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Figura 02 - Thales
Os estudos nesse campo evoluíram com Otto Von Guerike (1602-1686), que
observou a repulsão entre cargas elétricas. Somente por volta de 1730 o
pesquisador francês Charles Du Fay (1698-1739) demonstrou claramente que a
força elétrica pode ser atrativa ou repulsiva. Na metade do século XVIII,
Benjamin Franklin, estadista e cientista americano, admite a transferência de
eletricidade de um campo para outro, quando são atritados, e imagina a
eletricidade como um fluido, referindo-se aos estados elétricos como um excesso
ou uma deficiência desse fluido. Ao excesso atribui sinal positivo (+) e à falta, um
sinal negativo (-).
No final do século XVIII o francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806),
utilizando a balança de torção, formulou a lei da força elétrica, conhecida como
Lei de Coulomb.
As noções de campo elétrico, potencial elétrico e capacitância foram introduzidas
através dos teoremas de Gauss, de Laplace e de Poisson.
Ilustração do livro De magnete , de William Gilbert, um dos primeiros tratados
experimentais de física. O desenho mostra como magnetizar uma barra de ferro
martelando-a, enquanto ela é mantida alinhada na direção norte-sul.
Quase dois milênios depois, no ano de 1600, uma
importante obra foi publicada pelo médico e físico inglês William Gilbert (1544-
1603): De magnete [Sobre o magneto]. Nesse livro, ele explicou por que as
bússolas apontam a direção norte-sul. Gilbert afirmou que a Terra era um
gigantesco ímã que emitia “eflúvios”, atraindo os outros ímãs. Essa é uma obra
de grande importância, considerada um dos primeiros tratados experimentais de
física, pois Gilbert chegou a essa explicação a partir da construção de um modelo
esférico feito de magnetita para representar a Terra, que ele chamou de “terrela”.
Essa estranha magia da atração que os ímãs (ou materiais magnéticos) exercem
entre si fascina muito nosso imaginário. Albert Einstein (1879-1955) conta em
suas notas autobiográficas que, quando tinha entre 4 ou 5 anos de idade, após
se recuperar de uma enfermidade, ganhou do seu pai uma bússola e esse objeto
o fascinou. Ele não compreendia como a agulha mudava de posição se nada
estava encostando nela. O episódio foi considerado por ele determinante para
estimular sua curiosidade científica.
A eletricidade dinâmica se desenvolve com a descoberta da pilha por Alexandre
Volta (1745-1826), em 1800, revelando-se a corrente elétrica e a resistência
elétrica. Tornou-se necessário medir essas grandezas e outras situações, que
foram de interesse de cientistas como Ampère, Ohm, Pouillet, Joule, Faraday e
Kirchoff, cujos trabalhos permitiram a construção de equipamentos como o
amperímetro e o voltímetro.
A descoberta da corrente elétrica reativou os conhecimentos sobre fenômenos
magnéticos já conhecidos muitos séculos antes da descoberta de Thales de
Mileto. Acredita-se que foram observadas pela primeira vez numa antiga cidade
da Ásia Menor, chamada ‘Magnésia’, de onde teriam se originados os seguintes
termos: magnetita, magnética, magnetismo e etc.
Os ímãs têm dois pólos bem definidos, um N e outro S. Um pólo unitário pode
ser considerado como aquele que repele um pólo exatamente semelhante,
colocado a 1 centímetro de distância, com uma força de 10 micronewtons.
A lei de Coulomb para o magnetismo diz que a força entre dois pólos magnéticos
é diretamente proporcional ao produto das intensidades magnéticas dos pólos e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas. A força é de
repulsão e os pólos magnéticos forem iguais ou de atração se os pólos
magnéticos forem diferentes.
As linhas de fluxo de um campo magnético são coletivamente chamadas fluxo
magnético, para o qual se usa o símbolo F, a letra grega Phi. A unidade de fluxo
de indução magnética no Sistema Internacional de Unidades é o weber (wb).
Este arquivo pode ser baixado em: Aula 02 - Fundamentos de Magnetismo.
Quando colocamos uma barra de ferro doce num campo magnético, devido à
sua permeabilidade, o campo é distorcido e o fluxo magnético passa pelo ferro,
em vez de pelo ar. A barra de ferro doce se transforma num ímã, nessas
circunstâncias, com a extremidade A como pólo S e com a B como pólo N. Diz-
se que essa barra está imantada por indução. O magnetismo produzido numa
substância ferromagnética, pela influência de um campo magnético, é chamado
magnetismo induzido.
Se o campo magnético for retirado, removendo-se os dois ímãs de barra (ou o
ímã em forma de U), a maior parte do magnetismo induzido se perde; os ímãs
produzidos por indução são conhecidos como ímãs temporários. Um pedaço de
aço temperado não é tão fortemente magnetizado por indução, mas conserva
maior magnetismo residual, quando retirado do campo indutor.
O processo de imantação é um pouco mais eficiente, devido à redução da lacuna
de ar; a isso, às vezes, se dá o nome de imantação por contato. O prego se
transforma num ímã, por indução.
Histerese Magnética
A intensidade do campo magnético, H, atua sobre o material como força
imantadora, na indução magnética.
À medida que um material ferromagnético é sujeito a uma força imantadora cada
vez maior, a densidade do fluxo, B, aumenta até que o material fica saturado. Se
a força imantadora for então reduzida a zero, a imantação não retorna ao zero,
mas fica atrasada em relação à força imantadora. O retardamento da imantação
atrás da força imantadora é conhecido como histerese. Quanto maior o
retardamento, maior o magnetismo residual conservado pelo material.
A densidade do fluxo, e portanto a imantação, só pode ser reduzida a zero
invertendo-se o campo magnético e aumentando a força imantadora no sentido
oposto. A força imantadora inversa, se suficientemente aumentada, faz com que
o material torne a atingir a saturação, mas com os seus pólos invertidos.
Reduzindo a força imantadora a zero e então elevando-a no sentido original.
Este processo pode ser repetido e a imantação do material acompanha uma
curva chamada curva de histerese.
O aço temperado tem característica de histerese de 'arco denso', porquanto o
magnetismo residual é elevado; o ferro doce tem característica de 'arco fino'. A
área dentro de uma curva de histerese dá uma indicação da quantidade de
energia dissipada, ao se levar uma substância ferromagnética através de um
ciclo completo de imantação. No funcionamento de muitos dispositivos elétricos,
essa energia é desperdiçada, e aparece como calor: a característica de histerese
de um material ferromagnético é, portanto, importante consideração a ser levada
em conta no projeto desses dispositivos elétricos.
Aplicação de eletromagnetismo em Eletroímãs
Os eletroímãs, através do campo magnético que produzem, aplicam uma força
magnética em peças adequadas, as quais, por sua vez, podem ser utilizadas
para elevar uma carga, acionar um relé, afrouxar um freio sob pressão por molas,
sustentar um peça de trabalho etc. Para tanto, os eletroímãs apresentam
diferentes formas construtivas.
Em (a) temos o eletroímã de núcleo, utilizado para afrouxar freios, para
vibradores, contactores etc.; em (b) aquele de alavanca móvel, utilizado em
contactores e relés; em (c) aquele de armadura tipo pistão, utilizado em freios,
acionamento de engrenagens etc.; em (d) o tipo com núcleo em E e, em (e) o
tipo de bobina anular usados nas embreagens.
Como primário usamos a bobina de 250 espiras (ou a de 300 espiras) e como
secundário a bobina de tubo de cobre com 5 ou 6 espiras, veja figura 04.
Se a tensão aplicada é de Up = 120 VAC, a corrente no primário ficará ao redor
dos 5 A (Ip = 5 A); se usarmos a bobina de 300 espiras no primário e a de 5
espiras no secundário teremos a seguinte corrente:
Ip/Is = Ns/Np ;
Is = Ip.Np/Ns ;
Is = 5.300/5 ;
Is = 300 A .
Experimento 1 - Modo para se obter altas intensidades de correntes.
Aplicação: Solda elétrica.
Figura 04 - Aplicação de transformador - Solda Elétrica
Várias tiras pequenas de metal podem ser colocadas entre os pontos de solda;
quando estes são apertados contra elas, soldam-se, veja figura 05.
uma às outras. Há um tubo isolante (fibra) separando o núcleo de ferro das
espiras do secundário.
Veja o vídeo do experimento no link: Solda Elétrica com Kit Bender .
Se substituirmos o anel rígido por uma espiral toroidal fechada de fio de cobre,
pode-se verificar o estrangulamento do anel toroidal.
Quando o fluxo está crescendo, o sentido da força de Lorentz sobre o anel é o
de repulsão e, quando está decrescendo, é o de atração.
Este fato e a inércia do anel deveria impedir qualquer movimento, todavia, o
desequilíbrio ocorre por conta da pequena indutância do anel, que atrasa um
pouco a corrente e faz com que, numa pequena fração do ciclo, ocorra a
concordância entre o sentido da corrente e o do campo, necessário para ocorrer
a repulsão, conforme ilustração da figura 07.
Obviamente nenhuma das explicações dadas para o anel saltador aqui
apresentadas no texto acima é completa; o aluno do ensino médio ainda não tem
os recursos necessários para o entendimento da não uniformidade de campo
magnético que se origina no núcleo e seus efeitos sobre o anel. Se fecharmos o
núcleo (como na ilustração acima) o anel não mais apresentará qualquer
tendência de 'saltar'; o que justifica esse meu parágrafo sobre a 'não
uniformidade do campo'.
Com o núcleo fechado (conforme ilustração da figura 08) não ocorre considerável
espalhamento do campo para fora do núcleo, o que é indispensável para o pulo
do anel.
O roteiro para cálculo de transformadores pode ser baixado em: Aula 01 - Projeto
de pequenos Transformadores Monofásicos.
2 - Tipos de Medidores
2.1 - Sistema ferro Móvel
Figura 05 - Megômetro
Lembre-se que você está trabalhando com tensões de 500V a 5000V e, portanto,
deve tomar todos os cuidados necessários para proteger sua integridade física
e a integridade dos demais.
Antes de ligar o Megôhmetro, certifique-se se todas as medidas de segurança
estão sendo obedecidas e se você está usando os EPI´s apropriados para essa
operação. Se necessário, isole a área onde você estará realizando o teste.
Passo 2: Ligue o Megôhmetro, aperte a tecla de medida e observe o valor
medido. Estabilizado o valor, dispare o cronômetro e espere 60 segundos, com
esse tempo podemos verificar índice de polarização e absorção. Anote em uma
ficha o valor obtido, considerando a escala que você utilizou.
Conecte o terminal vermelho do Megôhmetro ao cabo 2 e repita as operações
dos passos e anote os resultados. Conecte o terminal preto do Megôhmetro ao
cabo 3 do transformador, repita as operações e anote os resultados. Como se
trata de um transformador de 8 pontas, repita as mesmas operações para os
cabos 4, 5, 6, 7 e 8 e terá concluída a medição de resistência entre bobinas
do transformador.
Para medir a resistência do isolamento contra massa, você deve proceder da
mesma forma que foi mostrado anteriormente. A diferença, agora, é que você
vai medir a resistência do isolamento contra massa e não mais contra as fases
do transformador. Observe que o cabo preto do Megôhmetro deverá ficar
firmemente fixado à carcaça do transformador.
2.4 - Impedância percentual (Z%) - Uma vez medido a tensão de curto circuito
podemos calcular a impedância percentual do transformador utilizando a
seguinte expressão:
Z = (Vcurto-circuito)÷Vnominal).
Z = 0,0_ Ω
Z = _% (Para obter o resultado em percentual multiplicamos por 100).
3 - Ensaios em Transformadores Monofásicos á vazio
As perdas no ferro dos transformadores também são encontradas através de
ensaio, porém, agora o secundário fica aberto. Este não requer muitos cuidados,
basta ligar o primário com a tensão nominal e medir a corrente no primário.
Figura 5 - Ensaio á vazio.
5 - Perdas por Efeito Joule - As perdas por efeito Joule ocorrem em forma de
calor, devido à resistência ôhmica dos enrolamentos. Essas perdas são
conhecidas como perdas no cobre e ocorrem pelo efeito da histerese magnética
e das correntes parasitas (ou correntes de Foucault).
As perdas nos transformadores monofásicos são calculados através da fórmula:
PCU = R1 x I12 + R2 x I22
Onde:
PCU corresponde às perdas no cobre em Watts;
R1 é a resistência ôhmica do enrolamento primário, medida na temperatura de
trabalho (75ºC);
I1 é a corrente primária em plena carga;
R2 é a resistência ôhmica do enrolamento secundário, medida na temperatura
de trabalho (75ºC);
I2 é a corrente secundária em plena carga.
Pode-se observar, através da fórmula, que a perdas no cobre sofrem dois tipos
de variação, ou seja:
Através da variação da carga do transformador, pois, variando a carga, variam
também as correntes primárias I1 e correntes secundárias I2;
Através da variação de temperatura de trabalho do transformador, variam
também as resistências ôhmicas dos enrolamentos primários R1 e R2.
Para o cálculo de perda nos transformadores trifásicos, a fórmula é:
PCU = 3 (R1 x IF12 + R2 x IF22)
Ligação paralela: Neste caso deve-se observar que os enrolamentos deverão ter
a mesma capacidade de tensão elétrica e os terminais dos enrolamentos só
admitem a conexão com polaridade subtrativa. A corrente disponibilizada ao
sistema é sempre aumentada para esse tipo de conexão.
O Diagrama elétrico para energização pode ser baixado em: Aula 03 -
Energização de Transformadores Monofásicos.
A principal vantagem deste tipo de transformador é que ele pode ser feito com
menor quantidade de material e muito mais barato para a mesma potência (VA),
mas a maior desvantagem é que ele não tem o isolação entre os enrolamentos
primário e secundário, uma vez que a carga é ligada a um dos lados da linha de
energia, não há isolamento linha entre a alimentação de entrada e a carga.
A secção de enrolamento principal é ligado à fonte de alimentação AC com a
parte derivada (secundário) deste enrolamento primário ligado á carga. Um auto-
transformador pode ser utilizado reduzir ou elevar a tensão, invertendo as
conexões.
Construtivamente, os motores
monofásicos são semelhantes aos trifásicos, com a diferença de possuírem um
único enrolamento de fase. Sua grande vantagem é a de poderem ser ligados à
tensão de fase das redes elétricas, normalmente disponíveis em residências e
pequenas propriedades rurais - ao contrário do que sucede com as redes
trifásicas. Em contrapartida, possuem o inconveniente de serem incapazes de
partir sem a ajuda de um circuito auxiliar, o que não ocorre com os motores
trifásicos.
Em uma comparação com motores trifásicos, os monofásicos apresentam
muitas desvantagens: apresentam maiores volume e peso para potências e
velocidades iguais (em média 4 vezes); seu custo é mais elevado que os de
motores trifásicos de mesma potência e velocidade; necessitam de manutenção
mais apurada devido ao circuito de partida e seus acessórios; apresentam
rendimento e fator de potência menores para a mesma potência; apresentam
maior consumo de energia; possuem menor conjugado de partida e são difíceis
de encontrar no comércio para potências mais elevadas (acima de 10 cv).
Motores monofásicos não podem partir sozinhos porque não conseguem formar
o campo girante, como fazem os motores trifásicos. O campo pulsante sempre
tem a mesma direção e não permitindo a indução de correntes significativas nos
enrolamentos rotóricos.
Porém, se de alguma forma se puder conseguir um segundo campo com
defasagem de 90° em relação à alimentação, se terá um sistema bifásico, com
a conseqüente formação de um campo girante capaz de promover a partida,
como mostra a figura ao lado. Existem várias maneiras de proporcionar esta
defasagem. Cada uma delas corresponde a um determinado tipo de motor
monofásico, como se verá na próximas seções.
É importante salientar que após atingir certa velocidade (entre 65 - 80% de sua
velocidade síncrona), o motor pode continuar trabalhando com uma só fase. Isto
quer dizer que, após acelerado, o circuito auxiliar de partida pode ser "desligado"
sem que o motor pare.
Devido ao fato de o cruzamento das curvas não ocorrer sempre no mesmo ponto
e, ainda, o disjuntor centrífugo não abrir sempre na mesma velocidade, é prática
comum fazer com que a abertura aconteça, na média, um pouco antes do
cruzamento das curvas. Após a desconexão do circuito auxiliar, o seu
funcionamento é idêntico ao do motor de fase dividida.
A aplicação de uma tensão nos enrolamentos do estator irá fazer com que
apareça uma tensão nos enrolamentos do rotor. Assim o estator pode ser
considerado como o primário de um transformador e o rotor como seu
secundário. O espaço entre o estator e o rotor é denominado entreferro. Os
enrolamentos, ou bobinas, são em número de três. Estas bobinas, alojadas nas
ranhuras do estator, podem ser ligadas em estrela ou triângulo. No rotor os
enrolamentos, enrolados longitudinalmente a seu eixo, podem ser realizados de
duas maneiras, o que dá origem a dois tipos de rotor: Rotor Gaiola de Esquilo e
Rotor Bobinado.
F1 - Velocidade
síncrona
de motor
Fechamento Duplo Triângulo - Este tipo de fechamento fará com que seja
possível a conexão motor na menor tensão suportada por ele, em nosso exemplo
220V. Partindo do pressuposto que independente da tensão de alimentação, o
motor de 12 pontas sempre receberá em seus Enrolamentos o mesmo nível de
tensão e que em nosso exemplo, cada bobina permanecerá com 220V, temos o
esquema elétrico de um fechamento para a tensão de 220V que por sinal é a
menor tensão que este motor suporta. Tendo em vista que este fechamento
assemelha-se com um circuito paralelo, o fechamento duplo triângulo ao ser
conectado a rede de alimentação de 220V recebe em cada uma de suas bobinas
os mesmos 220V da rede elétrica.
Funcionamento de um motor DC
Uma vez que as correntes elétricas produzem campos magnéticos, a bobina,
parte do rotor, quando energizada, se comporta como um ímã, criando um
campo magnético Norte e um Sul, no rotor. Como os polos opostos se atraem, a
bobina gera um torque sobre o rotor que se movimentará no sentido anti-horário,
conforme se observa nos itens a e b da figura. Assim, o polo Norte do imã inferior
ficará alinhado ao polo Sul da bobina (rotor). Quando a bobina girar 90 graus
(item c da figura), não haverá mais torque. Nesse instante ocorrerá a inversão
do sentido da corrente na bobina (rotor). Então a bobina continuará girando no
sentido anti-horário até que seu polo Norte fique alinhado com o polo Sul do imã,
fechando, assim, um ciclo completo de 360 graus e invertendo novamente o
sentido de giro da corrente da bobina (item d da figura 05).
Figura 06 -Diagrama Elétrico
para energização do Motor CC Compound
Cada vez que o pólo norte do rotor está a ponto de alcançar o pólo sul de um
eletroímã estacionário, a corrente inverte e esse pólo sul transforma-se um pólo
norte. O rotor gira continuamente, terminando uma volta para cada ciclo da
corrente alternada. Como sua rotação é perfeitamente sincronizada com as
reversões da C.A, este motor é denominado 'motor elétrico síncrono da C. A.'. O
motor da bomba d'água de máquinas de lavar roupa, por exemplo, são desse
tipo. Os motores de C.A síncronos são usados somente quando uma velocidade
angular constante é essencial para o projeto.
Veja dados técnico de motores com polo distorcido no link: << 16_03_001 Motor
Monofásico – Imã Permanente e Shaded-Pole >>
O Motor monofásico com fase dividida pode ser construído com dois ou quatro
terminais. Quando construído com dois terminais é destinado apenas a um valor
de tensão, e não pode ser adaptado a diferentes valores de tensão. Assim, a
tensão aplicada na placa deve ser igual à tensão da rede de alimentação. Outro
inconveniente é o fato de não ser possível a inversão do seu sentido de rotação,
pois ele tem somente dois terminais em que são ligados os condutores de fase
(L) e neutro (N). A inversão dos cabos de alimentação fase e neutro não provoca
a inversão do sentido de giro.
Figura 10 - Esquema de Motor de capacitor de partida
O eixo do motor é construído com dois grupos de dentes, um com o POLO SUL
saliente e o outro com o POLO NORTE, de modo que os dentes fiquem
alternados.
Semelhante aos tipos anteriores, as bobinas devem ser ligadas em sequência
para o eixo poder girar.
Ligação reversa é um tipo de ligação muito comum entre motores onde os pólos
A e B da bobinas podem ser ligados ao positivo e negativo respectivamente, ou
invertida, negativo e positivo respectivamente.
Os Motor de Passo Bipolar usam uma ligação por pólo e necessitam que o
circuito de controle possa reverter o sentido da corrente para acionar as bobinas
de forma correta.
A diferença é apenas como os enrolamentos (estatores) do motor estão
interligados entre si. O nome Unipolar (um polo) ou Bipolar (dois polos) vem do
fato que nos unipolares a corrente circula pelas bobinas apenas em uma direção
(ex. do fio comum para a phase A+ ou do comum para a phase B- e etc.). Já nos
bipolares a corrente circula em ambas as direções em cada bobina, hora da
Phase B+ para a B- hora da B- para a B+.
© Direitos de autor. 2017: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização:
21/06/2017.
Uma das formas construtivas mais comuns é a de pólos salientes, sendo que
cerca de 25 a 35% de cada pólo é enlaçado por uma espira de cobre em curto
circuito. A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo que a atravessa
sofra um atraso em relação ao fluxo da parte não enlaçada pela mesma.
O resultado disto é semelhante a um campo girante que se move na direção da
parte não enlaçada para a parte enlaçada do pólo, produzindo conjugado que
fará o motor partir e atingir a rotação nominal. O sentido de rotação depende do
lado que se situa a parte enlaçada do pólo, conseqüentemente o motor de campo
distorcido apresenta um único sentido de rotação. Este geralmente pode ser
invertido, mudando a posição da ponta de eixo do rotor em relação ao estator.
Os motores de campo distorcido
apresentam baixo conjugado de partida (15 a 50% do nominal), baixo rendimento
(35%) e baixo fator de potência (0,45). Normalmente são fabricados para
pequenas potências, que vão de alguns milésimos de cv até o limite de 1/4cv.
Pela sua simplicidade, robustez e baixo custo, são ideais em aplicações tais
como: ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente, unidades de
refrigeração, secadores de roupa e de cabelo, pequenas bombas e
compressores, projetores de slides, toca discos e aplicações domésticas.
O valor de tensão maior é sempre igual a duas vezes o valor de tensão menor,
sendo que os valores mais utilizados são 220V para o de maior tensão e 110V
para o de menor tensão. Não é possível inverter o sentido de rotação desse
motor. Pelo diagrama a seguir, os terminais 1 e 2 são conectados a uma metade
e os terminais 3 e 4 à segunda metade do enrolamento. As duas partes do
enrolamento devem ser ligadas em série se a tensão de alimentação for de 220V.
Se a tensão de alimentação for 110V, as duas partes do enrolamento devem ser
ligadas em paralelo, como mostra a figura ao lado.
Os desenhos de esquemas de
bobinados podem ser: Planificados, Frontal ou circulares e Simplificados.
Desenho de esquema planificado: Os esquemas planificados representam um
estator como se estivesse cortado e estirado sobre um plano, com todos os
grupos de bobinas e conoxões. Na figura ao lado está mostrado um esquema
planificado de bobinas de um motor.
James Watt foi um engenheiro que celebrizou-se por seu trabalho a respeito e
foi o criador dos termos watts e hp (Horse Power).
Em avaliações que ele realizou junto aos cavalos que retiravam carvão das
minas, Watt concluiu que em média, cada cavalos era capaz de içar dos fundos
das minas, cerca de 330 libras (149.7 kg) de carvão, por uma distância de 100
pés (30.48 metros) em um intervalo de 1 minuto (60 Segundos), ou seja, 33000
lb.ft/min (746,7 W). Tal potência ficou conhecida e é utilizada até hoje, como
sendo o equivalente a 1 hp.
O Trabalho e Potência Mecânica de um motor é definido pela força do motor. A
Força é o produto da massa pela aceleração, peso é uma força que age sobre a
massa pela aceleração da gravidade (g = 9,81 m/s2), sua unidade é N ou Kgf.
Figura 04 - η (Rendimento)
Figura 04 - Rendimento.
O dispositivo mais antigo, utilizado até os dias de hoje, para medir a potência do
motor é constituído por um volante circundado por uma cinta conectada a um
braço cuja extremidade se apoia sobre a plataforma de uma balança. O volante,
acionado pelo motor, tem o seu movimento restringido pela pressão aplicada à
cinta, que transmite o esforço ao braço apoiado sobre a balança. A partir das
leituras da balança, calcula-se o esforço despendido pelo motor. Esse dispositivo
é conhecido como FREIO DE PRONY.
Com os elementos acima, sabendo-se que a periferia do volante percorre, no
intervalo de uma rotação, a distância 2π r contra a força de atrito f, aplicada pela
cinta, então, em cada rotação, tem-se:
Trabalho=2π rf. O conjugado resistente ao atrito é formado pelo produto da
leitura P da balança pelo valor do comprimento do braço de alavanca R e será
exatamente igual ao produto r vezes f, conjugado que tende a mover o braço.
Logo: r.f=P.R e, em uma rotação, Trabalho = 2π PR. Se o motor funcionar a N
rpm, o Trabalho por minuto será dado por: = 2π PRN.
A expressão acima define a potência desenvolvida pelo motor, que pode ser
expressa em HP (Horsepower) ou em CV (Cavalo-vapor), dependendo das
unidades empregadas.
Veja resumo de motores no link: 16_02_001 Manual de Motores Voges.
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