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RESUMO: LEIS DOS GASES

O estudo dos gases é de grande importância devido a alguns elementos e compostos comuns existem no
estado gasoso sob condições normais de pressão e temperatura. Alguns exemplos de substâncias
simples e compostos que são gasosos a condições de 1 atm de pressão e 25 C (He, Ne, Ar, H2, O2, O3,
N2, Cl2, etc. e CO, CO2, CH4, C2H4, C3H8, etc). A nossa atmosfera gasosa fornece uma maneira de
se transferir energia e material ao redor do globo. Dos três estados da matéria, os gases apresentam o
comportamento razoavelmente mais SIMPLES quando visto em nível molecular e, devido a isso, os
gases são bem compreendidos. Desse modo, é possível descrever QUALITATIVAMENTE as
propriedades dos gases em termos de comportamento das moléculas que os compõem e descrever
QUANTITATIVAMENTE as propriedades dos mesmos utilizando MODELOS MATEMÁTICOS
SIMPLES. Assim, será visto que a partir da análise do comportamento dos gases, desenvolveram-se
modelos matemáticos, os quais são denomidados LEIS DOS GASES.

As leis observadas experimentalmente para um GÁS IDEAL são apresentadas a seguir.

Pressão do gás:
A pressão de um gás reflete as forças das moléculas do gás em uma determinada superfície do
recipiente onde está contido. A pressão é definida como FORÇA por unidade de ÁREA. A pressão
atmosférica é a pressão exercida pela atmosfera da terra. Ela é medida por um aparelho denominado
BARÔMETRO. Um barômetro de mercúrio, consiste de um tubo vertical, onde o ar é esvaziado. Esse
tudo é colocado em um recipiente contendo mercúrio. Ao Nível do mar, o mercúrio subirá no tubo até
uma altura de aprox 760 mm acima da superfície do nível do mercúrio no recipiente. Desse modo, há
há um balanço entre a pressão atmosférica exercida sobre a superfície do mercúrio no recipiente e a
pressão exercida pela culuna de mercúrio. Essa pressão é frequentemente fornecida em unidades de
mmHg ou torr (em homenagem ao inventor do barômetro de mercúrio, Evangelista Torricelli, no século
XVII). As pressões são também expressas em ATMOSFERA PADRÃO (atm), a qual é definida como:
1 atmosfera padrão ( 1 atm) = 760 mm Hg (exatamente)
No SI, a unidade de pressão é o PASCAL(Pa), sendo 1 Pascal (Pa) igual a 1 newton/m2, ou seja,
unidade FORÇA POR UNIDADE DE AŔEA.As pressões atmosféricas são aalgumas vezes expressas
na unidade chamada de BAR, onde 1 bar = 100000 Pa ou 100 kPa ou 1E05 Pa exatamente. A relação

entre 1 atm = 101,325 kPa = 1,01325 bar

A diferença entre uma susbtância na fase gasosa e outra na fase vapor é que a susbtância na fase gás
normalmente está no estado gasoso a pressões e temperaturas comuns, já um vapor é a FORMA
GASOSA, de uma substância que é normalmente um líquido ou sólido a pressões e T comuns. Desse
modo, a P e T comuns, referimos ao gás hélio e ao vapor de água.

Primieramente, pode-se definir GÁS IDEAL, como um gás hipotético cujos comportamentos da
PRESSAÕ, DO VOLUME E DA TEMPERATURA SÃO COMPLETAMENTE DESCRITOS PELA
CHAMADA EQUAÇÃO DE GÁS IDEAL. Na prática um gás dito real se aproxima do
comportamento ideal quando submetido a altas temperaturas ou baixas pressões. Será visto como um
gás ideal se comporta em relação a uma dada variável, mantendo duas outras variáveis constantes.

-Para descrever o comportamento dos gases, quatro quantidaades são necessárias:


* a PRESSÃO do gás (P)
*seu VOLUME (V)
*sua TEMPERATURA (T, kelvins)
*quantidade de matéria do gás (mols)

Para formularmos as leis dos gases ideais, será abordado os experimentos realizados por cientistas nos
séculos XVII e XVIII, os quais levaram a um compreensão do comportamento dos gases.

LEI de GAY- LUSSAC

-A Lei denominada como LEI de GAY- LUSSAC mostra que, a volume constante e quantidade de gás
constante, a pressão é diretamente proporcional a temperatura do gás. Nesse caso, temos a seguinte
relação:

A v=cte e n=cte, P T

Desse modo, temos uma relação constante entre a pressão (P) e a temperatura (T), P / T = cte. Para
dois estados, P1 e T1 e P2 e T2, a relação é contante:
P1 / T1 = P2 / T2

Lei de CHARLES,

A relação entre o volume (V) e a (T), denominada como Lei de CHARLES, estabelece que, a pressão
constante e número de mols do gás constante (quantidade de matéria constante), o volume do gás é
diretamente proporcional a temperatura desse gás, ou seja:

A P=cte e n=cte, V T .
Logo, a relação V / T é uma constante e para dois estados de um dado gás, essa relação se conserva:
V1 / T1 = V2 / T2

A temperatura de uma gás reflete o movimento cinético das moléculas desse gás. Quando esse
movimento é muito alto, maior a T desse gás.
O efeito da temperatura no volume de um gás foi estudado pelo cientista francês Jacques Charles,
século XVIII,. Ele descobriu que o volume de uma quantidade fixa de gás a pressão constante
DIMINUI COM A DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA.
Traçando um gráfico do volume de um gás em função da T observa-se que ao diminuirmos a T o
volume do gás diminui. No gráfico o ponto onde se alcança o volume muito baixo, se alcança uma
temperatura teórica de -273,15 (temperatura do zero absoluto na escala kelvin).
H2
V (mL)
O2

-300 oC T (C)
Zero absoluto 300 oC
-273,15 oC
Se prolongarmos as duas retas, elas cruzam-se com o eixo da T em aprox -273 oC.

A relação de proporcionalidade entre a T (em kelvins) e o volume ocorre pela relação:


A P=cte e n=cte, V T .

ou, V = cte1 * T, a n e P connstantes.


A relação V/T é uma constante que mantem seu valor igual para duas condições: V1 e T1 e V2 e T2.
Assim, se conhecermos o volume e a temperatura de determinada quantidade de gás (V1 e T1),
podemos encontrar , V2, a uma outra temperatura, T2.
Essa lei, assim como a lei de Boyle independe da identidade do gás que é estudado. Essas leis
descrevem o comportamento de qualquer susbstancia gasosa, independentemente de sua identidade.

LEI DE BOYLE

A chamada LEI DE BOYLE, mostra a relação inversamente proporcional entre o volume de um dado
gás (V) e a sua pressão (P), mantidos oconstantes a temperatura (T) do gás e o número de mols do
mesmo(n):

Ou seja, a T=cte e n=cte, V 1/ P


e para dois estados de um gás a T cte e n=cte, temos:
V1 * P1 = V2 * P2
Logo, a relação P*V é uma constante para essas condições.

O cientista Robert Boyle estudando a propriedade de um gás chamada de compressibilidade, observou


que o volume de uma quantidade fixa de gás a uma dada temperatura é inversamente proporcional à
pressão exercida pelo gás. Essa relação é chamada de LEI DE BOYLE.
Um exemplo prático é observamos o comportamento do ar em uma seringa fechada. Quando
empurrarmos o êmbolo no sentido de aumento da pressão, verifica-se que o volume do ar na seringa é
diminuido. Ou seja, o ar no interior da seringa é comprimido, há aumento de pressão (P) e o volume de
gás na seringa (V) diminui. Se traçarmos um gráfico de pressão do gás na seringa em função do
inverso da pressão (1 / P), será obtido uma linha reta, demonstrando que a pressão e o volume de um
gás são inversamente proporcionais, isto é, eles variam em direções opostas. Matematicamente, essa
relação entre P e V pode ser escrito como:
T=cte e n=cte, V 1/ P
V

1/P

Ou seja, para uma determinada quantidade de gás (n mols do gás) a uma T fixa (T), o V do gás diminui
se a pressão aumenta. Por outro lado, se a pressão diminui, o volume do gás aumenta.
Uma relação mais útil é utilizando uma constante de proporcionadade e o sinal de igualdade:
V = cte * 1 / P ou P*V = cte
Dessa forma, a Lei de Boyle, expressa o fato que o produto entre pressão e o volume de uma amostra
de gás é constante a uma determinada T, onde a constante (cte) é determinada pelo número de mols do
gás e sua T (kelvin). Para um conjunto de condições, temos P 1 e V1 e para outro conjunto de
condições, P2 e V2. Sob qualquer condição, o produto P*V é igual a constante, ou seja,

P1*V1 = P2 *V2 a n e T constantes.

Essa lei é útil quando se deseja saber, por exemplo, o que acontece ao volume de determinada quantia
de gás quando a pressão se altera a uma T constante.

LEI GERAL DOS GASES OU LEI COMBINADA DOS GASES


Combinando as LEIS DE BOYLE E DE CHARLES, obtem-se uma relação denominada de LEI
GERAL DOS GASES OU LEI COMBINADADOS GASES. Ela é aplicada para uma determinada
quantia de gás constante e acopla as leis de Boyle e Charles. Nessa expressão, o volume é proporcional
à sua pressão a T constante (Lei de Boyle) e diretamente proporcional à T (Kelvin) a pressão constante
(Lei de Charles):

Lei de Charles: V =cte1 T V1/T1 = V2/T2


Lei de Boyle: V = cte2*1 / P V1*P1 =V2*P2

P1 * V1 / T1 = P2 * V2 / T2 para uma determinada quantidade de gás, n

HIPÓTESE DE AVOGRADO
No século XIX, Amadeo Avogrado, baseados nos trabalhos sobre gases de Joseph Gay-Lussac propõs
que para VOLUMES IGUAIS DE GASES SOB AS MESMAS CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E
PRESSÃO POSSUEM IGUAIS NÚMEROS DE MOLÉCULAS. Essa porposição ficou conhecida
como HIPÓTESE DE AVOGRADO. Ou seja, o volume de um gás, a uma determinada T e P, é
diretamentente proporcional ao número de mols do gás.

A T=cte e a P=cte, V n

A relação entre o volume (V) de gás e seu número de mols (n), a temperatura e pressão constante, é
observada pelo chamado PRINCÍPIO DE AVOGRADO. Pode-se representar matematicamente essa
relação como:

A T=cte e a P=cte, V n
Para dois estados, a relação entre V e n, V / n é mantida constante:
V1 / n1 = V2 / n2

Ou seja, mantidas a pressão constante e a temperatura constante, ao aumentarmos o número de mols (n)
de um dado gás, observa-se o aumento do volume desse gás.

Um exemplo de aplicação desse princípio é que considerando que todos os reagentes e produtos estão a
mesma T e P, podemos relacionar aas quantidades de reagentes e produtos através dos volumes de
reagentes. Nesse caso, é considerado que o volume do gás,

Sendo assim, um GÁS IDEAL, obedece às leis de Boyle, Charles, Gay-Lussac e a de Avogrado. Pode-
se incluir essas leis em um ENUNCIADO MAIS GERAL do comportamento dos gases ideais, ou seja,
combinando essas proporcionalidades que descrevem o gás ideal, pode-se escrever as
proporcionalidades acima combinando-as em uma igualdade:

V 1/P * T * n

A igualdade pode ser considerada introduzindo um constante de proporcionalidade, que no caso, é a


constante de proporcionalidade dos gases ideais, R, TAMBÉM CHAMADA DE CONSTANTE
UNIVERSAL DOS GASES.

V = R * 1 /P * T * n, onde R é constante do gás ideal (constante de proporcionalidade). Expressando na


forma mais conhecida: P *V = n *R * T. Essa expressão geral é conhecidad ocmo LEI DO GÁS
IDEAL (EQUAÇÃO DE ESTADO PARA O GÁS IDEAL).
Quandoo mantenho duas grandezas constantes, obtemos as leis individuais vistas.

Pode-se definir EQUAÇÃO DE ESTADO como uma equação algébrica que RELACIONA

VARIÁVEIS como P, V, T e n, os quais podem DEFINIR O ESTADO DE UM SISTEMA, OU SEJA,


para diz a condição exata de um sistema. ESPECIFICANDO TODAS EXCETO UMA DAS
VARÁVEIS EM UMA EQUAÇÃO DE ESTADO, DESCOBRE-SE A VARIÁVEL QUE FALTA, E
PORTANTO, DEFINI-SE O ESTADO DE UM SISTEMA.

A DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE PROPORCIONALIDADE, R, é obtida considerando


dados de pressão, volume e temperatura para um dado gás. Isolando o R da Equação de gases, temos:

R = P* V / n * T
Para diferentes gases, a P de 1 atm e T de 0 oC ( 273.15 K) o valor é 0,0820578 L* atm / (K* mol).
Esse valor é um valor que é obtido para todos os gases, demonstando o fato que o comportamento de
qualquer gás real aproxima-se de um GÁS IDEAL, QUANDO A PRESSÃO SE TORNA
PROGRESSIVAMENTE MAIS BAIXA.

Os valors de R expresso em outras unidades são: 8,314 J/(mol* K);


0,082057 L * atm/ (mol *K)
O valor de R e a unidade dependem das unidades de pressaõ, volume, número de mols. A temperatura
deve ser sempre ser expressa como TMPERATURA ABSOLUTA (K).

Substituindo os valores de T=0 oC, e P= 1atm:


R=PV/nT
R= 1 atm * 1L / (1 mol * 273.15K) =

Assim, tomando medidas de P, V e T, de um gás real a pressões progressivamente mais baixas, o


comportamento se aproxima de um gás ideal. Assim, quando a pressão alcança zero, a razão P*V / n*T
ALCANÇA UM VALOR LIMITE, O QUAL É O VALOR REAL DE R.

Desse modo, A RELAÇÃO ENTRE P, V, n e T, EXPRESSA PELA LEI DE UM GÁS IDEAL PODE
SER USADA PARA CALCULAR QUALQUER UMA DESTAS VARIÁVEIS, A PARTIR DAS
OUTRAS TRÊS.
Ela é OBEDECIDA PARA UM GÁS IDEAL HIPOTÉTICO. Ela RELACIONA AS VARIÁVEIS (p, v,
n e T), que especificam as PROPRIEDADES FÍSICAS DO GÁS. Se três variáveis são dadas, a
QUARTA VARIÁVEL SÓ PODE TER UM VALOR DETERMINADO PELA EQUAÇÃO DOS
GASES IDEAIS.

Quando um gás real obedece muito de perto à LEI DOS GASES IDEAIS, seu COMPORTAMENTO É
DITO IDEAL. A MAIORIA DOS GASES reais são quase ideais sob condições de T e P encontradas
no laboratório e logo pode-se usar a LEI DOS GASES IDEAIS, PARA DESCREVER SEUS
COMPORTAMENTOS.

A partir da equação dos gases ideais pode-se calcular o chamado VOLUME MOLAR DE UM GÁS
IDEAL para um dada condição de P e T. Para as condições na CNTP (0 oC (273,15 K) e 1,000 atm),
CHAMADA DE PRESSÃO E TEMPERATURA PADRÃO OU CONDIÇÃO NORMAL DE
TEMPERATURA E PRESSÃO (CNTP). É UMA CONDIÇÃO DE REFERÊNCIA QUE É
UTILIZADA COMUMENTE PARA DESCREVER AS PROPRIEDADES DO GÁS.
Nesssa condição, o volume molar de 1 mol de um gás é 22,414 L. È obtido substituindo T=273,15 K,
P= 1atm, 1 mol e R=0,08205 L atm / (mol K)

Também pode-se definir a densidade de um gás a partir da lei dos gases ideais, de modo a calcular os
volumes de gases formados ou consumidos em reações químicas. Na equação dos gases, isaolando a
razão n / V, tem-se:

n/ V = P / (R*T) . Como n = massa / PM


temos: massa / V * PM = P/ RT => massa/V = PM*P/(RT), logo, densidade = PM * P /(R*T)

Ou seja, a densidade de um gás pode ser calculado pela relação:


densidade = PM * P /(R*T)
Ou seja, a densidade de um gás está relacionada à sua pressão, temperatura e sua massa molar.

Também a partir dessa equação, podemos calcular a MASSA molar de um gás (PM), dados sua
densidade e as condições de T e P desse gás.

Exemplos de valores de densidade são: ar seco a 1 atm e 25 oC : densidade= 1,2 g/L possuindo um
massa molar média de 29 g/mol.
Um gás mais quente é menos denso que um gás mais frio, explicando assim porque o ar quente sobre.

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