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Projecto de Lei que estabelece as regras do a) «Bens»: activos de qualquer tipo, corpóreos ou
Cerimonial do Estado de Cabo Verde. incorpóreos, móveis ou imóveis, tangíveis ou
intangíveis, e os documentos ou instrumentos
V - Aprovação de Propostas de Lei: jurídicos que atestam a propriedade ou outros
direitos sobre os referidos activos;
1. Proposta de Lei que cria a Taxa Ecológica.
b) «Vantagens do crime»: os bens de qualquer tipo,
2. Proposta de Lei que aprova o Código Geral direitos ou valores provenientes da prática, sob
Tributário. qualquer forma de comparticipação, de facto
ilícito, típico e punível com pena de prisão de
3. Proposta de Lei que aprova o Código de Processo limite máximo superior a 3 anos, assim como
Judicial Tributário. os bens que com eles se obtenham;
4. Proposta de Lei que aprova o Código das Execuções c) «Congelamento» ou «apreensão»: a proibição
Tributárias. temporária de transferir, converter, dispor ou
movimentar bens ou vantagens, ou a custódia
VI - Aprovação de Propostas de Resoluções: ou controlo temporário de bens ou vantagens
do crime, por decisão da autoridade judiciária
1. Proposta de Resolução que altera a Resolução n° competente;
73/VII/2008, de 19 de Junho.
d) «Confisco»: a perda definitiva de bens ou vantagens
2. Proposta de Resolução que altera a Resolução nº do crime, por decisão de um tribunal;
123/V/99, de 21 de Junho.
e) «Boa fé»: ignorância desculpável de que os bens,
3. Proposta de Resolução relativa à composição das direitos, valores ou vantagens do crime se
Comissões Especializadas. relacionavam com actividades ilícitas;
4. Proposta de Resolução que cria um Grupo de f) «Infracção principal»: facto ilícito, típico e punível
Amizade com a República Checa. com pena de prisão de limite máximo não
inferior a 3 anos de que derive um bem que
5. Proposta de Resolução que prorroga o mandato possa passar a constituir objecto de uma
da Comissão Eventual de Revisão da infracção definida no artigo 24º da presente lei;
Constituição.
g) «UIF - Unidade de Informação Financeira»:
VII - Fixação da acta da Sessão Ordinária do mês Serviço de informação financeira que funciona
de Outubro de 2008, da VII Legislatura. como centro nacional de recolha, análise e
difusão de informação relativa a eventuais
Assembleia Nacional, aos 20 de Abril de 2009. – O actividades de branqueamento de capitais ou
Presidente, Aristides Raimundo Lima. financiamento de terrorismo.
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Artigo 3º Artigo 7º
Ao crime previsto na presente lei, são subsidiariamente 1. Todo aquele que à entrada ou à saída do território
aplicáveis as normas do Código Penal. de Cabo Verde for portador de moeda nacional ou
Artigo 4º estrangeira, de títulos ao portador, ou de ouro amoedado
ou em barra, de valor superior a um milhão de escudos
Prevenção de lavagem de capitais no sector bancário
deve declarar esse valor às autoridades alfandegárias.
e financeiro
É atribuído ao Banco de Cabo Verde, enquanto 2. Compete à Direcção-Geral das Alfândegas fiscalizar
entidade de supervisão do sistema bancário e financeiro, o cumprimento da obrigação referida no número
o poder de editar regras de boa prática bancária com o anterior.
propósito de combater a lavagem de capitais e de outros 3. A Direcção-Geral das Alfândegas deve enviar à
bens, bem como de acompanhar e fiscalizar a aplicação Unidade de Informação Financeira (UIF) a documentação
das regras e medidas de prevenção da lavagem no sector recolhida sempre que existam suspeitas de lavagens de
bancário e financeiro. capitais.
CAPÍTULO II 4. A documentação recolhida pela Direcção-Geral das
Disposições preventivas Alfândegas deve ser conservada pelo prazo de 5 anos.
Artigo 5º Artigo 8º
Estão obrigadas ao cumprimento dos deveres previstos 1. As entidades financeiras devem identificar os seus
neste capítulo as entidades: clientes, regulares ou ocasionais e verificar as suas
identidades sempre que com eles estabeleçam qualquer
a) Sujeitas à supervisão do Banco de Cabo Verde, relação de negócio, nomeadamente a abertura de contas
nomeadamente, as instituições de crédito, de depósito, cadernetas de poupança, transferências
sociedades financeiras, instituições «offshore» internas ou internacionais de fundos, câmbio de moeda,
financeiras, seguradoras, casas de câmbio e prestação de serviços de guarda de valores, prestação de
sociedades de entrega rápida de valores em garantias, venda de apólices de seguros, ou transacção
numerário; de títulos de qualquer tipo.
b) Sujeitas à supervisão da entidade que exerce 2. Os elementos relativos à identificação do cliente
a supervisão de Jogos, nomeadamente, devem ser anotados, por escrito, em impresso próprio
entidades que exploram jogos de fortuna ou ou no documento bancário comprovativo da operação
azar, lotarias, apostas mútuas e promotores realizada.
de jogos de fortuna ou azar;
3. A identificação dos clientes individuais deve incluir
c) Os comerciantes de bens de elevado valor unitário, o nome completo, endereço e ainda data e lugar de
nomeadamente, entidades que se dediquem ao nascimento e deve ser comprovada pela apresentação do
comércio de penhores, de metais preciosos e de bilhete de identidade, ou qualquer outro documento de
veículos luxuosos; identificação oficial, onde conste a respectiva fotografia
d) Que exerçam actividades de mediação imobiliária e assinatura.
ou de compra e venda de imóveis para 4. A identificação das pessoas colectivas deve incluir
revenda; o seu nome, natureza e forma legal, lugar da sede,
e) Os advogados, solicitadores, notários, conservadores identidade dos gerentes ou administradores, certidão dos
dos registos, auditores, contabilistas e consultores seus estatutos, bem como a identificação de quem detém
fiscais, quando intervenham ou assistam, a título os poderes para as obrigar.
profissional, em operações de:
5. A identificação de trusts constituídos de acordo com
i. Compra e venda de bens imóveis; direito estrangeiro ou instrumentos legais semelhantes,
sem personalidade jurídica, deve incluir a obtenção e
ii. Gestão de fundos, valores mobiliários ou
verificação do nome dos administradores (trustees),
outros activos pertencentes a clientes;
instituidores (settlor) e beneficiários.
iii. Gestão de contas bancárias, de poupança ou
6. No início do estabelecimento de uma relação
de valores mobiliários.
de negócio, as entidades financeiras devem recolher
Artigo 6º informação relativa à finalidade e natureza da mesma.
Transferências de Fundos e pagamentos
7. As entidades financeiras devem identificar o beneficiário
As transferências internacionais de moeda nacional da transacção e tomar todas as medidas razoáveis para
ou estrangeira, meios de pagamento sobre o exterior verificar a sua identidade e no caso de serem pessoas
ou títulos ao portador, só podem ser realizadas por colectivas deverá ser ainda recolhida e mantida informação
intermédio de instituições bancárias ou financeiras rigorosa, adequada e actualizada sobre o seu beneficiário e
autorizadas a proceder a essas operações. a respectiva estrutura de controlo.
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8. Quando no decurso de uma relação de negócio, for realizado sob a forma de um prémio único excedendo
a entidade financeira tiver razões para duvidar da ECV 220.000$00 (duzentos e vinte mil escudos) e no caso
identidade do cliente, deverá procurar verificar a de contratos de seguros de pensões relacionados com o
respectiva identidade. emprego ou a actividade profissional do segurado, quando
estes contratos contenham uma cláusula de remissão e
9. As entidades financeiras devem tomar as medidas possam ser usados como garantias de empréstimos.
adequadas para verificar se o cliente actua no interesse
de outra pessoa, singular ou colectiva ou entidade Artigo 12º
equiparada. Identificação através de intermediários
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4. O relatório deve ser conservado e deve ser apresentado observância regulatória (“compliance”) e
às autoridades competentes e à UIF, quando solicitado processos adequados de avaliação com vista a
por estas, sempre que estejam em curso investigações assegurar elevados padrões de recrutamento
sobre lavagem de capitais. de pessoal;
Artigo 15º b) Formação continuada de funcionários
Dever de conservação de documentos e empregados, de molde a permitir-lhes
reconhecer transacções e acções que possam
1. As entidades financeiras devem conservar, sob estar relacionadas com a lavagem de capitais,
qualquer forma de suporte, cópias dos seguintes dando-lhes esclarecimento sobre como actuar
documentos: nesses casos;
a) Demonstrativos da identidade dos clientes, c) Procedimentos de auditoria interna para verificar
beneficiários e representados, fichas de abertura a conformidade, observância regulatória e
de contas de depósito e correspondência efectividade das medidas tomadas para aplicar
relacionada, durante, pelo menos, o período de este diploma.
cinco anos a seguir ao encerramento da conta
ou ao fim da relação de negócio; 2. As entidades financeiras devem designar um director
encarregado da observância regulatória como responsável
b) Cópias dos registos relativos às transacções pela aplicação deste diploma no interior da instituição.
executadas, de molde a permitir a reconstituição
3. As autoridades competentes podem, através
das transacções, bem como os relatórios
de regulamento, determinar o tipo e a extensão das
escritos referidos neste diploma, durante o
medidas referidas neste artigo, a tomar pelas entidades
período de cinco anos a seguir à execução da
financeiras e profissões e actividades não financeiras,
transacção.
tendo em consideração o risco de lavagem e a dimensão
2. As entidades financeiras, sempre que solicitadas, do negócio.
devem fornecer cópias dos documentos referidos no Artigo 18º
número 1 às autoridades competentes e à UIF, para efeitos
Filiais e agências localizadas no estrangeiro
de investigação do crime de lavagem de capitais.
Artigo 16º 1. As entidades financeiras devem exigir às suas filiais
detidas maioritariamente e agências no estrangeiro que
Obrigações relativas a transferências electrónicas apliquem as disposições deste diploma, na medida em que as
1. As instituições financeiras quando executem leis e os regulamentos aplicáveis localmente o permitam.
transferências electrónicas de fundos, deverão obter e 2. No caso de a legislação do país onde se encontra
verificar o nome completo, o número da conta e o endereço situada a filial detida maioritariamente ou a agência, não
do ordenante e, quando necessário, o nome da instituição permitir o cumprimento destas obrigações, a entidade
financeira do ordenante da transferência. financeira deve informar desse facto à sua autoridade
2. A informação referida no número 1 deverá ser de supervisão.
incluída na mensagem ou no pagamento e acompanhar Artigo 19º
a transferência. Dever de informação
3. Caso não exista número da conta, a mensagem 1. As entidades financeiras devem fornecer ao juiz
deverá conter um único número de referência, o qual ou ao Ministério Público, quando estes o ordenarem,
deverá acompanhar a transferência. informações, documentos, como quaisquer outros objectos
4. As entidades financeiras devem manter a informação que tiverem na sua posse, que sejam necessárias à
referida no número 1 e transmiti-la, quando actuem como instrução do processo por crime de lavagem de capitais
intermediárias numa cadeia de pagamentos. e de outros bens provenientes de actividades criminosas,
ou que devam ser congelados ou apreendidos, afastando
5. Esta disposição não é aplicável às transferências a obrigação de sigilo bancário.
executadas através de cartões de débito e crédito, desde
2. As informações fornecidas nos termos do número
que o número do cartão de débito ou crédito acompanhe
anterior só podem ser utilizadas para investigação e
a transferência, bem como às transferências entre
punição dos crimes previstos nesta lei, não lhes podendo
entidades financeiras em que estas são ordenantes e
ser dado outro destino, nem ser revelada a identidade de
beneficiárias e realizadas por sua própria conta.
quem as forneceu.
Artigo 17º
3. Com o propósito de evitar publicitar a identidade
Organização interna anti-lavagem do empregado ou dirigente da entidade financeira que
1. As entidades financeiras devem desenvolver e aplicar tenha fornecido as informações referidas nos números
programas de prevenção de lavagens de capitais, que anteriores, manter-se-á no processo em instrução apenas
deverão, pelo menos, incluir o seguinte: a cópia da informação bancária, a qual deve identificar
sempre a instituição transmitente, sem a assinatura da
a) Políticas internas, procedimentos e controlos, pessoa que transmitiu a informação, ficando o original
incluindo adequados procedimentos de arquivado, em segredo, na UIF.
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1. As entidades financeiras, podem, quando haja 4. A punição pelo crime de lavagem de capitais
receio do desaparecimento dos fundos, sem informar o previstos nos números anteriores tem lugar ainda que
cliente, suspender a execução de quaisquer operações o facto ilícito relativo à infracção principal tenha sido
que fundadamente suspeitem estar relacionadas com a praticado no estrangeiro, desde que seja também punível
prática dos crimes previstos no artigo 24º deste diploma pela legislação do lugar em que tiver sido praticado.
e informar desse facto à UIF.
5. O facto não será punível quando o procedimento
2. A UIF deve imediatamente transmitir o pedido criminal relativo à infracção principal depender de queixa
ao Procurador-Geral da República ou ao magistrado do e esta não tiver sido tempestivamente apresentada.
Ministério Público, por ele designado.
Artigo 25º
3. O Procurador-Geral da República ou o magistrado
do Ministério Publico por ele designado promove junto Agravação
do juiz a confirmação ou o levantamento da suspensão da
operação, devendo, em qualquer caso, notificar a entidade A pena prevista no artigo anterior é agravada de
financeira da decisão de confirmação da suspensão, metade nos seus limites mínimo e máximo se:
directamente no prazo máximo de 48 horas, sob pena
de a operação poder ser realizada por aquela entidade, a) O crime de lavagem de capitais for praticado por
dando também conhecimento da decisão à UIF. associação ou organização criminosa, por quem
dela faça parte ou a apoie;
Artigo 22º
b) O facto ilícito típico de onde provêm as vantagens
Participações da autoridade de supervisão
for terrorismo, tráfico ilícito de estupefacientes
1. O Banco de Cabo Verde deve igualmente informar e substâncias psicotrópicas, tráfico de pessoas
a UIF sempre que, na sua actividade de inspecção ou de ou armas proibidas e substâncias explosivas;
qualquer outro modo, tenha conhecimento de factos que
indiciem a prática de crime previsto na presente lei. c) O agente praticar o crime de lavagem de capitais
de modo habitual.
2. Às informações prestadas nos termos do número
Artigo 26º
anterior é aplicável o regime previsto nos artigos 19º e
20º da presente lei. Determinação da pena aplicável
Artigo 23º
1. A pena aplicável nos termos do disposto no artigo
Exclusão de responsabilidade anterior não pode ser superior ao limite máximo da pena
prevista para a infracção principal.
Não constitui violação do dever de sigilo bancário, nem
envolve responsabilidade penal, civil, disciplinar ou contra- 2. Para efeito do disposto no número anterior, no caso
ordenacional a prestação de informação ou colaboração, das vantagens serem provenientes de factos ilícitos
fundadamente e de boa fé para quem as tiver prestado ou típicos de duas ou mais espécies, levar-se-á em conta a
para a instituição a que se encontrar vinculado. pena cujo limite máximo seja mais elevado.
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Artigo 27º Artigo 31º
1. As pessoas colectivas, ainda que irregularmente 1. A autoridade judiciária procede à apreensão de bens
constituídas, e as associações sem personalidade jurídica imóveis ou móveis, direitos, títulos, valores, quantias
são responsáveis pelo crime de lavagem de capitais, e quaisquer outros objectos depositados em bancos ou
quando cometido, em seu nome e no interesse colectivo: outras instituições de crédito, mesmo que em cofres
individuais, em nome do arguido ou de terceiros, quando
a) Pelos seus órgãos ou representantes; tiver fundadas razões para crer que eles constituem
b) Por uma pessoa sob a autoridade destes, quando vantagens do crime, ou se destinam à actividade
o cometimento do crime se tenha tornado criminosa.
possível em virtude de uma violação dolosa 2. As instituições financeiras ou equiparadas,
dos deveres de vigilância ou controlo que lhes associações, sociedades civis ou comerciais, repartições
incumbem. de registo ou fiscais e demais entidades públicas ou
2. A responsabilidade das entidades referidas no privadas não podem recusar o cumprimento de pedido de
número anterior não exclui a responsabilidade individual informação ou apresentação de documentos efectuados
dos respectivos agentes. pela autoridade judiciária, respeitante a bens, depósitos
ou valores a que se refere o número anterior.
Artigo 28º
3. A apreensão de bens ou vantagens do crime prevista
Penas aplicáveis às pessoas colectivas
na presente lei, quando decretada no processo penal,
1. Pelo crime referido no nº 1 do artigo anterior são extinguir-se-á no prazo de oito meses quando, da data da
aplicáveis às entidades aí referidas as seguintes penas prolação do despacho respectivo, tiverem decorrido seis
principais: meses sem que tenha sido deduzida a acusação.
a) Multa; Artigo 32º
1. A pena pode ser especialmente atenuada quando 3. A decisão é proferida pelo juiz logo que se encontrem
o agente auxilie concretamente, ou de forma relevante, realizadas as diligências que considere necessárias,
na recolha de provas decisivas para identificação e salvo se quanto à titularidade das coisas, direitos ou
detenção dos responsáveis pela prática dos factos ilícitos valores a questão se revelar complexa ou susceptível de
subjacentes, bem como no congelamento e apreensão dos causar perturbação ao normal andamento do processo
bens e produtos provenientes dos mesmos factos. penal, casos em que o juiz pode remeter o terceiro para
os meios cíveis.
2. É garantida a protecção de quem tiver colaborado
concretamente na investigação do crime, nos termos da 4. O disposto nos números anteriores é aplicável, ainda
lei de protecção de testemunhas. que o terceiro de boa fé tenha apenas tido conhecimento
do desapossamento das coisas, direitos ou valores
CAPÍTULO IV apreendidos após terem sido declarados perdidos a favor
do Estado.
Disposições processuais penais especiais
Artigo 33º
Artigo 30º
Confiscação de bens e direitos
Congelamento e confisco de bens e direitos de origem ilícita
1. O juiz, a requerimento do Ministério Público, pode
Sem prejuízo do disposto no Código Penal quanto decretar na decisão final, o confisco de bens imóveis ou
à perda de bens e instrumentos do crime, os bens móveis, direitos, títulos, valores, quantias e quaisquer
imóveis ou móveis, direitos, títulos, valores, quantias outros objectos depositados em bancos ou outras
e quaisquer outros objectos depositados em bancos ou instituições de crédito, mesmo que em cofres individuais,
outras instituições de crédito pertencentes ao arguido em nome do arguido ou de terceiros, de origem ilícita.
de uma infracção principal ou sobre os quais ele exerce
poder de facto correspondente ao direito de propriedade 2. Constitui indício da origem ilícita dos bens, depósitos
ou qualquer outro direito real ficam sujeitos à apreensão, ou valores a que se refere o numero 1, para efeitos
como medida cautelar, e à confiscação. de confiscação, a sua desproporcionalidade face aos
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Entrada em vigor
d) Indicar os objectivos gerais da implementação da
legislação alimentar;
O presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua
e) Definir a análise e avaliação de riscos inerentes aos
publicação.
géneros alimentícios e alimentos para animais
Aprovada em 3 de Março de 2009. como a base ou fonte de implementação da
legislação alimentar, sendo a avaliação de
O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides riscos na sua componente científica;
Raimundo Lima
f) Instituir o princípio da precaução e as medidas
Promulgada em 14 de Abril 2009 provisórias de gestão de risco;
Publique-se. g) Estabelecer o âmbito de protecção dos interesses
dos consumidores;
O Presidente da República, PEDRO VERONA
RODRIGUES PIRES h) Estabelecer a autoridade competente para
informar aos consumidores da existência
Assinada em 16 de Abril de 2009 de situação de risco para saúde humana ou
O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides animal em determinado género alimentício ou
Raimundo Lima alimento para animal.
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