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Se isolarmos essa cena em especial fica claro, um poder de transformação

psíquica, que podemos interpretar como sendo o renascimento do feminino, que estando
ao lado de seu parceiro (invisível) realiza a coniunctio. A moça que se aproxima de seu
leito onde dorme o amante não é mais uma criatura envolvida apenas por seus desejos e
ensejos. Em seus devaneios de descoberta sexual solitária.
Com isso ela abandona o aspecto infantil de sua mente envolta em desejos e presa
nas trevas do inconsciente infantil vivido até então, tal qual as meninas rivalizam com os
garotos da infância como se fosse qualquer tipo de brincadeira, ela ao olhar para a face
do amado faz brilhar uma pequena chama da consciência. Onde reconhece a face do ser
desejado.
O amor de amante eclodiu e agora aquele dormia ao seu lado e nas noites a fazia
chegar ao orgasmo é aqui representado pela forma da visão que o assusta e fere, e antes
aquilo que apenas vivia em seu exterior no mundo do desejo com esse coniunctio é
colocado e despertado para dentro. É esse o momento onde ela se reconhece e com isso
ruma para o seu próprio destino.

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