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A Implementação
da ISO 14000
www.atlasnet.com.br
H. James Harrington
Consultor Internacional sobre Qualidade da
Ernst & Young LLP
Alan Knight
Consultor da ICF Kaiser
A Implementação
da ISO 14 000 I~
Como Atualizar o SGA com Eficácia
Tradução
Revisão Técnica
Prof. Dr. Luis César G. de Araujo
SÃO PAULQ
EDITORA ATLAS S.A. - 2001
© 1999 by EDITORA ATLAS S.A.
ISBN 85-224-3014-4
Bibliografia.
ISBN 85-224-3014-4
01-4748 CDD-658.408
Prefácio, 19
Exercício, 30
Definições - SGA, 32
Comentários de "As empresas descrevem os benefícios do certificado ISO
l4001", 43
Auditoria ambiental, 51
Rotulagem ambiental, 54
Custo da certificação, 61
O contexto europeu, 65
O contexto 68
O contexto norte-americano, 69
Retorno do investimento, 72
Uma de precaução, 76
Resumo, 77
Referências, 78
Introdução, 79
Política ambiental, 84
Planejamento, 89
Implementação e operação, 98
petência, 101
ambiental, 105
das, 111
e preventiva, 115
Resumo,
Introdução, 125
Resumo. 144
FASE I: AVALIAÇÃO,
Introdução, 145
no de ação,
terno, 174
Resumo, 183
Introdução, 185
tos, 205
ambientais), 208
sUMAruo 9
ocorrer, 220
tal, 221
nizacional, 227
nas, 233
Passo 20 -
Criar o arquivo do projeto e um sistema de acompanhamento, 247
Passo 21 Desenvolver planos de rreinamento para suporte do SGA, 250
-
Passo 22 -
Preparar um plano de comunicação, 254
Passo 23 -
Atualizar o plano do pro.;eto e analisá·lo com a alta administra·
ção, 256
Será que isso funciona?, 257
Resumo, 257
Sugestões de leitura sobre gestão de projeto/desenvolvimento de produto, 259
Referências, 259
racionais, 290
vações, 298
Resumo, 300
Introdução, 302
SGA, 305
mentos, 307
Treinamento, 308
dos, 314
SGA,315
Resumo, 316
Introdução, 318
nário, 321
tração, 322
°
Passo 4 - Estabelecer e manter processo de análise crítica pela alta admi-
nistração, 325
nização, 336
°
Atividade 4 - Conduzir entrevistas para entender sistema de gestão
da organização, 341
de auditoria, 342
Resumo, 344
GLOSSÁRlO, 347
ACRÔNIMOS, 357
Foi um prazer para mim trabalhar neste projeto com James Harrington.
Seu conhecimento, sua experiência e sua criatividade foram inspiradores. Um
lino como este não teria sido possível, claro, sem a experiência que dá equilí
brio a suas idéias. Os muitos clientes com os quais trabalhei no desenvolvimen
to de sistemas de gestão ambiental ajudaram a melhorar tanto as idéias como o
"fazer". Ken Kolsky, que me contratou na leF Kaiser, e Peter Linquiti, com
quem agora trabalho, me possibilitaram desenvolver esta área prática. E por úl
timo, mas nem por isso menos importante, devo agradecer a minha esposa Pa
tricia, que entendeu as noites e os fins de semana,
Alan Knight
Prefácio
E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; assim
os céus e a terra foram criados.
Gênesis 1:31; 2:1
antes que pudesse ser consumida. Tomou-se pouco saudável nadar em alguns
lagos, os peixes não mais podiam viver nos rios e muitos dos quais nos selVía
mos estavam tão poluídos, que não podiam ser ingeridos. O ar tomou-se de tal
forma poluído, que respirá-lo encurtaria nossas vidas. Nossas estradas mais pa
reciam latas de lixo do que cenários relaxantes. Algo tinha que ser feito rapida
mente, ou a Mãe Natureza iria divorciar-se de nós. Para nossa sorte, pequenos
grupos de ambientalistas começaram a chamar a atenção de governos e do pú
blico em geral no mundo todo para esses problemas.
Nos últimos 50 anos, houve muito progresso em diversos países. O rio em
que eu nadava quando menino, que fi cou muito poluído para meu filho nadar,
agora está bastante limpo para meu nem nadar. Como as fábricas estão poluin
do menos o ar, meu carro não fica ma:s cobertO de fuligem depois que o esta
ciono ao ar livre durante o dia. O número de dias em que posso avistar Moffett
Field, a 28 milhas de distância, de minha sala de visitas, aumenta a cada ano .
As coisas estão melhorando, mas ainda estamos muito longe de alcança r har
monia com a natureza. Os problemas com água potável poluída atormentam a
África. Não somos capazes de corrigir o buraco criado na camada de ozônio so
bre a Antártica. As flore stas da América do Sul estão sendo devastadas numa
velocidade alarmante. Estamos consumindo nossos recursos naturais num ritmo
cada vez mais acelerado.
Quando aumentamos nosso conhecimento sobre o universo por meio da
exploração espacial, nos tomamos mais conscientes de quanto é frágil esta boli
nha de gude azul em que vivemos, chamada Terra.
Enquanto sobrevôo, bem alto, a Terra numa espaçonave, meu respeito pelo
isolamento do planeta se exaure. Posso ver bem do alto que os recursos aqui são fi
nitos.
Ora. Roberta L. Bondar, astronauta, física e fotógrafa
Os seres humanos tendem a ignorar o que não os aringe diretamente. Mui
tas pessoas não ligam para a quantidade de energia 2ue usam desde que pos
sam pagar por ela. Não pensam na água até qu e as praias sejam interditadas no
verão por causa da contaminação ou até que os peixes nos lagos e rios estejam
tão cheios de toxinas que não possam ser ingeridos. Infelizmente, as conse
qü ências para o meio ambiente do crescimento populacional e dos estímulos à
produtividade econômica não podem ser previstas com precisão e talvez não se
jam evidentes até chegarmos ao ponto em que não haja mais retomo. Pressupo
mos que a tecnologia estará sempre um passo à frente. Na verdade, não temos
solução a longo prazo. Colocamos nosso lixo num saco azul, cinza ou verde
para que possa ser reciclado e achamos ter feito nossa parte para conselVar nos
sos recursos. Embora isso seja necessário, não é o suficiente.
Vivemos numa sociedade descartável, voltada para o consumo, e há algu
mas grandes questões que ainda não foram tratadas. Todo dia, a poluição gera
PREFÁCIO 21
REFERÊNCIAS
~ Randy Billing;
~ John Foster;
~ Robert Wilson;
~ Gregory Kramer;
~ H. F. L. Kaltenburnner; e
~ Ralf Wissman.
26 A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
H. James Harrington
1
HJH
EXERCÍCIO
Abordagem SGA _ _ __ _ _
;;.:
i
A ISO 14000 foi escrita pelo Comitê Técnico 207 (TC 207), criado
pela Organização Internacional de Nonnalização - ISO. os elementos de
um SGA, a auditoria de um SGA, a avaliação de desempenho a rotu
lagem ambiental e a análise de ciclo vida. Os 19 documentos que compõem
a série são listados na Figura 1 A.
A ISO 14000 é uma de nonnas e diretrizes voluntárias. Tem,
por isso, vantagens significativas e pode complementar os requisitos regularó
rios. Eis algumas dessas vantagens:
... São preparadas por pessoas altamente capazes em suas áreas eSllecífí
Definições - SGA
Número de
Status Tílulo
Série ISO
14001 Publicada Sistemas de Gestão Ambiental - Especificação e diretri
zes para uso
14004 Publicada Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio
14010 Publicada Diretrizes para auditoria ambiental - Princípios gerais
14011 Publicada Diretrizes para auditoria ambiental - Procedimentos de
auditoria - Auditoria de sistemas de gestão ambiental
14012 Publicada Diretrizes para auditoria ambiental - Critérios de qualifi
cação para auditores
14015 Anteprojeto Avaliação ambiental de locais e organizações
14020 Final de projeto Rótulos e atestados ambientais - Princípios gerais
Norma internacional
14021 Projeto Rótulos e atestados ambientais - queixas autodeclara
Norma internacional das
• Termos e definições (antiga 14021)
• Simbolos (antiga 14022)
• Teste e verificação (antiga 14023)
14024 Projeto Rotulagens e atestados ambientais - Rotulagem am
Norma internacional biental tipo I
14025 Documento de trabalho Rotulagens e atestados ambientais - Rotulagem am
bientai tipo 111
14031 Projeto Avaliação de desempenho ambiental
Norma internacional
14032 Documento de estudo Avaliação de desempenho ambiental
Estudos de caso
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 33
Número de
Status Tílulo
Série ISO
14040 Publicada Análise de ciclo de vida Princípios e diretrizes
14041 Final de projeto Análise de ciclo de vida Definição de escopo e análise
Norma internacional do inventário
-
14042 Anteprojeto Análise de ciclo de vida - Avaliação de impacto
14043 Anteprojeto Análise de ciclo de vida - Interpretação
14050 Final de projeto Vocabulário de gestão ambiental
Norma internacional
Guia 64 Publicada Guia para a inclusão de aspectos ambientais em normas
sobre produtos
ISO 14061 Publicada Guia para orientar organizações florestais no uso das
normas ISO 14001 e 14004
A existência de um sistema mundial comum nos poupou dinheiro, pois, assim, não
precisamos lidar com 38 versões diferentes de SGA. 4
Ann Pizzorusso, diretora de assuntos ambientais da Phillips Electronics
Questões Classificação
A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental Escolha uma nota de 1 a 10, sen
vai melhorar do 1 =de forma nenhuma e 10 =
essencial para a sobrevivência
Meu acesso ao mercado?
Minha gestão de conformidade?
Minhas relações com os legisladores?
Minha redução de risco e responsabilidade?
Meu acesso ao seguro?
Meu acesso ao capital? I
Minha eficiência no processo? I
Meu desempenho ambiental?
Minha gestão global?
Meus custos/receitas?
Meu relacionamento com os clientes?
Meu relacionamento com os fornecedores?
Meu relacionamento com os funcionários?
Meu relacionamento com outros detentores de interesses?
Existe mais uma razão para você querer implementar um SGA ou melho
rar um já existente, e esperamos que esta razão esteja por trás de sua decisão. A
administração de uma organização tem responsabilidade pessoal em conservar
e proteger o meio ambiente para as futuras gerações. Esse sentimento de res
ponsabilidade e dedicação pessoal é a melhor razão para reduzir o impacto am
biental da organização, pois isso irá se refletir em melhores resultados no longo
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 41
prazo. Esperamos que você possa classificar esse item como 10. Se atingir 5 ou
menos, você deve entender por que a alta administração da organização ainda
não se comprometeu em minimizar o impacto negativo da organização sobre o
meio ambiente. É essencial que a mesma se sinta comprometida com o SGA, ou
ele será apenas minimamente eficaz após todo o esforço.
O Conselho Mundial de Empresas para o Desenvolvimento Sustentável pu
blicou em 1996 um resumo de um estudo intitulado Environmental Performance
and the Bottom Line. 3 Esse estudo congregou o conhecimento e a pesquisa de
especialistas de mais de 40 empresas, que relataram o seguinte:
Nesse modelo, o risco sistemático de uma empresa é medido por seu beta.
Beta é uma medida da volatilidade de uma ação com relação ao mercado glo
bal, na qual o beta do mercado recebe valor 1. Quanto mais alto o beta de uma
empresa, maior seu risco sistemático. As ações com beta maior que 1 são mais
voláteis do que as outras no mercado. A ICF Kaiser International realizou ampla
avaliação do conceito utilizando dados oriundos de mais de 300 grandes em
presas públicas nos Estados Unidos. As conclusões dessa avaliação estão na Fi
gura 1.7.
42 A IMPLEMENTAÇÃO DA [$0 14000
, Sistema de
geslão
f
ambiental
I Desempenho
ambiental
I-- Não-administrá vel Custo do patri
- Relatório de - Risco do negócio
I - mônio líquido
conformidade
- Risco financeiro Custo de
reguladora
-Política - mercado do pa
- Risco ambiental trimônio líquido
Processo de - Cobertura da
- Planejamento mídia
'---- Risco de crédito
Recurso & '---- Administrável
- Implementação - Códigos de
conduta industriais
- Medição do progresso
Talvez devêssemos
fazer alguma coisa
sobre isso.. .
Em janeiro de 1993, ficou decidido que a ISO iria empreender essa tarefa.
O de Gestão Técnica da ISO aprovou as recomendações do Sage e es
°
tabeleceu um novo comitê técnico, Te 207, para administrar Q desenvolvi
mento normas. Em março de a direção do secretariado do TC 207
foi entregue ao Conselho de Normas do Canadá (SCC). A Associação Canaden
se de Nornlas (CSA) assumiu a de administrar o secretariado em nome
do conselho. Alan Knight, um dos autores deste livro, e John Wolfe, colabora
dor, envolveram-se pessoalmente na administração do Secretariado Internacio
nal. Em junho de 1993, o primeiro encontro plenário do TC 207 realizou-se, em
Toronto.
Naquele encontro, foi desenvolvido um plano de trabalho que incluiu a cria
ção subcomitês e 18 grupos de trabalho (outros três grupos de trabalho
foram acrescentados posteriormente). Os secretariados dos subcomitês e os
grupos trabalho também foram estabelecidos e o trabalho iniciado imediata
mente. Durante os dois anos seguintes, os gl11pOS de trabalho qua
tro vezes ao ano e no terceiro encontro plenário, em Oslo, em junho
de 1995, seis documentos alcançaram o nível de projeto de norma internacio
naL Cinco dessas normas, essenciais à implementação e à auditoria de um siste
ma de gestão ambiental, foram publicadas no outono de 1996. Silo as seguintes:
ISO 14001 Sistemas de Gestão Ambiental - Especificação e diretrizes
para uso
ISO 14004 Sistemas de Ambiental - Diretrizes Gerais sobre prin·
cípios, sistemas e técnicas de apoio
ISO 14010 Diretrizes para ambiental - Princípios gerais
ISO 14011 Diretrizes pata auditoria ambiental- Procedimentos audi
toria - Auditoria de sistemas de gestão ambiental
ISO 14012 Diretrizes para audítoria ambiental - Critérios de qualifica
ção para auditores ambientais
Uma pergunta sempre feita a nós é sobre o tamanho que o certificado ISO
14001 É uma pergunta difícil de responder. O começo está sendo mais rá
pido que o do certificado ISO 9000 (sistema de gestão de qualidade SGQ). A
organizações à frente do processo na América do Norte é formada
por gnm<ies empresas como a Ford e a IBM" No outono de 1998 havia aproxi
mEtd2l1ll'enlte 6.000 organizações no mundo. Muitas estão no
Japão de 1.000) e na Europa somente o Reino Unido tem mais de 700
certificados. No entanto, os Estados Unidos e o Canadá são muito ativos. No ou
tono de 1998, havia perto de 200 certificados nos Estados Unidos e cerca de 80
no Canadá.
Há algumas questões a considerar em qualquer tentativa de comparar o
número de certificados ISO 14001 com o de certificados ISO 9000. Primeiro,
muitas empresas estão definindo o escopo de aplícação para a 14001 mais
amplamente do que para a ISO 9000, Assim, obter uma
ção para toda a organização em vez de uma ae:1:erla certíficaélos, um para
cada local de produção, Segundo, os tipos de organizações que impl<?mentarn a
ISO 14001 são, com freqüência, dos a ISO
9000, que foi amplamente conduzida pela dernarlda do meXCéldo fornecedor.
Muito poucos equipamentos elétricos, por ISO
9000 mas muitos estão implementando e sendo com a 1400L
Terceiro, como muitas organizações percebem uma competitiva po
tencial na certificação ISO 14001, não tornam públicas suas int.ençõ,ôs,
Um estudo recente realizado para a Parceria (US-AEP),
intitulado Candid view$ of FortUnE:' 500 compank~, indíca que, enquanto muitas
organizações tomaram posição sobre a ISO 14000, nem todas buscar
o certificado. Muitas utilizam-no como benchmark para avaliar e melhorar seus
sistemas, independentemente da decisão de se Os inter
nos, argumenta-se, podem ser alcançados sem optar pelo
certificado se houver beneficio externo,
Joseph Cascio, principal representante dos Estados Unidos na ISO 14000,
defende enfaticamente que 1998 foi 11m ano de o
do ISO 14001 na América do Norte, Casdo acreditava que, a paxtir de 1998, as
organizações dos Estados Unidos iriam preencher a lacuna entre elas e as em·
presas européias e asiáticas, e que, até o ano 2000, mundiais no
número de certificações ISO 14001.
Desde seu início, o Te 207 tem sido muito produtivo, Ocupou-se em pro
duzir 19 documentos (ver Figura IA) que compõem a ISO 14000 de nor
mas de gestão ambientaL
Esta série de documentos distribui -se pelos grupos seg1uint.es
°
A ISO 14001 é único padrão normativo sobre sistema de ambien
taL Por outro lado, a ISO 14004 é um padrão informativo a imple
mentação da ISO 14001. A ISO 14004 é de grande ajuda para as organizações
com pouca ou nenhuma experiência com SGA
É importante observar que a ISO 14001 é uma norma de gestão ambiental,
não de desempenho ambientaL Define os elementos-chaves que constroem um
SGA sem definir com precisão o modo como devem ser organizados ou imple
mentados. Isso pennite a cada organização adaptar o SGA a suas necessidades
particulares. A ISO 14001 não define valores ou critérios desempe
nho. Permite, assim, que cada organização estabeleça seus próprios objetivos e
metas de desempenho, levando em consideração os requisitos reguladores na
cionais, estaduais e municipais, bem como requisitos organizacionais adicio
nais, e ainda permaneça em confonnidade com a ISO 14001 e capaz de atuar
em níveis e lugares do mundo.
Os e o formato que embasam a ISO 14000 e a 14004 podem ser
facilmente visualizados como uma pirâmide (ver Figura 1.9), Na base da pirâ
mide o alicerce composto por comprometimento e política ambientais assu
midos administração e pelos funcionários, com o objetivo de minimizar o
impacto negativo da organização sobre o meio ambiente. O segundo nível enfo
ca o estabelecimento de metas e objetivos ambientais que serão utilizados para
medir as melhorias. O terceiro é um plano de que Ira
oferecer direcionamento e desempenho consistentes. O quarto nível é composto
de um de auditOlia interna e externa projetado para ressaltar as discre
p"11e"" no SGA e estabelecer ação corretiva para vencer essas discrepâncias.
/\
Melhoria
Contínua
Análise Crítica
pela Administ~ação
Auditoria e
Ação Corretiva
Processo de
Gestão Ambienlal
Alvos, Objetivos
e Metas Ambientais
Política e Comprometimento
Ambientais
ROTULAGEM AMBIENTAL
A ISO 14020 define nove princípios que devem ser a base todos os tipos
de atividades de rotulagem ambiental:
1. Rótulos e atestados devem ser precisos, identificáveis, relevantes e
confiáveis.
2. Atributos ambientais devem estar disponíveis aos compradores.
3. Rótulos e atestados devem-se basear em metodologia cientifica dera
lhada.
4. Critérios para atestar rótulos devem estar à disposição das partes inte
ressadas.
5. O desenvolvimento de rótulos e atestados deve considerar o ciclo de
vida do serviço ou produto relevante.
6. O trabalho administrativo deve limitar-se a estabelecer conformidade
com critérios.
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 55
~ C
onsulta aos detentores de interesses.
~ S
eleção das categorias de produtos.
~ S
eleção e desenvolvimento de critérios ambientais do produto . .
~ S
eleção das características funcionais do produto.
~ R
elatório e publicação dos resultados.
~ M
odificação dos critérios ambientais do produto.
A avaliação do ciclo de vida foi desenvolvida no fi nal dos anos 70, quando
o mundo passava por grande crise de energia. Foi concebida como ferramenta
sistêmica para monitorar os fluxos de material e energia nos sistemas indus
triais. O conceito de análise de ciclo de vida ainda é uma teoria em desenvolvi
mento, e tem sido difícil alcançar consenso porque as metodologias vêm ama
durecendo rapidamente. Inúmeros modelos de inventário de ciclo de vida vêm
sendo uesenvolvidos mundialmente para manusear os cálculos interativos ne
cessários para completar o exercício de equilibrar massa/energia. Ian Voustead,
um dos pioneiros da metodologia ciclo-vida, afirma: "Embora as indústrias se
preocupem primeiramente com produtos, a análise do ciclo-vida preocupa-se
principalmente com o sistema de produção. Essa distinção não é simples e é a
impossibilidade de reconhecer esta diferença que vai levar à imensa confusão
em torno da interpretação dos resultados das medições do ciclo de vida." "Fun
damentalmente, um sistema é um conjunto de operações que, quando agem
juntas, realizam alguma função definida. Especificar a função é crucial para a
análise porque não só determina quais operações integram os sistemas, mas
ainda determina o modo como os resultados serão finalizados."
(Inventário do ciclo-vida: uma descrição quantitativa, Dr. Ian Voustead,
The Open University, mar. 1992)"
58 A lN:PLE.\lEt'JTAÇAo DA ISO 14000
A certificação não é exigida pela ISO 14001, mas é uma das vantagens já
resolvidas. Cada vez mais as organizações pelo mundo afora estão utilizando o
certificado ISO 14001 como meio de identificar os fornecedores que possuem
SGA aceitáveis. Como resultado, o certificado vem sendo freqüentemente in
cluído como requisito nas solicitações de cotação.
CUSTO DA CERTIFICAÇÃO
ção.
~ A taxa de certificação, que varia de US$ 250 a US$ 500.
~ Despesas com viagem - é importante considerar os custos extras de via
gem que excedem o que a agência de certificação calcula. É ponto im
portante considerar se os auditores vão precisar viajar longas distân
cias. Recomendamos que você limite as despesas de viagem que serão
patrocinadas por sua organização.
Como a ISO 14001 é de base organizacional e não local, uma única certifi
cação pode cobrir vários locais. Se for esse o caso, a certificação terá um proto
colo-amostra de auditoria para auditar os locais. Nem todos os locais podem ser
auditados ao mesmo tempo, mas, normalmente, todos serão avaliados durante
um ciclo de auditoria definido.
O gráfico seguinte demonstra uma estimativa aproximada do número ne
cessário de funcionários/ dia para realizar uma visita ao local.
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE GESTÃO AMB IENTAL 63
COMPLEXIDADE DO SGA
Número de funcionários Simples Médio Complexo
1-29 (pequena) 2-4 3-5 4-7
30-499 (média) 4-7 6-11 8-13
500-3.999 (grande) 8-15 12-19 16-22
4.000 e acima (muito grande) 16-22 20-24 23-28
Caso II
Na análise desses dois casos, é fácil perceber que o caso II tem quase me
nos $ 200.000 envolvidos na manurenção do status de certificado ISO num pe
ríodo de mais de 10 anos. Fizemos, propositadamente, esses dois casos menos
complexos do que os casos da vida real. Na vida real, uma auditoria inicial
completa é geralmente programada a cada três anos, um aumento do custo so
bre os custos de verificação. Além disso, as agências de certificação, quando tra
tam de comratos em longo prazo, irão incluir o awnento do custo de vida rela
tivo às auditorias de verificação.
Tempo necessário
% (N = 79)
(em meses)
Menos de 6 18.0
7-9 27.0
10"12 27.0
13-15 10.0
16-19 11.0
20-24 4.0
25 ou mais 3.0
Figura 1.10 Tempo necessário para a certificação ISO 14001 de 79 empresas ja
ponesas.
o CONTEXTO EUROPEU
Desde o início, toda a Europa tem sido uma forte proponente das normas
SGA. A experiência com a série ISO 9000 mostrou que os europeus sen
tem-se mais adaptados às normas e esquemas de avaliação de conformidade do
que os norte-americanos. Das 250.000 empresas iJoje certificadas pela série ISO
9000 em todo o mundo, o maior número está na Europa. A América do Norte
vem sendo relativamente lenta na aceitação da certificação. Há, no momento,
menos de 20.000 empresas certificadas na A,'11érica do Norte, mas esse número
cresce rapidamente.
A Europa tem sido atuante no desenvolvimento normas de SGA. Dois
esforços, em especial, tiveram influência significativa no desenvolvimento da
série ISO 14000: BS 7750, a norma britânica de SGA: e o Plano de Auditoria e
Eco-Gestão (Emas), que se tomou regulamento em 1995. Ambos devem ser
considerados.
O Instituto Britânico de Normas (BS!) publicou em março 1992 um
projeto de norma britânica, a norma BS 7750, Especificação para Sistemas de
Gestão Ambiental. Uma segunda edição foi publicada em 1994. Tal qual a ISO
14001, descreve como uma organização pode gerir conformidade com as políti
. cas e objetivos ambientais escolhidos.
A especificação SGA BS 7750 visa melhorar o desempenho ambiental
de todos os tipos e tamanhos de organizações e é sustentada por uma aborda
gem gerencial sistemática e integrada, pela criação de objetivos e política am
biental corporativa e pelo conceito-chave de auditoria ambiental. A BS 7750
compartilha princípios comuns de sistema de gestão com a BS 5750, a especifi
cação para sistemas de gestão ambiental. A BS 5750 é um pré-requisito
para a implementação da BS 7750.
A BS 7750 oferece detalhes sobre SGA, pessoal, organização e política am
biental, efeitos ambientais, objetivos e metas ambientais, programas de gestão
ambiental, controle operacional, documentos de gestão ambiental, auditorias
de gestão ambiental e análises de gestão ambiental.
O requisito para um certificado de efeitos ambientais - por exemplo, uma
lista dos efeitos ambientais significativos, diretos e indiretos, atividades,
produtos e serviços da organização no meio ambiente - é o objetivo principal
da especificação. Isso inclui a certificação dos efeitos importantes das emissões
atmosféricas, lançamentos em corpos dágua, resíduo sólido e outros, contami
nação do solo e uso de recursos.
A BS 7750 nâo ou estabelece critérios, objetivos, indicadores, metas
ou cronogramas de desempenho ambiental específicos para um negócio ou o;::'
ganização. O único nível de desempenho especificado é para atender aos requi
66 A WPLEfvtEXTAÇAO DA ISO 14000
plantas.
~ Verificação independente do demonstrativo ambiental.
~ Acesso público ao demonstrativo de verificação.
~ Estabelecimento no mais alto nível administrativo de metas quantifica
das de melhoria.
Uma das diferenças mais importantes entre o Emas e a nonna BS 7750 é o
requisito do Emas relativo ao demonstrativo ambiental que tem de ser prepara
do para cada local participante do plano. O demonstrativo ambiental deve
produtos químicos.
li>- Métodos e equipamento de controle de poluição.
... Ferramentas de gestão ambientaL
... Métodos para avaliação dos efeitos ambientais dos produtos .
... Aspectos (tenninologia, simbolos, definições).
O PC 7 concordou em não duplicar o trabalho realizado pejo TC 207 da
ISO se o comitê da ISO pudesse desenvolver as normas num tempo adequado.
O Emas foi, portanto, um impulso significativo na orientação do ritmo e escopo
do trabalho 0.0 Te 207.
Alguns membros da União Européia demonstraram preocupação quanto à
não inclusão na ISO 14000 de alguns requisitos do Emas. Como resultado, o PC
7 preparou um documento curto que abrange elementos-chaves não incluídos
na ISO 14000 mas incluídos no Emas: por exemplo, a publicação de um de
monstrativo ambiental público anual, freqüências de auditoria ambiental e aná
lise de auditoria. A preocupação geral é de que haja uma proliferação de nor
mas baseadas nas necessidades de países e indústrias. A Norma sobre
Qualidade 9000 da indústria autornotiva, uma modificação da série ISO 9000
Sistema de Gestão pela Qualidade, é um excelente exemplo de como tal prolife
ração ocorre, Mesmo aceita pela União Européia para os objetivos do Emas, a
ISO 14001 deve ser suplementada por uma análise inicial e um demonstrativo
ambiental. Ao evoluir, o Emas avança em direção à ISO 14001 com enfoque no
desempenho mais um demonstrativo ambientaL
o CONTEXTO ASIÁTICO
o CONTEXTO NORTE-AMERICANO
lhorar seu desempenho ambiental. Acreditamos, por isso, que muitas organiza
ções mexicanas de médio e grande porte irão utilizar a norma ISO 14001 como
modelo de gestão ambiental, mas não buscarão o certificado a menos que ele
ofereça vantagem competitiva ou seja exigido pelos clientes.
Uma pesquisa conduzida pelo Banco Mundial com organizações mexicanas
de médio e grande porte descobriu o seguinte:
RETORNO DO INVESTIMENTO
ISO 14000
Evita o retrocesso
RESUMO
Não resta dúvida. Sistemas de gestão ambiental estão aqui para ficar, e o
certificado pelas normas ISO 14001 está ganhando terreno em todas as partes
do mundo . Logo será uma grande preocupação na seleção de novos fornecedo
res e contratantes . Em breve, estaremos vendo a conformidade às normas ISO
1400 1 incluída como requisito orçamentário em muitas organizações.
Há duas razões importantes por trás da revolução da ISO 14001. A razão
principal é que os clientes querem negociar com os fornecedores e contratantes
que se preocupam com O meio ambiente, e a certificação é uma das melhores
maneiras de demonstrar essa preocupação . Os benefícios que uma organização
recebe como resultado da formalização de seu SGA são a segunda razão . Os au
tores deste livro, depois de examinarem cuidadosamente os prós e os contras de
um sistema ambiental documentado, apóiam fortemente o conceito e encora
jam todas as organizações a priorizarem essa atividade em seu plano de metas
organizacionais. A verdade é que achamos difícil entender como uma organiza
78 A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
ção moderna, que tem forte impacto sobre o meio ambiente, pode funcionar
sem um SGA formalmente documentado e se surpreende com o fato de esse as
sunto não ter sido enfatizado e abordado na década de 70.
De acordo com Craig Liska, diretor para as Américas de saúde e segurança
na Motorola Corporation, "se você não tem um SGA interno, está perdendo o
bonde". É uma valiosa ferramenta para não perder as oportunidades possíveis
de prevenção de poluição. E acrescentou: "O pensamento que fundamentou a
ISO l4001 é que foi útil, não o certificado."3
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
•
~
4. 5 Verificação e ação corretiva
4.6 Análise crítica pela administração
80 A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
Melhoria
contínua \
Análise crítica
pela administração
Política
Verificação e ambiental
ISO 14001
ação co rretiva
Implementação
eoperação
Anexos
Executar
A seguir, uma lista de cláusulas que se aplicam a cada uma dessas cinco
categorias:
82 A TMPLEMEi\lAÇÃO DA ISO l4000
Oriental"
... 4.1 Requisitos gerais
Planejar
... 4.3 Planejamento
Executar
li!> 4.4 Implementação e operação
li!> 4.4.1 Estrutura e responsabilidade
... 4.4.2 Treinamemo, conscientização e competência
... 4.4.3 Comunicação
li!> 4.4.4 Documentação do sistema de gestão ambiental
li!> 4.4.5 Controle de documentos
... 4.4.6 Controle operacional
... 4.4.7 Preparação e atendimento a emergências
Verificar
... 4.5 Verificação e ação corretiva
li!> 4.5.1 Monitoramento e medição
li!> 4.5.2 Não-conformidade e ações corretiva e preventiva
... 4.5.3 Certificações
... 4.5.4 Auditoria do sistema de gestão ambiental
4.1.1 Generalidades
4.2 Planejamento
4.2.1 Generalídades
Implementação
4.3.1 Generalidades
1 Generalidades
Anexos
POLÍTICA AMBIENTAL
~ Melhoria contínua.
~ Prevenção de poluição.
~ Conformidade à regulamentação ambiental relevante.
~ Conformidade a outros requisitos a a organização se submete.
O comprometimento com a melboria contínua refere-se a um comprometi
mento com a melhoria conTInua do sistema de gestão. Espera-se, entretanto,
86 A lMPLE:ViENTA{}.O DA JSO 14000
COnlprOnletUnento
Eliminar todos os aci:dent"s de trabalho tomando o local livre de riscos e
ações de risco.
Diminuir, ao nível mais baixo, os poluidores no processo de fabricação.
Conservar os recursos naturais no desenho, fabricação, uso e descarte
produtos e prestação de serviços.
Estabelecer normas de proteção ambiental e segurança que estejam
quadas e superem as leis locais, quando necessário, para atingir os objetivos
desta política.
Atribuir responsabilidade aos gerentes operacionais pela segurança e
sempenho ambiental e liderança e recursos necessários.
Exigi.r que todos os funcionários obedeçam às nOffi1as.
Apoio
Quantificar objetivos ambientais e de segurança; medir periodicamente o
progresso; relatar o ao Conselho Diretor da UTC, funcionários e co
munidades; e atender e necessidades de outros.
Desenvolver tecnologias e métodos que garantam locais de trabalho segu
ros em todo o mundo e proteger o meio ambiente, e promover estas coisas fora
da UTG.
Priorizar as consideraçbes ambientais e a segurança nas de
timento e de desenvolvimento de novos produtos, e nas negociações com con
tratantes e fornecedores.
Trabalhar com associações industriais e governamentais, para de;serlvoIvEõr
leis e regulamentações que apóiem esses objetivos.
(Nota: A UTC integrou, desde então, suas políticas ambientais e segu
rança.)
A ISO 14001 EM DETALHE 89
PLANEJAMENTO
~ Uso de matéria-prima.
~ Uso de energia.
90 A lMPLEMEm'Açf.O DA ISO 100;)ú
~ Âmbito do impacto,
~ Gravidade do impacto,
li>' Probabilidade de ocorrência,
li>' Freqüência/duração do impacto,
IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
biental
A4.S Controle de documentos
ISO 14004 4.3.2.1 Recursos humanos, físicos e financeiros
4.3.2.2 Harmonização e integração do SGA
4.3.2.3 Responsabilidade técnica e pessoal
43.2,4 Conscientização ambiental e motivação
4.3.2.5 Conhecimento, habilidades e treinamento
Comunicação e relato
4.3.3.2 Documentação do SGA
4.3.3.3 Controle operacional
4.3.3.4 Preparação e atendimento a emergências
A ISO 14001 EM DETALHE 99
~ Higienista industrial.
~ G erente de avaliação de risco.
~ Analista de risco.
~ A
uditor ambiental.
~ A
uditor de qualidade do ar.
~ E
ngenheiro de segurança.
~ Técnico
ambiental.
~ Cientista ambiental.
~ G erente de segurança e saúde ambiental.
~ Químico.
100 A IMPLEMENTAÇÃO DA lSO 14000
política
Procedimentos e
documentos do SGA
Procedimentos operacionais
e instruções de trabalho
Documentos
11> Política.
11> Procedimentos e documentos de SGA.
11> Procedimentos operacionais e instruções de trabalho,
11> Documentos.
1, Documentos obsoletos são os que não possuem interesse imediato pard a organízação, (Nr)
108 A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
~ Tipo de documento.
~ Elemento da ISO 14001 a que se refere.
~ Número do documento.
~ Número da revisão.
~ Data.
Muitas organizações já terão sistemas de localização de documentos em
uso. O objetivo é descobrir um sistema que funcione. Se o sistema já existente
funciona, utilize-o. Se faltarem uma ou duas informações úteis, verifique se é
possível acrescentar um sufixo ou prefixo ao sistema existente. Por exemplo,
muitas organizações já possuem procedimentos ou orientações abrangentes de
trabalho em nível operacional. Em vez de criar novos procedimentos ambien
tais, geralmente a informação ambiental será acrescida ao procedimento exis
tente. Essa informação pode ser identificada como parte do SGA ao se acrescen
A ISO 14001 EM DETALHE 109
~ O título do documento.
~ O setor da organização a que se aplica.
~ A atividade, produto ou serviço a que se aplica.
~ As partes responsáveis pelas revisões e controles de acesso.
~ As partes responsáveis pelo cumprimento do procedimento.
~ Próxima data de revisão.
~ Lista de distribuição.
operações e atividades que possam ter um impacto sign ificativo sobre o meio
ambiente. Tais procedimentos devem incluir o registro de informações para
acompanhar o desempenho, controles operacionais pertinentes e a conformida
de com os objetivos e metas ambientais da organização.
Os equipamentos de monitoramento devem ser calibrados e mantidos, e os
registros desse processo devem ficar retid os, segundo procedimentos definidos
pela organização. A organização deve também estabelecer e manter um proce
dimento documentado para avaliação periódica da conformidade à legislação e
regulamentos ambientais pertinentes.
Até certo ponto, esse elemento baseia-se no velho ditado, "O que é medido
é administrado". Na ISO 14001, assim como na série ISO 9000, documentação
e rastreabilidade são extremamente importantes. Afinal, as normas existem
para oferecer um mecanismo que assegure que as organizações cumpram aqui
lo que dizem que irão fazer.
Já foi declarado repetidamente que o certificado da série ISO 14000 é um
registro do sistema de gestão ambiental e não de desempenho ambiental. Essa
cláusula, no entanto, refere-se diretamente ao desempenho ambiental. Se o sis
tema de gestão funcionar adequadamente, deve estabelecer objetivos e metas
de desempenho, implementar ações para atingi-lo e medir esta realização. A ta
refa mais importante de um auditor de SGA, portanto, será a de verificar a ade
quação da função de monitoramento e medição e não somente os resultados .
Ele irá observar os resultados somente para avaliar se o sistema de gestão é su
ficiente para permitir alcançar os objetivos e metas.
A organização, ao monitorar e medir o desempenho ambiental, irá prova
velmente utilizar instrumentos e substâncias quimicas de referência para con
duzir os testes. Como a ISO 9000, a norma requer que todos os equipamentos
de teste sejam calibrados e que sejam mantidos os registros adequados da cali
bração. A norma não especifica que a calibração deva ser realizada por labora
tórios credenciados de calibração; entretanto, um auditor de certificação pode
rá legitim amente solicitar a origem das normas de referência utilizadas na
calibração.
Monitoramento e medição devem ser parte do próprio sistema de gestão,
bem como os sistemas operacionais e o desempenho ambiental. Os resultados
dessa atividade devem ser utilizados não somente para avaliar se objetivos e
metas foram atingidos, mas também para ajudar a identificar onde as correções
ou melhorias são necessárias.
A diferença principal entre monitoramento e medição e o programa inter
no de auditoria (cláusula 4.5.4) é que monitoramento e medição são contínuos,
enquanto a auditoria é periódica. Além disso, monitoramento e medição devem
ser abrangentes, enquanto as auditorias são conduzidas utilizando técnicas de
amostragem e seu escopo pode ser limitado.
A ISO 14001 EM DETALHE 115
... Identíficação,
... Coleta.
... Indexação.
... Arquivamento,
... Armazenamento,
... Manutenção.
... Recuperação .
... Retenção .
... Arranjo de documentos e registros.
A infra-estrutura tal pode ser custosa se for repetida separa
damente para cada organizacional, como qualidade, saúde e segurança,
e meio ambiente. Além disso, sistemas criam problemas de acesso. Se
a informação sobre a gestão ambíental não for facilmente acessível para a alta
administração, responsável por decisões comerciais estratégicas, será então
mais difícil considerar o ambiente nestas decisões e, igualmente difícil,
obter e reter o comprometimento da alta administração para com a gestão am
bientaL
das normas da série ISO 14000. A política requer comprometimento a ela. Por
tanto, é o objetivo-chave da análise crítica pela administração. A melhoria que
se busca é a melhoria no sistema, entendendo-se aqui que um sistema atualiza
do irá resultar num melhor desempenho. O auditor de certificação irá portanto
observar a análise crítica pela administração, enquanto ela contribui para o pro
cesso de melhor atualizar o SGA. Para isso, ele terá que verificar se planos de
ação de acompanhamento foram produzidos pela análise crítica e se foram exe
cutados.
RESUMO DA DOCUMENTAÇÃO
RESUMO
\
A Terra não é descartável, mas é reciclável.
HJH
INTRODUÇÃO
- Fase I
Avaliação }-
-
Fase 11
Planejamento r-- Fase 111
Atualização
4
Fase IV
ImplemeJltação f-.
Fase V
Auditoria -- Fase VI
Melhoria contínua
~ F
ase 111: Atualização - Consiste em 17 passos
~ F
ase IV: Implementação - Consiste em 12 passos
~ F ase V: Auditoria - Consiste em 6 passos
~ F
ase VI: Melhoria contínua - Consiste em 8 passos
Total de passos: 75
FASE I: AVALIAÇÃO
1".~
Fase 1
Avaliação
2 Fase Atividades
Sim A.INíCIO
Fase 2
Planejamento 1> SLm
I
Não
I
1. Deseja atualizar o SGA?
2. Não faça qualquer
alteração.
l
:t
3. Deseja que o SGA receba
I 5 .-1 4 IJ o certificado ISO 14000?
4. Selecione o formato do SGA.
5. Selecione o consultor.
7 Não 6. Selecione a agência de
Sim 11 certificação.
9 7. Você tem um manual ambiental.
Não 8. Defina a estrutura de
documentação do SGA.
Fase 3
9. Está de acordo com a
Atualização
norma correta?
10. Prepare fluxogramas de
processos eos documentos
II I
necessários.
11 . Emita novos documentos.
Fase 4 12. Treine os funcionários no
Implementação uso de documentos.
13. Faça auditoria para assegurar
IV que adocumentação está
Sim correta esendo observada.
14. Os documentos precisam
15 >-- - , ser alterados?
Fase 5 Sim
Auditoria 15. Você vai certificar o SGA?
16. Conduza uma auditoria de
terceira parte.
17. O SGQ passou pela auditoria
V de terceira parte?
18. Aprovado para certificação
ISO 14000.
Fase 6 19. Conduza auto-auditoria
Melhoria contínua continua.
20. Realize auditorias semestrais
de terceira parte.
VI
Sim 21 . As discrepâncias toram
detectadas?
21>------'
Não
Figura 3.2 Fluxograma do processo de atualização do sistema de gestão ambien
tal de uma organização.
128 ,0\ 1:V1PLElvIE!\1A(~I\O DA ISO 14000
3. Treinar a Equipe.
4. Definir as ferramentas de tecnologia da informação que a ESA irá uti
lizar.
5. Definir a estrutura e o formato da documentação.
6. Definir o sistema de controle e distribuição de documentos.
7. Identificar os elementos das atividades, produtOS ou serviços organi
zacionais que podem interagir com o ambie-'lte (aspectOs ambientais).
8. Classificar os aspectOs ambientais.
9. Identificar os impactos ambientais correlatos.
10. Definir os impactos ambientais significativos.
11. Definir, em cada processo, os fatores que provocam impacto nos as
pectos ambientais.
12. Priorizar os aspectos ambientais, prestando atenção especial aos re
quisitos legais e emergências potenciais que possam ocorrer.
13. Desenvolver um plano que atenda às emergências ambientais.
14. Desenvolver uma lista de instruções de trabalho, procedimentos e po
líticas ambientais que precisam ser escritOs.
15. Definir como os principais aspectos ambientais serão medidos e esta
belecer objetivos e metas de desenvohámemo .
16. Preparar e implementar um processo de Gestão da Mudança Organi
zacional (GMO), para apoiar o projetO de SGA.
17. Identificar quem irá realizar as auditOrias iniciais independentes.
18. Selecionar uma agência de certificação.
19. Identificar os proprietários dos processos e subcomitês.
20. Criar um arquivo do projeto e li.":l sistema de acompanhamento.
21. Desenvolver planos de treinamento para apoiar o SGA.
22. Preparar plano de comunicação.
23. Atualizar o plano do projeto e analisá-lo com a alta administração.
A pessoa responsável pela coordenação do desenho e implementação da
atualização do SGA (o gerente de projeto) deve formar uma Equipe de Sistema
Ambiental composta por pessoas que representem todas as funções organizacio
nais cujas atividades tenham impacto sobre o meio ambiente. As funções típicas
que devem estar representadas nessa equipe são produção, manutenção, ques
tões ambientais, engenharia, desenho e gestão da informação.
A ESA será treinada para entender os conceitos contidos na série ISO
14000. A Equipe fará então uma análise detalhada para comparar o SGA exis
130 A DA ISO 14000
tente com os requisitos definidos pelas normas. Essa análise será confirmada
por estimativas dos necessários para atualizar cada elemento do SGA
até atingir os padrões exigidos. A ESA não deve limitar-se aos itens definidos na
ISO 14001. Requisitos adicionais de interesse específico da organização devem
ser considerados neste momento. Lembre-se de que a ISO 14001 estabelece so
mente os requisitos mínimos, e as organizações sempre ultrapassam os requisi
tos estabelecidos pela ISO 14001 na definição do SGA. Acreditamos que a
maioria das organizações não se satisfaz apenas em atingir os requisitos mini
mos e deseja alcançar sistemas empresariais de destaque.
A ESA irá também preparar uma lista completa de aspectos e impactos am
bientais associados que estão relacionados com as atividades, produtos ou ser
viços organizacionais.
As classes típicas aspectos ambientais são:
... Uso de
... Emissões atlnosfÉ,ric:as, incluindo ruídos e odores .
... "ariçame:ntIJs em corpos d'água,
... Uso de
... Alterações no solo.
... Resíduo sólido e perigoso.
Uma forma de identificar os aspectos ambientais da organização
é por meio do exame do processo de produção passo a passo. Atenção eSI,eclal
deve ser dada emissões desses processos. As emissões típicas incluem:
A organização deve apoiar "outros requisitos ambientais" que não são im
postos pelo governo. A ISO 14001 requer que você considere os impactos des
ses requisitos no SGA quando listar os aspectos ambientais e projetar o SGA.
São documentos opdonais como os seguíntes:
I» Programa de Liderança Ambiental.
I» Príncípios do Conselho Mundial Negócios para o Desenvolvimento
Sustentável e Aliança para as Economias Responsáveis pelo Ambiente.
I» Programa Moderno de Estratégias Parceria Ambienta; do Instituto
Americano de Petróleo.
I» Programa de Cuidado Responsável das indústrias quimicas.
I» Programa de Responsabilidade e Comprometimento Ambiental da
Associação Canadense de Eletricidade.
Geralmente, esses comprometimentos não são específicos de um local mas
sã.o assumidos em âmbito corporativo. Nesse caso, você deve identificar os com
prometimentos que se aplicam a cada localidade. Além disso, muitas organiza
ções possuem requisitos ambientais auto-impostos que devem ser identificados
e considerados quando os aspectos ambientais são definidos e quando o SGA é
desenvolvido. Quase sempre os requisitos ambientais internos têm enorme im
pacto sobre os objetivos e metas ambientais. É importante ressaltar, novamente,
que a ISO 14001 requer que a organização defína e atualize tanto os aspectos
regulamentados como os não regulamentados.
A ESA vai definir a estrutura da documentação do sistema de amo
biental, e esses documentos vão ser incluídos no manual ambiental com a docu
mentação operacional de apoio. Basicamente, a estrutura de documentação do
SGA está dividida em quatro níveis:
... Nível estratégico - manual ambiental.
I» Nível tático procedimentos operacionais.
I» Nível operadonal - ínstruções de trabalho.
... Nível históric.o documentos e dados meio ambiente.
A ESA deve também desenvolver um conjunto de medidas a serem utiliza
das para definir os efeitos que o SGA atualizado terá sobre a organização e
como scrão medid.os.
Modificar o SGA tem impacto significativo pata a maioria das organiza
ções. Como resultado, deve-se preparar um plano de Gestão da Mudança
nizacíonal CGMO) para auxiliar a organização na intemalização das mudanças
no SGA. A importância um plano GMO eficaz para apoiar qualquer revisão
importante do SGA não pode ser superenfatizada. É importante perceber que
parte do esforço de avaliação realizado na Fase I direcionada para a idemifi
134 A lMPLE1"l,.:NTAÇÃO DA ISO 14000
Durante a Fase 111, a ESA deve criar os sllbcomitês responsáveis por docu
mentar c/ou atualizar os processos do SGA existente e sua documentação para
que fiquem em conformidade com os requisiros definidos na norma ISO 14001,
acrescidos de quaisquer outros requisitos que a organização introduziu no SGA.
Uma das principais vantagens de atualizar o SGA é o desafio ao sistema existen
te e a criação de um novo sistema que esteja mais alinhado com as melhores
práticas e ofereça mais recursos à organização. O novo SGA deve funcionar
num ambiente que se transforma consistentemente e deve, por isso, ser de ação
preventiva e não de ação corretiva.
Acrescente-se a essas considerações a complexidade organizacional. Ao re
desenhar o SGA, você deve considerar a força de trabalho em permanente mu
tação numa organização de base tecnológica e informativa, que elimina grande
parte do controle e direção oferecidos administração. Esse novo mundo de
organizações concentradas no cliente e energizadas pelo corpo funcional fez
novas exigências ao SGA, tornando, com freqüência, obsoletas em 1999 as que
eram relevantes em 1990.
Hoje, o sistema gestão ambiental precisa ser proativo e preventivo em
vez de reativo e corretivo como era em 1990. Aproveite o redesenho de seu
SGA para recriar e reinventar processos comerciais que darão à organização
uma vantagem competitiva. Você é chamado a agir toda vez que ouvir "Esta é a
maneira como fazemos há muitos anos."
Cada membro de cada subcomitê deve ser treinado em todos os requisitos
necessários paTa a conformidade com a ISO 14001 e deve saber por que esses
requisitos são necessários para ajudar a organização a funcionar melbor. Se for
caro atualizar o SGA e/ou a organização estiver planejando a certificação, todos
os funcionários devem receber treinamento inicial relacionado à política am
bienta! e aspectos ambientais relativos a sua função. Deve entender completa
136 A I:\.1PLFME,KTAÇÁü DA ISO 14000
1. Os processos organizacionais.
2. O status tecnológico da organização.
3. As crenças e padrões de comportamento das pessoas que formam a or
ganização (cultura organizacional).
Esses três fatores são alavancas importantes que influenciam o processo de
planejamento (Fase II), mas tomam-se fatores críticos e considerações-chaves
durante a fase de implementação. Muitas abordagens são utilizadas para imple
mentar um sistema de gestão ambiental atualizado. Três delas são <ê5 seguintes:
Auditorias Externas
RESUMO
/~
INTRODUÇÃO
Mercado
ROI
o
o
co
U>
co
Imagem Valor 3
"'
o
~
ro
U>
Ambiente
Natural
Há muitos sinais de alerta que podem indicar que sua organização precisa
atualizar o SGA. Alguns são os seguintes:
Riscos ambientais
Paralisações Responsabilidades
clientes ambientais
~ Uma análise pode ser conduzida mais rapidamente que uma auditoria.
A equipe de avaliação não precisa reunir evidência objetiva para cada
constatação.
~ Uma análise é mais flexível que uma auditoria. Não é tão controlada
pelo protocolo de avaliação, e membros da equipe têm mais habilidade
para omitir elementos do SGA que julgam estar funcionando bem e se
aprofundar mais nas áreas que possam estar funcionando de maneira
ineficaz.
154 A IMPLEMENTAÇÃO DA [$0 14000
~ Constatações que não são amparadas por evidência objetiva podem ser
refutadas mais tarde, o que pode retardar o avanço de iniciativas de
melhoria.
~ Opiniões preconcebidas por parte de integrantes da equipe de avalia
ção, que não são independentes do SGA, podem influenciar indevida
mente os resultados da análise.
~ Uma análise não desenvolve, normalmente, a defesa do devido cuidado
tão bem como um processo de auditoria.
No fim, a abordagem aplicada à avaliação irá depender da cultura organi
zacional e da história passada das iniciativas de melhoria do SGA. A maioria
das organizações seleciona um processo que fica entre os dois extremos de uma
simples auditoria e de uma simples análise. Elas utilizam a abordagem analítica
encorajadas pela evidência objetiva típica de um processo de auditoria em que
há discordância entre gerentes sobre a existência de falhas. Algumas organiza
ções escolhem conduzir uma auditoria de conformidade juntamente com a ava
liação do SGA. Uma auditoria de conformidade determina se a organização está
em conformidade com as leis e regulamentos ambientais aplicáveis e outros re
quisitos apoiados pela organização, tais como políticas, diretrizes e melhores
práticas gerenciais. Não-conformidades reguladoras e outras apresentam, geral
mente, falências ou inadequações nos sistemas, nas políticas e nos procedimentos
gerenciais. Portanto, as constatações das auditorias de conformidade podem ser
utilizadas para apontar à equipe de avaliação as deficiências no SGA que devem
ser identificadas durante a avaliação. É também importante identificar o âmbito
ou limites geográficos e organizacionais do SGA antes de iniciar a avaliação.
A Organização Internacional de Normalização (ISO) recomenda que o âm
bito de um sistema ISO 14001 difere do definido no sistema de gestão pela
qualidade da série ISO 9000. A ISO recomenda que os sistemas de gestão pela
qualidade sejam projetados e implementados no âmbito da instalação. A insta
lação pode buscar a certificação nas normas da série ISO 9000 para toda a or
ganização' para um grupo selecionado ou para somente um de seus produtos
e/ou linhas de serviço. Na ISO 14001, a certificação baseia-se na organização
em vez de basear-se na instalação. No entanto, as organizações podem procurar
os certificados com base na instalação ou certificar a organização toda na ISO
14001. Muitas organizações estão escolhendo seguir o modelo ISO 9000 e bus
car a certificação para cada instalação separadamente. Essa abordagem protege
FASE J, AVALIAÇÃO 155
li" Compreensão das ligações entre o SGA e outros sistemas de gestão que
funcionam na organização.
li" Compreensão das expectativas gerenciais sobre o desempenho am
bientaL
A equipe deve desenvolver alguns desses conjuntos de aptidões antes de
conduzir a avaliação. Por exemplo, para desenvolver compreensão sobre as li
ga,çõ<:s entre o SGA e outros de gestão, a equipe de avaliação poderá
rCíl!i;,ar uma reunião com um facilitador capacitado ou recorrer à experiência e
conhecimento de pessoas-chave na organização.
Outras aptidões são mais dificeis de desenvolver num curto período. Por
exemplo, habilidades para entrevistar e comunicar podem levar muitos anos
para serem desenvolvidas. O da equipe de avaliação deve portanto garan
tir que os membros da equipe principal já sejam adequadamente competentes
nestas áreas. Ao mesmo tempo, achamos que uma rápida sobre habilida
des para entrevistar irá ajudar.
Pelo menos uma pessoa na equipe de avaliação entender muito bem
os 17 elementos que formam a cláusula 4 da ISO 14001. Na falta dessa pessoa,
um consultor pode preencher essa necessidade e treinamento para ou
tros membros da equipe. Um consultor também pode ser de grande ajuda na
estruturação da avaliação no oferecimento de treinamento das aptidões neces
sárias para avaliação, e na garantia de que as metas de qualidade de infortna
ções foram atingidas. Em da diversidade de aptidões necessárias, reco
mendamos que as organizações envolvam pessoas-chaves das unidades
orísallizad.on.ais importantes e utilizem uma abordagem equipe para avaliar
oSGA.
Agora que os membros da equipe de avaliação foram identificados e que
os gerentes informaram-nos sobre suas participações, o chefe da equipe (geral
mente, o gerente do SGA, a menos que urna abordagem de auditoria esteja sen
do utilizada) deve enviar a cada um:
liação.
~ Preparar o plano e cronograma do projeto.
~ Documentar e obter consenso sobre um código de conduta que deve ser
seguido durante a avaliação (um código de conduta á pico pode ser vis
to na Figura 4.3).
prova?
Quando todos os membros da equipe tiverem terminado de responder às
questões de avaliação de status, as planilhas devem ser então reunidas e anali
FASE 1, AVALIAÇÃO 161
sadas. A média e alcance para cada questão devem ser anotados. A Figura 4.5 é
um exemplo de como 20 questões devem ser anotadas. Todas as questões de
vem ser anotadas da mesma fonna .
10
9 o o
8
o o o
7 o 00 o
6
5 o
*
4 o o o
3 o o
2 o
o
n
Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº N° N Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Alcance
O Média
Figura 4.5 Piloto da avaliação da equipe sobre 20 questões na avaliação Tipo 1.
°
Para tornar papel do governo federal ainda mais complexo, a Câmara e o
Senado possuem outras comissões que tratam das condições ambientais e tam·
bém produzem leis para ajudar a melhorar o meio Algumas COllÚS
sões na Câmara que enfocam as condições ambientais
FASE (, AVALIAÇÃO 165
i
Item 5 - A certificação de terceira parte deve ser ou não
parte do plano de ação
As empresas escolhem atualizar seu SGA com base :::a ISO 14001 en
caram a possibilidade da certificação de terceira parte ser ou do pla
no de ação. Essa geralmente se resume na avaliação dos custos e berre
fícios associados com a cerrificação. Com base em experiências, o DI. Alarr
Knight acredita o custo para certificar-se com a ISO 14001 é mais ou me
nos o mesmo da ISO 9001
Diferentemente do processo estabelecido de certificação da série ISO
9000, não existe no momento qualquer diretriz formal produzida por organis
mos de acreditação organizações que controlam as agências de certificação)
para indicar as necessários para avaliar o SGA or
ganizacionaL Na diretrizes, é de certa maneira difícil uma
fóm1Ula pela qual se possa estlmar o custo de auditoria de um SGA. No entan
to, a título de orientação, o processo de certificação para uma organização de
tamanho médio, com mais ou menos 250 funcionários, com alguns aspectos
ambientais significativos, deve custar algo entre $ 10.000,00 e S 20.000,00. Ai;
auditorias verificação anuais necessárias para manter a devem
custar aproximadamente entre .$ 4.000,00 e $ 10.000,00 a cada ano subse
qüente. Embora não sejam números altos, se aplicam a um único estabeleci
mento. Se a tem 10 instalações, vai precisar aproximadamente
$ 150.000,00 o certificado e $ 80.000,00 para manter-se certificada. Esses
custos serão reduzidos se a agência de certificação utilizar um
protocolo-amostra ou se a organização obtiver um certificado para várias insta
lações.
As organizações que já buscaram ou pretendem buscar o certificado identi
ficam muitos benefícios que compensam os custos, tais como:
Equipe Executiva
~ Análise geral, de duas a quatro horas, da série ISO 14000 e do papel da
equipe executiva no apoio ao SGA.
~ Oito horas de treinamento em gestão da mudança organizacional.
Equipe de Projeto
Administração Geral
~ Análise geral da ISO 14000 durante oito horas e o papel da administra
ção geral na implementação e manutenção do SGA.
~ Discussão de quatro a oito horas sobre GMO, dependendo do âmbito
da mudança envolvida como ficou determinado na avaliação.
Todos os Funcionários
~ Fase I - Avaliação.
~ Fase 11 - Planejamento.
~ Fase III - Atualização.
FASH AVALIAÇÃO 179
~ Fase N - Implementação.
~ Fase V - Auditoria e certificação.
~ Fase VI - Melhoria contínua.
Quando terminar a estimativa de cuSto, analise-a com o patrocinador, ge
rentes de departamentos e outros que estarão envolvidos no projeto para ga
rantir colaboração. Certifique-se, com os patrocinadores e gerentes atingidos,
de que os custos são viáveis e mensuráveis.
O segundo passo na análise custo-benefício é definir os benefícios espera
dos que resultarão do projeto de melhoria do SGA. Para iniciar esse procedi
mento, um ou mais representantes da equipe de avaliação devem reunir-se com
os patrocinadores do projeto e a alta administração para analisar a lista de re
cursos que inicialmente provocaram a idéia do projeto. Qualquer recurso agre
gado importante também deve ser discutido, inclusive:
Desde 1991, a Danish Steel Works vem operando com uma margem de lu
cro de 8,7%, superando líderes de mercado como a Nippon SteeJ.
A Ciba, empresa de produtos químicos com sede na Suécia, é uma das em
presas-líderes mundiais do ponto de vista ambiental e isto pode ajudá-la, em
parte, a ser classificada em 42 2 lugar na lista das 500 Empresas Internacionais
apontadas pela revista Fortune, quanto ao retomo sobre a receita. Em 1995, a
Ciba recebeu a Medalha de Ouro do Conselho Mundial de Meio Ambiente por
avanços ambientais importantes. Como resultado do enfoque sobre o meio am
biente, num período de quatro anos entre 1991 e 1995, a Ciba conquistou o se
guinte:
RESUMO
RESUMO
I~
Lembll'e-se da máxima: Um planejamento correto evita o
desempenho medíocre.
INTRODUÇÃO
Agora que o projeto foi aprovado e que seu responsável foi nomeado, um
plano detalhado para redesenhar, implementar, auditar e manter o SGA deve
ser desenvolvido. O plano preparado pela equipe de avaliação, na verdade um
esboço do que era necessário fazer, não é acurado ou detalhado o suficiente
para ser usado na administração de um projeto dessa magnitude. Para o projeto
de melhoria do SGA ser implementado no prazo e seguindo o orçamento, a
equipe do sistema ambiental (ESA) deve preparar seu próprio plano detalhado.
É absolutamente necessário que a ESA não apenas aprove sem questionar
o orçamento e o projeto que a equipe de avaliação preparou, pois assim a ESA
não possuirá o nível de comprometimento com o projeto necessário para que
ele seja um sucesso. A ESA não deve hesitar em alterar o plano e o programa
caso ele possa ser melhorado ou se não for um plano realista. Se o plano do
projeto final aumentar o tempo do ciclo do projeto, ou se tiver um custo alto
(mais de 10% é uma boa medida), o novo plano do projeto deve ser revisto
com a alta administração para fazer as devidas correções no orçamento. A equi
pe de avaliação já deve ter notificado a alta administração que sua estimativa
poderia variar no máximo em mais ou menos 20%.
O planejamento é uma fase de suma importância. Durante essa fase, são
identificados os aspectos e impactos ambientais da organização. O processo de
186 A IM PLEMENTAÇÃO DA [$0 14000
Identificar todos os
Avaliar conforme
aspectos e -->
a significância
impactos
Critérios
de significância
l l
Manter Pode ser
Administrar- I- Melhorar
registros administrado
Procedimento de
Objetivos e metas
controle operacional
necessários
necessário
Figura 5.1 Elementos-chaves de um SGA.
identificação não precisa ser documentado, mas deve ser repetido e gerar os
mesmos resultados todas as vezes. Entretanto, recomendamos que seja bem do
cumentado.
A Figura 5.1 apresenta os elementos-chaves de um SGA, conforme de
monstrado por John Stans na reunião da ISO/ Te 207 em São Francisco em
1998. Esse diagrama pode ajudá-lo a visualizar um SGA, enquanto você começa
a fase de planejamento.
Os 23 passos a seguir conduzirão a organização por meio da Fase 11 - Pla
nejamento:
1. Formar a equipe do sistema ambiental.
2. Selecionar um consultor, se necessário.
3. Treinar a ESA.
4. Definir as ferramentas de tecnologia da informação que a ESA usará.
5. Definir a estrutura e os formatos da documentação.
6. Definir o sistema de controle e de disttibuição dos documentos.
7. Identificar os elementos das atividades, produtos ou serviços da orga
nização que podem interagir com o ambiente (aspectos ambientais).
Fil;SE fi: Pl",J"NEJi'J..(ENTO 187
L Introduções.
2. Revisão do relatório avaliação.
3. Preparação da declaração de missão da ESA.
4. Observação da equipe para definir que habilidades as pessoas foram
treinadas a usar para solucionar problemas.
5. Estabelecimento de um código de conduta da equipe.
6. Preparar a descrição das tarefas dos membros da equipe.
7. Definir o treinamento necessário para a ESA.
8. Discutir como um consultor pode ajudar com o projeto e se ele deve
ser contratado. (Em alguns casos, um consultor já pode ter sido contra
tado para ajudar na avaliação ambiental. No caso de se lIsar a ajuda de
um consultor, um subcomitê será designado para fazer a seleção. Tra
zer um consultor para o grupo deve ser uma prioridade, pois este pode
ajudar a treinar a ESA e a desenvolver o plano do SGA.)
9. Preparar uma tabela das futuras reuniões e uma lista detalbada do que
deve ser feito nos 14 dias seguintes, com pessoas já designadas para
cada tarefa,
~ Processos.
~ Tecnologia.
~ Pessoas.
Muitas firmas de consultoria possuem um excelente entendimento dos
processos e tecnologias ambientais, mas apresentam deficiências na área de
pessoal. Certifique-se de que o provável consultor possa explicar, em profundi
dade, a metodologia da gestão da mudança que será utilizada pela firma de
consultoria. A expertise em gestão da mudança é um fator-chave em qualquer
projeto de atualização bem-sucedido e deve ser considerada na seleção da firma
de consultoria.
Pessoas Processos
.....I---4~
Tecnologia
Química pessoal
ção, e a personalidade dele terá um grande impacto sobre como seus funcioná
rios e gerentes aceitarão o novo sistema ambiental. É importante que o consul
tor venha de uma cultura que seja compatível com a cultura de sua
organização. Os especialistas em meio ambiente de sua organização podem de
sempenhar essa função devido apenas a suas habilidades técnicas. O consultor
precisa ter não somente conhecimento técnico, mas também bom relaciona
mento com as pessoas, para motivá-las a superar preconceitos do passado e as
segurar que suas idéias sejam aceitas.
Não existe dúvida sobre isso: um consultor ambiental competente pode
poupar à organização grandes somas em dinheiro. Os consultores visualizam o
quadro maior e têm menos chance de envolver-se com os detalhes menores que
sua equipe ambiental. E também terão uma visão melhor de como O sistema
pode ser implementado de forma mais eficaz e com maior eficiência.
A ESA deve entender muito bem o que é um SGA e como e por que ele
funciona. No Capítulo 2, cada uma das cláusulas da seção 4 da ISO 14001 foi
discutida em detalhes. Os Capítulos 2 e 3 fornecem as informações necessárias
sobre os "como" e os "o quê" que estão por trás do SGA. Além dessas informa
ções básicas, sugerimos que todos os membros da ESA participem de um curso
formal para auditores da ISO 14001. Pelo menos um membro da equipe deve
realizar tal treinamento. Se a organização selecionou um consultor para ajudar
a equipe, este terá condições de prestar o treinamento necessário em SGA, as
sim como de dar informações sobre as outras metodologias exigidas. O treina
mento em SGA levará de 18 a 40 horas. É melhor realizá-lo em períodos peque
nos de duas a quatro horas de aula, em duas a três semanas.
A próxima grande necessidade de treinamento para a ESA refere-se à me
todologia da gestão da mudança organizacional. Conforme observado anterior
mente, a atualização do SGA para atender às exigências definidas na ISO
14001 resulta numa mudança na maneira de operação de muitos processos e
na forma como as pessoas precisam agir com relação à documentação. Essas
mudanças importantes afetam muitas pessoas em toda a organização, e é inge
nuidade pensar que essas mudanças na filosofia operacional serão adotadas em
toda a organização sem uma preparação adequada.
Os membros da ESA precisam tornar-se adeptos do uso da metodologia de
GMO (gestão da mudança organizacional) . Uma aula de GMO será de aproxi
madamente 24 horas e incluirá as seguintes matérias:
192 A LMPLEMENTAÇÃO DA ISO l 4000
~ Gestão da dor.
~ Custo do status quo.
~ E
laboração das declarações de visão.
~ A
função dos patrocinadores, agentes de mudança e defensores.
~ A linhamento cultural e organizacional.
~ G
estão da transição.
~ M apeamento da mudança.
O consultor deve ser capaz de dar esse treinamento. Se você não estiver
usando um consultor, há uma série de cursos que darão o conhecimento neces
sário. Há também o livro Project change management, de Daryl Conner e H. Ja
mes Harrington (McGraw-Hill, 1999) para ser consultado.
Macroprocessos
Processos
Tarefas
GD
Aou organizacional
1 Definem Ambiente
Pessoal
N1 para conceitos
conceitos - --- --- --
Procedimentos I I -----
2
8 ou
N2
fornecem a Quatro
interrogações
OQuê, Quando,
Quem e onde
----- O Conceitos para
processos e
atividades
I I ---- -- - - - - ~- - __
Cou Instruções - Diz Atividade para
3
N3
como fazer tarefas
-- - --- ---
O ---~
4
Dou
Registro - Prova
N4 que foi feito
Figura 5.5
CJ
Composição da documentação.
Banco de
dados
cam. Ou seja, o manual ambiental define os aspectos que o SGA deve estar em
conformidade, e por quê. Ele descreve a estrutura do sistema ambiental, define
as políticas relacionadas ao meio ambiente e faz a ligação com os procedimen
tos que implementam os conceiros do manual ambiental. De acordo com essa
abordagem, os documentos que fazem parte do manual raramente serão altera
dos. Ele é o documento-chave em torno do qual o SGA é construído. Na
ISO/DIS 10013, os documentos da Fileira 1 são geralmente classificados como
documentos de Nível 1 ou Nível A (veja Figura 5.5).
Não é necessário que uma organização tenha um manual ambiental sepa
rado. Os documentos sobre meio ambiente da Fileira 1 podem ser parte de um
conjunto de outros documentos da Fileira 1 ou combinados com os documentos
da Fileira 2.
O formato típico de um documento da Fileira 1 teria os seguintes itens:
~ Título.
~ Número do documento.
~ Função responsável.
~ Objetivo.
~ Escopo.
~ Referências.
~ Definições.
~ Requisitos (conceito, política ou qualidade).
~ Nível de mudança.
li> Título.
li> Número do documento,
FASE n, PlANEJAMENTO 201
~ E
scopo.
~ D
ocumentos de referência.
~ D
efinições.
~ D
iagrama em bloco do processo.
~ D escrição do processo.
~ Registros de treinamento.
~ Registros de inspeção, manutenção e calibração.
~ Registros de medições ambientais relativas às metas e objetivos.
~ Registros de manutenção ambiental.
~ Registros de incidentes ambientais e ações corretivas.
~ Registros de contatos com as partes interessadas.
~ Resultados de auditoria.
~ Análise crítica pela alta administração.
~ Registro de conformidade com os requisitos legislativos e regulamen
tares.
(Contínua)
204 A Th1PLEMEf\'TAÇl\.o DA ISO 1<1000
A ESA deve definir, nesse momento, como e por quem os documentos am
bientais serão controlados. Para que isso seja possível, primeiro a ESA precisa
decidir quem será o responsável pela atualização e distribuição dos documen
tos. Muitas organizações fazem uso de um centro de controle de documentos
como ponto principal para essa atividade. Essa é, de longe, a melhor aborda
gem. Outras confiam na função que foi determinada responsável pelo docu
mento para controlar a atualização e a distribuição. Outras organizações ainda
usam uma combinação dessas duas abordagens. O centro de controle lida com
documentos das Fileiras 1 e 2, e a função responsável lida com os documentos
das Fileiras 3 e 4. A essa altura do projeto do SGA, a ESA deve definir quem
será o responsável pelo processo de controle do documento, e fazer com que a
responsabilidade seja aceita.
As decisões referentes à distribuição e ao controle dos documentos preci
sam ser tomadas antes que a implementação do sistema de gestão ambiental
documentado comece. Isso significa que o primeiro procedimento que precisa
ser implantado é o procedimento de manutenção e distribuição do controle de
documento, que inclui as seguintes decisões· chaves:
~ T
odos os documentos principais estão em um único lugar.
~ M
antém-se uma história detalhada da alteração nos documentos.
~ M
inimiza a possibilidade de documentos marcados serem usados.
~ Resíduos
- Resíduos de processo.
- Resíduos de escritório.
- Resíduos de embalagem.
~ Resíduos perigosos
- Resíduos líquidos.
- Resíduos sólidos.
~ Emissões atmosféricas
~ Solo
- Derramamentos ou vazamentos de substâncias químicas no local.
- Depósito de lixo ou aterro.
- Alterações da topografia.
~ Utilização de materiais
.. USO de energia
I A A1 Al a Alta
A1b Alta
A1 c I Baixa
A2 A2a Média
!
B BI B1a Alta
B2 B2a Média
C C1 Cl a Baixa
C2 C2a Baixa
C2b Baixa
I I I C2c Ba 'xa
-
Figura 5.6 Formulário de análise de aspectos/impactos.
•
~
Controle de qualidade e inspeção.
Operações industriais.
•
~
Serviços administrativos.
~ Pesquisa e desenvolvimento.
~ Satisfação do consumidor.
•
~
Saúde e segurança.
fluência. A maioria dos auditores acredita que uma organização tem influência
sobre seus forne cedores. Geralmente, esse é o caso, mas em algumas situações,
a organização pode estar à mercê de um fornecedor muito maior ou de um úni
co fornecedor. Por exemplo, uma organização pode comprar somente uma pe
quena porcentagem de um produto de um único fornecedor que pode recu
sar-se a usar as embalagens restituíveis da organização. Para situações como
essa, determinar se um aspecto deve ser incluído no programa do SGA da
l4001 é muito mais difícil do que parece.
A equipe da função cruzada deve priorizar, para posteriormente analisar
os aspectos questionáveis. Cada aspecto deve ser analisado com relação à estru
tura e às operações da organização. Aqueles que estiverem claramente sob con
trole e influência da organização serão prontamente aceitos pela equipe da fun
ção cruzada. Outros terão de ser investigados por um ou mais indivíduos
designados pela equipe. A investigação consistirá tipicamente em entrevistas
com as partes relevantes (isto é, fornecedores, clientes etc.), uma revisão dos
registros históricos específicos e uma análise de planos futuros para a atividade.
Os resultados das investigações devem ser relatados à equipe para discussão e
para uma decisão final de incluir ou excluir a atividade como um aspecto am
biental significativo.
O número de investigações será substancialmente reduzido, se as pessoas
certas forem originalmente designadas para a equipe da função cruzada. Os
membros de equipe bem informados já saberão as respostas para as perguntas
sobre controle e influência. Entretanto, existem algumas questões típicas que
precisam ser investigadas. Uma matriz de controle de aspectos ambientais pode
ser usada para documentar os resultados desse tipo de análise. O formato da
matriz pode ser parecido com o da Figura 5.7.
carte de produtos. Seus métodos são, de certa forma, subjetivos e podem utili
zar intensivamente os recursos.
5. Desenho para o meio ambiente. Esse método incorpora considerações
ambientais no desenho do produto.
6. Auditorias de prevenção da poluição ou auditorias de minimização de re·
síduos. Essa técnica é para identificar as oportunidades para reduzir ou
eliminar a fonte de poluição e para ídentiJicar opções de reciclagem. Ela exige
uma avaliação bem rigorosa das operações da organização e não examina os
impactos fora do local.
7. Avaliação da propriedade ambiental. Essa técnica é usada avaliar
as responsabilidades ambientais potenciais, associadas com a instalação ou
aquisições ou vendas do negócio. O escopo e o nível de detalhe são variáveis, e
não avaliam os impactos associados com produtos ou serviços.
8. Avaliação do risco. Esse método é utilizado para avaliar os riscos po
tenciais ambientais e/ou com a saúde tipicamente associados com a exposição
qnímíca. Uma variedade métOdos qualitativos e quantitativos tem sido co·
mumente usada.
As organizações são encorajadas a usar urna técnicas de des·
ses aspectos ambientais, como um ponto de partida para desenvolver os proce·
dimentos específicos a serem usados para determinar os impactos ambientais
significativos. O método escolhido deve ser ampliado para cobrir todos os as
pectos ambientais detenninados como de controle da organização, conforme
discutido anteriormente no Passo 7. Na verdade, pode·se usar uma combinação
dessas técnic:as.
Várias ferramentas, tais como as auditorias, podem ser usadas para forne
cer informações de apoio a essas mctodologias_ Assim, o processo é o seguinte:
L Escolha sua perspectiva e a seqüência ou hierarquia,
2, Selecione as metodologias e critérios que irá utilizar.
3, Identifique as fontes de informação que irá utilizar.
4, Execute.
Freqüência do Impacto:
um teste funcional e uma avaliação física para garantir que os materiais e equi
pamentos não estejam bloqueados para acesso imediato,
10, Os suprimentos de limpeza de emergência de substâncias químicas
devem ser adquiridos e colocados em todo o local em áreas de alto risco, Esses
suprimentos vão de kits de ferramentas, vassouras e até neutralizadores de
ácidos e de bases,
11. Todos os membros da EAE devem passar por um exame físico no mí
nimo uma vez por ano, assegurar que estão aptos a desempe
nhar a função designada.
12, O plano deve treinamentos simulados regulares onde a EAE
pratica as funções que lhe foram atribuídas. Por exemplo, a EAE deve treÍllar
como apagar um incêndio ou como acabar com um vazamento, O treinamento
deve ser elaborado de tal forma que permita que várias aptidões sejam usadas
em cada treinamento. Além do mais, os treinamentos devem acontecer em to
dos os turnos para que todos os membros da EAE participem, Se o local não
abrir 110.1 fins de semana e feriados, esse é o momento ideal para testar a eficá
cia do sistema geral sob condições extremas,
13, No mínÍlno uma vez por ano, deve-se testar o plano de evacuação. É
melhor fazê-lo em todo o local de uma vez só, sem avisar a equipe da adminis
traca,). Todavia, caso isso não possível, pode-se testar partes da organiza-
em horas diferentes, O plano de evacuação deve prever a participação de
de:tlcientes físicos que necessitam de atenção especial durante a evacuação,
Qualquer pessoa pode, a qualquer momento, ser designada para ajudar os defi
cientes, caso seja necessário,
14, É muito ilnportante um sistema de back-up para os arquivos de
computador e docllmentos importantes da organização tais como listas de clien
tes e registros financeiros, O plano de recuperação de desastre deve prever
como esses documentos serão protegidos e como os arquivos de computador se
rão recuperados,
15. As atividades que acontecem durante uma emergência precisam ser
completamente entendidas, Entre essas atividades, deve se como o
funcionário ferido será removido, que fontes externas serão acionadas e quais
agências deverão ser notificadas, corno proceder ao desligamento dos serviços
básicos, como e onde erguer barricadas, como parar e conter os vazamentos, o
que deve ser feito quando não se pode comar com todo o pessoal e que condi
ções devem estar presentes antes que os funcionários entrem de novo na ínsta
lação.
Um aspecto que normalmente é negligenciado durante uma SitlJ3í;ão
emergência é como lidar com a mídia. Com a cobertura rápida e da
mídia nos de hoje, urna parte de seu plano de de
224 A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
emergência deve ser como lidar com a mídia responsável pela cobertura do in
cidente.
Uma vez terminada a emergência, o plano de recuperação de desastre pre
cisa concentrar-se em erguer a organização e em retomar as atividades. Isso ge
ralmente resulta no estabelecimento de um quartel-general que cuidará de as
suntos tais como identificação de recursos para re alização dos reparos,
avaliação do impacto da emergência sobre a organização, desenvolvimento de
uma estratégia de recuperação, restauração ou cópia dos arquivos e sistemas do
computador, cópia de arquivos e sistemas em papel, estabelecimento de um sis
tema de comunicações com os funcionários, fornecedores, investidores e mídia
e interface com as companhias de seguro. Mais uma atividade importante com
a qual o qua rtel-general estará envolvido é a investigação da causa da emergên
cia e a detenninação do que pode ser feito para reduzir o risco de recorrência.
O objetivo do que foi acima exposto é apresentar uma idéia do planeja
mento que é necessário para dar suporte a um plano eficaz de emergência am
biental. Não se espera que esse plano cubra todos os aspectos, pois os planos in
dividuais variam muito, baseados na natureza dos produtos e processos.
Duas abordagens podem ser utilizadas para se avançar a partir daqui. Pri
meira, a ESA pode juntar toda a documentação pertinente e fazer uma análise
para determinar que documentos precisam ser escritos ou reescritos. Ou, segun
da, a ESA pode designar cada documento para um subcomitê ou para o pro
prietário do processo, e fazer com que o grupo ou a pessoa conduza a análise e
determine se é necessário criar um novo documento ou se o antigo é adequado.
Preferimos a segunda abordagem, pois ela alinha o dever de prestar contas com
responsabilidade.
Você notará que esse esforço de melhoria ambiental não apenas resultou
em reduções relativas ao meio ambiente, mas também na melhoria da qualida
de e da segurança.
O esforço concentrado na eliminação dos resíduos e na melhoria das con
dições ambientais não é novidade na Dow Chemical. Em 1986, a Dow lançou
seu programa "A Redução dos Resíduos é Sempre Lucrativa". As seguintes me
lhorias foram observadas ao longo dos últimos 10 anos:
~ U
ma redução de 88% nos resíduos para o incinerador.
~ U
ma melhoria de 98% na produção.
~ Energia.
~ Substâncias perigosas.
~ Resíduos.
~ Água.
~ Matérias-primas.
~ Ruído.
Clareza de visão
Comprometimento do patrocinador
Reação do alvo
Arquitetura da implementação
A cláusula 4.5.4 da ISO l4001 define que "A organização deve estabelecer
e manter um(ns) programa(s) e procedimentos para que se realizem auditorias
periódicas do sistema de gestão ambiental."
Antes que a ESA possa dar início a esse passo, o significado de uma audi
toria deve ficar muito bem entendido.
bem-sucedida que nã.o esteja exatamente em linha com a idéia do cliente sobre
o que seria um SGA (por exemplo: a avaliação da GM sobre o SGA da IBM). To
davia, quando o cliente observa os fornecedores menores, espera que essas or
ganizações ajustem seu SGA para estar de acordo com sua maneira de adminis
trar o meio ambiente. No Reino Unido, o país com o maior percentual de
organizações certificadas, a maioria absoluta delas possui menos de 250 funcio
nários.
A agência de certificação conduz uma auditoria independente comparando
as organizações à norma ISO 14001. Se o resultado for positivo, a agência de
certificação emite um certificado documentando a confirmação de que a organi
zação estava operando em conformidade com a norma ISO 14001 no período
que a agência de certificação avaliou o SGA da organização. A agência de certi
ficação então listará a organização como estando em conformidade com a nor
ma ISO 14001.
A agência de certificação não presta serviços de consultoria relacionados
com o SGA, pois isso pode provocar um conflito de interesses. Não está de acor
do com os critérios de credenciamento da agência de certificação. Algumas
agências de certificação contornam o texto da lei, formando um grupo separado
usando quase as mesmas pessoas e a administração. Isso conduz a um contrato
não escrito de "você nos deixa atualizar seu SGA e será certificado". Os clientes
que conhecem a questão irão questionar esse tipo de certificação.
Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Se a seleção for feita muito
cedo, pode criar um impacto muito grande sob re o desenho de seu SGA. Se a
seleção for tardia, sua organização pode não ser capaz de obter a agência de
certificação desejada para fazer a avaliação no momento apropriado. A!; melho
res agências de certificação estão, atualmente, muito ocupadas, e seus melhores
auditores mais ocupados ainda. Concordamos que a seleção da agência de certi
ficação vai depender de:
l. Disponibilidade das agências.
2. Quando você quer que a primeira avaliação sej a feita.
Sugerimos que você selecione a agência de certificação e defina a pessoa
que vai liderar a equipe de avaliação da agência de 6 a 12 meses antes da data
final para o certificado, ou antes do final da Fase li, o que vier primeiro.
FASE 1[: PLANEJAMENTO 243
Propriedade
Os processos raramente melhoram, porque não há ninguém que realmente
se sinta como seu proplietário. Portanto, o primeiro critério deve ser a proprie
FASE ] : PLANEJAMENTO 245
dade. Uma fonua de decidir quem se sente (ou deve sentir-se) como o maior
proprietário de um processo, em particular, é responder às seguintes perguntas.
Quem é a pessoa com mais
~ Recursos (pessoas, sistemas)?
~ Trabalho (tempo)?
~ Aflições (críticas, reclamações, combate a incêndio)?
~ Crédito real (ou potencial)?
~ Ganhos quando tudo funciona bem?
~ Capacidade de efetuar uma mudança?
As respostas a essas questões devem dar uma boa idéia de quem é o maior
interessado, o mais envolvido no processo. Em algumas situações, o cliente fi
nal do processo pode ser o melhor proprietário já que é o que mais tem a ga
nhar com sua melhoria.
Capacidade de liderança
Um terceiro critério para a seleção do proprietário do processo relacio
na-se com a capacidade da pessoa de liderar uma equipe. Essa pessoa deve ser:
Conhecimento do processo
Neste passo, a ESA deve montar um arquivo do projeto que será usado
para guardar as informações importantes. Vários bons livros foram escritos so
bre gestão de projeto. Nesse momento, uma dissertação detalhada sobre o as
sunto não será adequada. Ao final desse capítulo, listamos alguns livros interes
santes sobre o assunto.
É importante destacar que a ISO/CR 1006, Diretrizes para Qualidade e Ge
renciamento de Projetos, foi preparada pela TC 176 e fornece uma referência ex
celente sobre o que deve ser considerado em um plano de projeto para garantir
sua qualidade. Esse documento orienta sobre a aplicação dos conceitos de qua
lidade e práticas de gestão do processo e das atividades do projeto. Introduz
técnicas para monitoramento e avaliação de qualidade além do status do projeto.
248 A fMPlEMENTAC:ÃO DA ISO 14000
do projeto.
projeto.
unidades de um produto.
1006).
~ A organização total.
~ Os subcomitês e as pessoas que geram os documentos.
~ Alta administração.
FASE 11: PLANEJ!\MENTO 251
hora certa cada vez mais importante, a qualidade da escrita, na maioria das ve
zes, ainda está na idade das trevas. Ela é pomposa, prolixa, indireta, vaga e
complexa. Um crítico observou "Geralmente os relatórios esquecem muita coi
sa, menos o excesso de tamanho" (ver Figura 5.9). A ESA precisa avaliar cada
um dos documentos de qualidade para garantir que ele foi escrito para o usuário.
Apresentamos alguns fatores-chaves que vão ajudar a simplificar a comu
nicação:
Documento Número de
Padre-nosso 57
Os 10 Mandamentos 71
Discu rso de Gettysburg 266
Declaração de Independência dos EUA 300
Programa de Avaliação do Sistema de Gestão de Prestador de
do Governo dos EUA 38.000
Dados indicam que uma pessoa com grau universitário pode ler um docu
mento para o nível de segundo grau 32% das vezes e que ?ossui nível de
"CC""',"" 34% melhor do que se ele fosse escrito em nível de graduação. Não é
preciso ser longo para ser bom. Por exemplo, quando a Boeing concentrou-se
em simplificar seu manual operacional, foi possível resumir seis manuais em
apenas um, o qual ficou menor que qualquer um dos seis.
Geralmente, não damos muita atenção aos formulários quando os desen
volvemos. Muito esforço desnecessário é gasto e muitos erros são criados por
que os formulários são mal elaborados. Muito traballio mental é necessário
para se fazer um bom fonnulário. Ele deve ser auto-explicativo. Só se deve re
gistrar a informação uma vez. Todas as abreviações devem estar definidas,
Será que um bom fonnulário pode fazer a diferença? Quando os órgãos do
governo britânico concentraram a atenção na elaboração de formulários, dimi
nuíram-se os erros e a produtividade aumentou, Por exemplo:
,.. O Ministério de Defesa Britânico refez seu formulário de despesas com
viagens. O novo fOTInulárío diminuiu os erros em 50%, o tempo neces
sário em 10% e o tempo de processamento em 15%.
... Com o novo formulário de inscrição para assistência jurídica, o Ministé
rio de Social Britânico poupou mais de dois milhões de horas
por ano em tempo de processamento.
Existem vários programas de computador que calculam o nível de leitura
de um documento. Isso pode ser à mão,
Observe as dicas e MuelJer:
... Procure ser simples e Ufeve. Não confie em palavras longas quando as
pequenas ser Por exemplo, substitua "em
preender" por , por "alvo") "origenl" por "começo" e
"agregado" por "total" .
... Não confie em verbos passivos, Use a voz ativa, Escreva "nós discuti
mos" em vez de "tivemos uma discussão sobre".
... Evite a pompa. Em vez de escrever "O número de pessoas que participa
rá de qualquer uma das várias funções esperadas para a data de 10 de
junho não pode, naturalmente, ser estimado de fOTIna confiável, até que
se esteja muito próximo da data em questão. Portanto, é desejável que o
planejamento detalhado estabelecido, e que medidas tentativas
(sem compromisso) sejam iniciadas, na hipótese de que haverá presença
total em todas as funções podendo haver superlotação em algumas".
Diga simplesmente
"Não temos como infonnar até uma data. próxima a 10 de junho quan
tos irào participar das atividades dessa data. Devemos, 110 entanto, es
perar a lotaçào máxima ou até a superlotação."
254 A IMPLEMENTAÇÃ.O DA ISO 14000
Faça com que os documentos do SGA sejam fáceis de ser lidos. Desenvolva
um sistema de numeração hierárquico fácil de ser seguido. Elabore um formato
para o documento de tal forma que haja muito espaço em branco. Use fonte ta
manho 12 para o corpo do texto e fonte 14 em negrito para o cabeçalho. Use
espaço 1,5 ou 2, símbolos gráficos para assinalar um item seguido de uma pe
quena frase começando com um verbo e esses símbolos para ajudar o leitor a
entender que ação deve ser executada. Em resumo, tente impressionar seus lei
tores com o valor e a inteligência de suas idéias, não com o som de suas pala
vras ou com o arroubo de suas frases. Você vai ficar surpreso com a resposta
positiva.
RESUMO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Sempre ouvimos "documente o que você faz e faça o que está documenta·
do, pois só isso basta para estar em conformidade com as normas do sistema de
gestão da ISO". No entanto, a frase é apenas urna simplificação grosseira do
que realmente é necessário. Documentar e seguir procedimentos ruins não é
exatamente o objetivo da ISO 14001. Para atender aos requisitos da ISO 14001,
você deve executar atividades ambientais importantes, que são universalmente
aceitas como boas práticas comerciais. A frase correta deve ser: "defina o que
você deve fazer, documente o que precisa ser documentado, faça o que está do
cumentado e continue a melhorar, pois isso é o necessário para estar em con
formidade com a ISO 14001".
O objetivo de documentar seu SGA não é criar urna burocracia desnecessá
ria ou acabar com a criatividade em cima de montes de papel. As vantagens de
um sistema de gestão ambiental documentado, que seja usado de forma eficien
te, superam de longe os custos de documentação, instalação e manutenção.
Algumas das vantagens são as seguintes:
~ E
stimular a continuidade das tarefas.
FILEIRAS DE DOCUMENTAÇÃO
A DOCUMENTAÇÃO É UM REQUISITO DA
SÉRIE ISO 140001
Relativa à Organização
Em uma estrutura de sistema de departamentos, a estrutura organizacio
nal é a principal orientação para o desenvolvimento do sistema. Provavelmente,
266 A IM PLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
Estruturas do Sistema
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
sendo apurados pelo uso de computadores e fitas de vídeo para garantir urna
experiência de conhecimento mais abrangente. Essa transformação é similar às
mudanças que a imprensa jornalística vivencíou quando os jomais eram com
plementados pelos noticiários noturnos da televisão e depois pelos canais exclu
sivos de notÍcias, como a CNN.
A ESA e seus subcomítês devem beneficiar-se com o uso de ferramentas
tais como softwares para documentação, gerenciamento de dados, CD-ROMs,
tas de vídeo, sistemas de documentação on-line e a Internet pelas razões ante
riormente mencionadas. A de trabalho ISO 14000 da ICF Kaiser é outro
programa que pode tornar a implementação muito mais fácil.
Existem muitas de ter um sistema de documentação e de con
trole de revisão on-line que devem ser consideradas pela ESA. Nas organizações
em que essa abordagem é praticável, deve então ser empregada, pois evita
rá muitos dos problemas podem ocorrer durante as fases de documentação,
implementação e manutenção.
A ESA não deve usar a tecnologia da infonnação para guiar o processo de
redesenho do SGA, mas como um capacitador que ajuda a ESA a desenvolver
um SGA redesenhado a um custo mínimo e no menor tempo.
o derramamento de
óleo pára aqui
/
~ Sumário.
~ Definições e acrônirnos.
MANUAL AMBIENTAL
SGA. Caso você não tenha urna política ambiental para sua organização, esse é
o momento para a alta administração desenvolver urna. E se houver uma for
malizada, aproveite para revisá-la, para assegurar que atenda aos requisitos
descritos neste capítulo.
Embora estejamos sugerindo que a política ambiental seja incluída no ma
nual ambiental, em muitas organizações ela também é incluída na documenta
ção da Fileira O. Se esse for o caso de sua organização, é preciso tornar muito
cuidado, para que a política ambiental seja escrita da mesma forma em ambos
os lugares.
4. Quadros da organização e descrição das responsabilidades e autoridades
administrativas. Essa seção do manual ambiental inclui os quadros do nível su
perior da organização. Esses quadros devem mostrar os nomes dos departamen
tos e suas inter-relações. O quadro organizacional não deve incluir os nomes
das pessoas. O chefe do departamento deve ser indicado somente pelo nome do
cargo. Assim, reduz-se o trabalho para manter os quadros da organização atua
lizados. Também é uma boa idéia incluir nessa seção urna descrição de um ou
dois parágrafos pequenos sobre as responsabilidades e competências para cada
cargo no quadro organizacional. Por exemplo,
o diretor de Compras é responsável pelo planejamento, compra, expedição
e armazenagem de todos os itens comprados. Seu objetivo é abastecer a
organização com materiais que não prejudicam o meio ambiente. Se for
possível, esse departamento garantirá que os fornecedores identifiquem
adequadamente os materiais que precisam de manuseio e armazenamento
especial e que sejam manuseados, armazenados e distribuídos de acordo
com boas práticas ambientais.
Com freqüência, desenvolvemos matrizes que são bastante específicas em
adição ao quadro maior, que geralmente está contido na seção 4.4.1.
5. Visão geral do sistema de documentação da gestão ambiental. Nessa se
ção há uma breve descrição sobre o sistema de documentação da gestão am
biental. É importante que o leitor entenda a estrutura da documentação e saiba
como usar o sistema de documentação. Essa seção também inclui um panorama
dos processos de controle do nível de mudança, definindo os controles relativos
à realização da mudança no sistema de documentação da gestão ambiental e os
documentos que compõem o SGA.
Esta seção inclui todos os conceitos ambientais que têm impacto sobre o
SGA. No cenário que estamos usando, pelo menos uma declaração deve ser in
276 A JMPLEMENTAÇÀO DA ISO 14000
cluída para cada uma das cláusulas na seção 4.0 da ISO 14001. Essa seção do
manual ambiental pode ser dividida conforme uma das seguintes combinações:
Seção IH - Referências
Introdução
"Um quadro equivale a mil palavras." Se pudermos modificar esse antigo
provérbio e ampliá-lo um pouco para cobrir os processos de trabalho, ficaria as
sim: "Um fluxograma equivale a mil procedimentos." O fluxograma, também
conhecido como diagrama lógico ou diagrama do fluxo , é uma ferramenta va
liosa para a compreensão do funcionamento interno e das relações entre os pro
cessos.
É definido como um método de descrição gráfica de um processo existente
ou um novo processo proposto, pela utilização de símbolos, linhas e palavras
simples para mostrar, em um quadro, as atividades e suas seqüências no pro
cesso.
Para fins de preparação dos procedimentos operacionais, fazer um fluxo
grama até o nível da atividade é bem apropriado. Para as instruções de traba
lho, os fluxogramas em nível de atividade precisam ser decompostos em nível
de tarefa. É importante observar que a série ISO 14000 não exige de sua orga
nização um fluxogram a dos processos ambientais e dos aspectos associados a
eles, mas acreditamos que é uma boa prática, pois ajuda os sub comitês a enten
derem e analisarem como funciona a porção do SGA em que estão trabalhando.
Existem vários programas de computador excelentes no mercado que ajudam a
compor um fluxograma. Os dois que mais apreciamos são o ABC Flowchart e o
ABC Graphics Suite para Windows 95. O pacote inteiro do Graphics Suite é
vendido por menos de $ 300, e o kit de atualização, por menos de $ 150. Os
produtos ABC são fabricados pela Micrografx., endereço 1303 Arapaho Road,
Richardson, Texas 75081; telefone 800-454-7116. Outro pacote que também
recomendamos é o Work Draw/ Professional, fabricado pela Edge Software,
P.O. Box 656, Pleasanton, Califórnia, 94566, telefone 00(xx)l-(51O)462-0543.
Recomendamos, especialmente, o Work Draw/ Professional, mesmo sendo mais
caro, pois possui todos os sistemas de cópias e a competência exigida para apoiar
os modelos de simulação necessários para a reengenharia e o redesenho do pro
cesso.
Tefa devem compreender bem a atividade a ser avaliada, pois assim a análise e
a verificação do fluxo do processo ficarão fáceis. Cada equipe de verifica
ção deve:
10, Imprimi-la,
Nos Passos 5 e 6, o subcomitê fez uma lista das discrepâncias e das suges
tões de melhorias ao processo. Ele deve agora tratar cada uma das discrepân
cias para definir como o processo e/ou sua documentação precisam ser altera
dos para eliminá-las. Além do mais, o subcomitê deve avaliar as sugestões de
melhoria, para definir se é uma mudança no valor agregado que deve ser incor
porada em conjunção com a nova documentação. O fluxograma do processo é
então atualizado para refletir as alterações propostas. Por problemas de tempo,
o subcomitê pode não conseguir incluir todas as boas sugestões que foram iden
tificadas durante o teste de verificação. Nesse caso, elas devem ser registradas e
discutidas durante a Fase VI. Por exemplo, podemos usar um sensor para medir
o parâmetro ambiental contatado por meio de um circuito fechado para ajustar
a válvula que controla um aditivo.
7. Descrição do processo,
8. Pré-requisitos e necei>SÜJa(Jes de treinamento,'
9. Requisitos de auditoria,'
precisam ter, além dos definidos nas instruções de trabalho. Também define o
treinamento relativo ao procedimento operacional que será dado aos funcioná
rios envolvidos no lançamento do procedimen:o. Todos os funcionários novos
que forem designados para o processo descrito no procedimemo operacional
também devem receber o mesmo rreinamemo.
9. Requisitos de auditoria. Essa seção é baseada na seção do processo e
geralmente tem o formato de uma lisca de questões que de\'e ser usada pelos
auditores internos para avaliar a conformidade com o procedirnemo operacio·
nal, determinar a eficácia do procedimento e o nível de conformidade do pro
cesso com as cláusulas pertinentes da ISO 14001. Apresenta a estrutura da au·
ditoria geral, mas não deve limitar seu conteúdo a nenhuma a uditcr:a
específica que acredite ser necessário investigar mais profundamente as ativi j a·
des cobertas pelo procedimento operacional. Incluir os requisitos de auditoria
no procedimento operacional não é exigência da ISO 14001 , mas acreditamos
ser uma prática importante para a organização.
10. Documentação/formulários de suporte . Essa seção lista toda a docu·
mentação de suporte de nível mais baixo (documentos das Fileiras 3 e 4). Lista
também as respectivas instruções do cargo e de trabalho e os formulários men
cionados no procedimento operacional e/ ou necessários para suportar o proce
dimento. Cópias ou exemplos de todos os formulários devem ser colocados em
um apêndice do procedimento operacional. Não é necessário incluir cópias de
todas as instruções de trabalho e do cargo e da descrição do cargo, embora em
determinadas ocasiões algumas sejam incluídas para melhorar a compreensão
sobre as interfaces.
11. Histórico da mudança. Cada vez que um procedimento operacional é
alterado, essa seção é atualizada para resumir a atividade de mudança. O nível
da versão nova, a data da emissão da mudança e uma versão resumida da mu
dança serão registrados nesse histórico. Essa seção apresenta um histórico de
todas as mudanças feitas no procedimento operacional e a rastreabilidade até a
versão original. Esse caminho provará ser valioso na demonstração da melhoria
continua do SGA para os auditores internos e externos.
Geralmente, as partes do documento que foram alteradas são destacadas
para facilitar ao leitor entender a mudança. Na próxima vez que o documento
for alterado, as antigas partes destacadas são impressas em impressão normal
e, então, as novas mudanças, destacadas. É uma boa prática comercial, mas o
leitor pod e ficar sem saber quais as partes do documemo que foram removidas.
Para eliminar esse problema, algumas organizações sublinham as palavras que
são removidas ou alteradas, que continuam no documento até a alteração se
guinte.
Baseado nas informações dos parágrafos anteriores, a explicação detalha
da da ISO 14001 fornecid a no Capítulo 2 e os fluxogramas dos processos, o
290 A IMPLElvfE"\lTAÇÃO D,'" ISO 14000
... Preparar a documentação de tal forma que seja fácil de ser lida e en
tendida pelos que precisam usar o documento. Se o inglês for uma se
gunda língua para alguém que irá ler o documento, este deve ser escri
to três níveis abaixo do nível instrução formal dessa. pessoa..
li> O esboço deve ser revisado pelas pessoas que usarão o documento.
• Instruções de trabalho.
• Instruções do cargo.
• Descrição de funçõe s.
• Procedimentos da tarefa.
• Procedimentos de calibração.
• Procedimentos de montagem.
• Instruções de inspeção.
• Instruções de manutenção.
• Instruções de auditoria.
292 A lMPLEtvtENIAÇÃO DA 15014000
Descrições do teste
8. AUto-inspeção ou checklist
9. Requisitos de auditoria'
10. Histórico da mudança
* Seções não exigidas pela ISO 14001, mas que consideramos uma boa prática comercial.
2, Escopo. Essa seção define os limites dentro dos quais a atividade opera
(por exemplo: "Esta descrição de cargo define como O Departamento 972 exe
cuta o teste de águas servidas"),
3, Referências. Essa seção define todos os documentos do manual am
biental, da Fileira 3, e o procediruento operacional que se relacionam, suportam
ou se referem à instrução de trabalho, Também incluí todos os números de for
mulários que são usados no documento. Cópias desses formulários devem estar
em anexo como um apêndice à instrução de trabalho,
4. Definiçi5es, acrônimas e abreviações. Essa seção define todos os termos
ambientais usados na instrução de trabalho, Também define o significado das
abreviações e dos acrônimos empregados no documento,
5. Fluxograma da atividade, Essa seção consiste em um fluxograma que
ilustra como as tarefas se inter-relacionam, É similar ao fluxograma usado no
procedimento operacional, expandindo um bloco até o nível da tarefa.
6, Descrição da atividade, Essa seção define as tarefas que compõem a ati
vidade descrita na instrução do cargo, Também explíca como, onde, quando e
por que são executadas.
7. Pré-requisitos e requisitos de treinamento, Essa seção define os pn~-n,-
quisitos para que os indivíduos sejam designados para o cargo, o se
guÍnte:
~ Requisitos de instrução formal,
~ Requisitos de experiência,
~ Requisitos de treinamento específico relativo ao cargo (isto é, jlH:C""
ser capaz de ler projetos industriais, ser capaz de programar em
ser formado em engenharia química),
Essa seção também estabelece o treinamento formal e realizado no local
de trabalho que será ministrado à pessoa que executa a tarefa. Inclui, com
qüência, os requisitos do nível de proficiência que o funcionário de:,iglrJa
do deve possuir para ser certificado no trabalho. (Certificação, nesse caso,
nifíca que a pessoa não se encontra mais na classificação de Essa
seção definirá como as atividades do funcionário e seus resultados serão moni
torados até estar certificado, Também deve definir os requisitos de desempenho
que a pessoa deve alcançar para ser certificada,
8. Auto-inspeção ou checklist. Checklist.s e auto-inspeção dos resultados
são utilizados pelos empregados que executam o trabalho para que
este tenha sido concluído com sucesso, Um checkli.,t é símplesmenre uma lista
de tarefas que se espera que o indivíduo execute. O funcionário o check
list indicando que cada uma das tarefas foi realizada, As instruções de auto-ins
peção garantem aos indivíduos uma forma de avaliar seu próprio trabalho. A
instrução de trabalho pode exigir que a auto-inspeção seja conduzida sernpl-e
que o trabalho for concluído, ou pode ser baseada em um intervalo de tempo
294 A IMPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
Y W3 ~
4.3.1 I- P2 I W4 ~
L-
P3 W5 I
W W6 I
P4 I W7 I
H wa l
y W9 ~
c- EM P5
Lj W10 ~
W11 I
'----- P6 W1 2 I
H W13 ~
Y W14 ~
Figura 6.3 Matriz de inter-relacionamento.
FALTANDO
Patrocínio da Mudança
Comunicações da Mudança
É necessário preparar uma lista das funções que devem receber e aprovar
os documentos antes de serem emitidos. Deve incluir, no mínimo, todas as fun
ções definidas no respectivo diagrama de bloco. Dentro de cada documento
existe uma seção que é reservada para identificar as funções que devem apro
var o documento antes que seja emitido ou alterado.
Antes que os documentos estejam prontos, devem ser analisados pelas fun
ções mencionadas. Cada área deve comentar sobre os documentos e o subcomi
tê deve elaborar uma lista das mudanças sugeridas. Tais mudanças devem ser
incluídas no documento, ou a função que sugeriu a mudança deve retirar a su
gestão. Quando as mudanças sugeridas estão resolvidas, os documentos devem
circular novamente entre as funções que precisam aprovar o documento com
sua assinatura, indicando que ele está pronto para uma emissão preliminar.
Esses documentos emitidos de forma preliminar serão utilizados apenas para
fins de teste piloto. Caso o teste não tenha sido requisitado, as assinaturas indi
cam que o documento está pronto para ser liberado formalmente.
-
000
r!lOOJCDCD
RESUMO
AUDITORIAS
IVlealçao e
Monitoramento
(
/
I/
I
\
Melas e
Obletlvos )
i---.(
'
eVl/I
Requisitos de
ordem legal
outros,,)
~~~
Figura 6.4 Elementos-chaves ínterligados
--------
Durante a Fase III, todos os documentos foram preparados e emitidos para
uma avaliação piloto. A avaliação piloto dos documentos do sistema de gestão
ambiental redesenhado é uma das primeiras atividades tratadas na Fase IV:
Implementação.
FASE lU: ATUALIZAÇÃO (RED ESENHO) DO SIS"ITMA DE GESTÃO AMBIENTAL 301
INTRODUÇÃO
necessário.
7, Circular a documentação revisada para eITÚssão formaL
8, Implementar o conjunto de documemos emitidos formalmente.
9. Avaliar os processos novos para identificar os pontos fracos e
gi-Ios antes que se transformem em problemas.
10. Conduzir auditorias internas.
11. Medir o de desempenho dos processos e atividades do SGA,
12. Analisar o sistema de gestão ambiental totaL
A implementação começa tão logo os documentos do SGA tenham sido
emitidps de forma preliminar, e termina quando o subcomitÉ! comprova que os
FASE ".', C.IPLEMENTAÇÃO 305
Implementação da mudança
Alta
Treinamento
o treinamento relativo ao processo deve estar incluído nos respectivos do
cumentos; caso contrário, os programas de treinamento associados precisam ser
definidos. Mesmo que os requisitos estejam incluídos no documento, o plano de
estudos do treinamento geralmente não está, e deve ser desenvolvido. Acredita
FASE IV, IMPLEMENTAÇÃO 309
mos que o uso de fotografias e fitas de vídeo é uma forma eficaz para conduzir
um treinamento, sendo mais uniforme e com freqüência mais barato que o trei
namento no local de trabalho. O problema de trabalhar com um funcionário ex
periente para aprender uma tarefa é que o trainee acaba sendo apresentado a
todos os bons e maus hábitos do funcionário experiente. Acreditaffios que uma
combinação de treinamento conceitual, formal, fora do local de trabalho segui
do de um treinamento no local de trabalho funciona melhor para a maioria das
aplicações.
Uma pergunta freqüentemente feita é: "Se eu estou apenas documentando
o que acontece, precisamos rreinar alguém? Por exemplo, se apenas o João usa
a instrução de trabalho e ele escreve a instrução, para que precisamos treiná-lo
no uso da instrução?". Não, você não precisa treinar o João, mas essa é uma ex
celente oportunidade para o enriquecimento do trabalho. Escolha outra pessoa
que não esteja familiarizada com o tal trabalho e treine-o para servir como um
substituto do João, quando for necessário. Designar um novo funcionário para
um trabalho em particular durante a fase de implementação possui muitas van
tagens. Não apenas garante uma avaliação mais abrangente, como também es
tabelece a iniciativa de um treinamento cruzado. O novo funcionário também
verificará a adequação da instrução de trabalho do João, de maneira que o João
e o gerente de departamento nunca o fizeram.
Aqui se encontra um exemplo de como Grace Specialty Polymers eGSP) fez
a implementação de seu programa de treinamento. Como a organização não
mantinha registros sobre treinamento, foi mais difícil começar do nada. O pri
meiro passo foi definir os requisitos mínimos de trabalho e o treinamento ne
cessário para cada tarefa. Os funcionários que estavam na mesma função na
GSP há no mínimo cinco anos foram certificados com base no desempenho pas
sado. Aqueles com menos de cinco anos tinham de apresentar provas de treina
mento que cobrissem os requisitos. Se a documentação não estivesse disponí
vel, os funcionários tinham permissão para continuar a trabalhar em suas
tarefas, no caso de um programa de treinamento atual ser definido para prestar
o tal treinamento num período de tempo razoável. Acreditamos que o processo
da GSP é bastante rígido. Uma abordagem mais simples seria certificar todos os
funcionários que trabalhavam há mais de seis meses com um desempenho acei
tável. A organização também precisa observar quanto tempo o funcionário deve
estar sem realizar seu trabalho antes de perder o certificado, exigindo que este
seja treinado novamente antes de desempenhar a tarefa específica.
a período após o qual o novo processo foi instalado e esrá sendo institu
cionalizado pelos funcionários é um momento crítico da fase de implementa
ção. Durante esse período, os membros do subcomitê devem estar muito pre
sentes em todo o processo, procurando por problemas, problemas em potencial
e identificando oportunidades de melhorias. O sub comitê deve auditar as ativi
dades para garantir que o processo documentado esteja sendo seguido, que as
informações estejam sendo registradas corretamente e que o equipamento este
ja funcionando conforme o projetado. Os membros dos subcomitês devem man
ter um diálogo constante com os funcionários para definir maneiras de simplifi
car o processo. As idéias devem ser avaliadas e a ação que foi, será ou não será
feita deve ser relatada ao funcionário em 24 horas.
~ A eficácia do processo.
~ A eficiência do processo.
~ A adaptabilidade do processo.
funcionam a contento.
O plano de estudo piloto deve definir as medições que serão registradas
para concluir essas avaliações. O plano piloto também deve definir o tamanho
da amostragem e a maneira como os dados serão registrados. O plano piloto in
clui os seguintes itens:
~ Plano de medição.
~ Como o status "do jeito que está" será medido para que o impacto da
Executar é uma boa palavra para a avaliação piloto. Algumas vezes, é exa
tamente o que acontece quando o subcomitê implementa o processo piloto.
Esses estudos pilotos podem literalmente matar ou destruir alguns dos concei
tos que o subcomitê acreditava ser muito sólidos.
Deve-se tomar muito cuidado para minimizar a distorção do processo que
sempre afeta os estudos pilotos, no caso de os funcionários estarem cientes do
estudo. É da natureza humana esforçar-se mais, trabalhar mais rápido e fazer
um pouco melhor ao saber que há alguém observando. No entanto, é quase
sempre impossível manter o mesmo ritmo de quando o engenheiro ambiental
conduziu o estudo. Assim, adicionar um fator x nas medições atuais é conside
rado uma boa prática, uma vez que existem momentos de perda de produtivi
dade. Por essa razão, o programa piloto geralmente usa uma amostragem de
F."." IV, :'.lPLEMENTAÇÃO 313
controle que é acionada em paralelo com o estudo piloto para coletar os dados
de desempenho "do jeito que está", a fim de comparar com os resultados pilotos.
O sub comitê inicia o estudo piloto com uma reunião para explicar O objeti
vo do estudo aos envolvidos. O passo seguinte é treinar os funcionários que es
tarão usando o plano de documentação do treinamento, mais qualquer controle
de dados especial ou treinamento de procedimentos relativo somente ao estudo
piloto. Durante o estudo, os membros do subcomitê devem conduzir anállies
regulares do processo para garantir que o plano esteja sendo implementado
corretamente . Os membros do subcomitê devem coletar pessoalmente os dados
pertinentes e analisá-los todos os dias para identificar as anormalidades. Assim,
o subcomitê pode analisar os dados com a pessoa que fez o registro enquanto a
situação ainda está clara para tal pessoa.
Ao final do estágio de coleta de dados do estudo, o subcomitê, com a aju
da das pessoas da área piloto, terá identificado uma série de melhorias que de
vem ser feitas antes dos documentos serem emitidos formalmente. Geralmente,
a eficácia dessas sugestões já terá sido avaliada em conjunto com o processo pi
loto. Se o processo piloto, quando comparado ao processo original e/ ou a
amostragem de controle, atender aos requisitos de desempenho estabelecidos
pela ESA e pela administração , os documentos são atualizados para refletir as
mudanças sugeridas e estão prontos para a emissão formal.
~ Tamanho da amostragem.
~ Comparação de desempenho.
~ Limites de segurança dos dados.
~ Mudanças sugeridas ao processo.
~ Recomendação de atividades futuras (ou seja, emitir documentos, mu
dar documentos, repetir o estudo piloto).
Uma vez que o processo tenha sido implementado, o subcomitê deve con
tinuar a trabalhar junto com os usuários e com os clientes do processo, para
identificar os pontos fracos e corrigi-los antes de se transformarem em proble
mas maiores, Essa atividade de monitoramento deve continuar até que o pro
cesso estabilize,
FASE I\", ~.{PLEMENTAÇÃO 315
RESUMO
Durante a fase de implementação. efetuou-se o seguinte:
~ Todos os documentos foram emitidos formalmente, avaliados e imple
mentados com sucesso_
... Cada conjunto documentos teve um relatório preparado, regis
trando o nível desempenho do conjunto.
FASE N: Ü\llPLEMENTAÇÃO 317
~ O SGA total foi avaliado para garantir que tenha atendido aos requisi
tos mínimos de um bom sistema de gestão ambiental.
~ O novo SGA foi avaliado para determinar se ele melhorou a eficiência,
a eficácia e a adaptabilidade dos processos de controle ambiental da or
ganização.
~ O SGA foi considerado pronto para as organizações externas avaliarem
sua adequação e conformidade com a ISO 14001.
Se o SGA não estiver programado para ser certificado por terceiros, a ESA
deve ser recompensada por sua contribuição ao futuro da organização e então
dispensada. Se a organização seguir a certificação feita por terceiros, a ESA não
deve ser recompensada ou dispensada até o final da Fase V.
A implementação transforma o sonho em realidade.
8
Fase V: Auditoria
I~
A auditoria é uma forma de mostrar que a área está sendo
bem administrada.
INTRODUÇÃO
bem o que devem fazer, mas acabam escolhendo atalhos ou adiando o trabalho.
Parar o carro no sinal de PARE é importante, por isso a cidade conduz audito
rias para garantir que esse processo esteja sendo seguido. Da mesma forma, as
auditorias devem ser conduzidas para assegurar que os procedimeoIOs usados
para operar sua organização estejam sendo cumpridos. Se um procedimento
não for necessário, livre-se dele. A administração deve mostrar seu comprome
timento com os procedimentos estabelecendo um processo de auditoria eficaz.
Durante e após as atividades de implementação, a administração precisa
de uma forma para determinar se os objetivos humanos, técnicos e os relativos
ao processo foram alcançados dentro do prazo e do orçamento. As atividades e
os resultados desse trabalho fornecem uma estrutura para administrar a transi
ção, para acompanhar, refinar e avaliar a iniciativa e, no final das contas, sus
tentar o esforço da mudança. Para cuidar das lacunas na iniciativa, planos de
contingência são desenvolvidos em bases regulares. E, finalmente, as atividades
de implementação da mudança ajudam a formar o aprendizado organizacional
que ocorreu durante o projeto.
Os elementos de gestão da mudança específicos que devem ser incluídos
nas atividades de auditoria de nível 1, 2 e 3 são:
Muito poderia ser escrito sobre como desenhar e implementar cada uma
dessas auditorias, mas decidimos discutir em detalhe, nas próximas seções, so
mente as auto-avaliações da administração. Selecionamos esse item por ser uma
ferramenta poderosa, pouco explorada pela maioria das organizações.
AUDITORIAS EXTERNAS
As auditorias de segunda parte têm sido usadas há mais 50 anos, por isso,
nas próximas seções, o foco será dado às auditorias de terceira parte para aju
dar na certificação da ISO 14001, que é um conceito relativamente novo.
Auto-avaliação
do funcionário
l
Auto-avaliação
da administração
l
Auditorias do
s/aff interno
l
Análise crítica
pela alta administração
!
Auditorias de
segunda parte
!
Auditorias de
terceira parte
Procedimento de auto-avaliação
suas cabeças. Ao mesmo tempo, entretanto, cada gerente deve ser informado
de que a impossibilidade de registrar as constatações reais da auto-avaliação
pode levar à demissão, em virtude da falsificação de informações. O processo
de auto-avaliação ajuda a desenvolver e a manter um sistema preventivo eficaz
de controles de gestão. Ela leva as exceções ao conhecimento da administração,
onde os problemas podem ser resolvidos, permitindo que os procedimentos da
organização sejam modificados conforme o necessário.
Nenhum auditor pode fazer um melhor trabalho na avaliação da operação
de uma área que seu gerente imediato. Ninguém conhece mais seu pessoal,
seus processos, seus pontos fracos e fortes, suas pressões e seus compromissos
que o gerente diretamente responsável pela área.
Escolhemos destacar essa abordagem de auditoria, pois acreditamos que
ela é uma das mais eficazes disponíveis e que é pouco utilizada.
As análises críticas feitas pela alta administração devem ser feitas em todo
o sistema de gestão ambiental, com ênfase particular nos resultados das outras
auditorias. A ISO 14001 exige que essas análises sejam feitas em intervalos re·
guIares.
A seguinte passagem foi extraída da cláusula 4.6 da ISO 14001:
326 A rMPLEMENTAÇAo DA ISO 14000
10 q uestões-chaves
1. Causar um acidente ambiental significativo.
2. Ser penalizado pela não-conformidade com as leis e regulamenta
ções ambientais.
328 A I MPLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
O O O
Como acontece em outras áreas de desempenho, o alcance de um desempe
nho ambiental sólido é uma função dos processos de gestão de base, incluin
do análise estratégica, planejamento, programas de implementação e avalia
ção do desempenho. No contexto dos sistemas de gestão ambiental, a
empresa precisa:
gastos ambientais.
ambiental.
do desempenho ambiental.
RESUMO
Precisa
OK ? melhorar
Nossa análise estratégica O O O
Nosso planejamento ambiental O O O
Nossos programas de implementação 'l O O
Nossa avaliação e melhoria O O O
dades por meio da formação de uma outra divisão ou de uma nova organização
administrada pelas mesmas pessoas.
Uma das vantagens da ISO 14000 é que a certificação ce terceira parte
está associada com as normas no mundo todo. Acreditamos que o custo de ter
seu SGA certificado é mais do que compensado pelas vantagens que a certifica
ção traz à maioria das organizações. Na hipótese de resolver certificar seu SGA,
é importante que fique claro tudo o que está envolvido e como a organização
deve interagir com a agência de certificação. Como resultado, fornecemos nossa
prescrição para ajudar uma organização na interação com a agêI'cia de certii
cação.
São 8:05h da manhã e você acabou de pegar um café e os recados. "Os au
ditores estão aqui". Pânico? Só se você esperou até agora para ler este capítulo.
Uma auditoria de terceira parte, por definição, é um método sistemático e pla
nejado para analisar se seu sistema de gestão ambiental foi implementado de
forma eficaz.
Existe uma série de atividades-chaves a serem tratadas antes que os audi
tores batam à porta. Geralmente, você deve:
L Atividades de pré-auditoria.
2. Atividades no local.
3. Atividades de pós-auditoria.
ATIVIDADES DE PRÉ-AUDITORIA
Conduza sua própria auditoria preliminar pelo menos de quatro a seis se
manas antes auditoria fonnal, utilizando membros da equipe do sistema am
biental e/ou um consultor externo, Como isso, você tempo suficiente para
implementar as ações corretivas antes da auditoria formaL Além do mais, man
ter e pesquisar os registros para a auditoria interna, ajuda a atender aos requisi
tos de auditoria. Durante a auditoria, mantenha uma perspectiva de uma pes·
soa de fora, Procure cuidadosamente por sinais de problemas tais como:
".,'" v, AUDITOFi A 337
ATIVIDADES NO LOCAL
ATIVIDADES PÓS-AUDITORIA
RESUMO
I NCORPORATED
Auloworks. Inc.
implemenlou o ôislema de Gesliío Ambienlal
de acordo com,
rese,
Cerlificado número,
Q·E2109
M.ur.!.
4 1820 Wesl SIX Milc Rood, SUlle 104
North villc, Michigan 48 167
248-344-9700
1;.o
=
-DO
Investigação - Fazer pergun:as específicas sobre uma situação, tanto formal quanto
informalmente.
Levantamento - Exame com fins específicos, para inspecionar ou para analisar em
detalhes.
Licenciado - Parte autorizada por um perito a utilizar um rótulo ambienta:. ::SO
14024)
Limites do sistema - Interface entre o sistema produtivo em estudo e seu ambiente
ou outros sistemas. (ISO 14040)
Lista de controle de distribuição do manual ambiental - Lista que define
quem deve receber cópias do manual ambiental. Quando esse manual ambiental é
enviado ou entregue a uma pessoa, segue acompanhado de uma carta de aceitação
que indica os requisitos para manutenção e atualização do mesmo.
Lista de referência cruzada - Lista que relaciona os documentos do manual am
biental com os procedimentos e, em algumas organizações, desce até o IÚvel das
instruções de trabalho ou de cargo correlatas.
Local - Todo terreno onde são realizadas as atividades sob controle de uma empresa
em uma deterrIÚnada localidade, incluindo qualquer armazenagem ligada ou asso
ciada de matérias-primas, subprodutos, produtos intermediários, produtos finais e
resíduos, e qualquer equipamento ou infraestrutura envolvidos nas atividades, esta
belecidos ou não. Quando possível, a definição de local deve corresponder às defi
nições especificadas nos requisitos legais. (ISO/IEC Guia 2)
Marca de conformidade - Marca protegida, aplicada ou emitida de acordo com as
regras de um sistema de certificação, indicando que há garantia de que o produto,
processo ou setviço relevantes estão em conformidade com uma norma especifica
ou outro documento normativo. ([SO 8402)
Materiais subsidiários - Insumo material utilizado pelo processo único que fabrica
o produto, mas não é diretamente utilizado na formação do produto. (ISO 14040)
Meio ambiente - Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar,
água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações
(Nota: Nesse contexto, circunvizinhança estende-se do interior das instalações para
o sistema global). (ISO 14001)
Melhoria contínua - Processo de aprimoramento do sistema de gestão ambiental, vi
sando atingir melhorias no desempenho ambiental global de acordo com a política
ambiental da organização (Nota: Não é necessário que o processo seja aplicado si
multaneamente a todas as áreas de atividade). (ISO 14001)
Meta ambiental - Requisito de desempenho detalhado, quantificado sempre que
exeqüível, aplicável à organização ou parres dela, resultante dos objetivos ambien
tais e que necessita ser estabelecido e atendido para que tais objetivos sejam atingi
dos. (ISO 14001)
Não-conformidade - Não-atendimento a um requisito especificado. (ISO 8402)
354 A r,:PLEMENTAÇÃO DA ISO 14000
* Perito, especialista são traduções possíveis. Utilizamos perito nesta obra. (Nota do Revisor
Técnico)
GLOSSÁRIO 355
I
".00
Cl
Acesso ao mercado, 35
Auditoria, 233
acreditação, 60
ambientais de produtos, 235
controles, 59
ambiental, 51, 53, 233
Alinhamento organizacional,
de confonnidade, 154, 234
avaliação, 230
de minimização de resídu os, 217
Análise
de prevenção da poluição ou auditorias de
do ciclo de vida, 56
de processo ou de procedimento, 235
de sistemas, 236
Aspeccos
de subcontratante, 234
sobre controle, 2 13
Atividade, 196
216
internas independentes, 235
Auditando, 53
Auditor-líder ambiental, 54
Auditor ambiental, 53
Auto-auditorias, 235
,\uto-avaliação
Desenho para o meio ambiente, 217
Diploma, 53
procedimento, 323
Documentação, 263
Avaliação, 233
do risco, 217
orientadores, 196
B57750, 65, 93
Certificação
Environmental Perfonnance Evaluotion (EPE), 53
custo da, 61
EPA, ver Agência de proteção ambiental,
de terceira parte, 58
Equipe
motivos para obtenção, 59
de auditoria, 53
Ciclo de vida, 57
de sis tema ambiental (ESA), 128, 133, 191,
análise, 56
202,
Cliente, 53
Evidências de auditoria, 53
14001, 285
documentos sobre procedimentos, 198
Comunicação,
Fluxogramas de processos, 279
fatores-chaves, 252
alterações, 286
Conferência de Estocolmo, 27
Funcionários, auto-avaliação, 235
Gestão ambiental,
158
classificação, 28
Constatações de auditoria, 53
definição, 27, 29
Desempenho ambiental, 34
Green Light Project, 74
Guia 61 ISO/IEG, 59
registros, 11 6
Guia 62 ISO/IEG, 59
requisitos legais e OUtrOS requisitos, 93
sumário, 80
Guia 64, 33
tempo necessário, 64
freqüência, 220
ISO 14004, 84, 90, 111 , 113, 121, 122
grau, 219
análise crítica pela adminisuação, 121
Incentivos reguladores, 35
controles e atendimento a emergências, 112
implementação e operação, 98
sumário, 83
ISO 10011, 59
ISO 14012, 32, 52, 119, 120
ISO 14000,
ISO 14020, 32, 54
barreira comercial, 7S
ISO 14021, 55
definição, 31
história da, 47
ISO 14024, 32
precauções, 76
IS014025, 32
comunicação, 103
tai, 105
estrutura e responsabilidade, 99
ISO/Te 207, 92, 186
implementação e operação, 98
introdução, 79
KPMG,43
matriz de inter-relacionamento, 295
ventiva, 115
Lista de referência cruzada, 277
objetivos e metas, 9S
planejamento, 89
Macroprocesso, 196
política ambiental, 84
111
preparação das seções, 279
:'.:amz
Série ISO 14000, 32, 49
Meio ambiente, 33
SGA, ver Sistemas de gestão ambiental, 124
Melhoria contínua, 33
Sistema de documentação ambiental, 264
Meta ambiental, 34
relativa à ISO 14001, 165
NE 45012, 60
Sistema de gestão ambiental (SGA), 34
NE 45013, 60
atualização (redesenho) do, 134, 260
Objetivo ambiental, 34
tração, 325
Objeto de auditoria, 54
auditoria, avaliação e análise, 139
Organização, 34
auditoria: auto-avaliação da administração,
322
Parte interessada, 34
Plano
auditoria: fase V: auditoria, 318
de comunicação, 254
segunda parte, 331
do projeto, 248
auto-auditorias, 319
Prevenção de po;oição, 34
administração, 181
Processo, 196
nistração,150
Programa das Nações Unidas para o Meio Am avaliação: cronograma para conclusão do
biente (Pnurna), 27
barreiras, 231
contexto europeu, 65
Seguro
elementos-chaves interligados, 300
acesso ao, 35
estruturas, 266
ambiente, 208
fases, 125
rios dos processos e subcomitês, 243
305
planejamento: priorização dos aspectos am
implementação: desenvolvimento de um
bientais, 220
introdução, 27
certificação, 237
planejamento, 128
planejamento: treinamento da equipe, 191
temas, 233
Sistema operacional, 56
ambientais, 213
tecnologia,192
identificação, 246
TC 207, 71
tal, 221
Tecnologia da info rmação, 266
zacional, 23 1
e metas, 225
ma ambiental, 187
United Technologies Corporation (UTe), 87