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MEDIÇÃO DE TEMPERATURA

(TERMOPAR)

Prof. Sandro Metrevelle M. L. Silva


Fenômenos de Transporte
EME – 313

André Müller Marinho


EAM - 15.687
INTRODUÇÃO
Obter a temperatura de corpos ou ambientes tem uma importância cada vez maior para
o desenvolvimento da tecnologia e do conforto humano, ela é de forma simplificada o grau de
agitação das moléculas, para medi-la utilizam-se termômetros.
Em indústrias um erro na medição de temperatura pode trazer conseqüências graves,
como destruição de equipamentos ocasionado acidentes. Em nossa rotina uma falha na
medição pode ocasionar mau funcionamento de vários equipamentos que utilizamos como
carros, geladeiras e fornos. Uma importante utilização para termômetros é na medicina, pois
mesmo uma alteração de poucos graus na temperatura corporal de uma pessoa pode ter
graves efeitos, deste modo uma correta medição torna-se indispensável. Para esse fim ao
longo do tempo desenvolveram-se vários tipos de termômetros tendo como principais os de
liquido em vidro, de pressão, de radiação, de lâmina bimetálica e termopar. Mas como todas as
tecnologias existem vantagens e desvantagens em cada método vale salientar as principais
características de cada tipo de termômetro.
• Liquido em vidro: É bem versátil, se for variado o liquido consegue-se uma larga faixa
de aplicação, porém se for de qualidade, com uma alta precisão, torna-se relativamente
caro se for considerada a sua fragilidade a impactos. Um termômetro de liquido em
vidro é composto de bulbo, haste, tubo capilar, escala principal e auxiliar e câmaras de
contração e expansão.
• De pressão: É um dos termômetros mais econômicos e versáteis,

sendo bastante usado na indústria. Consiste em um bulbo


contendo líquido, gás ou vapor, um tubo capilar e um medidor de
pressão. Para medições remotas, capilares de até 60 metros são
usados.
• De radiação: Atuam a sem contato com o objeto, São usados em sistemas que emitem
radiação, podem medir temperaturas entre -50°C e 3000°C. Tem como principal
desvantagem o alto custo e complexidade.
• De lâmina bimetálica: São muito utilizados como termostatos, tem como característica
baixo custo, resistência mecânica, exatidão (0,5% a 1% do fundo de escala) e elevado
tempo de resposta.
• Termopar: O principal tipo de termômetro, são sensores de maior uso industrial para
medição de temperatura. Essa forma de medição baseia-se no fato de que ao se
conectar fios de dois materiais diferentes são geradas diferença de potencial e corrente
podendo ser detectados. A relação entre a tensão e as temperaturas T1 e T2 , é
chamada de efeito Seebeck. Eles cobrem uma faixa bastante extensa de temperatura
que vai de aproximadamente -200 a 2300ºC, com boa precisão e repetibilidade
aceitável. Indica a temperatura quase imediatamente, com custos bem inferiores a
outros tipos de sensores.

OBJETIVO:
O experimento objetiva conhecer as principais formas e erros para se medir
temperaturas em diferentes condições, principalmente o funcionamento de termopares.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

Tabela 1 – Equipamentos e Materiais


Quantidade Equipamentos Resolução Marca Modelo
1 Aquisição de dados 0,01°C/0,001mV Agilent 34970 A
2 Termopar ----------- IOPE T
1 Banho térmico ----------- Quimis Q21452
1 Garrafa térmica ----------- Invicta -----------

Figuras exemplificando o experimento realizado:

O experimento consistia em medir a temperatura do banho térmico a fim de analisar as


curvas geradas pelos gráficos, temperatura-padrão por voltagem e pela temperatura obtida
pelo termopar. O experimento teve inicio com a temperatura de 30°C sendo acrescida de 2°C a
cada 10 minutos, esse tempo era necessário pra estabilização do banho térmico, a partir desse
procedimento foram realizadas as medições dos dois termopares a cada estabilização, até se
alcançar a temperatura de 38°C.
Com base na terceira lei dos termopares para se medir diferença de potencial ,
introduziu-se a extremidade destinada a medir a temperatura (junta quente) no banho térmico e
a segunda junta (junta fria) no banho de gelo (Fig 1.2), onde a temperatura é conhecida (0°C),
portanto pode ser comparada com um padrão por uma relação direta entre energia térmica e
energia elétrica.
Como mostrado na figura 1.1, o termopar ligado ao canal 1 não foi utilizado o banho de
gelo, pois se ativou a compensação eletrônica da aquisição de dados. O banho térmico
utilizado como padrão possuía um controle eletrônico de temperatura e um termômetro de
liquido em vidro para verificação.
RESULTADOS:

Tabela 2 – Medição por termopar


Padrão (°C) Canal-01 (°C) Canal-02 (mV)
30 30,2 1,166
32 32,4 1,247
34 34,3 1,330
36 36,5 1,419
38 38,4 1,500

Gráfico 1 : Padrão com o canal-1

Gráfico 2: Padrão x Diferença de potencial


Gráfico 3 : Padrão para curva Temperatura x Ddp
Junção de referencia a 0°C

Gráfico construído a partir de parte da tabela para termopar do tipo T encontrada no site do IOPE.

As curvas de calibração dos termopares seguem a tendência esperada, com padrão


linear. Pode se observar que a temperatura obtida pelo termopar com compensação eletrônica
(canal 1) não correspondeu com exatidão com o padrão isso se deve provavelmente a um erro
sistemático, podendo ser observado devido ao padrão nos desvios que ficaram entre 0,2°C e
0,5°C. O tempo para a estabilização da temperatura do banho térmico foi insuficiente, pois o
mais correto seria aguardar cerca de 20 minutos a cada mudança. Esse erro sistemático pode
ser causado por um ou mais instrumentos descalibrados, como o termômetro do banho térmico
ou a compensação térmica da aquisição de dados.
Com o gráfico do canal 2 pode se obter a equação da reta de tendência, para por fim
utilizando o termopar do tipo T , compensações (térmica ou eletrônica) e um multímetro, medir
temperaturas eletronicamente.
Comparando o gráfico 2 com o gráfico 3 pode-se perceber que o gráfico 2 obtido no
experimento aproximou-se do padrão já feito com a metodologia mais adequada (padrão
IOPE), até mesmo as equações ficaram bem próximas, essas diferenças podem ser atribuídas
a erros cometidos na metodologia do termopar que utilizou o banho de gelo como
compensação térmica. Este banho não teve a água circulada podendo causar estratificação
(separação por diferença de densidade), portanto tornando imprecisa a compensação térmica o
que causaria erros nas voltagens constatadas. Outro item importante para erros ocorridos se
deve ao fato de a garrafa não estar completamente vedada, prejudicando o isolamento térmico,
esta associação de erros deixou a junta de referencia a uma temperatura acima de 0°C,
portanto alterando a tensão lida.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Disponível em:
<http://cref.if.ufrgs.br/~leila/termo.htm#clinico>. Acesso em: 1 de maio de
2009.
Disponível em:
<http://www.iope.com.br/3ia1_termopares.htm>. Acesso em: 1 de maio de
2009.
Disponível em:
<http://leblon.mec.puc-
rio.br/~metexp/Teoria/MEC_1602_Medida_de_Temperatura.pdf>. Acesso
em: 1 de maio de 2009

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