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Circuitos em Série-Paralelo 7.1 CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO ‘Uma compreensio clara dos prineipios bésicos associados & andlise dos circuitos sim- ples em série e em paralelo é em geral suficiente para solucionarmos problemas envol- vendo citcuitos em série-paralelo com uma tinica fonte. Circuitos com varias fontes sera estudados detalhadamente nos Caps. 8 ¢ 9. Por definigao, circuitos em série-paralelo sao aqueles que contém componentes ligados em série € ‘em paralelo. Para ganharmos habilidade na andlise dos circuitos em série-paralelo, devemos pro- curar adquirir a maior experiéncia possfvel, através da prtica constante (este €, ai, 0 tinico caminho). Com 0 tempo aprendemos a reconhecer 0 melhor procedimento para determinar o valor de uma grandeza desconhecida, a0 nos lembrarmos de configura- ‘goes semelhantes encontradas no passado e do sentimento de frustrago causado por ‘escolhas infelizes. Uma lista de algumas medidas simples pode dar uma idéia de como iniciar os primeiros exercicios. O valor de cada uma delas, no entanto, se tornard evi- dente apenas com a experiencia. Principios Gerais 1. Reserve algum tempo para estudar o problema “como um todo”, construindo rmentalmente ur resumo do procedimento que pretende utilizar. Isto pode resul- tar em ganho de tempo e de energia. 2. Examine cada regidio do circuito separadamente antes de associé-las em combi- nagdes série-paralelo. Isto provavelmente permitiré simplificar 0 circuito e pos- sivelmente revelard uma abordagem direta para a determinago dos valores de ‘uma ou mais ineégnitas. Este procedimento também costuma eliminar a maioria dos erros devidos & falta de uma abordagem sistematica. 3. Redesenhe o circuito varias vezes, em forma cada vez mais reduzida, mantendo intocadas apenas as quantidades desconhecidas. Além de tomar o circuito mais, facil de compreender, este método permite obter 0s circuitos reduzidos necess rios & utilizagaio do raciocinio inverso “a partir da fonte” (0 exemplo da Fig. 7.1 tornari isto mais claro). 4, Depois de obter uma solugio, verifique se ela é razodvel, considerando os valo- res associados a fonte de energia e aos elementos do circuito. Caso a solugiio no pareca razodive, resolva o circuito utilizando outro método ou verifique cada eta pa de sua solucao cuidadosamente. 496 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO Método de Redugao e Retorno No caso de muitos circuitos em série-paralelo com uma én ‘ante, 0 método mais simples consiste em reduzir todo ocireuito ‘.um Unico componente equivalent ligado a fonte, determinar a corrente fornecida pela fontee repeti 0 processo no sentido in- verso até chegar a0 valor da grandeza desconhecida. Na Fig. 7.1la), por exemplo, desejamos obter V,. Como nio existe uma ligagio simples em série ou em paralelo entre R, ea bateria, os :métodos introduzides nos dois tltimos capitulos nao podem ser aplicados aqui, Devemos em primeiro lugar reconhecer combi- nagdes em série e em paralelo de modo a estabelecer 0 circuito reduzido da Fig. 7.1(b). Podemos entao combinar os resistores em série de modo a obtero circuito mais simples possivel, como ‘vemos na Fig. 7.1(c). Utilizando a definigao de resisténcia, po- demos agora calcular a corrente fornecida pela fonte einiciar 0 procedimento inverso, como vemos na Fig. 7.1(d). Com isto ppodemos determinar a ddp Ve redesenharo circuito original do ‘modo ilustrado na Fig. 7.1(e). Como V;€ agora conhecida, a re- _gra dos divisores de tensfo pode ser utilizada para obtermos a tensio desejada V, Como 0s circuitos das Figs. 7.1(a)e 7.1(€) séio semelhantes, o mesmo acontecendo com os circuits das Figs. 7.1(b)e 7.1(@), & comum utilizarmos os circuitos intermediérios cy) Ry a Lt A -£ E © Fig. 7.1 lustranco 0 método de redugdo e retomo. 4 construidos durante a fase de redugdo para o retorno ao circuito original, Embora nao tenhamos descrito todos os detalhes do método no exemplo acima, muitos problemas envolvendo circui- tos em série-paralelo podem ser resolvidos utilizando 0 proces- so descrito acima — redugio do circuito para possibilitar 0 cél- ‘culo de /, seguida do retorno a0 circuito original para obtermos o valor da grandeza desejada. Este caminho nao precisa ser se- guido em todos os problemas; em alguns casos € possfvel obter solugdes de um modo mais simples e direto, © método de redu- 0 € retomo, no entanto, permite lidar com um tipo de proble- ‘ma que apareceré com grande freqiiéncia durante este curso, Método do Diagrama de Blocos Este método sera muitas vezes utlizado para enfatizar 0 fato de ue podemos ter configuragGes em série e em paralelo construidas ‘com outros tipos de componente’ além de resistores. © método também nos ajudaré a pereeber que muitos cireuitos aparente- ‘mente diferentes possuem a mesma estrutura basica, podendo assim serem analisados com 0 uso de técnicas semethantes. Thicialmente, voc8 teré alguma dificuldade para identifica os clementos e ramos em série e em paralelo e também para esco- Iher 0 procedimento mais adequado para obter uma solugao. Entretanto, A medida que for estudando os exemplos e resolven- do 0s problemas, perceber’ que existe um padro comum para a maioria das solugSes que poder tomar aandlise desses sistemas uma experiéneia interessante ¢ agradavel Na Fig. 7.2, 0s blocos B e Cestao em paralelo (tém os pontos becemcomum) a fonte de tensio E estéem série com o bloco A (tém 0 ponto a em comum). A combinagao em paralelo de Be Fig. 7.2 lustrando 0 método do diagrama de blocos: ‘Cesté também em série com A e com a fonte de tensto E devido 408 pontos comuns b c, respectivamente. Para que as andlises a seguir fiquem mais claras, utilizare- ‘mos a seguinte notagao para as combinagdes de elementos em série e em paralelo. No caso de resistores Ry e R, em série, inseriremos uma virgula entre seus indices, como na expres siio seguinte: No caso de resistores R, ¢ Ry em paralelo, ser inserido 0 simbo- lode paralelismo entre seus indices, ou seja, 4 EXEMPLO 7.1 Se cada bloco da Fig, 7.2 representasse um resistor, obterfamos um circuito como o da Fig. 7.3. . We |e = S Rac Svun| Sore Fig. 7.3 Exemplo 7.1 ‘A combinagiio em paralelo Re R_ resulta em (12 KOVG KO) _ 12k0 + 6kQ a Reye = Rall Ro = A resisténcia equivalente Ry, esté em série com R, ¢ a resis- ‘@ncia total que a fonte “enxerga” € Rr = Ra + Rac =2kO + 4k = 6D Obtemos entio, como ilustra a Fig. 7.4, um circuito equiva- lente que nos permite determinar a corrente fornecida pela fon- te. Rr Como a bateria e R, esto em série, by Fig. 7.4 Circuito reducido equivalente ao da Fig. 73. 1 =Ip=9mA Podemos agora, utilizando a regra dos divisores de corrente, determinar /, ¢ J, com 0 auxitio do circuito equivalente da Fig. 15: Kou) 6 ot 7 = Sens aK eh 3 OMY 9 MA KO) 12, _ 2 AZ), = 20 ma) = 6ma le Teas oD 18 OMS ‘ou, aplicando a lei de Kirchhoff para correntes, CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO Ill 197 Fig. 7.5 Determinagdo de Ip ¢ Teno circuito da Fig. 7.3. Ic 9mA—3mA=6mA oe ‘Note que nesta solugo trabalhamos primeiro “na diregio da fonte” para obter a corrente total fomecida pela bateia. Para obter as incégnitas restantes, trabalhamos no sentido inverso, isto 6, “na diregdo do circuito” EXEMPLO 7.2. Osblocos A, Be Cna Fig. 7.2 poderiam tam- ‘bém conter os elementos e as configuragSes ilustrados na Fig, 7.6, Fazendo a andlise por regives: A> Ry=40 a R40 Be Ry = Rally = Rag = Ci Ro=R HRs = Res =0504150=20 Os blocos B ¢ C ainda estdo em paralelo e 150 Fig. 7.6 Exemplo 7.2 (Observe a semelhanga entre Rr = Ra + Rac tswequstoe soba no 40+10=50 Exemplo 7.1.) lov e OV = 2a 4198 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO Para obter as correntes /,, J, J. podemos utilizar a forma reduzi- da do circuito da Fig. 7.6 ilustrada na Fig. 7.7. Observe que as correntes J, J, [nas Figs. 7.6 e 7.7 sio as mesmas. Em outras palavras, ,,/,e J, na Fig. 7.7 terdo intensidades idénticas as cor- rentes de mesmo nome da Fig. 7.6. Fig. 7.7 Circuito reducido equivalente ao da Fig. 7.6 Retomando a0 circuito da Fig. 7.6, temos A partir de qualquer das duas figuras, podemos obter as tenses Vu. Vie Ve a Zon S30 4 Aplicando a lei de Kirchhoff para tensOes & malha indicada na Fig. 7.7, obtemos, EoV=E-Vs—Va=0 E=Vy+Vp=8V42V ou 10V=10V__Gonfere) EXEMPLO 7.3 NaFig. 7.8 temos outra variagao possivel da Fig. 7.2. = OOM) _ 540 Ra Pr on+6n 15 oo a , 6B O) at: Ry = Ry Ras = 40+ SVT = 40+ 20= 60 Re=30 O circuito da Fig. 7.8 pode ser redesenhado em forma reduzida, como vemos na Fig, 7.9, Observe as semelhangas entre este cit cuito € os das Figs. 7.3 € 7.7 (693 9 Ry = Ry + Rage = 360+ COEO =360420=560 E _ 168V = 3 Rr 5608 1=1=38 Aplicando a regra dos divisores de corrente, obtemos _Rels__ GOVGBA)_ 9A te Re+R, 30+60 9 1A A lei de Kirchhoff para correntes fornece Je=Iy~ Ip = 3A-1A=28 Fig. 7.8 Evemplo 7.3. Fig. 7.9 Circuito reducido equivalente ao da Fig. 7.8 4 Utilizando a definigao de resisténcia, IR, = (3. AV3.6 9) = 108.V TnRe [eRe = 2AYBN) = 6V Retomando ao circuito original (Fig. 7.8) €aplicando a regra dos divisores de corrente, (6.OVGA) __18A : 62490 15 =124 R+R Utilizando outra vez a lei de Kirchhoff para correntes, b I, —1, =3A-12A=18A As Figs. 7.3, 7.6 e 7.8 ilustram apenas algumas da infinita variedade de configuragées que o circuito pode assumir a partit da configuragao bisica que aparece na Fig. 7.2. Inclufmos estes ‘casos em nossa discussdo para enfatizar a importincia de consi- derar cada regifo do circuito de modo independente antes de obter a solugo para o circuito como um todo. ‘0s blocos na Fig. 7.2 podem ser distribufdos de varias ma- neiras, Nao hé, de fato, limite para o nimero de configuragdes ‘em séric-paralelo que podem aparecer em um citcuito, Por outro lado, 0 método do diagrama de blocos pode ser usado efetiva- mente para reduzir a complexidade aparente de um sistema a0 identificar as grandes configuragées em sétie e em paralelo do circuito, Os exemplos a seguir fornecem uma demonstra do método. 7.2 EXEMPLOS DESCRITIVOS EXEMPLO 7.4 Calcule, para o circuito da Fig. 7.10, a cor rente J, ea tenso Vs. Solugdo: Neste caso, desejamos conhecer somente algumas ‘grandezas em particular, e nao uma solugo completa. Seria por- tanto perda de tempo calcular todas as correntes ¢ tensdes do RSs0 Ju sav; Zon Zoo Fig. 7.10 Exemplo 7.4. circuito. Devemos empregar um método que nos leve a obter somente o valor das ine6gnitas desejadas. Na Fig. 7.11, ilustra- mos 0 diagrama de blocos associado a0 circuito, que indica cla- ramente que os rés ramos estio em paralelo e que atensio entre os terminais de A e B é a tensio de safda da fonte. E agora dbvio aque /, 6 dada pela razao entre a tensdo da bateria ea resisténcia EXEMPLOS DESCRITIVOS II! 139 V Fig. 7.11 Diagrama de blocos para o circuto da Fig. 7.10 associada ao bloco B, O bloco A pode ser ainda subdividido, como ilustra a Fig. 7.12, de modo a identificar Ce D como elementos cem série, de modo que a tensio V, pode ser determinada com 0 auxilio da regra dos divisores de tensdo, desde que as resistén- cias associadas a Cea D sejam conhecidas. Temos aqui um exem- plo de como um esbogo mental do método pode ser feito antes de aplicar leis, regras etc., de modo a evitarfrustragdes e cami- thos sem saida. D\% Fig. 7.12 Diagrama de blocos altemnativo para o primeiro ramo em paralelo da Fig, 7.10. Aplicando a definigao de resisténcia = 154 Ry 80 A resisténcia equivalente para os resistores em paralelo R; € Rs na Fig. 7.10€ M6) 32+60 82 _ 59 Ry = Rz|| Ry = 3.2 60 = Utilizando a regra dos divisores de tensdo, obtemos RoE. Rp + Re 2. O)2V) 20440 EXEMPLO 7.5 Parao circuito da Fig. 7.13, calcule as corre! tes e tensdes indicadas, Solugdo: Novamente é solicitado o valor de apenas algumas incégnitas especificas. E particularmente importante, a0 redesenhar 0 circuito, observar quais as ine6gnitas que sero mantidas e quais as que terSo que ser determinadas uilizando a 140 Ill CIRQUITOS EM SERIE-PARALELO ye eary 20 Fig. 7.13 Exemplo 7.5. cconfigurago original. O diagrama de blocos para este circuito ‘pode ser o ilustrado na Fig. 7.14, que mostra claramente que A € B estio em série, Note bem o niimero de incégnitas que foram Fig. 7.14 Diagrama de blocos para o cireuito da Fig. 7.13 preservadas neste formato. A tensdo entre os terminais dos trés ramos em paralelo na Fig. 7.13 sera V,, enquanto entre os termi- nais de R, e R, serd V., As correntes desconhecidas J, ¢ 1, si0 perdidas, pois sio correntes que percorrem apenas um dos ramos cde uma associagdo em paralelo. No entanto, uma vez que V, eV; sejam conhecidas, essas correntes podem ser obtidas utilizando a definicao de resisténcia. 6a 2 BMQM _ 60 5 26.0 30 Ras 120 30+20 = pg, = B02) Fem Rus 304120 20 8.0 Assim, a forma reduzida do circuito na Fig. 7.13 terd a aparéncia vista na Fig, 7.15 € Rp = Rygys + Ras = 120+ 480-60 E _ wv "R60 =4A ‘© exemplo a seguir demonstra que podemos ter tensdes des- cconhecidas nao apenas entre os terminais de um elemento mas também entre dois pontos quaisquer de um cireuito. A importin- cia de redesenhar 0 circuito de modo a fazé-lo adquirir um for- mato mais familiar € também explicitada nesta andlise. EXEMPLO 7.6 a. Caleule as tensbes V,, Vs e Vino cincuito da Fig. 7.16, b. Calcule a corrente fornecida pela fonte, 1 Ry Ry os" 29 Ve} Vow nto wy Gea Fig. 7.16 Exemplo 7.6. Soluges: Este é um exemplo de uma situagdo em que pode ser melhor redesenhar o circuito antes de realizar qualquer cél- culo, Temos entio o circuito equivalente na Fig. 7.17, onde le- ‘vamos em conta que, a0 combinarmos o efeito das duas fontes de tensio em uma fonte equivalente, no alteramos 0 valor das sgrandezas desconhecidas. Com isto obtivemos um circuito em paralelo onde a ddp entre os terminais de cada ramo é igual & tensao da fonte. A tensio da fonte resultante da combinacao é dada, em médulo, pela diferenga entre as tenses das fontes ori- ‘ginais; a polaridade da fonte equivalente é igual a da fonte origi- nal de maior tensdo. fs ay Fig. 7.17 Circuito da Fig. 7.16 redesenhado, 4. Observe a semelhanea com a Fig, 7.12, que nos permite utili zat a regra dos divisores de tensfo para determinar V, e Vs RE _(SO2V)_ OV _ yey RtRk 52430 8 ba RE (6. O12 V) mv aR, 60420 ¢ OY Aplicando a lei de Kirchhoff para tenses @ malha indicada ‘na Fig, 7.17, seguindo o sentido indicado a partir de a, obte- mos a tensio Vi. 4V, Vs + Vip = 0 yy -Vi=9V-T1SV=18V b, Pela definigdo de resisténcia, 15V =15A an ov 2S aise ea 7S Aplicando a lei de Kirchhoff para correntes, LAN th=1SA+1SA=38 EXEMPLO7.7 Determine, no circuito da Fig. 7.18, as tensdes Vie Vjeacorrente J. = -6v Fig. 7.18 Exemplo 7.7. EXEMPLOS DESCRITIVOS Ill 141 = Fig. 7.19 Cireuito da Fig. 7.18 redesenhado. Solugdo: Seria realmente dificil analisaro circuito na forma tem que aparece na Fig. 7.18, com a notacio simbélica para as fontes e a ligacio a terra no canto superior esquerdo do diagra- ‘ma. Quando o cicuito & redesenhado no formato ilustrado na Fig, 7.19, no entanto, as relacées entre os ramos ¢ o papel das inc6g- nitas ficam consideravelmente mais claros. Observe a ligagio comum a terra ¢ 0 uso explicito de fontes de tensdo. agora Sbvio que V2 = -E, -6V ( sinal negativo indica que a polaridade escolhida para V, na Fig, 7.18 6 oposta& real. Aplicando a lei de Kirchhoff para tensOes & malha indicada, obtemos ~E\+V,-E e V) = Ey +E, = 18V+6V=24V Aplicando a lei de Kirchhoff para correntes & jungdo a, temos: th+h 6a 4A+IA+OSA 558 ‘O exemplo a seguir mostra claramente que as técnicas aprendi- das neste capitulo € nos que o precederam tém um campo de apli- cago muito vasto e ndo serdo substituidas por métodos mais sofis- ticados. Embora ndo tenhamos introduzido 0 conceito de transistor neste texto, 0s valores das tenses continuas em um circuito que contém um transistor podem ser determinados com 0 auxitio das regras c leis bdsicas introduzidas nos capitulos iniciais deste livro. EXEMPLO7.8 Parao transistor na configuragao da Fig. 7.20, onde V, e V,.s80 conhecidas: a. Determine a tensio V_e a corrente J, b. Calcule V, . Determine V,.utilizando o fato de que a aproximacio 1.= I, 6 freqiientemente usada em circuitos envolvendo transistores. 4d. Calcule V,, utilizando as informagdes obtidas nos itens an- teriores, 142 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO Fig. 7.20 Exemplo 7.8 Solugdes: a, Examinando a Fig. 7.20, vemos que Vo =Va=2¥ Aplicando a lei de Kirchhoff para tenses & malha inferior, obtemos: V2— Voe- Ve= 0 ou Vp = Va — Veg = 2V- 07 V=13V baw eae kesIVereE e te Re Goong 7 3mA . Aplicando a lei de Kirchhoff para tensdes a0 lado de entrada (lado esquerdo do circuito), obtemos: Vec - V2=22V-2V=20V 4 Veo ~ IeRe = 22 V = (1,3 mA)(10 KO) ov Vp - Ve 2V-9V -1V Ve~ Ve 9V-13V 1 Ve Re SIOK Vy, ee spe: Fig. 7.21 Determinagdo de Ve para o circuito da Fig. 7.20. EXEMPLO 7.9 Calcule as correntes e tensdes indicadas na Fig. 7.22. Solugdo: Podemos redesenhareste cicuito, depois de combinar ‘os elementosem série, obtendo aig, 7.23, que nos permite calcular E RV RV + - 3mA 'S= Rozow PR 2K + 2K ~ 24K ~?™ com RyaoE —_ ASKOVT2V) __324V _ iggy Rruso + Re 45K +12KQ 165 19,6V _ Ie doug 7 238ma Int Ig =3mA + 4,35 mA = 7,35 mA Fig. 7.22 Exemplo 7.9. c. Se redesenharmos a parte do circuito que nos interessa, obte- remos 0 resultado visto na Fig. 7.21, onde a aplicagao da lei de Kirchhoff para tensdes resulta em: Vo + Veg = Ve © Ve= Veo — Como a ddp entre os pontos a e b da Fig. 7.22 tem 0 valor fixo de E volts, o circuito a esquerda ou & direita nao é afeta- do se reconstruirmos o circuito original da maneira ilustrada na Fig. 7.24. Podemos calcular todas as incgnitas, exceto /,, analisando cada circuito de forma independente. Para determinar/,, deve- ‘mos calcular a corrente fornecida por cada uma das fontes & adicioné-las, como na solugo acima; isto €,1,= Is + Ty CIRCUITOS EM CASCATA IN| 143 neo. Is sa nog, Zann . pea Ry mi a agua yZun eenv if a J AM AM eit aka Fig. 7.24 Uma abordagem alternativa para o Exemplo 7.9, EXEMPLO 7.10 Neste exemplo ilustramos o quanto a lei de Kirchhoff para tenses € poderosa, utilizando-a para determinar as voltagens V,, V,e V, no circuito da Fig, 7.25. Para a malha 1 da Fig. 7.26, B\-V~E=0 e V\ = 6) -£y=20V-8V=2V Para a malha 2, B,-Vi~V2=0 e Vy=B)-Vj=5V=12V indicando que V; tem polaridade oposta a indicada na Fig. 7.25. Para a malha 3, Vy+V2-Bs=0 e Vy=E)—V2=8V-(-7V)=8V+7V=15V Observe que como a polaridade inicialmente suposta para V; foi ‘mantida, a resposta para V; deve ser ~7 V. Fig. 7.25 Exemplo 7.10. Fig. 7.26 Definindo as malhas para a aplicagao da lei de Kirchhoff para tensies 7.3. CIRCUITOS EM CASCATA Um circuito em cascata de trés sees esta ilustrado na Fig. 7.27, ‘Ao observarmos sua estrutura repetitiva, a razao da terminolo- gia se torna ébvia. Existem duas abordagens basicas para resol- ver problemas associados a circuitos deste tipo. 3 Ry Ry Rs Js ANN AWN ANN )} MY it i +i ie mov gZon nFoa | ELOY Fig. 7.27 Cireuito em cascata 4144 Il CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO Rx Rs Ry Mi -- mY wy ae —_ ee een 49420 eavem | oo. inven 7% 2 a Fig. 7.28 Reromando para a fonte para determinar Ry no circuito da Fig. 7.27. Método 1 Calcule a resisténcia total do circuito e a corrente fornecida pela fonte; em seguida, repita os passos no sentido inverso até obter a corrente ou tenso desejada. Vamos aplicar este método para determinar V, na Fig, 7.27, Efetuando as combinacées de elementos em série e em paralelo comp ilustra a Fig. 7.28, obtemos 0 circuito reduzido da Fig. 7.29,© Rr=504+30=89 _£._ Mov Le Rr 80 30A Tabac cm stdin par be. 720 eas heh ‘ yak a BA «, finalmente (Fig. 731), Zsa Fig. 7.29 Cilculo de Rye Ip R A iN en I Ry AWA Ft mEon VEEN hye EO Fig. 7.31 Célculo de 1, j= cE = 8as0y=108 Vo = Ios = (10. A)(2. 9) = 20 Método 2 Represente a corrente no tltimo ramo do circuito de forma literal ¢ analise 0 circuito na diregao da fonte, mantendo explicita esta cor- rente ou qualquer outra em que esteja interessado. Desta forma, a corrente desejada pode ser obtida diretamente. A melhor maneira de descrever este método € através da andlise do mesmo circuito «que consideramos na Fig, 7.27, que aparece novamente na Fig. 7.32. - + V5 as fe aie Re {- ANN" NN AW sm a[feoan alpen te on EEA my Za Ev %2% Fig. 7.82 Abordagem altemnativa para circuitos em cascata Denotando a corrente no tiltimo ramo por 1,, temos: pane Va Vs ou de modo que e 1= e+ le=05le + Io = USI Vs = IRs = (151014 9) = 6 Ole Também, Va = Vs + Ve = 6 Mie +B Mc =O Mle e LSlg+ LSle = 3le com Vy = AR. = LR, = 5.1, logo 1+ Va= 6 M1, + 0 Ole 5 OY(3I) + 9 Mle = 24 Me E__ 240 . seer non Cees com Ve = lo = (10 AY2.0) = 20 i ‘© mesmo valor que foi obtido usando o método 1. 7.4 FONTE COM DIVISOR DE TENSAO (COM CARGA E SEM CARGA) 0 termo carga que aparece no titulo desta seco significa qual- {quer elemento, circuito ou sistema que consome corrente da fonte. ‘Como ja ressaltamos na Segio 5.8, a ligagdo de uma carga pode afetar a tensdo de saida da font. Utilizando um circuito divisor de tenso como 0 que vemos na Fig. 7.33, podemos ter varias tensdes de safda a partir de uma tinica fonte. Os valores de tensa ilustrados (referidos a terra) so ccaleulados através de uma aplicagdo direta da regra dos diviso- res de tensio. Nesta figura est ilustrada uma situagao de ausén- ‘cia de carga, pois nao ha qualquer dispositivo que consuma cor- rente ligado entre um dos terminais a, be ce a terra. “120v 109 200 30.0 ov Fig, 7.33 Fonte com divisor de tensdo. Quanto maior a relagéo entre as resistencias das eargas liga- das a uma fonte e as resistencias do divisor de tensdo da fonte, ‘mais préximas as tensaes de saida da fonte estarao dos valores sem carga. Em outras palavras, quanto menor 0 consumo de corrente, mais as tensies de saida da fonte se aproximardo dos valores sem carga. Fonte com divisor de vensio Ys e R FONTE COM DIVISOR DE TENSAO (COM CARGA E SEM CARGA) Ill 145 Para ilustrar esta afirmagio, vamos imaginar que os terminais de safda da fonte da Fig. 7.33 sejam ligados a cargas resistivas com um valor igual & média dos valores dos elementos resistivos do circuito divisor de tensio, como na Fig. 7.34. A tensiio V, nao € afetada pela carga R,,, pois esta esté em paralelo com a fonte de tenstio E. Logo V, = 120 V, que é idén- {ico ao valor sem carga. Para determinar V,, devemos primeira- ‘mente notar que Rye Rc, estdoem paraleloe R’, = Ry| Re, = 30 Q||20.0 = 12.0. Temos também a combinacdo em paralelo R’, = (Rt R's) |] Re, = 200+ 120) ||200 = 320/200 = 12,31 Q. Aplicando a regra dos divisores de tenso, obtemos: (1231120) _ 66.94 Y= “2310+ 100 4 passo que sem carga obteriamos 100 V. Atensio Voé y, = G2.0V66.21V) _a495y 120+200 ‘a0 passo que na auséncia de carga terfamos 60 V. Assim, 0 efeito de cargas resistivas de valores préximos a0 das resisténcias do divisor de tensdo da fonte é diminuir consi- deravelmente algumas das tensdes de saida. Se os resistores da carga forem substituidos por outros de valor I-kO, as tenses de safda estariio bem proximas dos valo- res sem carga. Efetuando célculos semelhantes ao caso anter or, obtemos: V, = 120, Ve = 58,63 V 18,88 V, ‘Vamos agora comparar os consumos de corrente nos dois casos, Para 0 circuito da Fig. 7.34, temos Vex v lea R= 9g 7 B8IA Para cargas de I-k@ 9888V = P888V_ _ ogg mA <0,1A Tey TKO ~ 888 0,1 10v Fig. 7.34 Fonte com divisor de tensio conectada a car ‘gas com resistencias iguais ao valor médio dos resistores do divisor de tensdo da fonte. ov 146 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO (Como mencionamos anteriormente, quanto maior o consumo de corrente, maior a variago da tensdo de safda da fonte ao ser ligada ‘a carga, Isto esté claramente em concordancia com o fato de que Tc, € aproximadamente 33.5 vezes maior com as cargas de 20.0. (0 proximo exemplo € um exercicio de projeto. Séo dados a tensdo de trabalho e o consumo de corrente de cada carga, junta- ‘mente com as tenses de safda da fonte. Devem ser calculadas as resistencias do divisor de tensio. EXEMPLOT.11 Determine R,, Rye R, para o divisor de tensao da Fig. 7.35. Podemos utilizar resistores de 2 W neste circuito? Fig. 7.35 Exemplo 7.1). Solugao: Ry: i Pr, = (p,)°Rs = (50 mA)? 240.0 = 0,6 W<2W R,; Aplicando a lei de Kirchhoff para correntes a0 6 a: Ia In, 1g = 0 I, Ic, = 50mA ~ 20mA. 30ma 4 ‘Como as poténcias dissipadas pelos resistores R, Ry Ry sHo todas, inferiores a 2 W, podemos utilizar resistores de 2 W neste cir= cuit. 7.5 LIGACAO DE UMA CARGA A UM POTENCIOMETRO No caso de um potencidmetro sem carga, como o da Fig. 7.36, a tensdo de said € daa pela regra dos dvisoes de tenéo, com presentando na figura a resistincia total do potenciometro.E mui- to freqientea suposigdo de que a ddp entre os terminais de uma carga ligada go contato mévelé determinada somente pelo po- tencidmetro, podendo ser ignorado oefeito da carga. Nos pr6xi- mos pardgafos demonstraremos que esta suposigao no € neces- sariamente verdadeira Fig. 7.36 Potencidmetro sem carga. Quando o potencidmetro é conectado a uma carga, como ilus- tra a Fig. 7.37, a tensdio de saida V, passa a depender da resist cia da carga, pois a tenséo da fonte no mais se divide entre Ry € Ve _ Ve-Ver_ 60V-20V__40V BT, Ig BOmA 30m as = 133k2 = (g,)°Ry = GO MAY? 1,33 KO = 1,197 W<2W Fig. 7.97 Potencimetro com carga. Rz: Aplicando a lei de Kirchhoff para correntes & jungo b: Tn ~ Ty ~ He, = 0 e Try = Tn, ~ Tey = 30 mA ~ 10 mA =1k0 Pr, = (p,)Rz = (20 mA)? 1k = 0,4 W<2W R,, como na Fig. 7.36, e sim entre R, € a combinago em parale- lode Rye R. ‘A tensio de saida € agora: —_RE Ver RR a.) Se desejamos controlar a tensfio de saida V. através de um botio, controle deslizante, parafuso ou qualquer outro dispositi- i vo, €aconselhvel escolher uma carga ou um potencidmetro que satisfaga a seguinte relagao: Rez Ry 72) Se, por exemplo, desprezando a Eq. (7.2), escolhermos um potenciometro de 1 MQ para conectar a uma carga de 100 2 e colocarmos o contato mével na posigo correspondente a 1/10 da resisténcia total, como na Fig. 7.38, teremos 100 kA || 100.0 = 99,9. 99,9 N0V) 99,90 + 900k e Ve = 0,001 V = ImV que € muito menor do que o valor esperado de I V. LMA Pot ov Fig. 7.38 8, > Re Na verdade, se deslocarmos 0 contato mével para 0 ponto médio, R’ = 500k || 100.0 = 99,98 0 99.98. 210V)_ i Vo= Sposa + 500 ea = 0002 = 2mV que é desprezivel em comparacdo com o valor esperado de'5 V. ‘Mesmo quando R= 900 kQ, teremos V, igual a 0,01 V, ou seja, 1/1000 da tensao disponivel. Se invertermos a situagao, fazendo R, = 100Qe R, = 1MQ, ‘com 0 contato deslizante na posigo correspondente a 1/10 de R.. como na Fig. 7.39, teremos 10 21 MO= 100 10 900 V) wa+sa'Y e Ve que corresponde a condigdes de operacio desejéveis. ‘No caso de as condigdes corresponderem ao limite inferior da relagio 7.2 (pior caso possfvel). R 100 2, temos, consi- derando 0 contato mével na posigao intermediria da Fig. 7.37, R’ = 50.0|| 1000 = 33,33. 33,33. 900 V) 33,330 + 500 LIGAGAO DE UMA CARGA A UM POTENCIOMETRO Il 147 bio ws ea) soa rev ian + LEY zimay, Fig. 7.99..> 8, E claro que este nfo é 0 valor ideal, que seria 5 V. Observe, no entanto, que obtivemos 40% da tensio E da fonte com 0 con- talo mével nesta posigao, em vez dos 0,02% obtidos quanto t- nhamos R.= 100 Qe R,= 1 MQ. ‘Assim, devemos sempre tentar, o projetarmos um circuito que contenha um potenciOmetro, satisfazer o critério expresso pela Eq, (7.2) 0 melhor possivel, ou sea, fazer com que a relagao entre RR, seja a maior possivel. primeira vista, poderia parecer desejavel escolher um po- tencidmetro com um valor muito pequeno de R,, de modo a as- segurar que a tensdo se mantivesse constante fosse qual fosse a carga. E preciso ndo esquecer, porém, que os potenciOmetros di sipam energia; no caso de um circuito como 0 da Fig. 7:39, Py E!IR, = (10 V}N100 22= 1 W. Se R, for reduzida para 10.0, tere- ‘mos Pay, = (10 V)'/10.2 = 10 W, 0 que tomaria necessério um potenciometro de dimensdes muito maiores. EXEMPLO 7.12 Calcule as tensdes V, e V, para 0 potenci6- ‘metro com carga ilustrado na Fig. 7.40. Solugéo: inal (Sem carga) 44020) Nominal (sem carga) a = 8 6020 V) " 10kKQ nh Com carga: R” = 4k 12kO = 3k RY = GK 30K = SKM y, = 3&0120 Vv) veo SY _ 501120 V) v= NT a BY 0x0 Pot + ae 30K0.V, oho = E== W0v ako + rKny, Fig. 7.40 Fremplo 7.12. 1148 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO As tensbes com carga esto to préximas das tenses nomi- nais que © projeto pode ser considerado adequado. Para aplicar as tenses nominais 3s duas cargas, bastard modificar ligeiramen- te a posigo do cursor do potencidmetro. 7.6 PROJETO DE AMPERIMETROS, VOLTIMETROS E OHMIMETROS Tendo adquirido os conceitos fundamentais relativos aos circ tos em série, em paralelo e em série-paralelo, estamos agora pre- parados para analisar os fundamentos do projeto de um amperi ‘metro, de um voltimetro e de um ohmimetro. Utilizaremos em todos esses projetos o galvanémetro de d’ Arsonval da Fig. 7.41 Este tipo de galvandmeiro consiste basicamente em uma bobina com micleo de ferro montada em rolamentos entre os polos de ‘um ima permanente. Molas helicoidais amortecem 0 movimen- toda bobina e também fornecem 0 contato elétrico para que uma comrente elétrica a atravesse. Quando uma corrente percorre a bobina mével, os campos magnéticos da bobina e do ima per- ‘manente interagem, fazendo a bobina girar. O galvamémetro é calibrado de modo a indicar o valor zero em uma escala quando a corrente que passa pela bobina é nula. O sentido da corrente que percorre a bobina determina sentido em que 0 ponteiro se desloca. Os amperimetros e os voltimetros tém, por esta razdo, ‘uma polaridade assinalada em seus terminais de modo a assegu- rar que 0 ponteiro se desloque no sentido correto. Fig. 7.41 Galvandmero analdgico de d' Arsonval.(Cortesia da Weston Instruments, Inc) (0s galvanémetros de d’ Arsonval so em geral especificados por um valor de corrente ¢ outro de resisténcia. As especificagdes cde um galvandmetro tipico podem ser I mA, 500. O valor 1 mA €a sensibilidade de corrente (SC), que é a corrente necesséria Para que 0 ponteito vé até o final da escala, Esta grandeza serd simbolizada por /,.O valor 50 2 se refere & resisténcia interna (R,) do galvanémetro. Na Fig. 7.42, vemos uma representagio bastante comum do galvandmetro e suas especificagies. Ima. 50.0, o——_(f)——> Fig. 7.42 Simbolo do galvanémeto, 4 Amperimetro ‘A sensibilidade & corrente de um galvanémetro de d’Arsonval determina a maior corrente que pode ser medida diretamente. Se, no entanto, introduzirmos um circuito adicional, poderemos ‘medir valores de corrente mais elevados, Na Fig. 7.43 vemos um exemplo deste circuito, que € utilizado em praticamente todos os amperimetros. Rese Ft = 1A, Fig. 7.43 Amperimetro bdsico. A resisténcia Rysgas Na Fig. 7.43 € escolhida de tal modo que, {quando uma corrente de I A atravessao amperimetro, a corrente nO ¢galvandmetro de d’ Arsonval éde 1 mA. Sea corrente no amperime- ‘ro for menor que 1 A, é claro que teremos menos de 1 mA pereor- rendo o galvanémetro, ¢ o pontiro no chegar ao final da escala. ‘Como a dap entre 0s terminais de elementos em paralelo é a ‘mesma, a queda de potencial entre @ e b na Fig. 7.43 deve ser idéntica aquela entre c e d, ou seja, (1 mA)(50 9) = Raesivagto Ay ‘Se quisermos que a corrente que passa no galvanometro nao exceda I mA, devemos ter também [,= 1 A— 1 mA = 999 mA (ei de Kirchhoff para correntes). Logo, (1. mMA}(50.) = Rjnagi (999 MA) Receau, = (1 MAWS0.9) seve "999 mA = 005.2 Em geral, temos, Resi Bal rte — Fc ‘No amperimetro de vérias escalas cujo circuito aparece na Fig. 7.44, uma chave rotativa é usada para selecionar a resisténcia Raciman 8 Ser sada, de acordo com o valor méximo de corrente 1 mA, 50.0 Ine = 1A 0.05.0 : Z Terminal extev0 OA —| Tei exter Fie 0H Cave sittin, Ia = 100.8 0,0005 2 Fig. 7.44 Amperimetro multifaixa 2 estabelece as comunicagées de entrada e safda entre o programa e o sistema operacional. A parte main ( ) do programa, indicada pelas cha- ves { inclui todos os comandos e declaracdes restantes. Primei- ramente os parametros do circuito e as grandezas a serem deter- ‘minadas sio definidos como varidveis de ponto flutuante. Em se- guida os comandos cout e cin sio utilizados para obter 0s valo- res dos resistores ¢ da tensio da fonte, dados pelo usurio. A resisténcia total é determinada seguindo a seqiiéncia descrita an- teriormente, seguindo-se uma mudanga de linha""\n" ea impres- so do valor da resisténcia total. As seis dtimas linhas efetuam endo 0 célculo ¢ a impressdo das correntes programa (Fig. 7.58) é relativamente simples e, com um pouco de experiéncia, pode ser escrito sem muita dificuldade, Considere, além disso, as vantagens de dispor de um programa capaz de resolver qualquer circuito em cascata cuja configura (90 seja ada Fig, 7.57. Na Fig. 759 aparecem os resultados quan- do introduzimos os valores dados na Fig. 7.27. Estes resultados confirmam os da Sego 7.3. Se estiver faltando algum dos ele- ‘mentos, simplesmente inserimos, onde for apropriado, um cur- OR A Ry Rs to AM +R Re LR Ry Re rie ‘ne Fig. 7.57 Circuito em cascata a ser analisado tilizando C++ 2,0008-02 60,0000 Fig. 7.56 Aplicacdo do PSpice (Windows) ao circuito do Exemplo 7.11 Os restores R © R, sto designados na Fig. 7.6 como R,, ¢ R,, onde L presenta a nical da palava carga em ingles, oad. (W.7) 7 ANALISE COMPUTAGIONAL Il 155 Weading [//C++ Series-Parallel Circuit analysis Papoee™ [#include //needed for input output main{) //execution begins here Peto float #1, R2, RB, RA, RS, REy //declare circuit resistors Ara float Ra, Rb, Rc, Rd, Rt; //declare equivalent resistances t float B; //aeclare voltage source ae float Is, 13, //declare circuit currents cout << "Enter d/get all circuit values Regie Gin 9S Ri, oe Gout ce inter oti Gin >> Ray soot cout ce tinter owt cin SR, cout ce winter Ra: "7 Sin Sne, cin >> RS, Gout << nanter RE: "; ein 95 RG, | cout << "Enter E: "j ein »> 8; Ra = RS + R6; //calculate the total resistance ng RD = R& * Ra / (RS + Ra); : Re last aby i Ra = 2+ Re'/ (R2 + Re); Bel mi 18a; Doo Gout << "nes aL Gout << the total resistance i " << Rt ce * onms.\n"; is //calculate circuit currents Cola [ 3 1 (32 + Re); eert 16 = 13 * Ra / (R4 + Ra); Display cout << "The source current is " << Is << " Amperes.\n"; pan | cout ce "is equals "ce 1) ce" amperes. An" ome ) cout << "16 equals " << I6 << " Amperes.\n"; say fi sim Fig. 7.58 Programa em C++ para analisar o circuito em caseata da Fig. 7.57. Fig. 7.59 Resultado do programa em C++ para o circuito em cascata da Fig. 7.57 com os valores dos pardmetros dados na Fig. 7.27. 4166 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO to-circuito ou um circuito aberto. Se, por exemplo, nio exis rem 0s resistores R, ¢ R, isto &, se o circuito tiver apenas duas, malhas, basta entrar com valores de R; € R muito elevados em ‘comparagio com as resisténcias dos outros elementos do circui- to; deste modo eles se comportardo como circuitos abertos para efeito de anslise. Esta situacao ¢ilustrada na Fig. 7.60, onde supo- inter! Rv: 6 Enter R2: 220 Enter R3: 12 Enter R4: 100 Bnter R5; ie30 Enter Ré: 1630 Enter &: -60 4 ‘mos uma fonte negativa de 60 V. Os valores das correntes so ne- gativos porque o sentido definido no programa € oposto do real. A Corrente /,€ praticamente zero, como deveria ser nocaso de Re Ry nao existirem. Se apenas R,, RR; ou R, estivesse faltando, deve- riamos inserir um curto-circuito equivalente. Se estivesse faltando R, ow R, deveria ser inserido um cireuito aberto equivalent. The total resistance is @4.216866 ohms ‘The source current is -0.712446 Amperes. 13 equals -0.472103 Amperes Ié equals -2/360515e-29 amperes Fig. 7.60 Resultado do programa em C++ para o circuito em cascata a Fig. 7.57 sem os resistores Rye Re PROBLEMAS z aa [an a SEGAO 7.2. Exemplos Descritivos ge 40 J sn 1. Nos cireuitos a seguir (Fig. 7.61), quis 0 clementos que etdo em série equas os que esto em paraelo? Em otras palavra, ‘quais 0s elementos que sdo percorridos pela mesma corrente (sé- ae 7 id Fe) quais os que esto submetidos mesma dap (paralelo)? @ ® Restinjaandise a elementos isolados, no incindd nenhuma combinagao de elementos AM 2 Determine R, para os circuits da Fig. 7.62 an oe to MM aa [an aa [an ze 40 ze San iM © ® a NW WM Ry Mr Ry Re Fig. 7.62 Problema 2 MRS oF + Re hy + ® » AM Rh a Ray Rs e Re © Fig. 7.61 Problema I 3. Considereo circuito da Fig. 7.63. 2 Justifique sua resposta ‘A, caleule£. + 1, é verdadeira? lustifique, 10 V, caleule V 20,R,=4QeR,= 10, calcule a resis- & A igualdade [+ 1, a. SeV, fe. SeR, tncia total f. Seas resistencias dos resistores sto as fornecidas no item (e) © F = 10V, qual o valor de Jem amperes? & Utilizando 0s valores dados em (c) ¢ (f),caleule a poténcia Fomecida pela bateriaE e dissipada pelos resistores R,e Ry VeE we the Rk Rs == = A I a me 7 h a e__w = Wr ca R Ry Fig. 7.63 Problema 3 Calcule, no cireuito da Fig. 7.64: Fig. 7.64 Problema 4, 5. Obtenha, considerando o circuito da Fig. 7.65: aR, be dah els e eck nBi00 ar Fig. 7.65 Problema 5. PROBLEMAS Ill 157 6. Determine, no cireuito da Fig. 7.66, as correntes I, ¢ I 1a AW +aov 30 -1V F 7 h a AM 20 Fig. 7.66 Problema 6. 1 elsnocis Ache a intensidade eo sentido das correntes I, 1, cuito da Fig. 7.67. . Indique os sentidos das correntes na mesma figura ay Fig. 7.67 Problema 7. 8, Para o circuito da Fig. 7.68: aa. Determine as comrentes I 1,1, € fy , Caleule V,¢ Vi. Re oa Fig. 7.68 Problema 8. 9. Determine, no cieuito da Fig. 7.69: a. Acorrente B. Ascorrentes fs € & Astensbes Ve Vy 158 Il CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO FA) egnv wv ve aZ30 Ve E30 % 1 E30 Ws he vg =2v A ie Fig. 7.69 Problema 9, Fig. 7.72 Probiema 12, Clee no creo da Fig. 7.70: S13, NaFig. 7.73 vemos o iret de polrizago isi para ora ae eel sistor de efeito de campo (FET, field-effect transistor), um com- Toner ito uxado hoje em da em equypamentos lettaicos (Polarzagao significa simplemente saplieag de tenses coo {tas para etabeleser um conju particular de congas de perio) Mesmo que voc no est aiaizado com oFET, a. As-correntes I fy b. Astensdes Ve Vy eA poténcia fornecide ao resistor de 6 kA. Tepe send ont rate th TEs resreapio cashless ones pops ini saie i = Th Pech astenses Ve. 'b, Calcular as correntes I, ly, I. oxo ¢. Determinar V,,. on aE qghZre 7 nFioana Fig. 7.70 Problema 10. LL. Calcul, para o circuito em série-paralelo da Fig. 7.71: fa. Acortente Db. Ascorrentes I, € Jy ©. Acorrente d. Addp V,. Fig. 7.73 Problema 13. 14, Determine, para 0 circuito da Fig. 7.74 Re b. ¥, © V, av, . 1 (dando também o seu sentido). Fig. 7.71 Problema 11. “12. Determine os valores estiticos de tenso ecorrente para o crcui- {0 com um transistor da Fig. 7.72, levando em conta que Vig= OY, V,=2V, e1,= 1, Em outras palavras, ‘a, Determine J, J. b. Cateule ,. fe. Determine V,e V. di. Calcule Vine V,. Fig. 7.74 Problema 14. 4 15. No circuito da Fig. 7.75: Determine a corrente I a b. Bnet b. a ¥, =v Fig. 7.75 Problema 15. “16. Calcule a comrente Fe as tensdes V., V, € Vix para o cireuito da Fig. 7.76 13Kh Fig. 7.76 Problema 16, 7 b 17, Na configuragio da Fig. 7.77: ‘a. Encontre as correntes I, 1,€ 1 B. Calcule as tensdes Vee Vs B k AM Wy wa [fs wa Kio S300 Fig. 7.77 Problema 17. v1. a b 18, Determine Ve I para o circuito da Fig, 7.78 80 sa Esa | _y,— on Fig. 7.78 Problema 18. PROBLEMAS Ill 159 "19, No circuito da Fig. 7.79: ‘Determine R, combinando as resisténcias entre si Calcule V, € V. Calcule J, dando 0 seu sentido. Determine J, encontrando a corrente que percorre cada um dos ‘components e aplicando em seguida a lei de Kirchhoff para correntes. Calcule R, usando R, = E/[,e compare o resultado com 0 do item (a). one R Ny 6a +h ® [4% Re My} Ay — we wy Me Rs we : at |= Rv Tr Fig. 7.79 Problema 19. 20. Determine no eircuito da Fig. 7.80: ‘A tens Vy. (Sugestda: Use a lei de Kirchhoff para tens®es.) ‘Acorrente sy) 50 20 30 20v Fig. 7.80 Problema 20. Para o circuito da Fig. 7.81 Caleule a corrente/. ‘Obtena a tenso de circuto aberto V. Fig. 7.81 Problema 21. 460 Ill CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO "22, Caleule a resistencia R, no circuito da Fig. 7.82, se acorrente que atravessa esta resistencia &2 A. Fig. 7.82 Problema 22, #23, Se todos os resistores no cubo da Fig. 783 so de 10 O, qual €4 resisténcia total do circuito? (Sugestdo: faga algumas hipsteses bésicas a respeito da forma como a corrente se distribui pelas resisténcias que compem 0 cubo.) Fig. 7.83 Problema 23. "24, Na Fig. 7.84 a leitura do voltimetro 6 V = 27 V: a. Ocircuito funciona corretumente? 'b, Em caso negativo, qual a possivel causa da leituraincorreta? xn Fig. 7.84 Problema 24. SEGAO 7.3 suitos em Cascata 25, Determine, para ocircuito em cascata ds Fig. 7.85 ‘Acoment b. Acorrente ©. Astensdes Vi, Vee V 4. A potencia enregue& Ry, comparano-a com a potéciaen- tregue pela fonte de 240. = 50 Fig. 7.85 Problema 25. 26, ‘No circuito em cascata da Fig. 7.86: a. Determine R, b. Calcule J ©. Calcule J, rR R Re Ww W- Wy = 19 Fig. 7.86 Problema 26. #2 Determine a préciafomecd aga de 101248 ig 787 10 20 2a AW Mi AW : Zin Eun ‘00 no na AMV AW Fig. 7.87 Problema 27. 28, Para a configuragdo decascata mips da Fig. 788: a. Determine B. Cleat hy 9 : . AU gan wi neSe0 na | an fay sh wena ayo 10 at nl \ a= 60 MF i00) fe RSsa Fig. 7.88 Problema 28. 4 fe Obtenha I, 4. Encontte Ly. SECAO 7.4 Fonte com Divisor de Tenséo (Com Carga e Sem Carga) 29, Dada a fonte com divisor de tensio da Fig. 7.89: a, Calcule a tensdo da fonte E b, Determine os resistores de carga R, € Ry €. Determine os resistores do divisor de tensio R,, Rye Ry- Fig. 7.89 Problema 29. #30, Determine os resistores da fonte com divisor de tensio para 0 cicuito da Fig. 7.90, Calcule também a dissipacdo de poténcia necesséria para cada resistor, comparando os valores entre si. sn0v az 10m Rr: BH Siwy nen saat RE REO + + SZ nFov ma ae cov Fig. 7.90 Problema 30. PROBLEMAS Ill 161 SEGAO 7.5 _Ligagdo de uma Carga a um Potenciémetro #31, Para sistema da Fig. 7.91 a. O projeto parece ser aceitivel, primeira vista? bb. Na auséncia da carga de 10 k62, quais s20 0s valores de Re RR, de modo que a ddp entre os terminais de R,seja 3 V2 . Determine os valores de Re R, quando a carga € conectadae compare com 0 resultado do item (). LE Pot aoe R,S10Kn 3v Fig. 7.91 Problema 31. #32, Parao potenciémetro da Fig. 7.92: fa, Quais so, na auséncia de cargas, as tensOes V,€ Vs? Di, Se forem conectadas as cargas na figura, uais 0s novos valo- res de Ve Va? Qual a poténcia dissipada pelo potencimetro com as cargas indicadas na figura? 44. Qual a potencia dissipada pelo potencidmetro na auséneia de carga? Compare com o resultado do item (). Fig. 7.92 Problema 32, SEGAO7.6 Projeto de Amperimetros, Voltimetros e Ohmimetros. 33. Um galvandmetro de dArsonval é especificado como sendo de I mA, 100.9. ‘a. Qual 6a sensibilidade de corrente?? b. Projete um amperimetro para 20 A utilizando este galva- rndmetro, Desenhe 0 circuito com o valor dos componentes. Utlizando um galvandmetro de d’Arsonval de 50 WA, 1000 2, ‘projete um miliamperimetro com escalas de 25, 50 e 100 mA, Desenhe o ciruito com o valor dos componentes. As especificagSes de um galvandmetro ded’ Arsonval slo 50 HA, 1000 2, 162 Il CIRCUITOS EM SERIE-PARALELO na wo | wo asa Ay WM R R Rs o Fig. 7.93 Problema 40. ‘a, Projet, desenhando os circuitos com os valores dos compo- nentes um voltimetro de 15 V. . Qual a razdo Q/V para este voltimetro? 36, Projet, utilizando um galvandmetro de dArsonval de | mA, 100 ‘2, um voltimetro com escalas de 5, 50 e 500 V, Desenhe o cir- cuito com os valores dos componente. 37. Um medidor digital tem uma resistencia intemna de 10 MQ. na escala de 0,5 V. Se vocé quisesse construir um voltimetro anal6gico, uilizando um galvandmetro de d' Arsonval, com a ‘mesma resisténcia interna na mesma escala de voltagem, qual dveria ser a sensibilidade de corrente? 38, a, Projete um ohmimetro em série utlizando um galvandmetro de 100 1A, 1000 0, um ajuste de zero com valor maximo igual a2 KO, uma bateria de 3 Ve um resistor em série cujo valor deve ser determinado, bb, Calcule a resistencia necesséria no caso de deflexdes de 3/4 dda escala, 1/2 da escalae 1/4 da escala. & Uilizando 0s resultados do item (b), desenhe a escala a ser utlizada com este ohmimetro, 39, Descreva aestrutura e 0 modo de operagdo de um megolim Quais as leituras do ohmimetro nas configuragses da Fig. 7.932 40, GLOSSARIO Cireuito em eascata Circuito que consiste em uma série de combina- .sbes em série-paralelo e que tem a aparéncia de uma escada, Circuito em série-paralelo Circuito que consiste em uma combinago de ramos em série e em paralelo, Galvandmetro de d’Arsonval Bobina com niicleo de ferro montada ‘em rolamentos entre 0s pslos de um imi permanente, Um ponteiro SECGAO 7.8 Analise Computacional PSpice (DOS) screva 0 arquivo de entrada para 0 circuito da Fig. 7.8, solici- tando 0s valores de I, ¢ 42. Escrevia o arquivo de entrada para ocircuito da Fig. 7.18 de modo aobier V,, Vze 1 PSpice (Windows) 43, Utilizando um diagrama esquemético, determine V,, Vs, Va € fe para ocircuito da Fig. 7.16 44. Determine, utilizando um diagrama esquemético, /, ,€ V, para o cieuito da Fig. 7.22. Linguagens de Programagao (C++, BASIC, PASCAL etc.) 45, Escreva um programa para obter a solugio completa para o ci cuito da Fig. 7.6, isto €, dados todos os parimetros, caleule acor- rete, tensdo ¢ poténcia associadas a cada elemento. 46, Escreva um programa para caleular todas as grandezas pedidas 1no Exemplo 7.8, dados os pardmetros do cieuito. Tigado ao nécleo mével indica a intensidade da corrente que passa pela bobina Megohmimetro Instrumento destinado 2 medir resistencias muito al~ tas, na faixa dos megohms, Obmimetro em série Instrumento para medir resistencias no qual 0 ‘ealvandmetro ¢ ligado em série com a resisténcia desconhecida. ‘Transistor Componente eletrinico semicondutor com tr terminais, ‘que pode ser usado para amplificagao ou chaveamento.

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