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Dinero] Sees grave swan A SADE Di Ae EReaU ENE 18/01/2016 itos Reai 1. A eC sao proprietérios de terrenos contiguos. A adquiriu por usucapidio, invocada em 1983, uma servidao de passagem sobre 0 prédio agora pertencente a C. Tal como resulta da respectiva escritura de justificagdio, a servidao ¢ de “passagem a pé e com carros de bois”. Aquela escritura nunca foi levada a registo, 4) Naaltura em que foi invocada a usucapido, o proprietirio do prédio serviente era B. C alega agora que quando comprou o terreno, em 2014, desconhecia a existéncia da servidéo. tho. Teré fundamento Decidiu, por isso, impedir A de passar colocando umas pedras no ca para tanto? b) Processualmente, como poder 4 reagir? ©) Suponha que C alega também que A efectua a passagem utilizando tractores ¢ outra maquinaria agricola pesada ¢ nio carros de bois, Se porventura o tribunal entender que a servidio deve permanecer, C pretende, contudo, que a A seja unicamente permitido passar pelo modo original. Tera fundamento? 2. Desde 1994 que 4 e B sto comproprietérios de um terreno agricola com dois hectares Para evitar conflitos, decidiram demareé-lo em dois lotes de um hectare cada, separados por um muro de pedra. Em 1999, 4 construiu uma vivenda no lote que vinha utilizando desde 1994, 4) Estard A em condigdes de agora invocar usucapiaio relativamente a esse lote? 4) B quer aproveitar 0 muro divis6rio para nele apoiar um armazém que pretende construir, Dependera para 0 efeito de consentimento de A? 3. A deixou em 2008, por testamento, a propriedade do apartamento x a B e o respectivo usuftuto, em simultineo, a favor de C e de D (pai de B). Estando numa idade avangada, D abdicou agora do usuftuto a favor de B na condigao de este Ihe prestar assisténcia na velhice. a) Quem beneficiaria da abdicagao: B ou C? 5) Suponha que, quando D abdicou, o apartamento necessitava de reparagdes na totalidade da canalizagtio e na instalagio eléctrica. Apds a reniincia, D permaneceria vinculado contribuir para elas? Direitos Reais 18/01/2016 1. Ae C sao proprietarios de tetrenos contiguos. A adquitiu por usucapido, invocada em 1983, uma servidao de passagem sobre 0 prédio agora pertencente a C. Tal como resulta da respectiva escritura de justificagao, a servidao é de “passagem a pé ¢ com carros de bois” Aquela escritura nunca foj levada @ registo. 4) Na altura em que foi invocada a usucapiti, o proprietirio do prédio serviente era B.C alega agora que quando comprou o terreno, em 2014, desconhecia a existéncia da servidao. Decidiu, por isso, impedir 4 de passar colocando umas pedras no caminho. Tera fundamento para tanto? Tépicos de correcgio: ~ O registo da aquisigdio por usucapitio tem efeito enunciativo [artigo 5°. 2a), Céd Reg. Predial]; ~ 0 regisio de constiiuigéo de serviddes aparentes tem 0 mesmo efeito [artigo 5%n.° 2/b), Cid. Reg. Predial]; ~ Em geral, as serviddes de passagem tém caréeler aparente Ainda que assim néo fosse, esta tinha também sido constituida por usucapido, Por isso, C munca poderia invocar 0 seu desconhecimento. A servidéo era-ihe assim oponivel. 6) Processualmente, como poder’ 4 reagir? Tépicos de correegio: Uma vez que foi privado da sua passagem, A poderia: 1) recorrer & acgdio de restituigéto (artigo 1281), caso a servidéo fosse aparente (artigo 1280°); ii) recorrer & acgéio de reivindicagéo (artigos 1315°¢ 13119. ) Suponha que C alega também que A efectua a passagem utilizando tractores ¢ outra maquinaria agricola pesada e nao carros de bois. Se porventura o tribunal entender que a servidao deve permanecer, C pretende, contudo, que a A seja unicamente permitido passar pelo modo original, Teré fundamento? Tépicos de correcgao: 10 imutéiveis (artigo 15689). - Emm principio as servidées (artigo 1564°) sto reguladas pelo respective titulo (no caso, a usueapido). Por isso, esta tinhar sido constitida como de “passagem a pé e com carros de bois”, ndo pode o seu titular efectuarr a passagem de outro modo. - Everdade que a servidéo “entender-se-4 constituida a servidéo por forma a satisfazer as necessidades normais ¢ previsiveis do prédio dominante com o menor prejuizo para o prédio srviente” (artigo 1565%). Mas isso apenas “em caso de divide” ~ Portano, para A passar de ouira forma torna-se necessério que constitua outra servidéo com 0 acordo de ©. 2, Desde 1994 que A e B sao comproprietarios de um terreno agricola com dois hectares. Para evitar conflitos, decidiram demarcé-lo em dois lotes de um hectare cada, separados por um muro de pedra Em 1999, 4 construiu una vivenda no lote que vinha utilizando desde 1994 4a) Estara A em condigdes de agora invocar usucapiao relativamente a esse lote? Tépicos de correegio: = Os comproprietiirios néio sao obrigados a permanecer na indiviséio (artigo 1412°). Mas a divistio de iméveis supoe que se recorra a proceso ou, em alternattiva, que se faga (em geral) por intermédio de escritura pitblica ou de documento autenticado (que siio as formas habitualmente exigidas para a alienagdo onerosa de coisa imével) - Ae B apenas demarcaram 0 terreno sem cumprirem mais formalidades. Por isso permanecem em compropriedade. ~ A possibilidade de invocarem usucapide dependeria, 1°: de ter havido inver: Go do titulo da posse de algum deles contra o outro (jd que 0s comproprietarios sito possuidores na medida da sua quota e, em simulidineo, stio detemores em relagdio @ quota dos demas 2° depois, de os restantes pressupostos da usucapido estarem preenchidos; 3": por fim, de os lotes assim obtidos respeitarem a unidade minima de cultura, se tivessem destino agricola, ou dle os consortes terem conseguido autorizacdo de loteamento, se eles se destinassem é edificagéo, b) B quer aproveitar 0 muro divisorio para nele apoiar um arnazém que pretende construir: Dependerd para o eféito de consentimento de A? ‘Tépicos de correccio: = Dado que A ¢ B permanecem em compropriedade até eventualmente invocarem usucapido, o muro é comum (mas néo para efeitos do artigo 1370° porque se aqui pressupdem prédias pertencentes a distintos donos) = Portanto B poderia apoiar a construgao do armazém no dito muro sem necessidade autorizagdo de A desse que néo o privasse “do uso a que igualmente tem direito” (artigo 1406°) 3.4 deixou em 2008, por testamento, a propriedade do apartamento x a B e o respectivo usuffuto, em simulténeo, a favor de Ce de D (pai de 8) Estando numa idade avangada, D abdicou agora do usufruto a favor de B na condigao de este Ihe prestar assisténcia na velhice. 4) Quem beneficiatia da abdicagio: B ou C? Topicos de correcgio: - A remincia pura e simples tem cardcter abdicativo, determinando em geral a extingdo do direito a que se abdica, E esse 0 efeito que 1 obteria se remunciasse.

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