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Atualidades e Geografia ABIN Agente e Oficial de Inteligência

Prof. Leandro Signori

1. Caracterização geral dos sistemas político-econômicos


contemporâneos e suas áreas de influência e disputa. As consequências
da transformação do espaço socialista. A ação do Estado na economia e
políticas contemporâneas.
Os sistemas econômicos (para a banca, político-econômicos) consistem
em formas de organização da sociedade levando-se em conta seus aspectos
econômicos, sociais e políticos, e a maneira como se dão as inter-relações entre
esses elementos. Em outras palavras, é a estrutura social formada pelas normas
de funcionamento da política, da economia e das relações sociais adotadas pelos
países.
Quando estudamos este tópico, necessariamente temos que estudar o
capitalismo e o socialismo, sistemas que polarizaram o mundo no período da
guerra fria.
Intensamente globalizado a partir dos anos 1990, o capitalismo é o
sistema largamente predominante no mundo atual. Esse predomínio se deve em
parte pela sua eficiência como sistema de produção e de inovação tecnológica,
mas também pelo fracasso da alternativa socialista.
O capitalismo surgiu de um longo processo de transformação
socioeconômica que ocorreu na Europa Ocidental entre os séculos XIII e XV,
marcado pela decadência do feudalismo medieval e pelo crescimento da
atividade comercial. A expansão do comércio, dentro e fora da Europa a
crescente utilização de moedas e a criação de bancos originaram uma burguesia
em alguns países europeus, cuja ascensão se opunha à decadente nobreza
feudal. O capitalismo apresenta, em linhas gerais, as seguintes características:
 propriedade privada ou particular dos meios de produção;
 sociedade dividida em classes sociais;
 uso de dinheiro como base de trocas; e
 organização da produção em função dos interesses do mercado e da
lógica do lucro; e trabalho assalariado.
De maneira geral são aceitas três grandes fases históricas do capitalismo:
comercial, industrial e financeira.
O capitalismo comercial ou mercantil se caracterizou pela expansão
ultramarina de alguns países europeus (Portugal, Espanha, Holanda, França e
Inglaterra) e pelo comércio de produtos explorados nas suas colônias na América
e nas feitorias mantidas na África. A base do enriquecimento era a acumulação
de metais preciosos também explorados nas colônias (metalismo). Esse período
também ficou marcado pelo comércio e escravização de povos africanos e pelo
extermínio de povos nativos do continente americano.
O capitalismo industrial foi marcado pelas revoluções industriais dos
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séculos XVIII e XIX e pelo neocolonialismo europeu na África e na Ásia, também


chamado de imperialismo europeu, iniciado após a Conferência de Berlim
(1884/1885). A utilização de máquinas na produção das mercadorias substituiu
o trabalho artesanal, ampliou a produção e o lucro e originou a classe operária,
ou seja, os trabalhadores assalariados. Por outro lado, as rivalidades produzidas
pelas intensas disputas imperialistas entre as potências europeias culminaram
com a Primeira Guerra Mundial.
O capitalismo financeiro ou monopolista surgiu no final do século XIX,
com a crescente integração dos capitais industriais com os capitais bancários e
com a forte tendência de concentração dos mercados nas mãos de poucas
empresas. A consolidação desse modelo, principalmente após o período entre as
duas guerras mundiais, resultou na formação de grandes empresas
multinacionais – ou transnacionais – e na internacionalização cada vez maior da
produção capitalista.
As principais teorias socialistas surgiram no século XIX, em meio às
profundas mudanças que a Revolução Industrial provocava na Europa,
principalmente aquelas relacionadas à exploração do trabalho dos operários e as
desigualdades sociais que se acentuavam. Karl Marx e Friederich, ao analisar e
criticar as contradições do capitalismo, como por exemplo, a grande produção
da riqueza que beneficia apenas uma minoria, propuseram um novo modelo: o
socialismo. O socialismo científico, como ficou conhecida a obra de Marx e
Engels, serviu de inspiração para muitos movimentos operários, sindicais e
revolucionários no século XX, e para a existência de um bloco de países
socialistas importantes entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início dos
anos 1990.
Os países que adotaram o socialismo – chamado de socialismo real –
promoveram algumas mudanças socioeconômicas estruturais que os
diferenciaram bastante das sociedades capitalistas. Em geral, podia ser
observado o seguinte conjunto de características:
 propriedade estatal dos meios de produção, cuja finalidade é
abastecer a sociedade e não a obtenção do lucro;
 planificação estatal da economia com produção coletiva ou
estatizada;
 redução das desigualdades sociais através da redistribuição de
renda; e
 monopólio político do Partido comunista local e centralização do
poder.
O primeiro país socialista da história foi a União Soviética. No seu auge,
entre 20 e 30 países e 1/3 da população mundial estavam sob governos
socialistas. No final da década de 1980 e início da década de 1990, houve uma
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derrocada do regime do socialismo real na grande maioria dos países que o


adotavam. Na atualidade, quase não existem países essencialmente socialistas,
salvo Cuba. São ainda considerados socialistas: China, Vietnã, Coreia do Norte
e Laos. No entanto, aos poucos, esses países vêm promovendo uma gradativa
abertura econômica.
No mundo atual, intensamente conectado e globalizado, muito se discute
sobre a ação do Estado na economia e políticas contemporâneas. É inegável que
que atores como o capital internacional e a sociedade civil internacional
permeiam e influenciam as decisões econômicas e políticas dos Estados
nacionais em um nível mais relevante do que no passado. No entanto, não se
pode falar no fim do Estado Nação, como propalado por alguns teóricos.

2. O estágio atual do capitalismo e a divisão internacional do


trabalho

A divisão internacional do trabalho (DIT) é um conceito que está


relacionado ao papel que cada economia nacional desempenha no âmbito da
economia mundial. Ao longo do tempo, diferentes combinações das atividades
produtivas entre os países implicaram em diversas formas de divisão
internacional do trabalho.

A evolução da DIT se relaciona com as diferentes fases da evolução


histórica do capitalismo, desde a ligação entre metrópoles e colônias, chegando
às relações em que países desenvolvidos se agregam aos subdesenvolvidos. A
DIT geralmente é dividida em três fases, obedecendo à dinâmica econômica e
política do período histórico em que elas existiram.

Origem da divisão internacional do trabalho

No final do século XV, o ciclo de reprodução do capital estava assentado,


principalmente, na circulação e na distribuição de mercadorias entre metrópoles
e colônias. As regiões do mundo passaram a desenvolver funções diferenciadas,
uma vez que cada uma se especializou em fornecer produtos manufaturados,
matérias-primas, metais preciosos, etc.

Os diferentes papeis assumidos pelos países inauguraram a divisão


internacional do trabalho, inicialmente caracterizada pela exportação de
manufaturas pelas metrópoles e pela produção de matérias-primas pelas
colônias.

A necessidade europeia de expandir seu capital mercantil resultou na


conquista de novas terras. A partir desse momento, várias partes do mundo

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foram submetidas a uma dinâmica de produção e circulação comandada pelos


europeus. Ou seja, a Europa impunha funções econômicas a vários outros
países. Foi o início de um domínio que se estende até os nossos dias.

Primeira divisão internacional do trabalho

Com a consolidação do sistema capitalista no século XVIII, ocorreu uma


intensa transformação no processo produtivo, a Revolução Industrial. Nesse
período, a DIT sofre modificações, causadas pelo surgimento de um novo modelo
de produção, no qual as fábricas tomam o lugar da produção artesanal. Essa
nova fase irá se estender da Revolução Industrial até a Segunda Guerra Mundial.

Com a primeira Revolução Industrial (1780-1820), a Inglaterra surgiu


como o país da industrialização, transformando-se na grande oficina do mundo
ao longo do século 19. A combinação entre seu poder militar e as formas
superiores de produção industrial colocou a Inglaterra em uma posição de
hegemonia na economia mundial, assumindo o centro do capitalismo mundial.

Nesse momento, o mundo está dividido em países que se especializaram


em fornecer matérias-primas e países que, utilizando essas matérias-primas,
fornecem produtos industrializados. De forma geral, os primeiros ficaram
atrelados ao subdesenvolvimento - e os demais, especializados em produzir
produtos de maior valor, desenvolveram-se e tornaram-se líderes do sistema
capitalista.

Segunda divisão internacional do trabalho

A partir do início do século XX, a Inglaterra passou a registrar sinais de


fragilidade na sua condição de potência hegemônica, agravada por duas guerras
mundiais e também pela crise de 1929. Depois da Segunda Guerra Mundial, os
Estados Unidos assumem, então, a posição de nação hegemônica.

Essa nova fase do desenvolvimento do capitalismo ficou conhecida como


capitalismo financeiro - e causou novas modificações na divisão internacional
do trabalho. Nessa época, os países subdesenvolvidos começaram a ser
financiados pelos países detentores de capital, e muitas empresas passaram a
instalar filiais em diferentes nações do mundo, o que acabou transformando
muitos países subdesenvolvidos - que eram apenas produtores primários - em
exportadores de produtos industrializados, alterando as relações comerciais que
predominavam no mundo.

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Terceira divisão internacional do trabalho

Superada a destruição provocada pela Segunda Guerra Mundial, a


economia mundial voltou a crescer num ritmo mais acelerado do que antes. As
empresas dos países industrializados assumiram proporções gigantescas,
tornaram-se grandes conglomerados e se expandiram cada vez mais pelo
mundo, encarregando-se de globalizar não apenas a produção, mas também o
consumo.

Assim, desde a década de 1970 assiste-se uma modificação substancial na


DIT, ocasionada por dois vetores principais: o processo de reestruturação
empresarial, acompanhado da uma nova Revolução Tecnológica, e a expansão
de investimentos de grandes empresas no exterior.

Gradativamente, grandes empresas construíram filiais em vários países


(inclusive subdesenvolvidos e recém-independentes, na Ásia e na África). Esse
processo, intensificado pela globalização, transformou muitos países
subdesenvolvidos - que, no passado, eram meros produtores primários - em
exportadores de produtos industrializados, alterando as relações comerciais que
predominavam no mundo.

Essas empresas tornaram-se, assim, multinacionais ou transnacionais. É


o que explica, fundamentalmente, o fato de alguns países subdesenvolvidos
terem se industrializado nesse período. No entanto, esse processo de
industrialização é desigual, uma vez que os tipos de indústria e tecnologia
empregados não são os mesmos das matrizes.

Assim, de modo geral, existem países que se destacam pela produção de


tecnologias mais sofisticadas, bens industriais com maior valor agregado ou que
fornecem capitais para outras nações na forma de investimentos e empréstimos,
que é o caso dos países desenvolvidos. E há os países que produzem matérias-
primas, bens industriais e tecnologias menos avançadas e transferem riqueza
na forma de remessas de lucros ou pagamentos de juros referentes as suas
dívidas, caso dos países subdesenvolvidos.

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3. Processo de desenvolvimento/subdesenvolvimento

A economia capitalista se desenvolveu concentrando riqueza e poder nas


mãos das elites, principalmente dos países dominantes. Esses países ficaram

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conhecidos como países desenvolvidos. Os países pouco desenvolvidos


economicamente e com baixo índice de industrialização foram chamados de
subdesenvolvidos.
Ao longo do mesmo processo histórico, alguns países obtiveram
crescimento econômico com base no atraso de outros. Não é mera coincidência
que os países que primeiro se industrializaram figuram entre os mais ricos do
mundo.
Além da divisão entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, também
podemos encontrar a denominação de países do norte e países do sul.
Os países do norte, ricos, mais industrializados, desenvolvidos, com
menos problemas sociais. São os Estados Unidos, Japão, Canadá e países da
Europa. A Austrália e a Nova Zelândia, embora estejam situadas no Hemisfério
Sul, fazem parte desse grupo, pois as suas características econômicas e sociais
são semelhantes às dos demais países do Norte.
Os países do sul, pobres, menos industrializados, com menor
desenvolvimento econômico e elevada concentração de renda. Estão localizados
majoritariamente no Hemisfério Sul, são os países da América do Sul, da África
e também da Ásia - China, Índia, Oriente Médio -, que têm uma porção no
hemisfério norte.

Países desenvolvidos
Os países desenvolvidos tomam conta da riqueza mundial. Os Estados
Unidos, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Inglaterra e Itália são os mais
ricos e industrializados. O mundo desenvolvido é bem diferente do
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subdesenvolvido. Um dos principais fatores que explicam essa excelente


qualidade de vida é a elevada renda per capita de suas populações. Esses países
investem na área social, principalmente na expansão e melhoria dos serviços de
saúde educação, seguridade e previdência social (seguro desemprego e
aposentadorias). Alguns países menos desenvolvidos, sobretudo os países mais
pobres, precisam recorrer às importações para ter acesso aos produtos mais
avançados tecnologicamente.

Países subdesenvolvidos
A maior parte dos países subdesenvolvidos foi colônia, o que dificultou o
crescimento econômico e o desenvolvimento social dessas nações. Dentro desse
grupo de países existem grandes diferenças.
Após a Segunda Guerra Mundial alguns países do grupo passaram por um
processo de industrialização rápida e foram nomeados como países em
desenvolvimento. É o caso do Brasil, México, Argentina e dos Tigres Asiáticos
(Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong, atualmente pertencente à
China).
A China, a Índia, o Brasil, a África do Sul, também são chamados de
países emergentes, ou mercados emergentes, pois oferecem um grande
potencial de mercado e uma grande população consumidora. Esse grupo de
países destacou-se no cenário econômico internacional pelo rápido processo de
modernização de seu parque industrial e pelo rápido crescimento de suas
economias. São considerados em transição entre a situação de “países em
desenvolvimento” para a de “países desenvolvidos”.
Outros países também passaram a ser conhecidos como emergentes:
México, Turquia, Indonésia, entre outros.
A China tornou-se a “fábrica” da economia global, crescendo a taxas
superiores a 7% ao ano. A Índia também vem apresentando acelerado
crescimento econômico. Os dois países, juntos, somam populações com 2,5
bilhões de pessoas.
Os países menos desenvolvidos apresentam graves problemas
socioeconômicos e os piores índices de desenvolvimento humano, são os mais
pobres do mundo. São países localizados na África subsaariana, no Sul da Ásia
e na América Latina. Grande parte deles não conseguiu diversificar sua economia
e continua exportando produtos primários de origem agropecuária e mineral,
como na época do colonialismo.
A maioria dos países que apresentam elevados percentuais de pobreza em
sua população se localiza na África subsaariana, entretanto o maior contingente
de pobres ainda se encontra no Sul da Ásia.

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Veja na tabela a seguir as regiões e países onde se encontram os maiores


contingentes de pobres no mundo e sua evolução desde 1981. Em 2008, apenas
três regiões – Leste da Ásia, Pacífico, Sul da Ásia e África subsaariana –
concentravam 95% das pessoas que vivem com menos de 2 dólares/dia. Entre
1981 e 2008 houve uma redução da pobreza no mundo e quem mais contribuiu
para isso foi o Leste da Ásia e, sobretudo a China. Na Índia a pobreza aumentou
em termos absolutos, embora tenha se reduzido em termos relativos. O mesmo
aconteceu na África subsaariana.

4. O papel das grandes organizações político-econômicas


internacionais

As Organizações Internacionais são, hoje em dia, importantes sujeitos no


cenário internacional e sua expressão cresce cada vez mais, devido
principalmente ao aumento das relações internacionais e da cooperação entre
os Estados.

Vejamos agora quais são as principais organizações internacionais. Além


delas, vamos estudar também três importantes grupos de países da área
econômico-política: G-20, G-8 e BRICS.

ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz,
defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o
desenvolvimento dos países. Surge após a II Guerra Mundial, em substituição à
antiga Liga das Nações.

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A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do


Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. A ONU atua em diversos conflitos
por meio de suas forças internacionais de paz.
A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que
requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco
Mundial e do FMI na área econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas
das mais conhecidas são: Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO),
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde
(OMS).
O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político
mundial. A criação da ONU foi arquitetada pelas potências que emergiram com
o fim da II Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, a antiga
União Soviética (atualmente a Rússia) e pela China. Esses países desenharam
a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes
do CS.
O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança
mundial. Tem poder para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas
em conflito, definir sanções econômicas ou a intervenção militar num país.
Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do
CS como membros rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos
participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de
veto. O Brasil já esteve por dez vezes como membro rotativo, mas atualmente
não integra o CS.
A estrutura do CS estava em harmonia com a correlação de forças do
período da Guerra Fria (1945-1991), quando o mundo permaneceu dividido
entre os blocos comunista e capitalista. O lado capitalista era representado por
EUA, França e Reino Unido; o comunista, por China e União Soviética (ex-URSS,
atual Rússia). As duas partes usavam o poder de veto para proteger suas
respectivas áreas de influência e negociar soluções para os conflitos na esfera
internacional.
Com o fim da Guerra Fria (1945-1991) e um novo cenário mundial, países
de fora do conselho, como Alemanha, Japão, Brasil e Índia, passam a
reivindicar uma vaga permanente. As propostas de alteração encontram
resistência dentro do Conselho de Segurança (CS) e também entre as nações
integrantes da ONU.
O Brasil é candidato a uma vaga de membro permanente do CS. Nos anos
recentes, acentuou ações diplomáticas para conseguir essa vaga. De mero
participante de missões militares das Nações Unidas, passou a chefiar, desde
2004, a Minustah, missão militar da ONU no Haiti.

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OEA
A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne 34 países das três
Américas e do Caribe. Cuba, excluída em 1962, é o único país do continente que
não pertence à OEA. A entidade possui quatro pilares de atuação: democracia,
direitos humanos, segurança e desenvolvimento.
Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação
independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação
aos direitos humanos em negociações comerciais entre os países e ajuda
econômica e humanitária em desastres naturais. Em 2012, por exemplo, a
Venezuela pede para ser retirada da Comissão de Direitos Humanos da OEA,
alegando que as decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a
comissão denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos
humanos.

CELAC
A Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) foi
criada em 2010 para agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua
composição é equivalente à da OEA, sem Estados Unidos nem Canadá. Teve
como origem o Grupo do Rio – criado em 1986 para ampliar a cooperação política
e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes – e a Calc
– Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento,
formada em 2008.

UNASUL
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é formada pelos 12 países
da América do Sul. Criada em 2008, entrou em vigor em 11 de março de 2011,
quando dez países haviam ratificado a adesão. Seu objetivo é articular os países
sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político.

FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira
criada para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer
empréstimos a juros baixos a países em dificuldades financeiras. Os
empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos países com
metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação,
privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e
investimento em infraestrutura, entre outras políticas que são denominadas
como Consenso de Washington.

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Banco Mundial
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e assistência
técnica a países para promover seu desenvolvimento econômico. Criado em
1944 e composto de duas instituições – o Banco Internacional para a
Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de
Desenvolvimento (ADI) –, o Banco Mundial é formado por 188 países-membros
(incluindo o território do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na
reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra Mundial.

OCDE
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)
articula políticas de educação, saúde, emprego e renda entre os países ricos.
Fundada em 1961, substituiu a Organização Europeia para a Cooperação
Econômica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall.
Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá,
Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados
Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia,
Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia,
Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. O Brasil não
é membro da OCDE.

BRICS
A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill e se
refere aos quatro mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia
e China. O estudo que cunhou a expressão estima que em 2050 o grupo poderá
constituir a maior força econômica mundial, superando a União Europeia.
Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo diplomático
para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que
realiza reuniões anuais com seus chefes de Estado. Em 2011, a África do Sul,
na época, a maior economia da África, foi convidada e passou a integrar o grupo.
Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com
indústria e economia em expansão, seu mercado interno está crescendo e
incluindo milhões de novos consumidores. Quatro possuem territórios extensos
e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia.
Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o
comércio internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece
petróleo, gás e carvão à União Europeia. O Brasil é grande exportador de
minérios, como a África do Sul, e é o maior exportador mundial de alimentos.

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China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e exportadores de


produtos industriais na globalização.
O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos Brics
(Novo Banco de Desenvolvimento – NDB) e um fundo financeiro de emergência,
o Arranjo Contingente de Reservas. A criação do banco não significa que os
países membros do grupo não vão mais participar do Banco Mundial. O banco
dos BRICS se coloca como mais uma alternativa de fomento ao desenvolvimento
e está aberto a qualquer país do mundo.
O Arranjo Contingente de Reservas é um fundo financeiro de emergência
para ajuda mútua e servirá para ajudar no controle do câmbio quando houver
crises financeiras globais. Em momentos de especulação internacional, a
tendência é o dólar disparar. O dinheiro do fundo servirá para segurar a cotação
do dólar.
Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no
poder de decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Essas instituições foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra
Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Até
hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia.
A ordem econômica global atual não é mais a mesma do pós-guerra e do
período da guerra fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e
Alemanha dominavam o mundo capitalista. A criação do Novo Banco de
Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, é uma
resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países
emergentes por maior distribuição do poder de decisões no Banco Mundial e
FMI.
Após a recente desaceleração dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros
quatro países – México, Indonésia, Nigéria e Turquia – que, segundo ele,
também podem se tornar gigantes econômicos nas próximas décadas. Para
esses países, o economista criou a sigla MINT.

G-20
O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise financeira
asiática de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB mundial, 80% do
comércio global e dois terços da população mundial. Discute medidas para
promover a estabilidade financeira mundial, alcançar crescimento e
desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira
mundial, de 2008, tornou-se o mais importante fórum internacional de países
para o debate das questões políticas e econômicas globais.

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Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá,


França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia,
Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e União
Europeia.
O G-20 realizou a sua reunião anual de chefes de Estado em 4 e 5 de
setembro de 2016, em Hangzhou, na China. O principal tema em discussão foi
a retomada do crescimento econômico mundial.
Apesar de estimativas do FMI de que a economia global crescerá cerca de
3% em 2016, a retomada econômica em várias partes do globo está seriamente
ameaçada. A Europa sofre para manter bons índices econômicos e para sair da
recessão iniciada em 2008, enquanto a América Latina vê sua maior economia,
o Brasil, ter dados negativos pelo segundo ano consecutivo. Já a China, que
cresceu acima dos 7% nos últimos anos, vê sua economia enfraquecer e deve
registrar uma queda de 1% em seu Produto Interno Bruto (PIB) até o fim de
2016.

G-8 e G-7
Trata-se de um grupo diplomático, que reúne os sete países mais
industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo. Todos são nações
democráticas: Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália Japão e Reino
Unido. Com a dissolução da União Soviética e a queda do socialismo real, a
Rússia passou a ser membro do grupo, em 1998. Contudo, devido ao fato de ter
anexado a Crimeia, a Rússia foi excluída do grupo em 2014, que voltou a se
chamar de G-7.
O G7 é muito criticado por um grande número de movimentos sociais,
normalmente integrados no movimento antiglobalização, que o acusam de
decidir uma grande parte das políticas globais, sociais e ecologicamente
destrutivas, sem qualquer legitimidade nem transparência.

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QUESTÕES COMENTADAS:

01) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 – AUDITOR) Podemos


chamar de Globalização o processo econômico e social que estabelece
uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através
deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias,
realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos
culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se
encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede
de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando
as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. Dentro
deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram
blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações
comerciais entre os membros. Dentre as opções abaixo, a única que NÃO
contém um exemplo de bloco econômico é:
A) NAFTA
B) BRICS
C) União Europeia
D) Pacto Andino

COMENTÁRIOS:
Os BRICS não são um bloco econômico. Trata-se de um grupo diplomático
para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que
realiza reuniões anuais de seus chefes de Estado. Foi criado em 2009 e é
integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Gabarito: B

02) (FUNCAB/FUNASG/2015 – ENFERMEIRO) De acordo com a ONG


Transparência Internacional, em ranking divulgado no dia 03/12/2014,
o Brasil melhorou três posições e ocupa a 69ª colocação no
levantamento que avaliou 175 países e territórios. Ainda segundo o
estudo, o Brasil é o segundo país com a melhor percepção sobre
corrupção no setor público dos BRICs.

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De acordo com a tabela apresentada e excetuando o Brasil, citado no


texto, qual o único país classificado que faz parte do grupo dos BRICs?
A) Dinamarca
B) África do Sul
C) Coreia do Norte
D) Suécia
E) Canadá

COMENTÁRIOS:
A sigla BRICS corresponde a letra inicial dos seguintes países: Brasil,
Rússia, Índia China e South África (África do Sul).
Gabarito: B

(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) A


Organização das Nações Unidas (ONU) fez, no final do ano de 2013, um
apelo recorde para operações de ajuda humanitária em dezessete
países em 2014. Metade do dinheiro, cerca de 6,5 bilhões de dólares,
será destinada a socorrer 16 milhões de sírios afetados pela guerra civil
que já dura quase três anos.

O Globo, 17/12/2013, p. 27 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e


considerando os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens
subsequentes.

03) A ONU, criada após a Segunda Guerra Mundial, tem por finalidade
principal a manutenção da paz e da segurança internacional.

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COMENTÁRIOS:

A ONU surge após a II Guerra Mundial, criada em 1945. A Organização


tem o objetivo de manter a paz e a segurança internacional, defender os direitos
humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos
países.

Gabarito: Certo

04) Entre as agências especializadas da ONU que atuam em escala


global incluem-se as voltadas para a saúde (OMS), para a agricultura e
alimentação (FAO) e para a educação, ciência e cultura (UNESCO).

COMENTÁRIOS:

Articuladas com a ONU, há agências especializadas em temas que


requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco
Mundial e do FMI, na área econômica, e da Unesco, na de educação, ciência e
cultura, algumas das mais conhecidas são: Organização para a Agricultura e a
Alimentação (FAO), Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO),
Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Mundial da Saúde
(OMS) e Organização Mundial do Turismo (OMT).

Gabarito: Certo

05) Diversas organizações não governamentais dedicam-se ao trabalho


humanitário em âmbito mundial, a exemplo da Cruz Vermelha
Internacional.

COMENTÁRIOS:

Diversas organizações não governamentais atuam em âmbito mundial


para defender os direitos humanos, como a Anistia Internacional e Human Rights
Watch. Outras atuam no trabalho humanitário, em conflitos e guerras, desastres
naturais e epidemias (vírgula) como a Cruz Vermelha e o Médico Sem Fronteiras.

Gabarito: Certo

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06) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NATIVIDADE/2014) “Criado em


1945, teve o objetivo de estabelecer a cooperação econômica em escala
global, atuando para garantir estabilidade financeira, favorecendo as
relações comerciais internacionais com a implantação de medidas para
geração de emprego e desenvolvimento sustentável, a fim de reduzir a
pobreza no planeta. Há alguns anos teve seu diretor, Dominique Strauss
Kahn, envolvido em um grande escândalo sexual que resultou em sua
substituição por uma compatriota chamada Christine Legarde.” Trata se
do(a)
a) Banco Mundial.
b) Fundo Monetário Internacional – FMI.
c) Organização Mundial do Comércio – OMC.
d) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD.

COMENTÁRIOS:
Dominique Strauss Kahn teve o seu nome envolvido em um escândalo
sexual em 2011. Na época ele era o diretor-geral do FMI. Foi substituído no
cargo pela sua compatriota Christine Legarde. O Fundo Monetário
Internacional (FMI) é uma organização financeira criada para promover a
estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer empréstimos a juros
baixos a países em dificuldades financeiras. O Banco Mundial tem como
objetivo oferecer financiamento e assistência técnica a países para promover
seu desenvolvimento econômico. Compõe-se de duas instituições – o Banco
Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a
Associação Internacional de Desenvolvimento (ADI). A OMC tem como objetivo
regular o comércio mundial e resolver disputas comerciais entre seus membros.
Gabarito: B

07) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NATIVIDADE/2014) O texto a


seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia o atentamente.
O segundo dia da VI Cúpula do BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul) reunirá, nesta quarta feira (16 de julho de
2014), 16 chefes de Estado ou de governo em Brasília. Além dos cinco
presidentes e primeiros ministros dos países que compõem o grupo,
participarão como convidados mandatários de 11 nações sul
americanas.
(Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/07/segundo dia da cupula do brics reune 16 chefes de estado em brasilia.html. Adaptado.)

Estiveram no encontro, como convidados, os chefes de Estado da


Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru,

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Suriname, Uruguai e Venezuela. Esses países, juntamente com o Brasil,


formam uma comunidade que atende pela denominação de
a) Nafta.
b) Unasul.
c) Caricom.
d) Mercosul.

COMENTÁRIOS:
O Nafta é um tratado de livre comércio integrado por México, Estados
Unidos e Canadá. O Mercosul é um bloco econômico integrado por Brasil,
Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. O Caricom é um bloco econômico
integrado por 15 países do Caribe. Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia,
Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela formam a
Unasul.
Gabarito: B

08) (IADES/SUDAM/2013 – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Estrutura do Conselho de Segurança da ONU
Atualmente, há três comitês permanentes, que incluem representantes
de todos os Estados-Membros do Conselho de Segurança: Comitê do
Conselho de Segurança de Especialistas, Comitê do Conselho de
Segurança de Admissão de Novos Membros, Comitê do Conselho de
Segurança de Reuniões Externas à Sede.
Disponível em <http://www.brasil-cs-onu.com/o-conselho/sobre>.
Acesso em 18/8/2013.
Os cincos países que são membros permanentes do Conselho de
Segurança da ONU são
(A) Alemanha, Rússia, Japão, Brasil e China.
(B) Polônia, EUA, Reino-Unido, França e Índia.
(C) Rússia, EUA, França, China e Reino-Unido.
(D) Dinamarca, Rússia, China, França e Japão.
(E) Coreia do Norte, Japão, Brasil, China e EUA.

COMENTÁRIOS:

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Os cincos países que são membros permanentes do Conselho de


Segurança da ONU são Rússia, EUA, França, China e Reino-Unido.
Gabarito: C

09) (CESPE/TJDFT/2013 – Técnico Judiciário) Julgue o item que se


segue, relativo a aspectos diversos do cenário geopolítico mundial.
O Brasil advoga, juntamente com outros países, a ampliação do número
de assentos permanentes e não permanentes no Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas, órgão que detém capacidade
jurídica para autorizar o uso da força e fazer cumprir suas decisões em
caso de ruptura da paz ou de ameaça à paz e à segurança internacional.

COMENTÁRIOS:
O Conselho de Segurança da ONU é o único órgão da ONU com o poder de
autorizar uma intervenção militar em um país. O colegiado aprova a constituição
de missões de paz, embargos e ações armadas. É composto de cinco membros
permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China e de dez
rotativos, com mandato de dois anos.
Há mais de duas décadas, a instância vem sendo alvo de críticas e
pressões de várias nações por reformas estruturais. Propõe-se uma reforma
abrangente no Conselho, com a ampliação dos atuais 15 para 24 membros,
aumentando o número de membros permanentes com direito a vetar resoluções.
Brasil, Alemanha, Índia e Japão reivindicam participação como membros
permanentes e também defendem a criação de uma ou duas vagas para países
da África. Para a reforma é necessário o apoio de pelos menos dois terços dos
Estados da ONU e de todos os membros permanentes do Conselho.
Gabarito: Certo

10) (CESPE/MME/2013 – NÍVEL SUPERIOR - adaptada) Considerando


as questões econômicas, políticas e sociais do mundo contemporâneo e
suas múltiplas implicações na atualidade, julgue o item seguinte.
Entre os cinco países que representam o grupo do BRICS, a Inglaterra
possui maior poder econômico e representatividade no cenário mundial.
A crise europeia não afetou o desempenho comercial entre os demais
países pertencentes ao grupo.

COMENTÁRIOS:

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O BRICS é um grupo formado em 2009, por Brasil, Rússia, Índia e China


para uma cooperação econômica e política no cenário global. Em 2011, o grupo
incorporou a África do Sul. O termo Bric para designar os quatro países
considerados emergentes foi cunhado pelo economista britânico Jim O'Neill em
2001.
Vejam que a Inglaterra não faz parte do grupo e a China, segunda
economia do mundo, é o membro que possui maior poder econômico e
representatividade mundial. A crise europeia afetou o desempenho comercial do
BRICS, já que o continente é um grande mercado para as exportações do grupo.
Gabarito: Errado

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LISTA DE QUESTÕES:

01) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 – AUDITOR) Podemos


chamar de Globalização o processo econômico e social que estabelece
uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através
deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias,
realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos
culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se
encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede
de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando
as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. Dentro
deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram
blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações
comerciais entre os membros. Dentre as opções abaixo, a única que NÃO
contém um exemplo de bloco econômico é:
A) NAFTA
B) BRICS
C) União Europeia
D) Pacto Andino

02) (FUNCAB/FUNASG/2015 – ENFERMEIRO) De acordo com a ONG


Transparência Internacional, em ranking divulgado no dia 03/12/2014,
o Brasil melhorou três posições e ocupa a 69ª colocação no
levantamento que avaliou 175 países e territórios. Ainda segundo o
estudo, o Brasil é o segundo país com a melhor percepção sobre
corrupção no setor público dos BRICs.

De acordo com a tabela apresentada e excetuando o Brasil, citado no


texto, qual o único país classificado que faz parte do grupo dos BRICs?
A) Dinamarca
B) África do Sul
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C) Coreia do Norte
D) Suécia
E) Canadá

(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) A


Organização das Nações Unidas (ONU) fez, no final do ano de 2013, um
apelo recorde para operações de ajuda humanitária em dezessete
países em 2014. Metade do dinheiro, cerca de 6,5 bilhões de dólares,
será destinada a socorrer 16 milhões de sírios afetados pela guerra civil
que já dura quase três anos.

O Globo, 17/12/2013, p. 27 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial e


considerando os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens
subsequentes.

03) A ONU, criada após a Segunda Guerra Mundial, tem por finalidade
principal a manutenção da paz e da segurança internacional.

04) Entre as agências especializadas da ONU que atuam em escala


global incluem-se as voltadas para a saúde (OMS), para a agricultura e
alimentação (FAO) e para a educação, ciência e cultura (UNESCO).

05) Diversas organizações não governamentais dedicam-se ao trabalho


humanitário em âmbito mundial, a exemplo da Cruz Vermelha
Internacional.

06) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NATIVIDADE/2014) “Criado em


1945, teve o objetivo de estabelecer a cooperação econômica em escala
global, atuando para garantir estabilidade financeira, favorecendo as
relações comerciais internacionais com a implantação de medidas para
geração de emprego e desenvolvimento sustentável, a fim de reduzir a
pobreza no planeta. Há alguns anos teve seu diretor, Dominique Strauss
Kahn, envolvido em um grande escândalo sexual que resultou em sua
substituição por uma compatriota chamada Christine Legarde.” Trata se
do(a)

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a) Banco Mundial.
b) Fundo Monetário Internacional – FMI.
c) Organização Mundial do Comércio – OMC.
d) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD.

07) (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NATIVIDADE/2014) O texto a


seguir contextualiza o tema tratado na questão. Leia o atentamente.
O segundo dia da VI Cúpula do BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul) reunirá, nesta quarta feira (16 de julho de
2014), 16 chefes de Estado ou de governo em Brasília. Além dos cinco
presidentes e primeiros ministros dos países que compõem o grupo,
participarão como convidados mandatários de 11 nações sul
americanas.
(Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/07/segundo dia da cupula do brics reune 16 chefes de estado em brasilia.html. Adaptado.)

Estiveram no encontro, como convidados, os chefes de Estado da


Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru,
Suriname, Uruguai e Venezuela. Esses países, juntamente com o Brasil,
formam uma comunidade que atende pela denominação de
a) Nafta.
b) Unasul.
c) Caricom.
d) Mercosul.

08) (IADES/SUDAM/2013 – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO)


Estrutura do Conselho de Segurança da ONU
Atualmente, há três comitês permanentes, que incluem representantes
de todos os Estados-Membros do Conselho de Segurança: Comitê do
Conselho de Segurança de Especialistas, Comitê do Conselho de
Segurança de Admissão de Novos Membros, Comitê do Conselho de
Segurança de Reuniões Externas à Sede.
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Acesso em 18/8/2013.
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(A) Alemanha, Rússia, Japão, Brasil e China.
(B) Polônia, EUA, Reino-Unido, França e Índia.
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(C) Rússia, EUA, França, China e Reino-Unido.


(D) Dinamarca, Rússia, China, França e Japão.
(E) Coreia do Norte, Japão, Brasil, China e EUA.

09) (CESPE/TJDFT/2013 – Técnico Judiciário) Julgue o item que se


segue, relativo a aspectos diversos do cenário geopolítico mundial.
O Brasil advoga, juntamente com outros países, a ampliação do número
de assentos permanentes e não permanentes no Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas, órgão que detém capacidade
jurídica para autorizar o uso da força e fazer cumprir suas decisões em
caso de ruptura da paz ou de ameaça à paz e à segurança internacional.

10) (CESPE/MME/2013 – NÍVEL SUPERIOR - adaptada) Considerando


as questões econômicas, políticas e sociais do mundo contemporâneo e
suas múltiplas implicações na atualidade, julgue o item seguinte.
Entre os cinco países que representam o grupo do BRICS, a Inglaterra
possui maior poder econômico e representatividade no cenário mundial.
A crise europeia não afetou o desempenho comercial entre os demais
países pertencentes ao grupo.

01 - B 02 – B 03 - C 04 – C 05 - C

06 - B 07 – B 08 - C 09 – C 10 – E

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