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UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS

DEPARTAMENTO DE DIREITO
CADEIRA DE DIREITOS REAIS

EXERCÍCIOS PRÁTICOS

Questões

1. A acção de indemnização apesar de visar a reparação de danos decorrente


da violação de um direito real, não deixa de ser uma acção pessoal.
Comente.

R: As acções reais visam a protecção de um direito real que um


titular tem sobre uma coisa, já as acções de indemnização embora
sejam invocadas para reparação de danos decorrente da violação de
um direito real não deixa de ser uma acção pessoal. Portanto, o
facto de acção de indemnizar resultar do prejuízo sofrido sobre o
direito de propriedade alheia não deixa de ser uma acção pessoal.

2. O quê que legitima a acção de reivindicação?

R: O que legitima a acção de reivindicação é a perda da posse.

3. Pode o proprietário incorrer na violação do direito real sobre a sua própria


coisa estando esta em poder de um titular do direito real de gozo?

R: Sim pode, porque neste caso o proprietário é um terceiro no


confronto de direitos reais sobre a mesma coisa que se encontra na
esfera de um titular de direito de gozo. Temos como o exemplo a
servidão predial.

4. A ausência de ilicitude na violação do Direito Real não obsta a procedência


da acção real? Comente.

R: Não, a ausência de ilicitude não obsta a acção real. Porque, o


titular de um direito real pode invocar a acção real,
independentemente do grau de ilicitude ou da valoração do
comportamento do violador, portanto, o titular pode defender o seu
direito real em caso de violação ainda que a violação não seja
ilícita.

UÓR 4.º ANO NOITE – EXERCÍCIOS DE DIREITOS REAIS – By: Teo Silva 1
5. Quando é que se pode dizer que uma acção é real?

R: Se pode dizer que uma acção é real quando promovem a


devolução da coisa ao titular do direito real, ou que previnem a
perturbação na posse. Como exemplo de a acção real temos, a acção
de reivindicação artigo 1311.º e 1315.º CC.

6. A acção confessória e a negatória são acções reais mesmo não estando


tipificadas no nosso ordenamento jurídico pode ser usadas? Diferencia-as
da acção de reivindicação.

R: Não, as acções confessórias e negatórias não são acções reais no


ordenamento jurídico angolano. Em substituição das acções
negatórias pode ser intentada uma acção de simples apreciação
negativa, uma acção declarativa que segue as regras do processo
comum e que tem por fim a declaração de inexistência de um direito.
Ao passo que, nas acções confessórias, no seu lugar pode ser
intentado uma acção de simples apreciação positiva, uma acção
declarativa que segue as regras do processo comum e que tem por
fim a declaração da existência de um direito. Estas duas
diferenciam-se da acção de reivindicação no seguinte: Na acção de
reivindicação envolve um pedido da entrega da coisa, enquanto nas
acções confessórias e negatórias porque o autor destas acções
apenas pede a declaração da existência do direito porque já tem
posse da coisa ou tem um direito real menor sobre a coisa.

7. Qual é a diferença entre acção de reivindicação e a possessória?

R: A diferença entre a acção de reivindicação e a acção possessória


é a seguinte:
Na acção de reivindicação o autor alega o direito real de gozo para
obter a entrega da coisa pelo réu. Enquanto na acção possessória o
autor limita-se a reclamar a sua posse sobre a coisa, sem invocar o
direito real, esta visa também obter a condenação do réu na
restituição.

UÓR 4.º ANO NOITE – EXERCÍCIOS DE DIREITOS REAIS – By: Teo Silva 2

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