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Oz) Reh ie) nse arta de Peter Sloterdijk regras para o parque humano uma respesta a carta de Heldegg: ‘Sobre o humanisme radugto de José Oscar de Almeida Marques ‘dpatamenio doles uncamp om uo de 1999 esata ur poli ur itor cc de Bair coma mi ro nh se i es eos de hoiontes an sls cones pseudo Un ples finda capretemente despreesins = 1 sande emo pont de partido dignstco Iekdggrine da ce de Inmasiane& po sepuind ttt vivamente pela denincia crahean da damoicasoapequemadrs do hon po home até a acinone reo: menage de Pao be ate de pstoei ‘src manos =e ansormaris 0 maior de Ite plo Fst ds hima anos awa ‘sr uma Europa em confont com am inde cco de indi nega ‘game ois inc, ar onde no lard 0 prigoso fim do tmnt enquamo utopia drm ‘human? Coma ns psconr Fens 30 cn eke, Fete te niles rm que bes seo fea quer se gu ti docu Fane apenas sis pins pass Ingress noe rs muni aopseia como dia Seni Una ura sets deve texto fbn de mesmo um evar ple de um decontentuainaso simp fant a pred cin cox oar soe aban acide ds dir ssc coer si par a apiagten phi a ance ds pnd ongame- td crs em espa pac ab ‘nk pide jtirament ipo nn hye pnt do prdpin sts Obie “Tul rin: Regt fr don Meche: En Anwar beepers Br or den Hamam Revco de adgo Mareo Rosie Projo gril Fenda Vere Anti Ke Comin eto Barto Liberte Gipson Ke Ausrgte de cape (soe Feige: Malick Se (deans, 190, Genesee Nese ‘ltr age Boje ciate te obatmine Poe Sisto ee Ona nes Maret She al Ene ise 00 ‘lrg: Ree de Meche Iai pr tins ta Ter eto det eo aries 8 ‘Res Dona na 16 0158418) ~ So Pala SP ‘es (Ot) 361 28817366 2882 Fn (11) 8284259 apwwestacaiteiasecon Limos, observou cera vero escitor Jean Paul so cats digas a amigo, apenas mais longs, ‘Com esta frase ele explicitou precisamente, de fo mm guioa equintnicncil, «natura es Fango Apres em our gar neque maida se deve carb {ear em cnt ara a im cheparvimager do er ‘rao: ee Seri Spin Ble: Shien I, Globe, Franke M., 1998 1989 35 %6 Recs nce once ma Fios, a relagdo entre homens ¢ animais em seu todo adquiriu marcas completamente noves. Comadomes- ‘icagio do ser humano pela casa comesa, ao mesmo Kempo, a epoptia dos animais damésticos. Ligi-los As casas dos homens nfo envolve, porém, apenas do- -mesticaglo, mas também adestramento ¢ ctiasio, ‘Ohomem e os animais domésticos—a histéria dessa formidavel coabitasio ainda nio recebeu um "ratamento apropriado por isso mesmo 0s filésofos até hoje no souberam convir quanto a seu papel ‘em meio aessa histria" Dentre eles, menor sinda a ioxima conexo ere OHSRECSSSE ‘RIPIORERER— pois epoca perfeiamenteche- g2¢ a0 ponto de define rota como uma variedade de servigo doméstco ou, antes, como um tipo de 10-Alguas ds poura exec evens ofboth de onenay.com seu io Leal be Le pipe £3 Vipru deanna ols chitosan da ven ‘0 Thomas Macho, com “Tie in: Crsoph Wu fe, Handbch Harish Antoplgie Niie Bas, 1997, 62-45 edo mes ator "De Aan de Hauser or Marna Fischer Kowal etl. Gelli Sele ad Kooning on Neu Ei Verchn Scar Ollie A ‘er 1997, p. 177-200, tat dmc; camo parc em tun ange dtngbs axenic 4 un oa reap dajancel nko uaques Wdeunea gem Mead qe bet psu asics poder mis ineuoramento caer de ao, Nese “en en cis dn pores dy qa ap psx sara em meses de ena Tame pain Tongue movimento erfleiofnde ode trade dia domes, A manasa haar meade Hedges porcmpore bos Gerntodcam dese movinento pio degen sem uma casa aris des Contudo, quando fazemos a segura vida domés- tica dar otigem clarera, estamos tocando apenas no aspecto mais inofensivo da humanizagao nas ca- sas. A clareira é a0 mesmo tempo um campo de Datalha e um lugar de decisio e selecio. Quanto a jss0, no mais importam as mudangas de rumo de ‘uma pastoral filosdfica, Lé onde hi casa, deve-se decidir no que se tornario os homens que as habi- tam; decide-se, de fato e por atos, que tipo de cons- ‘rutores de casas chegario ao comando, Na clare ‘most por quis pig homens lam to logo se destacam como seres construtores cidades ¢ produtores de riquezas. O que realmente ‘vem ao caso aqui foi esbogado em angustiantes in- 7 os sinuagbes pelo mestre do pensamento perigoso, iedrich Nietsch te, na rerceia parte de Asin fidow Zaratustr, sob 0 tial "Da virwude apequenadora’ Poisle Zanarsra) quis informar-sesobreo ‘que, nese meio tempo, acontecer ao homem: se ele havia icado maior ou menor. E vende certa vec uma iene decaasnovas, admirowse « dise: Que sgnificam esas casa? Com certe- 124, no foi nenbuma grande alma que as r- ve, sua semelbangal ees quartos ema ‘a podem homens entrar e sar dels” E Zaravusra parow ¢ pensow. Finalmente, ise, enrisecde: “Tudo ficou menor! Em todos os lugares, veo portbes mais baivos: ‘guem édo meu porte provavelmente ainda con- segue pasar, mas ter dese curvar! ‘Ando por entrees pave mantendoosolbos aberos ees se tornaram menores efcam cada ez menores ~ nisso, contudo, consiste sua concep de flicidade e virtude. Als dle querem: quanto & maioria, porém, outros ueem por ees, ‘Sto redondos, comets ¢ bons uns com os outros, asim como gries de aria so redondes, ‘corretos¢ bons com grias de aria Abragar modesamente uma pequena flici- dade ~ a isco chamam ‘resignaga? Querem mo fando ingenuamente wma coisa cacima de tudo: que ninguém Uses faga mal A virtue € pare eles aguilo que sorna mo- ddestoe domesticade: com ela fazem do lobo um cit, e dos pripros homens os melhores animais doméstcos para os homens. (KSA, vol. 4, p. 211-214). Secreta vade Zarausrs os homens da aualidade so acima de tudo uma cost: bem-sucedidoscriadoresque com seguiram fier do homem svagem oilimo homer, £Eabvio que al eto no poderia ser realizado 36 com _métodos humanists de domesticagZo,adesramen- co e educagio, A ese do ser humano como criador de seres humanos fiz explodic 0 horizonte huma- nis, que o humanismo no pode nem deve jamais considerar questOes que ultrapasem esa domest- cago e educa: o humanist assume ohomem como dado de antemoeapici-lhe entio seus mérodos de domestiagio, acinamenco¢ formagio ~ convenci- do que est das conexses necessras entre lr, esar sentadoe acalmar. Nietzsche, por outro lado —que lew coma mes- ima aengio Darwin eS. Paulo ~julga prceber, ates »” do desanuviado horizonte da domesticacio escolar ddos homens, um segundo horizont, este mais som- brio. Ele fareja um espago no qual luca inevitéveis comegario a travar-se sobre 0 direcionamento da criagdo dos seres humanos —e é nesse spago que se ‘mostra outra face, a face velada da clareira. Quan- do Zaratustra atravessa a cidade na qual tudo ficou ‘menor, ele se apercebe do resultado de uma politica de criasio até entio préspera eindiscutivel: essa percepeio se origina a peculiar critica 20 humanismo de Zaratustra, como rejcigio da fals inocuidade da qual se cerca o bom set hu- ‘mano moderno. De fat, nfo seria inécuo que ho- ‘mens ctiassem homens com vistas & inocuidade tasche, com sua desconfianga contra toda a cul- ‘ura humanista,insiste em arejar 0 mistério da do- mesticagio do género humano e quet nomear ex- Plicitamente os que até agora detém 0 monopélio. de criagio ~ os padres e professores, que se apresen- ‘am como amigos dos homens -,e quer trazer& luz sua fangio oculta,desencadeando uma disputainova- dora, no Ambito da histéria mundi mm Saran rentes ciadores eos diferentes projetos de criasio. 9 poder sia também dizer entreos hums- nistas ¢ os super-humanistas, amigos do homem € amigos do “super-homem’ (OBermensh]- © emble- ma do Obermenich nao figura nas reflexdes de Niewsche como o sonho de uma ripida desinibigio cou de uma evasto para bestialidade ~ como julga- ‘vam nos anos 30 08 maus leitores de Nietasche calgs- dosde boras. A expressio ampouco representa aidéia de uma criagao rgresiva do ser humano para um status anterior a época do animal doméstico odo ai mal eclesiéstico. Ao falar do Ubermensch, Nietsche tem em mente uma era muito além da atu! Ele toma como medida os remotos processs milendtios pelos quais, grag a um intimo encrelagamento de

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