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Jeanne Marie Gagnebin Memoria Historia Testemunho PDF
Jeanne Marie Gagnebin Memoria Historia Testemunho PDF
1
Ver, sobre o tema, Jean-François Lyotard, La condition postmoderne, Pa-
ris, Minuit, 1979.
2
"Apague as pegadas", traduz Paulo César de Souza em Poemas: 1913-
2956 (Bertolt Brecht, São Paulo, Editora 34, 2000, pp. 57-8). Em razão do con-
texto da minha exposição, prefiro traduzir "Apague os rastros".
3
Para Benjamin, Kafka encarna, sem dúvida, uma das possibilidades con-
temporâneas desse novo narrador. Podemos nos lembrar da narrativa da "Men-
sagem imperial", que um imperador, também em seu leito de morte, transmite a
um augusto mensageiro que nunca chegará até nós, apesar de sua destreza e mes-
mo que não paremos de esperar por ele...
4
Alusão ao poema "Le vin des chiffonniers", das Flores do Mal, pois, para
Benjamin, Baudelaire é o primeiro poeta verdadeiramente moderno, aquele que
trata dos reais habitantes das grandes cidades.
5
Ver o artigo de Irving Wohlfarth, "Et cetera? De Phistorien comme chiffon-
nier", in Heinz Wismann (org.), Walter Benjamin et Paris, Paris, Cerf, 1986.
6
Remeto aqui ao artigo de Gérard Namer que tem o suges-tivo título de "La
confiscation sociopolitique du besoin de commémorer", revista pAutrement, n° 54,
"Travail de mémoire 1914-1998", Paris, janeiro de 1999.
7
Primo Levi, É isto um homem?, Rio de Janeiro, Rocco, 1988, p. 60.
8
Tzvetan Todorov, Les abus de Ia mémoire, Paris, Arléa, 1995.
9
Alusão ao livro Bruchstücke, publicado em 1995 pela Suhrkamp e traduzi-
do para vários países, inclusive o Brasil (Fragmentos: memórias de uma infância,
1939-1948, São Paulo, Companhia das Letras, 1998). Saudado como um dos mais
pungentes testemunhos sobre a Shoah, foi denunciado posteriormente como sen-
do uma autobiografia fictícia — escrita pelo falsário ou esquizofrênico (?) Bruno
Doessekker, suíço de uns cinqüenta anos, filho ilegítimo de uma empregada e ado-
tado, ainda criança, por um casal de médicos de Zurique.
10
Hélène Piralian, "Écriture(s) du génocidaire", in Catherine Coquio (org.),
Parler des camps, penser les génocides, Paris, Albin Michel, 1999, p. 541. Ver a
este respeito, da mesma autora, "Maintenir les morts hors du néant", revista Au-
trement, n° 54, cit. Ver também, de Janine Altounian, "Les héritiers d'un géno-
cide", in Parler des camps, penser les génocides, cit.