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Receitas dos casinos subiram 22,6 por cento em Novembro

A indústria do jogo do território assinou no mês de Novembro a sua segunda


melhor performance do corrente ano. As concessionárias de jogo encerraram
o mês passado com receitas superiores 23 mil milhões de patacas, mais
22,6 por cento do que em igual período do ano passado.

Os casinos do território fecharam o mês de Novembro com receitas de


23.033 milhões de patacas (2.401 milhões de euros), mais 22,6 por cento
relativamente ao período homólogo do ano passado, indicam dados oficiais
divulgados na sexta-feira passada.
De acordo com dados publicados pela Direção de Inspecção e Coordenação
de Jogos (DICJ), os casinos registaram no acumulado de Janeiro a
Novembro receitas de 243.043 milhões de patacas, mais 19,5 por cento do
que nos primeiros onze meses do ano passado.
Novembro marcou o 16.º mês consecutivo de subida das receitas da indústria
do jogo, principal pilar da economia da Região Administrativa Especial de
Macau.
Tratou-se do segundo melhor desempenho em 2017, a seguir a Outubro,
altura em que as receitas dos casinos ascenderam a 21.362 milhões de
patacas, o melhor resultado desde o mesmo mês de 2014.
As receitas dos casinos cresceram sempre a dois dígitos em termos
homólogos em 2017, à exceção do primeiro mês do ano (+3,1 por cento).
A indústria de jogo começou a recuperar em Agosto de 2016, altura em que
pôs termo a um ciclo de 26 meses consecutivos de quedas anuais
homólogas das receitas.
Apesar da recuperação, as receitas dos casinos de Macau recuaram pelo
terceiro ano consecutivo em 2016, registando uma queda de 3,3 por cento
que se seguiu a uma descida de 34,3 por cento em 2015 e de 2,6 por cento
em 2014.
Arrastada pelo desempenho do sector do jogo, a economia de Macau
contraiu-se em 2016 pelo terceiro ano consecutivo e o Produto Interno Bruto
(PIB) caiu 2,1 por cento em termos reais, com a recuperação da indústria a
ser insuficiente para permitir uma retoma.
Este resultado representou uma significativa melhoria depois da diminuição
de 21,5 por cento em 2015.
Em 2014, o PIB de Macau caiu 1,2 por cento, em termos reais, segundo
dados revistos, naquela que foi a primeira queda desde a transferência do
exercício de soberania, em 1999, impulsionada pelo início da curva
descendente das receitas geradas pelos casinos.
Em linha com o desempenho do jogo, a economia de Macau tem vindo a
demonstrar sinais de recuperação, caminhando para um regresso a um
crescimento positivo.
De acordo com estimativas oficiais, divulgadas este mês, o Produto Interno
Bruto de Macau cresceu 6,1 por cento, em termos reais, no terceiro trimestre
do ano. No cômputo dos primeiros três trimestres a economia de Macau o
aumento homólogo em termos reais foi de 9,3 por cento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta, em Outubro, a sua
previsão de crescimento da economia de Macau para este ano de 2,8 por
cento para 13,4 por cento.
Macau, que figura como a capital mundial do jogo, é o único local na China
onde o jogo em casino é legal.
No final de Setembro, o antigo enclave português contava com 6.449 mesas
e 16.310 ‘slot machines’, distribuídas por 40 espaços de jogo.
Fortemente dependente dos casinos, Macau ambiciona há muito diversificar
o seu tecido económico, meta que compreende três frentes: a primeira passa
pela diversificação da própria indústria do jogo – do segmento VIP para o
mercado de massas –, com vista a torná-la menos dependente dos grandes
apostadores.

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