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"novas formas de narrar que j� n�o se definem pela articula��o romanesca de uma
hist�ria"
"o relato j� n�o se prop�e como a narra��o de uma vida excepcional ou t�pica de um
representante de determinada comunidade, mas pinta um retrato coral de uma
sociedade perpassada por conflitos e diferen�as sociais"
[retrato coral] "Ao inv�s de tentar organizar o caos � que mais ou menos o romance
tradicional objetiva � tinha que simplesmente incorpor�-lo ao procedimento
ficcional: deixar meu corpo exposto aos cheiros, �s vozes, �s cores, aos gostos,
aos esbarr�es da megal�pole, transformar as sensa��es coletivas em mem�ria
individual" - Luiz Ruffato
"Como se o texto fosse ele tamb�m uma instala��o, e a sua trama desconjuntada
incorporasse objetos diversos no espa�o da escrita"
"A aposta na inespecificidade tem, sem d�vida, v�rias raz�es, tanto hist�ricas como
te�ricas. Poder�amos situ�-la numa genealogia poss�vel dentro do percurso que, a
partir das d�cadas de 1960 e 1970, se prop�s a reintegrar arte e vida"
"Nesse campo expansivo tamb�m est� a ideia de uma literatura que se figura como
parte do mundo e imiscu�da nele, e n�o como esfera independente e aut�noma."
[sobre Nove Noites] "O texto desfazia assim a distin��o entre literatura e
realidade n�o s� no sentido em que ficcionalizava um fato efetivamente acontecido
[...] mas sobretudo porque tornava indistingu�veis o real e o fict�cio,
desautorizando � ao suspender formas de identifica��o de uma e de outra ordem � a
possibilidade de tal distin��o. O livro incluiu uma s�rie de fotografias que
testemunham os fatos reais em que se baseia o romance" {a fotografia como espa�o
definitivo da objetividade, da verdade}
"a literatura contempor�nea fora de si, atravessada por for�as que a descentram e
tamb�m a perfuram, sendo elas essenciais para uma defini��o dessa literatura que
n�o pode nunca ser est�tica nem sustentar-se em especificidade alguma."