Curso: Técnico em nutrição/ Turno: Manhã. Professora: Fernanda Marques/ Matéria: Microbiologia. TEXTO REFERENTE: HPPC (Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle)
Sabemos que existem mais de 250 enfermidades diferentes
causadas por alimentos contaminados, conhecido como as Doenças Transmitidas por Alimentos - DTAs, são definidas como síndromes originadas pela ingestão de alimentos ou água que contenham agentes causadores de doenças em quantidades que afetam a saúde do consumidor em nível individual ou coletivo. As mais comuns são causadas por infecções bacterianas. Muitos dos casos destas DTA's são simples e não associados com surtos. Ocasionados por consumo de alimentos crus, mal cozidos ou mal higienizados. Os riscos inerentes aos alimentos podem ser tanto do ponto de vista da saúde humana como animal, e são classificados como Biológicos, Químicos e Físicos. Alguns dos Perigos Biológicos com significância em alimentos são entre outros os microrganismos como Campuobacter jejuni. Clostridium perfringens, Salmonellcis. Escherichia coli, parasitas, vírus como o da Hepatite A e Norwalk. Os Perigos Químicos estão principalmente constituídos pela longa lista de resíduos farmacológicos (etileños, beta agonistas, antibióticos, entre outros) contaminantes como herbicidas, produtos químicos provenientes da limpeza das instalações industriais, da fertilização de terras de cultivo e do controle de pragas e aditivos alimentares incorretamente utilizados (nitritos, glutamato monossódico, ácido nicotínico, entre outros). Paralelamente temos os Perigos Físicos que compreendem as contaminações físicas (vidro, metais, plásticos, entre outros) incorporados nos produtos durante as etapas de colheita, transformação e comercialização do alimento. Diversos fatores afetam a multiplicação dos microrganismos. A qualidade microbiológica dos alimentos é ditada: primeiro, pelo número e tipo de microrganismos iniciais (contaminação inicial); posteriormente pela multiplicação destes microrganismos no alimento. A qualidade da matéria prima e a higiene (de superfícies, ambiente, manipuladores) representam a contaminação inicial. O tipo de alimento e as condições ambientais regulam a multiplicação. Os fatores inerentes ao próprio alimento são denominados de parâmetros intrínsecos, como por exemplo, o pH e a atividade de água. Aqueles inerentes ao ambiente que cerca o alimento são denominados parâmetros extrínsecos, como por exemplo, a temperatura e a umidade relativa. Bactérias, bolores e leveduras apresentam exigências nutricionais bastante variadas, mas, usualmente encontram nos alimentos condições favoráveis para a sua multiplicação. Assim como, a competição da microbiota inerente ao alimento também atua favorecendo ou inibindo certas espécies ou grupos de microrganismos. Por outro lado, alguns tipos de leveduras, podem consumir os ácidos orgânicos de alimentos ácidos, dando condições para microrganismos, que antes tinham sua multiplicação inibida pela acidez, se multiplicarem. A estabilidade e a segurança da maioria dos alimentos são baseadas em muitos fatores, os quais visam evitar a multiplicação dos microrganismos impedindo a deterioração e a veiculação de doenças pelos alimentos. A qualidade e a segurança dos alimentos possuem um poderoso aliado: o processo de irradiação, que permite melhor conservação de carnes (bovinas, suínas e de aves), frutas e vegetais. A irradiação inativa os organismos que decompõem os alimentos, em particular as bactérias, os mofos e as leveduras. É muito eficaz para prolongar o tempo de conservação de frutas frescas e hortaliças, controlarem as mudanças biológicas normais associadas à maturação, a germinação e, por último, o envelhecimento. A irradiação também destrói os microrganismos causadores de doenças, inclusive os vermes parasitas e os insetos que deterioram os alimentos armazenados. Um controle dos procedimentos resulta em não contaminação ao consumidor, menos complicações legais. Levando a um resultado de cem por cento humanizado.