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PLANEJAMENTO
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ÍNDICE
1. OBJETIVO ........................................................................................................................................ 5
2. CONCEITOS BASE ............................................................................................................................ 5
2.1. PLANEJAMENTO .........................................................................................................................................5
2.2. SITUAÇÃO ATUAL AG ..................................................................................................................................5
2.3. FILOSOFIA DO PLANEJAMENTO .....................................................................................................................5
3. METODOLOGIA UTILIZADA - LAST PLANNER SYSTEM (LPS) ............................................................... 7
3.1. ORIGEM DO LPS ........................................................................................................................................7
3.2. CONCEITOS BÁSICOS DO LPS ........................................................................................................................7
3.3. ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO .....................................................................................................................9
4. CRONOGRAMA GERENCIAL ........................................................................................................... 11
4.1. DEFINIÇÃO ..............................................................................................................................................11
4.2. PRINCÍPIOS .............................................................................................................................................11
4.3. ELABORAÇÃO DO CRONOGRAMA GERENCIAL .................................................................................................12
4.3.1. Marcos contratuais .................................................................................................................................. 12
4.3.2. Análise prévia........................................................................................................................................... 12
4.3.3. Criação da EAP (WBS) .............................................................................................................................. 12
4.3.4. Atividades no cronograma gerencial ....................................................................................................... 14
4.3.5. Metodologias executivas – Cenários ....................................................................................................... 14
4.3.6. Produtividades e recursos básicos ........................................................................................................... 15
4.3.7. Sequenciamento de atividades e lógica................................................................................................... 15
4.3.8. Plano de ataque e estratégia ................................................................................................................... 16
4.3.9. Ritmo (takt) e nivelamento de recursos .................................................................................................. 16
4.3.10. Associar atividades a custos..................................................................................................................... 18
4.3.11. Determinar e Analisar o Caminho Crítico ................................................................................................ 18
4.3.12. Ajustar e iterar o cronograma gerencial .................................................................................................. 19
4.3.13. Produtos finais do cronograma gerencial ................................................................................................ 19
4.4. ATUALIZAÇÃO DO CRONOGRAMA GERENCIAL ................................................................................................20
4.4.1. Análise das produções do mês................................................................................................................. 20
4.4.2. Revisões dos índices de produtividade .................................................................................................... 20
4.4.3. Cálculos de tendências ............................................................................................................................ 20
4.5. GESTÃO EFETIVA PELO CRONOGRAMA GERENCIAL ..........................................................................................20
5. PLANEJAMENTO PUXADO – PULL PLANNING ................................................................................. 20
5.1. DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO PUXADO ...................................................................................20
5.2. PREPARAÇÃO PARA A REUNIÃO DE PULL PLANNING ........................................................................................21
5.2.1. Definição do marco e/ou meta para “puxar” .......................................................................................... 21
5.2.2. Estudo do processo – UDC, especificações e demais requisitos .............................................................. 21
5.2.3. Identificação de todos os recursos e entregáveis do processo................................................................ 21
5.2.4. Definição das atividades necessárias e relação entre elas....................................................................... 22
5.2.5. Preparação do cronograma executivo preliminar ................................................................................... 23
5.2.6. Preparação do relatório A3 do marco/meta............................................................................................ 23
5.2.7. Preparação da pauta da reunião e apresentação do pull planning ......................................................... 24
5.2.8. Execução da reunião de pull planning ..................................................................................................... 25
5.2.9. Sequência da reunião de pull planning.................................................................................................... 25
5.2.10. Regras que garantem o sucesso da reunião de pull planning ................................................................. 28
5.2.11. Consolidação das restrições..................................................................................................................... 28
5.2.12. Revisão do pull planning por marco/meta .............................................................................................. 29
6. PLANEJAMENTO LOOK AHEAD – SIX WEEKS LOOK AHEAD (6WLA) ................................................. 30
6.1. DEFINIÇÕES E PRINCÍPIOS DO 6WLA ...........................................................................................................30
6.2. CONCEITO DE RESTRIÇÃO ..........................................................................................................................30
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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
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1. OBJETIVO
Este documento tem por objetivo estabelecer as principais diretrizes para a implementação do
planejamento nas obras da AG, de modo padronizado e alinhado aos princípios da filosofia Lean e da
companhia.
2. CONCEITOS BASE
2.1. Planejamento
Planejamento Estratégico
Planejamento Econômico
Planejamento Financeiro
Planejamento Executivo
Planejamento Logístico
Atualmente, nos projetos da AG, são utilizadas metodologias de planejamento com redes extensas e
complexas, de difícil implantação e gestão trabalhosa, baseadas em um "sistema empurrado" ao invés de
um "sistema puxado", definições que serão abordadas a seguir.
Com a implementação da metodologia Last Planner System e a adoção da filosofia Lean, o planejamento
passa a abranger planejamento detalhado, à medida que as incertezas são desfeitas, cronograma gerencial,
com alcance trimestral, nivelamento de recursos e construção colaborativa.
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A metodologia de planejamento adotada com melhor prática pela AG, que deve ser implantada em todas
as obras da companhia, baseia-se em ferramentas padronizadas e procedimentos simples, incluindo
aspectos obrigatórios e opcionais a serem seguidos pelas unidades.
A relação abaixo apresenta alguns princípios fundamentais de planejamento que devem ser observados
pelas obras:
a. O planejamento deve ter função chave na gestão da obra, sendo responsável por ditar o ritmo de
avanço da obra (ao invés de apenas receber as informações dos avanços acontecidos);
c. O planejamento deve ser entendido como uma tarefa multidisciplinar, envolvendo todas as áreas
da obra; não apenas a área de planejamento participa, mas toda a equipe é corresponsável pela
sua gestão.
Especificar o valor
Identificar o fluxo de valor
Criar fluxo de trabalho
Responder à demanda do cliente – planejamento puxado
Buscar perfeição
e. O planejamento físico do projeto deve sempre estar vinculado aos seus custos e receitas; por isso,
as decisões planejamento devem ser tomadas sob a ótica de valor econômico, maximizando o
resultado.
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g. O caminho crítico deverá ser conhecido, divulgado e priorizado na execução dos serviços, a fim
garantir-se a entrega no prazo desejado; igualmente, caminhos sub-críticos devem ser
identificados, para serem controlados.
A metodologia de planejamento a ser implantada nas obras AG é o Last Planner System®. O LPS foi
desenvolvido no Lean Construction Institute, por Glenn Ballard e Greg Howell, como um sistema de
planejamento e controle da produção que procura suavizar as variações nos fluxos de trabalho na
construção, favorecendo o desenvolvimento de planejamentos altamente previsíveis e a redução de
operações com fator de incerteza.
Os princípios da filosofia Lean que estão presentes no Last Planner System são:
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A metodologia LPS consiste em trabalhar com um cronograma gerencial enxuto, com um nível médio de
detalhamento (aproximadamente 500 linhas) e desdobrar esse cronograma em partes menores, “filhos”
do cronograma gerencial, para as diferentes frentes de serviço, considerando-se um horizonte temporal de
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A ideia geral é ajustar o nível de detalhe para diferentes horizontes temporais, concentrando-se o esforço
de detalhamento à medida que as incertezas vão sendo eliminadas. O LPS permite, portanto, que a obra
mantenha uma visão gerencial de todo o projeto no longo prazo (cronograma gerencial) e direcione o
maior esforço de detalhamento para as análises de curto prazo, em que o nível de incerteza é menor,
facilitando a atuação na mitigação de desvios de prazo e custo.
A implantação das etapas do LPS seguem o ciclo do PDCA: Planejar, Fazer (Do), Checar e Ajustar, como
demonstrado a seguir:
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Figura 6 - Reunião de pull planning – Frente piloto Ponte do Rio Verde - S11DR
On The Job Trainning - OIT: Foi utilizada a abordagem de aprendizado no trabalho por meio da
disseminação de conceitos e do “aprender fazendo”.
Disseminação dos conceitos básicos a todos os gerentes da AG: por meio do Programa de
Formação dos Gerentes de Contrato (PGC), as ações de implementação da metodologia tiveram
início em todos os demais contratos, além das obras piloto (através dos homeworks).
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Apoio à implementação nas obras através do Escritório de Projeto do ONE (PMO) e dos
coordenadores especialistas em planejamento.
Padronização dos processos e agrupamento dos conhecimentos e conceitos no presente
Manual de Planejamento.
4. CRONOGRAMA GERENCIAL
4.1. Definição
O cronograma gerencial é a ferramenta de planejamento que permite controlar e gerenciar 100% da obra,
refletindo a estratégia de ataque definida para o projeto, os principais marcos e as grandes linhas de
execução.
4.2. Princípios
a. O cronograma gerencial deve ser o resultado de uma análise detalhada, em conjunto com a equipe
do projeto, considerando os seguintes itens:
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A elaboração do cronograma gerencial é um processo complexo, que deve envolver todas as áreas
principais da obra. O alto grau de qualidade no desenvolvimento desta etapa é um fator chave para o
sucesso do projeto.
O cronograma gerencial deve abranger todas as fases importantes das diferentes “dimensões”:
Engenharia
Procurement – Suprimentos
Construção
Comissionamento
O primeiro passo é conhecer quais os principais marcos contratuais precisam ser atendidos, além da data
de término de obra, para que a estratégia de execução seja planejada adequadamente.
É importante, ainda, definir junto ao cliente o escopo dos marcos intermediários (se correspondem à etapa
integralmente concluída ou à liberação do início da atividade subsequente, com pendências). Entender as
necessidades do cliente é fundamental para planejar adequadamente, definir planos alternativos, priorizar
atividades, etc.
Antes do início do planejamento, é fundamental coletar as melhores informações disponíveis. Além dos
critérios já mencionados no item 4.2, outros dados são relevantes, como:
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A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) é uma estrutura hierárquica usada para organizar as atividades da
obra, monitorar, estruturar o cronograma e acompanhar os custos. A EAP deve incluir:
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Um dos mais importantes princípios para o projeto de uma EAP é a regra dos 100%. O Practice Standard
for Work Breakdown Structures (Second Edition), publicado pelo Project Management Institute (PMI) define
que a EAP deve incluir "100% do trabalho definido pelo escopo do projeto e captura todas as entregas –
internas, externas, intermediarias – de forma ao trabalho estar completo, incluído o gerenciamento do
projeto" (p. 8).
É dizer que a soma do trabalho que está sendo projetado deve ser 100% compatível com o nível "pai", ou
seja, não deve conter atividades a mais ou a menos do que foi proposto no nível imediatamente acima.
Depois de criada a EAP, deve-se decidir qual o nível correto das atividades que devem ser incluída no
cronograma gerencial. As seguintes melhores práticas auxiliam nesta etapa:
Avaliar de forma crítica o nível correto de detalhes para atividades a serem incluídas no plano
diretor;
Garantir que todas as atividades possam ser mensuradas/vinculadas a um KPI; e
A cada nova atividade incluída, questionar "Qual o valor agregado"?
O detalhamento insuficiente, por outro lado, prejudica a visibilidade dos avanços ou atrasos, dificulta a
realização de projeções assertivas e o gerenciamento do caminho crítico (que fica "escondido" em
atividades muito macro).
As melhores práticas sugerem a inclusão, no cronograma, de 300 a 600 atividades, observados os objetivos
da ferramenta.
Nesta fase, a gerência do projeto deve definir o método construtivo de cada um dos principais elementos
da obra. Para isso, é fundamental apoio gráfico para suportar as análises, podendo variar de esboço
manual até desenhos em 3D, dependendo do nível de maturidade do projeto. Para cada atividade, devem
ser detalhados os seguintes itens:
Volumes;
Produto final;
Processo de construção; e
Recursos e equipamentos.
Este estudo detalhado servirá como input no cronograma gerencial e como base para a fase de pull
Planning.
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Deve ser definida uma "produtividade referência" para atividade do cronograma. As produtividades
estabelecidas para cada serviço devem ser as mesmas previstas no orçamento da obra, sempre que o
orçamento for consistente e realista.
A duração de cada atividade será apurada em função dos índices de produtividade considerados e volume
de recursos empregados em cada uma das frentes de serviço.
O cronograma é baseado em um algoritmo matemático que calcula as datas de início e fim de cada
atividade em função das produtividades e recursos previstos, estabelecendo a data esperada de término
do projeto. Para que esse algoritmo funcione corretamente, entregando resultados assertivos, as
atividades devem estar ligadas ou conectadas umas às outras.
As ligações são a representação das sequências construtivas (por exemplo, a concretagem de um bloco
deve sempre ser posterior à atividade de armação e forma). O conjunto de ligações é conhecido como
“rede”. A definição correta das ligações é fundamental para que o cronograma calcule, por exemplo, a data
na qual é possível iniciar uma atividade.
Fim-Começo: é a ligação mais comumente usada. Define que para uma atividade "X" seja
iniciada, a atividade "Y" seja concluída. A atividade "Y" é chamada antecessora e a atividade "X"
é chamada "predecessora".
Começo-Começo: define que as atividades "X" e "Y" devem começar na mesma data.
Fim-Fim: define que as atividades "X" e "Y" devem terminar na mesma data
Lags são os inputs que permitem estabelecer os tempos entre as atividades; por exemplo, depois da
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concretagem, é preciso esperar 2 dias para a cura, antes do início da seguinte atividade. A ligação Fim-
Começo+2 permite introduzir no cronograma essa necessidade de tempo.
A melhor prática determina que o número de ligações Fim-Começo no cronograma seja reduzido, sendo o
maior número possível de atividades realizado de forma paralela e ritmada.
Antes de se estabelecer o ritmo e o nivelamento dos recursos, é preciso fazer a análise crítica do
sequenciamento e das ligações propostos para as atividades do projeto. Esta análise é essencial, pois nem
sempre a sequência estritamente lógica é a melhor para o negócio. Isso porque:
Takt significa “ritmo”, ou seja, o tempo takt estabelece o ritmo da produção para corresponder ao grau de
necessidade do cliente, tornando-se a "pulsação" de um sistema Lean.
O takt é calculado, não medido. No ambiente de produção em fábrica, o takt é calculado como o tempo
disponível para produzir dividido pelo número de unidades diárias produzidas (exemplo: um operador que
trabalha 8 horas precisa entregar, por dia, 16 peças prontas - o takt é: 8h/16ud=0.5h)
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Uma vez calculado o takt, ou seja, entendido o ritmo de entrega necessário para atender o cliente, será
necessário balancear os recursos para que a execução cada etapa ocorra de forma sincronizada ao takt.
Balancear os recursos significa distribuir de forma igual os conteúdos de trabalho entre a equipe, para
minimizar os tempos de espera e, assim, reduzir desperdícios e otimizar o custo.
Para calcular o número adequado de funcionários em cada etapa, deve-se medir o tempo do ciclo de cada
atividade, ou seja, quanto tempo uma pessoa leva para executar cada atividade necessária para a execução
do lote. O tempo total de ciclo é, portanto, o tempo um colaborador gasta para realizar a sequência
completa de atividades.
O número de colaboradores apurado deve, então, ser dividido pela quantidade de trabalho, em partes
iguais, garantindo o sincronismo necessário.
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Deve-se assegurar que o plano de contas da obra e os itens de planilha estão alinhados com a EAP, para
que seja sempre possível vincular o avanço físico da obra ao custo incorrido, garantindo a visibilidade sobre
o resultado econômico do contrato.
As decisões de planejamento devem ser sempre decisões econômicas e o custo deve fazer parte dos
diálogos estratégicos de abordagem da obra. Assim, o link entre avanço físico e econômico, estabelecido
no início do projeto, deve ser mantido durante toda a sua execução.
Uma vez linkados os custos diretos (com base nas composições de custo de cada serviço), devem ser
calculados os custos indiretos, em função do plano de ataque definido e dos recursos diretos definidos em
cada frente de trabalho.
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“O caminho crítico é a sequência de atividades que representa o caminho mais longo de um projeto, que
determina a menor duração possível de um projeto”. (PMBOK 5a Edição, pag. 176)
Estudadas todas as atividades da obra e suas ligações, a versão preliminar do cronograma deve ser inserida
no software de planejamento (Primavera, salvo quando o cliente final exigir contratualmente a utilização
de MS Project), para calcular o caminho crítico do projeto.
Dependendo do resultado e do tipo de contrato, pode ser necessário reduzir a duração total da obra para
atender os marcos ou para receber incentivos, por exemplo. Para cada caso, será realizado um exercício de
compreensão do caminho crítico, utilizando-se diferentes alavancas.
Esta compressão é obtida por meio de Workshops, com a participação das principais áreas envolvidas na
no projeto (planejamento/construção). Nessas reuniões, devem ser analisadas as potenciais alavancas de
redução do caminho crítico, conforme gráfico abaixo:
O planejamento é um exercício iterativo que exige a avaliação de diferentes cenários de execução, análise
das consequências em custo e prazo e avaliação dos riscos de cada uma das metodologias.
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A análise do estado do cronograma gerencial da obra e dos cálculos de tendências deve ser feita
mensalmente. Essa reunião serve para analisar os fatos ocorridos no mês anterior, avaliar os atrasos,
tomar ciência do impacto da perpetuação desses atrasos e definir ações para corrigir essas circunstâncias.
Os índices de produtividade atingidos no mês devem ser comparados com os índices previstos no
orçamento (ou último PO). Essa análise sinalizará se o atraso ou avanço decorrem:
O cronograma gerencial deve ser atualizado quinzenalmente, pelo setor de planejamento da obra, com os
avanços físicos das atividades executadas e programadas no pull planning. Essas atualizações permitem
avaliar as reais tendências de prazo das atividades do cronograma gerencial, de modo que as ações
mitigatórias possam ser tomadas dentro do mesmo mês, nas atividades que estiverem atrasadas.
O cronograma gerencial atualizado deve, sempre, ser exibido na Torre de Controle, na seção de
Planejamento, para que as reuniões semanais de planejamento e gerenciais sejam feitas com base em
informações atualizadas e realistas.
Mensalmente, deve ocorrer a reunião da análise do cronograma gerencial, com a liderança do gerente da
obra e tendo como público alvo os demais gerentes e coordenadores do projeto. Nessa reunião, devem ser
analisadas as restrições (com uma visão maior que 3 meses) e definidas ações para as atividades com
tendência de atraso ou atrasadas em relação ao cronograma gerencial.
É importante ressaltar que o gerente do contrato deve ser consultado sobre qualquer mudança na linha de
base do cronograma gerencial, pois ele é o responsável máximo pelo planejamento do projeto.
5. Planejamento Puxado – Pull Planning
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Pull Planning é o cronograma preparado para uma fase específica do projeto, usando a técnica de “puxar”
para determinar os “hands offs”. Em regra, é preparado pelo time responsável pela execução do trabalho.
Para a fase de desenho, por exemplo, devem participar os arquitetos, engenheiros, donos; já para a etapa
de construção, participam projetistas, engenheiros, subempreiteiros e encarregados.
Os membros da equipe começam pelo fim da execução e planejam de trás para a frente, identificando, na
medida que avançam, (i) os critérios para declarar cada sub-atividade (parte do trabalho) completa; e (ii) as
necessidades para iniciar cada fase.
Como melhor prática, o planejamento puxado deve ser elaborado por meio de workshop, colando-se cada
sub-atividade na parede, estabelecendo durações e definindo um fluxo de trabalho eficiente.
O resultado do trabalho de pull planning é depois traduzido em um cronograma tipo Diagrama de Gantt,
para seu acompanhamento.
Para maximizar a eficiência do workshop de pull planning, deve ser feito um trabalho prévio de estudo e
detalhamento da atividade. Em regra, esse trabalho deve ser liderado pelo responsável pela execução da
atividade, com inputs dos demais envolvidos.
Na fase de construção de uma frente, por exemplo, o engenheiro responsável pela frente, com o apoio do
time de planejamento, liderará o trabalho prévio (e o workshop).
Para completar a preparação do workshop, o responsável deverá garantir um estudo detalhado dos
diferentes aspectos detalhados a seguir.
Partindo do cronograma gerencial, deve-se identificar quão avançada uma frente deve estar em um
horizonte de 3 meses (aproximadamente), para garantir-se a conclusão daquela atividade como previsto
no cronograma.
O engenheiro responsável pela execução da frente deverá consultar as UDCs disponíveis, explicando o
melhor método executivo, índices de produtividade, etc. Deve, ainda, utilizar esse momento para
pesquisar outras fontes, consultar experts ou artigos, para decidir qual a forma mais eficiente de executar
aquela frente.
Para a identificação dos recursos e entregáveis do processo de forma correta e eficaz, garantindo que o
pull planning seja construído de forma colaborativa e comprometida, com foco no atendimento dos
marcos do cronograma gerencial, deve-se utilizar a metodologia do Diagrama de Ishikawa (6M) .
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Como atividade prévia, deve-se "quebrar" a frente de trabalho selecionada em micro atividades, com nível
de granularidade suficiente para realizar a programação diária no campo. Cada uma das micro atividades
deve ser estudada, para definição dos seguintes parâmetros:
Sequência: deve ser definida a ordem de execução prevista para cada uma das atividades;
Responsável: cada atividade deve ter um responsável único;
Cliente: cada atividade deve ter um cliente. O cliente é o responsável para o qual a atividade
atual será “entregue”, quando concluída;
Entregável: para cada atividade, deve-se definir as condições em que o responsável a entregará
para o cliente;
Restrições: deve-se determinar quais restrições afetam a execução da atividade;
Quantidade: deve-se detalhar a quantidade total de unidades a executar em aquela atividade;
Recursos previstos: deve-se detalhar a quantidade e o tipo de recursos de mão de obra,
equipamentos e materiais necessários para a execução da atividade;
Produtividade prevista: deve-se detalhar a produtividade esperada para a atividade;
Índice de produtividade orçado: deve-se consultar o último orçamento para garantir que as
produtividades esperadas atendem o custo previsto;
Duração: como base nos 3 parâmetros anteriores, deve-se determinar a duração total da
atividade.
Na análise da sequência construtiva, tempos e recursos necessários, o líder usará a técnica do takt, visando
ritmar o avanço dos serviços, com tempos definidos que atendam o prazo total do projeto e permitam
minimizar os recursos para a sua execução.
Todos os dados são compilados numa planilha template em Excel, Anexo 1 deste Manual. O responsável
pelo pull planning deve alinhar todos os dados contidos no arquivo com o responsável por cada uma das
atividades.
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O responsável pelo pull planning deve garantir que a informação gerada no ponto 3 (quebra em micro
atividades) seja transferida para um cronograma Gantt, numa das ferramentas de planejamento.
Recomenda-se que uma pessoa da equipe de planejamento auxilie o responsável por esta tarefa.
O objetivo é gerar uma versão preliminar do cronograma, contendo a melhor informação disponível até o
momento, e que servirá como ponto de partida para o workshop de pull planning, oportunidade na qual a
versão preliminar será otimizada.
O responsável deve preencher um template em formato A3 (Anexo 2), para garantir o alinhamento de
alguns pontos importantes da preparação do workshop de pull planning. O template inclui, entre outros
aspectos:
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o Qualidade e segurança
o Cliente (Opcional)
Definição do marco: marco selecionado, o que precisa estar pronto para conclusão desse
marco, etc.
Introdução e objetivos
Marcos e sequência construtiva das atividades de 3-4 meses
Restrições para o cumprimento dos marcos;
Dinâmica – construção e colagem dos adesivos auto colantes (por exemplo, Post It) para
construção do planejamento trimestral de forma colaborativa; e
Definição dos próximo passos.
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O objetivo da reunião de pull planning é obter um cronograma detalhado da execução de uma frente de
trabalho, para os próximos 3 a 4 meses, com nível de granularidade suficiente para as programações de
campo e que atenda os prazos e custo previstos para a atividade no cronograma gerencial. Deve ser
gerada, também, uma planilha de restrições, que serão tratadas e eliminadas durante a reunião de 6WLA.
Além do produto final, o pull planning realizado em formato de workshop gera resultados adicionais, entre
eles:
a. Abertura
introdução de objetivos;
apresentação das regras de ouro da reunião; e
apresentação dos participantes. Neste momento, é importante verificar se todos os convidados
estão presentes na sala ou se enviaram representante.
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O responsável pela frente deve explicar qual o marco escolhido para a execução do Workshop de pull
planning, esclarecendo:
As alternativas de execução devem discutidas e analisadas. A etapa requer especial atenção, pois grande
parte do alinhamento de conceitos e entendimentos acontece neste momento.
Os encarregados preenchem os adesivos auto colantes para cada uma das suas atividades. As informações
neles incluídas devem ser as mesmas já preenchidas no trabalho prévio na planilha de Excel.
Nome da atividade
Responsável
Recursos
Duração
Cliente
Restrições
i. Adesivo padrão, sem informações pré preenchidas: pode ser preenchido conforme padrão
estabelecido pela obra e durante a reunião de pull planning.
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ii. Adesivo padrão pré preenchido: informações básicas como "atividade", "quantidade" e
"recursos" podem ser previamente preenchidas, conforme padrão definido pela obra, ficando
os campos "responsável", "cliente" e "duração" em branco, para serem preenchidos pelo o
encarregado na hora da reunião de pull planning.
Esta modalidade é mais trabalhosa na fase de preparação, mas agiliza a dinâmica durante a reunião.
e. Dinâmica do posting
Cada encarregado cola seus adesivos, de acordo com a necessidade da sequência guiada pelo líder. O ato
de colocar o adesivo representa o compromisso do encarregado com a entrega daquela atividade, naquela
data. Por isso, a definição de prazos deve levar em conta as restrições que afetam a execução da tarefa, e
que devem ser imediatamente inseridas na lista de restrições do planejamento.
Seguindo-se a dinâmica acima, o grupo deve terminar a construção da sequência "puxada" na data atual do
planejamento ou data inicial do período de estudos. A última atividade a ser "puxada" será, portanto, a
primeira a ser executada. Concluído o exercício, o líder deve iniciar o processo de análise da sequência
construída, analisando-a no sentido do avanço temporal, para que o time realize os ajustes necessários na
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Figura 23 - Exemplo de programação trimestral consolidada após reunião de pull planning (Obra ANGRA 3)
Figura 24 - Exemplo de Programação Trimestral consolidada após reunião de pull planning (Obra L5)
Durante o processo de planejamento, são identificadas restrições que interferem na execução das
atividades. Ao final da reunião de pull planning, o líder deve garantir que todas essas restrições foram
identificadas e compiladas em um repositório de restrições, incluindo, em alguns casos, as ações para a sua
remoção (Anexo 5).
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À medida que o processo de planejamento pelo método LPS se desenvolve, a retroalimentação com os
dados reais coletados e/ou observados em campo traz novas informações acerca das atividades e dos
processos, tornando-se necessárias a revisão sistemática e a atualização do pull planning, de modo a
garantir-se o cumprimento do marco/meta.
O processo de revisão segue a mesma sequência estabelecida no pull planning, sendo essencial, porém,
entender as variações nos resultados projetados no plano anterior, para que os planos subsequentes sejam
mais assertivos. Para isso, devem ser relatados e documentados os problemas e dificuldades encontrados,
os processos de identificação de causas raiz e ações implementadas e suas consequências.
Algumas das dificuldades e problemas mais frequentes identificados na implementação do pull planning
são:
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exemplo, Primavera para o lookahead (6WLA) e Ms Excel para curto prazo (programação
semanal);
não remoção de restrições com lead time (tempo total de entrega) acima do alcance do curto
prazo, em razão da baixa efetividade do 6WLA;
não execução das analises periódicas sobre os motivos pelos quais as programações semanais
tendem a variar, ou seja, falha na análise do ciclo PDCA;
baixo desenvolvimento e conexão entre o plano mestre (cronograma gerencial), fase de
programação (pull planning), plano de lookahead (6WLA) e o curto prazo (programação
semanal);
ausência de conexão entre os indicadores de desempenho acompanhados na Torre de Controle
e o planejamento, uma vez que o desempenho do PPC medido na programação semanal
dificilmente é atrelado aos objetivos gerais do contrato. Esta falha reduz o poder do last planner
de prever ações corretivas e aumentar a confiabilidade dos planos.
Após a realização do pull planning, devem ser identificadas e tratadas as restrições/problemas que
impactam no cronograma. Esta etapa deve ser realizada durante a reunião de 6WLA.
Uma vez que as restrições são identificadas, as tarefas a elas associadas são submetidas a um processo de
make–ready, no qual são definidas as ações necessárias para identificação e remoção das restrições. Esse
processo é composto por duas atividades básicas: triar e puxar.
O horizonte de 6 semanas utilizado para sistematização da análise e tratamento das restrições no 6WLA
pode ser estendido em função de peculiaridades ou especificidades de cada contrato. Para uma obra
situada em localidade mais remota e/ou com logística complexa, por exemplo, recomenda-se que o
período avaliado no 6WLA seja ampliado, para melhor adequar-se aos prazos mínimos de atendimento
logístico ou outros requisitos.
6.2. Conceito de Restrição
Restrição é qualquer fator externo ao ambiente do contrato, que não pode ser controlado pela gestão do
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Existem diversos tipos de restrições. A relação abaixo apresenta algumas das ocorrências mais comuns:
As definições acima servem apenas para facilitar a organização o processo de identificação das restrições e
não pretendem engessar a sua classificação, nem impedir que outros impedimentos catalogados e
tratados.
Para a realização da reunião de 6WLA, o engenheiro de produção da frente deve preparar as seguintes
informações, com o apoio planejamento:
A não apresentação dos entregáveis acima pode comprometer significativamente o bom andamento da
reunião de 6WLAH.
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A etapa da consolidação das micro atividades deve permitir a identificação e tratativa das restrições, para
manutenção do fluxo de trabalho.
Deve-se focar no levantamento das restrições da semana 6, que é a nova semana a ser analisada no range
da reunião. As restrições das semanas 2 a 5, que já são conhecidas neste momento, devem ser
acompanhadas, verificando-se os seus status os respectivos responsáveis. A semana 1 deve estar livre de
restrições, para que as atividades possam ser programadas para a semana seguinte.
Deve ser verificado o PPC das atividades da semana anterior. Caso o PPC não esteja sendo cumprido, deve
ser discutida a causa raiz do problema.
e. Plus/Delta
Deve-se avaliar os pontos positivos e a desenvolver, compilando as informações para que sejam aplicadas
nas próximas reuniões.
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É importante que as restrições sejam ser monitoradas durante toda a semana e não somente na reunião
de 6WLA. O cumprimento das ações para eliminação de uma determinada restrição poderá impactar toda
a programação trimestral consolidada no pull planning.
A reunião deve ser baseada no cronograma gerado no pull planning (que fundamentou o planejamento
puxado) e deve identificar todas as atividades a serem executadas nas próximas 6 semanas. Deve ser
realizada semanalmente, sempre com range das 6 próximas semanas (ou seja, com uma semana nova a ser
analisada a cada encontro).
Quando uma atividade não pode ser avançada, o impedimento deve ser identificado e listado como
restrição ou problema.
Todas as restrições já identificadas e incluídas no repositório devem ser eliminadas pelo responsável; o
avanço na eliminação desses impedimentos deve ser cobrado na reunião de 6WLA.
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iii. Analisar as atividades a serem iniciadas na semana 1 e, para cada uma delas, conduzir uma
discussão detalhada (planejamento semanal, descrito a seguir). Estas atividades devem estar
livres de restrições.
7. PROGRAMAÇÃO SEMANAL
A reunião de programação semanal deve acontecer de maneira integrada com a reunião semanal de
6WLA, sendo o foco na programação semanal as atividades a realizar na semana seguinte à reunião.
A regra básica da programação semanal é que não se deve programar nenhuma atividade que tenha
restrições pendentes, ou seja, a semana que está sendo programada deve estar livre de restrições, de
modo que todas as atividades previstas possam ser concluídas pela equipe de campo.
Na programação semana, as atividades devem ser detalhadas a nível diário (o que será realizado em qual
dia), para que sejam possível monitorar seu avenço e agir rapidamente, em caso de desvios.
As atividades programadas devem ter duração de 2 a 3 dias, no máximo, sendo recomendável que sejam
mais curtas (1 dia ou menos); esta prática facilita o monitoramento frequente e o cálculo do PPC.
As programações deverão ser distribuídas para todas as áreas do projeto e, principalmente, para os
encarregados, a partir da primeira hora do primeiro dia da semana.
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Devem ser efetuadas, diariamente, na frente de trabalho, reuniões de check-in e check-out, para análise
dos seguintes aspectos, entre outros:
No que concerne ao acompanhamento do planejamento, deve ser calculado o PPC diário, ou seja, o
percentual das atividades previstas para hoje que foi realmente executado.
As atividades que não foram executadas devem ser justificadas, sendo elaborado plano de ação para
correção do desvio. As atividades atrasadas devem ser encaixadas no resto da semana, para que não seja
preciso “empurrar” o cronograma, ou seja, passar para a semana que vem.
9. RETROALIMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO
A gestão de desempenho se refere tanto aos indicadores medidos (KPI – Key Performance Indicators)
quanto aos diálogos (ou reuniões) de desempenho baseados em nesses KPIs.
De forma geral, os diálogos de desempenho são definidos como a prática de gestão regular e estruturada,
por meio de reuniões cuidadosamente planejadas entre os gestores e seus subordinados diretos, em que
utilizam os KPIs para avaliar o desempenho de cada unidade, entender as causas de eventuais desvios,
decidir como abordá-los e elaborar planos de ação (que serão previstos no próximo encontro).
Os diálogos de desempenho e todos os detalhes sobre sua realização estão definidos no Manual de Gestão
de Desempenho.
O desempenho da obra em uma semana deve ser avaliado, necessariamente, na semana seguinte. O
indicador usado para medir a aderência ao planejamento é o PPC - Percentual da Programação Cumprida,
que mede qual o percentual de atividades efetivamente executadas em relação ao programado para
aquela semana.
Por exemplo, se foram programadas 30 atividades para a semana, sendo 20 efetivamente executadas, o
PPC será de 67%.
a. As atividades não programadas realizadas em uma semana não devem ser consideradas no cálculo
do PPC. O PPC mede a habilidade de executar o planejado, por isso o que não foi planejado não é
considerado na conta (o PPC está entre 0% e 100%, não podendo ser >100%).
b. A atividade executada parcialmente, mas não concluída, não integra o cálculo do PPC.
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c. O PPC deve calculado semanalmente. Caso haja atraso nas atividades programadas, estas devem
ser reprogramadas para a semana seguinte, sem prejuízo no marco do cronograma gerencial.
d. Os desvios identificados devem ser analisados com base no PDCA, sendo identificadas e atacadas
as causas raízes; o objetivo é que os problemas não se repitam, por isso, devem ser tratadas as
causas e não os sintomas.
e. Deve ser verificada a qualidade das programações semanais, para que eventuais melhorias possam
ser implantadas nas programações seguintes.
O planejamento deve ser atualizado com frequência, com base nas produtividades reais, a fim de reavaliar-
se as tendências de prazo dos serviços.
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Os gestores devem apoiar integralmente a implementação do Last Planner System em seus respectivos
projetos. Além de liderar, devem conhecer a fundo as novas metodologias e praticar os conceitos Lean
pessoalmente, não delegando a responsabilidade por essa implantação para outras pessoas.
Todos a equipe do projeto deve ser envolvida na metodologia do LPS, devendo ser incluído nos contratos
com subempreiteiros e prestadores de serviços as rotinas e demandas necessárias para o sucesso deste
processo. Esta exigência é aplicável aos contratos de serviços de engenharia (detalhamento de projeto),
mobilização, logística, comissionamento, operação assistida, etc. e está prevista nas minutas padrão da
serem utilizadas pela obra, conforme PS AG 205 52.
11. FERRAMENTAS
As principais ferramentas utilizadas na área de planejamento são: Microsoft Excel, Primavera (ou MS
Project, se exigido pelo cliente), EPCPLAN e Custo Programado (CP).
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11.1.1. Primavera
O Oracle Primavera é um dos principais softwares utilizados para elaboração e gestão de cronogramas no
mundo. O produto pertence à Oracle, instituição que fornece soluções e sistemas de gestão de banco de
dados e, por isso, exige que as informações do projeto sejam parametrizadas em uma plataforma SQL
Server, antes da elaboração do cronograma.
Por se tratar de banco de dados, o Primavera dispensa o salvamento periódico das informações, sendo
mais segura a sua utilização. O programa está disponível apenas em inglês, exigindo do usuário
conhecimentos básicos, pelo menos, do idioma.
O Primavera é a ferramenta padrão a ser adotada nas obras da AG, salvo quando o cliente exigir,
contratualmente, a utilização do MS Project.
11.1.2. EPCPlan
12. RESPONSABILIDADES
12.1. Encarregado
Ser o último planejador (Last Planner) e participar proativamente no planejamento das frentes
de trabalho tanto no pull planning e nas reuniões de 6WLA quanto no campo (dia a dia), nas
reuniões de check-in e check-out, analisando o desempenho e identificando desvios.
Assumir compromissos e honrá-los. No pull planning, cada encarregado se compromete a
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entregar sua frente em uma data determinada; o cumprimento dessa data é fundamental para
que o resto da obra funcione corretamente e os objetivos sejam atendidos.
Ser constante na execução das reuniões de check-in e check-out.
Considerar os inputs, opiniões e ideias dos colaboradores e levar em consideração as
produtividades reais e sua experiência.
Evitar colocar “gorduras” no planejamento.
Ter espírito de dono e colocar apenas os recursos necessários no planejamento, visando
otimizar a utilização da equipe e, assim, sua produtividade.
Ser aberto para receber dos colaboradores feedback ou retorno sobre quais os problemas que
dificultam a execução das tarefas e apoiar a sua solução. Ser proativo em escalar rapidamente
aqueles problemas que não consegue resolver.
Ser transparente com os engenheiros e coordenadores, expondo os problemas e seus status
mais reais.
Participar ativamente do planejamento gerencial, com foco na própria frente, mas colaborando
com ideias e levantando pontos de atenção.
Liderar os pull plannings da sua frente.
Ter atitude de dono e garantir que todas as soluções construídas visam a otimizar custo e
melhorar o resultado da obra.
Garantir que os encarregados e mestres planejem suas frentes. O papel do engenheiro é
estimular o encarregado a planejar, apoiando-o com soluções construtivas, gestão de recursos e
garantindo o cumprimento das metas previstas de prazo e custo.
Garantir que as reuniões do LPS sejam executadas com qualidade e frequência, dando o
exemplo na participação.
Ser aberto para receber dos colaboradores feedback ou retorno sobre quais os problemas que
dificultam a execução das tarefas e apoiar a sua solução. Ser proativo em escalar rapidamente
aqueles problemas que não consegue resolver.
Procurar o auto desenvolvimento e ser proativo na busca de novas soluções para melhorar o
desempenho da própria frente.
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Ser o dono dos dados e a fonte para os cronogramas, avanços físicos, custos, recursos, etc.
Manter todos os cronogramas linkados com o custo, de forma que qualquer decisão afetando o
planejamento da obra seja tomada em base a critérios econômicos, para otimização de
resultado do contrato.
Apoiar o gerente do contrato na operacionalização das ferramentas: implementação do
cronograma no software, inclusão dos avanços, consolidação da informações para pull
plannings, etc.
Garantir que as informações sejam geradas e emitidas a tempo, para a atualização do
cronograma, emissão programações e comunicação do andamento da obra.
Ditar o ritmo da obra, em função das necessidades contratuais e em conjunto com a produção e
as outras áreas de apoio.
Calcular periodicamente tendências de prazo e custo, para apoiar o gerente de contrato na
tomada de decisões estratégicas, priorizações, etc.
Manter sempre uma perspectiva de olhar para frente, sendo o primeiro a levantar alertas
quando identificar desvios ou quando a tendência sinalizar descumprimento de algum marco
contratual.
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13. GLOSSÁRIO
Relatório de uma só página (uma única folha de papel 11 x 17 cm) que segue a
A3 disciplina do pensamento PDCA aplicado à resolução colaborativa de
problemas, desenvolvimento da estratégia ou relatórios. O A3 inclui histórico,
apresentação do problema, análise, ações propostas e resultados esperados.
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Custo Permissível O máximo absoluto para o Custo do Projeto, com base no Caso de Negócios
do Projeto que será o objeto do Estudo de Validação (IFOA - Integrated Form
of Agreement Definition).
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O objetivo de custo definido pela equipe de entrega como "meta" para seus
esforços de desenho e entrega. A Meta de Custo deve ser definida a partir de
Meta de Custo um desempenho anterior que tenha sido inferior ao melhor deles. O objetivo
é criar um senso de necessidade para alavancar inovações e redução de
desperdício nos processos de desenho e construção.
Um cronograma preparado a partir de uma série de atividades que são
mostradas com suas durações e atividades anteriores e posteriores. O número
de atividades pode variar de menos de cem a diversos milhares. Tipicamente,
o cronograma CPM é preparado com o uso de softwares, como o MS Project,
Suretrack ou Primavera P3 - o nome tem origem na capacidade desses
softwares de calcular um "percurso crítico" - aquelas atividades que precisam
Método para otimização do ser completadas de acordo com o cronograma para que a data final seja
Caminho Crítico cumprida. Este cronograma serve muitas vezes como base para o
desenvolvimento do Cronograma Mestre - na atual prática de gestão de
projetos, é usado para monitorar e controlar o progresso de um projeto. Para
o LPS - é considerado uma forma de identificar itens de longa espera, a
viabilidade de completar o projeto de acordo com as exigências atuais, a base
para definir marcos e fases, mas não como uma forma de "controlar" o
projeto.
Um item do Cronograma Mestre que define o final ou o começo de uma fase
Milestone (Marco)
ou um evento exigido em contrato
Palavra japonesa que significa "sem valor agregado" ou 7 Desperdícios de
Muda
Ohno.
Palavra japonesa que significa "Irregularidade" - flutuação na demanda que
Mura
faz com que o fluxo de trabalho seja desigual.
Palavra japonesa que significa "Sobrecarga" - demanda excessiva em um
sistema que faz com que o sistema produza menos do que sua capacidade
Muri razoável, forçando uma máquina ou pessoa além de seus limites naturais.
Sobrecarregar as pessoas acarreta problemas de segurança e qualidade.
Sobrecarregar os equipamentos acarreta quebras e defeitos.
Abordagem de aprendizado no trabalho por meio da disseminação de
On The Job Trainning - OIJ
conceitos e do “aprender fazendo”.
Significa Planejar, Fazer, Verificar, Agir (Plan - Do - Check - Act). Ciclo
PDCA introduzido por Walter A. Shewhart e popularizado pelo Dr. W. E. Deming
como um método para a melhoria contínua.
Planejamento O ato de conversar que leva a uma ação bem coordenada.
Planejamento Baseado em Um sistema de planejamento que se baseia em fazer e tornar confiáveis
Compromisso promessas no ambiente da equipe.
A parcela do Sistema de Planejador Final que se concentra em aprontar o
Planejamento Futuro trabalho - assegurando o trabalho que deve ser feito, pode ser feito,
identificando e eliminando restrições antes que sejam necessárias.
Planejamento Semanal de O processo através do qual o Planejador Final define o plano para o próximo
Trabalho período.
Um plano de execução de uma fase específica de um projeto, usando a técnica
Plano de Fases ou Plano "pull'" para determinar transferências. É preparado pela equipe de fato
Pull responsável pela realização do trabalho através de conversas. O trabalho é
planejado por "solicitação" de um "cliente" que vem em seguida no fluxo.
Um plano de curto prazo, baseado no plano pull/ fase que identifica todas a
iniciativas a serem realizadas nas 6 (ou outro número) próximas semanas. O
Cronograma de Previsão 6W (Look-Ahead Schedule - LAS) é atualizado
Plano Futuro semanalmente - sempre identificando novas atividades das 6 semanas
próximas de modo que a equipe de gestão do projeto possa fazer os
preparativos corretos para assegurar que o trabalho estará pronto para ser
realizado na semana indicada.
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14. REFERÊNCIAS
A documentação de referência e o material de apoio sobre Planejamento podem ser consultados no Portal
Documento Revisão Página
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BALLARD, G. “The Last Planner”. In: SPRING CONFERENCE OF THE NORTHERN CALIFORNIA CONSTRUCTION
INSTITUTE, 1994, Monterey, CA. Proceedings... Monterey: 1994.
Disponível em : <http://www.leanconstruction.org/pdf/LastPlanner.pdf>.
BALLARD, G. Can Pull Techniques be Used in Design Management?. In: CONFERENCE ON CONCURRENT
ENGINEERING IN CONSTRUCTION, 1999, Helsinki, Finland. Proceedings... Helsinki: 1999b.
Disponível em: http://www.leanconstruction.org/pdf/PullinDesign.pdf.
BALLARD, G. Lookahead Planning: The Missing Link in Production Control. In: ANNUAL CONFERENCE ON
LEAN CONSTRUCTION, 5., 1997, Gold Coast. Proceedings... Gold Coast: 1997b.
Disponível em : <http://www.iglc.net/conferences/1997/papers/BALLARD.pdf>.
BALLARD, G. The Last Planner System of Production Control. 2000. Thesis (Doctor of Philosophy) - School
of Civil Engineering, Faculty of Engineering. University of Birmingham, Birmingham.
BALLARD, G.; HOWELL, G. An Update on Last Planner. In: ANNUAL CONFERENCE ON LEAN CONSTRUCTION,
11., 2003, Blacksburg. Proceedings... Blacksburg: 2003. Disponível em:
<http://strobos.cee.vt.edu/IGLC11/PDF%20Files/08.pdf>.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A Guide to the Project Management Body of Knowledge (Pmbok
Guide) - 5th Edition. 2013.
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Project Management Institute Practice Standard for Work
Breakdown Structures – 2nd Edition. 2006.
WARCUP, R.; REEVE, E. Using the Villego® Simulation to Teach the Last Planner® System. Lean
Construction Journal, 2014.
Disponível em: <http://www.leanconstructionjournal.org>.
WOMACK, J.; JONES, D.; ROSS, D. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
Diagrama 6M Ishikawa
Apresentação planejamento PGC – Módulo 1
Apresentação Planejamento PGC – Módulo 2
UDC - Manual de Planejamento
15. ANEXOS
Documento Revisão Página
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Todos os anexos do manual podem ser consultados no Portal AG, na página do Projeto One.