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ALFRED CORTOT
CURSO DE
INTERPRETAÇÃO
Didática Específica
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Curso de Interpretação – Alfred Cortot
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Curso de Interpretação – Alfred Cortot
Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 4
2. Biografia de Alfred Cortot ............................................................................................. 5
3. Prelúdio e fuga: .............................................................................................................. 6
4. Os prelúdios de Chopin ................................................................................................ 8
5. Os prelúdios de Debussy............................................................................................ 10
6. Suite .............................................................................................................................. 11
7. Sonata ........................................................................................................................... 11
8. Concerto ....................................................................................................................... 12
9. Variação ........................................................................................................................ 12
10. Conclusão..................................................................................................................... 14
11. Bibliografia ................................................................................................................... 15
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1. Introdução
Citando Jeanne Thiffry, este método assenta-se nos mesmos termos com os quais Cortot
definiu tão bem nas suas aulas: - o movimento, a expressão musical e a flor da sua
linguagem.
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Porém o contacto com grandes pianistas que carregavam ainda a tradição romântica como
por exemplo Paderewski, Rubinstein e sobretudo Riesler que foi a sua grande fonte de
inspiração nesses primeiros anos. É desta forma, que já relativamente tarde, vence o seu
primeiro Grande Prémio em 1896.
Entre 1905 e 1914, Cortot cria uma ligação de amizade com Fauré que o levará após a
primeira guerra mundial ao cargo de professor no Conservatório de Paris.
Em 1919 cria a Ecole Normale de Musique de Paris, em que o corpo docente é formado
por Casals, Nadia Boulanger, Stranvisnky entre outros. Esta escola, além de ser uma
escola de interpretes, é também uma escola de professores onde para além do mais
Cortot, inova pedagogicamente sendo justo atribuir-lhe, a invenção do conceito de Master
Class tal como é hoje entendida.
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3. Prelúdio e fuga:
As formas, diz Cortot, são a roupagem do pensamento musical, sendo assim um musico,
para realização sonora, dispõe apenas de 3 recursos: a repetição de um tema, a sua
criação e o seu desenvolvimento.
Os prelúdios e fugas de cravo bem temperado de Bach, segundo Cortot, são pura
indagação pois, o seu temperamento e as particularidades mecânicas e sonoras são a
essência do estudo.
Cortot proferiu, que, para o aluno conseguir captar na totalidade a melhor abordagem do
estudo, e posteriormente da performance do preludio e fuga, é preciso que o docente
partilhe com o seu educando o lado metafísico de cada um preludio e fuga. Se pelo
contrário, a apresentação dos mesmos for dada “como exercícios mecânicos de
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4. Os prelúdios de Chopin
O prelúdio, tal como considera Chopin, diferencia essencialmente do prelúdio na visão dos
músicos do séc. XVI e XVII. Chopin encara os prelúdios como um romance sem palavras,
no qual
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argumento sensível tem primazia sobre o argumento musical, que primava nas formas do
período clássico.
Segundo Cortot, há uma armadilha que os pianistas se sentem tentados a cair: o exagero.
Os prelúdios são suficientemente significativos e, musicalmente, cheios de emoção. O
interprete não deve exagerar forçando a expressão. Deve-se recomendar a moderação, a
fim de evitar essa distorção de temas que resulta do excesso de exaltação. A arte de Chopin
é aristocrática. Apesar disso, ela a intensidade, marca cada nota, agita cada desenho: o
silencio também toma valor eloquente que não se pode negligenciar.
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5. Os prelúdios de Debussy
Segundo o pedagogo, o título de impressionista, enquadra-se perfeitamente a Debussy. A
técnica impressionista representa-se através da novidade. Este, é o novo elemento trazido
à musica .
O prelúdio “Le vent dans la plaine”. É uma obra que, para obter a qualidade de som que
convém a esta peça, torna-se necessário usar a surdina mas sem demasiadas
ressonâncias do pedal.
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6. Suite
A suite, é uma exaltação da dança, sendo ela popular ou de corte. Segundo o pedagogo
a suite, é raramente emotiva. Baseia-se no ritmo mais do que no desenvolvimento melódico
e afasta-se da tonalidade inicial.
Existe na arte francesa, uma parte da beleza que se a tem à discrição, à medida, ao
equilíbrio perfeito, à exata apropriação do meio à ideia. Há, de parte dos estrangeiros um
pequeno esforço a fazer nesta direção para nos compreender.
A corante, é uma dança nobre, grave e tranquila. A corante francesa, é mais lenta que a
italiana. O nome advém dos dançarinos que faziam grande saltos, mesmo até ao fim de
uma sala, para em seguida, voltarem ao lugar anteriormente ocupado.
“Le tombeau de Couperin” de Ravel, concebido de inicio, como uma homenagem ao velho
mestre francês, tornou-se pouco a pouco, uma homenagem à memória dos mortos na
guerra, e, por aí, uma glorificação do génio francês. Nenhuma das peças tem caracter
fúnebre.
7. Sonata
Segundo o pedagogo, o termo “sonata”, era aplicado às peças de violino pertencentes à
música programática. Nas sonatas bíblicas de Kuhnau, o mais importante é o elemento
descritivo, ou seja, cada nota ou cada acorde descrevia uma passagem do evangelho.
Haydn, respeita fielmente a forma da sonata, fixada desde então. No entanto, Mozart
modifica a forma por vezes.
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8. Concerto
Segundo Cortot, os belos concertos, são aqueles que fundem o virtuosismo com a
musicalidade.
O pedagogo tem um carinho especial pelo concerto em Mi de Mozart. Segundo ele, este,
aproxima-se à conceção inicial de Bach e apresenta várias particularidades:
2ª o segundo andamento, com o seu baixo contínuo, introduz uma espécie de passacalhia
Para Beethoven, a tonalidade é um elemento poético que não necessita de ser definida.
Sabia-se, que o Mi bemol maior, possuía um caracter heroico e altivo. Todavia, um detalhe
curioso: foi Beethoven quem conferiu ao tom de Dó menor a cor trágica que mais tarde
lhe atribuímos.
9. Variação
É um género que para o interprete não é isento de dificuldades, visto que no conjunto da
forma variação fica-se aprisionado ao caracter do tema proposto, não podendo dar asas
para outro olhar interpretativo.
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Bach nas suas Passacaglie e Chacones, mostra-nos como se pode guardar o essencial
do sentimento temático e ao mesmo tempo variar o tema várias vezes, sempre de uma
forma diferente. As variações Goldeberg, moestra, esta particularidade de uma forma muito
nítida.
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10. Conclusão
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11. Bibliografia
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