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O resultado desses dois estudos é a base para o livro, dividido em três grandes
partes: 1) Conheça a Geração Internet; 2) Transformando Instituições; 3)
Transformando a Sociedade. Ao final, Tapscott apresenta detalhes sobre os
métodos de pesquisa adotados no projeto e para a elaboração do livro.
O autor critica a resistência aos novos modos de agir e viver das novas gerações.
Segundo ele,
A maioria das críticas se baseia em desconfiança e medo,
geralmente por parte de pessoas mais velhas. Esses temores
talvez sejam compreensíveis. A nova rede, nas mãos de uma nova
Geração Internet tecnologicamente preparada e com uma
mentalidade comunitária, tem o poder de abalar a sociedade e
derrubar autoridades em várias áreas. Quando a informação flui
livremente e as pessoas têm as ferramentas para compartilhá-la
de maneira eficaz e usá-la para se organizar, a vida como nós a
conhecemos se torna diferente. (TAPSCOTT, 2010, p. 17).
Neste capítulo, Tapscott faz um apanhado geral do que será comentado ao longo
de todo o livro: a revolução que a Geração Internet está impondo ao mundo do
trabalho, ao consumo e à política. Para o autor, por causa dessa geração, “as
organizações precisam repensar muitos aspectos de como recrutam, remuneram,
desenvolvem, supervisionam e colaboram com eles.” (TAPSCOTT, 2010, p. 51).
Também neste capítulo Tapscott fala sobre sua preocupação com a questão da
privacidade e com o excesso de compartilhamento de informações da Geração
Internet. Segundo o autor, esse compartilhamento é muitas vezes irrefletido e
inconsciente, e poderá trazer consequências ruins, pois “A Internet tem
memória longa” (TAPSCOTT, 2010, p. 84). O autor menciona o uso de Big Data
e rastreamento que permite aos computadores cruzar dados, reorganizando
nossas informações de diferentes maneiras. (TAPSCOTT, 2010, p. 82 a 90).
Tapscott menciona que deve haver uma mudança de foco, do professor para o
aluno, e uma visão renovada, do aprendizado em massa à interatividade. Por
Sobre o conceito de Marketing 2.0, Tapscott afirma que ele pode ser
caracterizado pelo ABCDE, que corresponde aos termos Ubiquidade, Marca,
Comunicação, Descoberta e Experiência. Sobre ubiquidade, o autor reforça a
ideia de que a mobilidade permite que se compartilhe informação em qualquer
lugar, a qualquer momento. A questão da marca também é debatida por ele: ela
passa a ser mais que palavra ou imagem, e se converte em uma arquitetura
baseada em integridade, honestidade, confiabilidade, consideração e
transparência. A comunicação sai do modelo de promoção, mídia unidirecional e
padronizada, para um modelo multidirecional, dialogal. O preço perde o status de
inalterável e passa a ser negociável - "Quando compradores e vendedores
trocam mais informações, o preço se torna fluido." (TAPSCOTT, 2010, p. 257).
Por fim, a experiência com produtos, serviços e eventos gera colaboração e
engajamento: ..."os prosumers da Geração Internet querem estar envolvidos na
coinovação dos produtos e, se você deixar, estarão preparando o terreno para
que as experiências ricas e duradouras ocorram." (TAPSCOTT, 2010, p. 256).
Referência
Em sua obra Wikinomics: how mass collaboration changes everything, Tapscott &
Williams dedicam um capítulo da obra para os prosumers. Partindo da premissa
de que os consumidores hoje são também os produtores, ou seja, prosumers, os
autores retomam a introdução do termo na obra de Tapscott (The Digital
Economy, 1996), ao falar sobre "prosumption" para descrever como a distância
entre produtores e consumidores está evaporando. (TAPSCOTT & WILLIAMS,
2007, p. 125).
Ao falar sobre o Second Life, os autores mencionam que, embora ele seja uma
plataforma infinita para inovação, e não um produto, essa nova geração de
prosumers trata o mundo como um lugar para criação, não consumo. (TAPSCOTT
& WILLIAMS, 2007, p. 127).
Referência