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UFCD
3481 TURISMO SEGURO
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Turismo seguro
Índice
Bibliografia.....................................................................................................5
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Objectivo
O presente Regulamento tem por objectivo assegurar boas condições de higiene e
segurança e a melhor qualidade de ambiente de trabalho em todos os locais onde se
desenvolvam actividades de comércio, escritório e serviços.
Campo de aplicação
O presente Regulamento aplica-se à Administração Pública, aos
estabelecimentos ou locais de trabalho, instituições e organismos seguintes,
quer públicos, quer cooperativos ou privados:
o Estabelecimentos ou locais onde os trabalhadores exerçam a actividade
do comércio;
o Estabelecimentos ou locais, instituições e organismos onde os
trabalhadores exerçam a actividade de escritório;
o Todos os serviços ou locais de quaisquer estabelecimentos, instituições
e organismos onde os trabalhadores exerçam principalmente a
actividade de escritório não compreendidos no artigo seguinte e aos
quais não se aplique outra legislação ou outras disposições que
regulamentem a higiene e segurança na indústria, nas minas, nos
transportes ou na agricultura.
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Assentos
Devem ser postos à disposição dos trabalhadores assentos apropriados e em
número suficiente, de modo que possam sempre que seja compatível com a
natureza do trabalho, realizá-lo na posição de sentado.
Nos postos de trabalho fixos devem ser postos à disposição dos trabalhadores
assentos facilmente higienizáveis, confortáveis, funcionais, anatomicamente
adaptados aos requisitos do posto de trabalho e à duração do mesmo.
Conservação e higienização
Todos os locais de trabalho, zonas de passagens, instalações comuns e ainda
os seus equipamentos devem estar conveniente e permanentemente
conservados e higienizados.
a) Paredes e tectos;
b) Fontes de luz natural e artificial;
c) Os utensílios ou equipamentos de uso não diário;
d) As instalações referidas no n.º 1, alínea d), que serão ainda sujeitas a
desinfecção.
Atmosfera de trabalho
A atmosfera de trabalho bem como a das instalações comuns devem garantir a
saúde e o bem-estar dos trabalhadores
Os diversos locais de trabalho bem como as instalações comuns devem conter
meios que permitam a renovação natural e permanente do ar sem provocar
correntes incómodas ou prejudiciais aos trabalhadores
Os postos de trabalho que libertem ou produzam produtos incómodos, tóxicos
ou infectantes devem estar providos de dispositivos de captação local e
respectiva drenagem, de modo a impedir a sua difusão no ambiente de
trabalho.
Os postos de trabalho que utilizem produtos incómodos, tóxicos ou infectantes
devem estar isolados dos restantes postos de trabalho, não comunicando
directamente entre si.
Nos compartimentos cegos ou interiores, ou quando a ventilação pelo processo
previsto no n.º 2 não for suficiente, devem ser instalados meios que assegurem
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Temperatura e humidade
Os locais de trabalho, bem como as instalações comuns, devem oferecer boas
condições de temperatura e humidade, de modo a proporcionar bem-estar e
defender a saúde dos trabalhadores.
a) A temperatura dos locais de trabalho deve, na medida do possível,
oscilar entre 18ºC e 22ºC, salvo em determinadas condições
climatéricas, em que poderá atingir os 25ºC.
b) A humidade da atmosfera de trabalho deve oscilar entre 50% e 70%.
c) Sempre que da ventilação natural não resulte uma atmosfera de
trabalho conforme as alíneas anteriores, deve-se procurar adoptar
sistemas artificiais de ventilação e de aquecimento ou arrefecimento,
conforme os casos.
d) Os dispositivos artificiais de correcção da atmosfera trabalho não
devem ser poluentes, sendo de recomendar os sistemas de ar
condicionado, locais ou gerais.
Os trabalhadores não devem ser obrigados a trabalhar na vizinhança imediata
de instalações que produzam radiações térmicas elevadas ou um arrefecimento
intenso, a menos que se tomem medidas apropriadas de protecção.
Os radiadores, convectores ou tubagens de aquecimento central devem ser
instalados de modo que os trabalhadores não sejam incomodados pela
irradiação do calor ou circulação de ar quente.
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Iluminação
Os locais de trabalho ou de passagem dos trabalhadores e as instalações
comuns devem ser providos de iluminação natural ou complementar artificial,
quando aquela for insuficiente por inviabilidade do cumprimento do preceituado
no n.º 3.
A iluminação nos locais de trabalho deve ser adequada aos requisitos de
iluminação das tarefas a executar e obedecer aos valores insertos no
Regulamento Tipo de Segurança nos Estabelecimentos Industriais da
Organização Internacional do Trabalho, com as necessárias adaptações,
enquanto não forem publicadas normas portuguesas.
A superfície dos meios transparentes nas aberturas destinadas à iluminação
natural não deve ser inferior a um terço da área do pavimento a iluminar e
nalguns casos poderá atingir um meio, se a entidade fiscalizadora o reconhecer
necessário.
Sempre que os requisitos da tarefa de um posto de trabalho o exijam e sejam
reconhecidos pela entidade fiscalizadora, deve ser aplicada sobre o mesmo
iluminação local, como complemento do sistema de iluminação geral.
A iluminação artificial não deve poluir a atmosfera de trabalho e deve ser,
sempre que possível, eléctrica.
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Além da iluminação mínima e adequada aos requisitos das tarefas dos diversos
postos de trabalho, as fontes de iluminação devem satisfazer os seguintes
requisitos:
a) Serem de intensidade uniforme e estarem distribuídas de modo a
evitar contrastes muito acentuados e reflexos prejudiciais nos locais de
trabalho, em especial nos planos de trabalho;
b) Não provocarem encandeamento;
c) Não provocarem excessivo aquecimento;
d) Não provocarem cheiros, fumos ou gases incómodos, tóxicos ou
perigosos;
e) Não serem susceptíveis de variações grandes de intensidade.
Nos casos em que a tecnologia o exija, devem ser fornecidos aos trabalhadores
meios ópticos adequados.
Os locais onde trabalham grande número de pessoas devem estar providos de
sistema de iluminação de emergência e de segurança para garantir a
iluminação de circulação e da sinalização de saídas, conforme as disposições
regulamentares em vigor.
Ruído e vibrações
Em todos os locais de trabalho devem eliminar-se ou reduzir-se os ruídos e
vibrações aí produzidos e limitar-se a sua propagação pela adopção de medidas
técnicas apropriadas com vista a evitar os seus efeitos nocivos sobre os
trabalhadores.
Para efeitos do disposto no número anterior, deverão ser adaptadas as
seguintes medidas técnicas:
a) Programação do trabalho de modo a isolar os postos de trabalho
ruidosos e trepidantes dos restantes;
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Ruído ambiente
Sempre que possível, os valores limites da exposição ao ruído e às vibrações
não devem ultrapassar os indicados nas normas portuguesas.
Dispositivos de segurança
Os elementos móveis de motor e máquinas e eventuais órgãos de transmissão,
bem como as suas partes perigosas, devem estar convenientemente protegidos
por dispositivos de segurança, a menos que a sua construção e localização
sejam de modo a impedir o seu contacto com pessoas ou objectos.
As máquinas antigas, construídas ou instaladas sem dispositivos de segurança
eficientes, devem ser modificadas ou protegidas, sempre que o risco existente
o justifique.
Métodos de trabalho
Os métodos de trabalho devem ser consentâneos com as regras de segurança
e higiene do trabalho, de sanidade física e mental e o conforto dos
trabalhadores.
Ritmos de trabalho
Os ritmos de trabalho não devem ocasionar efeitos nocivos aos trabalhadores,
particularmente nos domínios da fadiga física ou nervosa.
Com o objectivo de prevenir ou limitar os efeitos indicados, devem prever-se
pausas no decurso do trabalho ou, caso seja possível, criar-se sistemas de
rotatividade no desempenho das tarefas.
A prova das situações previstas deverá ser feita com base em parecer emitido
pelo médico do trabalho da empresa ou, no caso de este não existir, por
médico competente previamente designado pelas partes.
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Recipientes
Os recipientes contendo substâncias perigosas devem ter:
a) Um dístico ou sinal de "Perigo";
b) O nome da substância ou uma designação de referência;
c) Na medida do possível, os conselhos essenciais relativos ao primeiro
cuidado a administrar no caso de as substâncias em causa poderem
afectar a saúde ou a integridade física dos trabalhadores.
Condições de trabalho
Se a iluminação artificial e a renovação do ar dos locais subterrâneos cegos ou
sem janelas não forem suficientes, os trabalhadores, na medida do possível,
não devem trabalhar de um modo continuado, mas por rotação, que poderá ser
imposta em determinados casos, pela entidade fiscalizadora.
Armazenagem
A armazenagem dos produtos ou substâncias incómodos, insalubres, perigosos,
tóxicos ou infectantes deve ser efectuada em compartimento próprio, não
comunicando directamente com os locais de trabalho, e obedecerá às seguintes
características:
a) Ter sistema de ventilação eficiente, de modo a impedir acumulação
perigosa
de gases ou vapores;
b) Fechar hermeticamente, de modo a evitar que os locais de trabalho
sejam inundados pelos cheiros, gases ou vapores;
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Protecção do trabalhador
Quando o trabalho nas instalações frigoríficas tiver uma certa permanência,
deverá haver câmara intermédia, com ar condicionado, onde o pessoal possa
reaquecer-se e tomar bebidas e alimentos quentes.
As pessoas que trabalhem no interior de instalações frigoríficas, em
permanência ou não, devem usar equipamento especial de protecção
individual, designadamente vestuário de agasalho de lã grossa, resguardo do
pescoço e cabeça e calçado protegido do frio e humidade.
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Empilhamento
Quando os materiais se conservem em embalagens, o empilhamento deve
efectuar-se por forma a oferecer estabilidade.
a) O peso dos materiais empilhados não deve exceder, mesmo
temporariamente, a sobrecarga prevista para os pavimentos.
b) Não é permitido o empilhamento de materiais contra paredes ou
divisórias que não estejam convenientemente dimensionadas para
resistir aos esforços laterais.
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Chuveiros
Quando a natureza do trabalho o exija, particular e nomeadamente quando o
trabalhador manipule substâncias tóxicas, perigosas ou infectantes, deverá
existir um chuveiro por cada grupo de dez trabalhadores ou fracção que
cessem simultaneamente o trabalho.
Vestiários
Devem ser postos à disposição dos trabalhadores vestiários que lhes permitam
mudar e guardar o vestuário que não seja usado durante o trabalho.
Armários individuais
Os vestiários devem dispor de armários individuais sempre que os
trabalhadores exerçam tarefas em que haja necessidade de mudança de roupa
e na medida da área disponível dos estabelecimentos existentes.
Deve haver tantos armários individuais quanto os trabalhadores do mesmo
sexo e separados para homens e mulheres.
Medidas e características
Os armários individuais devem ter as medidas e características fixadas nas
normas portuguesas.
Refeitórios
Quando sejam fornecidas refeições aos trabalhadores, devem dispor de uma ou
mais salas destinadas exclusivamente a refeitório, com meios próprios para
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Água potável
Deve ser posta à disposição dos trabalhadores, em locais facilmente acessíveis,
água potável em quantidade suficiente e, se possível, corrente.
Devem ser distribuídos copos individuais aos trabalhadores ou instalados
bebedouros de jacto ascendente
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Deveres de colaboração
As entidades competentes, os trabalhadores e os empregadores devem
colaborar entre si de modo a observarem-se as condições que assegurem a
realização do objectivo previsto
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Legislação Efectiva
a) Lei dos Acidentes de trabalho
b) Condições de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
c) Prescrições mínimas de Segurança e Saúde no trabalho
d) Organização e funcionamento das actividades de Segurança e Higiene no
Trabalho
e) Segurança e Saúde nos locais de trabalho
f) Segurança e Saúde das condições de trabalho
g) Prescrições mínimas de Segurança e Saúde
Por sua vez, o artigo 59.º da Constituição consagra o direito de todos os trabalhadores
à assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de doença
profissional, bem como à prestação de trabalho em condições de segurança, higiene e
saúde, o que envolve a adopção de políticas de prevenção dos acidentes de trabalho e
das doenças profissionais.
A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência,
necessária e directa, da actividade exercida e não representem normal.
Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na sequência do
exercício do trabalho em si.
Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em
que o trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do
trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho.
Neste âmbito:
O risco potencial está associado ao facto de a resistência do corpo,
eventualmente atingido, ser inferior a uma determinada energia (causadora do
acidente).
O risco efectivo é a probabilidade do Homem, estar exposto a um risco
potencial
Podemos dizer que existem duas causas principais para acidentes: as causas básicas e
as causas imediatas. Para poder prevenir acidentes é necessário, conhecer ambas e
agir em conformidade com elas.
Causas Básicas - Podem dividir-se em factores pessoais e factores de trabalho.
Os factores pessoais relacionam-se com a falta de conhecimento, de motivação
ou até tentar poupar tempo sem as devidas precauções. Os factores de
trabalho têm haver com a falta de regulamentação, hábitos incorrectos ou a má
utilização de materiais e produtos.
Causas Imediatas - Estas são constituídas pelos actos inseguros e condições
inseguras.
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Segundo as consequências
Morte: Acidentes com perda de vida.
Incapacidade Permanente: Acidentes de que resulte para a vítima, com
carácter permanente, deficiência física ou mental ou diminuição da capacidade
de trabalho.
Incapacidade Temporária: Acidentes de que resulte para a vítima incapacidade
de, pelo menos, um dia completo para além do dia em que ocorreu o acidente,
quer se trate de dias durante os quais a vítima teria trabalhado, quer não. Este
último caso configura o acidente com baixa ou incapacidade temporária
absoluta, ITA.
Outros casos: Acidentes de que resulte incapacidade para o trabalho por tempo
inferior ao considerado para a incapacidade temporária, sem incapacidade
permanente. Estes acidentes são habitualmente designados por acidentes sem
incapacidade, SI.
- Localizações múltiplas
- Lesões gerais
Posto de trabalho
Local do acidente
Data e hora do acidente
Indicação de testemunhas
Descrição do acidente
Causas possíveis
Caracterização do acidente
Análise das causas
Estatística da U.E.
• Ocorre 1 acidente de trabalho em cada 5 segundos, na EU;
• Morre 1 trabalhador a cada 2 horas, vítima de acidente de trabalho, na EU;
• Dois terços das 30 000 substâncias químicas mais utilizadas na EU, não foram
submetidas a testes toxicológicos completos e sistemáticos;
• Um quinto dos trabalhadores da UE - 32 milhões de pessoas – estão expostos
a agentes cancerígenos;
Estes riscos são agravados por uma informação e cumprimento inadequados das
normas de segurança. Um estudo, determinou que apenas 12% das empresas
conheciam os seus deveres legais.
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Além disso, um estudo separado revelou que 20% das Fichas de Dados de Segurança
fornecidas pelos fabricantes de substâncias perigosas continham erros. Apenas as
substâncias químicas notificadas desde 1981 são obrigatoriamente submetidas a esses
testes, embora a EU esteja a desenvolver uma estratégia para a avaliação sistemática
das chamadas substâncias químicas existentes.
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2.Ambiente de trabalho
Incêndios
A causa de incêndio é definida como o princípio de acção, material ou pessoal, que
produz ou transmite o fogo causador do incêndio. Estas causas podem ser naturais
(originadas por fenómenos da natureza), químicas (de origem química) ou pessoais
(quando decorrem de um acidente).
Dentro das causas mais comuns de incêndios nos locais de trabalho podemos indicar:
Sistemas de aquecimento e cozedura.
Chaminés e sistemas de saída de fumos.
Materiais inflamáveis.
Aparelhos eléctricos.
Trabalhadores e outras pessoas fumadoras.
Entre outros…
Riscos eléctricos
As instalações eléctricas estão concebidas e deverão ser verificadas e mantidas por
forma a evitar a ocorrência de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, como
electrocussão, explosão, queimaduras.
A manobra dos equipamentos eléctricos deve fazer-se sem perigo ou risco de lesões
para os utentes.
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Todo este quadro conduz à fadiga. A fadiga pode provocar uma redução da eficiência
do trabalho, que, em casos extremos, leva à ocorrência de acidentes de trabalho.
Posturas no trabalho
Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
Exigência de esforço físico intenso,
Levantamento e transporte manual de pesos,
Postura inadequada no exercício das actividades,
Exigências rigorosas de produtividade,
Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos,
Actividades monótonas ou repetitivas
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco
produzem monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias,
curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não tratadas a tempo,
chamadas genericamente de lesões por esforços repetitivos
Iluminação
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Horas de trabalho contínuo com écrans podem levar não só à fadiga visual mas
também à fadiga postural, uma vez que se está muito tempo na mesma posição rígida
ou estática.
No âmbito dos riscos associados a agentes químicos existem quatro tipos de agentes,
que pelo seu elevado grau de perigosidade para o ser humano, devem ser
referenciados, e são:
• Os cancerígenos;
• O cloreto de vinilo monómero;
• O amianto;
• O chumbo;
Ruído
O ruído é um agente físico que pode afectar de modo significativo a qualidade de vida.
Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado medidor de pressão sonora, e
a unidade usada como medida é o decibel ou abreviadamente dB.
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Caso surja uma situação inesperada e súbita que tenha como consequência o
aparecimento de situações de perigo para os trabalhadores.
O empregador deve analisar e tomar medidas que permitam evitar este tipo de
consequências nomeadamente no respeitante a primeiros socorros e à luta contra
incêndios e à evacuação dos trabalhos.
Deve prever uma actuação rápida e eficaz para salvaguardar, em primeiro lugar, a
integridade e saúde dos trabalhadores, da população externa e, também, minimizar os
possíveis danos nas instalações no meio ambiente.
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Se não puder sair, manter-se próximo de uma janela de preferência com vista
para a rua e sinalizar sua posição.
Fechar mas não trancar a porta e, vedar as frestas desta com um cobertor ou
tapete para não entrar fumos.
Em caso de existência de fumos manter-se junto ao chão e utilizar um lenço ou
toalha molhada sobre o nariz e boca.
Atirar pela janela o que puder queimar facilmente como papéis, tapetes,
cortina, mas com o cuidado para não atingir quem estiver na rua.
No interior de um edifício:
Não deve tentar sair do edifício;
Não deve tentar sair pelas janelas;
Deve afastar-se de janelas e painéis de vidro;
Deve afastar-se de armários, prateleiras, objectos pesados e outro mobiliário
que possa cair;
Não deve aceder às varandas;
Não deve utilizar os elevadores.
No exterior de um edifício:
Não deve reentrar no edifício, mantendo-se no exterior;
Deve afastar-se de edifícios, muros, vedações, árvores, postes e cabos
eléctricos;
Deve agachar-se ou deitar-se no solo e proteger a cabeça;
Deve ir observando o que se passa em redor, mantendo-se alerta a possíveis
perigos que o obriguem a movimentar-se.
Primeiro-socorro
É um tratamento inicial e temporário ministrados a acidentados e/ ou vitimas de
doenças súbita, num esforço de preservar a vida, diminuir a incapacidade e minorar o
sofrimento.
Um socorrista não substitui nem o médico nem a enfermeira, mas pode impedir toda e
qualquer acção intempestiva, alertar e ajudar, evitando o agravamento do acidente.
Quem tiver uma paragem respiratória sofrerá provavelmente danos cerebrais ao fim de
cerca de quatro minutos. Com a aplicação de ventilação artificial, conhecida
vulgarmente por respiração artificial, insufla-se ar nos pulmões da vítima até esta
conseguir respirar de novo.
Procedimento:
Procedimento:
Ajoelhe-se ao lado da vítima, volte-lhe a cabeça para si e incline-a para trás para lhe
abrir as vias respiratórias.
Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. Cruze o outro
braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima.
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Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais
afastada.
Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as
vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vitima respire
livremente..
Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna
mais próxima para servir de apoio ao abdómen.
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3. Legislação de trabalho
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Prevenção:
Comparadas com outras práticas desportivas, estas actividades implicam um risco
acrescido para os praticantes, pois dependem da interacção das forças da natureza
instáveis com a actuação do homem.
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Não existe segurança absoluta nestes desportos. Mas é possível garantir uma prática
mais segura, adoptando medidas que reduzam os riscos e minimizem os danos em
caso de acidente.
Prevenção de acidentes
Um acidente não acontece por acaso e com as devidas precauções pode ser evitado.
Eis os principais factores a acautelar pelo prestador para oferecer um serviço seguro.
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Deve ter capacidade técnica para avaliar as condições do meio natural e analisar os
riscos inerentes às condições físicas e climáticas (como descargas de barragens ou
modificações das marés e dos ventos).
Informação ao praticante
Muitos acidentes devem-se à falta de informação dos praticantes, por
desconhecimento do uso correcto do equipamento ou comportamentos desadequados.
Assim, a entidade que organiza as actividades deve informar o praticante sobre:
Contra-indicações médicas e/ou físicas da actividade;
Possíveis riscos inerentes à sua prática;
Comportamentos seguros a adoptar pelos praticantes;
Práticas proibidas e prejudiciais aos outros participantes na actividade;
Equipamento necessário (no rafting, por exemplo, o fato isotérmico de
neoprene, um colete homologado, capacete, botas isotérmicas);
Instruções sobre o uso correcto do equipamento e das infra-estruturas ou
espaços.
Emergência e resgate
É fundamental prever planos de emergência e resgate para minimizar os danos de um
acidente.
O prestador tem de estar preparado para agir com rapidez e eficácia. Para isso, deve
ter procedimentos de emergência e evacuação organizados e prontos a implementar
no terreno.
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Todos os materiais utilizados nas referidas salas devem ser resistentes, laváveis e de
fácil limpeza. Estes locais devem ser suficientemente iluminados e continuamente
ventilados.
A Segurança Alimentar assume particular importância nos nossos dias sendo, cada vez
mais, um elemento obrigatório para os consumidores. A segurança dos alimentos deve
ser uma exigência para todos os intervenientes no sector agro-alimentar.
Neste contexto, surge a Certificação que visa, entre outros aspectos, reforçar a
protecção da saúde humana e o consequente grau de confiança dos consumidores,
constituindo uma evidência do empenho da organização na obtenção de produtos de
qualidade e seguros para a saúde dos consumidores.
A todos os passageiros;
Nos pontos de rastreio de todos os aeroportos da UE; e
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Como referência o saco não pode exceder as dimensões de 20cm x 20cm. Os artigos
devem caber comodamente dentro do saco, para que este possa ser facilmente
fechado e permita a visualização e identificação do seu conteúdo.
Excepções
Líquidos, necessários para toda a viagem, que visem satisfazer fins médicos,
com prescrição médica e prova de autenticidade do líquido objecto de isenção;
Líquidos, necessários para toda a viagem, que visem satisfazer uma
necessidade dietética especial, mediante atestado médico, e
Comida para bebé.
Instalações
Quando as empresas de animação turística disponham de instalações fixas,
estas devem satisfazer as normas vigentes para cada tipo de actividade e
serem licenciadas pelas entidades competentes.
Os empreendimentos turísticos, os estabelecimentos de restauração e de
bebidas, as casas e empreendimentos de turismo no espaço rural, as casas de
natureza e as agências de viagens e turismo que exerçam actividades de
animação turística, ou se situem no local onde se processa a respectiva
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Garantias exigidas
Para garantia da responsabilidade perante os clientes, as empresas de
animação turística devem prestar um seguro de responsabilidade civil.
Formalidades
Nenhuma empresa de animação turística pode iniciar ou exercer a sua
actividade sem fazer prova junto da Turismo de Portugal, IP de que as
garantias exigidas foram regularmente contratadas e se encontram em vigor.
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Seguros
As empresas de animação turística devem Prestar as seguintes garantias:
Seguro de acidentes pessoas garantindo:
o Pagamento das despesas de tratamentos, incluindo internamento
hospitalar e medicamentos, até ao montante anual de €3.500;
o ii. Pagamento de um capital de €20.000, em caso de morte ou invalidez
permanente dos seus clientes, reduzindo-se o capital por morte ao
reembolso das despesas de funeral até ao montante de €3.000, quando
este tiver idade inferior a 14 anos.
Seguro de responsabilidade civil:
o Garantir €50.000 por sinistro, e anuidade que garanta os danos
causados por sinistros ocorridos durante a vigência da apólice, desde
que reclamados até um ano após a cessação do contrato.
E, ainda, se exercer actividades no estrangeiro:
o Seguro de assistência às pessoas, válido exclusivamente no estrangeiro,
garantindo:
Pagamento do repatriamento sanitário e do corpo.
Pagamento de despesas de hospitalização, médicas e
farmacêuticas, até o montante anual de €3.000.
O seguro de responsabilidade civil pode ser substituído por caução de igual
montante, prestada nos termos nos números seguintes.
Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a caução pode ser prestada por
seguro-caução, garantia bancária, depósito bancário ou títulos da dívida pública
portuguesa, depositados à ordem do Turismo de Portugal, IP.
O título da caução não pode condicionar o accionamento desta a prazos ou ao
cumprimento de obrigações por parte da empresa de animação turística ou de
terceiros.
Em caso de actividades de reduzido risco, o Turismo de Portugal, IP pode
dispensar o seguro de responsabilidade civil.
Âmbito de cobertura
O seguro de responsabilidade civil visa garantir:
o O ressarcimento dos danos patrimoniais e não patrimoniais causados a
clientes ou a terceiros, por acções ou omissões da empresa de
animação turística ou dos seus representantes;
o O repatriamento dos clientes e a sua assistência até ao ponto de partida
ou de chegada quando se tratem de actividades realizadas fora do
território nacional, quando, por razões que não lhe forem imputáveis,
estes fiquem impossibilitados de prosseguir a actividade, sendo neste
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Bibliografia
Picazo, Carlos, Asistencia y Guía a grupos turísticos, Madrid, Editorial Sintesis, 1996
Webgrafia
Turismo de Portugal, IP
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http://www.turismodeportugal.pt
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