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A Teoria do Agendamento pressupõe que as notícias são como são porque os veículos de
comunicação nos dizem em que pensar, como pensar e o que pensar sobre os fatos
noticiados.A teoria do agendamento defende a ideia de que os consumidores de notícias
tendem a considerar mais importantes os assuntos veiculados na imprensa, sugerindo que
os meios de comunicação agendam nossas conversas. Ou seja, a mídia nos diz sobre o
que falar e pauta nossos relacionamentos.
A hipótese do agenda setting não defende que a imprensa pretende persuadir. A influência
da mídia nas conversas dos cidadãos advém da dinâmica organizacional das empresas de
comunicação, com sua cultura própria e critérios de noticiabilidade. Nas palavras de Shaw,
citado por Wolf, “as pessoas têm tendência para incluir ou excluir de seus próprios
conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo”. É
disso que se trata o agendamento.
Na maioria dos casos, estudos baseados nessa teoria referêm-se a confluência entre a
agenda midiática e agenda pública. Entretanto, seus objetivos não são verificar mudanças
de voto ou de atitude, mas sim a influência da mídia na opinião dos cidadãos sobre que
assuntos devem ser prioritariamente abordados pelos políticos. No Rio de Janeiro, por
exemplo, o assunto violência tem espaço diário nos jornais. Adivinhem que tema os
políticos mais falam?
A ação da mídia no conjunto de conhecimentos sobre a realidade social forma a cultura e
age sobre ela. Para Noelle Neumann, citada por Wolf, essa ação tem três características
básicas: