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Engenharia de Alimentos
EAF 388 – Laboratório de Fenômenos de Transporte
Florestal
11/11/2016
1. INTRODUÇÃO
1
O calor específico é definido como a quantidade de calor que deve ser fornecida para
que 1 g de substância tenha a sua temperatura elevada em 1°C. Sendo que cada substância
possui um determinado valor de calor específico, que é dado pelo sistema internacional
J/(Kg.K).
Quanto maior for o calor específico de uma substância, maior será a quantidade de
calor que deverá ser fornecida ou retirada dela para que ocorram variações
de temperatura.
Para caracterizar não o corpo, mas a substância que o constitui, definimos o calor
específico como a capacidade térmica por unidade de massa do corpo através da equação
(1).
1𝑄
𝑐= 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 (1)
𝑚∆𝑡
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O calor específico é definido como a quantidade de calor que deve ser fornecida
para que 1 g de substância tenha a sua temperatura elevada em 1°C. Cada substância
possui um determinado valor de calor específico, que é geralmente expresso em cal/g.°C.
(ALBUQUERQUE, et al., 1980). O mesmo é influenciado pela massa molar e grau de
liberdade das moléculas (YOUNG e FREEDMAN, 2008)
A determinação do calor específico de gases, líquidos e sólidos pode ser obtida
por diferentes técnicas experimentais oriundas das mais diversas áreas da física (VUOLO
e FURUKAWA,1995). Dentre estes métodos, se encontra o método das misturas.
Kazarian & Hall (1965) tem reconhecido a dificuldade de se medir o calor
específico de materiais biológicos, devido ao conteúdo de umidade do material e ao calor
de absorção. Devido a estas dificuldades é que poucos valores de calor específico estão
disponíveis na literatura. Muitos desses métodos, utilizados para determinar o calor
especifico, baseiam-se no equilíbrio térmico estabelecido entre um primeiro corpo,
que se pretende determinar o calor especifico, e um segundo corpo de calor específico
conhecido. Contudo, segundo Mohsenin (1980), Hwang & Hayakawa (1979); E Kazarian
2
& Hall, (1965) o método mais comum para determinação do calor específico em
produtos biológicos é o método das misturas. Este método consiste em utilizar um
recipiente isolado de capacidade calorífica conhecida, com um líquido inerte. O
cálculo do calor específico é feito através de um balanço global de massa e energia
em um sistema isolado termicamente:
𝑐𝑝𝐴 𝑀𝐴 (𝑇𝐴 − 𝑇𝑆 ) = 𝑐𝑝𝑊 𝑀𝑊 (𝑇𝐸 − 𝑇𝑊 ) + 𝑐𝑝𝐶 𝑀𝐶 (𝑇𝐸 − 𝑇𝑊 ) (1)
3. OBJETIVO
O procedimento tem como objetivo calcular o calor especifico de maças pelo método
das misturas.
4. MATERIAL E METODOS
a. Material
Água destilada Termômetro digital
Manta aquecedora Calorímetro
Béquer Balança
Termômetro Maçã
b. Método
3
mL de água fria no calorímetro, mediu-se as temperaturas do calorímetro e da água fria.
Colocou-se a maçã quente dentro do calorímetro e anotou-se a temperatura de equilíbrio.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Parâmetro Valor
Com os dados obtidos foi possível calcular o calor específico do calorímetro por
meio da Equação 1.
O valor de Cp encontrado para o calorímetro foi 5,9127 cal/g °C, com essa
informação é possível calcular o valor do calor específico da maça por meio da Equação
2.
4
𝑚á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑐𝑝,á𝑔𝑢𝑎 ∙ ∆𝑇á𝑔𝑢𝑎 + 𝑚𝑐𝑎𝑙 ∙ 𝑐𝑐𝑎𝑙 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙
𝑐𝑝,𝑚𝑎çã =
𝑚𝑚𝑎çã ∙ ∆𝑇𝑚𝑎çã
Para a utilização da equação 2 alguns dados foram são necessários os quais estão
apresentados na Tabela 2.
Parâmetro Valor
Desse modo o valor encontrado para o calor específico da maça foi 1,3077 cal/gºC
ou 5,4751 J/gºC. Segundo Earle (2015), o calor específico da maçã corresponde a 3,60
J/gºC em uma temperatura de -2ºC, enquanto Da Costa (2006) descreveu o color
específico da maça em uma temperatura de -1 á 1 como 0,9 kJ/kgºC. Pode-se verificar
que o valor de calor especifico encontrado é superior aos descritos pela literatura, essa
diferença pode ser explicada pelos experimentos serem realizados em diferentes
temperaturas e possíveis erros experimentais.
6. CONCLUSÃO
A partir do método das misturas foi possível calcular o calor especifico da maça,
sendo o valor encontrado igual a 1,3077 cal/gºC ou 5,4751 J/gºC.
5
REFERENCIAS
EARLE, R. L. Unit Operations in Food Processing. Thermal data for some food
products. Disponível em: <http://www.nzifst.org.nz/unitoperations/appendix7.htm>.
Acessado em: 08/11/2016.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.; Fisica 2 – Termodinâmica e Ondas, 12º
edição. Pearson, 2008