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Partindo do poema “Não consentem os deuses mais que a vida”, corrobore ou contrarie

a seguinte afirmação:
“A filosofia de vida do eu define-se pela aceitação voluntária do destino involuntário”.

(Complete os espaços do texto que se segue com as palavras/expressões que se


seguem.)

1. Sofrimento
2. relativa
3. refutável
4. presente do conjuntivo
5. máxima
6. lucidez
7. Imposto
8. deuses
9. destino involuntário
10. Comparação
11. Autodisciplina
12. ausência de perturbação e de vivências violentas e profundas de paixões
13. aceitação voluntária
14. “só”
15. (inversão da ordem natural das palavras da frase)
16. (“Tudo pois refusemos, que nos alce / A irrespiráveis píncaros, / Perenes sem ter flores”)
17. epicuristas e estoicistas

Com efeito, neste poema, o sujeito poético demonstra


uma ______________________ (“Só de aceitar tenhamos a ciência”)
do ______________________ (“Não consentem os deuses mais que a vida”) e até exorta
o seu destinatário a partilhar com ele essa filosofia de vida, o que é
transmitido pelo recurso ao ______________________, com valor incitativo, empregue
na primeira pessoa do plural, pressupondo, portanto, um eu e um tu/vós.

A ideia de destino involuntário, dado ao homem pelos ______________________,


é, assim, entendida pelo uso de uma espécie de ______________________ (proposição que
não carece de demonstração por ser de evidência imediata),
a qual não é, portanto ______________________.

O facto de colocar o verbo “aceitar”, como atitude a ter, associado à “ciência”


e acompanhado do advérbio com sentido de exclusividade ______________________, mostra
quea aceitação desse destino que nos é ______________________ é
a única atitude validamente sábia. Assim, o homem conquista a liberdade que parecia
perdida, dada a existência do destino. E
de referir, também o recurso ao hipérbato ______________________, através do qual se
destaca, na frase, o dito verbo.

O sujeito poético propõe-nos,


deste modo, um duro esforço de ______________________, cujo primeiro objetivo é
a submissão voluntária ao dito destino involuntário que, deste modo,
cumprimos altivamente, como se de uma escolha nossa se tratasse, tomando-
se paradoxalmente uma escolha nossa. Essa ideia de liberdade está também implícita na
recusa de tudo o que possa significar duração, glória terrena ______________________,
a fim de se chegar à morte de mãos vazias e com o mínimo de ______________________.

Na sua ânsia de procurar convencer o(s) outros desta sua filosofia de vida,
o sujeito poético elucida melhor o(s) destinatário(s) (que já implicou
de forma bastante aberta), recorrendo
à ______________________ entre esta forma de viver a vida, de “durar”, e a dos vidros: “(...)
duremos / Como os vidros, às luzes transparentes /E deixando escorrer a chuva triste,
/ Só momos ao sol quente, / E reflectindo um pouco”.

Nesta ______________________ estão subjacentes os princípios das correntes filosóficas


______________________. Quer isto significar que, tal como os vidros se
deixam atravessar pela luz, isto é, são transparentes à luz, e deixam
“escorrer a chuva triste”, também nós, os homens, devemos deixar cumprir-
se nossos destinos, sem reclamarmos nemcontestarmos, apenas aceitando,
de livre vontade, um destino involuntário (estoicismo). Para além disso,
nesta ______________________ ainda transparecem
os princípios da corrente epicurista, presentes na ______________________,
ideias subjacentes à forma moderada como os vidros “se comportam”:
“Só momos ao sol quente / E reflectindo um pouco”.

Concluindo, o sujeito poético reconhece que a vida terrena concedida


a cada um, não obstante a sua instabilidade e contingência, é
o único bem em que podemos, até certo ponto, firmar-nos, construindo sabiamente
a partir desse bem uma felicidade ______________________,
encarando com ______________________ o mundo e conquistando a sualiberdade, aceitando
voluntariamente o destino e rejeitando, também voluntariamente, os sentimentos fortes e
o prazer, pois a ataraxia é a primeira condição de felicidade.

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