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Manual
Índice
Introdução ........................................................................................................... 2
Âmbito do manual............................................................................................. 2
Objetivos .......................................................................................................... 2
4.2.Rede de contactos....................................................................................... 36
Bibliografia .......................................................................................................... 44
Sites Consultados................................................................................................. 44
Introdução
Âmbito do manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de
curta duração nº 7225 – Estado de saúde: abordagem geral em contexto
domiciliário, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
Objetivos
Reconhecer o âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade.
Conteúdos programáticos
Âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade
Procedimentos e cuidados no apoio à toma de medicação
o Precauções sobre o uso de medicamentos
o Cuidados no armazenamento e administração (verificação do estado de
validade; cuidados no armazenamento; outros)
o Procedimentos de registo das tomas
Técnicas de deteção de alterações do estado de saúde
o Observação dos sinais vitais
o Questionamento acerca de sinais ou sintomas de alerta
o Vigilância da toma de medicação e outros cuidados de saúde
Regras de atuação em situações de alteração do estado de saúde
o Forma de atuação
o Rede de contactos
o Procedimentos para registo das ocorrências
Carga horária
25 horas
Âmbito de atuação
De acordo com o respetivo perfil profissional, cabe a este profissional, no que respeita
aos cuidados de saúde:
O Socorrista é toda e qualquer pessoa com habilitação para prestar socorro quando
exerce este ato. Um médico, um enfermeiro, um bombeiro, paramédico ou um
trabalhador de uma organização não deixam de ser socorristas pelo facto de possuírem
outro título profissional, no momento em que prestam socorro são socorristas.
Quem presta primeiros socorros não substitui a equipa de saúde mas tem um papel
fundamental em alertar os serviços e ajudar a vítima, evitando o agravamento da
situação, exigindo uma atuação responsável.
É necessário saber atuar com eficácia e prontidão, tendo sempre em mente a idade da
vítima, pois o socorro em algumas situações é diferente.
Contexto de atuação
O seu âmbito preferencial de intervenção é o das respostas sociais, designadamente no
Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).
para o efeito.
A indicação terapêutica deve estar definida de forma clara, assim como a sua forma de
administração. Esta deve estar registada num documento acessível a todos os
intervenientes na assistência medicamentosa.
Tipo de remédio
Tipos de prescrições
Fixas: Cumpridas até que o médico mande parar. Até esgotar o prazo
determinado. Aplicada num momento específico
SOS: Aplicado enquanto o doente necessitar.
Imediatas: Uma única dose
Tipo de remédio
Horário
Cuidados a ter:
Tenha atenção:
Modo de administração
Via oral
Absorção
Sublingual
São absorvidos por pequenos vasos sanguíneos
debaixo da língua
Absorção rápida, passa direto para circulação geral
Não passa nos intestinos e no fígado
Absorção incompleta e errática
Intestinal (ingestão)
Mais seguro, conveniente e económico
Pode irritar o estômago, interferir a digestão
Por vezes pode haver dificuldade em engolir
Xaropes
Elixires
Óleos
Pós
Grânulos
Doentes inconscientes
Com vómitos
Com diarreias
Via oftálmica
Qualquer medicamento oftálmico deve ser colocado diretamente na córnea, pois, evita
desconforto. Evitar tocar nas pálpebras ou noutras estruturas, para evitar risco de
infeção. Só devem ser dados no olho afetado.
Via auricular
Usados à temperatura ambiente, para evitar desconforto. Usar
soluções estéreis no caso de rutura da membrana timpânica. Não
forçar o medicamento a entrar no ouvido. Retificar o canal auditivo:
Crianças – segurar pavilhão auricular para baixo e para trás
Adultos – para cima e para trás
Via nasal
Usada para tratar infeções, alívio congestão nasal ou como anestésicos e
antissépticos.
Apresentação
Gotas
Inaladores
Vaporizadores
Via rectal
Função
Usados quando
O doente não coopera pela via oral, em Bebés, em Utentes com sondas e no caso de
Comprimidos com mau sabor ou cheiro.
Apresentação
Supositórios
Clisteres: Usados para facilitar evacuação e para Preparação para outros
procedimentos terapêuticos.
Via vaginal
Apresentação
Medicamentos
Comprimidos
Óvulos
Supositórios
Pomadas
Duche vaginal
Usado para combater infeções.
Apresentação
Via subcutânea
Usada em:
Vacinas (sarampo)
Anticoagulante
Insulina
Via intradérmica
Usada a face interior do braço para aplicação, pois, é Pobre em pelos, tem Pouca
pigmentação, Pouca vascularização e é de Fácil acesso para leitura.
Via intramuscular
Aplicação de Absorção rápida. O músculo escolhido
deve ser bem desenvolvido, de fácil acesso e não de
deve ter grande calibre nem nervos.
Via endovenosa
composta de sais orgânicos e medicamento. A solução não deve ser oleosa e não
deve conter cristais visíveis em suspensão.
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É essencial ter conhecimento dos valores que indicam os sinais de vida de um ser
humano, de acordo com a faixa etária e sexo do paciente. Assim, a verificação de sinais
vitais é de suma importância, para que através de sua averiguação possamos
correlacionar os dados para realizar a promoção da saúde.
Temperatura
O bulbo contém mercúrio; um metal liquido, o qual se expande sob a ação do calor e
sobre pelo interior do pedúnculo, indicando a temperatura em graus e décimos de
graus.
Pode ser avaliada nas regiões axilar, timpânica, oral, inguinal ou rectal. A mais utilizada
é a axilar.
ampla, pois raramente o ser humano sobrevive com temperatura corporal fora desta
faixa.
Termologia Básica:
Respiração
Na espécie humana, referimo-nos à troca de gases realizada pelos pulmões, que retiram
oxigénio do ar e devolvem dióxido de carbono. Pode ser influenciada por doença, stress,
Tipos de respiração:
- Cavidade nasal
- Faringe
- Laringe
- Traqueia
- Pulmões: Brônquios, bronquíolos e alvéolos
Deve ainda ser avaliada a frequência respiratória tendo em vista os sinais e sintomas de
comprometimento respiratório: cianose, inquietação, dispneia, sons respiratórios
anormais.
Pulsação
Define-se como o número de batimentos cardíacos por minuto. Pode ser influenciada
por doença, exercício, ansiedade, dor, etc.
Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a frequência de pulso
equivale à frequência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por
cada um dos lados do coração num minuto.
Terminologia Básica:
Monitorização da temperatura
Definição
Procedimento
Monitorização da respiração
Definição
Procedimento
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Monitorização do pulso
Definição
Procedimento
Lavar as mãos
Instruir o indivíduo sobre o procedimento
Posicionar ou assistir a posicionar o membro superior:
Ao logo do corpo, se o indivíduo estiver em decúbito dorsal;
Os principais sinais e sintomas passíveis de indicar uma emergência médica são variáveis
consoante a situação e a emergência concreta a que se referem.
• Opressão;
• Esmagamento;
• Aperto.
Dor que pode irradiar para o membro superior esquerdo, pescoço e mandíbula. Esta dor
pode ainda ser acompanhada de:
• Náuseas ou vómitos;
• Alterações do ritmo cardíaco;
• Sensação de desmaio;
Dificuldade em respirar.
Os sinais e sintomas que podem ajudar a identificar uma convulsão podem ser
organizados em três fases:
1.º Antes da convulsão o doente pode ficar parado, como ausente, começando a
ranger os dentes. Muitos doentes referem sentir um cheiro ou ver luzes coloridas;
2.º Normalmente o doente grita e cai subitamente, começando a cerrar com força
os dentes e mexendo-se descontroladamente. Neste caso, o doente poderá ficar
cianosado (cor azulada/cinzenta da pele) devido ao facto de ocorrerem períodos
curtos em que ocorre a suspensão da respiração e poderá salivar
abundantemente, o que pode ser identificado pelo «espumar pela boca»;
3.º A crise termina e o doente apresenta-se inconsciente, recuperando
lentamente a consciência. Normalmente apresenta-se confuso e agitado e não se
lembra do que aconteceu. É normal ocorrer mordedura da língua, mas na
generalidade sem gravidade.
As intoxicações acidentais são a terceira causa de lesão não intencional nas pessoas co
m mais de 65 anos. Os medicamentos, os alimentos retardados e o monóxido de carbo
no são as principais causas de intoxicação.
Intoxicações medicamentosas
Fatores de risco:
Sobredosagem.
Hipersensibilidade do organismo, originando reações alérgicas aos
medicamentos.
Reação derivada das peculiaridades genéticas do paciente.
Interações entre medicamentos.
Efeitos secundários dos medicamentos.
Efeitos teratogénicos dos medicamentos (provocam alterações na estrutura e
funções do organismo).
Ação:
Embora todos os medicamentos possuam uma ação benéfica mais ou menos específica,
1
a maioria deles, mesmo administrados nas doses corretas, podem igualmente originar
vários efeitos secundários adversos, de maior ou menor envergadura.
Caso se esteja perante uma pessoa que evidencie sinais e sintomas graves de uma
intoxicação aguda, deve-se chamar o corpo médico o mais rápido possível.
De qualquer forma, enquanto a assistência médica não chega, deve-se tentar obter o
máximo de informação sobre as possíveis causas de intoxicação: de que substância se
trata, quando e qual a quantidade ingerida ou inalada e quais os sinais e sintomas que
o intoxicado apresenta, informações fundamentais para que os médicos possam
identificar com exatidão o tóxico e proceder rapidamente ao tratamento correspondente.
Para além disso, enquanto se aguarda pelo corpo médico, deve-se igualmente efetuar
algumas medidas de primeiros socorros, de modo a reduzir ou travar a entrada ou
disseminação do tóxico ao longo do organismo.
Em caso de intoxicação por via digestiva, deve-se provocar o vómito da vítima, por
exemplo, desencadeando o seu estímulo através da introdução de um par de dedos na
garganta e mediante a ingestão de goles de água morna com sal ou com produtos
específicos, como o xarope de ipecacuanha.
Para além disso, caso o paciente esteja inconsciente, enquanto se aguarda pela
assistência médica, deve-se mantê-lo deitado de lado, na posição lateral de segurança,
para se evitar que, caso o paciente vomite, o material seja desviado para os pulmões.
Por último, se a vítima não respirar ou o fizer com muita dificuldade, deve-se proceder
à respiração boca a boca.
4.1.Forma de atuação
4.2.Rede de contactos
4.3.Procedimentos para registo das ocorrências
4.1.Forma de atuação
No domicílio do cliente deve existir uma caixa que contenha material essencial à
prestação de primeiros socorros (antisséptico de largo espectro - tipo Betadine, gaze,
pensos, ligaduras, adesivo, algodão, etc.), sendo a sua localização acessível e conhecida
por todos os intervenientes.
Na viatura de apoio à prestação do SAD deve existir também uma caixa que contenha o
equipamento necessário à prestação de primeiros socorros.
1
Não há uma fórmula para conseguir o controlo emocional pleno, depende de cada pessoa
e situação, sua educação, valores, crenças, vivências, etc., no entanto existem linhas
orientadoras que nos poderão facilitar o quotidiano.
Caixa de primeiros-socorros
o Sistemas de soros;
o Salbultamol inalador (opcional);
o Adrenalina (opcional).
Engasgamento
Ataque cardíaco
Feridas
A atuação nas ações de socorro a doentes com ferimentos deverá ter sempre
presente que a proteção da ferida envolve vários aspetos, entre os quais o
conforto do doente, com consequente diminuição da dor, presente na maioria
das situações que envolvem ferimentos.
A escolha dos materiais que se utilizam na realização de um penso não deve ter
como finalidade o tratamento
A utilização de soluções desinfetantes nas feridas deve ser limitada. Deverá ter
em conta que as soluções desinfetantes podem resultar num novo traumatismo
para a ferida, complicando a situação da pessoa a quem prestamos socorro.
Não sendo o tratamento o objetivo da intervenção pré-hospitalar, o produto de
eleição a utilizar é o soro fisiológico.
Os movimentos de limpeza de uma ferida deverão ser dirigidos do centro para a
periferia impedindo o arrastamento de detritos dos tecidos circundantes para a
ferida. Ou seja, a limpeza da ferida deverá ser feita da zona mais limpa para a
mais conspurcada. A utilização do soro fisiológico nesta limpeza é indispensável.
Envenenamento
Queimadura
frouxo;
Nas situações em que as queimaduras têm bolhas, o acidentado deverá
deslocar-se ao Serviço de Urgências mais próximo.
Remover roupas apertadas e jóias (podem ficar ainda mais apertadas no caso,
muito provável, de ocorrência de edema);
Arrefecer rapidamente a zona queimada com água, aplicando compressas
húmidas e frias (com um pano limpo). Verificar também, e com muita atenção,
se o lesionado apresenta complicações respiratórias;
Em caso de ser uma queimadura de terceiro grau pequena (com menos de 5 cm
de diâmetro), é possível colocar a zona magoada sob água fria corrente ou numa
pia com água fria, ou, em alternativa, usar compressas húmidas frias, durante 5
minutos. Nunca se deverá utilizar gelo.
Secar com muito cuidado o local queimado, através de pancadinhas e com um
pano limpo ou uma compressa;
Deslocar a pessoa ferida ao Serviço de Urgência mais próximo.
4.2.Rede de contactos
Os contactos para a resolução das situações de emergência estão em local acessível aos
colaboradores e restantes intervenientes.
Fases do SIEM
Deteção
Alerta
Pré-Socorro
Socorro
Transporte
Tratamento / Hospital
Existe sim um conjunto de intervenientes que vai desde o público em geral, aquele que
deteta a situação, até aos elementos que permitem que a assistência de urgência seja
possível.
• Público em geral;
• Médicos;
• Enfermeiros;
• Pessoal técnico dos hospitais;
• Etc..
ORGANIZAÇÃO do SIEM:
Numa situação de emergência em que exista risco de vida para um doente, se não forem
aplicadas medidas básicas de suporte de vida durante o tempo que medeia o pedido e
a chegada do meio de socorro, a recuperação do doente pode ficar definitivamente
inviabilizada ou dar origem a sequelas permanentes.
O 112 é o Número Europeu de Emergência, sendo comum, para além da saúde, a outras
situações, tais como incêndios, assaltos, etc. A chamada é gratuita e está acessível de
qualquer ponto do país a qualquer hora do dia. A chamada será atendida por um
operador da Central de Emergência, que enviará os meios de socorro apropriados.
Em qualquer caso de emergência, de Norte a Sul do País, o número 112 pode ser ligado
através dos telefones das redes fixa e móvel. A chamada é gratuita e é atendida de
imediato pelos centros de emergência que acionam os sistemas médico, policial e de
incêndio, consoante a situação verificada.
Antes de ligar 112, informe-se sobre os pormenores que a Central tem necessidade de
conhecer:
ONDE (local exato da ocorrência): rua, n.º da porta, estrada (sentido ascendente
ou descendente), pontos de referência.
O QUÊ (tipo de ocorrência: acidente, incêndio florestal ou outro, parto, doença
súbita, intoxicação, etc.).
QUEM (Vítima/doente, número de vítimas, queixas).
Bibliografia
Alves, Ana Paula et al. Noções de Saúde: Manual do Formando, Projeto Delfim, GICEA -
Gabinete de Gestão de Iniciativas Comunitárias do Emprego, 2000
Sanches, Maria do Carmo; Pereira, Fátima, Manual do formando: Apoio a idosos em meio
familiar, Projeto Delfim, GICEA - Gabinete de Gestão de Iniciativas Comunitárias do
Emprego, 2000
Sites Consultados