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SINOPSE
Historicamente a limpeza por jateamento abrasivo seco com areia perdurou no Brasil por várias
décadas, entretanto com a proibição do seu uso, várias alternativas têm sido utilizadas, ou seja, o
jateamento seco com outros abrasivos, jateamento com água (hidrojateamento) e processos de
limpeza manual e mecânica manual. A limpeza manual e mecânica manual é de baixa
produtividade e tende a deixar a superfície muito lisa, portanto inadequada a uma boa aderência.
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INTRODUÇÃO
A Limpeza de superfície por processos mecânicos visa remover todo e qualquer material que
possa prejudicar a adesão e ainda prover um perfil de rugosidade adequado a uma boa aderência
mecânica do revestimento.
Historicamente a limpeza por jateamento abrasivo seco com areia perdurou no Brasil por várias
décadas, entretanto com a proibição do seu uso, várias alternativas têm sido utilizadas, ou seja, o
jateamento seco com outros abrasivos, jateamento com água (hidrojateamento) e processos de
limpeza manual e mecânica manual.
A limpeza manual e mecânica manual tradicional tem sido muito empregada na realização de
revestimentos por tintas, entretanto é de baixa produtividade e tende a deixar a superfície muito
lisa, portanto inadequada a uma boa aderência.
A primeira utilização de jato abrasivo que se tem registro foi patenteada nos Estados Unidos em
1870. A princípio vários fluidos foram usados como impulsionador e também vários materiais
como abrasivo.
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Dentre estes tipos de jatos, o jateamento com areia impulsionado com ar comprimido foi o que se
consagrou pela eficiência, produtividade e custo.
O jateamento com areia perdurou como método de preparação para aplicação de revestimentos
para proteção anticorrosiva por muitas décadas, evidentemente pelas seguintes razões:
Não obstante estas razões, este método de limpeza provoca alguns problemas, dentre os quais:
Danos ambientais;
Grau elevado de insalubridade, devido à sílica cristalina que provoca silicose, uma doença
irreversível dos alvéolos pulmonares.
Em todo o período de uso do jateamento abrasivo com areia, algumas alternativas já vinham
sendo utilizadas, que estamos denominando neste trabalho de alternativas tradicionais.
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3. ALTERNATIVAS TRADICIONAIS DE LIMPEZA DE SUPERFÍCIE
Vários trabalhos desenvolvidos por Fragata e outros mostraram que o hidrojateamento oferece a
grande vantagem de eliminar todos os contaminantes não visíveis, especialmente os salinos, o
que favorece o desempenho dos esquemas de revestimento.
Estas tintas possuem melhor aderência química, podendo ser aplicadas em superfícies com pouca
limpeza e sem um adequado perfil de rugosidade o que favorece a aplicação em superfícies com
limpeza manual, mecânica manual e hidrojateamento.
Algumas possuem a capacidade de aderir sobre superfícies úmidas o que possibilita a utilização e
superfícies hidrojateadas antes da secagem, reduzindo tempo de aplicação e reduzindo a oxidação
pela presença de água após o hidrojateamento.
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5. ATERNATIVAS MAIS RECENTES
Ainda na busca de novas alternativas vale ressaltar que algumas dessas alternativas que já
existem há algum tempo tem tido o seu uso incrementado mais recentemente, sobre as quais
daremos mais atenção, dentre elas:
As microesferas de vidro possuem sílica amorfa, que pelos estudos realizados são muito menos
prejudiciais que a sílica cristalina existente nas areias.
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REALIMENTAÇÃO MICROESFERAS
DO ABRASIVO DE VIDRO
EQUIPAMENTOS SUPERFÍCIE
HIDROJATEAMENTO HIDROJATEADA
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É adequada para uso em locais confinados e em áreas que oferecem riscos de incêndio (Áreas
Classificadas).
ESPONJAS
PARA
REUTILIZAÇÃO
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A figura 03 mostra de forma esquemática o equipamento para jateamento com cerdas.
CERDAS
TÉRMICAMENTE
TRATADAS
BARRA
ACELERADORA
(a)
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(b)
Figura 04 – fotos ilustrativas do equipamento de jateamento com cerdas
flexíveis – (a) Vista das cerdas e barra aceleradora; (b) Superfície após a
limpeza
Estudos mostram que os revestimentos executados sobre jateamento com cerdas apresentam um
desempenho muito próximo do jateamento convencional e do hidrojateamento.
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6. ANÁLISE E RESULTADOS ESPERADOS
Como se observa após décadas de uso intensivo do jateamento abrasivo com areia, com a sua
proibição no Brasil os especialistas em revestimento sentiram a necessidade de intensificar o uso
de alternativas.
Como estes processos não atendiam plenamente, algumas alternativas passaram a ser mais
intensamente empregadas, tais como o hidrojateamento com a introdução de pequena
porcentagem de abrasivo, o jateamento seco com esponjas abrasivas e finalmente o jateamento
com cerdas flexíveis.
Este último reúne algumas vantagens comparativamente a outros métodos que certamente o torna
um método com excelentes perspectivas de utilização.
7. CONCLUSÕES
A proibição ao uso da areia como abrasivo no Brasil há quase dez anos, ainda não encontrou
substituto que atenda plenamente de forma técnica e econômica;
As alternativas existentes de modo geral atendem bem aos requisitos de proteção ao meio
ambiente e de pouca insalubridade, entretanto são mais caras e às vezes não oferece o mesmo
nível de qualidade;
Neste particular o jateamento com cerdas abrasivas apresenta um elenco de vantagens que
tornam este método bastante interessante na execução de revestimentos, em geral.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SSPC –SP 11 –Surface Preparation Nº 11 – Power Tool Cleaning to Bare Metal - SSPC
Standards (SSPC: The Society for Protective Coatings)
July 2012
ISO 8501-1 – Preparation of Steel Substrates Before Application of Paints and Related
Products.
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