagio do individuo de cuidar de si. Os chamados deveres para eonoseo niio sio socialmente obrigatirios, a nnio ser que as eixcunstineias os fagam, ao mesmo ‘empo, deveres para com os outros. A expresso TVITCCCCCUEL ITT ERELEEEEEUTITTTTT TELS ES See Ree EEE bebe UU tte bb O) 2 some stvane ac, som A LAMERDADR a3 fs nomad nem pelo da me a oma ee ue do ge ccna ee naa sm oe sea site inte en mor Te See cena mat ide A ger sign ness weane ytnny ci _ pena, mee OYEEE OG, individuo ofende os préprios bens, eausa dano dque- remediar os males que a sua conduta tende a tra- Jes que, direta ao indiretamente, se apoiam neles, [seeing Ha pode ser pram objeto de pe penta) ete mee ae fae es Scherer apenas prejutiea amines ua flldad, «mn pa iw tne sce ws se” fe Segd npe ‘ude. Muito diverso seré 0 caso, ea ela infringi—. = ate SerVig0s i = dever para conosco, quando siguifiea algo maf ‘que prudenci, significa nespeito por si mesmo si autorperfectiblldade; © por nada disso respond? alguein perante 0s seus semelhantes, pois quay en nada disso, 0 bem da hmmanidade impli ‘esx esponsablidade, A distingzo entre a perda de estima em que se povte legitimamento ineorner por falta de pris éneia on de dignidade pessoal, ca reprovags evida por uma ofensa ade divitos alleios, nao 8 meramente ‘nominal. E sito diferente, tanto para os nossos sentimentor como para % noses onduta para com uma pesos, que ios desagea de ela no em que nos julgames com o dirito de contrui-la e no. em que. sabes direito. So la nos deeagrada, exprimir © noso desgosto, ¢ eonservar-nos afas. fados de uma pessoa — como de una coisa — que ios desagrada, mas nfo nos sentinemos solieia- dog a tornar-e, por iso, a vida desconfortavel Devemos refletir que ola jé suporta, on suportar, completo do seit erro, Se cla estraga sua vida pela mi orientagio, mio devemos destjany ut sous sruaue sat {alver se torne um fardo para a afeigio ou beveysrs= = Tineia doles; , se tal conduia fosse muito. tre quente, dificluiente ge cometeria falta que destal- feasse inais a soma geral de vantagens. “Pinalmens te, a8, par_ceus vieios e taliees, alguem nio causa dirotaimente danio a outrem, eontude — pode-se di rer = 6 noeivo pelo exemplo, — e deve ser engi oa controlar se, em benefisio daqueles que a vista, fon 0 coubecimento de tal eonduta poderin corrony ‘por ou desoncaminbar. E meano, acrescentar-se-, se as eonsequéncias q ma conduta pudessem fiear eonfinaias ao indi- ‘viduo vicioso ou irrefletido, deveria a soviedade abandonar & prépri orientacia os que sio mani festamente incapazes de se guiarem a si mesmo? So #0 reconhece quo as eriancas © aos menores 20 deve auxilio contra a sua propria falla de cvité- Tio, nio esta a soviedade igualmente na obrigacio de concedé-la as pessoas de idade madura igual mente incapazes de se governart Se o vicio do Jogo, ou a embriagués, 2 ineontinéncia, 2 oeiosid de, a falta de higiene, so tio nocivos & felicid de, e obstienlos tho grandes ao aperfeigoamento, quanto, ow mais que os alos proibidos pela Ie, por gue (podose perguntar) no deve a lei, quanto se {ja compativel com a pratieabilidade e a convenién- ‘ia social, reprimi-los tambem? E nio deve a opi nido, como um suplemenio as inevitaveis imper~ Feigies da Ie, ao menos organizar uma poderosa ppolicia desses vicios, e aplicar rigidas penalidades sociais Aqueles que se sabe pratied-los? A nfo se trata, podese dizer, de restringir a individualida de, ou de impedir o ensaio de novas e originals pra ticas de vida. A 0 que se procura tolker nko coisas ebome A LinmDann 15 ‘experimentadas © eondenadas desde 0 comego do imuindo, eoisas que a prética mostrow no serem ; uteis ou convenientes & individualidade de nin- J guem. proviso que deeorra eerto eepago de tem = ove se acumule certa soma de experiéneia para fue uma verdade moral ou pradencial possa. ser olhada como estabeleeida, ¢ af se deseja meraimen- te impedir que geracio apés geragio se precipite ‘no mesmo abismo que 34 fol fatal ds que as prece- deram, <—_Admito cabalmente que 0 mal felto por alguem | a si mesmo possa seriamente afetar, através das, | simpatias e intoresses quo teubam, aqueles que de | perto com ele se relacionam, e, mum rau menor, f sociedade em geral. Quando, por uma eonduta dease género, alguem 6 levado a violar uma obti- sgugio clara © determinada para com outra pessoa fu outras pessoas, o caso refoge & elasso das estei- tamente individuais, e torna-so sujeito & desapro- ‘vagio moral, no sentido préprio do termo. Se, por ‘exemplo, tm homem, par intemperanca on extra- Yvaginela, se faz ineapaz de pagar as suas dividas fu, havendo astuznido a responsabilidade de uma familia, incapax de sustenti-la ov educt-le, de merece reprovacio e 6 justo que seja punido. “Mas porque infringia o dever para com os eredores ou para com a familia, nio por ser extravagante. Se fs recursos que se deveriam destinarthes, tives- fem sido desvindos para a mais prudente aplica- ‘e20, a ctlpabilidade seria a mesma, George Bar ‘yell assassinou o tio afim de obter dinheiro para ‘2 amante; maa, s© o houvesse feito para se estabe- lecer eomercialmente, teria sido igalmente enfor- ‘endo. Por outro lado, no easo frequente de um LLCCCOCOLLULULATALT UT BPSESSFSESESSSLVVYVUVYVEDOS ESS Se” | 146 sous srvare amt some A mnmunsDE MT home que prejudiea a familia por se entroger a nats habitos, morece ele, por sua malvader ou i trutidao, um reproche que, entretant, The eabe- Jin tambern se eultivasse habitos em ef/ndo vifo. Zim anne fontes de dor para aqueles que partilbam’ wea ida ou enjo conforto dele dependo em vir= fhe de lagos pessoas, Quem quot que fale & oo Hidcragio gevalmente devidn aos inlereses ¢ sen. ‘Ementosatheos, no sono a iso obrigado por ale am deter mats niperiaso, on auorzado por wn SFreferencia soa Tita, fa2e objeto de desapeon vagio moral pela falta, no, pore, pelo que eau a's fala, ow pelos ervos de naturiza meramente $essotl que poem remotamente too Tevedo & ela De maneira aniloga, se alguem se incupaeita, por conduta que diga rspeito meramente a ele pre Drie, para o desempento de algun dever detén Zand que he inetrnba yaa om o public, incor recemeulpa por uma flla de natureza social. A Hinguom se deve punie simplesmente por ter bebi- dopmas wn soldado ow sit poicial que bebe em fecvigo, deve sofrer peu. 1m sama, quando ee Serifen um prejuizo defindo, om existe um rise efinido de prejuzo, a um indivi, ou ao pibli- {oro caso sa do setor da Uberdade, cecal no da ‘moralidade ou no da lei. a ‘as, em relagio A injtria meramente contin- gente, que se poeriachanar — interpretabiva qe {ima pessoa Pole crusir & sosiedade por eonduta {que mao viola qualquer dever speeifien para com, tr pabligo, nem veasiona dano pereeptvel a detek- fondo fadividno, a ineonveniéneia 6 do ordem {aque a socidade pode eonsenti sofréla om be-uy, | nuficio da Nberdade humana, See tem de punirs Es adultos por nio exidarem convenientemente de si, fon preferia que tal se fizerse em intengio deles Snesmos, e nip sob o pretexto de os impedir de pre- Jodicar a sua eapacidade de prestar & soviedade Uetricos que esta no pretende tenba 0 direito de Sxiein, Mas ndo posso eonsentir em debater 0 as- frunto como se a sociedade nfo éontasse, para ele- ar os seus miembros mais fracos até o se padrio nbnirio de eonduta racioual, com meios outros {que aguardar pratiquem algo irracional, para ela, Gutan, os punir por isso, legal ou moralments, A fociedade teve um poder absoluto sobre eles duran- {fe todo o pritciro periodo da sua existéncia — teve © period inteiro da infincia ¢ da menoridade para procurar tornielos eapazes de conduta recionsl na Mila. A geragio existente é senbora da educacio © Te todas as cireunstineiaa da geragio seguinte. Noo ‘pode, ma verdade, fazbla perfeitamente thin Poa, to lamentavelmente falha 6 ela propria em Hondaule esabedoria, Os sens melhores esforgos niko ‘0, sempre, nos easos inividuais, o= mais bem st- fedidos, Mas pode, muito bem, fazer a geracio, {que snrge, tao boa, no eonjunto, como ela propria, cig un pouco methor. Se a soeiedade deisa uma (quntidade consideravel de seus membros enesee- ‘fem como eriangas genminas, incapazes do atos fun- ‘Tados na eonsideragio racional de motives distan- {espa i mesma deve eensurarse pelas consequén- Gas. Armada nizo apenas de todos os poderes da ducagio, mas ainda da aseendéncia que a autoris Gade de tna opiniso aeelta sempre exerce sobre 08 fepfrites menos aptos para juizos autonomoss seadjurada pelas penalidades nafurais que imovitar Jeliente reeaem sobre os que ineorreta no desagea- 8 souN sreane amr do ou no desprezo dos conhecidos; no pode a eo- Giedade pretender que necessits, no ado de tudo ie: 0, do poder de expedir ordens ¢ impor obedivncig nos assuntos de natureza pessoal dos individuag: assuntos nos quis, segundo todos os prineipios de Justiga © politica, a decisio deve eaber a quem Ihe ‘suportard as consequénias, Seria resorrer no pi ‘meio, o que tenderia, mais que qualquer outra coisa, 8 desuereditar e frustrar os melhores provessos ag influenciar a eonduta, Se naqueles que se tenia? coagir & prudéncia ou & temperance houver do mi torial de que se fazom o2 earacteres vigorosos independentes, les, infalivelmente, se rebulario contra o jugo. Nenliuma pessoa dessa espéeie sent 1 jamais que os outros posstiam 0 diteito de a con, ‘trolar no que The eoneerne, eomo teem 6 de impo. ila de ofendé-los no que eoucerne a ele. I fact ‘mente se vem a considerar um sinal de espisito o o caragem desseatar uma tal autoridade frato do uusurpagio, e fazer ostensivamente o eontedio ext, to do que'cla presereve. Poi o caso do tipo de. Brosserin que sceden, na épora de Carlos TT, 8 fa. natica intolerineia moral dos pavitiaos. Quanto a9 quo se disse da necossidade de proteger a socieda. ‘do contra o mau exemplo dado pelos viviasox ou Te. Vianos, 6 verdade que'@ man exenmplo pode ter um efeito pernicioso, sobretuda o mau exemplo de fa zor impunemente injustien aos outros. “ISstamos, orem, falando da conduta que, sem fazer injusti {8 a08 outros, se supse eausar grande dano ao pro rio agente; e eu nao vejo como os que ervem nesse ano, Possam julgar que o exemplo nao tenha de ser, afinal, mais salutar que nocivo, desde que, £6 cexthe a ma conduta, exibe, outrossim, as penosas € sonmm A mneRDADE uo “HE acgradantes consequéncias, que, se & justa a censu- Gra que se faz A conduta, se deve supor, neeessaria- ‘mente, acompanharem 0 mau exemplo, em todos ‘98 eas06, on na maioria doles, © mais forte, contudo, dos argumentos contra ‘ainterferineia do piblieo na conduta puramente © pessoal, é que, quando ele interfere, e-pade apostar {que interfere de modo errado, e em Ingar exrado, Nas questdes de moralidade social, de dover para & eam 08 outros, a opinido do piblio, isto 6, de uma maioria dominante, embora muitas vezes exrada, Snatural que seja, ainda mais frequentemente, cer- ta, pois que, em tais questies, ele ¢ solicitado a jul- gar apenas los proprios interesses, da maneiva por jque algum modo de eonduta, se ge the permitisse a pratiea, o afetaria, Mas a opinigo de eemelhante SR maioria, imposta eomo lei A minoria, em questies de condita estritamente individual, tanto pode sor GREE corta eomd errada, Nesses casos, a opinido pibli- WIE ca, ua melhor hipétese significa & opiniso de algn- ‘oo [BBC mas pessoas sobre o que 6 bom ou man psra outras Desens, Muito frequentemente, pore, nem mest Bop sigitien, pois opiblico pasa com a maisper- feitaindiferenga sobre o prazer os a eonveniéneis dlaquees cuja comdata enna para 6 considera fpreferéneiadelo proprio. Mitos bf que consi- Geran uint injéria'a 8 qualquer eondata de que ‘fo gostem, e que com ela se magoam como s6 foe. fo frag te ra een da men fo Ina por que se toe vat carole gue, esas de trap tn einen lice dn ot, feirueam quo estes que desrespestar os sentimen: {eo doles por persstiem no abomingyel calto ot credo que professann. Mes no hi panidade entre 0 TAUVTIL CLL TLE reKererereeeeeerereropore = AIP bd 150 JonS sroare amt SOs A LaBEADADE wt rater de leis morais. No estou eserevendo um ‘ensaio sobre as aberracdes do sontimento moral existente. Isso & assunto por demais grave para ser diseutido ineidentemente, © por via de ilustra- cio. Contudo, farse mister dar exemplos que Inostrem ser o principio por mim defendido de im- partincia séria e pratiea, e nio me estar esforgan do por elevar uma barrcira contra males imaging ios, H nfo é difiell patontoar, por exemplos abu antes, que slargar os limites do que se pode eha- tar polieia moral, até a usurpagio da mais in- ave site uma pesson yla su peépria apni, eg unseat otra que ¢ conde Yo ato de pte? a opiniio — no mais que entre o desejo de um sal. tendon de arrobular win aly © 9 0 ete, ooo Gow conervar "Eo gos de ums pene tanto do sou peli introns conn a su ong Se ov a iia ols. facil quatuer un inaginag’s tm lien ial gue telco Inpataadas i, {nde scotia don inavidvs cn Uae a meee as inverts x6 xu dena abstntio downlod de conduta condenados pela experiéneia univer... fa "Blas ondo svi um pablo tal ety Diner sua ceosrat “Ou quan te prevespa 9 palloo com v experfaca taiversl®” Na pag sx en cols dveran dv oncraidado do agi ota tirditrentemente dele, Bentsen te apree oy ligsrunente dsfargdn& defendido ane'a frmanidade, or nove desin don errtven at Talistas ¢ especulativos, como preceito da religiio “| te coin ets o slo orgs ela, por ane mai Dien ge pecs ae on expts eos propio corasios te if da onda ue obigna anid oe ladon noatar Ose festa ao pobre plo endo pln ean fae en 0 faer dot to entinenen psa do bee 20 nals cle mane una llergel uote inna etna eg pt tt Como prinsiro exemplo, considerens#0 a8 n- tipating mridas sem melhor fundameato do que @ fato de os antipatzados, de opines relgiosss tix ferent, nto pratcnrem as observancas Tligiosas {bo sujeito,ecpecalmente ao abstinénens, Para ci tarum exemple algo trivial, nada, no eredo om na pritien dos estos, aera thas o Si dos ranome- {ates contra ees, do que eomerem carne de porn. nos fat ocho eet earg cot tun deagosto mais ineero do que o que os med Inns sentem por exse modo articular de sti Tavera fom. tratase, em primero lugar, de uma tienen A sun rligitn, Tan ciresnstanei, porem, {Tonentnm modo exples o yon om 0 ginero da 08 epngnaneia, pols beber vino, coisa tambern pee bia pela stat religit todos os magulmanos jul trim foal feito, ms nko repulatvo. A aversio de- fish enrno da “hesta ima” & ao contra, des te peclarearate,sndlogo awa antiatia intin~ ‘vay que a inde poreaein nana vox fitrada nos Sentinentog, parece compre starts mesmo naquee © mal aqui apontado nio € mal que exista apenas em teoria. E talver se eapere que et es pecifique exemplos nos quaia © piblico desta, 6po- ea e deste pais atribua as suas preferéncias 0 ea 12 some srvane sent Sey (23) (0 ease don pares de Bombuin & vin ex lr et Sede tte aoa et fo omar cae fe vact) Guahde naa Pte tab tary ‘roger eater, 6 digs eben ene tees ‘Depa deceiver tm cst’ da tn, ere ws eis ssn A smexoame 158 piedade, ofensiva, no mais alto gran, 20 Ser Su- ‘premo, cultué-lo de forma diversa da eatdlien ro- mana; e nenium outro eulto piiblion é legal em. solo espanhol. 0 povo de tora a Europa Meridio- nal eneara um elero easado nfo #6 como irreli- soso, mas tambem como impndiea, indecente, gros- seiro, repugnante, Que pensam’ os protestantes Geseesseitimentos perfeitamente sineetos,¢ da ten- S tativa de os impor avs nfo-catélieas? Contudo, se © é legitimo interfira a humanidade na berdade de cada um relativa ao que no eoneerne a interesses alheios, segundo que prinefpio é poasivel, coerente- mente, afastar esses ensos? On quem pode censa- rrar as pessoas que desejem suprimir o que Ihes pa- rece um eseiindalo aos olhos de Deus ¢ dos homens? ‘Nao se pode encontrar easo mais eloquente para ‘4 proibigo do que se tenha por imoralidade pes- soal, do que o eoustituido, aos olhos dos que etiea- rem essas pratieas como impiedades, pela sua si- pressio. E, a menos que sintamos’ boa vontade ‘para acolher a ligiea dos perseguidores, ¢ para der que podemos perseguir os outros porqup mio esti eortos, © que eles niio devem penseguir-nos porque esto errados, devemos prevalar-nos da ad- ‘missGo de um principio exja aplicagio a nis nos Aoeria eomo rude injustica Pode-se objetar aot exemplos precedentes, tornam imposeiveis entre nis: a opinido neste pais io se adapta a impor a abstinéneia de alimentos, ou a interferir na maneira por que 0 povo, de aeor do com o seu eredo ou inclinagio, pratique o etl: 4, prefira o easamento on o eelibato, 0 seguin- embora irragoavelmente, que as contingéncias os PVLIT KKK TERA rerecase

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