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O tema dos transtornos mentais relacionados ao trabalho pautará o Programa Trabalho Seguro no
biênio 2016/2017. O tema, indicado pelo Comitê Gestor Nacional do Programa Trabalho Seguro, foi
aprovado pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior do Trabalho
(CSJT), ministro Ives Gandra Martins Filho.
De acordo com o presidente do TST, nos últimos anos os temas adotados pelo programa foram
setoriais. Dessa vez, a ideia foi abordar um problema que está se generalizando em muitos ambientes
de trabalho. "Temos uma pressão muito grande de exigência de produtividade, de qualidade e de
competição", afirmou. "Isso faz com que empresas exijam cada vez mais metas, e assim, começam a
aparecer novas doenças".
De acordo com o ministro, a ideia é promover debates no sentido de adotar medidas de prevenção e
de detecção das causas destas moléstias "para o próprio julgador ver que parâmetro vai adotar para
saber se realmente é um transtorno que merece alguma medida do Judiciário". A coordenadora do
Comitê, ministra Maria Helena Mallmann, também apontou a relevância do tema, "diante do
crescimento de ações envolvendo esta problemática e do número crescente de afastamentos por
transtornos mentais causados pelas condições laborais".
Dados estatísticos
Dados do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2015 ressaltam a importância da
implementação de metodologias para a identificação da natureza acidentária dos transtornos mentais
ou comportamentais. De acordo com as estatísticas, o número de auxílios-doença concedidos em razão
deste tipo de moléstia tem crescido drasticamente: de 2006 para 2007, por exemplo, subiu de 615 para
7.695 e, no ano seguinte, passou para quase 13 mil. No total, de 2004 a 2013, há um incremento da
ordem de 1.964% para esta concessão.
Como fonte de comparação, o relatório indica que não houve morte de trabalhadores nas obras para
as Olimpíadas de Londres, em 2012.
A Superintendência realizou 260 ações de fiscalização, com 1.675 autos de infração lavrados. Houve
38 interdições e embargos.
"É um time de futebol de mortos. Isso tudo causado por falta de planejamento, sem dúvida. É a correria
na hora de finalizar", afirmou Elaine Castilho, que coordena o trabalho de fiscalização nas obras de
legado olímpico.
Houve também uma queda de escada com atropelamento nos trilhos, e a morte de um operário
chicoteado por uma mangueira de ar comprimido.
Nas obras do entorno do Parque Olímpico, houve uma morte por soterramento e outra por choque
elétrico. Houve ainda um óbito por choque elétrico na Supervia e outro esmagamento em obras da
Transolímpica.
Nas obras de ampliação do Elevado do Joá, um capotamento de veículo causou outra morte. As Obras
da Nova Subida da Serra tiveram um morto depois de um desmoronamento.
Segundo Elaine, houve ainda dois casos gravíssimos de acidentes. No Parque Olímpico, um operário
foi internado depois de um choque elétrico. Na Transbrasil, houve a amputação da perna de outro
funcionário (leia notas das empresas no fim da reportagem).
Em nota, a Prefeitura do Rio diz lamentar as mortes e que presta solidariedade às famílias das vítimas.
"O governo municipal ressalta, porém, que, diferentemente do que aponta o relatório, vários projetos
não têm qualquer relação com os Jogos Olímpicos, como o Museu da Imagem do Som, a Nova Subida
da Serra e a Supervia. E mesmo as demais obras dizem respeito a projetos de legado, ou seja, são
inspiradas pelos Jogos mas não possuem vínculo direto com o evento", diz a nota.
"Fomos até o Velódromo e lá havia uma série de problemas: ameaça ao trabalhador, cinto de segurança
para quem ia construir a pista, problemas na parte elétrica que, no Museu do Amanhã, por exemplo,
causou a morte de um trabalhador devido a um choque elétrico. Houve falta de sinalização de risco
para evitar mortes e acidentes. Nós embargamos as obras e o evento-teste foi cancelado", afirmou
Robson. Segundo ele, o embargo ocorreu entre fevereiro e março.
O superintendente diz que existe falta de compromisso da prefeitura com a saúde do trabalhador.
"Hoje as obras da prefeitura deixam muito a desejar no que diz respeito à segurança e saúde do
trabalhador. Nosso objetivo não é autuar, interditar ou multar. Queremos mostrar que a segurança do
trabalhador é inegociável. Os números com relação às olimpíadas nos preocupam, ainda mais na fase
terminal dos projetos, em que há a pressão pelo término das obras", avaliou.
Prefeitura do Rio: "A Prefeitura do Rio lamenta as mortes, presta sua solidariedade às famílias das
vítimas e exige sempre das empresas responsáveis por obras municipais o cumprimento das normas
de segurança. O governo municipal ressalta, porém, que, diferentemente do que aponta o relatório,
vários projetos não têm qualquer relação com os Jogos Olímpicos, como o Museu da Imagem do Som,
a Nova Subida da Serra e a Supervia. E mesmo as demais obras dizem respeito a projetos de legado,
ou seja, são inspiradas pelos Jogos mas não possuem vínculo direto com o evento."
Linha 4: "Maior obra de infraestrutura urbana em execução na América Latina, a Linha 4 do Metrô
mantém rigorosos procedimentos de segurança para garantir os cuidados necessários aos seus atuais
sete mil colaboradores. Em todos os canteiros de obra, há técnicos de segurança do trabalho,
acompanhando a execução das obras, para orientar os funcionários e verificar as condições de trabalho,
a fim de evitar acidentes."
A partir desta segunda-feira (18) a sociedade civil, trabalhadores e empregadores, poderão contribuir,
por meio de uma consulta pública, com o texto que integrará a Norma Regulamentadora (NR) nº 16,
que especifica quais as situações de trabalho com utilização de motocicletas que geram direito ao
adicional de periculosidade. As sugestões podem ser enviadas por e-mail
(normatizacao.sit@mte.gov.br) ou via correio para sede do Ministério do Trabalho e Previdência
Social (MTPS) até o dia 17 de junho, para o endereço Esplanada dos Ministérios - Bloco "F" - Anexo
"B" - 1º Andar - Sala 107 - CEP 70059-900 - Brasília/DF
De acordo com o texto original, proposto pelo governo federal no Anexo 5 da NR-16, são consideradas
perigosas as atividades laborais que utilizem motocicletas ou motonetas em vias públicas,
desconsiderando desta forma, o uso deste veículo no deslocamento do trabalhador da residência para
seu local de trabalho e seu uso em locais privados.
O adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário do empregado, sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Esse direito passou a ser
garantido aos motociclistas desde a publicação da Lei 12.997/2014.
Após encerramento do prazo para o envio de contribuições, as propostas serão avaliadas por um grupo
tripartite composto por representantes do governo federal, trabalhadores e empregadores. As sugestões
que forem consenso irão compor o novo texto do Anexo 5 da NR-16.
(Fonte: MTPS) - Data: 18 de abril
O segundo nível de proteção é a adoção de medidas administrativas, de ordem geral, que visam
diminuir o tempo de exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a determinado risco, por meio de
ações como redução da carga horária diária ou semanal, adoção de escalas, e rodízio de equipes para
determinados trabalhos. Outra medida, de caráter preventivo, é a realização de treinamentos que
efetivamente informem ao trabalhador os riscos presentes no ambiente de trabalho.
O terceiro e último nível de prevenção são os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que têm o
objetivo de reduzir, para cada trabalhador e trabalhadora individualmente, o risco de lesões e danos
físicos. O uso de EPIs é determinado pela NR 6, que estabelece a obrigação das empresas em fornecer
gratuitamente aos seus empregados os equipamentos de proteção e sua manutenção, além de
providenciar treinamentos para a correta utilização dos acessórios. Os tipos de EPIs variam de acordo
com a atividade a ser realizada, ou dos riscos que ela traz à segurança e à saúde do trabalhador, bem
como da parte do corpo que se pretende proteger: óculos, luvas, protetores auditivos, botas, máscaras,
entre outros.
Caso os EPIs fornecidos pela empresa, não sejam utilizados voluntariamente pelos trabalhadores, estes
podem ser penalizados. Em caso de descumprimento das NRs são cabíveis autuações, notificações, e,
se forem comprovadas ameaças graves à saúde e segurança dos trabalhadores, a empresa pode até ser
interditada.
Ranking
Dados da Previdência Social mostram que em 2014 foram registrados 704,1 mil acidentes de trabalho
no Brasil. A partir de dados da Cnae (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) as profissões
da área de serviço lideram as ocorrências de acidentes de trabalho, com mais de 363,8 mil casos, e
maior incidência no setor de comércio e reparação de veículos automotores (mais de 100,4 mil
incidentes). A indústria vem logo após com 295,7 mil, sendo o ramo da construção com 59,7 mil.
(linkar matéria Abril Verde).
(Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social) - Data: 15 de abril
Artigo Primeiro
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
Artigo Segundo
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração,
sem distinção de qualquer espécie.
Artigo Terceiro
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo Quarto
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão
proibidos em todas as suas formas.
Artigo Quinto
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo Sexto
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo Sétimo
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Artigo Oitavo
Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos
que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo Nono
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo Treze
Parágrafo Primeiro - Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.
O reconhecimento do MDS vêm dos resultados alcançados pela STDS, cujas ações reduziram em
50%, de 293 mil para 146 mil, o número de crianças e adolescentes com idades de 5 a 17 anos, em
trabalho irregular. O estado saiu da 3ª posição e passou à 16ª colocação entre as unidades da Federação
com maior incidência de exploração do trabalho infantil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Continua (PNAD).
Os avanços na prevenção e erradicação do trabalho infantil no Ceará são decorrentes de uma série de
ações e atividades que a STDS vem desenvolvendo, com maior força, desde 2014 , em 65 municípios
do Estado do Ceará. Esse municípios apresentavam, segundo dados do censo do IBGE 2010, mais de
400 casos de trabalho infantil. As ações são desenvolvidas em parceria com o MDS, Ministério Público
do Trabalho (MPT) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Encontro em Pacatuba
Os seminários e encontros de avaliação vêm ocorrendo com regularidade no estado, em vários
municípios. Nesta segunda-feira é a vez de Pacatuba realizar o Encontro Municipal de Monitoramento
das Ações Estratégicas do PETI. O objetivo é avaliar as ações desenvolvidas na região e aferir os
resultados. O evento prossegue até às 16 horas.
PETI
Segundo o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador
Adolescente, são consideradas trabalho infantil as atividades econômicas e/ou atividades de
sobrevivência realizadas por crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 anos, exceto na condição
de aprendiz, a partir dos 14 anos, sejam ou não remuneradas. Atualmente, o trabalho infantil apresenta-
se principalmente em atividades informais, na agricultura familiar, no aliciamento pelo tráfico, em
formas de exploração sexual, no trabalho doméstico, e em atividades produtivas familiares.
Em nota de esclarecimento divulgada no seu site oficial, a Associação Nacional dos Médicos Peritos
da Previdência (ANMP) aborda os termos do Decreto 8.691/16, publicado em 14 de março deste ano,
que permitirá a concessão ou prorrogação de auxílio-doença aos segurados da Previdência Social sem
a realização da perícia médica.
Para a Associação, ao abrir mão dessa exigência legal, o governo estará lançando toda a Previdência
Social no escuro, pois tais benefícios poderão ser implantados sem limite e sem direito em um período
de forte retração econômica e elevação de desemprego. Confira o comunicado na íntegra:
A ANMP vem a público manifestar nossa perplexidade e nossa preocupação com os termos do Decreto
8.691/16 que permitirá ao INSS a concessão de benefícios por incapacidade sem a realização da perícia
médica seja através da mera recepção de atestados médicos seja da utilização de médicos ou órgãos
conveniados ao SUS. Atualmente temos um déficit do quadro funcional de 3.000 (três mil) vagas em
aberto e o Governo ao invés de fazer os concursos necessários prefere transferir a responsabilidade
para a já lotada e deficiente rede do SUS.
A função da perícia médica do INSS é a de reconhecimento de direito previdenciário, pois nem todo
cidadão adoecido se encontra incapaz ao trabalho e o benefício é pela incapacidade, não pela doença.
Em nosso trabalho, diariamente, situações de fraude ou de ausência de direito são detectadas e
bloqueadas.
Ao abrir mão dessa exigência legal e permitir a concessão de benefícios sem a perícia médica, o
Governo estará lançando toda a previdência social no escuro pois tais benefícios poderão ser
implantados sem limite e sem direito em um período de forte retração econômica e elevação de
desemprego.
O decreto obrigará o segurado a abrir mão do seu sigilo médico ao fazer com que ele tenha que entregar
um atestado onde constará o nome da doença a um servidor não-médico do INSS. O decreto pode ferir
a ética médica ao transformar o médico assistente em perito de seu próprio paciente.
O decreto vai permitir que qualquer atestado médico, sem nenhuma verificação de veracidade ou
conteúdo técnico, permita a liberação de benefícios, abrindo as portas para a fraude e a concessão
indevida dos mesmos. O decreto utilizará a já escassa mão de obra do SUS, que já não dá conta de seu
próprio trabalho, com risco de colapso do atendimento, especialmente nas cidades pequenas.
Por tudo isso repudiamos a falácia do discurso de “eficiência de gestão”. A verdade é que se trata de
ato passível de arguição de inconstitucionalidade e com claros indícios de disposições antiéticas, sem
preocupação com a reforma da Previdência ou com a gestão pública e que irá prejudicar a todos: o
segurado com direito, as contas públicas, os servidores, o SUS, os médicos assistentes e a sociedade.
Conclamamos a sociedade brasileira, sempre a mais penalizada nessas situações, a condenar esse
decreto e cobrar do Governo o que de fato precisa: melhor gestão, melhor estrutura de atendimento e
o fortalecimento da carreira dos Peritos Médicos Previdenciários para que estes possam realizar seu
trabalho de forma eficiente, isenta e justa.
Leia a nota de esclarecimento
Data: 6 de abril